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Modelagem Numérica
Capítulo III
Dada uma função, cujo gráfico está representado na Figura III.1. Os pontos definidos
pelos pares ordenados (x-w,f(x-w)), (x,f(x)) e (x+w,f(x+w)), são tão próximos quanto
se queira de modo que "w", aqui denominado, especialmente, de passo, deverá ser
um número pequeno.
Ou:
∞
(1) 𝑓(𝑥 + 𝑤) − 𝑓(𝑥) 𝑤 (𝑘−1) (𝑘) 𝑓(𝑥 + 𝑤) − 𝑓(𝑥)
𝑓 (𝑥) = −∑ 𝑓 (𝑥) ≈ (4)
𝑤 𝑘! 𝑤
𝑘=2
Ou:
∞
(1) 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥 − 𝑤) (−𝑤)(𝑘−1) (𝑘) 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥 − 𝑤)
𝑓 (𝑥) = −∑ 𝑓 (𝑥) ≈ (6)
𝑤 𝑘! 𝑤
𝑘=2
𝑓(𝑥 + 𝑤) − 𝑓(𝑥 − 𝑤)
≈ (8)
2𝑤
𝒅𝒚
+ 𝑨(𝒕)𝒚 = 𝒓(𝒕) (11)
𝒅𝒕
Tal que “A(t)” e “r(t)” são funções conhecidas na variável t, y = f(t) é a função
solução da equação diferencial, e, y = f(to) = yo, em t = to.
𝒇(𝒕 + 𝒘) − 𝒇(𝒕)
𝒇(𝟏) (𝒕) = (12)
𝒘
𝒅𝒚 𝒇(𝒕 + 𝒘) − 𝒇(𝒕)
+ 𝑨(𝒕)𝒚 ≈ + 𝑨(𝒕)𝒇(𝒕) = 𝒓(𝒕) (13)
𝒅𝒕 𝒘
5
E, a seguir:
E, finalmente:
Ou:
Uma vez conhecidos o valor da função em dois pontos consecutivos, pode-se então,
utiliza-los para calcular os demais pontos aplicando-se a diferença central:
𝒇(𝒕 + 𝒘) − 𝒇(𝒕 − 𝒘)
𝒇(𝟏) (𝒕) = (19)
𝟐𝒘
𝒅𝒚 𝒇(𝒕 + 𝒘) − 𝒇(𝒕 − 𝒘)
+ 𝑨(𝒕)𝒚 ≈ + 𝑨(𝒕)𝒇(𝒕) = 𝒓(𝒕) (20)
𝒅𝒕 𝟐𝒘
E, ainda, a forma:.
Ou ainda:
𝒅𝒚
− 𝒚= 𝟎
𝒅𝒕
𝑑𝑦
+ 𝐴(𝑡)𝑦 = 𝑟(𝑦)
𝑑𝑡
Então:
𝐴(𝑡) = −1 𝑒 𝑟(𝑡) = 0
7
𝑦1 = 𝑤𝑟(𝑡𝑜 ) + [1 − 𝑤𝐴(𝑡𝑜 )] 𝑦𝑜
Assim:
𝑦1 = (1 + 0,1)1,0 = 1,1
e:
𝑦𝑖 = 𝑦𝑖−2 + 0,2𝑦𝑖−1
𝒅𝒚
− 𝒕𝒚 = 𝟎
𝒅𝒕
8
𝑑𝑦
+ 𝐴(𝑡)𝑦 = 𝑟(𝑡)
𝑑𝑡
Então:
Assim:
e:
Que representa o valor aproximado da função solução para t = 0,03, como solicitado
para se calcular.
𝑦1 = 𝑤𝑟(𝑡𝑜 ) + [1 − 𝑤𝐴(𝑡𝑜 )] 𝑦𝑜
𝑦1 = 𝑤𝑟(𝑡𝑜 ) + [1 − 𝑤𝐴(𝑡𝑜 )] 𝑦𝑜
De sorte que:
Calcular então a diferença entre os valores obtidos em cada um dos dois estágios
para o ponto no qual se deseja calcular o valor da função solução da equação
diferencial objeto do problema em resolução, ou seja:
𝑦𝑛2 − 𝑦𝑛1
𝐷𝑖𝑓 =
𝑦𝑛2
𝑓(𝑡𝑛 ) = 𝑦𝑛2
10
𝑓(𝑡𝑛 ) = 𝑦𝑛𝑘
Problemas Propostos
1 - Encontrar, a partir do método das diferenças finitas, o valor em t = 0,02 da função
y = f(t) que satisfaz à equação diferencial dy/dt – 4y = 0, e atende à condição de em
t = 0, y = 1, utilizando passo w = 0,01.
