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Códigos de Postura
de São Luis/MA
São Luis/MA
EDUFMA
2010
Universidade Federal do Maranhão
Gabinete da Reitoria - Administração Natalino Salgado Filho
Diretor da Imprensa Universitária: Ezequiel Antonio Silva Filho
FICHA DE CATALOGAÇÃO
ISBN 978-85-7862-059-2
Código de 1893
Em 1893 foi aprovado o terceiro Código de Posturas de
São Luis, num interstício semelhante ao do primeiro (1842) para
o segundo (1866). A Lei n.º 8, de 20 de julho de 1893, foi dividida
em cinco títulos, 25 capítulos e 237 artigos. Basicamente dividia
os assuntos nos três grandes temas anteriores – salubridade,
segurança e construções – embora em ordem invertida. De início,
o Código estabelecia as infrações. As ações ou omissões
voluntárias, contrárias às disposições do Código, seriam punidas
com multa de até 50$000 réis ou prisão de até 15 dias. Para
quem não dispusesse de recursos, a multa era automaticamente
convertida em prisão. O cálculo utilizado era de três dias de
prisão para cada 10$000 réis de multa.
O primeiro grande tema que tratava era da higiene e
saúde pública (Título II), em 11 capítulos e 102 artigos. Os assuntos
diziam respeito ao: comércio de carne, leite e outros gêneros
destinados ao consumo público (Cap. II, art. 9 ao 44); cemitérios,
exumação de cadáveres, enterro de animais e carnes deterioradas
(III, art. 45 a 53); esgotamento de pântanos e águas estagnadas,
aterros, cercas de terrenos abertos (IV, art. 54 a 58); limpezas
de rios, canalização de águas, pescarias, lavoura, corte de
mangues, depósito de lixo e imundícies, escavações (V, art. 59 a
72); hospitais, internatos, colégios e outros estabelecimentos
para criação, educação e instrução de crianças (VI, art. 73 a 77);
hotéis, restaurantes e quitandas, fechamento de portas (VII, art.
78 a 82); cortiços (VIII, art. 83 a 86); cocheiras, estribarias,
chiqueiros e currais (IX, art. 87 a 90); asseio da cidade (X, art.
91 a 102); Vacinação e providência sobre elefânticos (XI, art.
103 a 106); farmácias e drogarias (XII, art. 107 a 109); e exercício
da medicina (XIII, art. 110 e 111).
12 Códigos de Postura de São Luis/MA
(Art. 324 a 329); Do trânsito geral (Art. 330 a 335); Dos costumes
e tranqüilidade pública, do zelo aos bens públicos (Art. 336 a
345); Do sossego e tranqüilidade pública (Art. 346 e 347); Dos
costumes e aspecto geral da cidade (Art. 348 a 362); Das redes
aéreas (Art. 363 a 372); Dos passeios (Art. 373 a 376); e Da
nomenclatura das ruas e numeração de prédios (Art. 377 a 379).
O sétimo assunto regulamentado era do comércio,
indústrias e profissões, também com um Título (XXIII, Art. 380 a
440) e dividido em sete Seções: Do comércio em geral (Art. 380
a 386); Do comércio ambulante (Art. 387 a 400); Das aferições
(Art. 401 a 407); Dos anúncios (Art. 411 a 419); Dos divertimentos
públicos (Art. 420 a 426); Dos mercados e feiras (Art. 427); e Da
fabricação e venda de explosivos, inflamáveis e corrosivos (Art.
423 a 440).
O oitavo assunto era da polícia sanitária (Título XXIV, Art.
441 a 495), com cinco Seções: Da higiene da alimentação, do
comércio de gêneros alimentícios (Art. 441 a 451); Do comércio
de carne, miúdos e peixes (Art. 452 a 478); Do comércio de
leite e dos estábulos (Art. 479); Do asseio dos logradouros e
coleta de lixo (Art. 480 a 485); e Do asseio e higiene das habitações
(Art. 486 a 495).
Por fim, o Código de Posturas de 1936 trazia as estatísticas
municipais (Título XXV, art. 496 e 497), os benefícios locais (Título
XXVI, art. 498 e 499) e as disposições gerais (Título XXVII, art.
500 a 508).
