Anti-inflamatórios e o uso desenfreado pela

população.
Acadêmicos; Gabriela de Souza Thomazi

Tutor Externo²; Aline Regina Vanin

1. INTRODUÇÃO

Anti-inflatórios não esteroides (AINES) são comumente utilizados para

diminuir a dor, rubor e inchaço causados pela inflamação, a função deles é
impedir ou diminuir a passagem das células para a parte lesionada, com isso
diminuem a inflamação e dor na região. A inflação pode ser ocasionada por
diversos fatores como uma torção durante a pratica de exercícios, uma dor de
garganta onde nosso corpo tenta de defender de uma infecção e muitos outros
fatores, a inflamação nada mais é do que uma resposta do nosso corpo, onde
ele tenta de defender de infecções, esta defesa acontece através dos glóbulos
brancos que lutam contra os vírus e bactérias que tentam infeccionar nosso
sistema imunológico. Segundo o site conselho nacional da saúde os
medicamentos são considerados mercadorias, precisando de uma prescrição
para se tornar medicamento.

“A Organização Mundial da Saúde define o

medicamento como um produto farmacêutico
para recuperação ou manutenção da saúde.
Dessa forma, isto quer dizer que o produto na
prateleira realmente é mercadoria. Ele passa a
ser medicamento no momento que é orientado
para isto, seja por uma prescrição ou
diagnóstico e terapêutica específica.”

O que a citação quer orientar é sobre a prescrição médica e sua

importância para que não aja problemas futuros, como os anti-inflamatório são
usados para diversas finalidades, o uso inadequado tem se tornado comum e
isso vem trazendo problemas a longo prazo, pois o medicamento traz algumas
reações indesejadas. Os anti-inflamatórios são usados para dores musculares,
dor de cabeça, dor de dente, dor nas articulações, alguns são usados para
tratar renite, sinusite e outros, como é um medicamento que costuma ter efeito
bem rápido e ser de fácil acesso o uso indevido e exagerado está se tornando
um grande problema, pois este medicamento tem alguns efeitos colaterais, os
quais serão citados no decorrer deste estudo.

Os anti-inflamatórios podem ser comprados sem receita médica em

drogarias e farmácias credenciadas, lembrando sempre que se automedicar é
perigoso, podendo causar reações inesperadas no organismo de cada um, o
indicado é sempre procurar um médico ou farmacêutico de sua confiança e tirar
suas dúvidas. Por ser um medicamento que pode ser comprado sem receitas
medicas ou de um profissional da saúde, muitas pessoas tomam em
quantidades muito altas ou em um longo período de tempo, o que causa muitas
reações como ulceras, problemas estomacais, aumento da pressão, retenção
de líquidos, entre outros problemas. A origem destes problemas adversos vem
da inibição da produção de prostaglandinas, esta tem um importante papel em
nosso corpo, auxiliando na corrente sanguínea, melhor da perfusão renal entre
outros, o anti-inflamatório inibi a prostaglandina quando usado em excesso ou
em doses muito altas.

Porem o anti-inflamatório não é só coisas ruim, ele um medicamento muito

bom quando usado adequadamente, em quantidades e temo indicado por um
médico ou profissional da saúde, atuando contra a dor crônica e aguda, ele é
antipirético, ajudando na diminuição da temperatura corporal. Geralmente o uso
é de 5 a 7 dias dependendo da situação e da inflamação a ser tratada, como
são medicamentos que tem grande eficácia e efeito rápido, geralmente é
indicado com primeira opção, até não se ter exames ou laudos específicos para
iniciar um tratamento mais complexo.

Existem dois tipos de anti-inflamatórios o esteroide e o não esteroide, os

esteroides são corticoides usados geralmente pra tratar asma, renite e lúpus,
estes são usados em um tempo ainda menor que os AINES, pois causam o
aumento de peso, auxiliando para a obesidade, outro problema muito comum
nos dias atuais, insônia e náuseas, com o uso excessivo de anti-inflamatórios
esteroides pode-se acabar tendo que ser feito uso de medicamentos
controlados e cada vez mais fortes, podendo até a causar dependência deles.
Os não esteroides são o que citamos a cima que são usados para tratar
inflamações, dores, rubores e inchaços, que seu uso em excesso causa
problemas estomacais entre outros.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É muito comum em farmácias e drogarias a procura por medicamentos sem

a necessidade de receita, para o cliente é um maneira simples, barata e rápida
de tratar seus sintomas, porem o que este paciente não sabe é o risco que
core se automedicando, muitas vezes quem indica é o vizinho, o amigo, o
colega de trabalho, o amigo do amigo e assim por diante, uma frase muito
comum é meu vizinho tomou e melhorou, mas, o que é preciso conscientizar
estas pessoas é de que nem tudo que é bom para o amigo ou vizinho vai ser
bom para ele, podendo desencadear muitas reações contrarias em seu
organismo, como uma alergia que ele não tinha conhecimento, dores
estomacais, entre outras.
O anti-inflamatório é um dos medicamentos mais procurados, pois tem ação
rápida e um custo benefício muito bom, agindo contra dores e inflamações,
pode ser comprado sem receita médica, o que facilita muito para a população
na correria do dia a dia, mas, muitos usam estes medicamentos com muita
frequência, desencadeando outros problemas, mesmo que inconsciente disso,
como doenças gastrointestinais, precisando então usar outro tipo de
medicamento e assim subsequentemente. Segundo o site conselho de saúde o
anti-inflamatório está entre os medicamentos mais usados pela população
brasileira.