2 - Encontrar o valor da função y = f(t) em t = 0,04 que satisfaz à equação diferencial
dy/dt – 2ty = 0, e atende à condição de em t = 0, y = 1, utilizando passo w = 0,01.
𝑑𝑦
= 𝑔(𝑡, 𝑦) (29)
𝑑𝑡
𝑑𝑦
| 𝑡=𝑎 = 𝑔(𝑎, 𝑏) (30)
𝑑𝑡 𝑦=𝑏
Assim, se:
𝑑𝑦
𝑓(𝑎 + 𝑤) = 𝑦(𝑎 + 𝑤) = 𝑓(𝑎) + 𝑤 | 𝑡=𝑎 (32)
𝑑𝑡 𝑦=𝑏
e:
𝑡𝑛 − 𝑡0
𝑤= = 𝑡𝑖+1 − 𝑡𝑖 (34)
𝑛
𝑡𝑛 − 𝑡0
𝑤= → 𝑡𝑖+1 = 𝑡𝑖 + 𝑤 = 𝑡𝑜 + 𝑖𝑤 (35)
𝑛
Assim:
𝑑𝑦 𝑦1 − 𝑦0
| 𝑡=𝑡 = 𝑔(𝑡𝑜 , 𝑦𝑜 ) ≈ (36)
𝑑𝑡 𝑦=𝑦𝑜 𝑡1 − 𝑡𝑜
0
Analogamente:
𝑦2 ≈ 𝑦1 + 𝑤𝑔(𝑡𝑜 , 𝑦𝑜 ) (38)
𝑦3 ≈ 𝑦2 + 𝑤𝑔(𝑡1 , 𝑦1 ) (39)
.
12
A curva y = f(t” traçada a partir desses pontos é aproximada por uma série de
segmentos de reta, Figura III.4, conduzindo a erros que serão tanto maiores quanto
menor o total de subintervalos no qual o intervalo de trabalho é particionado, de
modo que a sistemática ora apresentada é de eficácia limitada.
𝒅𝒚
− 𝒚= 𝟎
𝒅𝒕
𝑑𝑦
= 𝑔(𝑡, 𝑦)
𝑑𝑡
Então:
𝑑𝑦 𝑑𝑦
= 𝑔(𝑡, 𝑦) → − 𝑔(𝑡, 𝑦) = 0, 𝑔(𝑡, 𝑦) = 𝑦, 𝑒 𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦𝑖 ) = 𝑦𝑖
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Transforma-se em:
Se w = 0,1, então:
𝑖 = 1, 𝑡 = 𝑡1 = 𝑡𝑜 + 𝑤 = 0 + 0,1 = 0,1
Que é a ordenada do ponto cujo valor deveria ser determinado. Observe-se que este
problema é similar ao Exercício Resolvido III.1, diferindo tão somente no método
empregado em sua resolução. Uma vez que o valor de tal ordenada obtido através
de modelagem analítica é f(0,4) = 1,49182 então o erro cometido na presente versão
é da ordem de 1,8%, e, portanto, bem superior àquele do Exercício Resolvido III.1. A
razão de tal diferença deve-se ao fato de o método adotado no presente exercício
ser equivalente a se empregar a Diferença em Avanço em todo o procedimento de
cálculo, enquanto, no Exercício Resolvido III.1, tal tipo de Diferença ter sido
empregado, tão somente, nos cálculos voltados para a determinação do segundo
ponto.
𝒅𝒚
− 𝒕𝒚 = 𝟎
𝒅𝒕
𝑑𝑦
𝑔(𝑡, 𝑦) = = 𝑡𝑦 𝑒 𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦𝑖 ) = 𝑡𝑖 𝑦𝑖
𝑑𝑡
A forma de recorrência:
Transforma-se em:
Se w = 0,01, então:
𝑖 = 1, 𝑡 = 𝑡1 = 𝑡𝑜 + 𝑤 = 0 + 0,01 = 0,01
Observe-se que este problema é similar ao Exercício Resolvido III.2, diferindo tão
somente no método empregado em sua resolução e o valor de tal ordenada obtido
através de modelagem analítica é f(0,03) = 1,00045, de modo que o erro cometido
neste exemplo é da ordem de 0,015%, que pela mesma razão declarada no
Exercício Resolvido III.3 é superior àquele do Exercício Resolvido III.2.
