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São dezenas de estudantes que já aguardavam por muitos meses no mais longo período
sem lançamento de edital de auxílios PPQ da história da nossa universidade, e quando estes
editais saíram, os Editais 002/2022 e 005/2022, um conjunto de informações
desencontradas, destrato no atendimento direto às pessoas que já se encontravam
angustiadas, desesperadas, obtendo respostas confusas e ásperas, além de situações
constrangedoras. Estudantes enviaram diversas vezes mensagens por email, fizeram
ligações, se fizeram presentes nos setores de atendimento, e não obtiveram as respostas
corretas. Parte dos responsáveis do setor demonstram não terem a mínima ideia do que se
trata partes dos editais, alguns provando ignorância de uma matéria tão fundamental e
importante, que é, enfatizamos, competência específica da pró-reitoria. Isso tudo é agravado
pela maior crise sanitária pandêmica do século, crise política, social e econômica que
passamos no Brasil nos últimos anos até o presente momento. Estamos no pior momento da
história da e para além da UFRB em gerações. Estamos tendo o pior atendimento e o pior
tratamento que se poderia esperar a ser dirigido ao perfil mais fragilizado e desprovido de
recursos e suporte da comunidade da UFRB.
Um outro aspecto grave é que não nos vem sendo dado o direito de recorrer, de
contestação, servidores vem informando que não se pode questionar o resultado ou
apelação, e isso também se deve pelo absurdo do resultado publicado não apresentar as
razões para o indeferimento. Diferente de resultados anteriores da própria PROPAAE em
outros tempos, este de agora nem mesmo nos dá o direito de saber porque não nos
homologaram, no que erramos ou faltamos cumprir, e isso, novamente, produz uma
sensação de descaso e de desinteresse em nossa permanência. Quando te negam um um
direito e nem dizem porque negaram, a sensação é de desapontamento, surpresa e
insegurança, de se perguntar se realmente a UFRB foi feita para nós.
É nítido uma piora rápida nos últimos anos na relação conosco, que comprova o abismo
entre gestão e setores de atendimento direto com a própria comunidade estudantil. Não
somente junto às representações da classe (Movimento Estudantil), mas com o perfil de
maior vulnerabilidade socioeconômica. Em vez de nos sentirmos acolhidos(as), e que nossa
presença é necessária, convidada e bem-quista, parece que nossas demandas, e nossas
necessidades mais básicas incomodam, e que a UFRB não nos quer (o que se comprova
pelos índices recordes de evasão, que em alguns cursos ultrapassam mais de 60% nos 4
primeiros semestres). Somos somente lembrados que existimos a sermos somente um corpo
político nas manifestações a favor da universidade e contra os cortes na Educação, mas nas
decisões internas, nos espaços internos de poder, somos ignorados, nossas falas
interrompidas, como ocorreram nos Conselhos Superiores em 2020. Com inclusive, a
proibição de reproduzirmos vídeos dos conselhos superiores, fechamento dos chats nas
transmissões, derrubada de vários vídeos após reprodução, e o mais grave disso tudo,
mesmo com reclamações das 3 categorias e vários outros conselheiros, segue a reitoria em
excluir o método do voto aberto, impedindo que a comunidade acadêmica e civil saibam
como cada representação vota sobre as matérias, isso é sem dúvida um duro golpe contra a
democracia universitária e a transparência dos processos de decisão de nossa universidade!
Assim, deixamos público para toda a comunidade acadêmica e sociedade, de que nós não
estamos satisfeitos(as) e contentes. Apesar do orgulho de estarmos e sermos parte da
Federal do Recôncavo, a administração precisa parar de tratar a classe estudantil
(principalmente a nós, estudantes de baixa renda) como meros números sem rostos, slogans
publicitários e peças de campanha, como se fôssemos pessoas desprovidas de capacidade
crítica, de se organizar, se inconformar, se indignar e se revoltar com tudo isso que vem
ocorrendo. Nossas reivindicações são: