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Códigos de Postura

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Os Códigos de Postura regulam a produção do
espaço citadino, aquilo que forma a chamada "legalidade
urbana" que tem como função primordial delimitar as
fronteiras do poder. Fruto da vontade pública, estabelecem
limites na convivência diária entre os moradores da
localidade. Uma forma objetiva de normatizar a e controlar a
vida social, uma representação da sociedade desejável,
sempre em determinado momento histórico.
É neste sentido que os Códigos de Postura de São Luis
revelam parte da realidade de sua época, pois normatizam
permissões e proibições, práticas que são aceitas ou
rejeitadas, a ação sociai disseminada ou criminalizada. A
cidade desenvolve -se, neste contexto, entre o que é
estabelecido como legal e ilegal, incorrendo na separação
dos grupos sociais. De um lado, aqueles que podem ser
considerados "cidadãos de bem", visto cumprirem com as
obrigações legais estabelecidas, em sua maior parte, pelo
próprio grupo a que pertencem. De outro lado, uma parte
considerável da população, que produz uma cidade situada à
margem do direito privado e da ordem urbanística.
O presente livro traz os cinco Códigos de Postura de
São Luis, promulgados em 1842, 1866, 1893, 1936 e 1968, O
estudo faz parte do Grupo de Pesquisa Espaço e cotidiano
urbano (CNPq/U FM A), do qual o organizador é líder.

I SBN 978- 85- 7862- 059- 2


Organizador
Jeferson Francisco Selbach

Códigos de Postura
de São Luis/MA

São Luis/MA
EDUFMA
2010
Universidade Federal do Maranhão
Gabinete da Reitoria - Administração Natalino Salgado Filho
Diretor da Imprensa Universitária: Ezequiel Antonio Silva Filho

Conselho Editorial para esta edição:


Ari Pedro Oro (UFRGS), Esther Báxter Perez (ICCP/Cuba), Joana Maria
Pedro (UFSC), Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros (UERJ/UNIRIO),
Márcio Pizarro Noronha (UFGO), Narciso Telles (UFU), Sérgio Ivan Gil
Braga (UFAM) e Udo Baldur Moosburger (UFPR)

Edição desenvolvida através do projeto e-ufma


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Projeto desenvolvido dentro do Grupo de Pesquisa


Espaço e cotidiano urbano (CNPq/UFMA)

FICHA DE CATALOGAÇÃO

SELBACH, Jeferson Francisco (Org.). Códigos de Postura de


São Luis/MA. São Luis/MA: EDUFMA, 2010, 304p.

ISBN 978-85-7862-059-2

CDD 981 História do Brasil

Capa: Mapa de São Luis/MA e imagens de época

Publicado na versão e-book

Este livro foi autorizado para domínio público e está disponível


para download nos portais do Domínio Público do MEC e do
Google Pesquisa de Livro
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO, ESTRUTURA E CONTEÚDO 5


DOS CÓDIGOS DE POSTURA DE SÃO LUIS/MA

CÓDIGO DE POSTURA DE 1842 19

CÓDIGO DE POSTURA DE 1866 45

CÓDIGO DE POSTURA DE 1893 89

CÓDIGO DE POSTURA DE 1936 97

CÓDIGO DE POSTURA DE 1968 255


APRESENTAÇÃO, ESTRUTURA E CONTEÚDO
DOS CÓDIGOS DE POSTURA DE SÃO LUIS/MA

Os Códigos de Postura regulam a produção do espaço


citadino, aquilo que forma a chamada “legalidade urbana”, que
tem como função primordial delimitar as fronteiras do poder.
Fruto da vontade pública, estabelecem limites na convivência
diária entre os moradores da localidade. Uma forma objetiva de
normatizar a e controlar a vida social, uma representação da
sociedade desejável, sempre em determinado momento
histórico.
É neste sentido que os Códigos de Postura de São Luis
revelam parte da realidade de sua época, pois normatizam
permissões e proibições, práticas que são aceitas ou rejeitadas,
a ação social disseminada ou criminalizada. A cidade desenvolve-
se, neste contexto, entre o que é estabelecido como legal e
ilegal, incorrendo na separação dos grupos sociais. De um lado,
aqueles que podem ser considerados “cidadãos de bem”, visto
cumprirem com as obrigações legais estabelecidas, em sua maior
parte, pelo próprio grupo a que pertencem. De outro lado, uma
parte considerável da população, que produz uma cidade “situada
à margem do direito privado e da ordem urbanística” (Alfonsin,
2005).
6 Códigos de Postura de São Luis/MA

O presente livro traz os cinco Códigos de Postura de São


Luis, promulgados em 1842, 1866, 1893, 1936 e 1968. O estudo
faz parte do Grupo de Pesquisa Espaço e cotidiano urbano (CNPq/
UFMA). O trabalho de digitação dos quatro primeiros Códigos
coube a acadêmica Benedita Maria Costa Neta (CCAA/UFMA). O
Código de 1968 está dispoível no site da Prefeitura Municipal.
Foi incluído aqui por questão de aglutinação. A publicação na
íntegra deste material inédito tem por objetivo subsidiar estudos
subseqüentes, fazendo com que outros interessados no assunto
tenham acesso aos Códigos originais e construam conhecimento
a partir deles. Pretendemos apresentar os Códigos de maneira
geral, mostrando suas características em termos de formas de
apresentação, estruturação das partes e conteúdo abordado.
Código de 1842
O primeiro Código de Posturas da cidade de São Luis do
Maranhão data de 1842 e traz 113 artigos sem divisão
sistematizada em partes ou capítulos. Os assuntos que o Código
aborda foram dispostos de forma aleatória, sem regra específica
que pudesse aglutinar as matérias. De maneira geral, os artigos
podem ser classificados em três grandes áreas: atividades
relativas ao comércio, salubridade e espaço público (construções,
comportamento, trânsito e segurança).
Neste Código, o tema mais pertinente era o que
regulamentava os estabelecimentos comercias e industriais
artesanais. Um total de 37 artigos tratava de questões como
locais designados para vender gêneros alimentícios, instalação
de ferrarias e curtumes, venda de pólvora, limpeza das bacias
das balanças, secar ou salgar couro, lançar cascas de arroz,
aferição de pesos e medidas, venda de produtos estragados,
matadouro público, licenças da Câmara, abater vacas prenhas
ou gado magro, desembarcar gado nas praias, fincar mourões
para amarrar canoas, organizar vendedores nas praças, bebidas,
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prover o abastecimento regular, vender carne verde à tarde e


peixe sem desembarcar em local limpo
Um segundo tema que aparece freqüentemente é o da
salubridade. Dezessete artigos abordavam de maneira geral a
questão, como varrição das ruas, lançamento das águas servidas
por canos e de entulhos e lixo nas ruas e nas praias, manutenção
de terrenos, limpeza das estradas, enterro dos mortos no interior
das igrejas, conduzir carne para os talhos na cabeça dos escravos,
subir nas embarcações antes de passar pela Saúde, deixar de
vacinar filhos e escravos ou de comparecer na segunda dose da
vacina, atuação dos médicos e obrigação de internar-se no
hospital em caso de doença infecciosa. Dezesseis regularizavam
especificamente a convivência com animais, como decomposição
dos corpos em vias públicas, trânsito dos cavalos e mulas, cães
errantes, matança de gado, pôr açaimo, criação de porcos,
transitar com gado solto, criar gado nas imediações da zona
urbana, caçar aves, capturar gado alheio, construir porteiras em
caminhos públicos e limpeza dos estrumes.
Também pertinente era o tema que dizia respeito ao fazer
o espaço público. Doze artigos tratavam das construções em
terrenos particulares, nas ruas e calçadas, como licenças, tipo
de material, cobertura, demolição, entulhos, escadas, alpendres
e arborização. Dez ordenavam o comportamento em espaço
público, como soltar foguetes, insultos com palavras obscenas,
batuques, fazer espetáculos, apitar ou assoviar à noite, no caso
das mulheres vestir-se de forma indecente ou transitar nua, cobrir
nomes de ruas e números das residências, fazer fogueiras nas
praças e ruas, arrancar mudas ou cortar árvores e pedir esmolas
com imagens santas. Seis procuravam evitar o impedimento do
trânsito nos passeios e ruas, como colocação de vasos e floreiras,
bancas de vendedores, depósito de gêneros, fincar paus ou
levantar colunas, estender roupas e obstruir com objetos. Cinco
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artigos tratavam da segurança, como fechar as portas ao


anoitecer, permanecerem locais de jogatina, registro de pessoas
estrangeiras, jogos de parar no meio do trânsito e ter ranchos
dentro de terrenos cercados ou murados na cidade
Os escravos tinham papel de destaque no cenário urbano,
uma vez que era tratados como mercadorias e representavam
uma ameaça à sociedade. Ele era proibidos de portar cassetetes,
permanecer em locais de jogos e danças, em tabernas ou
botequins, alugar casa sem licença de seus donos, sair a rua
depois do toque de recolher e agrupar-se na rua. A pouca aparição
de outros dois temas mostram sua pequena importância na
sociedade local. Três artigos procuraram preservar o meio-
ambiente, evitando lançar ervas danosas em rios, igarapés, poços,
lagos, cortar madeira ou destruir terras públicas e um artigo
proibiu o castigo da palmatória nas escolas.
Código de 1866
Em 1866, praticamente um quarto de século após a
aprovação do primeiro Código de Posturas, a Câmara Municipal
da Capital do Maranhão aprovou um segundo texto, bem mais
amplo e detalhado. Editado como Lei n.º 775, de 4 de julho de
1866, seus 211 artigos foram divididos, pela primeira vez, em
partes ou títulos, que abordavam três grandes temas:
regularizações e aformoseamento urbano, segurança e
salubridade. A diferença para o Código anterior, além da inclusão
das divisões, foi a maior incidência de artigos regulamentando
questões de segurança, atitude explicável devido ao crescimento
populacional da zona urbana e intensificação das suas atividades.
A legislação relativa ao comércio foi incluída junto com a das
construções e na da segurança foram alocadas questões de
comportamento e trânsito. Internamente, os artigos foram
dispostos relativamente dentro de uma lógica, apesar de não
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terem sido divididos em capítulos, algo que só seria visto no


código seguinte.
O primeiro tema – regularizações e aformoseamento
urbano – regularizava questões como: licença para o
funcionamento do comércio, transporte, construir, espetáculos
ou apresentações; aferição de pesos e medidas ou mesmo a
forma de fiscalização; causar danos ao patrimônio público,
incluindo aí o corte de determinadas espécies de árvores; a
posse de áreas rurais ou lotes urbanos, plantio em áreas públicas,
o registro de terrenos urbanos e construções de imóveis, ruas e
calçadas; o jogo, a venda de objetos preciosos ou negócios tidos
por fraudulentos; a fixação de cartazes; a decência no vestir-se;
o nome das ruas; tamanho das redes de pesca; saneamento e
limpeza das ruas; porto; trânsito; sinos da igreja; animais;
comércio de alimentos, como pães, sal, peixes e legumes; e os
escravos.
O segundo tema dizia respeito à segurança pública. Com
o título de Commodo e Seguridade, trazia regulamentações
acerca da precariedade das construções, para evitar possíveis
desabamentos, da instalação de fábricas poluentes ou incômodas,
como as de fogos de artifício que podiam desencadear incêndios
ou as salgadeiras que exalavam cheiro, da necessidade de cercar
e manter limpas propriedade agrícolas, estradas e terrenos
urbanos, de iluminar residências ou casas comerciais até fechar
as portas, dos apitos de uso exclusivo da patrulha oficial, da
venda de remédios nos boticários e de água em pipas ou barris,
da instalação de armadilhas de caça. No quesito trânsito, incluído
neste segundo tema, o Código procurava impedir que o ir-e-vir
fosse prejudicado devido a obras, grades nas construções, janelas
e portas que abriam para fora, objetos nas janelas, leilões em
praça pública, carregamento de volumes, vendas nas calçadas,
frituras nas ruas, animais, carruagens, construções sem licença,
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mourões no porto, construção de porteiras nas estradas, etc.


Proibia também o livre andar de alienados e exigia que motoristas
trafegassem preferencialmente pela esquerda nas estradas e que
fossem registrados nos órgãos competentes.
Por terceiro, o Código de 1866 abordava a salubridade.
Uma das maiores preocupações neste item era o da venda de
carne verde ou recém abatida. O local próprio era o matadouro
público e vários artigos estabelecem como deveria ser
comercializada a carne. Proibiu-se, por exemplo, que particulares
vendessem carne verde pelas ruas e praças da cidade, que os
quartos de carne somente poderiam ser transportados nos talhos
depois de amanhecer, envoltos em panos brancos e limpos, e
que as rezes devessem descansar duas horas antes de serem
abatidas. Os carniceiros ou cortadores de carnes deveriam usar
avental branco e limpo e médicos ou pessoas entendidas deveriam
fiscalizar o gado antes de ser abatido. A própria criação de porcos,
vacas, carneiros e cabras foi proibida nos quintais urbanos. A
higiene na venda de produtos alimentícios também foi
regularizada, como padarias, quitandas e refinarias. Seriam
punidos os que comercializassem produtos falsificados com
ingredientes prejudiciais à saúde e que utilizassem água não
potável no fabrico de pães e quitutes. Procurou-se preservar as
fontes de água, proibindo banhos, lavar roupas ou deixar animais
beberem. Cabia aos fiscais vigiar os vasilhames utilizados na
venda de água potável. Os cadáveres deveriam ser conduzidos
às sepulturas em caixões fechados para não exalar cheiro e
enterrados somente nos cemitérios autorizados. Os moradores
da zona urbana deveriam ficar atentos para limpeza dos quintais,
despejo de águas pluviais, imundices nos terrenos ou águas
estagnadas, ventilação nos andares inferiores das moradias e na
vacinação de crianças e adultos.
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Código de 1893
Em 1893 foi aprovado o terceiro Código de Posturas de
São Luis, num interstício semelhante ao do primeiro (1842) para
o segundo (1866). A Lei n.º 8, de 20 de julho de 1893, foi dividida
em cinco títulos, 25 capítulos e 237 artigos. Basicamente dividia
os assuntos nos três grandes temas anteriores – salubridade,
segurança e construções – embora em ordem invertida. De início,
o Código estabelecia as infrações. As ações ou omissões
voluntárias, contrárias às disposições do Código, seriam punidas
com multa de até 50$000 réis ou prisão de até 15 dias. Para
quem não dispusesse de recursos, a multa era automaticamente
convertida em prisão. O cálculo utilizado era de três dias de
prisão para cada 10$000 réis de multa.
O primeiro grande tema que tratava era da higiene e
saúde pública (Título II), em 11 capítulos e 102 artigos. Os assuntos
diziam respeito ao: comércio de carne, leite e outros gêneros
destinados ao consumo público (Cap. II, art. 9 ao 44); cemitérios,
exumação de cadáveres, enterro de animais e carnes deterioradas
(III, art. 45 a 53); esgotamento de pântanos e águas estagnadas,
aterros, cercas de terrenos abertos (IV, art. 54 a 58); limpezas
de rios, canalização de águas, pescarias, lavoura, corte de
mangues, depósito de lixo e imundícies, escavações (V, art. 59 a
72); hospitais, internatos, colégios e outros estabelecimentos
para criação, educação e instrução de crianças (VI, art. 73 a 77);
hotéis, restaurantes e quitandas, fechamento de portas (VII, art.
78 a 82); cortiços (VIII, art. 83 a 86); cocheiras, estribarias,
chiqueiros e currais (IX, art. 87 a 90); asseio da cidade (X, art.
91 a 102); Vacinação e providência sobre elefânticos (XI, art.
103 a 106); farmácias e drogarias (XII, art. 107 a 109); e exercício
da medicina (XIII, art. 110 e 111).
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O segundo tema (Título III) tratava de questões relativas à


segurança pública, com nove capítulos e 89 artigos: fabricação e
uso de materiais infamáveis, venda de pólvora em grosso, de
armas brancas e de fogo e de fogos de artifícios (Cap. XIV, art.
112 a 117); providências sobre loucos, bêbados e feras (XV, art.
118 a 122); veículos, condutores e trafego (XVI, art. 123 a 138);
algazarras nas ruas e praças, como injúrias, obscenidades; atos
contra a moral, tocatas, ajuntamentos, batuques, cartomacias e
curativos por meio de imposturas (XVII, art. 139 a 144); negócios
tidos por fraudulentos, vadios, tiradores de esmolas e rifas (XVIII,
art. 145 a 148); jogos e divertimentos públicos (XIX, art. 149 a
154); denominação de ruas e praças, numeração dos prédios
(XX, art. 155 a 158); aferição de pesos e medidas (XXI, art. 159 a
168); incêndios (XXII, art. 169 a 172); e objetos nas janelas e
telhados, destruição das ruas, praças e logradouros públicos,
barracas, lavagem de animais e animais soltos (XXIII, art. 173 a
201).
O terceiro grande tema (Título IV) tratava da parte estética
da cidade, arrabaldes e povoações, das estradas e caminhos
públicos do município, compreendendo dois capítulos que
continham 26 artigos: abertura e largura de ruas, praças e
estradas, construção e reforma de prédios (Cap. XXIV, art. 202 a
216) e conservação dos passeios, ruas, estradas, rios, igarapés e
edifícios públicos (Cap. XXV, art. 217 a 228).
Código de 1936
A próxima renovação do Código levaria quatro décadas.
Somente no final de 1936 é que a Prefeitura Municipal de São
Luiz mandaria pôr em execução o novo Código de Posturas do
Município, promulgado através do Decreto N.º 205, datado de 3
de novembro daquele ano. O Código foi dividido em 27 títulos,
alguns com respectivas seções, conforme a necessidade do
assunto. O total de artigos chegou a 508.
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A disposição das matérias seguiu uma determinada ordem


de assuntos, mas não divididos em áreas, simplesmente dispostos
nos títulos. Com de praxe, o primeiro assunto tratava do Código,
das infrações e das penas (Título I, art. 1 a 18). O segundo tratava
das questões propriamente urbanas, dividido entre os títulos II a
VIII, entre os artigos 19 a 85. O Título II tratava do Município, dos
bens de uso comum e dos terrenos, sendo dividido em dois
capítulos, da Divisão administrativa (Art. 19) e Dos logradouros
públicos (Art. 20 e 21) e das Ruas (Art. 22 e 23). O Título III
tratava da urbanização de novas áreas e sua divisão em lotes
(Art. 24 e 25). O Título IV da arborização e estradas municipais
(art. 26 a seguintes). Título V, da tecnologia urbana (até o Art.
33). O Título VI era relativo aos profissionais urbanos, tais como
arquitetos, engenheiros, arquitetos construtores e construtores
(Art. 34 a 40). O Título VII, tratava do alinhamento, localização
e nivelamento (Art. 41 a 43). O Título VIII, das construções em
geral, dividido em quatro seções: Pés direitos (Art. 44 a 48); Da
altura dos edifícios (Art. 49 e 50); Áreas de iluminação e ventilação
(Art. 51 a 56) e Serventias em comum (Art. 57); e Arquitetura
das fachadas (Art. 58 a 72), Marquises e toldos (Art. 73 a 75) e
Andaimes e tapumes (Art. 76 a 85).
O terceiro assunto abordado era sobre questões sanitárias,
especialmente as voltadas aos espaços físicos, com dois Títulos
(IX eX, art. 86 a 112). O Título IX tratava de Higiene e salubridade,
com a Seção Primeira abordando as Condições gerais dos
subterrâneos, porões e sobrelojas, cavas e subterrâneos (Art.
86), Porões (Art. 87 a 89), Lojas (Art. 90 a 93) e Sobrelojas (Art.
94). O Título X – Dos estabelecimentos industriais e comerciais –
dividia-se em sete Seções: Açougues (Art. 95); Fábricas de
produtos alimentícios, farmacêuticos, laboratórios e indústrias
leves ocupando menos de 50 pessoas (Art. 96); Fábricas (Art. 97
e 98); Hospitais (Art. 99 e 100); Cocheira e estábulos (Art. 101),
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Escolas (Art. 102 e 103); e Garagens, postos de gasolina e


lubrificação (Art. 104 a 112).
Em seguida, o Código trazia as questões relativas ao
entretenimento. Todo o Título XI – Das casas de diversões públicas
– ficou prejudicado pois os artigos 129 a 170 não foram publicados
no Diário Oficial. Somente duas seções aparecem: Teatros (Art.
113 a 126) e Cinematógrafos (Art. 127 em diante).
Outro assunto prejudicado foi o que tratava de obras,
compreendido pelos Títulos XII a XX, onde somente foram
publicados a partir do Artigo 171, já na Seção Quarta, com
instalações sanitárias (Art. 171 a 175), Galinheiros (Art. 176) e
Tanques de lavagem (Art. 177 a 179). A Seção Quinta tratava de
Casas econômicas (Art. 180 a 185) e Galpões (Art. 186). A Sexta
dos desenhos e alvarás de construções (Art. 187 a 202). A Sétima
dos materiais em geral (Art. 203), tais como tijolos (Art. 204 a
207), telhas (Art. 208), areia (Art. 209), cal (Art. 210), cimento
(Art. 211), argamassa (Art. 212 a 214), madeira (Art. 215 e 216) e
Ferro e aço (Art. 217 a 222). O assunto das obras ainda trazia
mais oito Títulos, tratando de alicerces (XIII, Art. 223 a 227),
paredes e colunas (XIV, Art. 228 a 241), pisos, vigamentos e forros
(XV, Art. 242 a 245), cobertura dos edifícios (XVI, Art. 246 a 248),
escoamento das águas pluviais (XVII, Art. 249 a 253), instalações
elétricas e das canalizações de água e esgoto (XVIII, Art. 254),
sobrelojas e coeficientes de segurança (XIX, Art. 258 a 265) e de
concreto armado (Título XX), dividido em três Seções: Projeto
(Art. 266) e Materiais (Art. 267 a 275); Elementos para o cálculo
(Art. 276 a 287); e Execução da obra (Art. 288 a 298).
O sexto assunto tratado no Código de Posturas de 1936
era sobre polícia de trânsito, costumes e tranqüilidade pública,
com o Título XXI (Art. 299 a 379), dividido em dez Seções: Dos
veículos, das suas espécies e matrículas (Art. 299 a 310); Dos
veículos de carga (Art. 311 a 323); Dos veículos de passageiros
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(Art. 324 a 329); Do trânsito geral (Art. 330 a 335); Dos costumes
e tranqüilidade pública, do zelo aos bens públicos (Art. 336 a
345); Do sossego e tranqüilidade pública (Art. 346 e 347); Dos
costumes e aspecto geral da cidade (Art. 348 a 362); Das redes
aéreas (Art. 363 a 372); Dos passeios (Art. 373 a 376); e Da
nomenclatura das ruas e numeração de prédios (Art. 377 a 379).
O sétimo assunto regulamentado era do comércio,
indústrias e profissões, também com um Título (XXIII, Art. 380 a
440) e dividido em sete Seções: Do comércio em geral (Art. 380
a 386); Do comércio ambulante (Art. 387 a 400); Das aferições
(Art. 401 a 407); Dos anúncios (Art. 411 a 419); Dos divertimentos
públicos (Art. 420 a 426); Dos mercados e feiras (Art. 427); e Da
fabricação e venda de explosivos, inflamáveis e corrosivos (Art.
423 a 440).
O oitavo assunto era da polícia sanitária (Título XXIV, Art.
441 a 495), com cinco Seções: Da higiene da alimentação, do
comércio de gêneros alimentícios (Art. 441 a 451); Do comércio
de carne, miúdos e peixes (Art. 452 a 478); Do comércio de
leite e dos estábulos (Art. 479); Do asseio dos logradouros e
coleta de lixo (Art. 480 a 485); e Do asseio e higiene das habitações
(Art. 486 a 495).
Por fim, o Código de Posturas de 1936 trazia as estatísticas
municipais (Título XXV, art. 496 e 497), os benefícios locais (Título
XXVI, art. 498 e 499) e as disposições gerais (Título XXVII, art.
500 a 508).
Código de 1968
O quinto e último Código de Posturas foi promulgado
através da Lei n.º 1.790, de 12 de maio de 1968. Este Código foi
estruturado em quatro títulos, com respectivos capítulos
(reiniciando numeração a cada novo capitulo) e seções,
comportando 187 artigos. A peculiaridade neste Código é que
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não aborda de forma aprofundada as questões relativas à


