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PROJETO SPDA

Aluno: Flávio Rodrigues Vieira


Professor: Luciano
SUMÁRIO
1. Introdução..................................................................................... 3
2. PROJETO DE SPDA.................................................................... 3
2.1 Como um projeto de SPDA pode proteger sua edificação? 3
2.2 Qual é a função do SPDA?.................................................... 4
2.3 Tipos de SPDA mais utilizados.............................................. 5
2.4 SPDA com sistema de Ponta Franklin................................... 5
2.5 SPDA tipo Gaiola de Faraday................................................ 5
2.6 Projeto de SPDA baseado em esferas rolantes (eletro geométrico ou esfera
fictícia) .............................................................................. 5
3. Diferenças entre os para-raios mais utilizados num projeto de SPDA. 6
3.1 Ponta de Franklin........................................................................ 6
3.2 Para-raios ionizante.................................................................... 6
3.3 Relação custo-benefício.............................................................
4. Etapas do projeto de SPDA............................................................
5. Cuidados essenciais na instalação do SPDA .................................
6. Inspeção e manutenção do SPDA..................................................
7. Manutenções periódicas do SPDA....................................................
8. Que tipo de edificação precisa de um projeto de SPDA, segundo as
normas?...............................................................................................
9. Execução de SPDA.............................................................................
9.1 9.1Principais etapas da Execução de SPDA.........................................
9.2 9.2Laudo Técnico.................................................................................
9.3 Aterramento....................................................................................
9.4 9.4Análise de Risco...............................................................................
9.5 Projeto Executivo...........................................................................
9.6 Lista de equipamentos......................................................................
10. LAUDO DE SPDA: O QUE É, QUANDO FAZER E COMO ELE AJUDA A EVITAR
MULTAS?......................................................................................
10.1 O que é o laudo de SPDA?...............................................................

11.Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DPS)


11. CONCLUSÕES

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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo levar ao conhecimento de projetistas,
engenheiros e outros interessados no assunto, algumas orientações técnicas e práticas
sobre a implantação de Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e
Medidas de Proteção contra Surtos (MPS), baseado em nossa larga experiência de
instalação, fabricação, projeto e consultoria técnica.

2. PROJETO DE SPDA
Um projeto de SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) bem
dimensionado pode não somente proteger empresas e edifícios de danos materiais, mas
também salvar vidas.
Popularmente conhecido como para-raios (já que este é um dos itens mais
importantes do sistema), o SPDA é essencial para a segurança dos estabelecimentos.
Mas para garantir proteção efetiva, é preciso ficar atento à elaboração do projeto e à
instalação do SPDA.
Neste post, você vai encontrar as informações necessárias sobre esses dois
processos fundamentais que envolvem esse sistema. Vamos lá!

2.1 Como um projeto de SPDA pode proteger sua


edificação?
O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) é um conjunto de
equipamentos que tem como objetivo “captar” e “desviar” os raios, para que eles não
afetem a infraestrutura das edificações.
Isso acontece por meio de três subsistemas externos que operam em conjunto na
estrutura do SPDA. São eles:
1. Captação da descarga atmosférica (raio).
2. Descida do raio que é conduzido até o solo de maneira segura.
3. Aterramento responsável pela distribuição da carga elétrica para a malha de
aterramento, um arco de cobre ou alumínio que está diretamente ligado a hastes
que também são de cobre e alumínio.
O aterramento opera, na prática, através dos condutores da malha. Eles levam o
raio até hastes enterradas que são capazes de drenar a energia para o solo.

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Esse procedimento realizado pelo SPDA é eficaz para proteger pessoas, animais
e a estrutura física da edificação de raios e de fugas elétricas que podem causar choques.

2.2 Qual é a função do SPDA?

Os três subsistemas que formam o SPDA realizam um papel fundamental: evitar


todo e qualquer prejuízo que possa ser causado pelas descargas atmosféricas.
Esses surtos de grande elevação elétrica, vindos dos raios, são concentrados em um
curto período. Mas são capazes de danificar as instalações elétricas e os equipamentos
que nelas estão conectados.

