Você está na página 1de 64

INTEGRALIDADE E

CONTRARREFERÊNCIA
APRESENTAÇÃO

• Glauber Viana Pereira

APP/Psicólogo
Coordenador do CRAS Vila CEMIG
Mestre em Promoção da Saúde e
Prevenção à Violência - UFMG
Especialista em Administração Pública -
FJP
APRESENTAÇÃO

Integralidade dos sujeitos

Integralidade da proteção social

Integralidade no SUAS
INTEGRALIDADE DOS SUJEITOS

Proposta de um olhar para os sujeitos usuários


das políticas públicas que considere suas
múltiplas determinações sociais e opressões
pelas quais são atravessados.
INTEGRALIDADE DOS SUJEITOS

Necessário um olhar para os diversos aspectos e


dimensões da vida do usuário para perceber o
conjunto de vulnerabilidades que sustentam o
processo de exclusão e dificultam a elaboração de
respostas.

Perspectiva do usuário “como totalidade de uma


realidade mais ampla” (p. 5) (SCHÜTZ E MIOTO,
2011).

Processos de reprodução de desigualdades.


INTEGRALIDADE DOS SUJEITOS

Como refere Carmona (2019a), vulnerabilidade e


resiliência são faces do mesmo processo de
superações de situações de adversidades.

Tal concepção busca uma ampliação do olhar


sobre os sujeitos, famílias, grupos sociais e
comunidades assistidas, de forma que todos
possam ser identificados e atendidos nas suas
mais diversas necessidades.
INTEGRALIDADE DOS SUJEITOS

Neste sentido, a integralidade também indica o


quanto é essencial considerar as potencialidades
e capacidades de resposta dos sujeitos frente as
situações de opressão.

Trabalho a partir das potencialidades.


INTEGRALIDADE DOS SUJEITOS

A integralidade busca assumir o caráter


multidimensional e multideterminado dos sujeitos,
que são atravessados por questões sociais,
territoriais, econômicas, históricas, culturais,
biológicas e subjetivas. Desta forma, compreender
os sujeitos e suas realidades por uma ótica que é,
ao mesmo tempo, ampliada e focalizada em
relação a suas demandas e singularidades é um
exercício de integralidade.
INTEGRALIDADE DOS SUJEITOS

Nesta perspectiva compreende-se os sujeitos como


seres reais, que produzem sua história e que se
posicionam diante da realidade (PINHEIRO, 2014; ROSA,
2006).

Faz-se necessário considerar e respeitar o saber das


pessoas, “saberes históricos que foram silenciados e
desqualificados, o que representa uma atitude de
respeito que possa expressar compromisso ético nas
relações gestores/profissionais/ usuários” (PINHEIRO,
2014, p. 14).
INTEGRALIDADE DA
PROTEÇÃO SOCIAL

Integralidade dos direitos sociais se refere "a provisão das


necessidades sociais por um sistema de proteção social por
parte do Estado. Os direitos sociais contêm, portanto, a ideia de
que as dificuldades enfrentadas pelos homens serão assumidas
coletivamente pela sociedade, com supremacia da
responsabilidade de cobertura do Estado, que deverá criar um
sistema institucional capaz de dar conta dessas demandas. Para
garanti-los, as necessidades sociais devem ser contempladas
por estas políticas de forma integral, ou seja, em sua totalidade.
Por esta razão, o atendimento dessas necessidades por
estruturas institucionais e posturas profissionais estanques é
ineficiente (p. 3)." Schütz e Mioto (2011)
INTEGRALIDADE DA
PROTEÇÃO SOCIAL

Não é possível conceber a proteção social dos


sujeitos, sem a garantia do acesso aos direitos à
assistência social, à saúde, à educação, ao lazer, ao
saneamento básico, à habitação, entre outros direitos
sociais.

Enfrentamento coletivo das desproteções. Abgail


Torres
INTEGRALIDADE DA
PROTEÇÃO SOCIAL

A garantia dos direitos sociais está relacionada a


processos de amplo acesso da população às diversas
políticas públicas, que necessariamente precisam
interagir entre si para promover o atendimento das
necessidades e singularidades da população;

- conforme suas histórias de vida, sua raça, classe,


gênero, geração, entre outras condições sociais dos
sujeitos.
INTEGRALIDADE DO SUAS

A noção de integralidade também está relacionada à


organização de serviços e políticas públicas, como ocorre na
organização dos serviços em níveis de complexidades e
sistemas.

