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GENÉTICA 2022/2023 DBio@UAveiro

PROTOCOLO 1

Extracção de DNA
(total e plasmídico)

INTRODUÇÃO superenrolado (conformação supercoiled). O


número normal de cópias de cada plasmídeo
Nos seres vivos, podem encontrar-se pode variar, existindo plasmídeos de cópias
diferentes tipos de ácidos nucleicos, elevadas ou baixas. Por exemplo, plasmídeos
nomeadamente: DNA nuclear (nDNA), maiores tendem a ter um menor número de
mitocondrial (mtDNA), cloroplastídico (cpDNA) cópias. Os plasmídeos artificiais (base em
e plasmídico (pDNA); RNA mensageiro plasmídeos naturais, mas com a adição de
(mRNA), RNA de transferência (tRNA) e RNA elementos genéticos de interesse) são
ribossomal (rRNA).
Uma das técnicas importantes para as tecnologias de DNA
fundamentais da biologia molecular é a recombinante e, por isso, foram desenvolvidas
extração de ácidos nucleicos de um técnicas para a extracção selectiva deste tipo
organismo, livre de contaminações por de moléculas, nomeadamente o método de
proteínas e outros componentes moleculares lise alcalina. Após a extração, a maioria do
da estrutura celular. Existem diversos pDNA estará na conformação superenrolada.
protocolos adaptados à extração de DNA ou Contudo, uma fracção do mesmo pode ter
RNA, com pequenas alterações que quebras simples de DNA, o que liberta a
dependem normalmente do tipo de organismo tensão exercida por essa conformação. Neste
ou população celular a que se aplicam. A caso, o pDNA continua circular, mas não
preparação de DNA total é muitas vezes superenrolado (conformação circular aberta).
necessária como fonte de material a partir do Por vezes, mas mais raramente, é possível
qual se isolam genes, ou para efeitos de obter pDNA linearizado (quebras duplas de
comparação entre organismos ao nível DNA) ou pDNA circular mas de cadeia simples
molecular. O DNA total pode ser obtido a partir devido à desnaturação permanente do pDNA
de culturas bacterianas, tecidos vegetais ou durante o procedimento (se a lise alcalina for
animais ou de células animais em cultura, e prolongada).
envolve, normalmente 3 etapas: (i) lise celular O resultado de qualquer processo de extração
(com libertação de todo o material intracelular); é uma solução do ácido nucleico extraído num
(ii) precipitação de proteínas e outros tampão a pH 8,0. Após extracção, é
componentes celulares e (iii) isolamento do necessário proceder à determinação da
DNA. Nas células bacterianas, podem existir concentração da solução de DNA purificado
moléculas de DNA que replicam de forma (Protocolo 2).
autónoma, independente do cromossoma, que
se designam plasmídeos. Dentro da célula, o
DNA plasmídico (pDNA) encontra-se

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OBJETIVOS
• Aprender a utilizar kits comerciais de
• Aprender o processo de purificação de DNA extração de DNA;
a partir de um extrato celular; • Compreender as diferentes etapas do
• Reconhecer os cuidados a ter na processo de extração de DNA
manipulação do DNA; cromossomal e plasmídico.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Na aula alguns grupos irão realizar a extracção de DNA total bacteriano (protocolo A) e outros
grupos realizarão a extracção de DNA plasmídico (protocolo B), usando uma estirpe de
Escherichia coli portadora do plasmídeo pUC19 (Figura 1.1). Ambos os protocolos serão
baseadas no método de purificação de DNA em coluna (DNA spin column based purification).

PROTOCOLO A: Extracção de DNA total bacteriano com o HigherPurity™


Bacterial Genomic DNA Isolation Kit (Canvax)

Resumo:

1. Inocular meio de cultura TSB suplementado com ampicilina (100


μg/mL) com uma colónia de Escherichia coli pUC19 (Figura 1.1). Incubar
durante a noite a 37 ºC com agitação (180 rpm) – este passo não será
efectuado pelos estudantes

2. Centrifugar 1 mL da cultura de Escherichia coli durante 1 min a 13000 rpm

3. Descartar o sobrenadante e inverter o tubo num papel absorvente para
retirar o excesso de meio de cultura

4. Ressuspender o sedimento/”pellet” em 180 μL de Buffer BR-1 (tampão de
ressuspensão), com ajuda de uma micropipeta - ! confirmar que todo o pellet
é dissolvido no buffer
5. Adicionar 10 μl de lisozima e incubar a 37ºC por 10 min
6. Adicionar 10 μl de solução de RNase A e misturar bem (cerca de 10
segundos), recorrendo ao vórtex. Incubar durante 5 minutos à temperatura
ambiente
7. Adicionar 20 μl de Proteinase K e incubar durante 30 minutos a 55ºC8.
Adicionar 200 μl de Buffer BLU, agitar no vórtex e incubar durante 10
minutos a 70ºC.

