Você está na página 1de 11

CABINDA | DÍLI | LISBOA | LUANDA | MACAU | MAPUTO | PORTO | RIO DE JANEIRO

NEWSLETTER VERSÃO COMPLETA


JANEIRO'14

NOTÍCIAS DE ANGOLA

ADIADA IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DAS DESCARGAS OPERACIONAIS

O Ministério dos Petróleos determinou que o prazo de implementação do De acordo com este regulamento, o Operador deve elaborar, para todas as
Regulamento sobre Gestão de Descargas Operacionais, de Julho de 2012, instalações ou grupos de instalações sob sua responsabilidade, um Plano de
para todas as instalações existentes, termina apenas em 16 de Janeiro de Gestão de Descargas Operacionais que contenha, no mínimo, as seguintes
2015. informações:

Inicialmente este prazo terminaria a 16 de Janeiro de 2014. No entanto, a identificação dos efluentes principais e colaterais decorrentes das
aquele Ministério considerou que a implementação das medidas legislativas actividades em curso e dos métodos de tratamento e controlo a
previstas no referido Regulamento requer das companhias petrolíferas, devido implementar, atendendo às condições ambientais específicas da área
à sua complexidade tecnológica, investimentos de grande vulto em prevista e aos limites estabelecidos neste regulamento;
instalações e equipamentos que apesar dos esforços empreendidos
a localização dos pontos de descarga na instalação e relativamente ao
continuam inconclusivos, e por isso decidiu adiar o prazo inicial.
corpo de água receptor (metros acima ou abaixo da superfície);
O referido regulamento aplica­se a todas as Descargas Operacionais geradas a lista de produtos químicos a utilizar no ano seguinte, juntamente com os
no decurso das operações petrolíferas, quer em terra, quer no mar, respectivos certificados emitidos pelo fabricante do produto relativamente
exceptuando quando as instalações se encontrem em trânsito, e proíbe ao risco para o ambiente e para a saúde humana e as Fichas de Dados
quaisquer Descargas Operacionais resultantes das actividades em terra para de Segurança de Materiais (MSDS);
o solo, águas interiores e águas costeiras, excepto quando devidamente os mecanismos conducentes à substituição dos produtos químicos
justificadas por razões de segurança.
utilizados nas suas actividades por outros, menos agressivos para a
saúde humana e para o ambiente;
O Operador deve, nos locais de operações em terra, adoptar revestimentos
que isolem os efluentes das suas operações, dos solos e aquíferos o Plano de Monitoramento Ambiental nos termos dos artigos 16.º, 17.º e
(subterrâneos ou superficiais). 18.º;
os procedimentos e equipamentos a adoptar para monitorizar e minimizar
São proibidas as descargas dos seguintes efluentes resultantes das
a emissão de gases nocivos à saúde humana e ao ambiente.
operações em zona marítima, os quais devem ser tratados como resíduos
perigosos:
O Plano de Gestão de Descargas Operacionais deve ser actualizado sempre
aparas de perfuração contaminadas com lamas de perfuração de base que haja qualquer alteração significativa:
não aquosa;
no desenho ou operação das instalações;
fluidos de perfuração de base não aquosa;
no tipo de produtos químicos a utilizar;
areias produzidas.
no tipo de gases emitidos ou nos procedimentos de monitoramento.

Referências
Despacho n.º 2782/13 de 10 de Dezembro
Decreto Executivo n.º 224/12, de 16 de Julho
Voltar ao topo

CAPITAL SOCIAL DE ENTIDADES FINANCEIRAS REALIZADO EM KWANZAS

O Banco Nacional de Angola estabeleceu que as instituições financeiras As instituições financeiras bancárias em funcionamento, cujo capital social e
bancárias autorizadas a funcionar neste país, devem ter o seu capital social fundos próprios regulamentares sejam inferiores ao mínimo estabelecido no
integralmente realizado em moeda nacional, bem como manter o capital social artigo anterior, terão de proceder ao ajuste até 30 de Junho de 2014.
e os fundos próprios regulamentar (FPR) no valor mínimo de Kz:
2.500.000.000,00 (dois mil milhões e quinhentos milhões de kwanzas).

Esta medida foi adoptada por se entender ser necessário ajustar o


enquadramento dos valores mínimos de capital social e fundos próprios
regulamentares das instituições financeiras bancárias, sujeitas à supervisão
do Banco Nacional de Angola, anteriormente em vigor.
Referências
Aviso do Banco Nacional de Angola n.º 14/13 de 2 de Dezembro
Aviso do Banco Nacional de Angola n.º 4/07 de 26 de Setembro
Lei n.º 16/10, de 15 de Julho
Voltar ao topo

DADOS QUE ACOMPANHAM ESTUDOS DE IMPACTES AMBIENTAIS E COMISSÃO ESPECÍFICA

O Ministério do Ambiente determinou que qualquer empresa que remeta Além de ser coordenada pela Directora Nacional de Avaliação e Prevenção de
Estudos de Impactes Ambientais para Avaliação da Direcção competente do Impactes Ambientais, será integrada por:
Ministério do Ambiente, deverá anexar os dados identificativos e qualificações
reconhecidas dos Técnicos, Especialistas ou Consultores que elaboraram o um técnico superior de experiência comprovada, não estagiário da
respectivo Estudo. Tem também de anexar o comprovativo do valor do mesma Direcção;
investimento do Projecto para efeitos de cálculos conducentes à concessão da um representante do Ministério do Ambiente ligado à problemática do
Licença de Instalação ou de Operação, nos termos do Regulamento sobre o Estudo em referência;
Registo Técnico de Sociedades de Consultoria Ambiental.
um representante do Departamento de Qualidade Ambiental;
Por outro lado, foi ainda determinado que será criada uma Comissão para um representante dos Serviços de Fiscalização Ambiental;
cada caso de Estudo de Impacte sobre Licenciamento Ambiental, coordenada
pela Directora Nacional de Avaliação e Prevenção de Impactes Ambientais. um representante do Governo da Província a que o estudo fizer
referência.
Esta Comissão será multidisciplinar, devendo as equipas ter competência
para proporem medidas de adaptação e mitigação que transcendem o âmbito É também necessária a Consulta Pública e o Parecer da Administração Local.
de actuação da Direcção que sugere a aprovação do licenciamento.

