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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO – UNESC

IGOR GRAMELICK ALVES

FALTA DE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA PARA CONSTRUÇÃO DE


ESTRUTURAS E EDIFICAÇÕES

COLATINA
2023
IGOR GRAMELICK ALVES

FALTA DE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA PARA CONSTRUÇÃO DE


ESTRUTURAS E EDIFICAÇÕES

Trabalho Final da disciplina AEED IG:


Coleta e Tratamento de Dados do Curso
Igor Gramelick Alves, sob orientação do
Professor Samuel Potin, como requisito
para a obtenção da nota do segundo
bimestre.

COLATINA
2023

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................04
1 PROBLEMA DE PESQUISA E HIPÓTESES........................................................05
2 JUSTIFICATIVA E BENEFÍCIOS..........................................................................06
3 OBJETIVOS...........................................................................................................07
4 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................08
5 MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................11
6 RESULTADOS.......................................................................................................12
7 DISCUSSÃO..........................................................................................................13
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................14
REFERÊNCIAS........................................................................................................15
INTRODUÇÃO

Nesse trabalho venho apresentar um problema recorrente no Brasil afetando


todas as áreas da saúde, desde a fisioterapia à farmácia, sendo ela a falta de mão-
de-obra para construção de Unidades Básicas de Saúde e afins.
Com essa recorrente falta de mão-de-obra qualificada, tanto pela desvalorização
da profissão tanto de pedreiro até marceneiros é muito recorrente a falta desses
profissionais para a inicialização de projetos de novas unidades Básicas de Saúde.
O Objetivo geral dessa pesquisa foi procurar os motivos dessa falta de
profissionais capacitados, pois com a alta da tecnologia e a facilitação das atividades
muitas pessoas estão deixando de seguir áreas mais pesadas.
Os métodos de pesquisa foram através de artigos, livros, utilizando citações
diretas e indiretas e diálogo com alguns poucos profissionais encontrados.
Contudo, a procura de entender e solucionar esse déficit de profissionais tem
uma grande importância, pois por mais que tenhamos a tecnologia e máquinas para
realizar o trabalho pesado, o Brasil se encontra com poucos recursos tecnológicos
voltados a essa área, portanto a mão-de-obra humana, é indispensável para
realização da construção de novas Unidades Básicas de Saúde.
1 PROBLEMA DE PESQUISA E HIPÓTESES

Com o recorrente problema da falta mão-de-obra é comum se perguntar o


porquê dessa falta, tendo vários fatores que estão diretamente/indiretamente
associados com o problema, levando as seguintes hipóteses:

• Verbas: Existe tanto a falta de verba para o investimento na estrutura, como,


materiais de construção e verba para pagar os trabalhadores pelo dia
trabalhado, pois muitos trabalham remunerados por dia;
• Materiais Hospitalares: Levando em consideração que mesmo com uma
estrutura pronta, uma Unidade Básica de Saúde deve ter seus devidos
equipamentos, como, canos próprios para passagem de oxigênio, reservatórios
de oxigênio, equipamentos para sessões de fisioterapia e outras áreas, etc;
• Localização: A localização também é uma grandeza muito importante de se
discutir, pois não adiantaria nada, uma Unidade Básica de Saúde distante de
um bairro ou povoado, deve-se levar em consideração áreas pobres e
insalubres.
2 JUSTIFICATIVA E BENEFÍCIOS

Procurando prováveis causas dessa falta de mão-de-obra, vista muitas vezes


pelo próprio autor em várias obras espalhadas não concluídas, não apenas em seu
município, mas também em municípios vizinhos e outros estados, venho com essa
ideia de trazer ao leitor uma resposta do porquê isso ocorrer, trazendo benefícios
como a informação ao leitor e um entendimento mais abrangente de que não é só
apenas a falta de trabalhadores, mas sim, um conjunto de fatores que impossibilitam
a conclusão/inicialização de uma obra.
Visto esse problema recorrente e tendo como objetivo repassar essas possíveis
causas, outras áreas da saúde em comum teriam acesso à informação e
entendimento das grandes dificuldades que o governo brasileiro vem enfrentando a
longo prazo com verbas, materiais, funcionários.
Para a sociedade sem si, teriam acesso ao entendimento do porquê demorar
tanto para uma Unidade Básica de Saúde sair, que por muitos que criticam a
prefeitura, ou empresas terceirizadas que pegam projetos para realização, que não é
apenas simplesmente colocar massa e subir um prédio, esse processo possui uma
série de fatores, como habilidade, técnica dos funcionários e conhecimento. Contudo
com a falta desses profissionais, desvalorização e baixa verba, muitas obras não são
concluídas.
3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Com objetivo principal de adquirir respostas e apresentar prováveis causas da


