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Prova 1 - Questões

1.O que é Direito Administrativo?

2.Quais são as fontes do Direito Administrativo brasileiro?

3.Quais são os princípios fundamentais do Direito Administrativo?

4.Quais são as principais características do regime jurídico administrativo?

5.O que é Administração Pública direta e indireta?

6.Quais são os órgãos que compõem a Administração Pública direta?

7.Quais são as principais diferenças entre autarquia, empresa pública e sociedade de economia
mista?

8.O que é ato administrativo e quais são seus elementos essenciais?

9.Quais são os requisitos para a validade do ato administrativo?

10.O que é processo administrativo e quais são suas fases?


Respostas

1.O Direito Administrativo é o ramo do direito que regula a organização, funcionamento e


atividade da Administração Pública, bem como as relações entre esta e os cidadãos. Ele
estabelece os princípios e normas que balizam a atuação do Estado na busca pelo interesse
público.

2.As fontes do Direito Administrativo brasileiro incluem a Constituição Federal, as leis e normas
infraconstitucionais, a doutrina especializada e a jurisprudência dos tribunais.

3.Os princípios fundamentais do Direito Administrativo são: Legalidade, Impessoalidade,


Moralidade, Publicidade, Eficiência, Supremacia do Interesse Público e Razoabilidade.

4.As principais características do regime jurídico administrativo incluem a supremacia do


interesse público sobre o interesse privado, a presunção de legitimidade dos atos
administrativos, a indisponibilidade do interesse público, a submissão da Administração Pública
ao controle judicial e a busca pela eficiência na prestação dos serviços públicos.

5.A Administração Pública direta compreende os órgãos e entidades integrantes dos Poderes
Executivos federal, estadual e municipal, enquanto a Administração Pública indireta é
constituída por autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia
mista.

6.Os órgãos que compõem a Administração Pública direta são: Presidência da República,
Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias Municipais, entre outros.

7.As principais diferenças entre autarquia, empresa pública e sociedade de economia mista
são: as autarquias são entidades de natureza pública, com personalidade jurídica própria e
patrimônio próprio; as empresas públicas são entidades com personalidade jurídica de direito
privado, criadas para a exploração de atividade econômica ou prestação de serviço público; e
as sociedades de economia mista são entidades com personalidade jurídica de direito privado,
em que o Estado detém parte do capital social, juntamente com acionistas privados.

8.O ato administrativo é uma declaração unilateral de vontade da Administração Pública que
produz efeitos jurídicos imediatos. Seus elementos essenciais são: competência, finalidade,
forma, motivo e objeto.
9.Para que um ato administrativo seja válido, é necessário que seja realizado por agente
competente, observando a finalidade prevista em lei, respeitando a forma estabelecida,
embasado em motivo legal e que tenha objeto lícito e possível.

10.O processo administrativo é o conjunto de procedimentos e trâmites utilizados pela


Administração Pública para a prática de atos administrativos, desde sua instauração até sua
conclusão. Suas fases incluem: instauração, instrução, decisão e recurso.
Prova 2
Qual é a característica fundamental do regime jurídico administrativo?

a) Supremacia do interesse privado

b) Supremacia do interesse público

c) Disponibilidade da coisa pública

d) Indisponibilidade da coisa pública

Quais são os principais princípios que regem a Administração Pública, conforme previsto no
artigo 37 da Constituição Federal?

a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

b) Igualdade, eficiência, publicidade e impessoalidade

c) Legalidade, moralidade, publicidade e eficiência

d) Eficiência, moralidade, legalidade e publicidade

Quais são os órgãos que compõem a Administração Pública em sentido estrito?

a) Autarquias e fundações públicas

b) Ministérios e secretarias estaduais

c) Empresas estatais e sociedades de economia mista

d) União, Estados, Municípios e Distrito Federal

O que caracteriza a responsabilidade civil objetiva das autarquias e fundações públicas?

a) Responsabilidade baseada na culpa

b) Responsabilidade subjetiva do agente público

c) Responsabilidade independente de culpa

d) Responsabilidade exclusiva do agente público

Quais são os poderes administrativos reconhecidos no Direito Administrativo?