Com um projeto de SPDA corretamente dimensionado e um sistema bem


estruturado, é possível evitar os danos que podem ser causados pelos raios.
Especialmente se forem tomadas medidas de segurança complementares. Como, por
exemplo:
1. Isolar as partes condutoras expostas para reduzir a corrente elétrica que transita
por meio dos seres vivos.
2. Dispor de barreiras físicas e alertas para que não ocorra o toque em ambientes e
objetos de tensão perigosa.

Após entender mais sobre a estrutura de um SPDA, vamos ver os tipos de


Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas existentes.

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2.3 Tipos de SPDA mais utilizados
Com o surgimento da necessidade de controlar os efeitos das descargas
atmosféricas, os estudos e as tecnologias foram evoluindo nesse campo e surgiram
alguns tipos de SPDA. São eles:

• Ponta de Franklin
• Gaiola de Faraday
• Esfera rolante (eletrogeométrico ou esfera fictícia)

2.4 SPDA com sistema de Ponta Franklin


Utiliza um para-raios de Ponta Franklin, que foi um dos primeiros inventados. A
criação foi de Benjamin Franklin, em 1753. É composto por uma haste de cobre que fica
no topo da edificação, ligado a dois condutores conectados com o solo através de um
sistema de descida.
Protegem uma área equivalente ao volume de um cone do topo à base do edifício.
Esse tipo de SPDA, por causa da sua estrutura física, é ideal para edificações de
pequeno porte, sendo capaz de proteger um estabelecimento com altura máxima de 45
metros ou 15 andares.

2.5 SPDA tipo Gaiola de Faraday


Baseado na teoria de Faraday, em que o interior da gaiola fica isento do campo
elétrico externo, esse método utiliza captadores formados por condutores horizontais que
formam uma malha interligada que se conectada com a terra em uma distância
apropriada.
A estrutura da Gaiola de Faraday é, como o nome sugere, a formação de uma
gaiola no topo da edificação. Esse tipo de proteção é utilizado em indústrias e em
empresas com galpões.

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2.6 Projeto de SPDA baseado em esferas rolantes
(eletro geométrico ou esfera fictícia)
Esse tipo de projeto de SPDA utiliza uma esfera que deve rolar pela edificação.
Onde a esfera estiver, haverá maior chance de descargas atmosféricas tocarem a
construção. Por isso, esses pontos da edificação devem ser protegidos com para-raios do
tipo ponta Franklin ou ionizante. O tamanho da esfera deve ser proporcional ao nível de
proteção desejado.
É muito comum que o projeto de SPDA se baseie na combinação desses três tipos de
sistemas de proteção contra Descargas Atmosféricas. A combinação é prevista pela
norma NBR 5419, que regula a instalação de SPDAs no Brasil.

Figura 10 - Simulação das esferas sobre a edificação. Fonte: Autor/2020

3. Diferenças entre os para-raios mais utilizados num


projeto de SPDA
O para-raios é o coração do SPDA e sua definição afeta diretamente o nível de
proteção que a edificação terá. Por isso é importante conhecer as tecnologias disponíveis
antes de iniciar o projeto de SPDA. Atualmente, os Sistemas de Proteção contra
Descargas Atmosféricas utilizam para-raios do tipo ponta Franklin ou para-raios ionizante
– tecnologia cada vez mais empregada. Veja as diferenças entre eles:

3.1 Ponta de Franklin


Já considerado como para-raios tradicional, esse modelo pode ser posicionado
em uma altura de 5 metros do ponto mais alto do prédio. Sua proteção é de um raio de

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aproximadamente 8.3 metros. A amplitude da sua proteção é apenas para a edificação
em que está instalado.

