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capítulo 1 a renovação artística e cultural da
segunda metade do século xIx
1. e 2. Durante o século XVIII, o resgate da perspec-
tiva e da harmonia clássicas marcou o trabalho
dos pintores. De acordo com os costumes da
época de Canaletto, os jovens aristocratas ingle-
ses costumavam viajar à Itália a passeio e, como
ainda não existia a máquina fotográfica para re-
gistrar essas viagens, costumavam comprar telas
onde estavam registradas belas vistas dos locais
visitados por eles. Canaletto supriu essa deman-
da com seus quadros e, para isso, era necessário
que registrasse com grande riqueza de detalhes
prédios, vias, embarcações etc. Essa precisão de
detalhes atendeu à demanda dos ricos turistas
da época e contribuiu para criar no observador a
sensação de objetividade, como um registro fo-
tográfico.
Os alunos, ao analisarem o quadro de Canaletto,
devem reconhecer o cuidado na reprodução da
fachada dos prédios, a grande preocupação com
o equilíbrio da cena retratada e a definição dos
contornos. A mesma cidade vista a partir de uma
perspectiva romântica, no quadro de Turner, ga-
nha traços bem diferentes. Agora os contornos
são indefinidos, gerando certa imprecisão que
leva o observador a ter uma sensação de maior
subjetividade. O uso da cor também é explorado
para provocar maior identidade entre todos os
elementos retratados, fazendo com que se apre-
sentem de modo mais integrado e, consequente-
mente, menos diferenciado.
A comparação entre as duas obras permite que
se identifique, no quadro de Canalleto, um dese-
jo evidente de produzir uma imitação da realida-
de. Na tela de Turner, o que se vê é a expressão
de um olhar particular, marcado por emoções e
sensações que ganham forma no modo como a
realidade é representada.
capítulo 2 rumo ao século xx:
desdobramentos e inovações nas
artes
Identificação das telas:
(A) Paul Gauguin (1848-1903). Cristo amarelo, 1889.
Óleo sobre tela, 92,5 x 73 cm. Galeria de Arte
Albright-Knox, Buffalo, Estados Unidos.
(B) Diego Velázquez (1599-1660). Cristo crucifica-
do, c. 1632. Óleo sobre tela, 249 x 170 cm. Mu-
seu do Prado, Madri, Espanha.
1
1. e 2. A primeira imagem, de Paul Gauguin, apre-
senta o estilo pictórico denominado sintetismo,
inspirado nos vitrais da arte medieval, em que
as figuras são definidas por linhas e há uma su-
perfície de cores brilhantes e irreais, produzindo
um efeito “mágico”, na qual o artista expressa
conteúdos simbólicos. A imagem religiosa foi
representada de maneira diferente da cena tra-
dicionalmente aceita, tendo como adoradoras
mulheres em roupas holandesas do século XIX e
cenário irreal com colorido forte e figuras deline-
adas por linhas negras.
Na pintura de Velázquez, observamos uma repre-
sentação do momento da crucificação de forma
tradicional, marcado por uma perspectiva som-
bria (efeito do claro-escuro empregado ao fundo
e comum no período do Barroco, quando foi pin-
tada a tela).
capítulo 4 século xx: início das vanguardas
históricas
1. E
2. C
3. a) Resposta pessoal. A primeira tela é o retrato
realista de uma mulher do século XIV. Leonar-
do da Vinci procurou caracterizá-la do modo
mais fiel possível, apresentando uma série de
detalhes de sua roupa, além de definir preci-
samente os traços de sua fisionomia. Quando
comparamos a segunda tela com a primeira,
notamos que ela apresenta uma imagem de
mulher mais indefinida: os traços são menos
precisos e as cores não são realistas. Não se
espera uma resposta precisa dos alunos. Caso
tenham dificuldade em responder, sugerimos
que o professor oriente seu olhar para a pre-
sença de inúmeros detalhes, no primeiro qua-
dro, característico da pintura do século XIV;
para a indefinição de contornos no segundo,
que mostra uma mudança de perspectiva que
caracteriza a arte do início do século XX.
b) O terceiro quadro apresenta um rosto femini-
no construído a partir de formas geométricas
e blocos de cor. Nesse sentido, é muito dife-
rente dos dois primeiros, em que o retrato das
mulheres, mais ou menos definido, está mais
próximo da realidade, tal como a observamos.
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos te-
nham percebido que, ao longo dos séculos, o re-
gistro de imagens em arte passou de uma pers-
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pectiva completamente realista, com inúmeros
detalhes, para uma mais indefinida, até chegar
à quase completa decomposição e ao abstracio-
nismo.
5. Surrealismo.
capítulo 5
Vanguardas europeias: Futurismo
e expressionismo
Resposta: D
capítulo 7 tendências abstratas, bases da
arquitetura moderna e o novo
nacionalismo musical
Resposta: E
capítulo 8 Pré-modernismo e modernismo no
brasil
1. (A) As duas imagens são semelhantes pela insa-
lubridade dos navios que traziam trabalhado-
res ao Brasil: os corpos amontoados, o des-
conforto, o abandono em que se encontram
as figuras humanas. As duas obras chamam a
atenção pelo excesso de pessoas, que, apesar
das situações distintas (a imigração é volun-
tária), padecem de sofrimento semelhante.
(B) a) O poema de Castro Alves refere-se a navio
negreiro, mas pode também se aplicar ao
navio que trazia imigrantes para o Brasil
pelos motivos apresentados na questão
anterior: ainda que a vinda de trabalhado-
res estrangeiros ao Brasil, no final do sécu-
lo XIX, tenha sido voluntária, as péssimas
condições de transporte e de trabalho no
país acabaram por gerar uma indesejável
semelhança com a escravidão.
b) Pela comparação entre todas essas ma-
nifestações, podemos concluir que a
construção da nacionalidade brasileira
se fez, de alguma forma, pela exploração
da tragédia de outros povos: escravos e
2
imigrantes, que tanto contribuíram para
a formação do Estado e da cultura bra-
sileira, foram aviltados, esmagados por
forças que se acobertavam atrás da ban-
deira nacional.
2. (A) a) Segundo Lima Barreto, Lobato sentiria pela
personagem que descreve não a ironia e o
sarcasmo que podem transparecer em sua
descrição do Jeca, mas sim “amor”, “pieda-
de” e “tristeza” por não ver a personagem
“em condições melhores”.
b) Trata-se de uma obra “simples e boa, ani-
mada pela poesia da sua terra”, e o mais
importante: é “cheia de sadia verdade a
sua literatura”.
(B) A principal característica do texto lobatiano e
que demonstraria sua modernidade em rela-
ção aos demais é sua preocupação em tratar
de personagens que representam parcelas da
população oprimidas e ignoradas por deter-
minados segmentos da sociedade. Trata-se
de uma tentativa de construir um Brasil real,
evocando todos os tipos que nele habitam.
3. B
4. E
5. E
6. C
capítulo 11 a “Geração 80” e as tendências
contemporâneas
Resposta: C
capítulo 12 arte popular no brasil
1. C
2. C