“Os medicamentos de maior uso pela população

brasileira são: anticoncepcionais, analgésicos,
descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e alguns
antibióticos, adquiridos no balcão da farmácia sem
nenhuma dificuldade. Para os especialistas, a
população precisa atentar para ao uso desses
medicamentos, pois a utilização inadequada de anti-
inflamatórios pode levar à falência renal e, de
antibióticos, pode causar resistência do organismo a
substâncias que tratam infecções ou doenças que
precisam de medicamentos nesta linha.”

Como o uso do anti-inflamatório vai amenizar ou suspender os sintomas

logo nos primeiros dias de uso, o paciente já não procura mais um médico ou
especialista e assim pode estar deixando de ter um diagnóstico precoce de
alguma doença, e como ele sabe que se tiver o sintoma de novo é só ir e
comprar o remédio, esta doença pode estar sendo escondida por um bom
tempo. Por este motivo o papel do farmacêutico e do atendente de farmácia é
tão importante cabe ao farmacêutico e ao atendente no ato da venda explicar
como tomar o medicamento, por quanto tempo tomar e a procurar um medico
caso os sintomas continuem ou voltem a aparecer, quando se trata de saúde é
preciso ter muito cuidado e cautela, muitas vezes não se trata só de vender,
mais sim de cuidar e orientar aquele cliente de forma humana e correta, assim,
muito provavelmente ele vai voltar a comprar naquele estabelecimento.

A algum tempo atras todos os medicamentos podiam ser vendidos sem

receita média, porem pensando no bem esta da população muitos tiveram sua
venda restrita, como antibióticos e de controle especial, passando a serem
vendidos somente com prescrição, foi pensando a longo prazo que esta
decisão foi tomada, pois muitas vezes as pessoas chegavam nos hospitais
com muita dor por exemplo, mas eram acostumadas a tomar tramado ou algum
outro medicamento forte para dor, então não tinha o que o hospital fazer, o
corpo desta pessoa estava acostumado com aquela substancia e então por
mais que o medico prescrevesse muito provavelmente não faria o efeito
desejado, e assim era com os antibióticos, por isso a Anvisa tomou a decisão
de restringir alguns medicamentos, pensando no bem estar da população em
geral, na tentativa de diminuir a automedicação, o que foi e ainda é muito
eficaz. A venda deste controlados sem prescrição médica pode causar multa a
farmácia e o farmacêutico pode perder o seu registro profissional.

Claro que nem sempre precisamos consultar, por exemplo por um

resfriado comum não vamos gastar nosso dinheiro e tempo com uma consulta
se podemos tomar um antigripal vendido sem prescrição, ou por uma dor
muscular vinda de algum esforço físico ou algo similar, porém não devemos
tomar por habito este tipo de automedicação, e sempre que o problema
persistir é preciso a visita ao medico e exames de rotina, estamos falando de
um uso desenfreado de medicamentos anti-inflamatórios onde o paciente não
faz consultas medicas e cada vez mais toma medicamentos, mais e mais fortes
buscando uma falsa sensação de melhora.
 O uso de anti-inflamatório continuamente pode causar outros problemas,
como azias, gastrite, dores estomacais, sobrepeso entre outras situações, o
que leva a pessoa a ter que tomar mais remédios para poder ficar bem, e
assim vai cada vez mais tomando remédios e remédios e alterando o
funcionamento natural do corpo humano, sem contar que o uso dele pode estar
escondendo alguma doença, pode estar inibindo sintomas que o corpo quer
mostrar e deixar a pessoa em alerta, por isso a consulta e os exames de rotina
são tão importantes, para descobrir coisas que talvez não estão sendo
percebidas.

O uso inadequado de medicamentos vem de muito tempo, como já

citado a um tempo atras não precisava de receita pra nenhum medicamento, o
que facilitava muito o comercio farmacêutico e rendia muito para os donos de
farmácias e drogarias, Segundo a Maria Eugênia Cury, Presidente da
Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e conselheira nacional a auto
medicação foi introduzida com o intuito de expandir o comercia, onde ela diz
que “a cultura da automedicação foi introduzida na cultura do povo brasileiro de
forma deliberada para que o mercado pudesse se expandir”. Foi ai que as
farmácias tiveram grande lucratividade, onde muitas fezes o balconista era
quem receitava e indicava os medicamentos, considerado com um médico.
então depois de muitos estudos, foi identificado algumas reações vindas deste
habito de se automedicar, o que resultou na proibição de vendas de alguns
medicamentos, e muitos estudos ainda estão sendo feitos e analisados sobre a
proibição de alguns anti-inflamatórios.

Este habito foi ficando cada vez mais frequente e hoje mesmo após a
restrição de alguns medicamentos, a população ainda se automedica e ainda
não está consciente do mal que pode estar fazendo a sua saúde, ainda
segundo Maria Eugenia Cury;

"Existiu um preparo de mercado de

medicamento no Brasil, onde durante muito tempo a
legislação, as entidades, os órgãos responsáveis e a
política de saúde permitiram que a indústria
farmacêutica tivesse como criar o seu próprio espaço
para ter mercado de medicamentos. Então, a exigência
da receita médica ficou no papel. Houve
responsabilidade de todos os lados para que este
hábito se tornasse grave como está agora"

Este habito precisa ser desfeito e ser conscientizado, para podermos

diminuir os problemas a longo prazo, e melhorar a qualidade de vida da
população, pois não é tomando remédios continuamente para tantas coisas
diferentes que a pessoas vai ter uma vida saudável, o corpo acaba
acostumando com a medicação e com isso será necessária a troca continua de
medicamentos, tanto anti-inflamatórios, quanto outros medicamento
controlados ou não, podem levar a diminuição das atividades naturais do corpo
e da mente, em outras palavras eles ficam preguiçosos e só trabalham quando
são estimulados pela medicação.
REFERÊNCIAS

https://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2005/medicamentos.htm. Acesso em
09/10/23.