3.2 Para-raios ionizante

O Para-Raios com Dispositivo de Ionização (PDI), conhecido como Para-Raios


Ionizante ou Early Streamer Emission (ESE) consiste em uma proteção que antecipa a
formação dos raios.
I sso é possível pois essa estrutura ionizante atinge um ponto mais alto que os
para-raios tradicionais, como, por exemplo, a Ponta Franklin. Por ter essa característica
de alcançar uma altura elevada, esse tipo de SPDA é capaz de proteger áreas maiores.
Dessa forma, os para-raios ionizantes apresentam mais eficácia pela amplitude
da sua capacidade de redução de danos. E isso tanto para empresas e indústrias como
para fazendas e condomínios residenciais.
O objetivo é atender os locais que tenham um ambiente externo amplo e com
grande circulação de pessoas e animais.
É um dos para-raios mais modernos. Sua estrutura pode proteger dezenas de
metros ao redor da edificação. Seu raio de proteção pode chegar a ser 10 vezes maior
que a Ponta de Franklin.
A tecnologia ionizante foi desenvolvida na França em 1986 pela multinacional
Indelec, e a OMS Engenharia é representante da marca na região sul do Brasil.

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3.3 Relação custo-benefício
Ambos os para-raios são eficientes. Mas com a utilização de para-raios ionizante,
a proteção alcançada é mais ampla, cobrindo inclusive áreas externas.
Esse tipo de estrutura é capaz de preservar com maior segurança pessoas (funcionário e
clientes), animais, materiais (inflamáveis) e equipamentos que não estão sob proteção
interna. Por isso, é ideal para grandes empreendimentos, indústrias e fazendas.
Vale ressaltar que a escolha do tipo e o posicionamento do para-raios podem
facilitar a elaboração do projeto e a instalação do SPDA. Essa decisão pode aumentar a
eficiência do SPDA, reduzir gastos e ainda melhorar o aspecto estético da estrutura.

4.Etapas do projeto de SPDA


Após conhecer os tipos de SPDA disponíveis e os para-raios mais utilizados,
vamos ao próximo passo: entender como funcionam as etapas de um projeto de SPDA. E
a primeira instrução é, justamente, escolher o modelo de SPDA que melhor atenda às
necessidades de edificação.
Para a estruturação de um projeto de SPDA, é preciso fazer uma análise ampla e
específica do local. É essencial verificar a área que se pretende proteger e todas as
condições que envolvem essa estrutura. Como, por exemplo, a altura da edificação e os
possíveis pontos de incidência de raios.
Outro ponto essencial para a construção desse projeto é pensar nos fatores de
risco. E observar os quesitos de segurança que serão necessários. Assim, o projeto deve
contemplar os seguintes elementos:

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• Gerenciamento dos possíveis riscos
• Definição de recursos de proteção
• Determinação da forma adequada de proteção
• Determinação da quantidade e posição das descidas
• Definição do condutor de aterramento
• Indicação das equalizações de Potenciais
• Estipular as MPS-Medidas de Proteção contra Surtos
• Calcular as distancias de segurança
Dessa forma, para que o projeto e a instalação do SPDA saiam do papel, é
preciso analisar se tudo foi idealizado dentro dos parâmetros exigidos pela norma NBR
5419, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A norma estabelece todas
as condições que envolvem um SPDA.
A NBR 5419 dispõe também sobre a manutenção do sistema e sobre a
segurança dos profissionais envolvidos no projeto e na instalação de um SPDA.

5.Cuidados essenciais na instalação do SPDA


Estar em conformidade com as normas que regulamentam o projeto de SPDA
(como a NBR 5419 no Brasil e, internacionalmente, a IEC – International Eletrotecnical
Comission, dentre outras) é fundamental para que o projeto e a instalação sejam
realizados com sucesso.
Por isso, o primeiro ponto essencial na instalação do SPDA é verificar se o
projeto está de acordo com os padrões exigidos antes de executá-lo .
“Seguir as normas no projeto e instalação de SPDA é fundamental. Não apenas para
garantir a eficiência da proteção, mas também para evitar acidentes que podem afetar
tanto os profissionais envolvidos quanto as próprias edificações” – explica Osmar Costa,
diretor da OMS Engenharia.
Para o engenheiro eletricista, “é fundamental contar com equipes que passaram
por treinamentos específicos e estão habilitados para atuar na instalação de SPDAs
respeitando as normas com total segurança”.
É preciso ficar atento também a outros elementos na instalação de SPDA. Como,
por exemplo:
• A apresentação dos laudos de qualificação e certificação dos fabricantes e
fornecedores dos materiais e dos componentes que fazem parte do SPDA