Referências
Despacho n.º 2745/13 de 6 de Dezembro
Despacho n.º 2746/13 de 6 de Dezembro
Decreto Executivo n.º 86/12, de 23 de Fevereiro
Decreto n.º 51/04, de 23 de Julho
Voltar ao topo

FIXADOS ÍNDICES DE REPARTIÇÃO POR PRODUTOS REFINADOS DE PETRÓLEO BRUTO

Foram aprovados os índices de repartição por produtos refinados de petróleo O Preço ex­Refinaria incorpora o preço do barril de petróleo entregue à
bruto, para efeito do cálculo dos preços Ex­Refinaria, em vigor durante 2014. Refinaria pela Concessionária Nacional, e a Margem de Refinação,
correspondente a 12,5% do preço do barril do petróleo referido, estando nesta
Assim, os índices aprovados são os seguintes: margem incluído o transporte das ramas à Refinaria, todos os custos de
transformação e os lucros.
Produtos Índice de repartição por produtos (%)

L.P.G. 2,6

Gasolina 6,9

Jet A1 17,1

Jet B 7,1

Nafta 6,1

Petróleo 2,8

Gasóleo 24,6

Fuel Aditivado 2,3

Fuel Ordoil 29,9

Fuel – Extra­Heavy 0,3

Asfalto 0,2

Cut Back 0,1

TOTAL 100
Referências
Decreto Executivo n.º 408/13, de 6 de Dezembro
Decreto Presidencial n.º 1/12, de 4 de Janeiro
Voltar ao topo

NOTÍCIAS DO BRASIL

DEFINIDAS REGRAS SOBRE IMPOSTO SOBRE A RENDA OBTIDA EM 2014

O Governo brasileiro corrigiu a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física A correção define também quais trabalhadores precisam ou não fazer a
em 4,5%. Alíquota de 7,5% valerá para quem ganha entre R$ 1.787,78 e R$ declaração, além alterar os limites das despesas dedutíveis do contribuinte. O
2.679,29. índice de 4,5% se mantém desde 2007.

As deduções do imposto serão feitas nos salários pagos em 2014 e valem Essa é a última correção da tabela promovida de forma automática pelo
para a declaração de Imposto de Renda de 2015. A correção da tabela foi feita governo. A Receita Federal vinha aplicando o percentual de correção de 4,5%
em 4,5%, já que essa é a meta definida pelo governo para a inflação anual. desde 2007, com previsão de acabar em 2010, mas em 2011 o governo editou
a Medida Provisória 528, prorrogando a correção pelo mesmo percentual
De acordo com a tabela da Receita Federal, estará isento do imposto quem até2014. Acorreção entrou em vigor dia 1 de Janeiro de 2014.
ganhar até R$ 1.787,77, por mês. A alíquota de 7,5% valerá para quem ganha
entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29. De R$2.679,30 a R$ 3.572,43, a alíquota é O governo também corrigiu em 4,5% a tabela progressiva para pagamento de
15%. A alíquota de 22,5% vai incidir nos salários de R$ 3.572,44 até R$ Imposto de Renda sobre o recebimento de Participação nos Lucros de
4.463,81. E a alíquota de 27,5% é para quem ganha acima de R$ 4.463,81 por Resultados (PLR) pelos trabalhadores.
mês.
A nova tabela em 2014 foi publicada dia 2 de Janeiro.

Referências
Instrução normativa nº 1.433, de 2 de Janeiro de 2014
Voltar ao topo

NOTÍCIAS DE MACAU

OE 2014 E ISENÇÕES DE IMPOSTO DO SELO

A Lei do Orçamento de 2014, publicada no último dia de 2013, estabeleceu A transmissão dos imóveis, sem ser por motivo de sucessão hereditária,
em Macau uma série de isenções do imposto do selo. no período de três anos contados da data da concessão da isenção,
determina a caducidade imediata da mesma, devendo o seu beneficiário,
Assim, este ano estão isentas do imposto do selo: antes daquela ocorrer, proceder ao pagamento do imposto do selo que
seria devido nos termos gerais.
as apólices de seguro subscritas ou renovadas no ano de 2014;
as operações bancárias realizadas no ano de 2014. Os notários só podem celebrar documentos, papéis e actos que sejam fonte de
transmissão de imóveis com o benefício de isenção mediante a apresentação
de declaração emitida pela Direcção dos Serviços de Finanças, comprovativa
Estabelece­se também a isenção de imposto do selo sobre transmissões de de que foi satisfeita a obrigação referida.
bens. Assim, este ano, os documentos, papéis e actos que sejam fonte, para
efeitos fiscais, de transmissão onerosa de imóveis destinados a habitação, Os sujeitos passivos que obtiveram o benefício fiscal desta natureza em anos
estão isentos do imposto do selo até ao valor de $ 3 000 000,00 (três milhões anteriores não podem beneficiar deste em 2014.
de patacas).

No entanto, para beneficiar desta isenção, é necessário preencher os


seguintes requisitos cumulativos: Isenção de imposto do selo sobre espectáculos
o adquirente seja pessoa singular, maior de idade, residente permanente Também ficam isentos do imposto do selo este ano os bilhetes de entrada ou
da Região Administrativa Especial de Macau; de assistência pessoal a espectáculos, exposições ou diversões de qualquer
não seja proprietário no ano de 2014 de qualquer imóvel nesta Região, natureza, incluindo aqueles cujo preço seja cobrado à saída.
independentemente da utilização dada ao mesmo.

Se o adquirente for proprietário de um imóvel cuja finalidade seja o Isenção de imposto de turismo
Se o adquirente for proprietário de um imóvel cuja finalidade seja o Isenção de imposto de turismo
estacionamento de veículos motorizados e satisfaça as demais condições,
pode beneficiar da isenção mencionada. Em 2014 estão isentos do imposto de turismo, os serviços prestados pelas
pessoas singulares ou colectivas em estabelecimentos similares classificados
Considera­se proprietário a pessoa singular que tenha adquirido bens imóveis como pertencentes ao Grupo 1 (hotéis de cinco, quatro, três e duas estrelas).
a título oneroso ou gratuito por qualquer um dos documentos considerados Os serviços em causa reúnem, como serviços principais, o alojamento e a
como fonte de transmissão para efeitos fiscais. alimentação a par de serviços complementares.

Quando o valor do bem adquirido exceda o montante referido, mas se Estão igualmente isentos do imposto de turismo os estabelecimentos
encontrem verificadas as demais condições da concessão da isenção, é o hoteleiros dos Grupos 1, 2 e 3, com referência às actividades próprias dos
remanescente tributado de acordo com as regras gerais do Regulamento do estabelecimentos similares do Grupo 1 quando nesses estabelecimentos
Imposto do Selo. sejam exercidas actividades próprias dos estabelecimentos similares que
assumam perante o público autonomia funcional.
Se coexistem dois ou mais adquirentes de um determinado imóvel:

quando for adquirido por um casal e o regime de bens adoptado for o da


comunhão geral, da comunhão de adquiridos ou da participação nos Isenção de taxas e impostos sobre publicidade e propaganda
adquiridos, mesmo que um dos cônjuges não seja residente permanente
e desde que no ano de 2014 nenhum deles seja proprietário de qualquer Em 2014, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais não procede à
imóvel, é atribuído o direito à isenção; cobrança das taxas de licenciamento estabelecidas para a afixação de
nas situações de aquisição em conjunto que não se encontram previstas material de publicidade e propaganda.
na alínea anterior, só o adquirente ou adquirentes que preencham os A afixação de material de publicidade e propaganda que esteja isenta da taxa
requisitos referidos supra têm direito à isenção na proporção que lhe de licenciamento, está igualmente isenta do imposto do selo.
couber na colecta.