9. Adicionar 200 μL de etanol absoluto e misturar vigorosamente com o
vórtex.
10. Transferir a mistura para a coluna (em caso de dúvida, consultar a Figura
1.2) com a ajuda da micropipeta

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11. Centrifugar a 13000 rpm durante 1 min


12. Descartar o liquido do tubo de recolha (Figura 1.2)
13. Transferir a coluna para um microtubo colector (Figura 1.2) e adicione 200 μL de Buffer
WB1 (tampão de lavagem) à coluna
14. Centrifugar a 13000 rpm durante 1 min
15. Descartar o liquido do tubo de recolha
16. Transferir a coluna para um microtubo colector e adicione 200 μL de Buffer WB2 (tampão
de lavagem) à coluna
17. Centrifugar a 13000 rpm durante 3 min
18. Descartar o liquido do tubo de recolha
19. Transferir a coluna para um microtubo de 1,5 mL previamente marcado com o número do
grupo e turma prática
20. Adicionar 100 μL de Buffer EB (tampão de eluição) diretamente ao centro da coluna
21. Incubar 1 min à temperatura ambiente
22. Centrifugar 13000 rpm por 1 min
23. Descartar a coluna e guardar a -20 ºC o microtubo que contem o DNA genómico extraído
(Figura 1.2).

PROTOCOLO B: Extracção de DNA plasmidico (pUC19) 
com o WideUSE™


Plasmid Purification Kit (Canvax)

1. Inocular meio de cultura TSB suplementado com ampicilina (100 μg/mL)


com uma colónia de Escherichia coli pUC19 (Figura 1.1). Incubar durante a
noite a 37 ºC com agitação (180 rpm) – este passo não será efectuado
pelos estudantes

2. Centrifugar 1 mL da cultura de Escherichia coli durante 1 min a 13000 rpm

3. Descartar o sobrenadante e inverter o tubo num papel absorvente para
retirar o excesso de meio de cultura

4. Ressuspender o sedimento/”pellet” em 100 μL de Buffer S-I (tampão de
ressuspensão suplementado com RNase) - ! confirmar que todo o pellet fica
dissolvido no buffer
5. Adicionar 100 μl de Buffer S-II (buffer de lise com pH alcalino) e misturar
bem (inverter o tubo algumas vezes)
6. Adicionar 100 μl de Buffer S-III (tampão de neutralização) e misturar bem
(inverter o tubo algumas vezes)
7. Centrifugar a 13000 rpm durante 10 min
8. Com a micropipeta, transferir o sobrenadante (que contem o DNA
plasmidico) para um microtubo de 1,5 mL
Resumo:
9. Adicionar 500 μl de Binding Buffer e incubar à temperatura ambiente
durante 5 min

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10. Transferir a cultura para a coluna por decantação (em caso de dúvida, consultar a Figura
1.2)
11. Centrifugar a 5500 rpm durante 1 min 30 sec
12. Descartar o liquido do tubo de recolha (Figura 1.2)
13. Adicionar 700 μL de Washing Buffer à coluna
14. Centrifugar a 5500 rpm durante 1 min 30 sec
15. Descartar o liquido do tubo de recolha e voltar a colocar a coluna nesse mesmo tubo
16. Adicionar 500 μL de isopropanol
17. Centrifugar a 5500 rpm durante 1 min 30 sec
18. Descartar o liquido do tubo de recolha e voltar a colocar a coluna nesse mesmo tubo
19. Centrifugar a 13000 rpm durante 1 min 30 sec
20. Colocar a coluna num microtubo novo de 1,5 mL previamente marcado com o número de
grupo e turma prática
20. Adicionar 50 μL de Buffer EB (tampão de eluição) diretamente ao centro da coluna
21. Incubar 1 min à temperatura ambiente
22. Centrifugar 13000 rpm por 1 min
23. Descartar a coluna e guardar a -20 ºC o microtubo que contem o DNA plasmídico extraído
(Figura 1.2).

Figura 1.1: Representação da estirpe de E. coli contendo o plasmídeo pUC19. O mapa


detalhado do plasmídeo pode ser consultado no protocolo da aula 2 (Biorender).

Figura 1.2: Representação das colunas, tubos colectores e microtubos 1,5 mL

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? ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

1. Qual a relevância de utilizar meio suplementado com antibiótico para crescer a estirpe de
E. coli pUC19?
2. Quais as etapas essenciais para um procedimento de purificação de ácidos nucleicos?