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• A utilização de equipamentos que atendam às normas específicas de controle de
interferência eletromagnética
• A avaliação do ambiente eletromagnético antes da instalação dos equipamentos
que compõem a estrutura do SPDA
• O acompanhamento de profissional habilitado pelos Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia
• A certificação que os trabalhadores estão devidamente treinados para a realizar a
instalação
• A disponibilização de equipamentos de proteção adequados para os trabalhadores
• A análise de todas as possibilidades de riscos
• Não fazer as medições e a instalação sob condições atmosféricas adversas, com a
possibilidade de descarga atmosférica
• Evitar que pessoas não habilitadas e animais se aproximem do local durante a
instalação.

6. Inspeção e manutenção do SPDA


Vale destacar que após o projeto e a instalação do SPDA, outra etapa importante
é a inspeção visual do sistema. Segundo a norma NBR 5419, no item 7.3, as inspeções
de SPDA visam a assegurar que:
1. O SPDA está conforme o projeto.
2. Todos os componentes do SPDA estão em bom estado e são capazes de cumprir
com suas funções. Que não apresentem corrosão.
3. O valor da resistência de aterramento seja compatível com o arranjo e com as
dimensões do subsistema de aterramento. E com a resistividade do solo.
Excetuam-se desta exigência os sistemas que usam as fundações como eletrodo
de aterramento.
4. Todas as construções acrescentadas à estrutura posteriormente à instalação
original estão integradas no volume a proteger, mediante ligação ao SPDA ou
ampliação deste.

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De acordo com a norma, essas inspeções visuais devem ser feitas em várias
situações. São elas:
• durante a construção da infraestrutura
• após a instalação do SPDA, quando é feita a emissão do projeto as built • após
alterações ou reparos
• semestralmente, “apontando eventuais pontos deteriorados no sistema”.

7. Manutenções periódicas do SPDA


Além dessas inspeções, manutenções preventivas do SPDA devem ser
realizadas periodicamente.
A manutenção preventiva garante que o sistema opere com excelência.
Para isso, deve ser “realizada por profissional habilitado e capacitado a exercer
esta atividade, com emissão de documentação pertinente, em intervalos determinados” –
aponta a NBR 5419.
Nesse sentido, a norma regulamentadora, no item 7.3, estabelece que a
periodicidade das manutenções deve ser:
 1 ano para estruturas contendo munição ou explosivos. Ou em locais expostos à
corrosão atmosférica severa. Como regiões litorâneas, ambientes industriais
com atmosfera agressiva etc.
 3 anos, para as demais estruturas.

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De acordo com a norma, “a regularidade das inspeções é condição fundamental
para a confiabilidade de um SPDA”.
Portanto, um SPDA sem manutenção, com componentes deteriorados, corroídos e que
não esteja funcionando corretamente, expõe empresas e condomínios à incidência de
raios que podem gerar:
– Choques e mortes
– Queima de equipamentos
– Invalidação de seguros de condomínios ou empresas
– Prejuízos financeiros por danos à estrutura da edificação.