a) Poder hierárquico, disciplinar e normativo

b) Poder político, poder executivo e poder judiciário

c) Poder normativo, poder regulamentar e poder fiscalizador

d) Poder hierárquico, poder discricionário e poder regulamentar


O que caracteriza os atos vinculados na Administração Pública?

a) São atos que a Administração tem liberdade para praticar

b) São atos praticados de acordo com a discricionariedade do agente público

c) São atos cuja prática é determinada pela lei

d) São atos que não estão sujeitos ao controle judicial

Qual é a diferença entre responsabilidade contratual e extracontratual no âmbito da


Administração Pública?

a) A responsabilidade contratual refere-se a danos causados a terceiros, enquanto a


extracontratual envolve danos decorrentes de contrato firmado pela Administração

b) A responsabilidade extracontratual refere-se a danos causados a terceiros, enquanto a


contratual envolve danos decorrentes de contrato firmado pela Administração

c) A responsabilidade contratual envolve apenas danos materiais, enquanto a extracontratual


abrange danos materiais e morais

d) Não há diferença entre responsabilidade contratual e extracontratual no âmbito da


Administração Pública

O que caracteriza o princípio da autotutela na Administração Pública?

a) A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, anulando-os ou revogando-os


quando ilegais ou inconvenientes

b) A obrigação da Administração de agir de forma imparcial e objetiva

c) A obrigação da Administração de agir de acordo com a lei

d) A possibilidade de a Administração praticar atos discricionários em benefício próprio

Quais são os tipos de poderes administrativos reconhecidos no Direito Administrativo?

a) Poder hierárquico, disciplinar e policial

b) Poder político, poder econômico e poder legislativo

c) Poder hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia

d) Poder político, poder executivo e poder judiciário

O que caracteriza a Administração Pública em sentido estrito?

a) A Administração direta e indireta

b) A atuação da Administração Pública no âmbito do terceiro setor


c) A atuação da Administração Pública no âmbito do serviço público

d) A atuação da Administração Pública em parceria com o setor privado

Respostas:
Qual é a característica fundamental do regime jurídico administrativo?

Resposta correta: b) Supremacia do interesse público

Quais são os principais princípios que regem a Administração Pública, conforme previsto no
artigo 37 da Constituição Federal?

Resposta correta: a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

Quais são os órgãos que compõem a Administração Pública em sentido estrito?

Resposta correta: d) União, Estados, Municípios e Distrito Federal

O que caracteriza a responsabilidade civil objetiva das autarquias e fundações públicas?

Resposta correta: c) Responsabilidade independente de culpa

Quais são os poderes administrativos reconhecidos no Direito Administrativo?

Resposta correta: a) Poder hierárquico, disciplinar e normativo

O que caracteriza os atos vinculados na Administração Pública?

Resposta correta: c) São atos cuja prática é determinada pela lei

Qual é a diferença entre responsabilidade contratual e extracontratual no âmbito da


Administração Pública?

Resposta correta: b) A responsabilidade extracontratual refere-se a danos causados a terceiros,


enquanto a contratual envolve danos decorrentes de contrato firmado pela Administração

O que caracteriza o princípio da autotutela na Administração Pública?

Resposta correta: a) A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, anulando-os


ou revogando-os quando ilegais ou inconvenientes

Quais são os tipos de poderes administrativos reconhecidos no Direito Administrativo?

Resposta correta: c) Poder hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia


O que caracteriza a Administração Pública em sentido estrito?

Resposta correta: c) A atuação da Administração Pública no âmbito do serviço público


Prova 3
Explique a relação entre o princípio da supremacia do interesse público e a indisponibilidade
da coisa pública no contexto do regime jurídico administrativo.

Quais são as implicações jurídicas da aplicação dos princípios da legalidade, impessoalidade,


moralidade, publicidade e eficiência na Administração Pública, conforme previsto no artigo 37
da Constituição Federal?

