Revisao de
FOTOFRAFIA
Como a câmara escura e os materiais
fotossensíveis contribuíram para o
surgimento da fotografia.
Câmara Escura: A câmara escura foi um
dos princípios fundamentais que levaram
ao desenvolvimento da fotografia. Essa
técnica consiste em uma caixa escura com
um pequeno orifício por onde a luz entra,
formando uma imagem invertida na
superfície oposta.
Materiais Fotossensíveis: Os materiais
fotossensíveis, como os sais de prata,
foram essenciais para a captura e fixação
de imagens. Os sais de prata são
altamente sensíveis à luz e reagem
rapidamente quando expostos a ela,
escurecendo e formando uma imagem.
Experimentos com papéis ensopados em
solução de sal de prata demonstraram a
capacidade desses materiais de registrar
imagens por meio da ação da luz. A
evolução desses materiais permitiu o
desenvolvimento de técnicas fotográficas
mais avançadas ao longo do tempo
Quais foram os desafios enfrentados pelos
pioneiros da fotografia, como Niépcie?
Tempo de Exposição: Um dos principais
desafios enfrentados pelos pioneiros da
fotografia era o longo tempo de exposição
necessário para obter uma imagem. No
caso de Niépce, a primeira fotografia
conhecida datada de 1826 ou 1827 levou
entre 8 e 12 horas para ser registrada.
Esse tempo prolongado de exposição
dificultava a obtenção de imagens precisas
e limitava a aplicação prática da técnica.
Estabilização dos Materiais
Fotossensíveis: Outro desafio era a
estabilização dos materiais fotossensíveis,
como os sais de prata, para evitar que a
imagem desaparecesse após o registro.
Era necessário encontrar métodos eficazes
para fixar a imagem de forma duradoura
nos materiais sensíveis à luz, garantindo
sua preservação ao longo do tempo.
A estabilização da prata foi de extrema
importância na evolução da técnica
fotográfica por diversos motivos:
Preservação da Imagem: A estabilização
da prata permitiu que a imagem fotográfica
fosse fixada de forma duradoura nos
materiais sensíveis à luz. Isso garantiu a
preservação da imagem ao longo do
tempo, impedindo que ela desaparecesse
ou se deteriorasse após o registro. A
fixação da prata foi essencial para tornar a
fotografia um meio de documentação e
expressão artística confiável e durável.
Reprodução e Difusão: Com a
estabilização da prata, tornou-se possível
reproduzir e multiplicar as imagens
fotográficas de forma consistente e
confiável. Isso facilitou a disseminação da
técnica fotográfica, permitindo que mais
pessoas tivessem acesso às imagens
capturadas e contribuindo para o
desenvolvimento e popularização da
fotografia.
Avanços Tecnológicos: A estabilização da
prata impulsionou o desenvolvimento de
novas técnicas e processos fotográficos.
Ao garantir a fixação da imagem, os
fotógrafos e pesquisadores puderam
explorar novas possibilidades criativas e
experimentar com diferentes materiais e
métodos. Isso levou a avanços
significativos na qualidade e na diversidade
das imagens fotográficas produzidas para
fixar a imagem utilizava-se cloreto de sódio
ou sal de cozinha.
Diversos outros pesquisadores aparecem
no cenário público, reivindicando o invento
para si.
William Talbot, John Wiliam Frederick
Herschel e Hercules Florence foram
importantes pesquisadores que
contribuíram significativamente para o
desenvolvimento da técnica fotográfica.
William Talbot: Este pesquisado inglês
experimentou colocar papel diretamente na
câmara escura, obtendo resultados
satisfatórios. Ele desenvolveu um processo
conhecido como "calótipo", no qual a
fixação das imagens era feita em uma
solução de salmoura. Embora o papel se
desintegrasse após certo tempo, Talbot foi
pioneiro na utilização do papel como
suporte para imagens fotográficas, abrindo
caminho para futuros desenvolvimentos na
reprodução de imagens.
John Wiliam Frederick Herschel: Outro
pesquisador inglês, Herschel descobriu um
método para fixar as margens das imagens
fotográficas. Ele patenteou o processo
chamado "calótipo" em 1841,
possivelmente como uma tentativa de
competir com a patente de Daguerre. Além
de aspectos comerciais, Herschel
contribuiu para a evolução da técnica
fotográfica, explorando novas formas de
fixação e reprodução de imagens.