construções ou embelezamento urbanos, em razão de legislações
específicas anteriores e posteriores, como Plano de remodelação,
extensão, embelezamento e saneamento da cidade (1937), Plano
rodoviário da Ilha de São Luis – DER/MA (1950), Plano de expansão
da cidade de São Luis (1958), Plano Rodoviário do Município
(1962), Código de Obras do Município (1976), Código de
Zoneamento (1975) e Plano Rodoviário Municipal de São Luis
(1975). Assim como os anteriores, o Código de 1968 subdivide-
se, basicamente, em três áreas: higiene, segurança e atividades
comerciais.
De início, estabelecia as disposições gerais (Título I),
dividindo-as em quatro capítulos: disposições preliminares (Cap.
I, art. 1º e 2º); infrações e penas (II, art. 3º ao 13); autos de
infração (III, art. 14 ao 19); e processo de execução (IV, art. 20 e
21). Em seguida, tratava da primeira área, a higiene (Título II),
através de cinco capítulos: disposições gerais (Cap. I, art. 22 e
23); higiene das vias públicas (II, art. 24 a 32); higiene das
habitações (III, art. 33 a 40); higiene das alimentações (IV, art.
41 a 49); e higiene dos estabelecimentos (V, art. 50 a 56). A
segunda área abordava a polícia de costumes, segurança e ordem
pública (Título III), com doze capítulos e os seguintes temas:
moralidade e do sossego público (Cap. I, art. 57 a 65);
divertimentos públicos (II, art. 66 a 81); locais de cultos (III, art.
82 a 85); trânsito público (IV, art. 86 a 93); medidas referentes
aos animais (V, art. 94 a 106); extinção de animais nocivos (VI,
art. 107 a 109); empachamento das vias públicas (VII, art. 110 a
122); inflamáveis e explosivos (VIII, art. 123 a 131); queimadas e
cortes de árvores e pastagens (IX, art. 132 a 139); exploração de
pedreiras, cascalheiras, olarias e depósitos de areia e barro (X,
art. 140 a 151); muros e cercas (XI, art. 152 a 156); e anúncios e
cartazes (XII, art. 157 a 165). O terceiro tema era destinado a
regular o funcionamento do comércio e da indústria (Título IV) e
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 17

foi dividido em quatro capítulos: licenciamento dos


estabelecimentos industriais e comerciais, com as seções sobre
indústrias e comércio localizado (Cap. I, seção I, art. 166 a 171)
e comércio ambulante (I, seção II, art. 172 a 175); horário de
funcionamento (II, art. 176 a 178); e aferição de pesos e medidas
(III, art. 179 a 185). O Capítulo IV, embora pertencente ao quarto
e último Título, trazia uma única seção, destinada aos dois artigos
finais (186 e 187), revogando disposições anteriores e
estabelecendo que a referida Lei entraria em vigor na data da
sua publicação.
Por fim
Após o quinto Código de Posturas de 1968, a normatização
das condutas perderam importância no fazer urbano. Em seu
lugar, os Planos Diretores passaram a ter maior destaque, até
pelo foco que se propunham, de nortear o crescimento da cidade
de maneira ordenada, a partir de uma visão muitas vezes
estritamente técnica. O primeiro Plano Diretor de São Luis foi
promulgado pela Lei n.º 2.155, em 26 de junho de 1975. O segundo
pela Lei Municipal n.º 3.252, em 29 de dezembro de 1992. Junto
foram instituídas as leis municipais n.º 3.253, dispondo sobre
zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano, n.º
3.254, estabelecendo e regulando a implantação das operações
urbanas, e n.º 3.255, criando zonas de interesse social (ZIS). O
terceiro Plano Diretor, atualmente em vigor, foi instituído pela
Lei n.º 4.669, em 11 de outubro de 2006.
Além dos Códigos de Postura e dos Planos Diretores
subseqüentes, algumas outras legislações secundárias mas
importantes foram promulgadas no período analisado: 1833 –
Regimento da relação da cidade de São Luis; 1882 – Posturas
trabalhistas; 1937 – Plano de remodelação, extensão,
embelezamento, e saneamento da cidade; 1950 – Plano rodoviário
da Ilha de São Luis – DER/MA; 1958 – Plano de expansão da cidade
18 Códigos de Postura de São Luis/MA

de São Luis; Lei n.º 1.322, de 27 de dezembro de 1962, aprovando


o Plano Rodoviário do Município; Lei Delegada n.º 033, de 11 de
maio de 1976, instituindo o Código de Obras do Município; Lei
Delegada n.º 07, de 10 de julho de 1975, aprovando o Código de
Zoneamento; Lei n.º 2.198, de 31 de dezembro de 1975,
aprovando o Plano Rodoviário Municipal de São Luis; Lei Municipal
nº 2.474, de 1º de outubro de 1980, alterando parcialmente a Lei
Delegada n. 07; Lei Municipal n.º 2.527, de 24 de julho de 1981,
dispondo sobre o Zoneamento, parcelamento, uso e ocupação
do solo urbano; e Lei Orgânica do Município, de 5 de abril de
1990.
A sistematização da legislação urbanística serve como
referência ao melhor entendimento da cidade, lócus do viver
moderno. Esta é a razão de resgatar sua história e disponibilizar
a todos tais resultados.

Jeferson Francisco Selbach – Organizador


Licenciado em Ciências Sociais – Unisinos
Mestre em Planejamento Urbano e Regional – PROPUR/UFRGS
Doutor em História – UNISINOS
Professor Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão
Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade
Bolsista PQ-2F – CNPq
CÓDIGO DE POSTURA DE 1842

Edital.
A Câmara Municipal desta cidade & Maranhão re-impresso
na Typographia da Temperança. Anno 1842.
Faz saber a todos os Habitantes deste Município e seu
Termo, que se achão em inteiro vigor as seguintes postura
aprovadas pelo conselho geral de província.
1.ª Nenhuma pessoa poderá edificar nesta cidade, e seus
subúrbios confinando com ruas, estradas publicas, muros ou caza,
sem licença da camara devendo proceder-se antes a huma vistoria
ou arrumação pelas justiças ordinárias, sendo citado o procurador
da camara para se assignalar a linha de direcção, que o prédio
deve seguir: pena de ser demolido á custa do proprietário o que
estiver edificado.
2.ª Os qué quizerem reedificar os seus prédios sobre os
antigos alicerces, requererão igualmente á camara para que lhes
dê licença, afim de que esta possa deliberar se lhe convem
fazer alguma gênero de negocio com o proprietário em beneficio
do publico, procurando-se por meio emendar as grandes
irregularidades, que se notao nas ruas desta cidade, pena de ser
demolido o edifício á custa do dono.
20 Códigos de Postura de São Luis/MA

3.ª As cazas, e muros arruinados, que tenhão perdido o


seu equilíbrio, serão demolidos, sendo para isso compellidos
judicialmente os proprietários pela camara, e depois de
praticadas as deligencias necessárias; e no cazo de o não fazerem
dentro do espaço de quinze dias depois da citação, relativamente
aos edifícios pequenos, e no trinta, quanto aos maiores, passará
a camara a manda-los demolir á custa do proprietário que pagará
não só as despezas da demolição, para as das diligencias para
este fim; e a multa 16$000 réis.
4.ª As ruas, que de novo se abrirem, devem ter a largura
de oito braças pra poderem conter pelo meio uma ordem de
arvores; e quando por falta de terreno para se edificarem os
prédios, ou por estarem já alguns edificados, se não possa reduzir
a rua a esta largura, com tudo nunca terá menos de quatro braças,
sendo os proprietarios dos terrenos, pelos quaes devem passar
as ruas, attendidos em seus direitos nos termos da ley, e
endemnisados não só de quaesquer se mostre que os não devem
dar gratuitamente.
5.ª Cada morador será obrigado a varrer a sua testada
todos os sabbados pena de ser feita a diligencia á sua custa e
pagar 500 réis pra o conselho por cada falta.
6.ª Qualquer pessoa que lançar agoa suja, ou ainda limpa
seja á hora que for, de modo que prejudique os viandantes,
pagará por cada vez a multa de mil réis, e immundices pagará
seis mil reis por cada vez, e limpará a testada de sua porta,
endemnisando também quem for prejudicado.
7.ª Ninguem consentirá defronte de sua morada algum
animal morto pena de mil reis, e enterra-lo á sua custa; e o que
o tiver lançado, sabendo-se antes de ser enterrado, será multado
em seis réis, e enterrará o animal á sua custa; e sendo depois de
estar enterrado pagará a mesma multa de seis mil reis, o a despeza
que qualquer tiver feito por este motivo.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 21

8.ª Ficao prohibidos os canos, que lanção immundices das


cazas pra as ruas publicas; o que senão entenderá com os
desaguadouros pra as chuvas, pena de seis mil réis aos
contraventores.
9.ª Os proprietarios, que quizerem edificar, e não tenhão
outro algum espaço pra recolher os materiaes, e entulhos senão
as ruas, os lançarão nellas com tanto que peção licença á camara,
e deixem dezembaraçada a metado das larguras das ruas o becos,
si tanto bastar para a passagem dos viandantes, o seges pena de
seis mil reis.
10.ª Si o fabrico de qualquer edificio deixar de continua
´por espaço de hum anno, e o proprietário findo este, o não
poder continuar será obrigado a desembaraçar absolutamente a
rua sendo para isso notificado, e assiguando-se- lhe tempo hábil
em proporção do que tiver a remover: e não o fazendo no praso
assiguado, terá a pena de doze mil reis, e pagará as despezas
precisas pra desembaraçar as ruas.
11.ª Nenhuma pessoa poderá fazer alpendres, e escadas
nas ruas, menos nos lugares designados pela camara, pena de
seis mil reis e de demolirem á sua custa o que de novo fazerem;
e quando aos que existem serão demolidos quando os
proprietarios edificarem de novo, estabelecendo então outras
serventias.
12.ª Da mesma sorte se prohibem vazos de flores sobre
os parapeitos das janelas e em taboa fora dellas, e outros objectos
desta natureza; pena de dous mil réis.
13.ª As hortaliças, aves, peixes, fructas, e outros
provimentos serão vendidos livremente pelas ruas da cidade,
como a cada hum convier; com tanto que os vendedores não
facão com elles paradas, senão poderá erigir telheiro ou barraca,
sem licença da mesma: pena de quatro mil réis pra os que
22 Códigos de Postura de São Luis/MA

erigirem telheiro ou barraca, sendo obrigado a demolir tudo á


sua custa; e de mil réis pra os vendedores, que estiverem
assentados fora dos lugares designados.
14.ª Acamara tem designado pra venda do peixe as praias
do - cajú- pequena- de Santo Antonio- Desterro- Madre de Deos;
para venda das aves, ovos, e alguns outros comestíveis desta
natureza, e bem assim fructas, e hortaliças- largo das Mercês-
Santo Antonio- Praça do Açougue.
15.ª Os foguetes do ar e fogo solto são prohibidos nos
districtos, onde houver caza de palha: pena de seis mil reis.
16.ª Toda a pessoa, que arrancar pedra da calçada para
fincar arvores, ou outros fins, sem licença da camara, será multada
em dous mil reis.
17.ª Os proprietarios dos chão na cidade os terão limpos,
fazendo-os limpar de quinze dias, quando não estejão cercados;
pena de mil reis em caso de contravenção: incorrendo na mesma
pena aquelles, que nos ditos chão lançarem lixos, ou qualquer
immundice.
18.ª Ninguem lançará entulhos, ou lixo nas praias; e só o
poderão fazer nos cães que se estiverem construído, ou nos
lugares designados pela camara, ou fora da cidade, e resorrerão
a camara para lhe designar lugar pena de mil reis. Exceptuão-se
as immundices, as quaes poderão ser lançadas no mar.
19.º Não será permitido a pessoa alguma o correr a cavalho
a desfilada, nem de outra qualquer maneira que possa atropelar
os viandantes pelas ruas desta cidade: pena de seis mil reis,
sendo de dia e sendo de monte de noute doze mil reis, pelo
risco que corre o povo de ser atropelado, principalmente velhos
e crianças; reparando além disso, o dano, que causar, quando
for reparável.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 23

20.ª Dora em diante não se poderá estabelecer tenha


alguma de ferreiro dentro da cidade só sim no bairro do Destesro;
pena de desesseis mil reis; e nas reincidências de trinta e dous
mil reis; porém as tendas que actualmente existem, serão
conservadas durante a vida de seus donos.
21.ª Ficão prohibidos todas as fabricas de cortume dentro
da cidade, e só poderão estabelecer-se fora dos subúrbios da
mesma; e sendo nas suas immediações terão lugar unicamente
na parte que fica a sota vento do apicum por diante, pena de
seis mil reis, e doze na reincidência.
22.ª Fica igualmente prohibido todo o Fabrico de fogos
de artifício, e bem assim a venda de pólvora, e a de quaesquer
gêneros susceptíveis de explosão dentro da cidade, e só poderá
ter lugar o dito fabrico, e venda fora da mesma cidade; e sendo
que seja nas inmediações de seus subúrbios, será na parte que
fica a sotavento, por exemplo o districto da madre de deos; e
sendo já em distancia dos subúrbios na mesma direcção
especificada será em lugar arredado do actual armazém da
pólvora, mil toezas pelo menos: pena aos contraventores pela
primeira vez, de trinta mil reis, e oito dias de prizão; e no cazo
de reincidência sessenta mil reis, e trinta dias de prizão.
23.º E também prohibida a divagação, pelas ruas, de cães
damnados, e animaes ferozes, pena de pagarem os donos dos
mesmos, dous mil reis, para as obras do conselho.
24.ª Todos os empregados do registro, e curraes de
concelho, que vexarem ou incommodarem, na matança de gados,
os criadores, que costumão trazellos no matadouro, pagarão
quatro mil reis de multa pra as obras do conselho, e na
reincidências oito mil reis.
24 Códigos de Postura de São Luis/MA

25.ª Todos os donos de quitanda que não tiverem limpas


de zinabre as bacias das balanças e os pezos ou venderem liquidos
em vasinhas de metal (excepto de flandres, ou ferro) pelo dano
que d´ahi resulta á saúde publica serão condemnados a pagar a
multa de seis mil reis pela primeira vez, e nesta proporção athe
ao Maximo pelas reincidências.
26.ª Todo o individuo que secar couros verdes nas praças,
e ruas desta cidade, pagará a multa de dous mil reis; e na
reincidências quatro mil reis, excepto nos cães e trapiches, todos
desde os remédios até ao desterro.
27.ª Prohibe-se andarem soltos pelas ruas da cidade porcos,
cavallos, e cães que nãªo estiverem açamados. A pena a respeito
dos porcos, e cavallos e a de trezentos e vinte reis, e a respeito
dos cães de mil reis, o na reincidência de dous mil reis.
28.ª Prohibi se a creação de porcos em chiqueiros dentro
da cidade: o só se permitem em todas as prayas a sota vento,
nos destrictos das barraquinhas, e madre de deos; os
contraventores pagarão três mil reis, e nesta proproção, até ao
Maximo da multa, que a camara podo impor pelas reindencias;
são exceptuadas aquellas pesssoaa que em seus quintaes engordão
alguns destes animaes para seu consumo.
29.ª Todos os propritarios de fabricas de pilar arroz, que
lançarem as cascas do mesmo nas ruas, prayas, ou mar, dentro da
cidade, ou seus burbios, serão multados pela primeira vez em
seis mil reis: e em doze mil reis nas reincidências.
30.ª Fica prohibida toda a edificação de cazas cobertas
de palhas nas ruas da cidade, pena de seis mil reis; e igualmente
se prohibem as novas cobertas de palha em todas as existentes,
pena de trez mil reis: o que se não entenderá com pobreza, que
não tiver meios pra recobrillas de telha.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 25

31.ª Toda a pessoa, que trouxer gado solto sem pastor, o


qual possa cauzar danno nas lavouras dos vizinhos será multado
em seis mil reis; e sem proproção nas reincidências athe ao
Maximo da multa; sem que esta embarace endemnisar o
prejudicado, se este o exigir competentemente.
32.ª Todos os que publicamente insultarem, ou injuriarem
com palavras ou acções obscenas a qualquer pessoa, serão
multados em mil reis.
33.ª Todos as pessoas que andarem vendendo, ou
venderem em suas casas sólidos, ou liquidos por medidas que
não forem afleridas pelo padrão da camara, serão multadas em
três mil reis, si, conferidas as medidas forem achdas exactas;
porem si, conferidas as medidas com padrão forem achadas
inexactas, serão condemnados em dez mil reis pela primeira
vez, e nesta proporção athe ao Maximo pelas reincidências.
34.ª Todos os que tiverem em sua loja, ou armazém,
gêneros corruptos, que prejudiquem a saúde publica serão
condemnados a pagar a pena de seis mil reis; e nesta proproção,
pelas reincidências athe ao Maximo.
35.ª Todo o proprietário de terreno confinantes com as
estradas publicas, comprehendidas no termo desta camara, é
obrigado a ter praticáveis, e limpas as mesmas conteúdas no seu
terreno, repartindo este trabalho com o seu visinho confrantante,
havendo o pena de seis mil reis, caso o não faça: hum e outro
devem ir de conformidade na limpeza das estradas fazendo os
necessários desvios pra as agoas, recorrendo a esta camara no
caso de duvida.
36.ª Todo o individuo que for convencido de ter feito
vozerias, e batuques nas ruas da cidade em horas de silencio,
pagará a multa de dous mil reis.
26 Códigos de Postura de São Luis/MA

37.ª Toda aquelle individuo que produzir expectaculos


pelas ruas, praças, e arraiaes deste termo sem licença da camara,
será multado em dous mil reis, e nesta proporção athe ao Maximo
pelas reincidências.
38.ª Toda e qualquer pessoa, que matar o esquartejar rezes
sem ser nos matadouros públicos, e particulares com licença da
camara será multado em dez mil reis pela primeira vez, e nesta
proporção pelas reincidências athe ao Maximo: o que se entende
só com as rezes mortas para negocio.
39.ª Toda os que venderem carne de rez que tiver morrido
antes de ser sangrada nos matadouros, serão multados pela
primeira vez em trinta mil reis, e oito dias de prizão; e no caso
de reincidências em sessenta mil reis, trinta dias de prizão:
ficão sujeitos a esta pena não só os dono da rez, como os
empregados dos registro e curraes, que o consentirem.
40.ª Os que venderem carnes verdes em partes occulta,
serão multados, pela primeira vez, em vinte mil reis e no caso
de reincidências, quarenta mil reis.
41.ª Nenhuma pessoa poderá ter loja aberta, quitanda, e
armazém sem licença da camara, pena de trinta mil reis, pela
primeira vez, e sessenta mil reis em cazo de reincidências.
42.ª Todos os officiaes mecânicos, que trabalhão pra o
publico com loja aberta, mão o ao poderão fazer sem proceder
licença da camara como sempre tem sido determinado; e não o
fazendo incorrerão na pena de mil reis por cada vez.
43.ª A qualquer hora do dia, ou da noute que forem
encontrados escravos com cacetes, lhe serão tirados pela policia,
e os escravos conduzidos a seus senhores, que os forao castigar
publicamente, e não o fazendo pagarão a multa de dous mil reis.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 27

44.ª Todas as portas de entradas respectivas as


propriedades de sobrado, e as dos corredores das térreas, se
fecharão logo que anoitecer, a excepção das que conservarem
luz; e os contraventores , pagarão a pena de quinhentos reis.
45.ª Fica prohibido apitar, ou dar assobios de noite, e
mesmo outro qualquer signal, de que só devem usar as patrulhas,
e officiaes rondantes: pena de dous mil reis.
46.ª Toda a pessoa, que depois de toque de recolher, for
achada nas vendas, tabernas, botiquins, ou cazas de jogo, pagarão
quatro mil reis pela primeira vez, pela segunda o duplo, e assim
progressivamente, exceptuão-se os bilhares e jogos privados,
que deverão ter depois daquella hora a porta fechada: pena de
seis mil reis, e na reincidência oito mil reis. Se for escravo o
infringente desta postura, será entregue a seu Snr. Para o fazer
castigar publicamente, faltando ao que, pagará a pena de quatro
mil reis; e o caixeiro da caza publica pagará a multa em todo o
caso referido.
47.ª Todo o done de venda, taberua, botiquim, ou casa
publica, que consertir em sua loja escravos entretidos em jogos,
rifas, e danças que corromperem o bom regimem que taes
indivíduos devem ter, será multado em seis mil reis, e na
reincidência trinta mil reis; e si continuar, o duplo desta pena,
e quinze dias de cadea; pertencendo á patrolha de policia, que
verificar a infracção deste, a metade das multas pecuniárias,
nelle impostas.
48.ª Fica prohibida a matança nos talhos públicos de vacas
prenhas, e os contraventores pagarão vinte mil reis, e na
reincidência quarenta mil reis, e a mesma pena terá o empregado
pela camara em taes administrações que tal consertir.
28 Códigos de Postura de São Luis/MA

49.ª Toda a mulher encontrada nua, de forma indecente


nas ruas e praças desta cidade, pagar mil reis de multa e sendo
escrava pagará seu Srn. A mesma multa: e o mesmo se entenderá
com os homens livres, ou escravos, que forem encontrados nus
da cintura para baixo.
50.ª Fica prohibido o desembarque de gado vacum que se
destina á matança em prayas, e cães da cidade, á excepção do
lugar do portinho, onde se acha a manga que o deve conduzir ao
curral do conselho, para que cesse o trazido do gado pelas ruas
da cidade, com que ultimamente tem sido incomodado o publico;
e o dono ou mestre da conôa, que contravier, pagará a multa de
quatro mil reis, e na reincidência doze mil reis.
51.ª Tendo mostrado a pratica, que os criadores de porcos
se eximem de os mudar do centro desta cidade para lugares,
que lhe forão designados na postura 32, que continuão a fazellos
trazitar pelas ruas e praças, pois é impraticável o conhecer-se a
quem pertencem, e mesmo se negão alguns indivíduos, em menos
cabo da postura, e em desprezos da saúde publica, a declarar
taes proprietarios, determina-se aos ficaes que mandem por
grilhetas, ou negros de ganho prender, e conduzir ao curral, que
se acha ao pé da cadêa todos os porcos que vagarem pelas ruas,
e praças, de cuja despesa terão nota, pra proporção pelas
reincidências, até ao Maximo da multa, e passando de quinse
dias a detenção do animal no referido curral, se supporá
abandonado por seu dono, e se mandará matar a beneficio dos
prezos da cadêa.
52.ª Toda a pessoa que alugar casas a escravos que não
mostrarem licença de seus senhores de assim o poderem fazer
pagará quatro mil reis, pela primeira vez, e nesta proporção até
ao Maximo pelas reincidências.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 29