Compare e distinga a Administração Pública em sentido estrito da Administração Pública em


sentido amplo, destacando suas características e abrangência.

Analise as diferentes formas de organização administrativa previstas no ordenamento jurídico


brasileiro, com ênfase nas fundações públicas e nas empresas estatais (empresa pública e
sociedade de economia mista).

Explique os critérios adotados para estabelecer a responsabilidade civil objetiva das autarquias
e fundações públicas em contraposição à responsabilidade subjetiva das empresas públicas e
sociedades de economia mista. Destaque os elementos que compõem cada tipo de
responsabilidade.

Discorra sobre as diferenças entre responsabilidade contratual e extracontratual no âmbito da


Administração Pública, considerando os requisitos para sua configuração e os efeitos jurídicos
decorrentes de cada uma delas.

Analise o papel das entidades do terceiro setor, como as organizações sociais e as paraestatais,
no contexto da prestação de serviços públicos e na colaboração com o Estado para o alcance
de seus objetivos.

Elabore uma reflexão sobre os poderes e deveres administrativos, abordando a natureza e o


alcance do poder hierárquico, do poder disciplinar, do poder normativo e do poder de polícia.

Discuta as formas de controle do poder administrativo, considerando o princípio da autotutela,


e os mecanismos de prevenção e repressão ao abuso de poder na Administração Pública.

Avalie a importância do princípio da legalidade na atuação da Administração Pública,


destacando sua relação com os demais princípios constitucionais e sua influência na garantia
dos direitos dos cidadãos e na preservação do Estado de Direito.
Relação entre o princípio da supremacia do interesse público e a indisponibilidade da coisa
pública:

Sim, o princípio da supremacia do interesse público estabelece que os interesses coletivos


devem prevalecer sobre os interesses individuais, orientando a atuação da Administração
Pública para o bem comum. Essa supremacia implica na indisponibilidade da coisa pública,
ou seja, os bens e recursos públicos não podem ser utilizados arbitrariamente, mas sim em
conformidade com os fins públicos estabelecidos pela lei. Portanto, a Administração Pública
não pode dispor livremente dos bens e recursos sob sua gestão, devendo utilizá-los de forma
a atender aos interesses da coletividade.

Implicações jurídicas dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e


eficiência na Administração Pública:

Sim, de acordo com o artigo 37 da Constituição Federal, esses princípios são fundamentais
para a atuação da Administração Pública, garantindo que esta se oriente pelos valores da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A legalidade impõe que a
Administração atue de acordo com a lei, a impessoalidade requer imparcialidade e igualdade
de tratamento, a moralidade exige condutas éticas e honestas, a publicidade determina a
transparência dos atos administrativos e a eficiência busca o melhor resultado na aplicação
dos recursos públicos.

Diferenças entre Administração Pública em sentido estrito e Administração Pública em


sentido amplo:

Sim, a Administração Pública em sentido estrito refere-se às atividades administrativas


exercidas diretamente pelo Estado, compreendendo os órgãos e entidades que integram a
estrutura estatal. Já a Administração Pública em sentido amplo engloba não apenas os
órgãos estatais, mas também as entidades da Administração Indireta, como autarquias,
fundações públicas, empresas estatais e sociedades de economia mista, que realizam
atividades de interesse público em regime de cooperação com o Estado.

Formas de organização administrativa e suas características:

Sim, as diferentes formas de organização administrativa previstas no ordenamento jurídico


brasileiro incluem as fundações públicas e as empresas estatais (empresa pública e sociedade
de economia mista). As fundações públicas são entidades de direito público ou privado,
criadas por lei, com personalidade jurídica própria e patrimônio público, destinadas à
execução de atividades de interesse público específicas. As empresas estatais, por sua vez,
são pessoas jurídicas de direito privado controladas pelo Estado, com participação
majoritária ou minoritária do poder público em seu capital social, destinadas à realização de
atividades econômicas ou serviços públicos.