Problemas Propostos
3 - Encontrar, a partir do método de Euler, o valor da função y = f(t) no ponto de
abscissa t = 0,02, que satisfaz à equação diferencial dy/dx – 4y = 0, e atende à
condição de em t = 0, y = 1 utilizando passo w = 0,01.
4 - Encontrar o valor da função y = f(t) em t = 0,04 que satisfaz à equação
diferencial dy/dx – 2xy = 0, e atende à condição de em x = 0, y = 1, utilizando passo
w = 0,01, através do Método de Euler.
da curva assumindo a posição GH, será utilizada para o cálculo do valor mais exato
yi+1, Figura III.5. Em outras palavras, considerando-se a derivada a partir da equação
diferencial objeto de resolução na forma:
𝑑𝑦
= 𝑔(𝑡, 𝑦) (42)
𝑑𝑡
de modo que:
𝑑𝑦 𝑦1 − 𝑦0
| 𝑡=𝑡 = 𝑔(𝑡𝑜 , 𝑦𝑜 ) ≈ (44)
𝑑𝑡 𝑦=𝑦𝑜 𝑡1 − 𝑡𝑜
0
𝑑𝑦
𝑔(𝑡1 , 𝑦′1 ) = | (45)
𝑑𝑡 𝑡=𝑡1
𝑦=𝑦′1
𝑑𝑦 𝑑𝑦
| + |
𝑑𝑡 𝑡=𝑡𝑜 𝑑𝑡 𝑡=𝑡1
𝑦=𝑦0 𝑦=𝑦′1 𝑔(𝑡𝑜 , 𝑦𝑜 ) + 𝑔(𝑡1 , 𝑦′1 )
𝑀𝑑𝑒𝑟 = = (46)
2 2
𝑦1 ≈ 𝑦0 + 𝑤𝑀𝑑𝑒𝑟 (47)
de modo que:
𝑑𝑦
𝑔(𝑡1 , 𝑦1 ) = | 𝑡=𝑡 (49)
𝑑𝑡 𝑦=𝑦 1
1
𝑑𝑦
𝑔(𝑡2 , 𝑦′2 ) = | (50)
𝑑𝑡 𝑡=𝑡2′
𝑦=𝑦 2
𝑑𝑦 𝑑𝑦
| 𝑡=𝑡 + | 𝑡=𝑡
𝑑𝑡 1 𝑑𝑡 2
𝑦=𝑦1 𝑦=𝑦′2 𝑔(𝑡1 , 𝑦1 ) + 𝑔(𝑡2 , 𝑦′2 )
𝑀𝑑𝑒𝑟 = = (51)
2 2
𝑦2 ≈ 𝑦1 + 𝑤𝑀𝑑𝑒𝑟 (52)
De modo que:
𝑑𝑦
𝑔(𝑡𝑖−1 , 𝑦𝑖−1 ) = | 𝑡=𝑡 (54)
𝑑𝑡 𝑦=𝑦 𝑖−1
𝑖−1
𝑑𝑦
𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦′𝑖 ) = | (55)
𝑑𝑡 𝑡=𝑡𝑖′
𝑦=𝑦 𝑖
𝑑𝑦 𝑑𝑦
| + |
𝑑𝑡 𝑡=𝑡𝑖−1 𝑑𝑡 𝑡=𝑡𝑖
𝑦=𝑦𝑖−1 𝑦=𝑦′𝑖 𝑔(𝑡𝑖−1 , 𝑦𝑖−1 ) + 𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦′𝑖 )
𝑀𝑑𝑒𝑟 = = (56)
2 2
𝒅𝒚
− 𝒚= 𝟎
𝒅𝒕
𝑑𝑦
= 𝑔(𝑡, 𝑦)
𝑑𝑡
Com:
𝑔(𝑡, 𝑦) = 𝑦, 𝑒 𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦𝑖 ) = 𝑦𝑖
𝑔(𝑡𝑜 , 𝑦𝑜 ) = 𝑦𝑜 = 1,0
𝑖 = 1, 𝑡 = 𝑡1 = 𝑡𝑜 + 𝑤 = 0 + 0,1 = 0,1
𝑔(𝑡1 , 𝑦1 ) = 𝑦1 = 1,105
𝑔(𝑡2 , 𝑦2 ) = 𝑦2 = 1,221
𝑔(𝑡3 , 𝑦3 ) = 𝑦3 = 1,3492
Cujo erro é da ordem de 0,06%, de modo que, como era de se esperar, este método
mostrou-se bem mais preciso que o Método de Euler Padrão aplicado Exercício
Resolvido III.3, haja vista que naquele exemplo o erro cometido foi de 1,8%.