Código de 1968
O quinto e último Código de Posturas foi promulgado
através da Lei n.º 1.790, de 12 de maio de 1968. Este Código foi
estruturado em quatro títulos, com respectivos capítulos
(reiniciando numeração a cada novo capitulo) e seções,
comportando 187 artigos. A peculiaridade neste Código é que
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Edital.
A Câmara Municipal desta cidade & Maranhão re-impresso
na Typographia da Temperança. Anno 1842.
Faz saber a todos os Habitantes deste Município e seu
Termo, que se achão em inteiro vigor as seguintes postura
aprovadas pelo conselho geral de província.
1.ª Nenhuma pessoa poderá edificar nesta cidade, e seus
subúrbios confinando com ruas, estradas publicas, muros ou caza,
sem licença da camara devendo proceder-se antes a huma vistoria
ou arrumação pelas justiças ordinárias, sendo citado o procurador
da camara para se assignalar a linha de direcção, que o prédio
deve seguir: pena de ser demolido á custa do proprietário o que
estiver edificado.
2.ª Os qué quizerem reedificar os seus prédios sobre os
antigos alicerces, requererão igualmente á camara para que lhes
dê licença, afim de que esta possa deliberar se lhe convem
fazer alguma gênero de negocio com o proprietário em beneficio
do publico, procurando-se por meio emendar as grandes
irregularidades, que se notao nas ruas desta cidade, pena de ser
demolido o edifício á custa do dono.
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99.ª Toda a rez que entrar para o curral para ser morta, e
rendida ao publico, achando-se em tal estado de magreza, que
indique, ou se conheça estar enfectada de mal ou outra qualquer
doença, não será morta, e logo tirada do curral será entregue a
seu dono, ou feitor, para della dispor conforme lhe aprouver,
com a declaração de que constando que foi morta, e vendida a
carne publica ou particularmente, será o dono da rez multado
em trinta mil reis para as despesas da camara, e na reindencias
em sessenta mil reis, sendo aprezada toda a carne que se achar,
e depois lançar ao mar: ficando os empregados do açougue
restrictamente responsáveis pela não observância do exposto
nesta postura; e sujeitos a perderem seus lugares, quando sejão
coniventes, deixando com tudo os donos das rezes de pagar a
propina do costume, por aquellas que se julgar incapazes de
serem mortas, e que se tirarem para fora do curral.
100.ª Toda a pessoa infectada de bexigas, qualquer que
seja a sua condição e estado será obrigada a retirar-se para o
hospital do bom-fim, para alli se curar, sob pena de trinta mil
reis, e na reincidência sessenta mil reis, para o cofre da camara,
e 15 dias de prizão; sendo todavia obrigado a retirar-se para
aquelle lugar a expenças suas entendendo-se o mesmo com as
pessoas escravas por quem sues senhores, ou administradores
ficão responsáveis. Aquellas pessoas pois que pelo seu estado de
probreza, e indigência se não possão transportar para o dito
hostipal, fica todavia ao cuidado da camara municipal o concorrer
grátis com toda a despesa, com o seu curativo, e tranporte,
devendo fazer sciente á mesma camara por hum attestado do
seu respectivo vigário, e na sua falta do juiz de paz do seu
districto a sua pobreza, e que não tem meios alguns para se
curar.
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Titulo 3º - Salubridade.
Artº 130. Foro do matadouro publico ninguém poderá matar
nem esquartejar rezes sem licença da camara. Aos contraventores
a multa de vinte mil reis, e o duplo nas reincidências.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 73
Lei nº 8
A Camara Municipal da Capital do Estado do Maranhão
decreta o seguinte
CÓDIGO DE POSTURA
TITULO I - Disposições preliminares
CAPITULO I - Das infracções
Art. 1.º as infracções; que são as ações ou omi/soes
voluntarias contraria as disposições deste código serão punidas
com as penas de multa ate 50$000 reis ou de prisão ate 15 dias.
§ Unico. A pena de multa será (sic) convertida em prisão
simples se o infractor não tiver meios para pagal-a ou não fizer
dentro de oito dias, conta dos da intimação.
Art. 2.º Nas reincidências as penas serão applicadas em
dobro, mas de modo que nunca excedão o Maximo do artigo
antecedente.