Critérios para estabelecer a responsabilidade civil objetiva e subjetiva:


Sim, a responsabilidade civil objetiva das autarquias e fundações públicas decorre do risco
administrativo, ou seja, da atividade estatal que pode gerar danos a terceiros,
independentemente da comprovação de culpa. Já a responsabilidade subjetiva das empresas
públicas e sociedades de economia mista exige a comprovação de culpa ou dolo do agente
público para a configuração do dever de indenizar. Os elementos que compõem cada tipo de
responsabilidade incluem a conduta, o dano, o nexo de causalidade e, no caso da
responsabilidade objetiva, o exercício regular da atividade administrativa.

Diferenças entre responsabilidade contratual e extracontratual na Administração Pública:

Sim, a responsabilidade contratual refere-se aos danos decorrentes do descumprimento ou


da execução defeituosa de um contrato firmado pela Administração Pública, enquanto a
responsabilidade extracontratual envolve os danos causados a terceiros em decorrência de
atividades estatais que não se vinculam a contratos específicos. Os requisitos para a
configuração de cada tipo de responsabilidade variam, sendo que na responsabilidade
contratual é necessário o descumprimento contratual, enquanto na extracontratual exige-se
a conduta ilícita, o dano e o nexo de causalidade.

Papel das entidades do terceiro setor na prestação de serviços públicos:

Sim, as entidades do terceiro setor, como as organizações sociais e as paraestatais,


desempenham um papel relevante na colaboração com o Estado para a prestação de serviços
públicos, atuando de forma complementar à Administração Pública. Essas entidades
possuem maior flexibilidade e agilidade na gestão de recursos e na execução de políticas
públicas, contribuindo para a eficiência e a inovação na prestação de serviços de interesse
coletivo.

Reflexão sobre os poderes e deveres administrativos:

Sim, os poderes administrativos, como o poder hierárquico, disciplinar, normativo e de


polícia, são instrumentos de atuação da Administração Pública para o cumprimento de suas
atribuições constitucionais. Esses poderes são exercidos dentro dos limites da legalidade e
visam garantir a efetividade da ordem jurídica e a realização dos interesses públicos. Os
deveres administrativos, por sua vez, impõem obrigações aos agentes públicos, como o dever
de probidade, legalidade, eficiência e publicidade, visando assegurar a boa administração e a
confiança da sociedade na gestão pública.

Formas de controle do poder administrativo e prevenção do abuso de poder:

Sim, o princípio da autotutela permite que a Administração Pública revise seus próprios atos,
anulando-os ou revogando-os quando ilegais ou inconvenientes, garantindo o controle
interno do exercício do poder administrativo. Além disso, existem mecanismos de controle
externo, como o controle legislativo, judicial e social, que visam prevenir e reprimir o abuso
de poder na Administração Pública, assegurando o respeito aos direitos fundamentais dos
cidadãos e a observância dos princípios constitucionais.

Importância do princípio da legalidade na atuação da Administração Pública:

Sim, o princípio da legalidade é fundamental para a atuação da Administração Pública, pois


estabelece que toda atividade administrativa deve estar em conformidade com a lei. Esse
princípio garante a segurança jurídica, a previsibilidade das ações estatais e a proteção dos
direitos individuais, evitando o arbítrio e o desvio de poder na gestão pública. A observância
da legalidade assegura a legitimidade dos atos administrativos e a preservação do Estado de
Direito, contribuindo para o fortalecimento da democracia e o respeito às instituições.
Prova 4
Como o princípio da supremacia do interesse público se relaciona com a noção de
indisponibilidade da coisa pública no âmbito do regime jurídico administrativo? Explique
utilizando exemplos concretos de situações em que esses princípios são aplicados.

Analise criticamente a aplicação dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,


publicidade e eficiência na Administração Pública, considerando suas interações e eventuais
conflitos. Discuta também como esses princípios podem ser ponderados em situações
concretas.

Compare e contraste os conceitos de Administração Pública em sentido estrito e Administração


Pública em sentido amplo, destacando suas características, competências e limites de atuação.
Utilize exemplos reais para ilustrar suas explicações.