Observe-se, inclusive, que, para aplicação a este problema, do presente método
resultou melhoria substancial em relação ao Método das Diferenças Finitas utilizado
no Exercício Resolvido III.1, considerando-se que o erro cometido naquele exemplo
foi da ordem de 0,2%.
𝒅𝒚
− 𝒕𝒚 = 𝟎
𝒅𝒕
𝑑𝑦
𝑔(𝑡, 𝑦) = = 𝑡𝑦 𝑒 𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦𝑖 ) = 𝑡𝑖 𝑦𝑖
𝑑𝑡
Se w = 0,01, então:
𝑖 = 1, 𝑡 = 𝑡1 = 𝑡𝑜 + 𝑤 = 0 + 0,01 = 0,01
Neste problema que é similar ao Exercício Resolvido III.4, diferindo tão somente no
método de resolução empregado, o resultado obtido foi praticamente igual àquele
referente à aplicação da modelagem analítica.
Assim como ocorreu com relação ao Método das Diferenças Finitas pode-se
melhorar a qualidade dos resultados obtidos a partir do Método de Euler Modificado
mediante a adoção de procedimento iterativo. Para tal, deve-se, inicialmente,
22
𝑦𝑛1 = 𝑦2
𝑦𝑛2 = 𝑦4
Calcular então a diferença entre os valores obtidos em cada um dos dois estágios
para o ponto que se deseja calcular o valor da função solução da equação
diferencial objeto do problema em resolução, ou seja:
𝑦𝑛2 − 𝑦𝑛1
𝐷𝑖𝑓 =
𝑦𝑛2
𝑓(𝑡𝑛 ) = 𝑦𝑛2
𝑓(𝑡𝑛 ) = 𝑦𝑛𝑘
Problemas Propostos:
5 - Encontrar o valor da função y = f(x) em x = 0,01 que satisfaz à equação
diferencial dy/dx – 4y = 0, e atende à condição de em x = 0, y = 1 utilizando o passo
w = 0,01, através do Método de Euler Modificado.
6 - Encontrar o valor da função y = f(x) em x = 0,02 que satisfaz à equação
diferencial dy/dx – 2xy = 0, e atende à condição de em x = 0, y = 1, utilizando passo
w = 0,01, através do Método de Euler Modificado.
23
Para o emprego deste método consideremos que a equação diferencial que rege o
problema em resolução pode ser escrita na forma:
𝑑𝑦
= 𝑔(𝑡, 𝑦) (58)
𝑑𝑡
E que:
𝑑𝑦
| 𝑡=𝑡 = 𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦𝑖 ) (59)
𝑑𝑡 𝑦=𝑦 𝑖
𝑖
1
𝑦𝑖 = 𝑦𝑖−1 + (𝑘 + 2𝑘2 + 2𝑘3 + 𝑘4 ) (60)
6 1
1 1
𝑘2 = 𝑤𝑔 (𝑡𝑖−1 + 𝑤, 𝑦𝑖−1 + 𝑘1 ) (62)
2 2
1 1
𝑘3 = 𝑤𝑔 (𝑡𝑖−1 + 𝑤, 𝑦𝑖−1 + 𝑘2 ) (63)
2 2
Problemas Propostos:
7 - Encontrar o valor da função y = f(x) em x = 0,01 que satisfaz à equação
diferencial dy/dx – 4y = 0, e atende à condição de em x = 0, y = 1 utilizando o passo
w = 0,01, através do Método de Runge-Kutta.