falta desses abrangentes fatores que ocasionam a não conclusão de uma UBS, venho
com objetivo de apresentar os problemas e possíveis resoluções para tal problema.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Definir as causas dessa falta de mão-de-obra, visando apresentar os


problemas;
• Listar fatores do problema, levando em consideração os fatores que levam ao
problema em si;
• Demonstrar a complexidade do problema, com objetivo de apresentar os vários
fatores do problema.

4 REFERENCIAL TEÓRICO
DIREITO A SAÚDE
‘’A saúde é um direito que tem relação direta com a vida e a dignidade,
fortalecendo o conceito de cidadania e o Estado Democrático de Direito
(ALBUQUERQUE, 2022, p. 43º)’’.

A maneira como o SUS foi institucionalizando um modus


operandi para a gestão do direito social à saúde, republicano,
federativo, democrático e transparente, viabilizando a
participação cidadã, foi se consolidando no país e, ao mesmo
tempo, se tornando um modelo para outros setores da
administração estatal. E isto haja vista os sistemas que se
estruturaram para a gestão da assistência social e da
segurança pública, áreas em que se vêm desenvolvendo
esforços importantes para dotá-las de sistemas únicos,
unificadores e integradores de várias organizações e
instituições que operam em diferentes esferas de gestão, tanto
do Estado quanto da sociedade civil, por meio de organizações
sem fins econômicos. O modelo vem também exercendo
influência relevante nos setores de educação e cultura
(NARVAI, 2022, p. 69º).

Se a batalha do financiamento é a disputa de maior importância


estratégica, pois vital para a sobrevivência do SUS, outras são
igualmente muito importantes nessa guerra que disputa os
rumos do SUS, pois dizem respeito a aspectos cruciais do
sistema universal de saúde, no plano concreto das suas
realizações. Mas reconhecer a relevância dessas várias
frentes de batalhas pelo SUS não deve significar, porém,
desconsiderar ou subestimar a importância dos conflitos que
se dão nessa dimensão imaterial que se refere à “imagem do
SUS” e aos significados atribuídos a essa imagem, que
expressam os modos como o SUS é percebido e reconhecido
pelas pessoas (NARVAI, 2022, p. 79º).

Para contribuição do desenvolvimento social e econômico do país gire,


pessoas saudáveis e com novas práticas de saúde possam ser observadas, tangendo
para o aumento da qualidade de vida. Mas o que significa direito à saúde e o que ele
abrange? Albuquerque (2022).
Segundo Albuquerque (2022), o direito à saúde tem relação com o aspecto
físico, biológico, psicológico e social, envolvendo o ser humano, fazendo-o possuir
dignidade e melhores condições de vida, assim, fazendo as pessoas trabalharem
melhor e viver melhor. A judicialização das políticas públicas encontrou no âmbito da
saúde pública um alvo certo para seu desenvolvimento. De forma elástica, a ampla
gama de dispositivos constitucionais que tutelam o direito à saúde, bem como o
contexto da saúde brasileira marcado pela escassez de recursos orçamentários
colocaram uma tarefa de difícil solução nas mãos do Poder Judiciário: definir os limites
desejáveis da prestação dos serviços de saúde, Freitas (2021).
A ampla gama de dispositivos constitucionais que tutelam o direito à saúde,
muitas vezes interpretados de forma elástica, bem como o contexto da saúde
brasileira marcado pela escassez de recursos orçamentários colocaram nas mãos do
Poder Judiciário uma tarefa de solução difícil e, talvez, temerária: definir os limites
desejáveis da prestação dos serviços de saúde. Ao lado do crescimento da atuação
do Poder Judiciário na delimitação do direito à saúde e no próprio fornecimento desses
serviços, aumentam exponencialmente as críticas a essa postura assumida pelos
magistrados brasileiros, Freitas (2021).
Segundo Freitas (2021), o direito à saúde cuja titularidade é atribuída a todos
indivíduos como direito fundamental, de forma igualitária, mediante atendimento
integral, participação social e gestão descentralizada, tal como preconizado pela
Constituição Federal de 1988, possui sérios desafios para a sua efetivação nos
moldes do STF. A universalização dos direitos sociais no senso comum dos juristas
encontra-se sedimentada na ideia de que os direitos fundamentais, na órbita subjetiva,
consistem na tutela da liberdade, segurança dos cidadãos e autonomia, não só
perante o Estado, mas também em face de outros cidadãos, Ciarlini (2013).
Classificados em dois grandes grupos, os direitos fundamentais sendo o
primeiro formado pelos ‘’direitos de defesa’’ e o segundo pelos ‘’direitos a prestações’’.
Estão incluídos nos direitos de defesa, sendo os clássicos direitos de liberdade e
igualdade, como as garantias individuais, liberdades sociais e direitos políticos, Ciarlini
(2013).