§ Único. Esta regra não comprehende os infractores que
forem menores
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for inferior [...] a cada lote corresponderá uma arvore [...] que
estará situada dentro do lote e a [...] nhamento e a 4,m00 de
uma das divisas [...] querdo ou direita, segundo o caso que for
[...] do, para cada rua, lado par ou impar, [...] plano approvado.
§ 21° – E expressamente prohibido [...] predios para fins
commercies em lotes que tenham sido destinados a este fim, no
projec [...] teamento approvado pela municipalidade [...]
§22° – Os terrenos que pela sua [...] permittirem em boas
condições econômica [...] belecimento da rede de água potável
e [...] como o dos outros elementos indispensáveis [...] urbanos
só poderão ser divididos em (...0 do no mínimo 40,m00 de testada
por 100,m00 [...] fundidade. Neste caso deverão ser apresentados
projectos relativos á fossa secptivas e [...] água para cada lote,
de per si ou em conjunto [...] .
§ 23° – As exigências contidas no presente titulo são geraes
e abrangem os projectos de [...] logradouros em quadras já
existentes.
[FALTAARTIGO 25]
Cimento
Art. 211 –O cimento portiand deve satisfazer as
especificações oficiais constatadas por ensaios diversos em que
se fixe sua densidade real e aparente, seu grão de pulverisação,
formação da pasta normal, tempo de pega, dilatação e ensaio
mechanicos de distensão, compressão e flexão determinadas em
ensaios vários.
§ 1º - Para ser empregado em qualquer obra é necessário
que o cimento esteja em perfeito estado de conservação de
modo satisfazer o fim a que se destina.
§ 2º – poderá a diretoria de serviços municipais exigir que
os ensaios sejam feitos para determinação das condições physicas
do cimento em pó e em pasta, bem como sejam feitos ensaios
mechanicos.
Argamassa
Art. 212 - As argamassa serão de cimento e areia formadas
com estes materiais, que asseguram melhor resistência e
satisfaçam sua finalidade.
§ 1º - A argamassa de cimento para alvenaria de tijolos ou
pedra formar- se – á de uma parte de cimento para 8 de areia,
no Maximo.
§ 2º.-Para os lenções de cimento a proporção máxima
será de uma para três.
§ 3º – A argamassa de cal para as alvenarias em reboco
será de uma parte de cal para três de areia, no maximo,
§ 4.º - A argamassa de barro só será permitida em alvenaria
de tijolos nas pequenas obras com um só pavimento e no interior
dos lotes ou nas pequenas edificações da zona rural, não se
admitindo seu emprego nos alicecer. A sua proporção será de
uma parte de barro para uma e meia de areia, no Maximo.
170 Códigos de Postura de São Luis/MA
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gradis e quaisquer outros pontos que tenham face para via publica
ou desta façam parte, ou onde o publico tenham ingresso poderá
ser exibida sem licença da municipalidade, Pena: multa de 50$000.
§ 1.º- os anúncios que consistirem na inscrição do letreiro
em paredes e muros, somente serão permitidos mediante
requerimento, no qual deverá ser junta a copia do seu teor, bem
como as suas dimensões . A diretoria de serviços municipais
poderá exigir, também um croquis do desenho a ser executado,
na escala de 1:10.
§ 2.º- Nenhum anuncio poderá ser fixado as arvores dos
logradouros públicos, prédios particulares, monumentos, edifícios
públicos, portas, bancos de jardins e passeios. Pena : multa de
50$000.
§ 3.º - os anúncios feitos por intermédio de estações
transmissoras locais e auto- falantes funcionando em locais
freqüentados pelo publico ficam sujeitos a licença da
municipalidade que determinará, segundo os casos, o tempo e
horário de funcionamento. As taxas de anúncios sonoros serão
cobradas por vez antecipadamente.
§ 4.º- a eguaes exigências sujeitam – se aqueles que se
utilisarem de jazz- bands, ou orchestra de pancadaria como meio
de propaganda.
Art. 412 – E proibido colocar anúncios perpendicularmente
ou inclinados sobre as fachadas dos prédios e nas faces dos muros
no alinhamento da via publica, a altura menor de 3 metros.
§ Único – Estes anúncios não deverão ter largura superior
a 0,80m, em comprimento maior de 1,60m.: e a sua colocação
depende de requerimento sobre pena de multa de 50$000.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 229