8 - Encontrar o valor da função y = f(x) em x = 0,02 que satisfaz à equação
diferencial dy/dx – 2xy = 0, e atende à condição de em x = 0, y = 1, utilizando passo
w = 0,01, através do Método de Runge-Kutta.
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
2
+ 𝑎(𝑡) + 𝑏(𝑡)𝑦 = 𝑟(𝑡) (65)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
2
= 𝑟(𝑡) − 𝑎(𝑡) − 𝑏(𝑡)𝑦 = 𝑟(𝑡) − 𝑎(𝑡)𝑦 (1) − 𝑏(𝑡)𝑦 (66)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑦
𝑧 = 𝑦 (1) = (67)
𝑑𝑡
e tem-se então estabelecida a variável “z”. Pode-se, criar a função “g(t,y,z)” de tal
forma que:
𝑑𝑦
𝑧 = 𝑦 (1) = = 𝑔(𝑡, 𝑦, 𝑧) (68)
𝑑𝑡
𝑑𝑧 𝑑2𝑦
𝑧 (1)
= = 2
= 𝑟(𝑡) − 𝑎(𝑡)𝑦 (1) − 𝑏(𝑡)𝑦 (69)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
25
𝑑𝑧 𝑑2𝑦
= 2
= 𝑝(𝑡, 𝑦, 𝑦 (1) ) = 𝑝(𝑡, 𝑦, 𝑧) (70)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑦
= 𝑔(𝑡, 𝑦, 𝑧) = 𝑧 (71)
𝑑𝑡
𝑑𝑧
= 𝑝(𝑡, 𝑦, 𝑧) (72)
𝑑𝑡
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
− 3 + 2𝑦 = 0
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
26
Considere-se a parametrização:
𝑑𝑦
𝑔(𝑡, 𝑦, 𝑧) = = 𝑧 → 𝑔(𝑡𝑖 , 𝑦𝑖 , 𝑧𝑖 ) = 𝑧𝑖
𝑑𝑡
𝑑 2 𝑦 𝑑𝑧
𝑝(𝑡, 𝑦, 𝑧) = =
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
= − 2𝑦 + 3 = − 2𝑦 + 3𝑧
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
Assim:
𝒛′𝒊+𝟏 = − 𝟎, 𝟐𝒚𝒊 + 𝟏, 𝟑 𝒛𝒊
𝑦′𝑖+1 = 𝑦𝑖 + 0,1𝑧𝑖
27
𝑧𝑖 + 𝑧 ′ 𝑖+1
𝑀𝑑𝑒𝑟𝑦 =
2
𝑦𝑖+1 ≈ 𝑦𝑖 + 0,1𝑀𝑑𝑒𝑟𝑦
𝑧𝑖+1 ≈ 𝑧𝑖 + 0,1𝑀𝑑𝑒𝑟𝑧
Em t = t1 = t0 + w = 0 + 0,1 = 0,1
𝑧𝑜 + 𝑧 ′1 5,0 + 6,1
𝑀𝑑𝑒𝑟𝑦 = = = 5,55
2 2
𝑧1 + 𝑧 ′ 2 6,215 + 7,5685
𝑀𝑑𝑒𝑟𝑦 = = = 6,89175
2 2
7,709375 + 9,3733525
𝑀𝑑𝑒𝑟𝑦 = = 8,541364
2
Seu valor obtido através de modelagem analítica é y(0,3) = 4,2817, de modo que o
erro cometido é da ordem de 4,3%.
Exercício Resolvido III.8: Seja determinar, para a barra da Figura III.6, submetida a
uma carga de intensidade “q”, uniformemente distribuída ao longo de toda a
extensão do seu vão, que apresenta comprimento total “L”, o valor das funções
Momento Fletor M = M(x) e Esforço Cortante V = V(x), em x = L, sabendo-se que
em sua extremidade esquerda, que corresponde à abscissa x = 0, M(0) = V(0) = 0.