Referências
Lei n.º 13/2013, de 31 de Dezembro
Voltar ao topo

OE 2014 E O IMPOSTO PROFISSIONAL

A Lei do Orçamento de 2014, publicada no último dia de 2013, e que entrou Estas regras aplicam­se às importâncias deduzidas no último trimestre de
em vigor no dia 1 de Janeiro de 2014, criou uma uma dedução à colecta do 2014 que devam ser entregues na recebedoria da Repartição de Finanças de
imposto profissional pela percentagem fixa de 30% do valor da mesma. Macau até 15 de Janeiro de 2015.

O limite de isenção para efeito de aplicação das taxas constantes do A dedução à colecta para os contribuintes que estejam sujeitos à entrega da
Regulamento do Imposto Profissional, é fixado, para os rendimentos do ano declaração de rendimentos modelo M/5 é oficiosa, devendo a percentagem
de 2014 sujeitos a imposto profissional, em $ 144 000,00 (cento e quarenta e fixa de 30% e a parcela isenta encontrarem­se devidamente abatidas nos
quatro mil patacas), aplicando­se ao rendimento que exceda este valor as conhecimentos de cobrança.
percentagens legalmente previstas, e que variam entre 7% e 12%.

Para cumprimento desta norma, as entidades patronais que procedam à


dedução do valor da colecta por retenção na fonte aos empregados ou Devolução da colecta do imposto profissional
assalariados, devem deduzir e entregar trimestralmente, na recebedoria da
Repartição de Finanças de Macau, o valor do imposto devido pelos sujeitos Durante 2014, procede­se à devolução de 60% da colecta do imposto
passivos já abatido em 30% e tendo em conta o aumento da parcela isenta. profissional, até ao limite de $12 000,00 (doze mil patacas), devido e pago
relativamente ao ano de 2012, pelos contribuintes que, em 31 de Dezembro
A retenção na fonte prevista no Regulamento do Imposto Profissional apenas de 2012, sejam titulares do bilhete de identidade de residentes da Região
tem lugar: Administrativa Especial de Macau.

para os assalariados, desde que o salário e demais rendimentos A devolução do montante da colecta do imposto profissional referido pode ser
tributáveis diários sejam superiores a $ 640,00 (seiscentas e quarenta efectuada por meio de cheque ou título de pagamento M/7 ou por transferência
patacas); bancária.
para os empregados, desde que o rendimento mensal seja superior a $ Na maioroia dos casos, o montante da devolução é pago por cheque cruzado
16 000,00 (dezasseis mil patacas). ou por título de pagamento M/7, a enviar pela Direcção dos Serviços de
Finanças, por via postal, para o endereço declarado e registado no cadastro
do contribuinte em sede do imposto profissional.

Referências
Lei n.º 13/2013, de 31 de Dezembro
Voltar ao topo

NOTÍCIAS DE MOÇAMBIQUE

NOVO REGIME DAS PARCERIAS PÚBLICO­PRIVADAS DE PEQUENA DIMENSÃO


Entraram em vigor no dia 19 de Janeiro de 2014 o novo regime que O contrato de empreendimento de PPP e CE, de pequena dimensão, pode
estabelece as normas orientadoras e procedimentos aplicáveis ao processo revestir as seguintes modalidades:
de contratação, implementação e monitoria de Parcerias Público­Privadas e
Concessões Empresariais, de pequena dimensão ­ as PPP e CE. Para estes contrato de concessão ­ consiste na cedência de direitos de
efeitos, consideram­se de pequena dimensão os empreendimentos cujo desenvolvimento ou reabilitação e respectiva exploração e manutenção
investimento seja de valor não superior a 5 milhões de meticais (cerca de de empreendimento novo ou existente, sob conta e risco da contratada e
121.000 euros ou 166.410 USD). mediante a remuneração ao Estado por essa cedência;
contrato de cessão de exploração ­ consiste na cedência de direitos de
No entanto, os contratos de empreendimentos de PPP e CE, de pequena desenvolvimento ou reabilitação e respectiva exploração e manutenção
dimensão, já outorgados naquela data mantêm­se válidos nos termos em que de empreendimento existente, sob conta e risco da entidade contratada e
tiverem sido celebrados. Após o termo de cada contrato vigente, a sua mediante a remuneração ao Estado por essa cedência;
renovação ou celebração do novo contrato deve observar as disposições
agora definidas. contrato de gestão ­ consiste na cedência de direitos de gestão de
empreendimento existente e operacional do Estado, sob conta e risco de
Estas regras aplicam­se a todos os empreendimentos de PPP e CE, de gestão da entidade contratada e mediante remuneração à entidade
pequena dimensão, levados a cabo no País, sob a iniciativa ou decisão e contratada de uma comissão de gestão com base numa parte dos
controlo de entidades governamentais a nível central, provincial e distrital, das rendimentos gerados pelo próprio empreendimento e a entrega dos
Autarquias Locais, bem como sob iniciativa do sector privado. resultados de exploração deste à entidade contratante.

Excluem­se do seu âmbito, no entanto, as PPP e CE, de pequena dimensão,


Por sua vez, o contrato de concessão pode revestir uma das seguintes sub­
de natureza altruísta, social, humanitária, cultural, desportiva ou outra similar, modalidades:
sem fins lucrativos.
Construção, Operação e Devolução (BOT­ Build, Operate and Transfer);
Este regime completa o quadro legislativo composto pela Lei sobre Parcerias
Público Privadas (PPP), Projectos de Grande Dimensão (PGD) e Concessões Concepção, Construção, Operação e Devolução (DBOT­­Design, Build,
Empresariais (CE), de 2011, e pelo Regulamento dessa Lei. Operate and Transfer);
Construção, Posse, Operação e Devolução (BOOT­Build, Own, Operate
and Transfer);
Modalidades de contratação Concepção, Construção, Posse, Operação e Devolução (DBOOT­ Design,
Build, Own, Operate and Transfer);
A contratação de empreendimentos de PPP e CE, de pequena dimensão, é
efectuada por via de Concurso Público. Reabilitação, Operação e Devolução (ROT­ Rehabilitate, Operate and
Transfer): ou
A contratação pode, excepcionalmente, ser efectuada por via de Ajuste Reabilitação, Posse, Operação e Devolução (ROOT­ ­Rehabilitate,
Directo. Operate, Own and Transfer).
A contratação pública do empreendimento decorre sob a orientação da
entidade responsável pela tutela sectorial em coordenação com a tutela Os contratos de empreendimentos de PPP e CE, de pequena dimensão,
financeira. têm os seguintes prazos máximos de duração:

O Concurso Público para a contratação das PPP e CE, de pequena 15 anos, para contrato de concessão de empreendimento de raiz;
dimensão, compreende as seguintes etapas: 10 anos, para contrato de cessão de exploração de empreendimento
existente, requerendo reabilitação ou expansão;
lançamento e publicação do concurso;
6 anos, para contrato de gestão de empreendimento em situação
apresentação das propostas; operacional.
análise e avaliação das propostas;
adjudicação; A duração destes prazos determina­se tendo em conta os seguintes
elementos:
celebração do contrato.
investimentos a realizar e o tempo necessário para a sua recuperação
Já a contratação por Ajuste Directo é aplicável nos casos em que o concurso natureza e complexidade do serviço a prestar;
anteriormente lançado pela entidade contratante tenha ficado deserto por
ausência ou desclassificação de todos os concorrentes. objecto da concessão;
interesse público subjacente.
Cláusulas obrigatórias nos contratos

Nos contratos de PPP e CE, de pequena dimensão, devem constar, de forma A entidade contratada deve prestar garantia financeira de boa execução e
expressa, de entre outras cláusulas, as rela­tivas a: pleno cumprimento das obrigações assumidas, e esta garantia deve ser
prestada sob forma de garantia bancária, numerário, apólice de seguro ou por
identificação e qualidade das partes contratantes e outor­gantes; via de outro instrumento fiduciário fiável, no acto de celebração do contrato, no
valor equivalente a 2% do volume de investimento a realizar.
descrição do objecto e dos objectivos do empre­endimento;
definição das obrigações, direitos e responsabilidades das partes Os empreendimentos de PPP e CE, de pequena dimensão, devem pagar
envolvidas ou intervenientes; uma taxa mensal ao contratante, a título de renda, pela actividade objecto
do contrato, pelo período de vigência do mesmo, no valor não inferior a 3%
o prazo de vigência do contrato; da receita líquida de impostos indirectos.
Direito de Uso e Aproveitamento da Terra, licenças, alvarás e
autorizações relevantes quando aplicável; Sempre que houver cedência de um activo ao empreendimento, há lugar ao
pagamento de uma taxa fixa de valor não inferior a 2% do valor do activo.
inventário dos activos cedidos quando aplicável;
taxas e formas de remuneração e actualização de valores da contratação Estabelecem estas regras que a entidade contratada pode transmitir a outrem
acordados; a sua posição contratual, parcial ou total, desde que a entidade contratante
consinta, de forma expressa, à transmissão e aos termos em que ela se
prestação de garantia de boa execução pela contratada; processar. Esta transmissão depende da apresentação à entidade contratante
indicação das sanções aplicáveis e as formas da sua execução em caso de documentos que façam prova bastante de que o cessionário cumprirá
de incumprimento ou outras formas de violação do contrato; integralmente os termos contratuais da concessão em vigor.
formas ou mecanismos de resolução de litígios; Independentemente do regime e da modalidade de contratação do
causas de alteração e término do contrato; empreendimento de PPP e CE, de pequena dimensão, adoptada e sem
prejuízo do gozo do direito de uso e usufruto concedido à entidade contratada,
cláusula anti­corrupção; todos os bens patrimoniais de domínio público que o integrem, incluindo o
cláusula de salvaguarda de conflitos de interesses; recurso terra cedido ao empreendimento a título de activo fundiário de
condições do termo do contrato e, no caso de PPP e CE em propriedade exclusiva do Estado, permanecem propriedade inalienável e
empreendimento do Estado, condições da sua devolução com o impenhorável do Estado.
respectivo património e demais bens do Estado. A devolução compreende os actos que materializam o reconhecimento pelas

partes contratantes dos factos determinantes da extinção do contrato e da


devolução, pela parte contratada à entidade contratante, do empreendimento
e do respectivo património e demais bens e direitos do Estado que
constituíram o objecto da contratação efectuada.

Referências
Decreto n.º 69/2013, de 20 de Dezembro
Lei n.º 15/2011, de 10 de Agosto
Decreto n.º 16/2012, de 4 de Julho
Voltar ao topo
INSPECÇÃO­GERAL DE FINANÇAS CRIADA

Foi criada a Inspecção­Geral de Finanças (IGF), instituição pública que exerce Para além dos impedimentos e incompatibilidades constantes da legislação
o controlo interno da Administração Financeira do Estado nos domínios aplicável, é em especial vedado aos inspectores e técnicos ao serviço da IGF:
orçamental, financeiro e patrimonial.
executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em que
Nos termos do diploma que a cria, esta entidade verifica o cumprimento da sejam visados seus cônjuges, parentes ou afins em qualquer grau da
legalidade, regularidade, economicidade, eficiência e eficácia, com o objectivo linha recta ou até ao terceiro grau da linha colateral;
de garantir a boa gestão dos recursos do Estado, a avaliação de serviços, executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em que
organismos, planos, programas e sistemas e a prestação de apoio técnico
sejam visadas entidades cujos dirigentes mantenham ou mantiveram
especializado ao Ministro que superintende área de Finanças, aprovação do relações tais que possam por em causa a sua integridade, isenção e
respectivo regime de actividade. imparcialidade;
A IGF exerce ainda as atribuições das seguintes Unidades Funcionais do exercer actividades alheias ao serviço que respeitem a entidades
Sistema de Administração Financeira do Estado: relativamente às quais tenham realizado nos últimos três anos quaisquer
acções de natureza inspectiva ou disciplinar;
Unidade de Supervisão do Subsistema do Controlo Interno (SCI),
responsável pela orientação, supervisão técnica, normalização e exercer qualquer outra função ou actividade remunerada sem prévia
execução de acções de maior nível de complexidade, sensibilidade e de autorização;
alto impacto; executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar quando
Unidade Intermédia do SCI a nível central do Ministério das Finanças e ao nelas tenham interesse próprio, sejam representantes ou exerçam
nível provincial para todos os sectores, por via das suas delegações; funções;

Unidade Gestora Executora do SCI, a nível central do Ministério das executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em
Finanças e a nível provincial, por intermédio das suas delegações, para entidades com as quais tenha estabelecido relações profissionais nos
as Direcções Provinciais do Plano e Finanças, para todos os sectores que últimos cinco anos;
não possuam Inspecções Sectoriais Provinciais e para todos os sectores executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar onde
ao nível distrital. tenham interesse relevante ou que ponha em causa a independência e
objectividade requeridas.
A IGF exerce a sua actividade em todos os órgãos e instituições do Estado,
nas missões diplomáticas e consulares ou delegações do Estado no Os titulares dos órgãos das entidades públicas e privadas sujeitas à
exterior, nas autarquias locais, empresas públicas e participadas intervenção da IGF devem prestar as informações, esclarecimentos e a
maioritariamente pelo Estado, nos institutos e fundos públicos. colaboração necessária ao bom desempenho das tarefas cometidas ao
pessoal em serviço, especialmente no pontual e eficiente fornecimento de
Apenas não actua nos sectores Bancário e Segurador, bem como os sectores documentos e informação solicitados.
Privado e Cooperativo, mesmo quando sejam sujeitos de relações financeiras
ou tributárias com o Estado. Aos inspectores e técnicos ao serviço da IGF, no exercício das suas funções,
devem ser facultadas, pelas autoridades públicas e pelas entidades sujeitas à
De qualquer forma, a IGF pode, por despacho do Ministro que superintende a sua intervenção, todas as condições necessárias à garantia da eficácia da sua
área de Finanças, exercer a sua actividade em sociedades bancárias e actuação.
seguradoras, bem como nos sectores privado e cooperativo, desde que
estejam em causa interesses superiores do Estado e ponderosas razões A recusa de fornecimento à IGF ou aos inspectores e técnicos ao seu
assim o justifiquem. serviço, de quaisquer informações ou elementos solicitados, bem como a
falta injustificada da devida colaboração, por parte de instituições públicas
A IGF é dirigida por um Inspector­Geral, coadjuvado por um Inspector­Geral ou privadas, deve ser objecto de participação ao Ministério Público para
Adjunto, ambos nomeados pelo Primeiro­ ­Ministro, sob proposta do Ministro além do necessário procedimento disciplinar, nos termos da legislação que
que superintende a área de Finanças. ao caso couber.