Avalie os modelos de organização administrativa adotados no Brasil, com foco nas fundações
públicas e nas empresas estatais (empresa pública e sociedade de economia mista). Discuta os
critérios para a escolha entre essas formas de organização e as implicações de cada uma na
gestão pública.

Explique de forma detalhada os fundamentos que embasam a responsabilidade civil objetiva


das autarquias e fundações públicas, bem como a responsabilidade subjetiva das empresas
públicas e sociedades de economia mista. Analise também as exceções e limitações aplicáveis a
esses regimes de responsabilidade.
Realize uma análise comparativa entre responsabilidade contratual e extracontratual no âmbito
da Administração Pública, abordando as bases legais, os requisitos para sua configuração e os
critérios utilizados para a quantificação dos danos.

Faça uma avaliação crítica do papel desempenhado pelo terceiro setor na prestação de serviços
públicos, considerando sua importância para a eficiência da gestão pública e os desafios
enfrentados na regulamentação e fiscalização dessas entidades.

Examine os poderes e deveres administrativos, destacando suas diferentes dimensões e


aplicabilidades. Analise também as formas de controle do exercício desses poderes e deveres,
incluindo os mecanismos de prevenção e repressão ao abuso de poder.

Elabore uma discussão aprofundada sobre o princípio da legalidade na Administração Pública,


abordando sua origem, evolução histórica e fundamentos filosóficos. Analise também os
limites e as possibilidades de atuação do administrador público diante desse princípio.

Considerando a complexidade e a interdisciplinaridade do Direito Administrativo, proponha


uma reflexão crítica sobre os desafios enfrentados na sua aplicação prática, bem como as
perspectivas futuras para o desenvolvimento desse campo do conhecimento jurídico.

Relação entre o princípio da supremacia do interesse público e a indisponibilidade da coisa


pública:

Sim, o princípio da supremacia do interesse público estabelece que os interesses coletivos


devem prevalecer sobre os interesses individuais, orientando a atuação da Administração
Pública para o bem comum. Essa supremacia implica na indisponibilidade da coisa pública, ou
seja, os bens e recursos públicos não podem ser utilizados arbitrariamente, mas sim em
conformidade com os fins públicos estabelecidos pela lei. Por exemplo, em uma
desapropriação de terreno para a construção de uma escola pública, o interesse público na
educação prevalece sobre o interesse privado do proprietário do terreno.

Aplicação dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência na


Administração Pública:

Sim, esses princípios são fundamentais para a atuação da Administração Pública, orientando-a
para o alcance dos objetivos estabelecidos pela Constituição Federal. No entanto, em situações
concretas, pode haver conflitos entre esses princípios, exigindo uma ponderação cuidadosa por
parte dos gestores públicos. Por exemplo, a necessidade de eficiência na contratação de
serviços pode entrar em conflito com a garantia da publicidade e da igualdade de acesso aos
processos licitatórios.

Comparação entre Administração Pública em sentido estrito e Administração Pública em


sentido amplo:

Sim, a Administração Pública em sentido estrito refere-se à atuação direta do Estado, por meio
de órgãos e entidades integrantes da estrutura estatal, enquanto a Administração Pública em
sentido amplo abrange não apenas os órgãos estatais, mas também as entidades da
Administração Indireta, como autarquias, fundações públicas, empresas estatais e sociedades
de economia mista. Por exemplo, um Ministério é um órgão da Administração Pública em
sentido estrito, enquanto uma empresa estatal como a Petrobras é um exemplo de entidade da
Administração Pública em sentido amplo.

Análise dos modelos de organização administrativa adotados no Brasil:

Sim, as fundações públicas e as empresas estatais são modelos de organização administrativa


previstos na legislação brasileira. As fundações públicas são criadas por lei para a realização de
atividades de interesse público específicas, enquanto as empresas estatais podem ser
constituídas como empresa pública (100% estatal) ou sociedade de economia mista
(participação estatal e privada). A escolha entre essas formas de organização depende das
características da atividade a ser desempenhada e dos objetivos a serem alcançados pela
Administração Pública.