Recomenda-se adotar passo de aproximação w = L/4, e, admitir que o problema é
regido mediante as Equações Fundamentais da Estática, expressas na forma:
𝒅𝟐 𝑴(𝒙) 𝒅𝑴(𝒙)
𝟐
= −𝒒(𝒙), 𝒆, = 𝑽(𝒙)
𝒅𝒙 𝒅𝒙
𝑀′𝑖+1 = 𝑀𝑖 + 𝑤𝑔(𝑥𝑖 , 𝑀𝑖 , 𝑉𝑖 )
29
𝑉′𝑖+1 = 𝑉𝑖 + 𝑤𝑝(𝑥𝑖 , 𝑀𝑖 , 𝑉𝑖 )
𝑀𝑖+1 ≈ 𝑀𝑖 + 𝑤𝑀𝑑𝑒𝑟𝑀
𝑉𝑖+1 ≈ 𝑉𝑖 + 𝑤𝑀𝑑𝑒𝑟𝑉
Mas,
𝒅𝑴(𝒙)
𝑔(𝑥, 𝑀, 𝑉) = = 𝑽(𝒙) → 𝑔(𝑥𝑖 , 𝑀𝑖 , 𝑉𝑖 ) = 𝑉𝑖
𝒅𝒙
𝒅𝑽(𝒙) 𝒅𝟐 𝑴(𝒙)
𝑝(𝑥, 𝑀, 𝑉) = , = = −𝒒 → 𝑝(𝑥𝑖 , 𝑀𝑖 , 𝑉𝑖 ) = −𝑞
𝒅𝒙 𝒅𝒙𝟐
𝐿
𝑀′𝑖+1 = 𝑀𝑖 + 𝑤𝑔(𝑥𝑖 , 𝑀𝑖 , 𝑉𝑖 ) = 𝑀𝑖 + 𝑤𝑉𝑖 = 𝑀𝑖 + 𝑉𝑖
4
𝐿 𝑞𝐿
𝑉′𝑖+1 = 𝑉𝑖 + 𝑤𝑝(𝑥𝑖 , 𝑀𝑖 , 𝑉𝑖 ) = 𝑉𝑖 + 𝑤(−𝑞) = 𝑉𝑖 − 𝑤𝑞 = 𝑉𝑖 − 𝑞 = 𝑉𝑖 −
4 4
𝑉𝑖 + 𝑉 ′ 𝑖+1
𝑀𝑑𝑒𝑟𝑀 =
2
(−𝑞) + (−𝑞)
𝑀𝑑𝑒𝑟𝑉 = = −𝑞
2
𝐿
𝑀𝑖+1 ≈ 𝑀𝑖 + 𝑀𝑑𝑒𝑟𝑀
4
𝐿 𝐿 𝑞𝐿
𝑉𝑖+1 ≈ 𝑉𝑖 + 𝑀𝑑𝑒𝑟𝑉 = 𝑉𝑖 + (−𝑞) = 𝑉𝑖 − = 𝑉′𝑖+1
4 4 4
Como dado do problema tem-se M(0) = Mo = 0 e M(1)(0) = V(0) = Vo = 0
Em x = x1 = x0 + w = 0 + L/4 = L/4
𝐿 𝐿
𝑀′1 = 𝑀𝑜 + 𝑉0 = 0 + × 0 = 0,0
4 4
30
𝑞𝐿 𝑞𝐿 𝑞𝐿
𝑉1 = 𝑉′1 = 𝑉𝑜 − =0− =−
4 4 4
𝑞𝐿
𝑉𝑜 + 𝑉′1 0 + (− 4 ) 𝑞𝐿
𝑀𝑑𝑒𝑟𝑀 = = = −
2 2 8
𝐿 𝐿 𝑞𝐿 𝑞𝐿2
𝑀1 ≈ 𝑀𝑜 + 𝑀𝑑𝑒𝑟𝑀 = 0 + (− ) = −
4 4 8 32
Em x = x2 = x1 + w = L/4 + L/4 = L/2
Problemas Propostos:
9 - Determinar o valor da função y = f(t), em t = 0,4, adotando-se para passo w = 0,1
𝒅𝒚
e sabendo-se que f(0) = 1 e | = 𝟏, e que o problema é regido mediante a
𝒅𝒕 𝒕=𝟎
equação:
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
− 2 + 1𝑦 = 0
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
𝒅𝟐 𝑴(𝒙) 𝒅𝑴(𝒙)
𝟐
= −𝒒(𝒙), 𝒆, = 𝑽(𝒙)
𝒅𝒙 𝒅𝒙
Uma das estratégias voltadas para resolver problemas dessa natureza é o recurso
ao Método das Diferenças Finitas que será aqui exemplificada na resolução de um
exercício de Difusão Térmica em meios Sólidos Contínuos.
térmico, cuja superfície externa ao longo de seu eixo longitudinal é revestida com
material refratário, assim denominado aquele que apresenta bom isolamento
térmico.