A IGF, na sua actuação, orienta­se pelos princípios da legalidade, do Além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício de funções
contraditório, de independência e isenção, e observa ainda as práticas e públicas, os funcionários ou técnicos ao serviço da IGF estão especialmente
regras emanadas pelos Comités Internacionais de Normas de Auditoria e obrigados a guardar sigilo em todos os assuntos de que tomem conhecimento
pelas demais normas aplicáveis. no exercício ou por causa do exercício das suas funções.

Os inspectores da IGF, quando em serviço e sempre que necessário ao As Delegações Regionais da IGF manter­se­ão em funcionamento até a
desempenho das suas funções, para além de outras previstos na Lei geral, integral e completa implantação das Delegações Provinciais.
gozam das seguintes prerrogativas:

aceder livremente e permanecer, pelo tempo necessário para o


desempenho das funções que lhes forem cometidas, em todos os
serviços e dependências das entidades sujeitas à intervenção da IGF;
utilizar as instalações adequadas ao exercício das suas funções em
condições de dignidade e eficácia;
requisitar e reproduzir documentos, para consulta, suporte ou junção aos
relatórios, processos ou autos e, ainda, examinar quaisquer elementos
em poder de entidades cuja actividade seja objecto da intervenção da
IGF, sempre que tal se mostre pertinente à acção de auditoria;
corresponder­se com quaisquer entidades públicas ou privadas sobre
assuntos de interesse para o exercício das suas funções ou para
obtenção dos elementos que para tal se mostrem indispensáveis;
requisitar às autoridades policiais e administrativas a colaboração
necessária ao exercício das suas funções.

Referências
Decreto n.º 60/2013 de 29 de Novembro
Voltar ao topo
NOTÍCIAS DE PORTUGAL

NOVAS TAXAS DE IRC ENTRAM EM VIGOR

Já está em vigor a lei que aprova a reforma do Imposto sobre o Rendimento Na categoria das PME, uma pequena empresa é definida como uma empresa
das Pessoas Coletivas (IRC). que emprega menos de 50 pessoas e cujo volume de negócios anual ou
balanço total anual não excede 10 milhões de euros.
Porém, contrariamente ao que constava na proposta inicialmente
apresentada, que previa a apenas a redução da taxa de IRC de 25% para Na categoria das PME, uma micro empresa é definida como uma empresa que
23% ­ que se verifica –, prevê­se a aplicação de uma taxa de IRC de 17% para emprega menos de 10 pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço
os sujeitos passivos que exerçam, diretamente e a título principal, uma total anual não excede 2 milhões de euros.
atividade económica de natureza agrícola, comercial ou industrial, que sejam
qualificados como pequena ou média empresa (PME), aplicável aos primeiros Além disso, a reforma do IRC mantém a intenção de redução gradual da taxa
15.000 euros de matéria coletável, aplicando­se a taxa de 23% ao excedente. de IRC nos próximos anos. Tendo em conta os resultados alcançados pela
reforma da tributação do rendimento das pessoas coletivas agora em vigor e
Assim, temos duas taxas de IRC: em função da avaliação da evolução da situação económica e financeira do
país, a taxa de 23% deve ser reduzida nos próximos anos, ponderando,
23% para a generalidade dos sujeitos passivos; simultaneamente, a reformulação dos regimes do IVA e do IRS, especialmente
17% para as PME, aplicável aos primeiros 15.000 euros de matéria no que diz respeito à redução das taxas destes impostos.
coletável.
Prevê­se a a redução da taxa de IRC para 21% em 2015, bem como a sua
fixação num intervalo entre 17% e 19% em 2016, que será objeto de análise e
Recorde­se que que a categoria das micro, pequenas e médias empresas ponderação por uma comissão de monitorização da reforma a constituir para o
(PME) é constituída por empresas que empregam menos de 250 pessoas e efeito.
cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões de euros ou cujo
balanço total anual não excede 43 milhões de euros.

Referências
Lei n.º 2/2014, de 17 de janeiro, artigos 2.º, 8.º
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, artigo 87.º
Voltar ao topo