53.ª Nenhuma pessoa poderá lançar nos rios a raiz e erva


denominada- Timbó- pois que indistinetamente destroe o peixe
grande, e pequeno, bem com outra qualquer raiz, ou erva
venenosa, que occasione carência de peixe nas partes
envenenadas com detrimento da subsistência dos povos, ficando
os contraventores desta postura sujeitos á pena de desesseis mil
reis, e na reincidência trinta e dois mil reis, e quinze dias de
prizão.
54.ª Em virtude do tit. 3.º §. 2.º da lei do 1.º de outubro
de 1828 fica prohibido do 1.º de janeiro de 1831 em diante
enterrarem se corpos mortos dentro dos recintos dos templos
desta cidade, não se considera para caso fim limitada por huma
linha de norte a sul, que passe junto á frente de leste do quartel
do campo de ourique; a excepção do da mizericordia, dos
Inglezes, e daquelle que se houver de fazer junto ao hospital
militar: os infractores da presente postura, entre os quaes será
tãobem considerado o que promover qualquer enterro em lugar
prohibido, serão multados pela primeira vez em trinta mil reis e
pelas reincidências em sessenta mil reis, e oito dias de prizão.
55.º Sendo prejudicial ao bem publico e ao desembarque
dos gêneros, que vem pra esta praças, conservar-se empachada
a rua que vai pelo centro das barracas até a pancada do mar:
ordena-se que nenhuma pessoa possa ali conservar madeiras, ou
outros quaesquer objetos; pena de quatro mil reis aos
contraventores, e ser a rua desempachada á sua custa.
56.ª Qualquer individuo que for convencido de alterar,
cubrir, pintar ou apagar os nomes das ruas, e números das portas
cidade, seja condemnada em três mil reis, e o dobro nas
reincidências; e não tendo o infractor com que pagar, será
commutada a pena em três dias de prizão, e o dobro nas
reincidências.
30 Códigos de Postura de São Luis/MA

57.ª Além do prohibido na postura N. 53, prohibe-se


igualmente o lançar-se o timbó, ou erva venenosa nos Igarapés,
e rios, salgados, possos, lagos etc. debaixo das mesma penas.
58.ª Não poderão haver em todo o districto desta camara,
dentro das respectivas povoações, tendas de ferreiro, venda de
pólvora e officinas de fogos artificiaes, e mesmo vendas do
mencionado fogo, em cazas cobertas de palha, pena de seis mil
reis, e o dobro em todas as reincidências.
59.ª Os que rossarem nas immediações das estradas até a
distancia de cem braças, e nas dos Campos de crear gado Vacum,
e Cavallar até a de quinhentas; serão obrigados a crear a sua
Rossa com boas estacas do cinco em cinco palmos, formando
uma cerca de cinco varas grossas, ou fazendo um tessume de
oito palmos de altura: e aquele que matar ou ferir, qualquer dos
ditos animaes, não tendo as suas Rossas cercadas da maneira
determinada pagará a multa de doze mil reis, e na reincidências
a mesma, e oito dias de prisão, não só inferindo todavia, que os
podem matar, auqeles que tiverem as Rosas cercadas.
60.ª Fica igualmente prohibida a caçada das aves aquáticas
nos mezes de Abril, Maio, e Junho, tempo de sua creação, assim
como a apanha dos ovos das mesmas, para evitar a total extinção
destes proveitozos animaes pena de cento e sessenta reis por
cada cabeça.
61.ª Toda a pessoa, que laçar gado alheio nos campos, ou
conduzir Rezes alheias entre o seu Gado para fora dos
pastoradouros, e Campos de crear aind mesmo para os seus
curraes, sem permissão de seu dono: será multado em doze mil
e oito centos reis, e nas reincidências o dobro.
62.ª Ficão proihibidas as porteiras nos caminhos públicos
e só se permittem Cancellas de bater: os contraventores pagarão
a pena de dous mil reis, e nas reincidências o dobro.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 31

63.ª Fica prohibido e transito de Gado por dentro das


povoações deste Termo, e se permite a abertura de Estradas
místicas ás mesma povoações, com a commodidade necessária
para o referido transito: os juízes de Paz respectivos ficão
athorisados para dar a direcção ás sobreditas estradas: os
contraventores desta Postura serão multados em seis mil reis, e
o dobro nas reincidências: estas multas só terão lugar depois de
feita a estrada.
64.ª Nenhuma pessoa poderá fazer fogueiras, nem qualquer
outro gênero de fogo artificial entre o arvoredo plantado nas
praças e ruas da Cidade, de modo que prejudique as ditas arvores,
penas de doze mil reis por cada arvore prejudicada, e dous dias
de prizão por cada vez que cauzarem este prejuízo.
65.ª Ficão designadas para praças de vendagem de
hortaliças, e aves, e mais comestíveis a praça d´ Alegria, e a
quadra central das barracas da praya Grande; além das praças
designadas na postura N.º 14.
66.ª Todo o individuo, que arrancar, cortar, ou prejudicar
de qualquer forma arvore de arvores das que se achão plantadas,
ou se plantarem para o fucturo nas praças, e ruas publicas desta
cidade: pagará a multa de doze mil reis, e trez dias de prizão
por cada arvore, os indivíduos que não tiverem com que pagar a
multa, terão a pena de seis dias de prizão por cada arvore.
67.ª Fica prohibida a condução de carne para os talhos
públicos á cabeça de negros, e só se permite, que a conduzão
em cestos, ou paos de forma que seja com o aceito possível:
pena de quinhentos reis.
68.ª Todos os donos de Botequins, e casas de pasto, que
se servirem de vazinhas, e panellas de cobre, e mais utencilios
do mesmo metal, as deverão ter bem estanhadas: pena de seis
mil reis.
32 Códigos de Postura de São Luis/MA

69.ª Nenhuma pessoa poderá hir a bordo das Embarcações,


quaesquer que sejão entradas neste porto, antes de serem
visitadas pela saúde; pena de quinze mil reis; o trez dias de
prizão.
70.ª Fica inteiramente prohibido nas escolas, e aulas
publicas, e particulares o castigo da palmatória, ou outro qualquer
castigo corporal sob pena de cinco mil reis; os mestres só deverão
applicar os castigos, que a lei tem marcado.
71.ª nenhuma pessoa poderá vender pelas ruas desta
cidade, qualquer gênero que se costuma vender a pezo, ou por
medidas do liquido, ou do secco, sem que traga balança, pezo e
as competentes medidas afferidas, devendo pezar, ou medir o
gereno á vista do comprador: pena de quinhentos reis por cada
vez.
72.ª Todo o individuo que rossar, cortar madeiras e de
qualquer forma destruir as terras do patrimônio desta camara,
sem que seja em terreno aforado a esta corporação pagará a
multa de trinta mil reis, e na reincidência sessenta mil reis, e
oito dias prizão.
73.ª Todo o individuo que arrumar ou mandar encostar
sal, carne secca, ou qualquer outro genero junto ás paredes do
terreiro publico, ou de outra qualquer barraca da praya-grande,
pagará a multa de seis mil reis, e removerá os gêneros
immediatamente, e quando o não faça dentro de três dias pagará
o dobro, e terá trez dias de prizão.
74.ª Nenhuma pessoa poderá fincar nos rios, e prayas do
termo desta camara, moirões de amarrar canoas, que não tiverem
quatro palmo fora d´agoa, estando a maré preamar, pena de
quatro mil reis a quem o fizer, e oito mil reis, e trez dias de
prizão na reincidência.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 33

75.ª Todo individuo, que tiver loja aberta, e pelo fiscal


respectivo for instado a apresentar a licença que deve ter da
corporação da camara, e esta não for apresentada, e por isso
condemnado na conformidade da postura n.º 41, subsistirá a dita
condemnação, ainda depois deste acto apresente a licença que
por dolo, ou negligencia não apresentou.
76.ª Todos os vendedores, que occuparem os lugares da
vendagem nas praças publicas por esta camara designadas, são
obrigados a sugeitarem-se á arrumação, que lhe indicar o fiscal
respectivo, para que se conserve a regularidade necessária, e
não fiquem empachadas com objectos volumosos; pena de
quinhentos reis, por cada vez.
77.ª Todos os cavalles, e besta muares, que forem
encontrados soltos pelas ruas, e praças desta cidade, serão
mandados recolher pelos fiscais respectivos ao curral do conselho,
e os donos dos mesmos além da multa imposta na postura N.º 27,
a respeito dos cavallos, pagarão todas as despezas que se fizerem
com os ditos animaes.
78.ª He applicavel a postura N.º 21, ás povoações do
districto na parte prohibitiva, concedendo-se o estabelecimento
de similhantes fabricas a sotavento das mesma povoações com
as penas exaradas aos contraventores.
79.ª He applicavel a postura N.º 26, ás povoações do
districto, podendo seccar couros verdes fora das mesma
povoações.
80.º A postura N.º 27 he applicavel ás povoações do districto
tão sómente na parte que trata dos porcos.
81.ª Todos os estrangeiros residentes neste município serão
obrigados a appresentarem-se na casa da camara para ahi
assignarem em livro competente perante, o secretario o seu
nome, filiação naturalidade, e data do sua chegada: o prazo
34 Códigos de Postura de São Luis/MA

dentro do qual deverão cumprir com esta obrigação será de trez


mezes para os que se achão residindo actualmente no município,
contados do dia da publicação desta depois de approvada pelo
conselho geral, e de trinta dias para os que vierem depois da
dita publicação, que será tãobem feita em algum dos periódicos
desta cidade. Os contraventores incorrerem á na multa de trinta
mil reis; e mais oito dias de prizão si dentro de trez dias depois
de intimados officialmente para pagar a dita multa não
concorrerem á casa da camara para o fim indicado na presente
postura; na mesma pena incorreão todos os que tem, pó tiverem
em sua casa da camara nos tempos acima marcados ao secretario,
que deverá lançar no livro competente as notas exigidas, as
quaes serão assignadas por elle, pelo estrangeiro menor sabendo
escrever; o por aquelle que o apresentar.
82.ª Fica prohibido da publicação desta em diante fincar
pãos e leventar columnas nas ruas e praças deste município seja
pra que fim for sem licença da camara; aos contraventores pela
primeira vez a multa de dous mil reis, e na reincidência trinta
mil reis e trez dias de prizão, fazendo-se a demolição á sua
custa.
83.ª Todos os gêneros corruptos que forem encontrados
quer em terra, ou a bordo de qualquer embarcação conforme a
postura N.º 34 serão depois de julgados taes pela commissão de
saúde, intilisados ou deitados ao mar como melhor convier; sendo
este trabalho feito á custa dos donos de taes gêneros.
84.ª Todos os que nesta cidade tiverem armazéns, tabernas,
vendas ou quitandas, botequins, ou outras quaesquer casas, do
qualquer denominação que sejão, e nellas quizerem vender
bebidas espirituosas. Nas quaes se não comprehendem os vinhos,
e cerveja, tirarão licença da respectiva camara municipal que
lhe será concedida, mostrando bilhete do procurador da mesma
camara, por onde conste terem pago por cada huma das ditas
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 35

casas onde quizerem estabelecer a dita venda de bebidas


espirituosas, a quantia de oito mil reis por semestre: os
contraventores desta postura pagarão a multa de trinta mil reis;
e nas reincidências a mesma quantia e dez dias de prizão.
85.ª Em conformidade com o determinado no art. 281 do
código penal ficão absolutamente prohibidos neste município
todos os jogos de parar, sejão de cartas, dados ou de outra
qualquer natureza inclusive as rifas. São permitidos porem na
forma da lei todos os jogos de vaza, bilhar, e tabolas, em
taboleiros de gamão.
86.ª Nenhum escravo depois do toque de recolher sahirá
á rua escripto assignado por seu senhor, administrador, ou quem
suas vezes fizer: pena de ser recolhido á prizão para ser entregue
no outro dia ao senhor, administrador &c. será obrigado a
castigallo publicamente; e não o fazendo incorrerá na multa de
mil reis.
87.ª Fica prohibido o ajuntamento nas ruas, e praças desta
cidade de mais de trez escravos, exceptos para algum serviço
reconhecido, que será logo dispersado rondas; administradores
ou quem suas vezes fizer para os punir publicamente; e não o
fazendo incorrerá na multa de quatro mil reis.
88.ª Fica anthorisado o procurador da camara para fazer
as despezas necessárias, que lhe determinar a mesma camara,
com a limpezas das praças publicas desta cidade, uma vez cada
trez mezes; devendo na do commercio dar-se escoamento ás
agoas que ficão estancadas junto ás barracas.
89.ª o edifício, ou muro que for feito sem licença da
camara na forma das posturas 1, e 2, será demolido unicamente
quando estiver fora do alinhamento; estando porém bem
alinhado, pague o infractor a multa de trinta mil reis, e o edifício
continue.
36 Códigos de Postura de São Luis/MA

90.ª Cumprimão á camara municipal prover sobre a


abastança dos mantimentos e outros objectos expostos á venda
publica, e achando-se esta cidade assaz populosa sem a suficiente
quantidade de farinha de mandioca, e mais necessário e
indispensável alimento dos seus habitantes, assim como ameaçada
pela irregularidade da estação de continua a existir a mesma
falta fica por isso desde já prohibida a exportação deste gênero
para fora da província; debaixo de qualquer pretexto, que se
allegre em quanto durarem as actuaes circunstancias, e logo que
estas cessem, a mesma camara o fora saber por editaes, que se
aflixarão nos lugares mais públicos, e se publicarão pelos
periódicos; e aos contraventores desta postura, em cujo numero
alem dos donos ou correspondentes das remssas, são
comprehendidos tãobem os que a de qualquer maneira
cooperarem para similhante exportação inclusive o capitão, ou
mestre da embarcação que a receber a seu bordo, se porá a
cada hum, a pena de oito dias de prizão, e trinta mil reis de
condemnação e na reincidência trinta dias de prizão, e sessenta
mil reis de condemnação.
91.ª na conformidade do Tit. 3.º Art. 69 da lei do 1.º de
outubro de 1828, todos os chefes de famílias e mais pessoas que
recusarem mandar seus filhos, fâmulos, ou escravos para se
vaccinarem quando sejão para isso avisados pelo agente da
repartição da vaccina ou pelos juízes de paz do districto da
cidade, serão multados pela primeira vez em quatro mil reis
para as despezas da camara e nas reincidências em oito mil reis.
92.ª Todo aquelle proprietário que não calçar a sua testada
no inverno dentro de hum mez, e no verão dentro de dous
mezes, depois que for calçada a rua fronteira ás suas cazas ou
terrenos, sofrerá a multa de dez mil reis, para as obras da camara;
e nas reindencias mandando-lhe a mesma camara calçar a testada
á custa d´elle.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 37

93.ª Todo o estrangeiro medico, ou cirurgião que de hora


em diante chegar a esta província com o fim de estabelecer
domocilio, e queira usar de sua arte, será obrigado a apresentar
á camara desta cidade, dentro de quinze dias, depois, depois
da sua chegada, o seu diploma, ou carta para ser visto, e
examinado, e por esta forma conhecer se de sua veracidade sob
pena de pagar a multa de sessenta mil reis, para as obras da
camara: o que tãobem se entenderá com aquelles facultativos
nacionaes, que de outras províncias do império vierem nesta do
mesmo modo estabelecer domicilio, o venhão de paizes
estrangeiros.
94.ª Toda a pessoa que de obra em diante corar, enxugar,
e estender roupa nas ruas desta cidade tanto no chão, como em
cordas; e ainda mesmo nas testadas de suas propriedades,
excepto nos subúrbios, pagará de multa pela primeira vez para
as obras da camara cinco mil reis, e na reincidências dez mil
reis.
95.ª Os proprietarios de chãos, nesta cidade os terão
limpos, fazendo-os limpar, de mez a mez, ou logo que se acharem
sujos, quando não estejão cercados, pena de oito mil reis no
caso de contravenção, incorrendo na mesma pena aquelles que,
nos ditos chãos lançarem lixos, ou qualquer immundicia, e se
não tiver com que pagar sofrerá a pena de trez dias de prizão;
se porem for escravo o que lançar os ditos lixos, será logo prezo
por qualquer patrulha, á ordem do juiz de paz do districto, afim
de ser punido com seis dúzias de palmatoadas publicamente, de
cuja pena será absolvido se o seu senhor, ou administrador pagar
a multa de oito mil reis; e toda a patrulha ou pessoa do povo,
que com testemunhas fizer cumprir o determinado nesta postura
recerá metade da multa imposta a cada infractor por sua
vigilância.
38 Códigos de Postura de São Luis/MA

96.ª Do 1.º de abril de 1836 em diante, ficão de todo


extinctos os salgadouros de couros verdes, que se achão dentro
da cidade, e só sim se poderão estabelecer na praia da madre
de deos: aos contraventores desta postura será imposta a multa
de trinta mil reis, e quinze dias de prizão, evitando-se por esta
forma as grandes immundicias, e pestilento cheiro de sangue
pútrido que diarimente infecciona a att´mosfera, vindo por tanto
a saúde publica a sofrer grandes detrimento.
97.ª Apessoa alguma d’ora em diante He permittido alimpar
os factos verdes das rezes na praças do açougue publico, ou
ainda mesmo em outros quaesuqer lugares, que não sejão no
interior de suas casas ou beiradas do mar, sob pena de cinco mil
reis de multa pela primeira vez, para o cofre da camara, e na
reincidência na de dez mil reis, e trez dias de prizão, sendo por
tanto esta postura em toda a sua plenitude applicavel aos que
abusiva, o escundalosamente custumão lançar na referida praçar
do açougue, e outros lugares as pontas, sabugos, ossos, e unhas
das rezes.
98.ª As patrulhas rondantes, que diária e nocturnamente
encontrarem qualquer pessoa, ou pessoa a lançar lixo, e outras
immundicias que sejão, nas praças, ruas, e ainda mesmo em
terrenos da cidade que não estejão cercados, poderão logo
prender a essa pessoa, ou pessoas, á ordem do juiz de paz
respectivo, e a conduzirão a prisão, onde será retida em quanto
não satisfizer a multa de cinco mil reis pela primeira vez, e na
reincidências em dez mil reis, de cuja multa será a metade para
a patrulha rondante, e a outra fica pertencendo á camara,
devendo a sua cobraça fazerse effectiva pele procurador da
mesma camara, o qual fica authorisado a dar á referida patrulha
a dita metade da multa, e com recibo do mesmo procurador, os
infractores requererão a soltura.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 39

99.ª Toda a rez que entrar para o curral para ser morta, e
rendida ao publico, achando-se em tal estado de magreza, que
indique, ou se conheça estar enfectada de mal ou outra qualquer
doença, não será morta, e logo tirada do curral será entregue a
seu dono, ou feitor, para della dispor conforme lhe aprouver,
com a declaração de que constando que foi morta, e vendida a
carne publica ou particularmente, será o dono da rez multado
em trinta mil reis para as despesas da camara, e na reindencias
em sessenta mil reis, sendo aprezada toda a carne que se achar,
e depois lançar ao mar: ficando os empregados do açougue
restrictamente responsáveis pela não observância do exposto
nesta postura; e sujeitos a perderem seus lugares, quando sejão
coniventes, deixando com tudo os donos das rezes de pagar a
propina do costume, por aquellas que se julgar incapazes de
serem mortas, e que se tirarem para fora do curral.
100.ª Toda a pessoa infectada de bexigas, qualquer que
seja a sua condição e estado será obrigada a retirar-se para o
hospital do bom-fim, para alli se curar, sob pena de trinta mil
reis, e na reincidência sessenta mil reis, para o cofre da camara,
e 15 dias de prizão; sendo todavia obrigado a retirar-se para
aquelle lugar a expenças suas entendendo-se o mesmo com as
pessoas escravas por quem sues senhores, ou administradores
ficão responsáveis. Aquellas pessoas pois que pelo seu estado de
probreza, e indigência se não possão transportar para o dito
hostipal, fica todavia ao cuidado da camara municipal o concorrer
grátis com toda a despesa, com o seu curativo, e tranporte,
devendo fazer sciente á mesma camara por hum attestado do
seu respectivo vigário, e na sua falta do juiz de paz do seu
districto a sua pobreza, e que não tem meios alguns para se
curar.
40 Códigos de Postura de São Luis/MA

101.ª Dora em diante nenhuma pessoa poderá ter botica


aberta, sem licença da camara sob pena de pagar trinta mil reis
pela primeira vez, e na reincidência sessenta mil reis.
102.ª Todo o official de botica que se denomina primeiro
caixeiro a quem seu dono, ou proprietário, tem de todo entregado
hum tal estabelecimento, para o administrar, sem que seja
necessário prestrar adjutório, para manufactura os medicamentos,
e preparar os receituários, será obrigado a fazer o exame da
arte, o qual pertence á camara mandar fazer, como he costume,
depois da abolição da junta proto medicatu- E no caso de
haverem boticas que sejão administradas por indivíduos, que
não sejão examinados, e não tenhão hum titulo legal, por onde
conste serem idôneos para regerem um tal estabelecimento, a
beneficio da humanidade, o dito dono, ou proprietário incorrerá
na multa de sessenta mil reis, para as despezas da camara, e não
poderá continuar a conservalla ao publico por mais tempo, no
que os fiscaes, e o provedor-Mor da saúde, terão o mais vigilante
cuidado.
103.ª Toda a pessoa, depois de vacinada, será obrigada a
comparecer na sessão seguintev da vaccina na repartição
competente, ainda que para isso não seja avisada, para se
verificar se Ella produzio, ou não effeito; sob pena de pagar a
multa de cinco mil reis pela primeira vez, e na reincidências a
de dez mil reis e cinco dias de prizão, se a pessoa for do menor
idade, seu pay, ou quem por Ella responda, e se for escravo o
seu senhor, ou administrador.
104.ª Todos os lugares públicos, incluindo as testadas das
ruas empaxadas com objectos, cujos donos se ignorarem
acontecendo com isto não poderem-se desembaraçar, o fiscal
do districto em que estiverem os ditos lugares, e testadas
empachadas, aflixará editaes, nos quaes se declaro que os donos,
ou seus procuradores, no espaço de quinze dias hajão de remover
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 41

os ditos objectos, sob pena de que não comparecendo pessoa


alguma a reclamar, o fiscal participará isto ao procurador da
camara, para ser citado por editos o dono, o qual não
comparecendo no tempo estipulado, serão vendidos e o seu
producto depositado, deduzidas as despezas, até que appareça
dono, a quem será entregue; cujo deposito será feito pelo juiz
de paz, a quaesquer objectos, que se acharem em lugares
públicos, e testadas das ruas, serão multados em dez por cento
pelo valor de cada volume ou objecto.
105.ª Alem do prohibido na postura 33 prohibe-se
igualmente a venda de qualquer gênero, por pezos, que não
estejão afferidos pelo padrão da camara, debaixo das mesma
penas comminadas na referida postura.
106.ª Todo aquele que não obstante a afferição dos pezos,
e medidas, que as constitue legaes, falsificar tanto estas como
aquelles, sobre gêneros seccos, ou molhados, na acção de os
vender, de sorte que pela quantidade deles exactamente se não
verifique o pezo ou medida porque forão vendidos, sofrerá a
multa de dez mil reis, e quatro dias de prizão.
107.ª Fica inutilisada a rua, que decore Leste, a este por
entre os terrenos, e alguns prédios de Manoel Joze de Medeiros,
e Simão dos Santos Malheiros, pela sua multa tortuosidade, e
por se achar mui próxima a rua chamada da independência, que
tem oito braças de largura, eguindo o mesmo rumo, e conforme
o plano da cidade.