Tanto a política de Saúde quanto a de Assistência Social se


organizam por sistemas e consideram níveis de complexidade
para buscar viabilizar abordagens adequadas às necessidades e
especificidades dos sujeitos, garantindo a integralidade da
atenção ofertada.

“Quanto de proteção necessita a família?”


INTEGRALIDADE
INTEGRALIDADEDO
DOSUAS
SUAS

O indivíduo/família pode passar por todo o sistema, dependendo


das suas necessidades e situação específica em cada momento e
pode haver ainda o encaminhamento do indivíduo/família de um
nível de proteção para outro. Nesse caso, o encaminhamento do
sujeito pode ser um referenciamento (quando é encaminhado
para um nível de complexidade maior ou igual) ou pode ser um
contrareferenciamento (quando é encaminhado para um nível de
complexidade menor). O funcionamento do SUAS como um
sistema e a perspectiva da integralidade implicada é reconhecida
pelos trabalhadores como condição essencial para uma oferta
abrangente e adequada de proteção social aos usuários da
política de assistência (CARMONA, 2019, p. 112).
INTEGRALIDADE DO SUAS

Nessa perspectiva, para o SUAS, a referência


e a contrarreferência dão o movimento de
integralidade ao sistema, fazendo com que a
família, público-alvo dessa política, ao ser
inserida nos serviços, programas e projetos,
possa ser atendida de forma integral,
circulando entre os atendimentos necessários
e garantindo-lhe a proteção social.
GT INTEGRALIDADE

OBJETIVO
Alinhar e aprimorar concepção, conceitos e fluxos
de referência e contrarreferência em busca da
integralidade da proteção social ofertada no SUAS
na regional Barreiro.
1º ENCONTRO
1º ENCONTRO
1º ENCONTRO

Potencialidades:

- Boa Vontade;
- Abertura;
- Continuidade no combinado;
- Abertura para diálogo;
- Superação da violação;
- Operacionalização do processo enquanto apoio às
famílias;
- Fluxo estabelecido com a discussão do caso;
- Articulação entre os Serviços e/ou programas da
Assistência Social;
1º ENCONTRO

Potencialidades:

- Momento de discussão do caso entre os serviços;


- Construção conjunta na perspectiva da integralidade;
- Existência de parâmetros e fluxos;
- Vínculo criado/construído com o usuário;
1º ENCONTRO

Desafios:

- “Resistência dos técnicos;”


- “Falta de construção coletiva com as famílias;”
- “Capacidade operacional para realizar os
acompanhamentos;”
- “Transmissão do caso tanto na referência quanto na
contrarreferência;”
- “Melhorar a interlocução entre os Serviços e o usuário no
processo de contrarreferenciamento;”
1º ENCONTRO

Desafios:

- Conciliação das agendas em função dos demais


procedimentos de trabalho;
- Poucos profissionais, muita demanda;
- Para a básica regional todas as famílias
contrarreferenciadas;
- Falta de construção coletiva com famílias;
ENCONTROS

- Alinhamento conceitual
- Apresentação de casos para diálogos e
reflexões
- Apresentação da atual organização dos
fluxos
- Aprimoramento dos fluxos
- Apresentação aos serviços das construções
realizadas
4º ENCONTRO: FLUXO DE
CONTRARREFERÊNCIA MC PARA PSB

No quarto encontro foi trabalhado o fluxo de contrarreferência vigente e


realizadas propostas com vistas ao seu aprimoramento.

1 - Na ocorrência da avaliação técnica do contrarreferenciamento do


Serviço de Média Complexidade, as equipes de referência acionam
as coordenações dos Serviços de Proteção Social Básica para
indicação do técnico do Serviço com o qual se fará a discussão do
caso. Será necessário o envio da previa do relatório
socioassistencial, no ato da solicitação da discussão do caso.

