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UNIVERSIDADE UNIDERP- ANHANGUERA

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

Relatório de Aula Prática

Dois Irmãos do Buriti - MS


2023
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VANESSA CRISTINA DOS SANTOS

Relatório de Aula Prática


Introdução a Biologia Celular e do Desenvolvimento

Relatório apresentado à Universidade Uniderp


Anhanguera, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina Introdução a
Biologia Celular e do Desenvolvimento de
Superior Tecnologia em Radiologia.

Dois Irmãos do Buriti - MS


2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
2.1 ATIVIDADE PRÁTICA 1.....................................................................................4

2.1.1 Procedimentos para realização do experimento.............................................4

2.2 ATIVIDADE PRÁTICA 2........................................................................................9


2.2.1 Procedimentos para realização do experimento.............................................9

2.2.2 Respostas aos questionamentos propostos..................................................13

CONCLUSÃO............................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17

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1 INTRODUÇÃO

A Biologia Celular e do Desenvolvimento é uma disciplina fundamental para


compreender a estrutura, a função e a evolução dos organismos vivos. A extração e
purificação de DNA e RNA são procedimentos cruciais para a análise e manipulação
do material genético, e são amplamente utilizados em diversas áreas da biologia
molecular e celular. A compreensão dos protocolos de extração e purificação de
DNA e RNA é essencial para garantir a qualidade e a precisão dos resultados
obtidos em experimentos envolvendo esses materiais.

Nesse contexto, as aulas práticas são ferramentas valiosas para que os


estudantes possam vivenciar e compreender na prática as etapas envolvidas na
extração e purificação de DNA e RNA, bem como as funções e finalidades de cada
reagente e material utilizados.

Este portfólio tem como objetivo apresentar a experiência da primeira aula


prática, na qual realizamos a extração e purificação de DNA ou RNA. Destacaremos
as principais etapas do protocolo e a importância de cada uma delas. Já a segunda
atividade prática consiste na análise de lâminas do aparelho reprodutor feminino e
masculino, com o objetivo de observar as estruturas dos órgãos, analisar suas
características e identificar os tecidos presentes em cada um deles.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ATIVIDADE PRÁTICA 1

2.1.1 Procedimentos para realização do experimento

A realização desta aula prática seguiu a seguinte distribuição de


procedimentos, a partir do Laboratório Digital Algetec:

A) Segurança do experimento:

Primeiro, foram colocados os equipamentos de proteção individual localizados


no “Armário de EPIs”.

Figura 1 – Segurança no experimento. Fonte: O autor (2023).

B) Etapa da Lise:

Nesta etapa, foi pipetado 25 μl da Proteinase K no tubo Eppendorf. Em


seguida, foi pipetado 200 μl da amostra de sangue no mesmo tubo, e por último,
pipetado 200 μl do tampão lise S no tubo. Dessa forma, foi tampado o Eppendorf e
homogeneizado no Vórtex por 20 segundos. Após esse tempo, o Eppendorf foi
incubado por 15 min.

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Figura 2 – Etapa da Lise. Fonte: O autor (2023).

C) Etapa da Ligação:

Nesta etapa, foi pipetado 210 μl de álcool 96% no Eppendorf e


homogeneizado de novo no Vórtex. Em seguida, foi pipetado 640 μl do Eppendorf
para o tubo spin e centrifugado a 11.000 rpm por 1 minuto.

Figura 3 – Etapa da Ligação. Fonte: O autor (2023).

D) Etapa da Lavagem:

Nesta etapa, o Eppendorf foi retirado da centrífuga, o tubo de coleta foi


descartado e o tubo spin foi colocado em um novo tubo de coleta. Em seguida, foi
pipetado 500 μl do tampão de lavagem SI no tubo spin e centrifugado novamente. O
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mesmo processo de troca de tubo de coleta foi repetido, porém a lavagem utilizou
600 μl o tampão de lavagem SII, e novamente foi centrifugado. Por fim, o mesmo
processo da troca do tubo de coleta foi repetido e centrifugou-se novamente.

Figura 4 – Etapa da Lavagem. Fonte: O autor (2023).