3. No procedimento de extração de DNA total, porque é necessário utilizar proteinase K e
RNase?

4. Em ambos os protocolos, qual a função do último tampão?

5. Qual a principal diferença entre os protocolos de extração de DNA total e DNA plasmídico?

 No último, o que permite separar o DNA plasmidico do DNA cromossomal?
6. No procedimento de extração de DNA plasmídico, não é necessário utilizar proteinase K.
Porquê?

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PROTOCOLO 2

Quantificação e Digestão de DNA

INTRODUÇÃO de reconhecimento para uma dada enzima


de restrição. Estas enzimas podem ser
O método de eleição para quantificação de usadas para digerir DNA de qualquer
ácidos nucleicos é a espetrofotometria. Este organismo, originando extremos/terminais
método de quantificação consiste na medição com sequências nucleotídicas conhecidas.
da absorvância da solução a um Estes terminais podem ser coesivos
comprimento de onda de 260 nm. A este (exemplo: BamHI) ou cegos (exemplo: ScaI)
comprimento de onda, uma unidade de e permitem a posterior ligação de DNA de
densidade ótica corresponde a 50 μg/ml de diferentes origens, desde que esses
DNA de cadeia dupla e 40 μg/ml de DNA em fragmentos apresentem extremos
cadeia simples. Para estimar a pureza das compatíveis (esta reação exige a presença
amostras de DNA, determina-se a razão de uma outra enzima, a DNA ligase). Este é
entre as absorvâncias medidas a 260 nm e a o princípio básico da engenharia genética.
280 nm. Para preparações de DNA puro, Cada enzima apresenta condições ótimas de
esta razão deve ser igual a 1,8. reação no que diz respeito à temperatura e à
As enzimas de restrição são uma das concentração de sais. O volume de enzima a
ferramentas básicas da tecnologia de DNA adicionar à solução final em que decorre a
recombinante. Estas enzimas, normalmente reação, deve ser menor do que 10  do
produzidas por bactérias, reconhecem volume total, devido ao alto conteúdo em
determinadas sequências de nucleótidos na glicerol das soluções de armazenamento das
cadeia dupla de DNA. As sequências de enzimas. Concentrações elevadas de glicerol
reconhecimento são específicas para cada podem inibir a sua atividade.
enzima. Um tipo particular de enzimas de O DNA a ser digerido deve estar livre de
restrição são as enzimas de Tipo II, que impurezas para que não haja o risco de estas
quebram a cadeia dupla de DNA em locais inibirem a enzima. É necessário ter em conta
específicos (sequência de reconhecimento). também a concentração do DNA a digerir. As
Estas quebras resultam em dois cortes, um enzimas de restrição são, em geral,
em cada uma das cadeias da molécula de comercializadas a concentrações de 10
DNA, efetuados em locais precisos. unidades por microlitro, sendo uma unidade
As sequências de reconhecimento são em definida como a quantidade de enzima que,
geral de 4, 6 ou 8 pares de bases e possuem ao fim de uma hora e à temperatura ideal,
simetria rotacional (palindromas). Qualquer digere completamente 1 g de DNA padrão
DNA (cromossómico, mitocondrial, (normalmente, DNA do fago lambda).
plasmídico, viral) possui várias sequências

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OBJETIVOS cuidados necessários para evitar a


degradação do DNA;
• Compreender o tipo de ação das enzimas • Aprender a preparar reações de digestão
de restrição sobre moléculas de DNA de DNA;
circulares; • Saber interpretar resultados da digestão de
• Desenvolver os conhecimentos necessários DNA.
para a manipulação de DNA e reconhecer os

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Na primeira parte da aula irão determinar a concentração e grau de pureza do DNA extraído
na aula anterior (Protocolo A). Na segunda parte da aula, os estudantes irão digerir o DNA
extraído: cada grupo elaborará uma das seguintes reacções:

- Digestão simples de DNA cromossomal (Protocolo B) – enzima BamHI (Figura 2.2)


- Digestão simples de DNA plasmídico (Protocolo C) – plasmídeo pUC19 (Figura 2.1) e
enzima BamHI (Figura 2.2)
- Digestão dupla de DNA plasmídico (Protocolo D) – plasmídeo pUC19 (Figura 2.1) e enzimas
BamHI e SacI(Figura 2.2)

No entanto, os resultados devem ser interpretados pelos estudantes como um todo. Ou seja,
todos os grupos devem analisar os resultados obtidos nas três reacções efectuadas na aula.