𝑫 = {𝒙 ∈ / 𝟎 ≤ 𝒙 ≤ 𝑳}
Em x = 0, u(0,t) = 0, e, em x = L, u(L,t) = 0
Problemas desta natureza são regidos por Equação Diferencial Parcial do tipo:
𝝏𝒖 𝟐
𝝏𝟐 𝒖
= 𝒂 (81)
𝝏𝒕 𝝏𝒙𝟐
onde a2 = α, sendo “α” a Difusividade Térmica dada pela equação:
𝑲
𝜶=
𝒄𝝆
33
∝
𝒏𝝅𝒙 −(𝒏𝝅𝒂)𝟐 𝒕
𝒖(𝒙, 𝒕) = ∑ 𝑩𝒏 𝒔𝒆𝒏 ( )𝒆 𝑳 (82)
𝑳
𝒏=𝟏
Desde que:
𝑳
𝟐 𝒏𝝅𝒙
𝑩𝒏 = ∫ 𝒈(𝒙) 𝒔𝒆𝒏 ( ) 𝒅𝒙 (83)
𝑳 𝑳
𝟎
2𝑇𝑀𝐴𝑋 𝐿 2𝑇𝑀𝐴𝑋 𝐿
𝑔(𝑥) = 𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑒 𝑔(𝑥) = (𝐿 − 𝑥) 𝑝𝑎𝑟𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿 (84)
𝐿 2 𝐿 2
𝟖(−𝟏)(𝒏+𝟏) 𝑻𝑴𝑨𝑿
𝑩𝒏 = (85)
(𝟐𝒏 − 𝟏)𝟐 𝝅𝟐
E, consequentemente:
∞ 𝟐
𝟖𝑻𝑴𝑨𝑿 (−𝟏)(𝒏+𝟏) (𝟐𝒏 − 𝟏)𝝅𝒙 −[(𝟐𝒏−𝟏)𝝅𝒂] 𝒕
𝒖(𝒙, 𝒕) = ∑ 𝒔𝒆𝒏 [ ]𝒆 𝑳 (86)
𝝅𝟐 (𝟐𝒏 − 𝟏)𝟐 𝑳
𝒏=𝟏
34
𝟒𝑻𝑴𝑨𝑿
𝒈(𝒙) = (𝑳 − 𝒙)𝒙 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝟎 ≤ 𝒙 ≤ 𝑳 (87)
𝑳𝟐
𝟑𝟐𝑻𝑴𝑨𝑿
𝑩𝒏 = (88)
(𝟐𝒏 − 𝟏)𝟑 𝝅𝟑
E, consequentemente:
∞ 𝟐
𝟑𝟐𝑻𝑴𝑨𝑿 𝟏 (𝟐𝒏 − 𝟏)𝝅𝒙 −[(𝟐𝒏−𝟏)𝝅𝒂] 𝒕
𝒖(𝒙, 𝒕) = ∑ 𝒔𝒆𝒏 [ ]𝒆 𝑳 (89)
𝝅𝟑 (𝟐𝒏 − 𝟏)𝟑 𝑳
𝒏=𝟏
𝒇(𝒕 + 𝒘) − 𝒇(𝒕)
𝒇(𝟏) (𝒕) = (90)
𝒘
35
Assumiu a forma:
𝝏𝒖 𝒖𝒊,𝒋+𝟏 − 𝒖𝒊,𝒋
| = (91)
𝝏𝒕 𝒋 ∆𝒕
A segunda derivada em “x” foi substituída pela diferença de segunda ordem, escrita
originalmente na forma:
∆𝒕 𝟐
𝜷= 𝒂 (95)
∆𝒙𝟐
𝟎 ≤ 𝜷 ≤ 𝟎, 𝟓 (97)
Uma vez tendo sido atendida tal recomendação, para a barra cujo núcleo condutor é
constituído de açoo, o período total de tempo foi discretizado conforme os instantes
2, 4, 6, 8 e 10 dias, enquanto, no caso em que o núcleo condutor é em concreto, tais
instantes ficaram definidos como sendo aos 60,120,180, 240 e 300 dias.