Approvadas provisoriamente pelo Exm. Vice-Presidente


da província em 25 de abril de 1842.
42 Códigos de Postura de São Luis/MA

108.ª Sendo prejudicial á saúde publica, e abuziva a pratica


de vender-se neste clima carnes verdes, até vinte e quatro horas
depois de morta a rez, fica prohibida a venda deste gênero das
duas horas da tarde em diante: pena aos contraventores de dez
mil reis, e nas reincidências de vinte mil reis, e oito dias de
prizão.
109.ª Ficão sugeitos as penas da postura n.º 47 os que
consentirem em sua fabercas, botequins, ou cazas publicas,
escravos entretidos em quaes quer objetos de distracção.
110.ª Nenhuma pessoa tirar esmolas com imagens nesta
cidade, e seus subúrbios, senão em nicho portátil: os
contraventores pela primeira vez serão advertidos, e pela segunda
pagarão a multa de dous mil reis, e nas reincidências de quatro
mil reis.
111.ª Todo medico, cirurgião, ou outra qualquer pessoa,
que vaccinar nesta capital, será obrigado a mandar no oitavo
dia a estação competente todos os vaccinados com participação
d’elles declarando seus nomes, idades, filiação, condição, rua e
caza, em que morarem; sob pena de pagarem os contraventores
cinco mil reis, de multa, e nas reincidências vinte mil reis. Igual
quantia pagarão os chefes das famílias, a que pertencerem os
mesmos vaccinados se recusarem entregal os para o fim indicado.
112.ª Fica desde já prohibido aos pescadores vender
peixe, sem que primeiro e tenhão desembarcados em lugar
enxuto. O Arrais, que o contrario praticar, incorrerá pela primeira
vez na multa de quatro mil reis, e pela reincidência na de oito
mil reis e três dias prizão.
113.ª Fica desde já prohibido ter ranchos entro de terrenos
cercados ou murados nesta cidade, afim de se darem
gratuitamente, ou por aluguel a escravos, ou a outras quaesquer
pessoa para morarem, sob pena de pagar o proprietário de taes
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 43

terrenos, trinta mil reis. Os que nesses ranchos morarem, passados


trinta dias da publicação desta, ficarão obrigados á multa de
oito mil reis, e nas reincidências á de dezasseis mil reis, e oito
dias de prizão: exceptuão-se os ranchão dês tinados para uma
ou duas pessoas, que vigiem os referidos terrenos, ou objetos,
que n’elles existão.

Artigo 1.º Em virtude do art. N.º 297 do Código Penal,


ficão prohibidas expressamente granadeiras, e pistollas, de que
só pode usar a tropa na forma da ley, as facas de pontas, navalhas
de molla, punhaes, estoques de hengallas, savellões, e todas as
mais armas que se podem trazer occultas, o bem assim bacamantes
e as não forom permittidas nos artigos e casos abaixo designados.
Art. 2.º De toda e qualquer arma será prohibido uzarem
os escravos dentro da cidade, e povoações deste município, até
mesmo pãos simples ou encavados de ferro, como sejão lanças,
choupas, zagaias; he com tudo permitido o uso de alguma desta
armas nas estradas publicas, ou em longa viagem bem como, o
terçado, e espada com licença dos juízes de paz, dos respectivos
districtos, a quem recorrerão os senhores administradores ou
feitores dos mesmos escravos.
Art. 3.º He tãobem permittido aos escravos que conduzem
gado, o uso do pampilho, na occasião da condução, e a faça aos
magarefes, a cortadores, com tanto que não uzem d’ellas fora
dos matadouros e talhos.
Art.4.º os escravos que se empregão em colher capim, e
lenha, para uso de caza de seus senhores, poderão usar de faça
romba machado, ou foiço, com tanto porém que se recolhão
antes da noite: as armas o pãos prohibidos aos escravos não
comprehendem pãos de carga, e remos.
CÓDIGO DE POSTURA DE 1866

Código de postura da Camara Municipal da Capital do


Maranhao. Lei nº 775 de 4 de julho de 1866. Laffayette Rodrigues
Pereira, presidente da província do Maranhão. Faço saber a todos
os habitantes que a assembléa Legislativa provincial, sobre a
proposta da Camara Municipal da Capital, decretou a lei seguinte:
Titulo 1º - Regularidade e aformoseamento.
Artº 1º Sem licença da camara e pagamento semestral,
nos mezes de janeiro e julho de cada anno, da taxa fixada na lei
do orçamento municipal, não se poderá ter casa de commercio,
qualquer que Ella seja, fabricas, officinas de officios mechanicos
(cujo o capital exceda de quinhentos mil reis), casa de saúde,
hospedaria, casas de pasto, casas de fogos não prohibidos,
escriptorios commerciaies, armazéns de depósitos, e outro
qualquer estabelecimento sujeito a imposto. Aos contraventores
a multa de trinta mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 2º. Ficam incursos na mesma pena os que, com quanto
sem loja aberta, venderem generos ou productos do seu trabalho,
sem previa licença da camara, tirada nos meses marcados no
artigo antecedente.
46 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 3º. Os pesos e medidas, quer de extenção, quer de


capacidade de que se servirem os commerciantes para a venda
de suas mercadorias, deverão ser oferidos pelos padrões da
camara. Aos contraventores a multa de dez mil reis, se feita á
aferição estiver exacto o peso ou medida, e de vinte mil reis e
oito dias de prisão, e o duplo nas reincidências, se não estiver
conforme aos padrões.
Art º4º. A aferição de pesos e medidas será feita todos os
annos pelos districtos de paz, e pela maneira seguinte: os
primeiros quinze dias de janeiro no primeiro, nos outros quinze
primeiros do de fevereiro no terceiro; empregando-se os últimos
dias do mez nos de São Joaquim do Bacanga e Vinhaes.
Artº 5º. O aferidor deverá declarar em repetidos annuncios,
feito oito dias antes, quais os districtos em que vai proceder á
aferição e o lugar em que se acha no rececpetivo districto; e
farão o seu trabalho em dias úteis consecutivos das 8 da manhã
as 4 da tarde, s´ob pena de dez mil reis por cada dia, em que se
der a falta.
Artº 6º. O aferidor por nenhum pretexto se poderá recusar
a aferir pesos e medidas que lhe forem apresentados, podendo
as pessoas que se julgarem prejudicadas apresentar suas
reclamações fundamentadas ao repectivos fiscal, o qual
procederá como lhe cumpre, participando á camara na sua
primeira reunião tudo quanto houver occorrido.
Artº 7.º As pessoas, que se julgarem aggravadas pela falta
do aferidor e decisões dos fiscaes, poderão recorrer para camara,
para esta dar as providencias que entender.
Artº 8.º O aferidor pagará a multa de trinta mil reis, provada
a recusa ou neglicencia de sua parte no cumprimento do dever.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 47

Artº 9.º Os donos de carros, segue, carroagens, carroças,


carretões, ou qualquer outro meio de transporte e conducção
desta natureza, que transitarem pelas ruas e praças desta cidade,
são obrigados a matriculal-os na camara municipal nos mezes de
janeiro e julho de cada anno. Aos donos das carroças e carretões
será entregue, se ainda não tiver sido, uma chapa para cada
carro com o numero de matricula para ser pregada na parte
posterior, ou ao lado do carro, carroça ou carretão, que forem
matricular; e as segue e outros vehiculos de passeio, de aluguel,
serão numerados. Aos contraventores a multa de vinte mil reis e
o dobro nas reincidências, além da obrigação de matriculal-os e
numeral-os nessa occasião devendo o vehiculo ser depositado
até o pagamento da multa.
Artº 10º. Nenhum edifício será construído sem previa
licença da camara. Aos contraventores demolição da obra á ccusta
delles, e multa de vinte mil reis.
Artº11º. Ninguem poderá abrir buracos desta cidade para
fincar páos, ou para qualquer fim, e nem armar andaimes, sem
licença da camara. Aos contraventores a multa de dez mil reis, e
nas reincidências o dobro.
Artº 12º. Ninguem poderá causar danos aos murs ou paredes
d´´edificios públicos ou particulares, as calçadas, pontes, poços,
cães ou qualquer outra construção, as planatações das praças e
ruas, e nem encostar ou prender nellas cousa alguma. Aos
contraventores a multa de trinta mil reis e o dobro nas
reincidências.
Artº 13º. Ninguem no município, ainda que seja nas próprias
terras, poderá cortar arvores fructiferas, úteis ao sustento dos
hoens, e dos animaes. Aos contraventores a multa de trinta mil
reis, e o dobro nas reincindencias. Exceptuão –se os casos: 1º de
ser o corte feito nos lugares em que se tiver de roçar: 2º serem
48 Códigos de Postura de São Luis/MA

as arvores cortadas madeiras próprias para construcção: 3º o


corte necessário para abertura ou aperfeiçoamento d´ estradas,
caminhos públicos e particulares, ou edificações.
Artº 14º. Todo o que der espectaculos de qualquer natureza
que sejam, no theatro, quando não for por contracto com o
governo, nas ruas, praças ou chãos desta cidade sem licença da
camara paagará de multa vinte mil reis, e o dobro nas
reincidências.
Artº 15º. Ninguem poderá negar aos fiscais da camara as
licenças que por elles lhes forem pedidas, salvo se houver motivo
justo para fazel-o, e nesse caso apresental-a-há dentro do prazo
de vinte e quatro horas depois da intimação e em data anterior
da recusa. Aos contraventores a multa de trinta mil reis, e o
dobro nas reincidências.
Artº 16º. Todas licenças da camara continuarão a pagar as
taxas até aqui estabelecidas, e as que em virtude deste código
forem creadas ou agumentadas. Em caso algum estas licenças
serão concedidas sem que o impetrante mostre que fez o prévio
pagamento dos repectivos direitos nas recebedorias publicas.
Artº 17º. Ninguem fará obras com usurpação de terrenos e
serventias publicas. Aos contraventores a multa de trinta mil
reis, e demolição da obra á sua custa.
Artº 18º. Os indivíduos, que se apossarem de terrenos da
camara sem têl-os obtidos por aforamento, incorrerão na multa
de trinta mil reis, e se nellse tiverem feito bemfeitorias perdel-
as-hão.
Artº 19º. São prohibidas as rifas e todos os jogos de
paradas, e somente permitidos os de vara, bilhar e tabolar em
taboleiros. Aos contraventores, que em suas casas admittirem
jogos prohibidos, ou rifas, em borá effectuadas, a maneira de
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 49

loterias, a multa de vinte mil reis, sem prejuízo das penas


mencionadas no código criminal, art. 181 e mais legislação a
respeito.
Artº 20º. Todas as pessoas que forem encontradas nas ruas,
praças,praias, corredores de casas, torres de igrejas ou outros
lugares públicos que não forme destinados para jogos lícitos, a
jogar qualquer espécie de jogo, serão multados em dous mil
reis, e soffrerão, oito dias de prisão e o duplo nas reincidências.
Sendo, porem, escravos soffrerão somente a pena de prisão,
ficando ao senhor salvo o direito de requerer ao juiz executar a
commutação da prizão em castigo, na forma do art. 60 do código
criminal. Os donos das quitandas e outros estabelecimentos, não
destinados para jogos lícitos, em que forem encontradas taes
pessoas a jogar, incorrerão na multa de vinte mil reis e oito dias
de prisão, e nas reincidências no duplo da multa e pena.
Artº 21. Todas as obras de ouro e prata expostas a venda
terão uma marca especial indicativas do vendedor, e outra do
quilate do ouro ou do dinheiro da prata. Exceptuam-se desta
segunda marca os objectos, ou de qualquer natureza, digo, os
objectos que não forem fabricados no município. No acto de
solicitarem a competente licença, os vendores serão obrigados
a fazer conhecer á camara as respectivas marcas de que usarem.
Serão os contraventores multados em vinte mil reis, e no dobro
nas reincidências.
Artº 22. Todo o individuo que for encontrado fazendo
negocio fraudulento, e vendendo objectos falso por verdadeiros
será mulatado em trinta mil reis, e soffrerá oito dias de prisão,
sendo demais a questão affecta ao chefe de policia.
Artº 23. Fica prohibidos matarem-se vacas; exceptuão –
se porém as que, já forem velhas e estéreis, e as que, por
defeito reconhecido das tetas, forem incapazes de criar. Aos
50 Códigos de Postura de São Luis/MA

contraventores a multa incorrerá, também o administrador do


matadouro publico, que tal consertir.
Artº 24. Ninguem porá pasquim, dísticos, traçará figuras
desho nestas, ou de qualquer natureza, nas paredes, portas d´
edifícios, muros e outro qualquer lugar. Aos contraventores a
multa de vinte reis e três dias de prizão.
Artº 25. Todo o que for encontrado nu, ou indecentemente
vestido pelas ruas desta cidade e povoações, ou a lavar-se nu
nas fontes publicas e porto, incorrerá na multa de cinco mil reis
e três dias de prisão,devendo pelo escravo pagar o senhor.
Artº 26. Nenhum empregado de registro e curral, ou
qualquer outra pessoa vexará ou incommo dará de qualquer forma
que for aos marchantes, creadores particulares e donos de
boiadas, recolhidas no curral publico. Aos contraventores a multa
de dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 27. Ninguem poderá alterar por qualquer forma que
seja, os nomes das ruas, praças e números das portas das casas
desta cidade. Aos infractores a multa de seis mil reis e o dobro
nas a reincidências; e não tendo com que pagar multa serão
presos por quatro dias.
Artº 28. Ficam prohibidos depois de seis meses da
publicação deste código, as redes de pescar chamadas de
tapagem e lanço cujas malhas excederem abtitóla que a camara
der, a qual nunca será menro de uma polegada. Aos contraventores
a multa de trinta mil reis e o dobro nas reincidências.
Artº 29. Ninguem poderá roçar, cortar madeira, nem por
qualquer forma dannificar terras não aforadas do patrimônio da
camara. Aos contraventores a multa de trinta mil reis, e o dobro
e oito dias de prisão nas reincidências.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 51

Artº 30. Nenhum escravo poderá estar fora de casa além


dez horas da noite sem autorização escripta de seu senhor. Os
infractores serão presos até o dia seguinte, pra serão entregues
a seus senhores , que pagarão a multa de mil reis, por cada
escravo assim encontrado; e no caso de não satisfazerem, ficará
o escravo retido por mais vinte quatro horas.
Artº 31. É proihibido aos escravos terem estabelecidos
de commercio de qualquer natureza, ou capital que seja, sem
que tenham licença por escripto de seu senhor. Aos contraventores
a multa de dez mil reis, e na reincidência o dobro e oito dias de
prisão.
Artº 32. Ninguem poderá embaraçar o escoamento das
águas pluviaes do terreno ou prédio visinho, e que naturalmente
corram, que haja servidão que estabelecida por impossibilidade
de serem as mesma águas encanadas com promptidão para as
ruas e o dobro nas reincidências.
Artº 33. Toda a pessoa que estreitar os canos ou vallas
fazendo ou edificando obras sobre as mesmas incorrerá nas penas
de dez mil reis, e demolição da obra de sua casa.
Artº 34. Ninguem poderá fazer estacadas, obras, ou aterros
no mar ou em qualquer terreno da marinha, sem ter titulo de
aforamento, e licença da câmara, sendo-lhe demarcado o espaço
que poderá aterrar, e em que deverá edificar. O que infringir
estas disposições será multado em vinte reis, e demolida a obra
a sua custa.
Artº 35. As Ninguem poderá cravar prego, ou estacas nas
juntaras das que deitam pra o mar, e das rampas desta cidade.
Aos contraventores a multa de cinco mil reis, e o dobro nas
reincidências; sendo o bote ou barco, que estiver preso ao prego
ou estaca encravada, apprehendido até a satisfação da multa.
52 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 36. É igaulmente vedado aos mestres do barcos, botes


ou qualquer outra embarcação, conservalos atracados aos cães
por mais tempo que o rigorosamente necessário para descarregar,
receber a carga ou passagens. Aos contraventores a multa de
dez mil reis, e nas reincidências o dobro.
Artº 37. Os carros ou carroças, que transitarem pelas ruas
da cidade, deverão ter o eixo fixo e as rodas moveis e estar
com 3 polegadas pelo menos de largura no trilho, e as chapas de
ferro, que as circundam, com pregaria embebidas nas esta de
dez mil reis, e o dobro nas reincidências, sendo depositado o
carro até o pagamento da multa. Os carros de roda fixa, que
vierem de fora da cidade carregados, deverão descarregar no
campo d´ ourique, ou na praça d´alegria.
Artº 38. Em nenhuma igreja poderão dobrar os sinos a
defunto, excepto na respectiva matriz e na igraja de São Jose a
misericórdia (São Pantaleão), e nestas por tempo breve, que
não exceda a cinco minutos e por três vezes unicamente desde
a ocasião da morte ate a do enterro. Aos contraventores, que
serão os encarregados das administração da igreja e o sineiro, a
multa de trinta mil reis, e nas reincidências o dobro e seis dias
de prisão. O sineiro fica também sujeito a pena de seis dias de
prisão logo da primeira vez da inflação.
Artº 39. Fica prohibido dento da cidade o uso de zôrras.
Aos contraventores a multa de vinte mil reis e o dobro nas
reincidências, sendo as zôrras depositadas até a satisfação da
multa.
Artº 40. Fica d‘aqui avante prohibida a devagação, pelas
ruas, e praças desta cidade, de perús, galinhas, patos ou qualquer
outra qualidade de d´aves, não sendo acompanhadas pelos donos
ou transitando para algum destino particular. As que forem
encontradas soltas serão seus donos multados em mil reis por
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 53

cada ave, e quando estes não appareçam para reclamalas dentro


de oito dias serão julgadas perdidas e vendidas em leilão,
reventendo o producto para os cofres da municipalidade.
Artº 41. Fica prohibido espancarem- se animaes nas ruas,
praças, e logares públicos deste município; carregarem-n´os com
excesso de pezo, e bem assim trazerem- nos demasiadamente
magros no serviço. Os que forem encontrados espancando os
animaes, ou conduzindo-os sobrecarregados, incorrerão na pena
de seis dias de de prisão; e os donos d´aquelles, que andare
magros em serviço, pagarão de multa vinte mil reis digo de
multa dez mil reis, e o dobro nos reincidências, sendo o animal
apprehendido e remetido para matadouro, e ahi depositado até
que seja satisfeita a multa respectiva, e, não aparecendo dono
que o reclame, procederá o administrador do matadouro na forma
do art. 85.
Artº 42. Fica prohibido aos condutores de carros e carros
tirar fora deste os animais nas ruas e praças desta cidade, e
menos que não seja para serem immediamente substituídos por
outros, bem como descarregal´os senão á mão afim de não
danificar as calçadas. Aos contraventores a multa de cinco mil
reis, e o dobro nas reincidências, e prisão e dois dias ao
conductor.
Artº 43. Todos que possuírem terrenos dentro da cidade
serão obrigados no praso de três meses, depois da publicação
do presente código, afazer registrar na secretaria da camara os
respectivos títulos. Aos contraventores a multa de vinte mil reis,
e o dobro nas reincidências.
Artº 44. Os proprietários d’ officinas d’ impressão
fothographia e gravura, que se acharem estabelecidos ou que
para o futuro se estabelecem nesta cidade e seu termo, são
obrigados no praso de oito dias a declarar na camara seus nomes,
54 Códigos de Postura de São Luis/MA

logar, rua e numero da caza em que morarem e tiverem seus


estabelecimentos para tudo se lavrar termo em livro destinado
para esse fim. O praso para aquelles que estiverem estabelecidos
correrá da data da publicação deste código, e para os que tiverem
de estabelecer- se correrá do dia em que suas officinas
começarem a funccionar. Os contraventores serão multados na
conformidade do código criminal, art. 303, de doze a sessenta
mil reis.
Artº 45. È permitida aos fiscaes e guardas municipaes
fazerem, no acto immediacto da venda, aprehenção em qualquer
peso da carne, afim de represarem e verificarem se está ou não
exacto. Verificada a falta de exactidão será multado o vendedor
em vinte mil reis, e nas reincidências no dobro, e soffrerá mais
oito dias de prisão.
Artº 46. O pão exposto á venda nas fabricas delle, ou nas
quitandas, ou pelas ruas, ou em qualquer outra parte da cidade,
não poderá ser vendido sem ser pesado no acto da venda, e o
pezo delle só será de duas onças, uma quarta, meia libra, e três
quartas de libra. Quando por mais cosido, não tenha o pezo
marcado nesta postura será o vendedor obrigado aprehencel’o
com sufficiente contrapezo. Os contraventores pagarão a multa
de vinte mil reis e o dobro nas reincidências, com dias de prisão
ao vendedor.
Artº 47. O sal quer de produção nacional, quer estrangeira,
será vendido a pezo nas casas de retalho. Os contraventores
pagarão a multa de dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 48. Em quanto não se construírem casas próprias
ficarão designadas para a venda do peixe as praias do caju,
pequeno, Santo Antonio, Remedios, Madre de Deus, desterro e a
praça do mercado. Aos contraventores a multa de três mil reis,
e na reincidência o dobro e ter dias de prisão.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 55