PROTOCOLO A: Determinação da concentração e grau de pureza da amostra de


DNA

1. Preparar 1 microtubo com 995 L de TE (10 mM Tris pH 8, 1 mM


EDTA)
2. Adicionar 5 L do DNA extraído
3. Agitar os tubos suavemente para tornar a solução homogénea.
4. Efetuar a leitura da absorvância a 280 e a 260 nm para as soluções
contidas em cada um dos tubos em cuvetes de quartzo
5. Calcular a concentração e o grau de pureza da amostra

A260 A280 A260/A280 Interpretação

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PROTOCOLO B: Reação de digestão de DNA total com a enzima BamHI

1. Considerar a concentração de DNA total obtida


2. Calcular o volume de DNA total a usar na reacção de digestão, considerando que tem de
digerir 2,5 g de DNA
3. Determinar o volume de água a utilizar, considerando que a reacção de digestão tem a
seguinte constituição:

Reagente Volume Volume calculado

Volume a
Água determinar pelo
estudante

Volume a
DNA a digerir (2,5 g) determinar pelo
estudante

Tampão FastDigest verde 10X


3 L 3 L
(contém tampão de carga)

Enzima BamHI FastDigest 3 L 3 L

Volume final da reacção 30 L 30 L

4. Adicionar os reagentes da tabela um por um num microtubo estéril de 1,5 mL


5. Homogeneizar e centrifugar rápido o tubo, para que toda a reacção se concentre no fundo
do microtubo
6. Incubar a 37 ºC durante 10 minutos
7. Congelar a amostra a -20ºC, para parar a reacção e conservar o DNA até à próxima
utilização
8. Analisar o resultado da digestão por electroforese em gel de agarose (Aula 4).

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PROTOCOLO C: Reação de digestão de DNA plasmídico (pUC19) com a enzima


BamHI

1. Considerar a concentração de DNA plasmídico obtida


2. Calcular o volume de DNA plasmídico a usar na reacção de digestão, considerando que
tem de digerir 0,5 g de DNA
3. Determinar o volume de água a utilizar, considerando que a reacção de digestão tem a
seguinte constituição:

Reagente Volume Volume calculado

Volume a
Água determinar pelo
estudante

Volume a
DNA a digerir (0,5 g) determinar pelo
estudante

Tampão FastDigest verde 10X


2 L 2 L
(contém tampão de carga)

Enzima BamHI FastDigest 1 L 1 L

Volume final da reacção 20 L 20 L

4. Adicionar os reagentes da tabela um por um num microtubo estéril de 1,5 mL


5. Homogeneizar e centrifugar rápido o tubo, para que toda a reacção se concentre no fundo
do microtubo
6. Incubar a 37 ºC durante 10 minutos
7. Congelar a amostra a -20ºC, para parar a reacção e conservar o DNA até à próxima
utilização
8. Analisar o resultado da digestão por electroforese em gel de agarose (Aula 4).

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PROTOCOLO D: Reação de digestão dupla de DNA plasmídico (pUC19) com as


enzimas BamHI e SacI (digestão dupla)

1. Considerar a concentração de DNA plasmídico determinada na aula anterior


2. Calcular o volume de DNA plasmídico correspondente a 0,5 g de DNA
3. Determinar o volume de água a utilizar, considerando que a reacção de digestão tem a
seguinte constituição:

Reagente Volume Volume calculado

Volume a
Água determinar pelo
estudante

Volume a
DNA a digerir (0,5 g) determinar pelo
estudante

Tampão FastDigest verde 10X


2 L 2 L
(contém tampão de carga)

Enzima BamHI FastDigest 1 L 1 L

Enzima ScaI FastDigest 1 L 1 L

Volume final da reacção 20 L 20 L

4. Adicionar os reagentes da tabela um por um num microtubo estéril de 1,5 mL


5. Homogeneizar e centrifugar rápido o tubo, para que toda a reacção se concentre no fundo
do microtubo
6. Incubar a 37 ºC durante 10 minutos
7. Congelar a amostra a -20ºC, para parar a reacção e conservar o DNA até à próxima
utilização
8. Analisar o resultado da digestão por electroforese em gel de agarose (Aula 4).

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Figura 2.1: Mapa do plasmídeo pUC19, extraído na aula 1, com indicação dos genes e locais
de reconhecimento para algumas enzimas de restrição, com a posição dos respetivos locais
de corte, em termos de par de bases do plasmídeo (números entre parêntesis). O gene blaTEM
codifica uma beta-lactamase que confere resistência à ampicilina.

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Figura 2.2: Sequências de reconhecimento das enzimas BamHI e ScaI e respectivos


terminais coesivos e cegos (Biorender).

? ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

1. Na aula 1 procedeu-se à extração do plasmídeo representado na Figura 2.1. Qual o peso


molecular do plasmídeo?
2. Após a digestão do DNA plasmídico com a enzima BamHI, qual(is) será/serão o(s) peso(s)
molecular(es) do(s) fragmento(s) produzido(s)? Porquê?
3. Após a digestão do DNA plasmídico com as enzimas BamHI e ScaI, qual(is) será/serão o(s)
peso(s) molecular(es) do(s) fragmento(s) produzido(s)? Porquê?
4. Aquando da determinação do grau de pureza de uma amostra de DNA, o que podem indicar
os seguintes valores?

A260/A280 Interpretação

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PROTOCOLO 3

Amplificação de DNA
(PCR)

seguinte. Como resultado desta


INTRODUÇÃO amplificação serão produzidos fragmentos
idênticos ao DNA alvo.
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é Assim, a PCR tem várias aplicações como,
uma metodologia rápida que possibilita a por exemplo, amplificação de genes ou
amplificação in vitro de fragmentos de DNA fragmentos específicos, entre outras. É, por
específicos a partir de uma quantidade isso, uma ferramenta importante para
mínima de DNA (1 cópia). Para a reação estudos filogenéticos. No caso das
são necessários 2 iniciadores (primers bactérias, o gene que codifica para o rRNA
específicos, que são oligonucleótidos 16S é bastante utilizado para estudos
sintéticos complementares às duas cadeias filogenéticos por ser muito conservado entre
de DNA molde), que são desenhados com diferentes espécies de bactérias. Para tal,
base na sequência de nucleótidos que utilizam-se primers específicos para
flanqueia o fragmento que se pretende diferentes regiões do gene, dependendo do
amplificar. Para além dos primers, a solução objectivo de cada estudo. Após
deve conter a polimerase (Taq DNA determinação da sequência nucleotídica do
polimerase) tampão da enzima e dNTPs. A fragmento amplificado e comparação com
técnica consiste em vários ciclos repetidos, outras sequências depositadas nas bases
que estão divididos em 3 etapas: i) de dados é possível conhecer o género ou,
desnaturação do DNA (elevada temperatura em alguns casos, a espécie do
para assegurar a quebra das pontes de microrganismo em estudo.
hidrogénio da dupla fita de DNA;
ii) emparelhamento (annealing) dos primers
em sequência específicas alvo (a OBJETIVOS
temperatura é definida em função da
sequência nucleotídica) e iii) extensão da • Compreender a técnica de PCR bem como
região a ser amplificada por ação da DNA das suas aplicações.
polimerase. Cada cadeia de DNA recém • Reconhecer a técnica de PCR como
processo de análise e amplificação de
amplificada é usada como molde no ciclo
moléculas de DNA.

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O resumo da técnica de PCR, assim como o método de avaliação do resultado está


esquematizado na Figura 3.1.

PROTOCOLO A: Amplificação do gene 16S rRNA por reacção em cadeia da


polimerase (PCR)

1. Utilizar o DNA total extraído (NOTA IMPORTANTE ABAIXO) na Aula 1 como DNA molde na
reacção de PCR
2. Identificar um microtubo de 200 L (prática e grupo) na zona lateral
3. Preparar a seguinte reação de amplificação:

Reagente Volume
MasterMix 2X 10 L
Primer foward (10 pmol/L)* 1 L
Primer reverso (10 pmol/L)* 1 L
tDNA 1 L
Água 7 L
Volume final da reacção 20 L

*Sequência do primer foward: 5’-AGA GTT TGA TCC TGG CTC AG -3’ (nucleótidos 8 a 27 do gene rRNA 16S de E.
coli) Temperatura de melting: 58 ºC
*Sequência do primer reverso: 5’-AAG GAG GTG ATC CAG CC -3’ (nucleótidos 1525 a 1541 do gene rRNA 16S de E.
coli) Temperatura de melting: 55 ºC

4. Programar o termociclador para proceder à amplificação por PCR de acordo com o os


seguintes parâmetros:

Temperatura Tempo Nº Ciclos


Desnaturação inicial: 94 ºC 9 min 1
Amplificação desnaturação: 94 ºC 30 seg
“annealing”: 56 ºC a) 30 seg 30
extensão: 72 ºC 1 min 30 segb)
Extensão final: 72 ºC 10 min 1
a) calcular com base na temperatura de melting dos primers
b) velocidade de polimerização da DNA polimerase: 30 seg/1Kb

5. Colocar os microtubos contendo a reacção de PCR no termociclador e iniciar o programa de


amplificação
6. Terminada a reacção, manter os microtubos a 15 ºC ou armazená-los a –20 ºC.
7. Avaliar o sucesso da amplificação por electroforese em gel de agarose (Aula 4).