Não há grandes dissensos a considerar quando


falamos nos direitos à liberdade e à igualdade, por
exemplo, à vista das balizas históricas, muito bem
definidas, no sentido de afirmá-los. A abstenção
imposta ao Estado em face dessas conquistas
individuais ou coletivas é um sinal claro da própria
consolidação dos ideais propugnados pelo liberalismo
político, que defende a “aplicabilidade imediata e
justiciabilidade” 7 dos preceitos normativos
informadores dos direitos sociais de liberdade.
(CIARLINI, 2013, p. 26º).

MÃO DE OBRA

Para apuração do custo unitário dos serviços, se segue uma linha geral de
custeamento dos produtos. As informações básicas de cada serviço devem também
seguir a linha geral do custo do produto, sendo a estrutura do produto, agora estrutura
do serviço, e o processo de fabricação, execução, aplicando o método de
custeamento escolhido e apurando o custo de cada serviço, Padozeve (2013).

De acordo com CBIC (2022), contratação de mão de obra continua sendo um


problema para as empresas do setor, revelando um aumento na dificuldade da
contratação no setor da construção civil, especialmente pelas empresas de pequeno
porte. Segundo estudo levantado pelo (CPRT), cerca de 90% das empresas
pesquisadas em fevereiro de 2022 veem gargalos no recrutamento, contra 77% em
outubro de 2021.

Ainda de acordo com CBIC (2022), as empresas possuem maior dificuldade na


contratação de pessoal de produção qualificada, principalmente pedreiros, (82%) e
carpinteiros (78,7%), bem como encarregados (70%) e mestre de obras (74.7%).

CBIC (2022), afirma que também foi identificada carência de qualificação da


mão de obra terceirizada (94.67%). Sendo de acordo com levantamento de (72.67%)
empresas estão dispostas a custear a qualificação dos seus empregados. Sendo
(43.33%) preferindo que a qualificação dos profissionais seja com aulas práticas e
teóricas no próprio canteiro de obras, ministradas por escolas contratadas pelas
empresas.
5 MATERIAIS E MÉTODOS

Sendo do tipo Descritiva, essa pesquisa busca descrever/apresentar dados que


levam ao problema apresentado, sendo ele a falta de mão-de-obra. Realizada de
forma remota (online) através de buscas de artigos já existentes sobre o assunto, ou
livros publicados com referência na área, juntamente com a procura de indivíduos
(profissionais) na área para esclarecimento de dúvidas. A pesquisa foi inicializada com
a procura de livros, desde o direito da saúde dos cidadãos até sobre a mão-de-obra
em si. Tendo o foco em si a descritividade do assunto, busco compreender e repassar
a informação para o leitor, assim, contribuindo para o bom entendimento do assunto
e o despertar do interesse do leitor. As atividades serão coordenadas e gerenciadas
pelo autor, apresentando dados, em ordem de gráficos e tabelas para melhor
entendimento do leitor.
6 RESULTADOS

No gráfico acima, foi feita uma comparação entre os tipos de profissionais


encontrados no mercado, onde, os mais requisitados são os que possuem formação
e experiência.

