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FACULDADE DE ENGENHARIA
3º Ano – 1º Semestre
Trabalho Laboratorial
11 De Novembro de 2009
Faculdade de Engenharia da Universidade Católica
Engenharia Biomédica
ÍNDICE GERAL
Índices
1. Índice Geral……………………………………………………………………2
2. Índice de Figuras……………………………………………………………...3
3. Índice de Tabelas.…………………………………………………………….5
Resumo analítico………………………………………………………………………6
Introdução………………………………………………………………………………7
Enquadramento Teórico……………………………………………………….……11
Objectivos……………………………………………………………………………..18
Procedimento experimental………………………………………………………...19
Conclusão…………………………………………………………………………….40
Referências Bibliográficas.....…………………….………………………………...41
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 3: Valores dos pesos moleculares e das distâncias percorridas por cada banda
do marcador……………………………………………………………………….…………..35
RESUMO
INTRODUÇÃO
Figura 2: Mapa do plasmídeo pBR322. É possível observar na imagem os dois genes que
conferem resistência aos antibióticos: o tet para a tetraciclina e o bla para a ampicilina. Os
sítios de restrição ao longo da sequência de nucleótidos estão indicados em azul, com o nome
da enzima. Produção de DNA recombinante (adaptado de
http://www.ufpe.br/biolmol/pBR322.JPG, Dezembro 2009)
Figura 3: Mapa do plasmídeo pBluescript. O gene lacZ’ está indicado em azul e dentro dele,
em azul mais escuro, a região de clonagem (polylinker ou MCS - multiple cloning site).
(adaptado de http://www.ufpe.br/biolmol/pBR322.JPG, Dezembro 2009)
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Nas últimas décadas têm vindo a ser desenvolvidas novas técnicas que
permitem a análise e manipulação do DNA. Um dos grandes problemas com que se
depararam os investigadores que tentavam manipular o DNA era o isolamento dos
genes.
Ao longo da década de 60, diversas investigações com microrganismos tinham
permitido descobrir enzimas capazes de seleccionar o DNA em locais específicos.
Estas enzimas, designadas por enzimas de restrição ou endonucleases, começaram a
ser utilizadas em técnicas de manipulação in vitro.
As enzimas de restrição são capazes de reconhecer pequenas sequências
especificas de nucleótidos, hidrolisando a molécula de DNA apenas nesses locais.
Cada enzima apresenta um local único de restrição.
presença deste antibiótico. Como tal, as bactérias têm de ser colocadas num meio
contendo ampicilina de modo a seleccionar colónias de bactérias transformantes.
O pBs contém também na sua sequência o gene lacZ’ que codifica a enzima β-
galactosidase. Quando o fragmento de DNA que se pretende clonar é inserido na zona
polylinker, o gene lacZ’ é alterado deixando de produzir a enzima β-galactosidase. Isto
pode ser detectado através das cores das colónias de bactérias. As que contêm o
plasmídeo sem o fragmento de interesse formam colónias azuis (presença do gene
LacZ’, gene não alterado) enquanto aquelas que contêm o pBs com o insert serão
brancas (gene LacZ’ alterado).
Este processo é o mais utilizado como forma de reconhecer as células que
transportam a sequência de nucleótidos que se pretende clonar. Assim, para fazer a
selecção de colónias, as bactérias têm de ser colocadas num meio contendo o
antibiótico e o composto X-Gal, de forma a distinguir as células que têm o rDNA.
(adaptado de um protocolo laboratorial http://w3.ualg.pt/~jbelo/documentos/Labprotocols-
LEG%202006.pdf)
De seguida, é necessário extrair o DNA plasmídico. Para tal, existem dois
métodos possíveis: o método da lise alcalina e o método da ebulição.
Neste procedimento experimental utilizou-se o método da ebulição para a
extracção e purificação do DNA plasmídico. Como a bactéria possui uma parede
celular, é essencial efectuar um tratamento por acção do calor e da enzima lisozima,
de modo a remover este invólucro externo. Neste método as células bacterianas são
tratadas com um detergente em conjunto com o calor, de modo a romper parcialmente
a membrana plasmática. No interior desta membrana fica retido o DNA genómico,
saindo pelas aberturas formadas pelo detergente os RNAs, as proteínas, o DNA
plasmídico e alguns restos celulares. Após o processo de centrifugação é possível
remover os detritos celulares, ficando na solução as moléculas do sobrenadante.
Quando se pretende extrair apenas o DNA plasmídico é possível tratar a amostra com
a enzima RNase, que permite eliminar os RNAs, e efectuar uma extracção fenólica de
modo a eliminar as proteínas. (adaptado de protocolo laboratorial nº3)
Uma vez realizados estes passos, pode ser determinado o mapa de restrição
do plasmídeo recombinante em estudo. Para que isto seja possível é necessário
realizar uma electroforese, pois permite saber o tamanho das moléculas de DNA.