Fundamentos da responsabilidade civil objetiva e subjetiva:

Sim, a responsabilidade civil objetiva das autarquias e fundações públicas decorre da teoria do
risco administrativo, que implica na obrigação de reparar os danos causados a terceiros
independentemente da existência de culpa. Já a responsabilidade subjetiva das empresas
públicas e sociedades de economia mista exige a comprovação de culpa ou dolo do agente
público para configurar o dever de indenizar. Por exemplo, se um cidadão é atingido por um
poste de iluminação pública que desaba devido a falta de manutenção, a concessionária de
energia elétrica pode ser responsabilizada objetivamente, enquanto uma empresa estatal que
presta serviços de transporte público só será responsabilizada se ficar comprovada a culpa de
seus funcionários na manutenção do veículo.

Comparação entre responsabilidade contratual e extracontratual:

Sim, a responsabilidade contratual refere-se aos danos decorrentes do descumprimento ou da


execução defeituosa de um contrato firmado pela Administração Pública, enquanto a
responsabilidade extracontratual abrange os danos causados a terceiros em decorrência de
atividades estatais que não se vinculam a contratos específicos. Os requisitos para a
configuração de cada tipo de responsabilidade variam, sendo que na responsabilidade
contratual é necessário o descumprimento contratual, enquanto na extracontratual exige-se a
conduta ilícita, o dano e o nexo de causalidade. Por exemplo, se um contrato de fornecimento
de medicamentos não é cumprido adequadamente, gerando prejuízos ao sistema de saúde,
configura-se a responsabilidade contratual. Já se um cidadão é atingido por um veículo oficial
em uma via pública, caracteriza-se a responsabilidade extracontratual.

Papel do terceiro setor na prestação de serviços públicos:

Sim, o terceiro setor desempenha um papel importante na prestação de serviços públicos,


atuando em parceria com o Estado para complementar e ampliar o alcance das políticas
públicas. No entanto, a atuação dessas entidades deve ser regulamentada e fiscalizada para
garantir a transparência, a eficiência e a legalidade das atividades desenvolvidas. Por exemplo,
uma organização social que administra um hospital público pode contribuir para melhorar a
qualidade dos serviços de saúde, mas precisa estar sujeita a critérios de seleção,
acompanhamento e avaliação para garantir o cumprimento de suas obrigações.

Poderes e deveres administrativos:

Sim, os poderes administrativos, como o poder hierárquico, o poder disciplinar, o poder


normativo e o poder de polícia, são instrumentos essenciais para a atuação da Administração
Pública na consecução de seus objetivos. No entanto, esses poderes devem ser exercidos
dentro dos limites da legalidade e com respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos,
evitando o abuso e o desvio de finalidade. Os mecanismos de controle, como o princípio da
autotutela e o controle judicial, são fundamentais para garantir a observância desses limites e a
proteção dos interesses públicos.

Princípio da legalidade na Administração Pública:

Sim, o princípio da legalidade é um dos pilares do Estado de Direito, estabelecendo que a


atuação da Administração Pública deve estar estritamente vinculada à lei. Esse princípio
implica na observância das normas legais e constitucionais em todas as atividades
administrativas, garantindo a segurança jurídica e a proteção dos direitos dos cidadãos. No
entanto, é importante ressaltar que a legalidade não deve ser entendida de forma absoluta,
sendo necessário considerar os demais princípios constitucionais e os valores que
fundamentam o ordenamento jurídico.

Desafios e perspectivas futuras do Direito Administrativo:

Sim, o Direito Administrativo enfrenta diversos desafios na sua aplicação prática, como a
necessidade de modernização da gestão pública, a efetivação dos princípios constitucionais, a
adequação às novas demandas sociais e tecnológicas, entre outros. No entanto, também
apresenta perspectivas promissoras, como o fortalecimento dos mecanismos de controle, a
valorização da transparência e da participação social, e o desenvolvimento de novas técnicas
de gestão e resolução de conflitos. O avanço do Direito Administrativo está intimamente ligado
à construção de uma sociedade mais justa, democrática e eficiente.

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