2 - A Coordenação dos Serviços de PSB indica a referência técnica para


discussão e os técnicos se articulam e se organizam para a mesma;
4º ENCONTRO: FLUXO DE
CONTRARREFERÊNCIA MC PARA PSB

3 - Após a discussão, as coordenações enviam cópia do RTS à DRAS


informando o contrarreferenciamento, para fins de formalização e
atualização de planilhas internas, além da vigilância
socioassistencial.

4 - Em relação aos casos oriundos do Sistema de Garantia de Direitos e


Justiça, a DRAS também informa aos órgãos do SGD, através da
DRGD;

5 - No caso de demanda espontânea contrarreferenciada, caberá às


equipes técnicas do CRAS ou da SPBR avaliar se será caso para
acompanhamento técnico.
4º ENCONTRO: FLUXO DE
CONTRARREFERÊNCIA MC PARA PSB

- Na demanda espontânea, havendo a necessidade de


referenciamento ou contrarreferenciamento, este só
será realizado após o término da acolhida que contará
com escuta e orientações de acordo com a demanda
apresentada. A ação
(referenciamento/contrarreferenciamento) será
acompanhada de relato formal das informações da
família, caracterização da situação, acolhida e
intervenções realizadas.
CONSIDERAÇÕES

. Ficou evidente a importância de estreitar o diálogo entre as


equipes para construção do caso desde o início do
acompanhamento. Perspectiva de que o sujeito não é
desligado da PSB.

. Destacam-se as possibilidades de atendimentos conjuntos,


visitas conjuntas e encaminhamentos para inserção das
famílias nas atividades coletivas do PAIF
CONSIDERAÇÕES

. Grupos de convivência para adolescentes –


reserve de vagas prioritárias;
. ACESSUAS;
. Festival de pipas e papagaios pelo direito de
brincar;
. Projeto Trampulim;
. Passeios BH em Férias;
. Eventos comunitários – Festa Junina, Festa da
Família, etc.
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
INTEGRALIDADE DA
PROTEÇÃO SOCIAL

XXXXXXXXXXXXX
APRESENTAÇÃO

1) Foram realizados seis encontros presenciais em formato de


roda de conversa no auditório da Regional Barreiro, no
período de 21/09/2022 a 25/01/2023.
2) Participaram destes encontros, a DRAS, os coordenadores de
CRAS, CREAS, representantes de cada Serviço da PSB e da
PSE de MC da Regional Barreiro.
3) As discussões foram pautadas nos desafios e possibilidades
vivenciados nos processos de trabalho para assegurar a
integralidade do SUAS.
1º ENCONTRO

- Roda de conversa;
- Explanação sobre: o objetivo dos encontros, como os
processos estão acontecendo e possibilidades de
aprimoramento;
- Foi exibido um filme sobre o assunto (referência e
contrarreferência);
- Cada participante pôde expor seu entendimento relativo
ao tema;
- Os participantes foram convidados a listar
potencialidades e desafios nos processos de trabalho,
conforme a percepção de cada um.
- Foi construída uma árvore ilustrativa conforme
demonstrado nos próximos slides:
2º ENCONTRO

Para o segundo encontro foi construída a proposta de se


trabalhar os principais conceitos que permeiam o assunto
em questão, com o objetivo de alinhar o entendimento e
aparar possíveis arestas relativas a estas concepções.

Também foi realizada dinâmica, onde os participantes se


dividiram em grupos, realizaram análise de casos fictícios
e aplicaram os conceitos chaves com o objetivo de alinhar
concepções.