Artº 49. Fica prohibida a venda em grosso de legumes


fresco, aves e frutas na praças do commercio e ruas circunjacentes
e a retalho estacionada delles, neste digo nestas e nas demais
ruas e praças da cidade, menos na praças do mercado. Aos
contraventores a multa de quize mil reis da primeira vez, e nas
reincidências o dobro.
Artº 50. Fica também prohibida a venda de peixe fresco
sobre a água dentro das canoas. Aos contraventores a multa de
dez mil reis, e o dobro nas reincidências e quatro dias de prisão.
A camara municipal construirá casas próprias e commodas ao
publico, onde seja vendido o peixe.
Artº 51. Todo peixe fresco de qualquer tamanho que seja,
e o seco e salgado, para consumo, serão vendidos nesta cidade
a peso. Aos contraventores a multa de cinco mil reis, e o dobro
nas reincidências. Nos logares designados pela camara para a
venda de peixe fresco haverá balanças por Ella fornecidas, para
que os compradores possam verificar o peso do peixe que
comprarem. Estão sujeitos a mesma obrigação e a mesma multa
os vendedores volantes de peixe fresco.
Artº 52. Todos os vendedores que quizerem estacionar
nas praças designadas pela camara, sujeitar-se-hão á arrumação
que lhes for indicada pelo fiscal ou guarda do respectivo
districtos. Aos contraventores a multa de dous reis, por cada
vez.
Artº 53. Os proprietários de terrenos dentro da cidade,
no âmbito comprehendido ruas dos remédios passeio, de norte
a sul e as Riachuelo e a Saave ora de leste a oeste, que estiverem
por edificar, e bem assim os donos d’ aqueles prédios, que
carecerem de ser concluídos exteriormente com muros e dentro
do mesmo espaço, deverão no prazo de seis meses,contados da
data da publicação deste código, dar principio á dita edificação,
56 Códigos de Postura de São Luis/MA

quanto a parte que diz respeito á perspectiva da cidade, isto é


cercal’os de muros com apparencia exterior de casa, sob pena
de pagarem de multa trinta mil reis, e o dobro em cada termo
dos novos prasos, que lhes forem marcados até o exacto
cumprimento desta postura. Fóra deste perímetro, e ainda dentro
da cidade, são obrigados, sob as mesmas multas, a cercal’os
convenientemente.
Artº 54. Ninguem podera d’ora em diante dar começo a
edificação sem primeiro o requerer a camara, apresentando-
lhe logo o risco e desenho exterior da obra para obter della a
necessária approvação. Aos contraventores a multa de trinta mil
reis e a demolição á sua custa do que houver construído; ficando
também sujeito á demolição, quando se afastarem sem prévio
consentimento, do risco e desenho approvados pela camara.
Artº 55. As obras que já tiverem começado a construir,
não poderão continuar, sem que o risco tenha sido approvado
pela camara , para o que se concede quinze dias contados da
publicação deste código, e isto debaixo da mesma pena pecuriaria
da postura antecedente e se construção começada for contraria
ao prospecto designado pela camara, será demolida a custo do
dono.
Artº 56. Ficam obrigado os donos dos prédios desta cidade
situados no perúmetro marcado no artº 53, a mandar rebocar e
caiar pintar ou estucar as paredes exteriores dos mesmos prédios,
que não forem de azulejos ou estuque, não tenham sido
recentemente pintadas ou caiadas, e a renovar a caiação todos
os annos e a pintura de trez em trez annos. Aos contraventores a
multa de trinta mil reis, e o dobro no fim de cada prazo de
quinze dias, que lhes for marcado para o fazerem.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 57

Artº 57. Ficam obrigados todos os donos ou moradores das


casas desta cidade a conservarem constantemente limpas as suas
testadas até o meio da rua. Aos contraventores a multa de cinco
mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 58. Fica prohibido assoalhar-se roupa as janelas, ruas
e praças desta cidade. Aos contraventores a multa de cinco mil
reis e o dobro nas reincidências.
Artº 59. As ruas que d´ora em diante se abrirem nesta
cidade, não terão de largura menos de oito braças ou oitenta
palmos de casa a casa reservando-se para as testadas de cada
lado uma braça. Estas ruas e testadas serão sempre em direção
recta. O engenheiro ou empregado da camara incumbido deste
alinhamento, que não cumprir a disposição desta postura, pagarão
de multa trinta mil reis, descontando do ordenado que tiver de
receber dos cofres da municipalidade.
Artº 60. Dentro da cidade fica prohibido a edificação da
casas cobertas de palhas ou de qualquer outro material de fácil
combustão, e assim também cobrir novamente de palha as que
já i tiverem sido. Aos contraventores a multa de dez mil reis, e
na reindencia vinte, desfazendo-se a cobertura a custa de quem
a tiver feito
Artº 61. Ficam prohibidos as calhas o goteiras, que reunindo
as águas pluviaes dos telhados as dispejam do alto sobre as
calçadas. Os contraventores pagarão a multa de vinte mil reis, e
o dobro nas reincidências, destruindo-se as mesma a sua custa,
quando não as queira prolongar até o passeio, canos de esgoto
no interior de suas casas. As que já estiverem construídas são os
proprietários obrigados no praso de oito dias, depois de intimados
retiral´as ou prolongal´as na forma e sob as penas acima
estabelecidas.
58 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art º 62. Os proprietários das casas e terrenos sitos nas


ruas, que se forem calçando, são obrigados a fazer de novo os
passeios ou testadas de suas propriedades, logo que acalcada
passar em frente dellas, sendo previamente para isso advertidos
pelo fiscal da freguezia; e, se passado oito dias d´essa intimação,
não se estivenrem construído os ditos passeios serão os
proprietários multados em trinta mil reis, e o duplo na
reincidência, que deve ser contada de oito em oito dias, e se
findos vinte quatro dias, não estiver concluído o passeio ou
testada, será esta mandada fazer pela camara a custa dos
proprietários. Exceptuam-se os casos em que sendo as testadas
ou passeios feitos seis meses antes do calçamento da rua,
acontecer que sejam dos materiaes e na forma designdos pela
camara.
Artº 63. As testadas ou passeios, de que trata o artigo
antecedente, serão construídos de materiaes, que pela camara
forem determinados. Aos contraventores a multa de vinte mil
reis, e o a obra feita será desmanchada d custa do infractor.
Artº 64. As testadas das propriedades ou terrenos cujos
donos não tiverem meios para calçadas falo-há a camara a custo
de seus rendimentos.
Artº 65. Fica a cargo da camara a limpeza das praças e o
procurador della especialmente incumbido de prever a este ramo
de serviço público.

Titulo 2º - Commodo e Seguridade


Artº 66. AS casas e muros arruinados que estejam
desaprumados aponto de ameaçarem cahir, serão demolidos,
sendo para isso compellidos judicialmente os proprietários pela
camara, e depois de praticadas as diligencias necessárias; e no
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 59

caso de não fazerem dentro do praso de quinze dias depois da


citação, quanto aos edifícios pequenos, e de trinta a respeito
dos maiores, passará a camara a mandal´os demolir a custa do
proprietário, que pagará não só as despesas da demolição como
as da deligencias que fizerem para esse fim, e mais a multa de
trinta mil reis.
Artº 67. Todo o mestre de obras, que fizer uma obra
ameaçando ruína por mal construída ou falta dos necessários
materiaes e alicerces, sendo assim declarados por peritos em
exame, será multado em vinte reis sem prejuízo da indenisação
ao prejudicado.
Artº 68. Fica prohibido todo o pejamento, de qualquer
natureza quer seja, nas ruas, cães, rampas e praças desta cidade.
Aos contraventores a multa de vinte mil reis, e o dobro do
infraactor.
Artº 69. Não é permittido que se conservem ale do tempo
preciso para descanso dos conductores, nas ruas, praças junto
das portas, ou fora do nível das ombreiras, ou do gradeamento
das janellas, volumes ou objectos quaesquer que sejam, embora
gêneros seccos ou molhados. Aos contraventores a multa de vinte
mil reis, e o dobro nas reindencias.
Artº 70. São permitidos desembarques com demora de
telhas, tijolos, cal, pedras, madeiras, carvão de pedra, e outros
objectos pesados, ou empachantes, nas praias de San’hago, do
desterro, desde a rua Tamandaré até em frente do convento das
mercês, da trindade, pequena, e becco do Assenal. Nos demais
pontos, expeptos as duas rampas de palácio e do trapiche e a
rua do Riachuello, onde de forma alguma desembarcarão com
demora, não poderão estacionar tais gêneros por mais de vinte
e quatro horas, sob pena de pagarem os contraventores vinte
mil reis da primeira vez e o dobro nas reincidências;
60 Códigos de Postura de São Luis/MA

apprehendendo-os então qualquer dos fiscaes, e fazendo-os


recolher em deposito, quando se não saiba qual o dono, até que
este se apresente a pagar a multa.
Artº 71. Fica totalmente prohibido o desembarque de
madeiras e outros objectos pezados ou empachantes (art.
Antecedente) sobre qualquer pretexto que seja sem exepção de
procedências, nas rampas de palácio e do Trapiche, e rua do
Riachuello, a menos que não sejam logo passados para meios de
transporte que os estiverem de conduzir para o lugar do destino.
Aos contraventores a multa de vinte mil reis da primeira vez, e
o dobro nas reincidências.
Artº 72. Os intulhos provenientes da edificação
reedificação ou demolição de prédios, se depositando junto aos
mesmo, devendo ser tirados sucessivamente, sem que fiquem
armontoados por mais de três dias contados do ultimo em que
forem lançados nas ruas e praças. Aos contraventores a pena de
vinte mil reis eo dobro nas reincidências e a remoção feita a
custa delles.
§ Único. Os entulhos, que actualmente existem nas ruas e
praças publicas, serão mandados tirar dentro do prazo de um
mês da data de publicação deste código, por aquellas pessoas ou
corporações a quem competir essa remoção. Os transgressores
incorrerão nas penas estabelecidas neste artigo.
Artº 73. Ninguem poderá edificar ou concertar prédios
sem primeiros cerca a frente da obra com taboalho, a qual será
ahi conservado durante o tempo i na distancia que lhe for
marcado pelo engenheiro da camara, em relação a serventia
publica. Aos contraventores a multa de vinte mil reis, e o dobro
nas reincidencias.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 61

Artº 74. ficam prohibidos em todas as janellas, cujos


pavimentos não tiverem de altura mais de dez palmo da rua, as
grades sahidas para fora do nível das ombreiras; e bem assim os
balcões, sapatas, escadarias e degãos fora do alinhamento das
casas; e as argolas pregadas em pilares, ombreiras ou paredes
exteriores dos edifícios. Aos contraventores a multa de trinta
mil reis, e a custa delles a demolição da obra. Nas que já forem
assim construídas, marcará a camara prazo rasoavel para se
demolirem taes construições, e caso se neguem a isso os
proprietarios, procerá a camara a demolição a custa delles.
Artº 75. Ficam prohibidos os leilões nas ruas e praças desta
cidade, e bem assim trabalhar-se em qualquer officio fora das
portas das officinas. Aos contraventores a multa de vinte mil
reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 76. Os cavallos e demais gados de qualquer espécie,
e carruagens ou carros, de qualquer natureza, não poderão
prender-se ás portas nem paredes, nem conservar-se apeados
nas ruas e praças quer já para se lavarem quer para outro qualquer
fim, aos contraventores a multa de dez mil reis.
Artº 77. Fica prohibido collocarem-se sobre os parapeitos
das janellas, ou mesmo em tabulas fora dellas, qualquer objecto,
que cahindo a rua possa molestar ou incommodar aos que passem.
Aos contraventores a multa de cinco mil reis, e o dobro nas
reincidências.
Artº 78. Ninguem poderá correr a Cavallo ou de seja a
desfilada, nem de qualquer outra maneira que possa incomodar
aos que transitarem pelas ruas desta cidade. Aos contraventores
a multa de dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
62 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 79. È expressamente prohibido andarem veihiculos


de ensino dentro da cidade, expcepto no campo d’ourique; o
diretor ou mestre do ensino digo do mesmo será condenado em
dez mil reis, e quatro dias de prizão.
Artº 80. Não se poderão estabelecer fabricas de fogo
d’artificio, dentro da cidade, e nem tão pouco vender-se palvora
ou outro qualquer gereno sucetivel de expluzão. Aos
contraventores a multa de trinta mil reis, e o dobro nas
reincidências, e oito dias de prisão. Os lugares para esse fim
destinados serão quaesquer que, ficando fora da cidade,
estiverem a sota-vento d’ella e sempre a uma distancia de mil
braças pelo menos do armazém da pólvora.
Artº 81. As novas saboarias, officinas de tanoeiros,
ferreiros, caldereiros e todas as mais desta natureza, que possam
incommodar ou prejudicar os habitantes desta cidade, só poderão
estabelecer-se da data desta postura em diante em qualquer
lugar do litoral da cidade, continuando onde estão as que já
existem em quanto viverem seus donos, mas tendo de mudar-se
antes do fallecimento, só poderão fazel’o para os lugares
designados nesta postura. Aos contraventores a multa de trinta
mil reis, e o dobro se no fim de cada praso marcado para
mudunça, não a tiverem effectuado.
Artº 82. Nenhum carreiro ou carroceiro deixará de andar
com os animais enfreiados e diante do carro que guair, e de
maneira que não offenda pessoa alguma, desviando-se das
carruagens o espaço conveniente para que passem sem pegar as
rodas. Aos contraventores a multa de cinco mil reis, e o dobro
nas reincidências, e o carro depositado até a satisfação da multa.
Artº 83. Os conductores de besta de carga tral-as-hão
guiadas pela arreata, e nunca mais de cinco animaes em cada
recua desviando-se sempre do trilho por onde o público se dirija
e igualmente das carrugens. Aos contraventores a multa de cinco
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 63

mil reis, e o dobro nas reincidências, sendo os animais


depositados até o pagamento da multa e despezas de conducção
e sustento.
Artº 84. Ninguem poderá conduzir montado digo conduzir
animal montado em pello, mas pelo cabrêsto, e nunca mais de
dois. Os infractores, sendo livres, pagarão a multa de quatro mil
reis, e escravos, ou sem meios terão quatro dias de prisão, e os
donos das cavalharicas ou outros que tenhão consertido nesse
abuso incorrerão no dobro da multa.
Artº 85. È prohibida a divulgação pega cidade, povoações,
estradas, e caminhos do município, de gado cavallar, vaccum,
um ar, e suíno, de cães, cabras, Jumentos, carneiros e quaesquer
outros animaes danninhos. Os cães que forem encontrados sem
açaimo nem corrente que os prenda, serão appreda, serão
apprehendidos e levados ao matadouro publico, para ahi se lhes
dar destino. O gado cavalar, vaccum, muar, assinino, e suíno,
que for apprehendido, será remettido para o curral publico, e
hi ficará depositado até ser reclamado por seus donos, que pagarão
antes de recebel-o a multa de seis mil reis, por cada cabeça, e
mais despezas de conducção e sustento. Do mesmo modo se
procederá com as cabras, carneiros, e mais animaes, que forem
apprehendidos, mas por estes só pagarão os donos, além das
despesas que com elles se fizerem, a multa de três mil reis por
cabeça. O administrador do curral e matadouro publico, logo
que lhe forem aprezentados nos periodocos, e se dentro do
prazo de oito dias não apparer reclamação alguma pol-os-há em
leilão mercantil, por conta de quem pertencerem. Deduzidas do
preço do preço da arematação a multa, despezas de conducção,
sustento, e quaisquer outras que se tenha feito, entregará o
restante a seu dono, e se depois de provado o domínio o requerer
dentro do exercício financeiro, terminado o qual será este
excedente recolhido ao cofre da municipalidade.
64 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 86. Ninguem poderá ter soltos, em terras agricultadas,


animaes que possam causar danno as plantas, cultivadas para o
que tel-os-hão seus donos presos em cercados, ou de outro modo,
em ordem a abstar o menor mal que elles possam causar. Aos
contraventores a multa de seis mil reis por cada animal que for
encontrado em aterreno alheio, além da indenização do danno
causado. O proprietário ou morador do terreno invalido, logo
que apprehender o animal, lavrará ou mandará lavrar termo de
infracção assignando-o com duas testemunhas de vista, e remeterá
immediatamente o animal ou animaes apprehendidos,
acompanhados do dito termo ao administrador da quint do
matadouro, o qual preocederá de conformidade com o que ficar
prescripto na postura antecedente, artº 85.
Artº 87. Os possuidores de sítios, quitas, roças e plantações
de qualquer natureza nas immediações das estradas, em distancias
até de cem braças, são obrigados a ter suas propriedades
resguardadas e com cercas bem solidas, sem o que perderão o
direito d’acção contra os donos dos animaes que as invadirem.
Artº 88. Fica prohibido o transito de gado por dentro dos
povoados deste município e permitida a abertura de estradas
místicas da mesma povoações, com a commodidade necessária
para dito transito e cuja direcção será dada pela camara. Aos
contraventores a multa de vinte mil reis, e o dobro nas
reincidências e oito dias de prisão.
Artº 89. Os donos de terenos limitrophes com as estradas,
dentro deste município ficam obrigados a conservar limpa e
desimbaraçada ao transito publico a povoação digo a porção de
estrada contigua aos limites de suas terras, e isto repartidamente
com o visinho que lhe ficar fronteiro, na parte que lhe pertencer
a cada um. Aos contraventores a multa de trinta mil reis, e o
dobro no fim do praso que lhes for marcado para o cumprimento
desta postura. Essa multa é imposta a cada um dos confirmantes
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 65

da porção de estrada, que não estiver perfeitamente limpa e


praticável.
Artº 90. Ficam prohibidos as porteiras nos caminhos
públicos, e só se permittem cancellas de bater. Os contraventores
pagarão a multa de dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 91. Toda as casas terão corredor d’entrada iluminado
desde o anoitecer até que se fechem as portas. Os contraventores
pagarão a multa de cinco mil reis, por cada vez que infrigirem
esta postura.
Artº 92. Fica prohibido apitar, ou dar qualquer sinal, de
que usarem as patrulhas oficiaes rondantes, excepto no caso de
pedir socorro. Aos contraventores a multa de de cinco mil reis,
por cada vez.
Artº 93. Todo o que com palavras ou acções insultar a
qualquer pessoa será multado em trinta mil reis, e três dias de
prisão, e o dobro nas reincidências. Se não tiver meios para
pagar a multa pecuniária, soffrerá em dobro a prisão.
Artº 94. È prohibido fazer voserias, alaridas e dar gritos
nas ruas sem ser para pedir socorro ou capiturar algum criminoso.
Aos contraventores a multa de quatro mil reis, e vinte e quatro
horas de prisão.
Artº 95. A loja de bebidas espirituosas e casas de jogo
licito se conservação abertas só até as dez horas da noite. Aos
contraventores a multa de vinte mil reis.
Artº 96. Fica prohibido accenderem-se fogueiras nas praças
e ruas desta cidade. Aos contraventores a multa de vinte mil
reis, e o dobro nas reincidências.
66 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 97. Fica prohibido nas aulas tanto publicas como


particulares o castigo corporal de qualquer natureza que seja.
Aos professores que tal ordenarem ou consertirem a multa de
vinte mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 98. Todo individuo digo todo o boticário será obrigado
a abrir a botica e a promptificar as receitas, que se exigem, a
qualquer hora da noite; no caso de o não fazer, pagará dez mil
reis de multa por cada vez.
Artº 99. È expressamente prohibido andarem pelas ruas
da cidade escravos com gargalheiras, grilhetas e outros
instrumentos de castigo. Aqueles que assim forem encontrados,
serão retidos por qualquer dos fiscaes que depois de tirar-lhes
os mesmo instrumentos, os entregará aos senhores, que pagarão
a multa de dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 100. Os escravos que por velhos. Ou inutilizados por
quaesquer outros motivos de prestar serviços, forem abandonados
por seus senhores, ou andarem a esmolar de charidade publica,
serão levados por qualquer dos fiscaes, que pagarão a multa de
dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 101. Ninguem poderá ficar nos rios e praias deste
município mourões para qualquer fim que seja, que não tenham
mais de cinco palmo acima do nível da praia- mar. Aos
contraventores a multa de dez mil reis, e o dobro nas
reincidências e a estaca arrancada do lugar onde estiver.
Artº 102.Ninguem poderá lançará rua cousa alguma, que
possa tornal-o imunda, nem prejudicar ou incomumodar aos que
nella estivesem. Aos contraventores a multa de cinco mil reis, e
nas reincidências dez; sendo o objecto lançado á rua removido
a custa dos contraventores. Se a pessoa, que incorrer nas penas
desta postura, não tiver meios de pagal’as, soffrera então a de
dous dias de prisão.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 67

Artº 103. Fica prohibido fazerem-se, sem licença previa


escavações, ainda-que para introduzir canos condutores d’agua,
gás ð, nas praças, estradas e em outro qualquer lugar deste
município, donde provenha danno aos edifícios mais próximo
dos ditas escavações, e obstáculos ao livre transito do publico.
Aos contraventores a multa de trinta mil reis, e o dobro nas
reincidências.
Artº 104. A pessoa que andar embriagda pelas ruas desta
cidade será multada em dez mil reis e ter dias de prisão, e
sendo escravo será entreguem ao senhor para que este o puna
como entender.
Artº 105. Todo aquelle que apagar algum dos lampeões da
illuminação da cidade, sem que para isso esteja autorizado, pagará
de multa de dez mil reis, e três dias de prisão, e quando para
este fim quebrar-se algum vidro ou causar-se outro qualquer
prejuízo ao lampeão será então o infractor preso por oito dias,
além da multa de vinte mil reis, dando-se metade della ao
denunciante
Artº 106. Ninguem poderá salgar, as soalhar, nem bater
couros nas ruas, praças e cães desta cidade, e tão pouco
conserval’os em armazém dentro desta cidade, ficando para
isso designado o patêo (da) e armazéns da quinta do matadouro
publico com livre domínio e inspecção de seus donods, mediante
a taxa que a camara houver de impor, não podendo além disso
ser embarcados nem desembarcados se não no porto do mesmo
matadouro. Aos contraventores a multa de trinta mil reis, e o
dobro nas reincidências, e oito dias de prisão, e a remoção a
custa dos donos. Na mesma pena incorrerá os proprietarios das
imbarcações, que deixarem de desembarcal’os no lugar acima
designado.
68 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 107. Ficam prohibidos os fogos d’artificios soltos pela


ruas e praças desta cidade, e as roqueiras; e os presos só poderão
ser armados, e os do ar tocado, com licença da camara. Aos
contraventores a multa de trinta mil reis, e o dobro nas
reincidências; além do danno que tiverem de indennisar.
Artº 108. Ficam prohibido o fabrico e bem como a venda
do fogo d’artificio denominado buscappé. Os contraventores
serão multados em dez mil reis, e na reincidência no dobro e
quatro dias de prisão.
Artº 109. As pessoas que conduzirem carros, seges ou
qualquer outro vehiculos semelhante, deverão guaial’os
directamente pelas ruas e estradas, dando sempre a direita. Aos
carros que encontrarem. Dentro da cidade as carruagens de lixo,
quer publicas quer particulares, só poderão andar a trote
moderando’o ao voltar as esquinas e trarão sempre lanternas
accessas nas noites de escuro. Os carros ou carroças de cargas
andarão a passo e os donos serão obrigados a por, em lugar de
lanterna, um chocalho ao pescoço dos animaes. Aos
contraventores, que serão os donos das carruagens ou carros a
multa de dez mil reis, ficando o carro depositado até a satisfação
da multa.
Artº 110. As pessoas que por accasião de algum festejo
transitarem a Cavallo, ou conduzirem Cavallos, carros, seges ou
carrinhos, gado vaccum ou muar, pelas ruas desta cidade, que
pelas ruas desta cidade, que pela autoridade competente forem
declaradas prohibidas para esse transito, incorrerão na multa de
trinta mil reis, e o dobro nas reincidências, ficando logo
depositado a Cavallo, carro ou sege, carrinho ð, até a satisfação
da multa.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 69

Artº 112. Ficam prohibidas nas casas desta cidade as portas


e janellas que abram para a rua. Aos contraventores a multa de
vinte mil eis, e o dobro nas reincidências, mandando a camara
fazer a obra necessária á custa proprietário. A’s que já houverem
será marcado um prazo rasoavel para serem recolhidas.
Artº 113. Ninguém consertira defronte de sua morada
animal algum morto, ou outro qualquer objecto immundo, cujo
mão cheiro incommodo os que por ahi passarem. Aos
contraventores, que sereão aquelles cuja morada ficar mais perto
do objecto, depois de advertidos, multa de cinco mil reis, e
removido o objecto a custa delles; mas sabendo-se quem alli o
lançou, será este o que incorrerá na pena de dez mil reis, e o
dobro nas reincidências, e despeza da remoção a’ custa delles,
ainda que objecto já tenha sido removido; e sendo pessoa que
não possa pagar, irá presa por quatro dias.
Artº 114. Os canos das casas só poderão despejar pra as
ruas as águas pluvias, e nunca immundicias de qualquer natureza
que sejaam. Pena de vinte mil reis aos moradores das casas
onde for infringida esta postura, e o dobro nas reincidências.
Artº 115. São prohibidas as reuniões de mais de quatro
escravos nas quitanda ou qualquer outro casa de commercio desta
natureza, onde vendam bebidas esperituosas, mormente se
estiverem entretidos em jogos de rifas. Aos contraventores, que
serão os donos das casas onde houver a reunião, a multa de
vinte mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 116. Ficam prohibido o desembarque de gado vacum
que se desti e á matança, em lugar que não sejam designados
pela camara. Os contraventores, que serão os donos ou mestres
das canoas donde desembarque o gado, pagarão da multa cinco
mil reis por cada animal desembarcado.
70 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 117. Será considerado pejamento prohibido pelo Art.