Hercules Florence: Brasileiro, Florence, ao
tomar conhecimento dos efeitos do nitrato
de prata, desenvolveu um processo
rudimentar de fixação de imagens em
papel sensível. Ele utilizou inicialmente
cloreto de ouro e amônia como agentes
fixadores. Florence foi um dos pioneiros na
experimentação com processos
fotográficos e contribuiu para a
diversificação das técnicas disponíveis na
época. Seu trabalho demonstrou a
versatilidade e o potencial da fotografia
como meio de
Filme Fotográfico
George Eastman revolucionou a fotografia
ao desenvolver a tecnologia da emulsão
com brometo de prata, ideal para negativos
e cópias, e ao criar o primeiro filme em rolo
da história. Sua invenção, a "câmera
Kodak", lançada em 1888, permitia aos
fotógrafos simplesmente apertar um botão
e enviar o filme para o laboratório da
Kodak para revelação. Isso tornou
obsoletos os processos anteriores e
popularizou a fotografia entre amadores e
profissionais. A Kodak se tornou uma
gigante empresa pioneira em avanços
tecnológicos na fotografia. A entrada do
século XX trouxe alta qualidade de
exposição e reprodução fotográfica, com
avanços mecânicos e o surgimento de
câmeras japonesas renomadas. A
fotografia digital, originada durante a
Guerra Fria, teve um marco com as
primeiras imagens sem filme capturadas
em Marte em 1965, impulsionando a
evolução tecnológica na área.
A Digitalização Fotográfica
o sistema digital, a fotografia substitui o
filme com sais de prata por um sensor que
converte a luz em pixels, cada um
representando uma cor no sistema RGB. O
CCD (dispositivo de carga acoplada) foi o
primeiro tipo de sensor utilizado na
fotografia digital, inventado em 1969. A
primeira versão comercial foi lançada em
1973 pela Fairchild Imaging. Em 1975, a
Kodak apresentou o primeiro protótipo de
uma câmera sem filme baseada nesse
sensor CCD. A Sony foi a marca que
popularizou as câmeras sem filme como
produto de consumo em 1981 com sua
primeira Mavica.
Com o aprimoramento da tecnologia
digital, surgiram câmeras com maior
capacidade de registrar imagens
eletronicamente, com mais megapixels. A
evolução da fotografia digital reflete as
mudanças na sociedade do século XXI,
com um aumento do fluxo informacional e
uma maior convergência entre as diversas
mídias. Assim como a fotografia analógica
estava alinhada com as mudanças sociais
do século XIX, a fotografia digital reflete as
transformações da sociedade
contemporânea, contribuindo para a
preservação e o desenvolvimento
harmonioso do todo
A fotografia móvel refere-se à prática de
capturar imagens usando dispositivos
móveis, como smartphones e tablets, em
vez de câmeras digitais tradicionais. Esse
fenômeno tem impactado
significativamente a indústria da fotografia,
levando a uma mudança no
comportamento dos consumidores e na
forma como as imagens são
compartilhadas.
A exposição é um dos elementos
fundamentais da fotografia, pois a luz é a
matéria-prima essencial para capturar uma
imagem. Cada cena possui uma
luminosidade diferente, e é crucial
compreender a quantidade de luz ao
capturar uma imagem. O controle da
exposição pode ser realizado por meio da
abertura do diafragma, da velocidade do
obturador e da sensibilidade do sensor.
Esses três elementos precisam trabalhar
em conjunto para garantir que a imagem
não fique subexposta (escura) ou
superexposta (clara).
O fotômetro é um aparelho que mede a
intensidade da luz e existem dois tipos
principais: os internos (TTL - Through The
Lens) incorporados na câmera e os
externos, independentes da câmera. A
objetiva de uma câmera possui um
diafragma que controla a abertura pela
qual a luz passa antes de atingir o sensor.
Quanto maior a abertura do diafragma,
mais luz entra na câmera, e quanto menor
a abertura, menos luz entra. Além disso, a
abertura do diafragma influencia a
profundidade de campo, que é a
quantidade de planos em foco na imagem.
A profundidade de campo é controlada
principalmente pela abertura do diafragma.