Conceitos trabalhados:
Integralidade

Com a concepção da assistência social como política pública de


direitos a partir da Constituição Federal de 1988, um dos enfoques
passa a ser a integralidade no atendimento às demandas da
população público-alvo dessa política. Para tanto, a Política
Nacional de Assistência Social de 2004 estabelece dois níveis de
proteção social: a proteção social básica e a proteção social
especial. Estas devem possuir ações articuladas, as quais se
podem destacar as funções de referência e contrarreferência no
atendimento às famílias.
Integralidade

Para a Política de Assistência Social, a proteção social deve ser


ofertada através de serviços, programas e projetos do Sistema
Único de Assistência Social, sendo necessário garantir as
seguranças sociais, visando a prevenção e a redução dos riscos
e vulnerabilidades sociais.
A proteção social se materializa através da rede
socioassistencial, que, a partir da sua organização hierárquica,
objetiva a reciprocidade entre ações da proteção social básica e
especial, com a coesão entre os níveis de proteção e a
consolidação de uma rede que, de maneira orgânica, estabeleça
em consenso os fluxos, referência e a retaguarda entre os
serviços socioassistenciais para a construção de respostas
articuladas.
Família Referenciada

De acordo com a NOB-SUAS/2005 família referenciada é


“aquela que vive em áreas caracterizadas como de
vulnerabilidade, definidas a partir de indicadores
estabelecidos por órgão federal, pactuados e deliberados.” A
unidade de medida “família referenciada” também é
adotada para atender situações isoladas e eventuais
famílias e indivíduos que não estejam em agregados
territoriais atendidos em caráter permanente, mas que
demandam do ente público proteção social.
Referência

A função de referência se materializa quando a equipe processa,


no âmbito do SUAS, as demandas oriundas das situações de
vulnerabilidade e risco social detectadas no território, de forma a
garantir ao usuário o acesso à renda, serviços, programas e
projetos, conforme a complexidade da demanda. O acesso pode
se dar pela inserção do usuário em serviço ofertado no CRAS ou
na rede socioassistencial a ele referenciada, ou por meio do
encaminhamento do usuário ao CREAS.
Contrarreferência

A contrarreferência é exercida sempre que as equipes do CRAS e de


Proteção Social Básica Regional recebem encaminhamento do nível
de maior complexidade (proteção social especial) e garantem a
proteção, inserindo o usuário em serviço, benefício, programa e/ou
projeto de proteção social básica.
Proteção Social

A proteção social de Assistência Social consiste no


conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e
auxílios ofertados pelo SUAS para redução e prevenção do
impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo da
vida, à dignidade humana e à família como núcleo básico
de sustentação afetiva, biológica e relacional. (PNAS 2004)
Vulnerabilidade Social

Apresenta-se como uma baixa capacidade material, simbólica e


comportamental, de famílias e pessoas, para enfrentar e superar
os desafios com os quais se defrontam, o que dificulta o acesso à
estrutura de oportunidades sociais, econômicas e culturais que
provêm do Estado, do mercado e da sociedade.

“Refere-se a uma diversidade de “situações de risco” determinadas por


fatores de ordem física, pelo ciclo de vida, pela etnia, por opção pessoal
etc., que favorecem a exclusão e/ou que inabilita e invalida, de maneira
imediata ou no futuro, os grupos afetados (indivíduos, famílias), na
satisfação de seu bem-estar – tanto de subsistência quanto de qualidade
de vida. A pobreza, por exemplo, é uma vulnerabilidade efetiva, mas a
condição de vulnerabilidade, embora a inclua, não se esgota na pobreza.”
(Dicionário de termos técnicos da Assistência Social / Belo Horizonte.
Prefeitura Municipal.)
Risco Social

Refere-se à probabilidade de ocorrência de um evento de origem


natural, ou produzido pelo ser humano, que concretiza a
passagem da situação de vulnerável a vulnerabilizado, afetando
a qualidade de vida das pessoas e ameaçando sua subsistência.
(Dicionário de termos técnicos da Assistência Social / Belo Horizonte. Prefeitura
Municipal.)
Violação de Direitos

Atentado aos direitos do cidadão, por ação ou


omissão, que infrinja norma ou disposição legal, ou
contratual, podendo se dar através de negligência,
discriminação, violência, crueldade ou opressão.
(Dicionário de termos técnicos da Assistência Social / Belo
Horizonte. Prefeitura Municipal.)
Incidência, reincidência e agravo (As
três dimensões da prevenção)

Incidência é a qualidade daquilo que é referente à


frequência ou à quantidade com que algo ocorre. Está
diretamente relacionada à regularidade com que
determinada ação acontece e a reincidência é a repetição
desta ocorrência, já o agravo é a sua intensificação.
(Michaelis, Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa - online)

Importante: Estes conceitos representam as três dimensões da prevenção.