EMPRESAS REESTRUTURADAS COM MAIS BENEFÍCIOS

A Lei do Orçamento do Estado para 2014 (OE 2014), ao contrário do que Consideram­se operações de reestruturação apenas as seguintes:
estava inicialmente previsto na proposta governamental, altera a norma
relativa à reorganização de empresas em resultado de operações de a fusão de sociedades, empresas públicas ou cooperativas;
restruturação ou de acordos de cooperação. a incorporação por uma sociedade do conjunto ou de um ou mais ramos
de atividade de outra sociedade;
Assim, as empresas que exerçam, diretamente e a título principal, uma
atividade económica de natureza agrícola, comercial, industrial ou de a cisão de sociedade, através da qual:
prestação de serviços, e que se reorganizarem, em resultado de operações uma sociedade destaque um ou mais ramos da sua atividade para
de reestruturação ou acordos de cooperação, podem obter os seguintes com eles constituir outras sociedades ou para os fundir com
benefícios: sociedades já existentes, mantendo, pelo menos, um dos ramos de
atividade; ou
isenção do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de uma sociedade se dissolva, dividindo o seu património em duas ou
imóveis, relativamente aos imóveis não destinados a habitação, mais partes que constituam, cada uma delas, pelo menos, um ramo
necessárias às operações de reestruturação ou aos acordos de de atividade, sendo cada uma delas destinada a constituir uma nova
cooperação; sociedade ou a ser fundida com sociedades já existentes ou com
isenção do imposto do selo, relativamente à transmissão dos imóveis partes do património de outras sociedades, separadas por idênticos
referidos na alínea anterior, ou à constituição, aumento de capital ou do processos e com igual finalidade.
ativo de uma sociedade de capitais necessários às operações de
reestruturação ou aos acordos de cooperação;
Tal como anteriormente previsto, consideram­se acordos de cooperação:
isenção dos emolumentos e de outros encargos legais que se mostrem
devidos pela prática dos atos inseridos nos processos de reestruturação a constituição de agrupamentos complementares de empresas ou de
ou de cooperação. agrupamentos europeus de interesse económico, nos termos da
legislação em vigor, que se proponham a prestação de serviços comuns,
Este regime é aplicável às operações de reestruturação ou aos acordos de a compra ou venda em comum ou em colaboração, a especialização ou
cooperação que envolvam empresas com sede, direção efetiva ou domicílio racionalização produtivas, o estudo de mercados, a promoção de vendas,
em território português, noutro Estado membro da União Europeia ou, ainda, a aquisição e transmissão de conhecimentos técnicos ou de organização
no Estado em relação ao qual vigore uma convenção para evitar a dupla aplicada, o desenvolvimento de novas técnicas e produtos, a formação e
tributação sobre o rendimento e o capital, celebrada com Portugal, com aperfeiçoamento do pessoal, a execução de obras ou serviços específicos
exceção das entidades domiciliadas em países, territórios ou regiões com e quaisquer outros objectivos comuns, de natureza relevante;
regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, constantes de a constituição de pessoas colectivas de direito privado sem fim lucrativo,
lista aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área das mediante a associação de empresas públicas, sociedades de capitais
finanças. públicos ou de maioria de capitais públicos, de sociedades e de outras
pessoas de direito privado, com a finalidade de, relativamente ao sector a
Estes benefícios são concedidos por despacho do membro do Governo que respeitam, manter um serviço de assistência técnica, organizar um
responsável pela área das finanças, precedido de informação da Autoridade sistema de informação, promover a normalização e a qualidade dos
Tributária e Aduaneira a requerimento das empresas interessadas, o qual produtos e a conveniente tecnologia dos processos de fabrico, bem como,
deve ser enviado, preferencialmente por via eletrónica, até à data de de um modo geral, estudar as perspectivas de evolução do sector;
apresentação a registo dos atos necessários às operações de reestruturação
ou dos acordos de cooperação ou, não havendo lugar a registo, até à data da a celebração de contratos de consórcio e de associação em participação,
produção dos respetivos efeitos jurídicos. nos termos da legislação em vigor, sempre que as contribuições
realizadas no âmbito dos mesmos visem o desenvolvimento directo de
Este requerimento deve conter expressamente a descrição das operações de actividades produtivas, com excepção de actividades de natureza
reestruturação ou dos acordos de cooperação a realizar e ser acompanhado imobiliária.
do projeto de fusão ou cisão, quando este seja exigido nos termos do Código
das Sociedades Comerciais, e do estudo demonstrativo das vantagens Os benefícios referidos só podem ser concedidos quando se verifique,
económicas da operação. cumulativamente, que:
Os requerimentos apresentados pelos interessados devem, ainda, ser a operação de reestruturação ou o acordo de cooperação empresarial
acompanhados da decisão da Autoridade da Concorrência quando a não prejudica, de forma significativa, a existência de um grau desejável
operação esteja sujeita a notificação. de concorrência no mercado e tem efeitos positivos em termos do reforço
da competitividade das empresas ou da respetiva estrutura produtiva,
Nos casos em que as operações de reestruturação ou cooperação precedam designadamente através de um melhor aproveitamento da capacidade de
o despacho do membro do Governo responsável pela área das finanças, as produção ou comercialização, ou do aperfeiçoamento da qualidade dos
empresas interessadas podem solicitar o reembolso dos impostos,
bens ou serviços das empresas;
emolumentos e outros encargos legais que comprovadamente tenham
suportado, no prazo de três meses a contar da data da notificação do referido relativamente às operações de incorporação por uma sociedade do
despacho. conjunto de um ou mais ramos de atividade de outra sociedade, ou a
cisão de sociedade, considera­se ramo de atividade o conjunto de
elementos que constituem, do ponto de vista organizacional, uma unidade
económica autónoma, ou seja, um conjunto capaz de funcionar pelos
seus próprios meios, o qual pode compreender as dívidas contraídas para
a sua organização ou funcionamento.

Referências
Lei n.º 83­C/2013, de 31 de dezembro ­ OE 2014, artigo 206.º
Estatuto dos Benefícios Fiscais, artigo 60.º
Voltar ao topo

BENEFÍCIO FISCAL AO REINVESTIMENTO DE LUCROS E RESERVAS

O Orçamento do Estado para 2014 (OE 2014) veio criar um novo regime de Considera­se investimento realizado em ativos elegíveis o correspondente às
incentivos fiscais ao investimento em favor de pequenas e médias empresas ­ adições, verificadas em cada período de tributação, de ativos fixos tangíveis e
a dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR). bem assim o que, tendo a natureza de ativo fixo tangível e não dizendo
respeito a adiantamentos, se traduza em adições aos investimentos em curso,
Podem beneficiar da DLRR os sujeitos passivos de IRC residentes em não se considerando as adições de ativos que resultem de transferências de
território português, bem como os sujeitos passivos não residentes com investimentos em curso.
estabelecimento estável neste território, que exerçam, a título principal, uma
atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que preencham, Os ativos elegíveis em que seja concretizado o reinvestimento dos lucros
cumulativamente, as seguintes condições: retidos devem ser detidos e contabilizados de acordo com as regras que
determinaram a sua elegibilidade por um período mínimo de cinco anos.
Sejam pequenas e médias empresas;
Disponham de contabilidade regularmente organizada, de acordo com a Este benefício fiscal não é cumulável, relativamente às mesmas despesas de
normalização contabilística e outras disposições legais em vigor para o investimento elegíveis, com quaisquer outros benefícios fiscais ao
respetivo setor de atividade; investimento da mesma natureza.