8.Que tipo de edificação precisa de um projeto de


SPDA, segundo as normas?
A NBR 5419 especifica que existem edificações em que a estrutura do SPDA é
indispensável. São elas:

• Construções comuns, utilizadas para fins comerciais, industriais, agrícolas,


administrativos ou residenciais.
• Estruturas especiais, como, por exemplo, chaminés de grande porte.
A obrigatoriedade do SPDA nessas edificações depende de uma análise prévia
dos riscos que a estrutura pode sofrer com as descargas atmosféricas.
Neste ponto, avaliam-se as ameaças de falhas em equipamentos eletrônicos.
Também prejuízos financeiros, o ferimento e óbito de pessoas e animais e a incidência de
raios na região.
As edificações que, através desse diagnóstico, forem dispensadas do uso do
SPDA, precisam obter um relatório técnico, conhecido como ART (anotação de
responsabilidade técnica). A ART é assinada por um engenheiro, para comprovar a
inexistência de riscos à estrutura.
Bem, com todas essas informações, você já sabe a importância de um Sistema
de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA).

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9.Execução de SPDA
O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas é projetado para proteger
estruturas prediais, patrimônios públicos ou privados e seres vivos dos riscos causados pela
corrente elétrica dos raios.
Sua execução deve seguir as regras de segurança da NBR 5419/2015, definidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

9.1Principais etapas da Execução de SPDA


Existem cinco etapas básicas da execução de SPDA: a emissão do laudo técnico, aterramento,
análise de risco, projeto executivo e lista de equipamentos. Veja os detalhes do procedimento.

9.2Laudo Técnico
O Laudo Técnico é um documento oficial elaborado e assinado por um engenheiro
eletricista habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Seu propósito é
atestar as condições do sistema, afirmar se está em pleno funcionamento, protegendo e
eliminando os riscos no edifício onde foi feita a instalação do SPDA.

Dentre os aspectos analisados no laudo técnico, são citados:

- Requisitos técnicos, avaliando o funcionamento de componentes e conexões;

- Gestão de riscos, analisando o projeto, nível de incidência de raios na região e outros riscos
relacionados ao projeto;

- Danos possíveis, processo que observa potencial risco de dano ao equipamento e patrimônio a
ser protegido; e

- Proteção interna, listando cuidados e manutenções preventivas para aumentar a segurança do


sistema.

Dada a sua importância, o laudo deve estar sempre em dia, ser atualizado anualmente.
O documento pode ser solicitado por seguradoras, bombeiros, financiadoras e outras instituições
que precisam atestar que o imóvel é seguro.

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9.3 Aterramento

Quando o raio atinge o sistema, ele recebe não só o impacto, mas também a energia. É
uma carga altíssima que precisa ser dissipada em segurança, evitando danos previsíveis. A saída
é direcionar essa energia para o solo.
Fazendo o aterramento, ou processo de estratificação do solo, garantimos o
direcionamento seguro da energia. Para isso, é fundamental realizar a medição da resistividade
do solo, entendendo as propriedades do sono e ampliando os resultados.

9.4 Análise de Risco


Na execução de SPDA, a atenção não deve voltar apenas para o estado dos
equipamentos, mas de tudo o que acontece na região onde o sistema foi instalado.
A análise de riscos usa uma série de cálculos para entender os possíveis danos que
podem afetar a edificação ou prédios vizinhos, como a incidência de raios na região,
funcionamento dos equipamentos de proteção, quais as chances de acontecer acidentes,
considera o fluxo de pessoas que transitam no local, entre outras questões.
Nessa etapa nós podemos compreender a fundo quais são as necessidades, a demanda
do projeto e selecionar as melhores medidas de segurança.

9.5 Projeto Executivo


Aqui temos a parte prática, o projeto de execução do SPDA. Essa etapa inclui a análise
detalhada de todo o projeto, garantindo mais tranquilidade ao usar o equipamento e assegurando
que ele está desempenhando sua função sem problemas.
São feitos testes no sistema, avaliação visual e mensuração dos dados. A partir dos
resultados obtidos, podemos realizar as atualizações e reparos necessários para otimizar o
sistema.
É nessa etapa que identificamos problemas e eliminamos possíveis surpresas quando na
hora de usar o equipamento, durante tempestades com alto volume de descargas atmosféricas.
Ao concluir a avaliação, o engenheiro eletricista emite o laudo de conformidade, que atesta a
regularidade do sistema.