Quanto maior a abertura (menor número
f/), menor será a profundidade de campo,
ou seja, menos áreas estarão em foco. Por
outro lado, quanto menor a abertura (maior
número f/), maior será a profundidade de
campo, permitindo que mais áreas estejam
em foco. A distância do objeto fotografado
também influencia a profundidade de
campo, sendo que objetos mais próximos
tendem a ter menos profundidade de
campo do que objetos distantes que estão
em foco
A popularização dos smartphones
equipados com câmeras de alta qualidade
levou à diminuição da demanda por
câmeras digitais compactas e câmeras
acopláveis. Anteriormente, as câmeras
acopláveis eram consideradas um
acessório essencial para aprimorar a
qualidade das fotos tiradas com
smartphones. No entanto, com o avanço
da tecnologia das câmeras embutidas nos
smartphones, as câmeras acopláveis
perderam sua relevância.
O obturador em uma câmera consiste em
um par de cortinas que, ao serem
acionadas pelo botão de disparo, se abrem
permitindo que a luz que passou pelo
diafragma atinja o sensor da câmera. A
velocidade do obturador determina por
quanto tempo a luz atingirá o sensor,
influenciando diretamente a exposição da
imagem. Em uma cena com pouca
luminosidade, uma opção é reduzir a
velocidade do obturador para permitir que
mais luz seja registrada, evitando assim
uma imagem subposta.
Além de controlar a exposição, o obturador
também é utilizado para congelar ou dar a
sensação de movimento às imagens. A
escala de velocidade do obturador é
medida em segundos e frações de
segundo, como 1/30, 1/60, 1/125, entre
outros. Quanto maior o número do
denominador (por exemplo, 1/1000), mais
rápida é a velocidade do obturador, o que é
útil para congelar movimentos rápidos. Por
outro lado, velocidades mais lentas, como
1/30, permitem capturar o movimento,
criando um efeito de arrasto.
O ISO é a sensibilidade do sensor digital
da câmera e pode variar de valores como
100 a 3200, dependendo do modelo da
câmera. Um ISO mais alto torna o sensor
mais sensível à luz, permitindo capturar
imagens em condições de pouca
iluminação. No entanto, um ISO elevado
também pode resultar em mais ruído na
imagem, especialmente em áreas escuras,
devido à maior sensibilidade do sensor.
Portanto, é importante equilibrar o ISO
para obter a exposição adequada sem
comprometer a qualidade da imagem
Técnicas e Conceitos da Fotografia: Triângulo da Exposição: O Triângulo da
Exposição representa a relação entre
Exposição: A exposição na fotografia
abertura do diafragma, velocidade do
refere-se à quantidade de luz que atinge o
obturador e sensibilidade do ISO na
sensor da câmera para capturar uma
exposição de uma imagem.
imagem. Para obter uma exposição
correta, é essencial equilibrar três Ajustar um dos elementos do triângulo
elementos principais: abertura do afetará os outros dois. Por exemplo, se
diafragma, velocidade do obturador e você aumentar a abertura do diafragma,
sensibilidade do ISO. pode precisar compensar com uma
velocidade do obturador mais rápida ou um
A abertura do diafragma controla a
ISO mais baixo para manter a exposição
quantidade de luz que entra na câmera.
correta.
Uma abertura maior (número f/ menor)
permite mais luz, enquanto uma abertura
menor (número f/ maior) reduz a
Profundidade de Campo: A profundidade
quantidade de luz.
de campo refere-se à área de uma imagem
A velocidade do obturador determina por que aparece nítida, desde o primeiro plano
quanto tempo o sensor é exposto à luz. até o fundo.
Velocidades mais rápidas congelam o
É influenciada pela abertura do diafragma
movimento, enquanto velocidades mais
(uma abertura maior resulta em uma
lentas capturam o movimento.
profundidade de campo menor), distância
O ISO indica a sensibilidade do sensor à focal da lente e distância do objeto.
luz. Um ISO mais alto é útil em condições
Controlar a profundidade de campo é
de pouca luz, mas pode resultar em mais
essencial para destacar um objeto em foco
ruído na imagem.
e desfocar o fundo, criando efeitos
Fotometria: A fotometria envolve o uso de estéticos na composição da imagem.
fotômetros para medir a intensidade da luz
em uma cena e ajustar as configurações
da câmera para obter uma exposição
adequada.
Existem fotômetros internos (TTL)
incorporados em muitas câmeras e
fotômetros externos que podem ser usados
separadamente para medir a luz de forma
mais precisa.