E) Etapa da Eluição:

Nesta etapa, o Eppendorf foi retirado da centrífuga, o tubo de coleta foi


descartado e o tubo spin foi colocado em um novo tubo de coleta. Em seguida, foi
pipetado 200 μl do tampão de eluição S no tubo spin, esperado 1 minuto e
centrifugado a amostra.

Figura 5 – Etapa da Eluição. Fonte: O autor (2023).

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F) Realização da Mensuração da Amostra:

Nesta etapa, o Eppendorf foi retirado da centrífuga, e o tubo spin foi retirado
de dentro do tubo de coleta. Em seguida, se abriu o espectrômetro e o limpou,
depois foi pipetado 10 μl de água mili-q no mesmo e fechado o espectrômetro. Em
sequência, o notebook foi ligado, clicou-se na opção “Nucleic acid” e depois na
opção “blank”. Por último, foi limpado novamente o espectrômetro e pipetado 10 μl
da amostra, o espectrômetro foi fechado e selecionado a opção “Measure”.

Figura 6 – Etapa Final. Fonte: O autor (2023).

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2.1.2 Respostas aos questionamentos propostos

1. No que consiste a etapa de eluição da purificação?


A etapa de eluição da purificação consiste em adicionar um tampão de
eluição (S) ao material purificado (no caso, DNA ou RNA) retido no filtro do tubo
spin. Esse tampão dissolve e libera o material purificado, permitindo sua coleta em
uma nova fração. Além disso, o tampão de eluição geralmente contém uma
concentração alta de íons, como o cloreto de sódio (NaCl), para desestabilizar as
interações entre a molécula de DNA ou RNA e a matriz da coluna de purificação.
Dessa forma, o DNA ou RNA é liberado da matriz e se dissolve na solução de
eluição. A escolha do tampão de eluição adequado e a otimização das condições de
eluição são importantes para garantir a obtenção de uma quantidade e qualidade
satisfatórias do material purificado.

2. Qual a diferença entre os tampões de lavagem SI e SII?


Os tampões de lavagem SI e SII possuem diferentes concentrações de sais e
detergentes, que permitem uma lavagem mais eficiente do filtro do tubo spin. O
tampão SI é utilizado na primeira lavagem e o SII na segunda, sendo que o último
possui uma concentração maior de sais para auxiliar na remoção de impurezas.
Além disso, o tampão SII também pode conter etanol ou outras soluções para ajudar
na remoção de resíduos de sais e na evaporação do excesso de etanol, o que
contribui para uma maior pureza do material purificado.

3. Na etapa de ligação, porque se utiliza o álcool 96%?

O álcool 96% é utilizado na etapa de ligação para promover a precipitação


das moléculas de DNA ou RNA. Quando adicionado ao tampão lise, a Proteinase K
presente na solução é desnaturada, permitindo que as enzimas responsáveis pela
degradação do DNA e RNA sejam inativadas. Em seguida, a adição do álcool
promove a precipitação do material genético, separando-o do restante da solução.
Além disso, o álcool também ajuda a remover as impurezas, como proteínas e
lipídeos, presentes na solução. A precipitação do DNA ou RNA ocorre porque o
álcool diminui a solubilidade dessas moléculas na solução, fazendo com que elas se

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agreguem e formem um precipitado visível. O álcool 96% é utilizado porque sua
concentração de 96% é suficiente para promover a precipitação, mas não tão alta a
ponto de danificar as moléculas de DNA ou RNA.

2.2 ATIVIDADE PRÁTICA 2

2.2.1 Procedimentos para realização do experimento

A realização desta aula prática seguiu a seguinte distribuição de


procedimentos, a partir do Laboratório Digital Algetec:

A) Segurança do Experimento:

Primeiro, as mãos foram higienizadas na pia e os equipamentos de proteção


individual localizados no Armário de EPIs foram colocados, especificamente: jaleco e
luvas.

Figura 7 – Higienização e EPIs. Fonte: O autor (2023).

B) Escolha da lâmina:

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Em sequência, o Laminário foi aberto, e foi selecionado uma lâmina, que foi
movida para o microscópio. No laminário contém as seguintes lâminas: testículo,
epidídimo, próstata, vesícula seminal, pênis e ovário. A primeira lâmina escolhida foi
a lâmina de ovário.