68 toda venda estável nas ruas e praças desta cidade, além das
designadas na postura 49: e bem assim ás portas das quitandas,
lojas, açougues e qualquer outra casa de commercio ou do lado
de fora das portas dos domicílios particulares. Aos contraventores
a multa de ccinco mil reis ou seis dias de prisão quando não
tenham meios para pagal’a.
Artº 118. Fica prohibido o transitarem pelos passeios das
ruas desta cidade as passoas que carregarem volumes de qualquer
natureza que sejam, execceto quando tiverem de se desviarem
para não serem atropelladas pelos carros. Aos contraventores a
multa de mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 119. Ficam igaulmente prohibido a fritura de peixe e
preparação de qualquer outro alimento ás portas das casas,
quitandas, e lugar de venda. Aos contraventores a multa de cinco
mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 120. Os que tiverem em suas casas pessoas alienadas,
quer estas sejam livres, quer escravas, não consertirão que ellas
saiam a rua, e quando por falta de meios necessários não possam
tel’as em boa guarda e tratamento, darão disso parte a camara,
para que esta faça recolher á algum estabelecimento ou casa
para tal fim destinada. Aos contraventores a multa de trinta mil
reis, ou seis dias de prisão, e o dobro nas reincidências.
Artº 121. Por occasião d’incendio d’alguma casa, a noute,
são obrigados os moradores das que lhe ficarem visinhas a
iluminarem a frente dellsa com o numero de luzes que poderem,
e bem assim a franquearem a água dos poços daquellas em que
os houver, ou pelos próprios criados ou escravos, ou permittindo
que atirem e carreguem as pessoas que tiverem acudido ao
incêndio. Aos contraventores a multa de dez mil reis. A camara
municipal dará de premio a quantia de dez mil reis pela primeira
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 71

pipa d’agua que se apresentar no lugar do incêndio, e for


empregada para adagal’o, sendo de dia; e vinte mil reis sendo á
noute.
Artº 122. As pessoas que venderem água em pipas ou barris,
conduzidos em carroças ou carros, serão obrigados a conserval’os
de noute cheios, afim de acudirem com promptidão a qualquer
incêndio. A camara retterá de seis em seis mezes ao chefe de
policia uma relação nominal das pessoas que se occuparem neste
trafego, e o numero de pipas e carroças d’agua existentes; afim
de poder este verificar se comparecem ao lugar do incêndio; e
caso falte alguma, avisal’oha ao fiscal da freguesia onde se der
o incêndio, para que seja multado i infractor pela primeira vez
mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 123. E’ prohibido dispararem-se armas de fogo dentro
da cidade quer de dia, quer de noite,. Aos contraventores a
multa de de cinco mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 124. Os batuques e danças de pretos são prohibidos
fora dos lugares permittidos pela auctoridade. Aos contraventores,
que serão o que forem encontrados em flagrantes infracção desta
postura, multa de cinco mil reis, por cada um que foe encontrado,
ou seis dias de prisão, quando não satisfaçam a multa pecuniária.
Artº 125. Os donos dos carros que dentro da cidade
chiarem, pagarão de multa quatro mil reis por cada vez, ficando
o carro detido até completo pagamento da multa.
Artº 126. São prohibidos as armadilhas com armas de fogo,
ou de qualquer outra forma que possam dentro do município
prejudicar os viandantes e animaes domésticos. Aos
contraventores a multa de trinta mil reis dias de prisão.
72 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 127. O lugar para os despejos das matérias fecdes e


outras e outras quaesquer immundicias semelhantes e’ o mar, e
só poderá elles ser feito das dez horas da noute as três da
madragada, em vasilhas construídas de modo que não deixem
exalar cheiro. Aos contraventores a multa de cinco mil reis, e
quatro dias de prisão.
Artº 128. Os possuidores de terrenos adjacentes a estrada
chamadas- Caminho Grande- desde o lugar denominado- Alto da
Carneira – até o rio- Cutim- são obrigados a mural’os, e quando
não o queiram fazer, a cercal’os e trazer sempre roçado a beira
da mesma estrada porção de terreno d’ extenção até quinze
braças ao centro, deixando porém as arvores fructiferas e as
que possam dar sombra aos viandantes. Aos contraventores a
multa de mil reis e o dobro nas reincidências, que serão marcadas
por cada praso de quinze dias, que lhes será estipulado para o
fazerem.
Artº 129. Os porcos destinados pra consumo publico ou
particular, desta cidade, e a Ella chegarem embarados, só
poderão desembarcar no porto da quinte do matadouro publico,
acomanhados da competente guia de thezouro publico provincial,
e os que vierem do interior da ilha irão ter ao dito matadouro
publico, pelo caminho ou rua chamada da – Boiada- Aos
contraventores a multa de dez mil reis e o dobro nas
reincidências.

Titulo 3º - Salubridade.
Artº 130. Foro do matadouro publico ninguém poderá matar
nem esquartejar rezes sem licença da camara. Aos contraventores
a multa de vinte mil reis, e o duplo nas reincidências.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 73

Artº 131. Os quartos de carne, que forem tirados do


matadouro publico, só poderão ser vendidos nos talhos designados
pela a multa de vinte reis e o dobro nas reincidências.
Artº 132. Particularmente ninguém poderá vender carne
verde, nem tão pouco pelas ruas e praças da cidade. Aos
contraventores a multa de dez mil reis e o dobro nas
reincidências.
Artº 133. As pessoas destinadas para consumo publico só
poderão ser mortas a choupa e depois sangradas. Aos
contraventores a multa de vinte reis, e o dobro nas reincidências;
ficando responsável também o administrador do curral, quando
no contrario consertir.
Artº 134. Só depois de amanhecer é que serão conduzindo
os quartos de carne do matadouro publico para talhos, sendo
apprehendidos e enterrados os que forem encontados os forem
encontados antes desta hora sem guia do administrador do curral,
pagando o infractor a multa de vinte mil reis e apprehendido o
conductor ate que appareça quem pague a multa caso no acto da
apprehensão não se possa saber quem elle seja.
Artº 135. Os quartos de carne que forem trazidospara
talhos, serão ahi dependurados em ganchos de ferro ou bronze,
e, se tiverem de ficar encostados á parede por-se-hão de
permeio panos brancos e bem limpos.
Artº 136. A carne será conduzida do matadouro publico
para os talhos, em carros ou em costa de animal dentro de cestos,
e envolta em panos brancos e limpo. Aos contraventores a multa
de dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 137. Os talhos, onde for vendida a carne, deverão
ser fechados com grades de todos os lados, para que o ar se
renove com facilidade. Aos contraventores a multa de trinta mil
reis, e o dobro nas reincidências.
74 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 138. Os alugadores dos talhos são obrigados a trazel’os


bem limpos e diariamente lavados. Aos contraventores a multa
de dez mil reis, por cada vez.
Artº 139. Os carniceiros ou cortadores de carne nos talhos
tarão sobre a camisa um avental limpo de fazenda branca, que
cobra a parte anterior do corpo desde o pescoço até os joelhos;
tanto a carne como os ossos serão cortdos com serrote
apropriado, do feitio que a camara determinar; as balanças
forradas de arames ou d’estranho, e suspensas por correntes
daquele metal; balcão de pedra de cantaria lavado todos os
dias, e tudo no maior asseio possível.
Por qualquer desta faltas pagarão os infratores a multa de
dez mil reis, e o dobro nas reincidências e três dias de prisão.
Artº 140. Acamara providenciará para que algum medico
ou pessoa entendida, examine diariamente o gado para consumo
na occasião de entrar para o matadouro, afim de que não consita
mactar-se o que estiver doente ou demasiadamente magro.
Artº 141. A venda de carne só poderá ser feita pela frente
dos talhos. Aos contraventores a multa de dez mil reis, e o dobro
nas reincidências.
Artº 142. Fica prohibido vender-se carne verde das duas
horas em diante, de rez morta no dia antecedente. Aos
contraventores a multa de trinta mil reis, e o dobro nas
reincidências; e a carne que existri será apprehendida e mandado
enterrar.
Artº 143. O deventre ou facto como vulgarmente se diz,
não sahirá do matadouro sem que esteja bem limpo. Os resíduos
deste serão ahi também derretidos, quando se queira colher o
sebo, o qual será reduzido a pães, única forma por que deve
entrar na cidade. Os que limparem o facto fora do lugar designado
nesta postura pagarão a multa de trinta mil reis, e o dobro nas
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 75

reincidências, e cinco dias de prizão. Na mesma pena incorrerão


os que derreterem a fogo nu ou directo sebo em rama.
Artº 144. As rezes destinadas a matanças entrarão do curral
para o matadouro a tempo de ahi descançarem pelo menos duas
horas. Aos contraventores que serão os donos das rezes, dez mil
reis por cada uma que se matar fora das condições estipuladas
nesta postura, ficando o administrador do curral também pelo
exacto cumprimento d’ella, sob as mesma penas.
Artº 145. Só as rezes que tiverem fracturadas os membros,
os forem accometidas pó outro accidente, que as impossibilitem
de andar, não entrarão de pé para o matadouro. O administrador
do curral é responsável pelo exacto cumprimento desta postura,
e denunciará ao fiscal respectivo o nome do infractor respectivo
para que seja multado na quantia de vinte mil reis, sendo a rez
queimada, untando-se primeiro com água raz, ou então será
enterrada no lugar designado no art. 169.
Artº 146. Do mesmo modo se procederá quando se tentar
introduzir no matadouro publico, alguma rez morta, cuja dono
pagará então de multa trinta mil reis, sendo a rez também
queimada de modo dito no artigo antecedente, ou enterrado no
lugar designado no artº 169.
Artº 147. Fica prohibido as pessoas, que padeçam de
moléstias cutâneas contagiosas, o venderem carne ou qualquer
outros comestível. Aos contraventores a multa de dez mil reis, e
o dobro nas reincidências.
Artº 148. Os talhos de carne de porco e de carneiro andarão
também sempre lavados, caindo e tão limpos que não exalem o
menor cheiro, e a carne estará exposta a venda pendurada em
ganchos de latão ou e ferro, e os vendedores vestidos com asseio.
Aos contraventores a multa de dez mil reis e o dobro nas
reincidências.
76 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 149. As carnes, que pelo seu aspecto ou cheiro


indiquem principio de corrupção, serão mandadas enterrar pelo
fiscal, depois de ouvido o juiz de pessoa competente, incorrendo
o infractor na multa de cinco mil reis.
Artº 150. Os porcos destinados para consumo publico serão
conservados em chiqueiros á custa dos donos, construídos dentro
da quinta do matadouro publico, e hi sustentados também por
elles, pagando-se á camara pelo aluguel do terreno a taxa que
por Ella for estipulada, durante o tempo que alli se conservarem.
Aos contraventores a multa de dez mil reis, e o dobro nas
reincidências, e o porco que for incontrado em qualquer das
ruas ou praças desta cidade, será apprehendido e levado ao
matadouro, onde o administrador procederá na forma de artº
85.
Artº 151. Fica prohibido criarem-se porcos, vaccas,
carneiros e cabras nas quintaes e chãos dentro da cidade, sendo
apenas concedido para uso domestico uma vaca ou uma cabra.
Aos contraventores a multa de dez mil reis, e o dobro nas
reincidências, apprehendendo o fiscal o animal, na forma do
artº 85, até que se realise o pagamento da multa.
Artº 152. A fiscalização do asseio e salubridade dos pesos
incumbirá também ao fiscal especial do mercado, enquanto não
for extincto o lugar; devendo elle permanecer alli das 6 da manhã
as 6 da tarde, exceptuando-se o tempo para duas refeições.
Artº 153. Fica prohibido a plantação da herva-timbo, bem
como o emprego della para matar peixe, quer d’agua doce quer
d’agua salgada. Aos contraventores a multa de trinta mil reis e
seis dias de prisão, e o dobro nas reincidências. Duas partes da
multa pecuniária serão entregues aquelle que denunciar e provar
a infração desta postura.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 77

Artº 154. E prohibido nos lugares públicos o fumar diamba,


ou expol’a e vendel’a para tal fim. Os contraventores serão
multados, o vendedor em vinte reis e quatro dias de prisão, e os
escravos ou outras quaesquer pessoas que a fumarem, somente
em quatro dias de prisão.
Artº 155. A officinas de fafricar pão, refinar assunar, as
quitantas, e toda e qualquer outra casa onde se vendam
comestíveis, conserva-se-hão sempre limpas, tanto no que
respeita ao edifício como aos utensílios, de que se servirem. Os
fiscaes visitarão a miúdo estes estabelecimentos, pelo menos
duas vezes na semana, e multarão os donos d’elles quando
infrigirem esta postura, pela primeira vez em dez mil reis, e no
dobro nas reincidências.
Artº 156. As vasilhas empregadas na venda de liquidos
alimentícios deverão andar sempre limpos, e nunca serão de
metal, cuja oxidação seja nociva. Aos contraventores a multa de
dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 157. Fica prohibido forrarem-se de metal, cujo oxido
prejudique a saúde; os balcões das casas, onde se venderem
gêneros alimentícios. Aos contraventores a multa de dez mil
reis, e o dobro nas reincidências, sendo o forro tirado a custa do
infractor.
Artº 158. Serão multados em dez mil reis todos os
vendedores de gêneros de primeiros necessidade falsificados
com ingredientes que prejudiquem a saúde, e o dobro nas
reincidências.
Artº 159. Pagarão a multa de trinta mil reis, e o dobro nas
reincidências, e oito dias de prisão, os que misturarem
ingredientes nocivos á saúde com os gêneros alimentícios que
venderem.
78 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 160. Os confeiteiros ou quaesquer outras pessoas,


que pintarem os doces com óxidos ou saes com bases metallicas
venenosas, como as de cobre, chumbo, mercúrio, etc, soffrerão
a pena de oito dias de prisão, e trinta mil reis de multa, quando,
uma vez advertidos do mal, continuarem a pratical’o.
Artº 161. Fica prohibido fabricar-se pão ou outro qualquer
gênero semelhantes, com água que não seja potável. Aos
contraventores a multa de dez mil reis, e o dobro nas
reincidências.
Artº 162. As cavalharicas dentro da cidade ficam sujeitas
as inspecções dos ficaes da camara, para que velem pela limpeza
dellas, obrigando os donos á trazerem-nas sempre aceiadas, e
removerem diariamente della o estrume. Aos contraventores a
multa de dez mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 163. Os carreiros, que conduzirem lixo e estrumes,
cuidarão em que não se vazem estes pelas ruas, e trarão sempre
vassouras e cestos para apanharem o que cahir casualmente do
carro. Aos contraventores a multa de dous mil reis.
Artº 164. Fica prohibido tomarem-se banhos, lavarem-se
roupa e animaes próximo das fontes, que fornecem água para
consumo publico. Aos contraventores a multa de cinco mil reis,
e o dobro nas reincidências.
Artº 165. Os fiscaes vigiarão cuidadosamente que ande
sempre limpo por dentro e pro fora o vazilhames empregado na
venda d’agua potável para consumo da cidade, e tão pouco
consertirão que as bombas com que extraia a água dos depósitos
sejam de cobre, ou qualquer outro metal nocivo a saúde.
Artº 166. Fica prohibido a moradia em casa edificada de
novo, sem ter passado pelo menos quinze dias depois de
concluída e enxuta a edificação. Aos contraventores a multa de
trinta mil reis.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 79

Artº 167. Os cadáveres conduzidos á sepultura deverão ir


hermeticamente encerrados nos caixões, que serão construídos
de modo que não deixem exalar o menor cheiro. Aos
contraventores, que serão os armadores, a multa de trinta mil
reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 168. Nenhum cadáver humano poderá ser enterrado
sendo nos cemitérios permitidos pelo governo. Aos
contraventores, que serão os que ordenarem o enterro, a multa
de trinta mil reis, e o dobro nas reincidências.
Artº 169. Ficam designados os terrenos ao sul do cemitério
publico da Santa Caza para enterramento de animaes e carnes
pútridas: os que enterrarem fora destes lugares pagarão dez mil
reis de multa, e nas reincidências o dobro.
Artº 170. Ficam inteiramente prohibido por occasião de
enterros as armações, menos altar e Eça, que se costumam fazer
dentro das casas, e que impregnam e transportam para ellas
miasmas. Os contraventores incorrerão na multa de trinta mil
reis.
Artº 171. Os estabelecimentos que venderem bebidas
espirituosas as pessoas já embriagadas incorrerão na multa de
seis mil reis.
Artº 172. Os moradores das casas desta cidade são
obrigados a conservar sempre limpos os quintaes, a fazer remover
a miúdo os estrumes das estribaris, onde as houver e todas
quaisquer materiais excrementícios pra os lugares que forem
designados pela camara; e bem assim a da sahida dos quintaes as
águas pluviaes por meio de canos, que andarão sempre limpos e
desemtupidos. Aos infractores de qualquer dos obrigações im
postas por esta postura a multa de dez mil reis, e o dobro nas
reincidências.
80 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 173. Os proprietarios, cujas casas não distarem mais


de vinte braças dos canos geraes da cidade, são obrigados a
construírem outros parciaes cobertos solidez, que conduzam
aquelles as águas pluviaes e despejos de vendo começal’os dentro
do prozo de quinze dias depois da publicação deste código, ou
da untimação que lhes for feita pelo fiscal respectivo. Aos
contraventores a multa de trinta mil reis, e o dobro no fim do
prazo que lhes for digo lhes marcar o fiscal para o fazerem.
Artº 174. Os donos de chãos e terrenos dentro da cidade
não consertirão nelles immumdicias, nem águas estagnadas, e
tão pouco a edificação de casebres, sem que na frente façam
parede que simule o frontespicio de casa, cujo rico e desenho
deverão ser approvados pela camara como já fica disposto pela
camara digo disposto para toda e qualquer edificação dentro da
cidade. Aos contraventores a multa de trinta mil reis, além das
penas do artº 54.
Artº 175. Os possuidores de terrenos pantanosos e alagados,
dentro desta cidade, são obrigados no praso de seis mezes, depois
de intimados pelos fiscaes, a aterral’os e bwnfeitorial’os de
modo a tornarem-se enxutos e salubres. Aos contraventores a
multa de trinta mil reis, e se no fim de quinze dias depois disto
não derem começo aos benefícios dos mesmo terrenos serão
multados no dobro, fazendo a camara os aterros á custa dos
possuidores.
Artº 176. Fica prohibido a arrecadação de sêbo em rama
nos armazéns dentro da cidade, podendo ser na quinta do
matadouro publico, onde será diretamente desembarcado,
pagando-se de armazenagem vinte mil reis, por cada arroba, ou
em outra qualquer parte, mas fora da cidade. Aos contraventores
a multa de vinte mil reis, e o dobro nas reincidências, e o sebo
removido a custa do dono. Nesta prohibição não fica
comprehendido o sebo em rama, que tenha de ser
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 81

immediatamente empregado no fabrico de sabão e de outras


industrias, pois nestes casos poderá ser desembarcado nas portas
das fabricas a medida que forem carecendo delle seus
proprietarios para uso das mesmas fabricas, mas com previa
licença da Camara.
Artº 177. Os moradores desta cidade, e das povoações do
seu município, que conservarem água ou qualquer outro liquido
deteriorado, lixo ou imundícias accumuladas, nas casas ou
edifícios destinados para moradias, lojas, quitandas ou officinas,
pagarão a multa de trinta mil reis, ou oito dias de prisão, e
serão obrigados a pagar toda a disperza ou remoção das
immundicias, se não a effectuarem pó si mesmo no prazo que
lhe for marcado pelos fiscaes.
Artº 178. Prohibi-se a moradia nos quartos inferiores dos
sobrados quando nas paredes internas delles não haja aberturas
para a renovação e circulação do ar. Os que morarem em taes
quartos pagarão a multa de cinco mi reis, e o dobro de quinze
em quinze dias, em quanto não se mudarem.
Artº 179. Fica prohibido a venda a retalho de fructas não
sazonadas. Aos contraventores a multa de dez mil reis, e a fructa
não sazonada, que estiver exposta á venda será inutilizada pelo
respectivo fiscal.
Artº 180. As pessoas, que não mandarem vaccinar as
creanças que tiverem em casa, depois de três meses de nascidos,
incorrerão na pena de dez mil reis, e no dobro nas reincidências,
contados de quinze em quinze dias; salvo o caso de força maior
provada.
Artº 181. Todo aquelle que recusar mandar vaccinar as
pessoas de sua família, que ainda não o tiverem sido, quando
for para isso avisado pelo empregado respectivo, será multado
em dez mil reis, e no dobro nas reincidencias.
82 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 182. Ficam outro sim obrigados a mandar apresentar


os que já tiverem sido vaccinados ao facultativo competente no
dia, que por elle lhes for marcados. Aos contraventores a multa
antecedente.