O seu lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos; Os sujeitos passivos que beneficiem da DLRR devem proceder à constituição,
Tenham a situação fiscal e contributiva regularizada. no balanço, de reserva especial correspondente ao montante dos lucros
retidos e reinvestidos. Esta reserva especial não pode ser utilizada para
distribuição aos sócios antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua
Este benefício fiscal traduz­se na possibilidade de deduzir à coleta do IRC, constituição, sem prejuízo dos demais requisitos legais exigíveis.
nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014,
até 10% dos lucros retidos que sejam reinvestidos em ativos elegíveis, no Em termos de obrigações acessórias esta dedução é justificada por
prazo de dois anos contado a partir do final do período de tributação a que documento a integrar o processo de documentação fiscal que identifique
correspondam os lucros retidos. discriminadamente, o montante dos lucros retidos e reinvestidos, as despesas
de investimento em ativos elegíveis, o respetivo montante e outros elementos
Para efeitos da dedução o montante máximo dos lucros retidos e reinvestidos, considerados relevantes. Além disso, a contabilidade dos sujeitos passivos de
em cada período de tributação, é de 5 000 000 euros, por sujeito passivo, até IRC beneficiários da DLRR deve evidenciar o imposto que deixe de ser pago
à concorrência de 25% da coleta do IRC. em resultado da dedução, através de menção do valor correspondente no
anexo ao balanço e à demonstração de resultados relativa ao exercício em
Em caso de aplicação do regime especial de tributação de grupos de que se efetua a dedução.
sociedades, a dedução efetua­se ao montante apurado com base na matéria
coletável do grupo, sendo feita até 25% do montante atrás mencionado e não Em termos de sancionatórios, a não concretização da totalidade do
pode ultrapassar, em relação a cada sociedade e por cada período de investimento nos termos deste regime até ao termo do prazo de dois anos,
tributação, o limite de 25% da coleta que seria apurada pela sociedade que implica a devolução do montante de imposto que deixou de ser liquidado na
realizou as despesas elegíveis, caso não se aplicasse o regime especial de parte correspondente ao montante dos lucros não reinvestidos, ao qual é
tributação de grupos de sociedades. adicionado ao montante de imposto a pagar, relativo ao segundo período de
tributação seguinte, acrescido dos correspondentes juros compensatórios
Para efeitos de dedução, consideram­se ativos elegíveis, os ativos fixos majorados em 15%.
tangíveis, adquiridos em estado de novo, com exceção de:
Por sua vez, a não constituição da reserva especial implica a devolução do
Terrenos, salvo no caso de se destinarem à exploração de concessões valor de imposto que deixou de ser liquidado, ao qual é adicionado ao
mineiras, águas minerais naturais e de nascente, pedreiras, barreiros e montante de imposto a pagar relativo ao segundo período de tributação
areeiros em projetos de indústria extrativa; seguinte, acrescido dos correspondentes juros compensatórios majorados em
Construção, aquisição, reparação e ampliação de quaisquer edifícios, 15%.
salvo quando afetos a atividades produtivas ou administrativas;
Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, barcos de recreio e aeronaves
de turismo;
Artigos de conforto ou decoração, salvo equipamento hoteleiro afeto a
exploração turística;
Ativos afetos a atividades no âmbito de acordos de concessão ou de
parceria público–privada celebrados com entidades do setor público.

Referências
Lei n.º 83­C/2013, de 31 de dezembro, artigo 208.º
Estatuto dos Benefícios Fiscais, artigos 66.º­C, 66.º­D, 66.º­E, 66.º­F, 66.º­G,
66.º­H, 66.º­J, 66.º­K, 66.º­L Voltar ao topo

NOVO IRC AGRAVA TRIBUTAÇÃO DE ENCARGOS COM VIATURAS

De acordo com lei de reforma do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas De salientar que as novas taxas se aplicam aos encargos efetuados ou
Coletivas, (IRC), as taxas de tributação autónoma aplicáveis aos encargos suportados por sujeitos passivos relacionados com todas as viaturas ligeiras
com viaturas ligeiras de passageiros, motos ou motociclos, com exceção dos de passageiros, motos ou motociclos, excluindo os veículos movidos
veículos elétricos, sofreram um agravamento generalizado. exclusivamente a energia elétrica, independentemente da respetiva data de
aquisição ou locação.
Assim, os encargos efetuados ou suportados por sujeitos passivos
relacionados com as viaturas acima identificadas são tributados às A taxa de tributação autónoma sobre os lucros distribuídos por entidades
seguintes taxas: sujeitas a IRC a sujeitos passivos que beneficiam de isenção total ou parcial
foi reduzida de 25% para 23%.
10% no caso de viaturas com um custo de aquisição inferior a 25.000
euros (na proposta inicialmente apresentada esta percentagem era de Permaneceu inalterada a majoração em 10% das taxas aplicadas quanto aos
15%); sujeitos passivos que apresentem prejuízo fiscal no período a que respeitem
27,5% no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a quaisquer dos factos tributários aos quais sejam aplicadas taxas de tributação
25.000 euros e inferior a 35 000 euros; autónomas, relacionados com o exercício de uma atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola não isenta de IRC.
35% no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a
35.000 euros. Por último, deve­se referir que as despesas ou encargos imputáveis a
estabelecimento estável situado fora do território português, e relativos à
Anteriormente, os encargos com as referidas viaturas estavam sujeitos à taxa atividade exercida por seu intermediário, não estão sujeitas às taxas de
de 10% sempre que o seu custo de aquisição não excedesse 25.000 euros, e tributação autónoma.
20% nos casos em que o custo de aquisição excedesse 25.000 euros.

Excluem­se do acima referido os encargos relacionados com:

viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, afetos à


exploração de serviço público de transportes, destinados a serem
alugados no exercício da atividade normal do sujeito passivo; e
viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado
acordo de utilização pessoal pelo trabalhador viatura automóvel que
gere encargos para a entidade patronal.

Referências
Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, artigo 2.º, 12.º n.º 2
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, artigo 88.º
Voltar ao topo

UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO

Está disponível um novo formulário eletrónico da Comissão Nacional de No entanto, pode ser ordenada ou autorizada por despacho do juiz, no estrito
Proteção de Dados (CNPD) específico para as notificações de tratamentos de plano da prova de condutas ilícitas.
dados decorrentes do controlo da utilização das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) para fins privados, no local de trabalho.