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! NOTA IMPORTANTE:
Será fornecido DNA total aos grupos que extraíram DNA plasmidico na Aula 1.

Figura 3.1: Resumo do procedimento e análise de uma PCR (Biorender e Khan academy).

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? ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

1. A PCR é uma reacção in vitro que mimetiza um processo celular. Qual?


2. Qual a principal função da reacção de PCR?
3. Quais são os componentes essenciais de uma “mastermix” de PCR?
4. A temperatura de “annealing” é sempre igual em todas as reacções de PCR? Porquê?
5. O tempo de extensão é sempre igual em todas as reacções de PCR? Porquê?
6. Qual deverá ser o peso molecular do fragmento que amplificou na aula prática.
7. Se o objectivo do PCR fosse amplificar um gene com 2Kb, qual deveria ser o tempo de extensão
que utilizaria?
8. Numa reacção de PCR, em que consiste um controlo negativo? Porque é essencial incluir um
controlo negativo na análise?
9. Qual a função do gene 16S rRNA?
10. Porque deve usar DNA total e não DNA plasmidico para a reacção de PCR proposta na aula?

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PROTOCOLO 4

Visualização DNA em gel de


agarose

As amostras de DNA são aplicadas no gel,


após adição de 1/6 de volume de tampão de
INTRODUÇÃO arrastamento (ou tampão de carga/loading
dye). Este tampão contém glicerol, que lhe
Para avaliar o sucesso da digestão do DNA confere densidade, e corantes. Corantes
pela endonuclease de restrição, a reação de usualmente encontrados neste tampão são o
digestão deve ser analisada por eletroforese xileno cianol, o azul de bromofenol e o
em gel de agarose. laranja G, que migram de maneira idêntica a
O DNA é uma molécula carregada moléculas de DNA com 4000, 500 e 50 pares
negativamente e esse facto permite a de bases (bp), respetivamente (Figura 4.1). O
separação das moléculas existentes numa seu uso permite avaliar a posição
solução heterogénea através de eletroforese. aproximada das moléculas de DNA durante a
Esta técnica permite separar fragmentos eletroforese.
resultantes de digestão de acordo com o seu
peso molecular. Num gel de agarose, a
velocidade de migração de uma molécula de OBJETIVOS
DNA é inversamente proporcional ao
logaritmo do seu peso molecular (e, portanto, • Compreender o processo de separação de
do seu tamanho). moléculas de DNA de acordo com o peso
molecular;
Se, neste mesmo gel, forem introduzidos
• Interpretar e analisar os resultados obtidos
fragmentos de DNA de tamanho conhecido
após separação de moléculas de DNA em
(marcadores ou padrões), o tamanho dos gel de agarose;
fragmentos resultantes da digestão com a • Tomar conhecimento e reconhecer os
enzima de restrição pode ser determinado cuidados a ter na manipulação de agentes
com exatidão. As bandas de DNA podem ser físicos e químicos com elevado risco para a
detetadas no gel após coloração com o saúde.
agente intercalante brometo de etídio e
visualizadas sobre luz ultravioleta.
Os géis de agarose preparam-se a
concentrações entre 0,5 e 1,2 %,
dependendo dos tamanhos dos fragmentos a
separar, decorrendo as eletroforeses a
voltagens compreendidas entre 1 e 4 V/cm
em tampão TAE.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Nesta aula, todas as amostras de DNA das aulas anteriores (extracções de DNA total e
plasmídico, digestões e PCR) serão analisada por electroforese em gel de agarose.

PROTOCOLO A: Eletroforese em gel de agarose

O objectivo é preparar um gel de agarose com uma concentração de 1%, em 50 mL de


tampão de corrida TAE 1X (Figura 4.2).

1. Calcular a quantidade de agarose a pesar


2. Colocar a agarose num frasco e adicionar 50 mL de tampão TAE 1X
3. Misturar e colocar no microondas
4. Deixar ferver durante algum tempo e ir mexendo a cada 30 segundos, até que a agarose
esteja completamente dissolvida
5. Esperar que o gel arrefeça até cerca de 45 ºC
6. Enquanto o gel arrefece, preparar a plataforma do gel e colocar o pente na posição
adequada.
7. Quando a agarose atingir a temperatura adequada, adicionar 10 L de uma solução de
Brometo de Etídio (EtBr) a 5 mg/mL (ATENÇÃO: O EtBr é cancerígeno.)
8. Misturar suavemente e verter a agarose na plataforma
9. Deixar o gel solidificar (cerca de 15 minutos; durante este tempo de espera, preparar as
amostras como descrito no passo 11)
10. Colocar a bandeja com o gel de agarose na tina de corrida, que já contêm o tampão de
eletroforese TAE 1X. Verificar se o gel ficou totalmente submerso em tampão.
11. Preparar as amostras*: Colocar 5 L da amostra de DNA num microtubo e misturar com
5 L de tampão de arrastamento (TA) 2X concentrado.
12. Aplicar as amostras nos poços do gel. Num dos poços (por cada patamar de poços do
gel) é necessário carregar 2 µL do marcador de peso molecular para DNA linear (já
contém tampão de arrastamento; Figura 4.3)
13. Ajustar a corrente da fonte para 100 volts e iniciar a eletroforese.
14. Logo que o azul de bromofenol do tampão de arrastamento tiver percorrido mais de
metade da longitude do gel, terminar a eletroforese.
15. Observar o resultado num transiluminador de ultravioleta e fotografar (CUIDADO: Usar
proteção adequada para os olhos).