Titulo 4º - Disposições Geraes


Artº 183. Todas as penas inferiores a trinta mil reis, nas
reincidências, serão dobradas, quando este código não tenha
determinado outra cousa, com tanto que não excedam o Maximo
designado na lei de 1º de outubro de 1828, artº 78.
Artº 184. Os contractos com a camara serão fielmente
observados. Aos contraventores a multa de trinta mil reis se nos
contractos não estiverem designadas outras penas.
Artº 185. Oescrivães, que derem carta de arrematação de
terrenos do patrimônio da camara, sem apresentação do termo
de aforamento, incorrerão na multa de vinte mil reis, e o dobro
na reincidências.
Artº 186. Tudo o que for prejudicial a saúde publica será
apprehendido para ser inutilizado. Os fiscaes ficam responsáveis
pelo exacto cumprimento desta postura.
Artº 187. A authoridade dos fiscaes em caso de flagrante
infracção de postura é cumulativa em todo o município, e os
guardos a obedecer-lhes todas as vezes, que forem chamados
para qualquer diligencia.
Artº 188. Todo empregado municipal fica obrigado a avisar
o fiscal respectivo da infracção de qualquer disposição deste
código.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 83

Artº 189. É permitido a qualquer cidadão lavrar os auctos


de infracção de posturas, com tanto que sejam assignados por
duas testemunhas e rubricados pelo fiscal do districto onde se
houver dado a infracção.
Artº 190. As pessoas, que estando no caso de prestar o
auxilio que dellas exigirem os fiscaes, se negarem a isso sem
razão justificável, serão postas a disposição da authoridade
policial para cumprirem pena de três dias de prisão.
Artº 191. Aquelle, que desobedecer ao fiscal no exercício
de suas atribuições, pagará de multa vinte mil reis, ou soffrerá
seis dias prisão, quando por pobre não possa pagal’a.
Artº 192. Quando a desobediência for acompanhada de
injurias e resistência, serão punidos na forma de lei, além da
multa do artº antecedente.
Artº 193. É permitido a qualquer cidadão lavrar os authos
de infracção de posturas, com tanto que sejam assignados por
duas testemunhas e rubricados pelo fiscal do districto onde houver
dado a infracção, digo o artigo 193 é o que abaixo segue.
Artº 193. Quando a contravenção succeder no interior da
caza do cidadão, o fiscal a denunciará por escripto ao procurador,
e este remetterá a auctoridade competente para que proceda
como for de justiça.
Artº 194. Quando o multado na contravenção, em que não
estiver designada a pena de prizão, quizer pagar a multa para
que o processo não siga seus termos, deverão apresentar um
recibo do procurador da camara, rubricado pelo primeiro
vereador, ou quem suas vezes fizer, para se juntar aos outros.
Artº 195. Os fiscaes no exercício de suas funções são
responsáveis para com a camara pelos prejuízos que lhes causarem
por sua negligencia d’elles: se esta for julgada grave serão
84 Códigos de Postura de São Luis/MA

multados na quantia de dez a trinta mil reis, na forma do artº 86,


titulo 5º, da ley de 1º de outubro de 1828, além da indenisação
devida.
Artº 196. Nos casos não especificados neste código, quando
o contraventor for escravo, pagará seu senhor.
Artº 197. Os empregados municipaes, encarregados da
execução destas posturas, requisitarão das auctoridades civis ou
militares todo o auxilio de que carecerem para o exacto
cumprimento de suas obrigações.
Artº 198. As posturas constantes do presente código
principiarão a ter effeito quinze dias depois de publicadas por
editaes, menos aquellas para as quaes estiver marcado praso
determinado.
Artº 199. Ficam revogado todas as posturas anteriores e
não mencionadas neste código. Mando, portanto, todas as
auctoridades, a quem o conhecimento e execução da referida
lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente,
como nella se contém o secretario do governo a faça imprimir
publicar e correr. Palácio do governo do Maranhão, em quartro
de julho de mil oitocentos sessenta e seis, quadragessimo quinto
da independência, e do império, - Laffayette Rodrigues Pereira.
Estava a sell’o.
Carta de lei, pela qual vossa excelência manda executar o
decreto da assembl’ea legislativa provincial, approvando o
código de posturas da camara municipal, como acima se declara.
Para vossa excellencia ver. João Baptista de Moraes Rego,
a fez. Sellada e publicado na secretaria do governo do maranhão,
em 4 de julho deste 87 digo 1866. – ouvidio da gama lobo.
Appprovadas pela assembl’ea legislativa provincial, depois da
publicação do presente código.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 85

Artº 200. Em todo o município da capital desta província,


ninguém poderá de janeiro de 1868 em diante, comprar, vender,
receber ou entregar couza que dependa de pezos ou medidas,
senão pelo systema métrico Frances, estabelecido pela lei: nº
1157, de 28 de junho de 1862; devendo os mesmos pezos ser
aferidos e marcados pelo padrão da referida Camara. Aos
contraventores a multa de vinte mil reis, e o dobro nas
reincidências, sendo que a multa recahirá no vendedor, ou pessoa
que entregar qualquer objecto por pezo ou medida.
Artº 201. Todo aquelle que infringir as disposições da lei
provincial nº 358 de 22 de julho de 1854, incorrerá na multa de
dez mil reis, e no duplo nas reincidências.
Artº 202. Fica desde já prohibido o jogo dito de papagaios
nas ruas e pração desta cidade, excepto no campo d’ourique.
Aos infractores a multa de mil reis e apprehensão do papagaio,
que será inutilizado.
Artº 203. Fica concedida a faculdade de ser enterrado na
igreja da cathedral desta capital a cadáver do EX Snr. Drº ´´
Bras Florentino Henriques de Souza, que dobrem os sinos de
todas as freguesias desde as 6 horas da manhã até ser sepultado
do corpo de mesmo EX Snr.
Fica derogada nesta parte a disposição das posturas nº
168 e 38 da lei nº 775 de 4 de julho de 1866.
Artº 204. As frentes ou mostradores dos balcões das
quitandas ou armazéns de molhados serão feitos de grades,
guardando ellas entre si uma distancia de oito centímetros. Aos
contraventores a multa de trinta mil reis, e o dobro nas
reincidências. Fica marcado o prazo de dous mezes a contar
desta data, para que esta postura se torne obrigatória.
86 Códigos de Postura de São Luis/MA

Artº 205. Ficam desde já prohibidos todos e quaesquer


jogos de parada e azar em casas publicas, considerando-se como
taes as que menciona o artº 214 do código criminal. Esta mesma
prohibição é extensiva ás casas particulares; desde que os donos
cobrarem qualquer vantagem, porcentagem ou barato dos
jogadores desta postura os donos das casas embora não joguem,
e todos os jogadores: estes incorrerão digo estes incorrem cada
um na multa de trinta mil reis, e oito dias de cadêa nas
reincidências; e aquelles, os donos das casas, nas mesma multas
impostas aos jogadores, e nas penas do artº 281 do cod. Criminal.
Artº 206. E´ expressamente prohibido fabricar-se dentro
da cidade jogo de qualquer natureza que seja, e bem assim
vender-se pólvora ou outro qualquer susceptível de explosão.
Aos contraventores a multa de trinta mil reis e oito dias de
prisão e nas reincidências a sessenta mil reis e trinta dias de
prisão. Os lugares para esse fim destinados, serão quesquer, que,
ficando fora da cidade estiverem a sota-vento della, e sempre
em uma distancia de mil braças pelo menos do armazém da
pólvora.
Artº 207. Ninguém poderá salgar, assoalhar, bater couros
de gados nas ruas, praças e cães desta cidade, nem tão pouco
conserval’os verdes salgados, seccos ou espichados, qualquer
que seja o processo de que se tenha usado para preparal’os em
armazéns da quinta do matadouro, com livre domínio e inspecção,
de seus donos, mediante a taxa que a camara houver de impor,
não podendo além disso ser embarcados, nem desembarcados
senão no porto do matadouro. Aos contraventores a multa de
trinta mil reis, e o dobro nas reincidências e oito dias de prisão
e a remoção a custa dos donos. Na mesma pena incorrerão os
proprietarios da embarcações que deixarem de desembarcal’oss
no logar acima designado.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 87

Artº 208. Ficão obrigados os proprietarios que tiverem as


testadas de seus prédios calçadas com pedra de cantaria de Lisbôa
a pical’as de três em três mezes desembro e janeiro, sob pena
da multa de vinte mil reis, e ser esse trabalho mandado fazer
pela camara municipal, por conta do infractor.
Artº 209. A companhia de trilhos que se tem de organisar
nesta capital, ou quesquer outras ou particulares e empresários
de descalçar as ruas e praças ou nas mesma fazer escavações,
deverão no prazo improrrogável de trinta dias á proporção que
for concluindo as obras no espaço das ruas e praças que tiver de
descalçar ou escavar, collocal’la no mesmo estado sob pena de
multa de trinta mil reis na 1ª vez e 2ª sessenta mil reis e a final
serem feitos os reparos necessários por conta dos infractores e
sob direcção da camara.
Artº 210. Os vagons de qualquer companhia de trilhos
urbanos que funcionarem nesta capital, quer sejão puchados por
animes, quer por locomotivas a vapor, pagarão por cada um o
imposto de sessenta mil reis annuaes.
Artº 211. As pessoas que forem encontradas vendendo em
seus estabelecimentos, ruas e praças por medidas e pezos que
não forem do systema.
CÓDIGO DE POSTURA DE 1893

Lei nº 8
A Camara Municipal da Capital do Estado do Maranhão
decreta o seguinte
CÓDIGO DE POSTURA
TITULO I - Disposições preliminares
CAPITULO I - Das infracções
Art. 1.º as infracções; que são as ações ou omi/soes
voluntarias contraria as disposições deste código serão punidas
com as penas de multa ate 50$000 reis ou de prisão ate 15 dias.
§ Unico. A pena de multa será (sic) convertida em prisão
simples se o infractor não tiver meios para pagal-a ou não fizer
dentro de oito dias, conta dos da intimação.
Art. 2.º Nas reincidências as penas serão applicadas em
dobro, mas de modo que nunca excedão o Maximo do artigo
antecedente.
§ Único. Esta regra não comprehende os infractores que
forem menores
90 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 3.º A commutação da pena de multa em prisão será


feita na proporção de três dias de prisão por cada 10$000 reis
de multa.
Art. 4.º Os tutores ou curadores são responsáveis pelas
multas em que incorrem seus tutellados ou curatellados.
Art. 5. As infracções de postura municipaes são sujeitas
ao julgamento correcional nos termos do art. 77 da lei n. 19 de
15 de outubro de 1892.
Art. 6.º Aos guardas municipais dos diffrentes districtos
incumbe avisar o intendente da infracção de qualquer disposição
deste código. Lavrando e remettendo os termos de flagrante
contra os infractores.
Art. 7.º A qualquer cidadão e permitido lavrar os termos
de infracção de posturas, com tanto que sejão assignado por
duas testemunhas e rubrica das pelos guardas municipaes do
districto onde se houver dado a infracção.
§ único são dispensados da rubrica dos guardas municipaes
os autos lavrados pelas autoridades policiais.
Art. 8.º Quando a infracção a qualquer art/ deste código
succerder no interior da casa do cidadão. O guarda municipal o
denunciará por escripto ao interdente, que por sua vez levará o
facto a presença da autoridade competente para esta proceder
como for de lei.

TITULO II - HYGIENE E SAUDE PUBLICA


CAPITULO II - Commercio de carne, leite e outros gêneros
destinados ao consumo publico.
Art. 9º. Fóra do matadouro publico ninguém poderá matar
nem esquartejar rezes sem licença da intendência. Ao infractor
se imporá a multa de 20$000 reis.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 91

Art. 10. A carne que foi tirada do matadouro publico só


poderá ser vendida nos talhos designados pela intendência. Ao
infractor a multa de 20$000 reis.
Art. 11. Particularmente ninguem poderá vender carne
verde, nem tão pouco pelas ruas e praças da cidade, excepção
feita da venda nos carros permittidos pela intendência ao
infractor á multa de 10$000 reis.
Art. 12. As vezes destinadas para o consumo publico
deverão ser mortas á choupa e depois sangradas.
Art. 13. Não poderá ser abatida rez alguma que esteja
doente, cançada ou muito magra.
Art. 14. Acarne das rezes abatidas no matadouro publico
será conservada ahi durante á noite, pendurada em deposito
ventilado.
Art. 15. A matança do gado não poderá começar antes das
4 horas da tardes, devendo ter elle descançado no curral pelo
menos, duas horas.
§ 1.º em caso algum se fará a matança sem assistência
medica.
§ 2.º só se concederá licença para matança do gado, fora
dos horas determinadas neste artigo, quando não houver nos
curraes gado sufficiente para matança do dia. Ao infractor a
multa de 30$000 reis.
§ único. Havendo gado no curral da municipalidade e os
marchantes, por combinados ou outro qualquer motivo, não
queirão abatel-os para o consumo publico, o interdente mandará
fazel-o correndo por conta dos donos a venda da carne e as
despezas.
92 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 16. È prohibido expor á venda a carne de qualquer


rez que chegue ao matadouro publico, morta ou moribunda, a
juízo do medico da municipalidade, incubido desse serviço. Ao
infractor a multa de 50$000 reis, sendo a rez queimada ou
enterrada.
Art. 18. Acarne será conduzida do matadouro publico para
os talhos em carros de mollas, ou em costas de animaes em
gachos de ferro polidos e envolta em pannos brancos e limpos,
ao infractor a multa de 10$000 reis.
Art. 19. As pessoas encarregadas da conducção da carne
do matadouro paraos talhos serão obrigadas a trajar com todos
o asseio. Ao infractor a multa de 10$00.
Art. 20. Os quartos de carne que forem trazidos para os
talhos serão ahi dependurados em ganchos de ferro polido e se
tiverem de ficar encostados a parede, por se hão de permeio
pannos brancos e bem limpos, renovados todos os dias ao infractor
multa de 10$000.
Art. 21. Os talhos onde for vendida a carne não conterão
mais do que uma balança e deverão ser fechados com grandes
para que o ar se renove com facilidade ao infractor a multa de
25$000.
Art. 22. Os alugadores de talhos são obrigados a trazel-os
bem limpo e diariamente lavrados. Ao infractor a multa de 10$000
por cada rez.
Art. 23. As disposições dos dois artigos antecedentes
abrangem não só os talhos do mercado publico, como os açougues
fora d’elle.
Art. 24. Os magarefes ou cortadores de carne nos talhos,
trarão sobre a camisa um avental limpo de fazenda branca, que
cubra a parte anterior do corpo desde o pescoço ate os joelhos;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 93

tanto a carne como os ossos serão cortados com instrumento


apropriado, do feitio que a intendência determinar; as balanças
forradas de arame ou estanho e suspensas por correntes d1aquelle
metal; balcão de pedra branca polida, lavado todos os dias;
tudo sempre no maior asseio possível. Ao infractor de cada uma
desta disposição a multa de 10$000. È igualmente prohibido aos
magarefes e seus ajudantes, sob a pena da mesma multa, fumarem
dentro dos talhos durante o corte da carne, saltarem os balcões
dos mesmos ou mesmo nelles deitarrem ou sentarem-se.
Art. 25. A venda de carne só poderá ser feita pela frente
dos talhos. Ao infractor a multa de 10$000.
Art. 26. Não é permitido vender-se carne depois das 2
horas da tarde. Ao infractor a multa de 20$000 e a carne que
existri será apprehendida e mandada enterra ou incinerar.
Art. 27. As viceras ou miúdo das rezes abatidas só poderão
ser retiradas do matadouro depois de convenientemente limpos.
Ao infractor a multa de 10$000.
Art. 28. Não poderão ser empregados na conducção e
preparo a venda de pessoas que soffrão moléstias cutâneas ou
contagiosas, e não forem vaccinadas. Pela infraccção deste código
será multado em 20$000 aquelle que empregar em seu serviço
pessoas em taes condições.
§ Único. O administrador do matadouro publico não
consentiria, sob qualquer pretexto, a estada dessa pessoas no
mesmo matadouro e suas dependências.
Art. 29. O medico da municipalidade examinará
diariamente o gado destinado ao consumo publico, na occasião
de entrar para o matadouro, afim de não ser abatido o que
estiver doente ou demasiadamente magro.
94 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 30. As carnes que pelo seu aspecto ou cheiro indiquem


princípios de corrupção, serão mandadas enterrar ou queimar
pelo guarda municipal, depois de ouvido o juízo do medico
competente, incorrendo quem as tiver vendendo na multa de
20$000.
Art. 31. Os talhos de carnes de porcos e de carneiro andarão
também sempre lavados, pintados, ou caiados e tão limpos que
não exnalem o menor cheiro, e a carne estará exposta á venda
dependurarada em gachos de ferro polido, e os vendedores
vestidos de accordo com o art. 24. Ao infractor a multa de 10$000.
§ 1.º As diposições anteriores a este artigo são applicaveis
ao commercio de carnes de porcos e de carneiro.
§ 2.º Os mercadores de carnes de porco são obrigados a
apresentar inmediatamente ao guarda municipal do mercado,
logo que este o exija, a guia do administrador do matadouro,
em que prove que o porco ahi foi abatido e qual o numero do
talho do imposto pago a intendência. Ao infractor a multa de
10$000.
Art. 32. Os porcos destinados para o consumo publico serão
guardados em chiqueiros construídos á custa da municipalidade,
dentro da quinta do matadouro publico e ahi sustentados pelos
donos.
§ Único. Não se conprehendem nas disposições deste artigo
os leitões que tiverem de ser inmediatamente abatidos para o
consumo particular.
Art. 33. È prohibido vender leite de vaccas doentes e
especialmente affectadas de moléstias contagiosa, infecciosas
ou constituicionaes ou que estejão com más condições de nutrição.
Ao infractor a multa de 20$000.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 95

Art. 34. Só poderão fornecer leite os animaes que forem


considerados aptos pelos medico da municipalidade.
Art. 35. Não se poderão estabelecer vaccarias dentro do
perímetro da cidade, marcados pelas ruas dos remédios e
passeio; as actuaes dentro deste perímetro continuam em quanto
existirem seus proprietarios.
§Único. As vaccarias não poderão funccionar sem que os
lugares occupados pelos animaes e suas dependências offereção
condições de asseio e hygiene apropriadas, o que será julgado
pelos médicos da municipalidade. Ao infractor a multa de 50$000.
Art. 36. Serão multados em 20$000 reis.
§ 1.º Todos os vendedores de gêneros de primeira
necessidade, falsificados com ingredientes que prejudiquem á
saúde.
§ 2.º Os que venderem água ou qualquer outro liquido
alimentício em vasilhas que não estejão limpas ou sejão de
metaes, cujas oxidação prejudique á saúde.
Art. 37. Incorrerão na multa de 50$000, alem da perda dos
gêneros, os que misturarem ingredientes nocivos á saúde com
os gêneros alimentícios que venderem ou exposerem a venda
qualquer gênero de alimentação deteriorado ou corrompido.
Art. 38. Incorrerão na multa de 10$000 reis.
§ 1.º Os padeiros que fabricarem pão com farinha ou água
de má qualidade.
§ 2.º Os cofeiteiros ou qualquer outras pessoas que
pintarem os doces com óxidos, saes, ou quaesquer tintas
metálicas prejudiciaes á saúde.
Art. 39. O sal, quer de producção nacional quer estrangeira,
será vendido nas casas de retalho. Ao infractor a multa de 10$000.
96 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 40. As casas destinadas a venda de quaesquer gêneros


alimentícios serão conservadas com todo o asseio, tanto no que
diz respeito ao edifício, como aos utensílios (sic) de que se
servem.
Os guardas municipais visitarão a miúdo esses
estabelecimentos, pelo menos duas vezes na semana e multarão
em 10$000 os donos delles quando infrigirem a disposição deste
código.
Art. 41. È prohibido se forrarem demeta (sic), cujo oxido
prejudique a saúde, os balcões das casas onde se venderem
gêneros alimentícios. Ao infractor a multa de 10$000 tirado o
forro a sua custa.
Art. 42. È prohibido empregar-se nos encanamentos d’agua
potável chumbo ou outros metaes cujos saes sejão prejudiciaes
a saúde. Ao infractor a multa de 20$000 inutilisado o encanamento
a sua custa.
Art. 43. É prohibido fumar diamba ou expol-a á venda por
tal fim. Os infractores serão ultados: o vendedor em 30$000 rs.
E os que fumarem em 10$000 reis.
Art. 44. É prohibido lançar nas fontes e poços públicos ou
particulares d’ onde se tire água para consumo, substancias
orgânicas ou inmudicies. Ao infrator a multa de 20$000.
§ único. É também prohibido tomar banhos lavar, roupas
e animaes próximo a casas fontes e poços. Ao infractor a multa
de10$000.
CÓDIGO DE POSTURA DE 1936

Prefeitura Municipal de São Luiz. Decreto nº 205, de 3 de


novembro de 1936
Manda pôr em execução o novo Código de Posturas do
Município de São Luiz e dá outras providências.
O engenheiro civil José Otacílio de Saboya Ribeiro,
Prefeito Municipal da cidade de São Luiz, capital do Estado do
Maranhão, no uso de suas attribuições legaes, e
Considerando que o Código Municipal, ora em vigor, datado
de 1893, está obsoleto e não mais satisfaz as necessidades
reclamadas pelo progresso da cidade,
Considerando que d’aquella epocha a esta data grande
parte dos elementos que entravam na composição da cidade
modificaram-se, quer na sua constituição, quer quanto á sua
finalidade,
Considerando que o progresso da technica poz à disposição
das cidades elementos inteiramente para os quaes é necessário
crear legislação,
98 Códigos de Postura de São Luis/MA

Considerando que a prática nas capitaes brasileiras tem


forçado as Municipalidades [...] a adotarem novos Códigos
compatíveis com a épocha atual,
Considerando que não basta revogar parcialmente o actual
Código Municipal, e os vários decretos que vieram crear novos
direitos e deveres [...] e completal-os com elementos novos
[...] assim, constituindo uma [...] difficil consulta,
Considerando que já se [...] estudadas as regras e normas
que [...] dus vivendi entre munícipes e as municipalidades, como
tem demonstrado a prática nas varias [...] brasileiras,
Considerando que a Municipalidade de à muito se resente
de um Código que [...] de falhas que sua legislação actual,
absoleta e [...] offerece, e que é indeclinável a necessidade de
[...] dotar a cidade de São Luiz de um novo Código, [...] com as
exigências do progresso do Brasil,
Art. Único – Decreta e manda pôr em execução o novo
Código de Posturas do Município de São Luiz, revogadas as
disposições em contrário.
Palácio do Município de São Luiz, 3 de novembro de 1936.
José Otacílio Saboya Ribeiro,
Prefeito Municipal
CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ
TITULO I - DO CÓDIGO. DAS INFRACÇÕES. DAS PENAS
Art. 1° - Os preceitos e regras desta lei constituição do
código de posturas do município de São Luiz.
Art. 2°– Todo aquelle que infringir as disposição deste
código sujeitar- se –á ás penalidades nelle [...]
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 99

Art. 3°– Considera-se infracção toda a acção [...] contraria


ás leis e regulamentos municipaes.
Art. 4° A infracção se prova com o auto res- [...] lavrado
em fragrante ou não, por pessoa com- [...] uso de suas attribuições
legaes.
[...] único – consideram –se competentes, de modo [...]
aquelles a quem as leis attribuem a funcção de [...] em especial
os funccionarios da directoria [...] Municipaes, em exercício,
aos quaes cabe [...] as penalidades previstas nos diversos titu-
[...] codigo.
Art. 5° – A qualquer pessoa do povo alphabeti- [...] em
especial a quelquer funccionario municipal incluido no paragrapho
único do artigo anterior [...] uatoar infracções, desde que assigne
o auto infractor ou, no caso de recusa deste com três temunha
idôneas.
Único – Neste caso, o auto será extrahido em [...] uma
das quaes deverá ser enviada á pré [...] a outra entregue ao
autoado, immediatamente após a lavratura do auto de infracção.
Art. 6° – o auto será lavrado, em regra, em uma assignado
pelo autoado ou, se este se recusar, [...] (2) testemunhas que
poderão ser funccionarios municipaes.
[...] – o auto deve conter:
O nome do infractor ou denominação que o [...]
[...] designação do logar, dia e hora em que se [...]
infracção;
[...] facto ou acto constittutivo da infracção;
[...] Preceito legal ou regulamentar infringido; A
importância da muita quando fôr o caso
100 Códigos de Postura de São Luis/MA