9.6 Lista de equipamentos

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A última etapa é complementar do projeto executivo de SPDA. Uma vez que sabemos o
que é necessário fazer para poder melhorar o sistema, o engenheiro eletricista faz o levantamento
de todos os equipamentos necessários para realizar o projeto de forma adequada, sem riscos e
que responda dentro do esperado.

A lista de equipamentos também é uma forma prática de evitar desperdício de material, realizando
um projeto sob medida.

10. LAUDO DE SPDA: O QUE É, QUANDO FAZER E


COMO ELE AJUDA A EVITAR MULTAS?

O laudo de SPDA é uma avaliação técnica feita por profissionais habilitados pelo
CREA para atestar as condições do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
(SPDA) das edificações.
Popularmente conhecido como “para-raios”, o SPDA é uma estrutura que capta e
desvia os raios que podem cair em sua empresa ou indústria, direcionando-os para o
solo.
Com isso, protege as instalações elétricas e as pessoas dos efeitos catastróficos
das descargas atmosféricas.
O laudo técnico de SPDA avalia :se esse sistema está dimensionado
corretamente se está funcionamento bem se suas estruturas estão preservadas ou
mesmo se o SPDA é inexistente – o que pode causar danos severos e até a perda de
vidas. Por isso, a realização do laudo técnico de SPDA é fundamental para proteger as
empresas em diversas situações que toda corporação pode enfrentar. Por exemplo, após
sofrer uma descarga atmosférica, em mudanças de endereço, reformas ou na construção
de novos edifícios.
Estamos aqui para ajudar nisso! A OMS Engenharia é uma empresa com 32
anos de expertise, premiada na realização de laudos e instalação de SPDA.
E vamos te contar quando o laudo SPDA é obrigatório, como ele deve ser feito e
quais são os motivos que indicam que é hora de realizá-lo para contar com a proteção de
um para-raios eficiente!

10.1 O que é o laudo de SPDA?

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O laudo SPDA é um documento técnico assinado por profissionais habilitados
pelo Crea – normalmente, engenheiros eletricistas credenciados.
Ele descreve o resultado da perícia técnica feita na edificação, bem como os
problemas encontrados no sistema de proteção contra raios.

Seguindo as diretrizes da norma técnica NBR 5419, da ABNT, o estudo técnico


inspeciona a instalação elétrica das edificações e evidencia pontos de falha, insuficiência
ou deterioração do para-raios e de todos os demais componentes do Sistema de
Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA).
Além das conclusões baseadas nas investigações, aponta também as
recomendações de ações necessárias para Laudo SPDA: engenheira anotando dados
solucionar os gargalos do SPDA, visando garantir a proteção ideal contra raios para cada
caso. Danos que o laudo SPDA ajuda a evitar a avaliação do SPDA de uma instalação
elétrica evidencia pontos de falha, insuficiência ou deterioração do para-raios e de todos
os demais componentes do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
Para tanto, o laudo técnico de SPDA segue as diretrizes da norma NBR 5419, da
ABNT .A partir dessa avaliação, empresas, indústrias e condomínios podem projetar ou
reestruturar seus sistemas de proteção contra raios com técnicas modernas e eficazes.
Com isso, podem evitar:Multas, já que a instalação de SPDA em conformidade com
normas e com as características de cada edificação é uma exigência legal. O
descumprimento das normas pode gerar pesadas multas às empresas. Danos às
edificações e ao patrimônio nos locais sem proteção atingidos por raios.Curtos-circuitos e
incêndios gerados por descargas atmosféricas.
Prejuízos financeiros com equipamentos eletrônicos e máquinas que podem
“queimar” e ser totalmente perdidos.
Perda de vidas sob a responsabilidade das empresas.
Por isso a realização de laudos de SPDA é tão importante! Seja para avaliar o
bom funcionamento ou para definir as características ideais do Sistema de Proteção
contra Descargas Atmosféricas que sua empresa precisa implantar para ficar segura.
Como são feitas as investigações de um laudo SPDA?
A Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, estabelece os critérios para a
elaboração de laudos SPDA no país.