Figura 8 – Escolha da Lâmina de ovário. Fonte: O autor (2023).

C) Visualização da lâmina no microscópio:

O microscópio foi ligado e a lâmina foi visualizada na objetiva de 4x, 10x e


40x. Foi colocada uma gota do óleo de imersão sobre a lâmina no microscópio e
mudado para a objetiva de 100x. Terminando a observação, a lâmina foi retornada
para o laminário. E as demais lâminas foram selecionadas para observação.

Figura 9 – Visualização da lâmina em 4X. Fonte: O autor (2023).

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Figura 10 – Visualização da lâmina em 10X. Fonte: O autor (2023).

Figura 11 – Visualização da lâmina em 40X. Fonte: O autor (2023).

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Figura 12 – Visualização da lâmina em 100X. Fonte: O autor (2023).

D) Finalização:

Por fim,após a visualização das demais lâminas, o laminário foi fechado e o


microscópio desligado. O microscópio foi limpado ao se clicar com o botão esquerdo
do mouse no cotonete, algodão e lenço e papel filtro.

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2.2.2 Respostas aos questionamentos propostos

1. Quais os órgãos envolvidos com o sistema reprodutor feminino e


masculino?

O sistema reprodutor humano é composto por órgãos e estruturas que


permitem a reprodução e perpetuação da espécie. O sistema é dividido em dois: o
sistema reprodutor masculino e o sistema reprodutor feminino.

O sistema reprodutor masculino é composto pelos seguintes órgãos:

Testículos: órgãos pares responsáveis pela produção de espermatozóides e


pela secreção do hormônio masculino, a testosterona.

Epidídimo: ducto que fica ao lado dos testículos e é responsável pelo


armazenamento e maturação dos espermatozoides.

Ducto deferente: ducto que leva os espermatozoides dos testículos até a


uretra.

Vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais: glândulas que


secretam líquidos que compõem o sêmen.

Pênis: órgão externo responsável pela introdução do esperma no sistema


reprodutor feminino.

O sistema reprodutor feminino é composto pelos seguintes órgãos:

Ovários: órgãos pares responsáveis pela produção de óvulos e pela


secreção de hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona.

Trompas de Falópio (tubas uterinas): tubos que levam os óvulos dos


ovários até o útero, onde ocorre a fertilização.

Útero: órgão muscular que abriga o embrião e o feto durante a gestação.

Vagina: canal muscular que liga o colo do útero à vulva e é por onde o pênis
é introduzido durante o ato sexual.

Vulva: órgão externo que inclui os lábios vaginais, clitóris, abertura da uretra
e abertura vaginal.

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Cada órgão do sistema reprodutor desempenha uma função específica,
permitindo a reprodução humana. No homem, os testículos produzem
espermatozóides e hormônios masculinos, que são conduzidos pelos ductos
deferentes, onde se juntam aos líquidos produzidos pelas vesículas seminais,
próstata e glândulas bulbouretrais, formando o sêmen que é ejaculado pelo pênis
durante o ato sexual. Já na mulher, os ovários produzem óvulos e hormônios
femininos que são liberados nas trompas de Falópio, onde ocorre a fertilização pelo
espermatozóide. O embrião é então transportado até o útero, onde se implanta e se
desenvolve durante a gestação, sendo posteriormente expulso pelo parto.

2. Qual a importância das células de Sertoli e Leydig?

As células de Sertoli e Leydig são importantes para o sistema reprodutor


masculino.

As células de Sertoli são encontradas nos túbulos seminíferos dos testículos e


são responsáveis por fornecer suporte nutricional e estrutural aos espermatozóides
em desenvolvimento, além de auxiliar na sua maturação e transporte. Elas também
secretam hormônios que regulam o crescimento e a diferenciação dos testículos,
bem como a produção de espermatozóides. Sem as células de Sertoli, não seria
possível a produção de espermatozóides saudáveis.

Já as células de Leydig, ou células intersticiais, são encontradas no tecido


conjuntivo intersticial dos testículos e são responsáveis por produzir o hormônio
testosterona, que é fundamental para o desenvolvimento e manutenção das
características sexuais masculinas, como o crescimento dos testículos, pênis e pelos
corporais, além da regulação da produção de espermatozóides. Sem as células de
Leydig, os homens teriam níveis muito baixos de testosterona, o que poderia levar a
problemas de saúde, como infertilidade e hipogonadismo.