! ATENÇÃO: As amostras da digestão de DNA plasmídico e da reacção de PCR já contêm tampão


de arrastamento/carga. Desta forma, é possível carregar estas amostras directamente no gel de agarose.

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Figura 4.1: Separação de diferentes corantes dos tampões de arrastamento após eletroforese em gel de
agarose.

Figura 4.2: Esquematização do protocolo de eletroforese em gel de agarose e análise dos resultados.

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Figura 4.3: Imagem do marcador de peso molecular GRS Universal Ladder (Grisp), com a indicação do
peso molecular de cada fragmento (em pares de bases bp), quando separado num gel de agarose de
1%.

? ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

1. Qual a quantidade de agarose que teria de pesar se pretendesse preparar 100 mL de um gel
de agarose a 2%?
2. Se lhe for fornecido o tampão de corrida TAE 50X concentrado como procederia para
preparar 100 mL de tampão TAE 1X concentrado?
3. Se pretender analisar fragmentos de DNA com cerca de 50 bp é mais adequado utilizar um
gel de agarose a 0,8% ou a 2%? Porquê?
4. Considere que o polo negativo e positivo de uma tina de eletroforese estão representados
com as cores preto e vermelho, respectivamente. Ao colocar o gel de agarose na tina, os poços
onde vai carregar a amostra de DNA devem ficar mais próximos do polo preto ou vermelho?
5. Qual o composto que permite a visualização do DNA quando exposto à luz ultravioleta?
Porque é que o composto tem essa capacidade?
6. Como explica o resultado que obteve para a extração de DNA total vs o resultado que obteve
na digestão simples de DNA plasmídico, considerando que extraiu DNA da mesma estirpe
bacteriana?
7. Quantas bandas observou na extracção de DNA plasmídico? Como explica esse resultado?
8. Como explica o resultado que obteve para a extração de DNA plasmidico vs o resultado que
obteve na digestão simples de DNA plasmídico?

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PROTOCOLO 5

Deteção do Efeito Mutagénico de


Compostos Químicos - Teste de
Ames

histidina quando as células são incubadas na


presença de diferentes concentrações o
composto cuja ação se pretende testar.

INTRODUÇÃO Quando as células da estirpe auxotrófica são


espalhadas em meio mínimo, não deve
Designam-se por mutagénicos os agentes
ocorrer divisão celular e, portanto, não
químicos ou físicos que afetam a estrutura do
devem surgir colónias visíveis. No entanto,
DNA, provocando alteração da sequência de
na presença de um agente mutagénico, uma
bases. São inúmeros os compostos químicos
fração da população celular é afetada por
que provocam alterações desta natureza e
mutação, nalgumas células, a mutação faz
muitos deles são suscetíveis de entrar em
reverter o fenótipo de auxotrofia para
contacto com os seres humanos.
prototrofia. Assim sendo, passam a existir
Existem vários procedimentos para testar a
células com capacidade de crescer e se
ação mutagénica de compostos químicos. O
dividirem num meio mínimo (apresenta uma
teste mais utilizado por Bruce Ames, da
quantidade mínima do nutriente para o qual a
Universidade da Califórnia na década de 70.
cultura mãe é auxotrófica), originando
Este teste utiliza estirpes bacterianas
colónias no meio de cultura (colónias
pertencentes à espécie Salmonella
revertentes – His+). Este crescimento indica
typhimurium. Estas estirpes foram
que o composto em teste apresenta atividade
geneticamente modificadas por forma a
mutagénica. Em geral, o número de colónias
serem usadas na deteção de agentes
obtidas está diretamente relacionado com a
químicos com ação mutagénica. Os
concentração do composto.
principais tipos de modificações induzidas
nas estirpes foram:
• Inativação dos sistemas de reparação do OBJETIVOS
DNA
• Inativação da síntese de lipopolissacarídeos • Compreender os conceitos de auxotrofia e
prototrofia
para aumentar a permeabilidade das
• Compreender o conceito de mutação
células aos compostos químicos
• Caracterizar diferença fenotípica em
• Auxotrofias para aminoácidos,
bactérias
nomeadamente para histidina.
• Relacionar a mutação com a ação de
agentes químicos
O teste padrão consiste em medir a taxa de • Executar um método analítico para a
mutação reversa da auxotrofia para a deteção de mutagénese