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De acordo com a ABNT NBR 5419, a investigação para a elaboração do laudo
SPDA deve avaliar quatro aspectos:
1.Requisitos de proteção contra raios: é preciso verificar se estão sendo cumpridos os
requisitos técnicos para a proteção contra descargas atmosféricas.
2. Gerenciamento de risco: nesse quesito, são determinados os riscos de descargas
atmosféricas atingirem a estrutura avaliada.
3. Danos possíveis: a norma da ABNT determina que seja identificado também o
potencial de danos físicos à estrutura da edificação e à vida de seus usuários.

4. Proteção interna: o laudo SPDA também deve fazer o levantamento de medidas e


equipamentos necessários para a proteção de áreas internas, a fim de reduzir o risco de
danos causados por impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP).

Na prática, a norma técnica serve como guia de procedimentos para que a empresa de
engenharia elétrica contratada avalie, por exemplo:

Se o projeto da edificação coincide com o que foi realmente construído.

Se o SPDA foi totalmente executado de acordo com o projeto se já ocorreu descarga


atmosférica no sistema , integridade dos materiais e componentes do sistema: se houve
oxidação, defeitos ou degradação com o tempo , resistência elétrica da malha de
aterramento, as condições dos condutores de descida da energia ao solo o anel superior
de aterramento.

11.Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DPS)

• A NBR 5410/2004 divide a proteção contra sobretensões em duas categorias:

– Sobretensões temporárias: Perda do condutor neutro em esquemas TN e TT,


em sistemas trifásicos, bifásicos e monofásicos a três condutores; –
Sobretensões transitórias :

• Chaveamento de cargas elétricas:


– Centenas de sobretensões diárias (Baixa amplitude), causadas por lâmpadas
fluorescentes, motores, máquinas de soldas e etc;

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• Descargas atmosféricas (2 a 200 kA , t=200 s). Mais comuns

Projeto Elétrico Industrial

Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DPS)

Instalação do DPS

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• A NBR 5410/2004 determina que o DPS deve ser usado obrigatoriamente quando :

– A alimentação da instalação elétrica for feita por linhas aéreas(total ou parcial)


e se situar em regiões AQ2 (>25 dias de trovoadas por ano) – Descargas
Indiretas;

– A instalação se situar numa região AQ3 (riscos provenientes da exposição de


componentes da instalação) – Descargas Diretas.

• O DPS deve ser instalado: – Junto com o ponto de entrada da linha elétrica na
edificação ou no quadro de distribuição principal, o mais próximo possível do ponto
de entrada.

• O modo como cada DPS será ligado (Fase-PE, Neutro-PE) depende do esquema de
aterramento, como ilustrado na figura a seguir:
Projeto Elétrico Industrial
Instalação do DPS

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Projeto Elétrico Industrial 21
Instalação do DPS

• DPS no Quadro de Distribuição de Circuitos

Projeto Elétrico Industrial 22


Projeto Elétrico Industrial 23
Instalação do DPS

• Quando o DPS for instalado a jusante do DDR no QDC, o DDR deve ter imunidade a surto de no mínimo 3 kA ( 8/20
µA).
Projeto Elétrico Industrial 24
Projeto Elétrico Industrial

Projeto Elétrico Industrial 25


Instalação do DPS

Projeto Elétrico Industrial

Especificação da Proteção Contra Surtos (DPS)

• O DPS dever ser especificado com as seguintes características:


Nível de proteção (Up):

Projeto Elétrico Industrial 26



Tensão de operação contínua (Uc) :

Especificação da Proteção Contra Surtos (DPS)


Corrente nominal de descarga (In) e corrente de impulso
(Iimp):

• Quando o DPS for usado para proteção contra sobretensões de origem


atmosféricas pela linha externa e contra sobretensões temporárias:

– a corrente nominal não deve ser inferior a 5 kA (8/20µs);

– Todavia In não deve ser inferior a 20 kA (8/20µs) em redes


trifásicas, ou a 10 kA em redes monofásicas quando o DPS for
usado entre neutro e PE.