3. Quais os estágios de maturação dos folículos ovarianos?

Os estágios de maturação dos folículos ovarianos são:

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Folículo Primordial: É o estágio mais precoce de desenvolvimento folicular,
onde o ovócito I (imaturo) está envolto por uma única camada de células foliculares
achatadas chamadas de células foliculares pré-granulares.

Folículo Primário: Neste estágio, a camada de células foliculares aumenta


para duas ou mais camadas, as células foliculares se tornam cúbicas e começam a
secretar glicoproteínas para formar a zona pelúcida.

Folículo Secundário: O folículo secundário é caracterizado por um ovócito I


completamente envolvido por várias camadas de células granulosas, que se tornam
mais ativas na secreção de glicoproteínas para formar a zona pelúcida.

Folículo Terciário ou Antral: Neste estágio, o folículo é caracterizado pela


presença de um espaço preenchido por líquido (o antro), que se expande
progressivamente à medida que o folículo continua a crescer.

Folículo de Graaf: O folículo de Graaf é o folículo maduro, pronto para a


ovulação. O ovócito I está completamente envolvido pelas células da corona radiata
e pela zona pelúcida, enquanto a cavidade do antro contém uma quantidade
significativa de líquido folicular.

Após a ovulação, a célula folicular remanescente se transforma em corpo


lúteo, que secreta progesterona e mantém a preparação do endométrio para uma
possível gravidez. Se a gravidez não ocorrer, o corpo lúteo degenera e se
transforma em corpo albicans.

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CONCLUSÃO

A realização de atividades práticas é uma parte fundamental do processo de


aprendizagem em Biologia. Durante esse semestre, tivemos a oportunidade de
participar de duas atividades práticas distintas: a extração e purificação de DNA ou
RNA e a análise de lâminas do aparelho reprodutor feminino e masculino. Ambas as
atividades foram essenciais para a nossa formação acadêmica e permitiram que
consolidássemos nossos conhecimentos teóricos e desenvolvêssemos habilidades
práticas importantes.

Na primeira atividade, aprendemos a realizar a extração e purificação de DNA


ou RNA, utilizando técnicas que envolvem o uso de reagentes e equipamentos
específicos. Essa atividade nos permitiu compreender os procedimentos descritos
no protocolo e entender a importância dos materiais e reagentes utilizados em cada
etapa. Aprendemos a definir cada etapa do processo de extração e purificação,
compreendendo melhor o funcionamento dos métodos utilizados.

Na segunda atividade prática, tivemos a oportunidade de analisar lâminas do


aparelho reprodutor feminino e masculino. Essa atividade permitiu que
compreendêssemos melhor a estrutura e o funcionamento desses sistemas, além de
aprendermos a identificar as principais estruturas presentes em cada órgão. Através
da análise das lâminas, pudemos visualizar em detalhes as diferentes fases da
maturação dos folículos ovarianos e os estágios de desenvolvimento dos
espermatozóides.

Concluindo, a realização dessas atividades práticas foi fundamental para a


nossa formação acadêmica. Através da prática, conseguimos consolidar nossos
conhecimentos teóricos e desenvolver habilidades práticas importantes, como
análise de dados, resolução de problemas e trabalho em equipe. A Biologia é uma
área extremamente complexa e as atividades práticas são essenciais para que
possamos compreender melhor os processos biológicos e nos tornarmos
profissionais mais capacitados e preparados para atuar em diversas áreas da
biologia e da saúde.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GARTNER, L. P. Atlas colorido de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2018.
GRIFFITHS, A. J. F. Introdução à genética. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2022.
JUNQUEIRA, L. C. U. Biologia celular e molecular. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2012.
MENCK, C. F. M. Genética molecular básica: dos genes aos genomas. 1. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
PAWLINA, W. Ross histologia texto e atlas: correlações com biologia celular e
molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
SADLER, T. W. Langman, embriologia médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2021.
WATSON, J. D. Biologia molecular do gene. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

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