Nº de Nº de Lojas Nº de Verba Verba Início do


empresas de material loteamento Necessária Disponível Projeto
prestadoras de s por UBS
de serviço construção estratégico construída
s por
cidade
Colatina 21 10 15 R$ R$ Insuficiente
150.000,00 123.000,00
Pancas 10 14 11 R$ R$ Insuficiente
130.000,00 129.000,00
Marilândia 18 12 9 R$ R$ Suficiente
140.000,00 145.000,00
Santa 25 9 7 R$ R$ Insuficiente
Teresa 135.000,00 125.000,00

Tabela apresentando o capital mínimo solicitado por cada município próximo,


junto com o capital disponível, levando em conta a reserva de integração de verba
do SUS.
7 DISCUSSÃO

Levando em consideração que para a construção de uma Unidade Básica de Saúde


exigem diversos pontos a serem levantados em questão, como profissionais
capacitados na área de edificações, verba disponibilizada pelo governo, local
apropriado e material para realização da obra, vimos que caso ocorra algum problema
em alguma etapa, tanto por falta de verba, ou de profissionais, vai ocorrer um atrito
direto para o processo de conclusão do projeto. Portanto sempre ao iniciar o
andamento do projeto deve-se levar em conta todos os procedimentos e etapas, como
a presença de profissionais para executar o trabalho, se existem uma quantidade
mínima adequada que possuem conhecimento desde o uso de maquinários até da
construção em si, pois como citado no tópico 04 de acordo com CBIC (2022), as
empresas possuem maior dificuldade na contratação de pessoal de produção
qualificada, principalmente pedreiros, (82%) e carpinteiros (78,7%), bem como
encarregados (70%) e mestre de obras (74.7%), que atualmente são profissões muito
escassas pela constante desvalorização e composta por trabalho braçal pesado,
visamos essa disponibilidade de profissionais, com a finalidade de ter uma progressão
constante para que não ocorra a paralização da obra como vem de ocorrer por muitas
obras inicializadas e não acabadas espalhadas por todo Brasil, juntamente com a
verba disponível, devendo se questionar se o valor do capital disponibilizado pela
prefeitura será o suficiente para arcar com todas as despesas, tanto salariais,
materiais, ferramentas, máquinas, etc.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foram apresentados e comprovados que para a realização de uma obra,


pegando por exemplo uma Unidade Básica de Saúde, leva-se em questão uma gama
de procedimentos, desde os trabalhadores envolvidos, local para construção, matéria
prima e verba disponível, e caso haja a falta de algum deles o processo como um todo
não se dá seguimento. Deixo a recomendação da procura dos próprios profissionais
para a pesquisa, pois eles vivem a realidade e vivenciam as dificuldades propostas
por sua profissão.
REFERÊNCIAS

ADORNA, Diego da Cruz; Mazutti, Júlia Hein. Gestão de obra. 1. Porto Alegre:
Sagah, 2022, 220 p.
ALBUQUERQUE, Leite et al. Direito previdenciário. 1. Porto Alegre: Sagah, 2022,
198 p.
CIARLINI, A. Direito à saúde – paradigmas procedimentais e substanciais da
Constituição. 1. São Paulo: Saraiva, 2013, 263 p.

Cresce dificuldade para contratar mão de obra qualificada na construção civil, CBIC,
2022, Disponível em: <https://cbic.org.br/cresce-dificuldade-para-contratar-mao-de-
obra-qualificada-da-construcao/>. Acesso: 01/04/2023.

FREITAS, Filho. Série IDP - Direito à Saúde: Questões Teóricas e a Prática dos
Tribunais. 1. São Paulo: Saraiva, 2021, 200 p.
NARVAI, Capel. SUS: uma reforma revolucionária Para defender a vida. 1. São
Paulo: Autêntica Ensaios, 2022, 102 p.
PADOVEZE, Clóvis Luís; JUNIOR, Franco Kaolu Takakura. Custo e preços de
serviços: logística, hospitais, transporte, hotelaria, mão de obra, serviços em geral.
1. São Paulo: Atlas, 2013, 321 p.

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