• Quando o DPS for destinado para a proteção contra sobretensões


provocadas por descargas diretas sobre a edificação:


Iimp não deve ser inferior a 12,5 kA;


No caso de DPS usado entre fase e neutro, Iimp não deve
ser inferior a 50 kA para rede trifásica ou 25 kA para rede
monofásica.

Projeto Elétrico Industrial 27


12.CONCLUSÕES

Este trabalho teve como objetivo detalhar a execução do Sistema de Proteção


contra Descarga Atmosférica em edificações, trazendo para uma abordagem clara
de teoria e cálculos, juntando o conhecimento de diversas áreas, resultando no
sucesso dos objetivos propostos de todas as etapas referentes ao projeto.

Compreender esses fenômenos atmosféricos ao longo dos anos foi de grande


importância para o surgimento de estudos voltados ao dimensionamento e proteção
contra descargas atmosféricas. A implantação de um SPDA está diretamente
relacionada aos limites e níveis de segurança e a correta operação do sistema de
energia elétrica do local, sabendo da tamanha importância de seus subsistemas
esse projeto merece um cuidado especial, conclui-se que o SPDA é um elemento
fundamental na segurança da edificação, pois através da mesma uma descarga é
captada e conduzida a terra com segurança. É indispensável sua correta
implementação e que após a instalação haja uma manutenção periódica a fim de se
garantir a confiabilidade do sistema.

Seguindo todos os procedimentos descritos neste trabalho, é possível realizar


a instalação de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas de maneira
adequada, tornado a edificação segura e protegida contra eventuais centelhamentos.

Com essa pesquisa observa-se que, ao projetar, planejar e construir de


acordo com as normas regulamentadoras, consegue-se reduzir de forma significativa
os riscos e muitas vezes soluções simples pode evitar danos as estruturas.

Em seus 4 capítulos são exploradas características para análise de risco,


SPDA externo, danos físicos a estrutura e perigos a vida e proteção de
equipamentos eletrônicos.

As questões secundárias propostas, como: qual método de SPDA instalar,


quais os tipos de materiais e dimensões utilizar, os dimensionamentos da quantidade
de hastes de captação, de descidas e do tipo de aterramento e a estratificação do
solo também foram atendidos com sucesso.

Projeto Elétrico Industrial 28


A partir dos cálculos, foi possível concluir que, para a estrutura estar protegida
contra descargas atmosféricas é necessário a instalação de um SPDA seguindo a
classe de proteção. Porém, percebe-se a utilização dos métodos propostos está
diretamente relacionado com as características físicas de cada edificação, fatores
como altura, cobertura irregular da superfície e centelhamentos laterais devem ser
considerados na execução de um projeto de SPDA.

Apesar de oferecer diversas formas de análise, não foi possível a inclusão de


módulos para todas as possíveis configurações de SPDA e aterramento, visto que as
possibilidades são infinitas. Para a realização de trabalhos futuros, deseja-se utilizar
um software chamado PRÓelétrica para elaborar um programa mais sofisticado de
dimensionamento de SPDA, onde, além de realizar todos os cálculos propostos,
também iria executar o detalhamento de acordo com a norma da NBR5419:2015 de
forma automática, e por fim, a escolha do melhor método de instalação de SPDA, o
cálculo da quantidade de material a ser utilizado, o número de condutores de
descidas, as zonas do gerenciamento de riscos e até o cálculo da resistividade do
solo o software irá detalhar de forma 3D na estrutura, incluindo todos os sistemas de
captação, descidas e de aterramento.

Projeto Elétrico Industrial 29

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