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

A Figura 5.1 apresenta, em forma de esquema, o conjunto de procedimentos que devem ser
adotados neste protocolo. O composto mutagénico (solução teste) será testado em diferentes
diluições (10-1, 10-2 e 10-3). Cada grupo testará o efeito apenas de uma destas diluições.

Figura 5.1: Deteção de atividade mutagénica pelo teste de Ames - conteúdo dos tubos e passos do
protocolo experimental a ser efectuado por cada grupo.

Material
• 6 caixas de Petri contendo meio mínimo suplementado com 40% (m/v) de glucose
• 6 tubos contendo 2 ml de Top Agar
• Solução teste (mitomicina [12.5 µg/ml]
• Solução de 0,5 mM Biotina e 0,5 mM Histidina

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• Banho a 45ºC
• Cultura de Salmonella typhimurium TA 102
• Pipetas estéreis

PROTOCOLO: Deteção de Atividade Mutagénica

1. Fundir o meio Top agar.


2. Colocar 2 mL de meio Top Agar em cada um dos seis tubos e incubar num banho a 45ºC;
aguardar que a temperatura baixe até que possa manipular os tubos.
3. A cada tubo adicionar 200 µL de solução de Histidina/Biotina.
4. A três tubos, adicionar 100 µL da solução a testar; marcar estes tubos com a indicação
TESTE e diluição usada, aos restantes três tubos marcar a condição CONTROLO.
5. Adicionar 100 µL de cultura bacteriana a todos os tubos TESTE e CONTROLO.
6. Marcar a base de três das caixas de Petri com a indicação TESTE e diluição.
7. Marcar a base de três das caixas de Petri com a indicação CONTROLO.
8. Misturar bem o conteúdo dos tubos TESTE usando o vórtex e verter o conteúdo de cada
tubo em cada uma das placas TESTE.
9. Misturar bem o conteúdo dos tubos CONTROLO usando o vórtex e verter o conteúdo de
cada tubo em cada uma das placas CONTROLO.
10. Deixar solidificar durante, pelo menos, 20 minutos. Depois, envolver as placas em papel
de embrulho.
11. Colocar as placas na estufa a 37ºC.
12. Ao fim de 48 horas, contar o número de colónias presente em cada uma das placas,
calcular a média e erro padrão e representar graficamente o número de revertentes His+ por
condição (Tabela 5.1).

Tabela 5.1. Apresentação dos resultados do teste de Ames realizado na aula. Devem recolher os
resultados de toda a turma e interpretar como um todo.

Número de colónias
mutantes
Réplica Réplica Réplica Erro
Média
1 2 3 Padrão

CONTROLO

Composto
TESTE:
Diluição 10-1
Composto
TESTE:
Diluição 10-2
Composto
TESTE:
Diluição 10-3

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? ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

1. Observe, com muita atenção, as placas de Petri de cada condição (CONTROLO e


TESTE): verifica-se algum “tapete fino” de bactérias? Qual é o significado da
presença deste tapete bacteriano?
2. Na condição CONTROLO, foi possível observar colónias que cresceram por cima
do tapete? Em caso afirmativo, explique o aparecimento destas colónias.
3. Nas placas TESTE, aconteceu o mesmo que na condição CONTROLO? Justifique
a sua resposta.
4. Qual foi a concentração da solução TESTE mutagénica e porquê?

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BIBLIOGRAFIA

• Correia, A., Mendo, S. (2001). Genética: Exercícios Teórico- Práticos, UA.


• Brown T (2010). Gene Cloning and DNA Analysis: An introduction, 6th Edition, Wiley Blackwell.
• Old, R. W. & Primrose (1991). Principles of Gene Manipulation. Blackwell, London.
• MARON, D. M. and AMES, B. (1983). Revised Methods for the Salmonella Mutagenicity Test.
Mutation Research 113:173-215.
• Maria VL, Correia AC, Santos MA. (2002). Benzo[a]pyrene and beta-naphthoflavone mutagenic
activation by European eel (Anguilla anguilla L.) S9 liver fraction. Ecotoxicol Environ Saf. 53(1):81-5.
doi: 10.1006/eesa.2001.2204.

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