3º ENCONTRO

- No terceiro encontro foi exposto o percurso da construção do atual


fluxo de referência;
- Foi demonstrado como esse fluxo ocorre atualmente, e elencados os
instrumentais utilizados;
- Houve contribuições para o aprimoramento deste fluxo como:
- Proposta de instituição de grupo de discussão de referência e
contrarreferência com periodicidade quinzenal (ênfase para a
discussão dos casos a serem referenciados, o que até então não
ocorria);
- Para a referência de casos para a Alta Complexidade relativos a
crianças e adolescentes observou-se o Protocolo 001/2022, que
Dispõe sobre o fluxo de acolhimento institucional emergencial de
crianças e adolescentes no âmbito do município de Belo Horizonte.
3º ENCONTRO: FLUXO DE
REFERÊNCIA PSB PARA A MC

1 - Na ocorrência de violação e avaliação técnica do


referenciamento, as equipes de referência da PSB acionam as
coordenações da PSE para indicação do técnico do Serviço com o
qual se fará a discussão do caso. Será necessário o envio de
relatório socioassistencial, com antecedência, para subsidiar a
discussão.

2 - As Coordenações dos Serviços indicam as referências técnicas


para discussão e os técnicos se articulam e se organizam para a
mesma;
3º ENCONTRO: FLUXO DE
REFERÊNCIA PSB PARA A MC

3 -Após a discussão, as coordenações enviam cópia do RTS e ficha


de notificação à DRAS informando o referenciamento.

4 - A DRAS realiza a formalização e atualização de planilhas


internas e também vigilância socioassistencial, assina a ficha de
notificação, tanto da criança e do adolescente quanto do idoso, e
encaminha somente a ficha de notificação para os respectivos
conselhos de direitos, informando sobre a inserção nos Serviços;
3º ENCONTRO: FLUXO DE
REFERÊNCIA PSB PARA A MC

Em relação à pessoa com deficiência a notificação é, também,


assinada pela DRAS e encaminhada para o Serviço, que será
responsável pelo acompanhamento sociofamiliar, juntamente
com o relatório.
3º ENCONTRO: FLUXO DE
REFERÊNCIA PSB PARA A MC

5 - A DRAS encaminha para a coordenação do CREAS cópia da ficha


de notificação juntamente com o RTS para análise e inserção no
Serviço;

6 - Em relação aos casos de crianças e adolescentes, a DRAS


monitora junto ao Conselho Tutelar o retorno das notificações, com
a aplicação da medida.

7 - Coordenações e equipes técnicas dialogam o caso, a partir da


necessidade.
OBS.: É importante ressaltar o avanço no fluxo de inserção nos
Serviços das suspeitas e/ou confirmação de situações de violação de
direitos de crianças e adolescentes. Anteriormente o caso era
notificado ao CT e aguardava a aplicação da medida pelo órgão para
inserção.
3º ENCONTRO: FLUXO DE
REFERÊNCIA PARA AC

Os procedimentos relacionados ao referenciamento para a Proteção


Social de Alta Complexidade têm sido dialogados considerando a
excepcionalidade e brevidade do acolhimento. Portanto, as equipes
técnicas de referência avaliam a partir destes princípios, bem como
dos esgotamentos de intervenções nos dois níveis, para então
encaminhar à Alta Complexidade, tendo em vista a garantia da
Proteção Social Integral.

*** Cabe às coordenações dos serviços retorno sobre a captação de


vagas.
3º ENCONTRO: FLUXO DE
REFERÊNCIA PARA AC

IMPORTANTE:

Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescente:

Protocolo 001/2022 que Dispõe sobre o fluxo de acolhimento


institucional emergencial de crianças e adolescentes no âmbito do
município de Belo Horizonte.
4º ENCONTRO: FLUXO DE
CONTRARREFERÊNCIA AC PARA MC/PSB

A contrarreferência da Alta Complexidade para a MC e/ou PSB:

1) Considerar a importância da interface com os serviços e SGD,


com vistas à garantia da integralidade da Proteção Social;
2) A integração/reintegração requer discussão da AC com os
demais níveis que irão realizar o acompanhamento.
5º ENCONTRO

- No quinto encontro, deu-se continuidade à discussão do


tema contrarreferenciamento.
- Consensuou-se que todos os casos contrarreferenciados
serão discutidos entre as equipes com envio prévio de
RTS a fim de subsidiar a discussão entre os níveis de
proteção, qualificar a interlocução e possibilitar o
entendimento do percurso realizado pela
família/indivíduo no SUAS.
6º ENCONTRO

- No sexto encontro foi rememorado todo o percurso desde


o primeiro encontro. Também foram discutidas a
demanda espontânea e a procura espontânea com ênfase
na população em situação de rua e seu acesso ao
restaurante popular, conforme fluxo da “Orientação
conjunta DEPES/DPSB/DUAP Nº 01/2022”.
6º ENCONTRO - DEMANDA
ESPONTÂNEA

1) A recepção acolhe a família/indivíduo e direciona para a


PSB ou CREAS;

1) O Serviço trata a demanda ou referencia /


contrarreferencia para outro Serviço, caso não corresponda
àquele nível de proteção. Esta última ação só se dá após
escuta e relato das informações da família através de RTS
contendo a caracterização da situação, acolhida e
intervenções/orientações realizadas. É importante registrar
o endereço e telefone do usuário para subsidiar uma
posterior busca ativa pelos Serviços.
6º ENCONTRO - DEMANDA
ESPONTÂNEA

3) A partir do referenciamento o caso é encaminhado à


coordenação do CREAS (com cópia para a DRAS) para o
acompanhamento. A DRAS alimenta a planilha de controle de
caso.

4) No contrarreferenciamento o caso é encaminhado para a


CPSC com cópia para a DRAS. A DRAS alimenta a planilha de
controle de caso.

NESTA situação (contrarreferenciamento), caberá às equipes


técnicas do CRAS ou da SPBR avaliar se é caso para
acompanhamento.
6º ENCONTRO - DEMANDA
ESPONTÂNEA

***PESSOAS QUE SE IDENTIFICAM EM SITUAÇÃO DE RUA NA


RECEPÇÃO PASSAM PELOS SEGUINTES PROCESSOS:

a) Recepção encaminha o usuário de acordo com a demanda para o


CREAS com preenchimento da ficha de atendimento. Será
considerada a declaração do usuário para encaminhamento, como
pop rua, ao CREAS.

a) Se é pop rua com demanda somente de restaurante popular, a


recepção analisa a situação, conforme “Orientação conjunta
DEPES/DPSB/DUAP Nº 01/2022”, e orienta a se dirigir ao restaurante
popular para o Cadastro Único e/ou CREAS.

a) Se é pop rua e possui outras demandas para além do restaurante


popular, encaminhar para atendimento no social no CREAS.
6º ENCONTRO - DEMANDA
ESPONTÂNEA

d) Caso algum usuário se identifique enquanto pessoa em


situação de rua nos CRAS ou SPSBR, o atendimento
inicial é realizado com orientações e referenciamento do
caso para o CREAS.

e) Caso o usuário se identifique enquanto pop rua e não


está na planilha SEAS/Usuários, ele é encaminhado ao
CREAS para atendimento.
6º ENCONTRO - DEMANDA
ESPONTÂNEA

IMPORTANTE:

1) A demanda espontânea e a procura espontânea pelos


Serviços não pode ser confundida como espaço de
denúncias.

1) No caso de demanda espontânea


contrarreferenciada, caberá às equipes técnicas do
CRAS ou da SPBR avaliar se será caso para
acompanhamento técnico.
DEMAIS CONSIDERAÇÕES

- A partir da solicitação da discussão de caso, tem-se o


prazo máximo de vinte dias para a efetivação desta ação
entre as equipes, sempre com o envio prévio de relatório
pelo solicitante.

- No caso de demanda espontânea contrarreferenciada,


caberá às equipes técnicas do CRAS ou da SPBR avaliar
se será caso para acompanhamento técnico.
ANEXOS
ANEXOS

Você também pode gostar