Este novo formulário permite obter a autorização pretendida no prazo de Acesso remoto ao computador do trabalhador
uma semana, sobre o controlo de chamadas telefónicas, e­mail e internet
no local de trabalho, desde que observadas as condições estabelecidas pela O Código do Trabalho proíbe a utilização de meios tecnológicos de vigilância
CNPD no ano passado. para controlar o trabalhador, apenas admitindo a utilização destes meios
para a finalidade de proteção e segurança de pessoas e bens. A
As notificações já feitas mas ainda não autorizadas podem ser também interconexão de dados pessoais é proibida.
substituídas eletronicamente para uma mais rápida resolução.
Assim, é proibido o controlo à distância da atividade do trabalhador, por
O novo formulário pode ser acedido através do site da CNPD ou AQUI. exemplo, através de ambientes de trabalho remotos ou partilha de ambiente
gráfico (como VNC ­ Virtual Network Computing), que permitam acompanhar
As entidades empregadoras têm de estabelecer regras de utilização dos as ações e operações que o trabalhador leva a cabo no computador, seja em
meios de comunicação da empresa ou de organismo público, através de um tempo real, seja em tempo diferido através da gravação daquelas operações.
regulamento interno, que delimita ainda as condições do tratamento de dados
e a especificação das formas de controlo. Enquanto responsáveis pelo Essas ferramentas só podem ser utilizadas para assistência técnica, a pedido
tratamento de dados pessoais, os empregadores têm de proceder à sua ou com o conhecimento do trabalhador, de todas as vezes que ocorra esse
notificação com vista à obtenção da competente autorização por parte da tipo de intervenção.
CNPD.
O recurso pelo empregador a sistemas que permitam a pesquisa, localização
Segundo a deliberação da CNPD, os tratamentos de dados efetuados no e obtenção de dados e informações eletrónicas (Electronically Stored
controlo da utilização para fins privados pelos trabalhadores das tecnologias Information), o que abrange todo o tipo de ficheiros e mensagens de correio
de informação e comunicação no contexto laboral podem ter como eletrónico, nos computadores da organização, é igualmente inadmissível.
finalidades: a gestão dos meios da empresa e a produtividade dos
trabalhadores. Este é o princípio base. A recolha de dados deve visar Quaisquer mecanismos adotados pela entidade empregadora, relativamente à
finalidades determinadas, explícitas e legítimas, não podendo os dados ser realização de cópias de segurança da informação contida nos computadores
tratados para alcançar objetivos incompatíveis com a finalidade que a individuais atribuídos aos trabalhadores ou à centralização em arquivo geral
justificou inicialmente. de documentação profissional dispersa, devem garantir que não é acedida e
copiada informação de natureza privada.
A CNPD refere ainda que há atividades profissionais em que o sigilo ou
confidencialidade são essenciais ao desempenho da profissão – como o Para este efeito, tais procedimentos devem prever a existência de uma
segredo médico, o sigilo profissional de advogado ou a proteção de fontes de separação inequívoca de pastas pessoais e profissionais, ser transparentes
jornalistas. Nestas atividades, não é admissível qualquer tipo de controlo, e claramente descritos aos trabalhadores, com prestação de informação e
designadamente através da análise da faturação detalhada ou da informação orientação prática quanto à forma correta de arquivar eventuais documentos
registada em centrais telefónicas por referência a extensões telefónicas ou privados.
códigos individuais de utilizador, uma vez que semelhante tratamento coloca
em causa os princípios constitucionalmente previstos relativos aos deveres de A entidade empregadora deve privilegiar metodologias genéricas de controlo,
sigilo profissional. afastando, sempre que possível, a consulta individualizada de dados
pessoais. Uma adequada parametrização aplicada ao universo global dos
trabalhadores – como a quantidade, custo e duração de chamadas
telefónicas, número de mensagens enviadas e tipo de ficheiros em anexo,
Controlo de telefonemas, e­mail e internet tempo gasto em consultas na Internet – é suficiente para satisfazer os
objetivos do controlo, permitindo detetar eventuais utilizações abusivas.
A CNPD aprovou no ano passado os princípios atualizados aplicáveis aos
tratamentos de dados pessoais decorrentes do controlo da utilização para fins Os dados a tratar e os meios utilizados devem ser ajustados à organização da
privados das tecnologias de comunicação no contexto laboral, ou seja, empresa, corresponder a um «interesse empresarial sério» e resultar do
condições em que tais tratamentos de dados podem ser realizados e as exercício dos poderes de direção, sem abuso ou desproporção em relação à
obrigações que impendem sobre as entidades empregadoras. Estas regras esfera privada do trabalhador.
substituíram as que estavam em aplicação desde 2002, atendendo aos
avanços tecnológicos entretanto registados e aos usos que as TIC têm hoje A entidade empregadora pode aceder aos dados de tráfego associados às
em dia. comunicações realizadas pelos trabalhadores, na medida em que detém, na
generalidade das situações, o seu registo. Ora, os dados de tráfego são dados
O uso dos telefones e telemóveis, correio eletrónico e Internet, incluindo igualmente abrangidos pelo sigilo das comunicações, pelo que os controlos
redes sociais, pode ser controlado pelo empregador, ainda que com muitas individualizados não devem ocorrer.
limitações, pelo que se trata de verdadeiro tratamento de dados pessoais
dos trabalhadores e, portanto, sujeito ao cumprimento das regras relativas à O que se protege aqui são os dados de tráfego reveladores de aspetos da vida
reserva da intimidade da vida privada e da proteção de dados pessoais. privada do trabalhador, como sejam o número de telefone chamado, o
endereço de correio eletrónico do destinatário ou a identificação do sítio da
A intrusão nas comunicações, sejam elas telefónicas, eletrónicas ou outras Internet visitado.
como Facebook, Twitter ou salas de conversação (chats), constitui crime,
quando determinada ou executada pela entidade empregadora sobre o seu
trabalhador.

Referências
Deliberação n.º 1638/2013, da Comissão Nacional de Proteção de Dados, de 16
de julho de 2013
Voltar ao topo

FIXADA TAXA DE JUROS DE MORA APLICÁVEL EM 2014

Desde 1 de janeiro de 2014 que se aplica uma nova taxa de juros de mora às São sujeitas a juros de mora as dívidas ao Estado e a outras pessoas coletivas
dívidas ao Estado e outras entidades públicas, mais baixa do que a definida públicas que não tenham forma, natureza ou denominação de empresa
no ano passado. pública, seja qual for a forma de liquidação e cobrança, valores provenientes
de, nomeadamente, contribuições, impostos, taxas e outros rendimentos
Assim, taxa dos juros de mora aplicável em 2014 é de 5,535%, em vez dos quando pagos depois do prazo de pagamento voluntário, bem como custas
6,112% aplicáveis em 2013, e dos 7,007% previstos em 2012. contadas em processos de qualquer natureza, incluindo os de quaisquer
tribunais ou de serviços da Administração Pública, quando não pagas nos
A taxa de juros de mora refere­se ao pagamento feito dentro do mês de prazos estabelecidos para o seu pagamento.
calendário em que se verificou a sujeição aos mesmos juros, aumentando­
se uma unidade por cada mês de calendário ou fração se o pagamento se
fizer posteriormente.

Referências
Aviso n.º 219/2014, da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública ­
IGCP, E. P. E., publicado no DR IIª Séria n.º 4, de 7 de janeiro
Aviso n.º 17289/2012, da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública
­ IGCP, E. P. E., publicado na Parte G do DR, IIª Série n.º 251, de 28 de
dezembro
Aviso n.º 24866­A/2011, do Ministério das Finanças ­ Instituto de Gestão da
Tesouraria e do Crédito Público, I. P., publicado na Parte G do DR, IIª Série n.º
248, de 28 de dezembro
Decreto­Lei n.º 73/99, de 16 de março

Voltar ao topo

NOTÍCIAS DE TIMOR LESTE


EMPRÉSTIMO CONCEDIDO PELO BANCO ASIÁTICO DE DESENVOLVIMENTO

O Ministério das Finanças timorense (MF) assinou dois novos acordos O representante do Banco Mundial, por outro lado, assinou com o MF um
financeiros com o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) e o Banco empréstimo de 40 milhões de dólares americanos para reabilitar a totalidade
Mundial, durante a inauguração do escritório da Missão Residente do BAD, dos 110 quilómetros da estrada que liga Díli a Ainaro.
em Díli.

Foi assim assinado um empréstimo de 50 milhões de dólares americanos para


o melhoramento da estrada que liga Manatuto a Natarbora, enquanto parte de
um plano nacional de criação de uma rede de estradas fiável e segura, para
aumentar o tráfego de passageiros e cargas, reduzindo os tempos de viagem.

Voltar ao topo

® 2014 AVM Advogados | Todos os direitos reservados

Você também pode gostar