A electroforese é uma técnica de separação de partículas que, de acordo com
sua carga eléctrica e peso molecular, permite estimar o tamanho de fragmentos de
DNA, RNA e/ou proteínas. A electroforese de DNA é feita normalmente em gel de
agarose, que se prepara dissolvendo uma suspensão de agarose numa solução
tampão, deixando solidificar numa “forma” apropriada. Colocando previamente um
pente obtém-se um gel contendo uma fileira de poços numa das extremidades, onde
posteriormente serão colocadas as amostras a analisar. O gel é colocado num tanque
de electroforese, imerso em tampão (TBE), ficando entre dois eléctrodos posicionados
paralelamente à fileira dos poços do gel. As amostras de DNA são colocadas nos
poços do gel e, com a aplicação de um campo eléctrico, vão migrar para o pólo
positivo (ânodo), uma vez que os ácidos nucleicos têm uma carga negativa.
A agarose actua como um filtro, deixando passar mais facilmente as moléculas
mais pequenas que, assim, vão migrar mais do que as moléculas maiores. As
moléculas do mesmo tamanho migram conjuntamente e formam bandas, que podem
ser visualizadas com auxílio de luz ultravioleta. Para isso, é necessário incluir no gel
brometo de etídio, uma substância mutagénica que se intercala nas cadeias de DNA, e
que, após exposição a raios UV, emite uma fluorescência alaranjada.
(adaptado de Videira, A., Engenharia Genética – Princípios e aplicações, 2001 e
http://genetica.ufcspa.edu.br/biomedic/conteudo/genetica_molecular/eletroforese.pdf,
Dezembro 2009)
OBJECTIVOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1
Centrifugadora: Hettich Zentrifugen – Rotanta 460 R
2
Rotações por minuto
5 Água destilada
Biologia Celular e Molecular – Clonagem de um fragmento de DNA da bactéria 25
Helicobacter pylori
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Engenharia Biomédica
NOTA: Uma vez que as enzimas de restrição perdem a sua actividade facilmente se não se
encontrarem a baixas temperaturas, estas devem ser retiradas do gelo apenas no momento
anterior à sua utilização e guardadas novamente a -20ºC após as pipetagens. Como tal, este
procedimento teve de ser efectuado o mais rápido possível.
Havia ainda um quarto tubo com o plasmídeo não hidrolisado no qual foram
adicionadas as seguintes concentrações:
6
Agarose: SIGMA, A 5093 – 500G
7 Tanque de electroforese: BIO – RAD SUB-CELL® GT
8
TBE 1× geral: Tris – Borate, EDTA buffer, 10× (SIGMA, Alemanha)
9
Brometo de etídio: Etidium Bromide, MERCK, Alemanha. O brometo de etídio é uma substância
mutagénica. Como tal é necessário ter muita precaução no seu manuseamento.
Figura 17: Visualização dos fragmentos de DNA quando expostos à luz UV na presença do
brometo de etídio (adaptado de trabalho sobre”Enzimas de restrição”)
Teve-se o cuidado de registar a ordem pela qual o conteúdo dos tubos foi
aplicado, como mostra o esquema abaixo:
1ª LINHA DE POÇOS:
HindIII+ HindIII
X X X PNH HindIII XhoI M X PNH HindIII EcoRI X X
XhoI +EcoRI
2ª LINHA DE POÇOS:
Legenda:
M- marcador de pesos moleculares
PNH- plasmídeo não hidrolisado
X- poço vazio
10
Transiluminador+Máquina fotográfica: Gel Logic 100 – Imaging System, Kodak
Biologia Celular e Molecular – Clonagem de um fragmento de DNA da bactéria 30
Helicobacter pylori
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Engenharia Biomédica
CÁLCULOS AUXILIARES:
Equação 1:
Equação 2:
D = a – b ( log M )
Onde:
D - distância percorrida (cm);
M - massa molecular (pb);
a – ordenada na origem;
b – declive da recta;
Gráfico 1: Regressão linear obtida entre o logaritmo dos pesos moleculares e a respectiva
distância de cada um desses pesos
Equação 3:
y = -3,2719x + 14,645
Equação 4:
CÁLCULOS AUXILIARES
POÇO 2:
1º Fragmento:
2º Fragmento:
POÇO 3:
Fragmento de DNA:
POÇO 4:
2º Fragmento:
Insert (2,2kb)
1kb
5,2kb
Polylinker
Deslizamento das
bandas devido à
presença de proteínas
na solução
CONCLUSÃO
Assim, todos estes factores devem ser tidos em conta para que em futuros
procedimentos o resultado final seja mais viável.
Apesar de alguns erros cometidos, como os referidos anteriormente, o
resultado final foi ao encontro do esperado, pois foi possível a visualização das bandas
na fotografia obtida do resultado da electroforese, o que permitiu construir o mapa de
restrição do plasmídeo recombinado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Analógicas
Digitais
http://www.molecula.com/IPTG.gif,
http://www.ufpe.br/biolmol/pBR322.JPG;
http://www.enciclopedia.com.pt/images/469px-
Gel_electrophoresis_apparatus.jpg;
http://www.ufpe.br/biolmol/pBR322.JPG
http://www.tinycottager.net/articles/2007Fall/images/e_coli.jpg,
http://www.expasy.org/spotlight/images/sptlt095_1.jpg
www.morpheus.fmrp.usp.br/tb/apostila/apost2.htm,
http://genetica.ufcspa.edu.br/biomedic/conteudo/genetica_molecular/eletrofores
e.pdf;