O nome e a residência das testemunhas quanto necessária;


A indicação dos trabalhos ou actos a serem [...] ou que
não o devem ser e os prasos que estabelecidos.
§ 2° – O nome e a residência das testemunhas deverão
estar contidos na própria assignatura de cada testemunha, sendo
dispensável incluil-os no texto do auto de infracção.
§ 3°– O auto de infracção somente valerá, para os effeitos
legaes de cobraça, depois de aprovado pelo prefeito.
§ 4°– O auto será immediatamente communicado ao
infractor ou pessoa que lhe seja equiparada pela lei, ou ao seu
representante legitimo, sendo-lhe fornecida contra fé, se pedida.
Art. 7° – Até prova em contrario, feita em 48 horas pelo
infractor, presumem-se verdadeiros os factos e indicações
contidas no auto de infracção regularmente feito e assignado.
Art. 8° – considera –se pena :
Multa
Embargo
Interdição ou prohibição
Apprehensão
Cassação de licença ou de matricula
Custodia por 24 horas.
Art. 9° – A pena de muita, que não poderá ex-ceder o
limite determinado nas leis estaduaes, será arbitrada pelo
prefeito, quando não estiver expressamente consignada em lei.
§ 1° – Ninguém poderá recorre do auto de infracção sem
que deposite previamente nos cofres municipaes a quantia
reletiva a muita se que foi passivo.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 101

§ 2° – A muita que não fôr paga no prazo devido, será


cobrada judiciamente, de accordo com a legislação em vigor.
Art. 10° – O embargo consiste na suspensão ou na
paralização derinitiva ou provisória de qualquer obra ou serviço,
determinada pela autoridade municipal competente.
§ 1° – Verificada a necessidade do embargo, será o
infractor, ou seu representante, intimado por escriptor, a não
proseguir no seu procedimento, até que seja o caso resolvido
pelo meios regulares.
§ 2° – Pagará o triplo da muita que lhe houver sido imposta
aquelle que desrespeitar o embargo ordenado.
§3° – Se ao embargo fôr determinada outra obrigação,
como demollir construcção, remover materiaes, etc., ao
embargado será marcado praso dentro do qual deve compril-a e
se, findo este prazo, não o tiver feito, a Prefeitura executurá os
serviços, inscrevendo as despesas augmentadas até 20% (vinte
por cento) a titulo de administração, em nome do infractor,
como divida a Fazenda Municipal.
Art. 11° – Ainterdicção somente será ordenada mediante
paracer da autoridade competente ou de pessoa designadas pelo
prefeito, e consistirá na lavratura de um auto em duas vias, no
qual se especificarão a causa da medida e as exigências que
devem ser observadas.
§ 1° – Uma das vias será entregue ao responsável, dono do
immovel, obra, ou construcção interdictada ou a seu
representante legal, devendo ser affixada no local, se estes não
forem encontrados.
§ 2° - Ficará sujeito á multa de 1:000§ 000 (um conto de
réis) aquelle que desobedecer au auto de interdicção.
102 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 12° – Quando no caso de uma infracção, for também


cominada a pena de apprehensão, esta oprerar –se-á “ in
continenti.” Com a detenção, pelo autoante, dos objectos ou
animaes do infractor, que serão recolhidos aos depositos
municipaes.
§ 1° – A appreensão se fará ainda que o objeto ou coisa
apprehendida não pertença ao infractor, contanto que della use
habitual ou temporariamente em seu proveito.
§ 2° - Se a coisa ou objecto apprehendido não fôr
reclamado no tempo legal ou designao e pagas as despesas, pelo
infractor, será vendido em leilão e o respectivo productor
recolhido, como renda eventual, aos cofres da municipalidadede.
§ 3° – Tratando-se de mercadorias de fácil deterioração,
como carne verde, fructas, etc., serão remettidas casas
mercadorias a casas de caridade.
Art. 13° - A pena de cassação de licença ou de matricula
deverá ser imposta pelo prefeito, em que despacho ou portaria
am que motive a decretação.
§ Único – Aquelle que desobedecer a cassação incorrerá
na multa de 500§ 000 (quinhentos mil réis) e, se tratar de licença
para abrir estabelecimento de commercio, industria ou diversão,
o prefeito promoverá o seu fechamento.
Art. 14° - A pena de custodia implica no recolhimento do
infractor, por 24 horas, ao xadrez policial independente de auto
e não exclue a applicação simultânea de qualquer outra
penalidade prevista neste código.
Art. 15° – a reincidência agrava a pena, elevando-a no
dobro.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 103

Art. 16° – Incorrerá na multa de 50§ 000 (cincoenta mil


réis) toda pessoa que, apta a servir de testemunha, se recusar a
fazel-o, quando convidada salvo legitimo impedimento
estabelecido nas leis de processo.
Art. 17° – Será multado em 50§ 000 (quinhentos mil réis)
quem estorvar ou impedir a acção dos agentes ou autoridades
municipaes no exercício legitimo de suas funcções ou procura
buriar dilligencias por elles effectuadas.
Art. 18° – A appllencação das penas desde código não
exclue a responsabilidade civil ou criminal a que possa o infractor
estar sujeito.

TITULO II - DO MUNICÍPIO. DOS BENS DE USO COMMUM.


DOS TERRENOS
CAPITULO I - DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Art. 19° – Para os effeitos e applicação do presente código
e demais fins adminitrativos fica a ilha de São Luiz dividida em
4 (quartro) zonas:
Central
Urbana
Suburbana e núcleos no interior da ilha
Rural
§ 1° - A delimitação dessas zonas será estabelecida em lei
especial constante do plano de urbanisação da cidade e plano
regional da ilha de São Luiz e só poderá ser modificada de 5
(cinco) em 5 (cinco) annos.
104 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 2° - Em caso de omissão do plano de urbanisação ou


ausência deste, essa delimitação será eatabelecida em lei
especial publicada annualmente anexa ao orçamento Municipal.
[FALTAARTIGO 21]
Ruas
Art. 22º - A largura mínima das ruas abertas pela
municipalidade, quer as que [...] iniciativa particular, será:
de 24 (vinte e quatro) metros quando [...] nadas a vias de
maior circulação que devem [...] differentes zonas da cidade
(trafego regional [...]
de 18 (dezoito metros quando dest [...] serem vias
dominantes de uma zona ou bairro [...] local);
de 12 (doze) metros nas ruas demen [...] lação cujo
comprimento Fôr inferior a 400 [...] centro) metros;
de 9 (nove) metros quando em zonas [...] cial deste que
o seu comprimento seja inferior a (duzentos) metros;
§ 1º – A superfície de rolamento em [...] via não poderá
exceder a 2/3 (dois terço [...] área.
§ 2º – Nas ruas que já figurem em pla [...] provadas pela
municipalidade até a data da [...] desde código, será obrigado
o recuo das [...] coes que abi forem sendo feitas até attingi [...]
indicada no plano de urbanisação e, na [...] atéattingira largura
de 12 (doze) metros [...] gamento deverá ser feito para ambos
os lados [...] publica, marcando, a partir do centro 0,m00 [...]
tros).
§ 3° - Os prologamentos das ruas ao [...] cam sujeitos aos
dispositivos do pleno de [...] e na ausência deste do limite de
largura [...] nos itens a, b, c,e d no presente artigo.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 105

Art. 23° - No cruzamento das ruas [...] formado pelos 2


(dois) elementos será cort [...] plano normal á sua linha curva
circular que [...] plano normal á sua bissectriz, com um [...]
mínimo de 2,m50 (dois metros e cincoen [...] metros) ou por um
linha curva circular que [...] os três (3) planos.
§ 1° - As disposição do presente [...] applicam ao acaso
de cruzamento obliquo [...] rão ser determinados em cada caso
par [...] Directoria de serviços Municipaes.
§ 2° - O comprimento do plano normal [...] refere o
presente artigo poderá ser maior [...] (dois metros e cincoenta
centimentos) devem [...] caso, o primeiro canto assim construído
[...] drão aos demais. Para applicação mais [...] dasde paragrapho
[...]25.
[...] – Os pavimentos superiores poderão dispen [...] plano
normal; o primeiro edifício construí- [...] um cruzamento, porém,
determinará ou não [...] toriedade do plano normal se estender
a to- [...] pavimentos.

TITULO III - DE NOVAS ÁREAS E SUA DIVISÃO EM LOTES


Art. 24° - A divisão de terrenos em quadras e a [...] lotes
somente será permittida depois de [...] ou modificados pela
Prefeitura os planos [...] devendo o interessado requerer, previa-
[...] approvação de um ante- projecto, com a in- [...] ruas a
serem abertas.
[...]- Estes planos serão executados de maneira [...] mais
conveniente disposição para as ruas [...] lotea, de accordo com
as exigências do ar- [...] geral da cidade, e constarão dos
seguintes [...] .
106 Códigos de Postura de São Luis/MA

[...] – Plano geral de situação em escala máxima de [...]


curva de nível de metro, se se [...] terreno accidentado, e
indicando as ruas e [...] livres que se pretendam abrir;
[...] de nivelamento de todas as ruas e pra- [...] H-1:
1,000. V-: 100);
[...] transversaes das vias e praças (escala: [...]
[...] indicação dos marcos de alinhamentos proje- [...]
referencias de nivelamento [...] ;
[...] de escoamento das águas superficiaes. [...]
Approvados os planos para que as ruas [...] conhecidas como
vias publicas é indispensável [...] proprietário desista por
escripto de quaes [...] ou compensação pelas feixas de [...] e
houver de ceder para logradouros publico [...] etc., constantes
do apresentado.
[...] - Nenhuma construcção poderá ser aprovado sem
[...] adoptadas se basciem no systema [...] .
[...] – Nenhuma construcção poderá ser feita [...] não
dotados de arruamentos approva- [...] de serviço municipaes,
devendo [...] de licença pêra construcção ser ins- [...] nome ou
numero do logradouro constan- [...] approvado.
[...] – Exceptuam-se as construcções projecta- [...] e
situadas fora dos povoados.
[...] as campanhias, emprezas, sociedades par [...]
instituições, firma ou indivíduos que em- [...] a criação ou o
desenvolimento de grupo [...] e a devisão de terrenos em
quadras [...] conhecimento das directrizes do [...] e plano
regional da ilha de São Luiz [...] com ellas na execução de todos
[...] na ausência desses planos pedir, me- [...] as directrizes
necessárias a Di- [...] serviço municipaes.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 107

[...]– supercifície reservada aos espaços livres [...] jardins,


parques, etc. não poderá ser [...] (trinta porcento) da superfície
total.
[...]- Os espaços destinados á praça, jardins, [...] recreios
e sports, poderá ser determina- [...] dos serviços Municipaes.
Para os [...] excedam a 5 (cinco) hectares a Municipalidade
poderá esigir além dos espaços livres já indicados mais 5% (cinco
por cento) para localisação de edifícios públicos, escolas, parques,
jardins de recreio, etc.
§ 4° - Não poderão ser urbanisados os terrenos baixos,
alagadiços ou sujeitos ás marés ou inundações sem que sejam
previamente aterrados, e realizados os serviços necessários ao
saneamento e (dessoenção) do solo.
§ 5° - A Municipalidade poderá prohibir a divisão dos
terrenos, desde que os lotes venham prejudicar uma reserva
arborisada, um sitio pitoresco,ou do valor paysagistico ou desde
que este terreno esteja destinado a um outro fim publico que o
francionamaento do terreno venha prejudicar.
§ 6° - A Municipalidade não approvará projectos de
loteamento quando destinado a habitação cujos lotes não tenham
dimensões appropriadas ao seu destino e cujos logradouros
execedem a 40% (quarenta por cento) da área total. Em regra
esses logradouros e lotes deverão satisfazer os seguintes
princípios:
uma arca deve ser traçada, em media de 250(duzentos e
cincoenta) em 250 (duzentos e cincoenta) metros n´um sentido
e de 50 (cincoenta) em 50 (cincoenta) no outro sentido; essas
ultima dimensão derera estar entre os limites de 40 (quarenta)
metyros.Essas dimensões visam dar aos lotes residencies largura
superior a 11 (onze) metros, com uma profundidade variendo
entre 20 (vinte) e 30 (trinta) metros;
108 Códigos de Postura de São Luis/MA

As quadras entre 4 (quatro) ruas devem ter uma superfície


variante entre 10.000 e 15.000 metros quadrados, para
profundidades de lotes comprehendidos entre 20.000 (vinte) e
30 (trinta) metros respectivamente.
§ 7° – Quando o loteamento se destinar o zona industrial,
as ruas deverão ser traçadas em media de 250 (duzentos e
cinqüenta) em 250 (duzentos e cincoenta) metros em um sentido
e de 100 (cem) metros no outro sentido, formando quadras com
areas comprehendidas entre 20.000 (vinte mil) e 30.000 (trinta
mil) metros quadrados.
§ 8° – Avenda dos terrenos comprehendidos no loteamento
ou em uma nova via só poderá ser effectuada após approvação
dos projetos dentro dos moldes supra citado e depois de ter
sido resolvido o problema das communicações da nova área
urbanisada com os logradouros existentes.
§ 9° - As larguras das diffrentes ruas subordinam-se as
indicações contidadas nos diversos artigos do titulo anterior
(arts.20e23).
§ 10° – A juízo da Directoria dos serviços Municipaes
nenhuma construcção poderá ser feita sem que as novas ruas
estejam providas dos serviço de calçamento, meio fios,
escoamento de água pluviaes e arborisação.
§ 11° – Os passeios devem ter a largura mínima de 1,m50.
Nas residenciaes não destinadas ao commercio local quando a
largura exceder de 2,00ms na faixa em excesso junto ao meio
fio poderá ser exigido o restimento de gramma, a juízo da
Directoria dos Serviços Municipaes.
§ 12° – As rampas máximas admissíveis são de 6% e 12%,
respectivamente, nas ruas dominante e nas meramente
residencies, e ruas secundarias, sendo que neste ultimo caso as
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 109

rampas superiores a 10% deverão ter um desenvolviemento


inferior a 100 (cem) metros. Quando a ligação entre 2 (duas)
ruas houver de ser feita por travessas ou declividades superior a
12% deverão ser construídas as passagens para transeuntes com
escadas confortaveis com a largura minima de 2,m25 no mínimo,
collocada no eixo de travessa. Os degraus não poderão ter mais
de 0,m18 de altura e os pisos serão de 0,m25 no minimo, devendo
cada lance de escala ter no maximo 15 degraus. Os patamares
comprehendidos entre dois lances terão no mínimo 2 (dois)
metros de comprimento. Para as ruas cuja declividade seja
superior a 15% somente poderá ser estabelecido o trafego de
vehiculos num único sentido observado que taes declividades
não excedam a uma extensão de 75,m00.
§ 13° –Os lotes quando destinados a residências deverão
ser construídos isoladamente ou em grupos conjugados, desde
que as casas de um mesmo grupo tenham a mesma architectura;
a superfície coberta não poderá exceder a 33% da área do lote.
§ 14° – os lotes uma vez edificados, deverão ser separados
entre si por meio de muros ou cercas vivas (vegetal); a sua
separação com o logradouro publico deverá ser feita por um
muro cuja altura não deverá exceder de 1,m00, encimado por
um gradil de ferro, madeira ou simplesmente por jardineiras;
essa separação poderá ser feita de preferência por uma cerca
viva.
§ 15° – As edificações de que trata o paragrapho 13 do
presente artigo deverão ser recuadas de cerca de 3,m00 do
alinhamento da rua quando esta tiver uma largura superior a
12,m00 para as travessa e ruas de pequenas extensão (com menos
de 200,m00) este recuo poderá ser reduzido a 2m00, a critério
da directoria dos Serviços municipaes.
110 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 16° – as ruas projectadas deverão em regras, ligar dois


logradouros já existentes ou projectados; entretando a juízo da
directoria dos Serviço Municipaes poderão ser acceitos projectos
de ruas terminando em pequenas praças destinadas a facilitar a
circulação (cul du sac). As praças acima indicadas devem permitir
a inscripção de um circulo cujo dia-metro seja pelo menos igual
a duas vezes a largura da rua que nella termine, podendo ter
uma forma geométrica qualquer.
§ 17° – E vedada a permanência de toda e qualquer espécie
de construção, arvores, que impeçam a visibilidade normal numa
juncção de logradouros. Considera-se visibilidade normal a de
um observador collocado no eixo de uma das ruas e a 12m00 do
alinhamento de outra rua, podendo ver um alvo collocado em
idêntica situação no eixo da outra rua.
§ 18° – Nos novos loteamento as dimensões mínimas do
lotes serão de 11,m00 para a testada, e 240,m002 para a área
das zonas urbanas e suburbana; e 15,m00 de testada a área de
600,m002 quando nos povoados da ilha.
§ 19° - Do ponto de urbanisação deverá constar a
localização do commercio local, escolas, etc. os lotes destinados
ao commercio local poderão ter uma testada de 8,m00. devendo
os edifícios ahi construídos serem contíguos, recuados do
alinhamento de 2,m00 para darem maior commodidade ao
transito e permapencia de pedestres; a área mínima dsete lotes
será de 180,m002, podendo o edifício nelle construído occupar
até 60% da área total.
§ 20° – a arborisação será obrigatória [...] logradouros
novos devendo a cada distancia [...] corresponder uma arvore
de sombra collocada (..) da via publica. Quando os passeios [...]
largura igual ou superior a 2,m50 as arvores [...] ser piantadas a
0,m00 no mínimo da borda [...] fio. Quando a largura dos passeios
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 111

for inferior [...] a cada lote corresponderá uma arvore [...] que
estará situada dentro do lote e a [...] nhamento e a 4,m00 de
uma das divisas [...] querdo ou direita, segundo o caso que for
[...] do, para cada rua, lado par ou impar, [...] plano approvado.
§ 21° – E expressamente prohibido [...] predios para fins
commercies em lotes que tenham sido destinados a este fim, no
projec [...] teamento approvado pela municipalidade [...]
§22° – Os terrenos que pela sua [...] permittirem em boas
condições econômica [...] belecimento da rede de água potável
e [...] como o dos outros elementos indispensáveis [...] urbanos
só poderão ser divididos em (...0 do no mínimo 40,m00 de testada
por 100,m00 [...] fundidade. Neste caso deverão ser apresentados
projectos relativos á fossa secptivas e [...] água para cada lote,
de per si ou em conjunto [...] .
§ 23° – As exigências contidas no presente titulo são geraes
e abrangem os projectos de [...] logradouros em quadras já
existentes.
[FALTAARTIGO 25]

TITULO IV - DAARBORISAÇÃO E ESTRADAS MUNICIPAES


Art. 26° - Os logradouros situados [...] urbana, suburbana
e rural serão arborisados [...] dinados pela Municipalidade.
§ único – A arborisação de que trata [...] 2° do artigo
25,será feita mediante [...] das mudas, pela Municipalidade, sendo
[...] interessados nos loteamentos obrigados a fazerem [...] plantio
e protecção.
Art. 27° – Cabe á directoria dos serviços Municipaes, por
seus órgãos competentes, o serviço [...] poda e derruba das
arvores nos logradouros públicos.
112 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 28° – As arvores que, embora não [...] em logradouros


públicos, offerecem intere [...] gistico, não poderão ser
derrubadas ou poda [...] previo consentimento da directoria
dos serviço Municipaes.
§ 1°– Tudo e qualquer proprietário [...] fazer roçadas ou
derrubada de arvores deve [...] prévio licença da directoria
dos serviços municipaes, a fim de vistoriar o terreno em questão
[...] não o consentimento para a derruba e [...] ou em parte.
§ 2° – Nos terrenos situados nas [...] não será permitido
roçada ou [...] abranja superfície superior a 40% da sua [...] .
§ 3°– Ficam prohibidos os cortes de [...] (ceiba pentandra),
mangueira (mangifera [...] pau d´arco, outizeiros e outras arvores
[...] qualquer ponto da ilha, que se tornem [...] interesse
paysagistico de São Luiz.
Art. 29° – As arvores plantadas nos logradouros [...] não
poderão servir de postes nem receber [...] precinicios de
qualquer natureza, sujeita [...] infractores deste dispositivo á
muita de [...] .
[...] – Os gradis destinados á protecção de [...] ser
convenientemente disposto, de [...] cartazes fixos, cujos
desenhos de- [...] approvados pela directoria dos municipaes,
sujeitando-se os locadores ao [...] annuaes, constante de cada
[...] .
[...] As astradas de rodagem do Município, [...] demais
vias publicas, estão sujeitas ás [...] código, no que lhes possam
ser approvado.
[...] ninguém é dado o direito de modificar, [...] estradas
ou caminhos públicos, sem consentimento da municipalidade.
[...] ninguém é dado alterar o alinhamento, [...] e o
revestimento de umas estradas municipal ou outro qualquer
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 113

logradouros [...] serviço são privativos da municipalidade as


modicações necessárias sempre [...] publico as reclame.
[...] As construcções ruraes á margem das [...] municipaes,
deverão se afastar [...] minmo de 15, m00, devendo a cerca ou
[...] distar 8,m00, no mínimo, do eixo da [...] .
[...] aquelle que infringirem os disposi [...] titulo sujeitam-
se a muita de 200§ [...] ficando ainda obrigados ao Pa [...]
indemnisações que lhes forem impostas [...] .

TITULO V - DA TECHNOLOGIA URBANA


[...] –Para os effeitos do presente código [...] as seguintes
definições:
[...] – E o augmento de uma construcção, [...] horizontal,
quer nosentido vertical, [...] compartimentos ou ampliando com
[...] .
[...] – E a linha recta, polygonal ou [...] localizada pelas
autoridades mu [...] o limite entre o lote de terreno [...] publico.
[...] Uma fachada -E o segmento vertical [...] da fechada
principal, comprehendido [...] do meio fio correspondente e a
li(... mais alta dessa fachada, abstrahindo- [...] ornatos collocados
na partesuperior.
[...] qualquer pavimento acima do porão, [...] da loja ou
raz do chão ou da sobre [...] .
[...] - E´ o pavimento situado acima de [...] altura
superior a vinte centímetros [...] do porão.
[...]- E´ a parte do lote de terreno não occupa [...] não
incluída a superfície correspon [...] horizontal das saliências de
balança [...] . Uma área é considerada principal [...] destina a
114 Códigos de Postura de São Luis/MA

illuminar, ventilar e insolar [...] de prmanencia nocturna. E


considerada secundaria, quando tem por fim ventilar corredores,
armazéns, copas, banheiros, despensas, gabinetes sanitários,
vestíbulos, escadas e depósitos.
Area de frente-E a área situada entre a fachada da frente
do edifício e o alinhamento do respectivo lote.
Area de fundo – E´ a área situada entre a divisa do fundo
do lote e a face posterior extrema do edifício.
Area lateral ou passagem – E a érea que se extende sem
interrupção, deste o alinhamento ou a área de frente, até á área
de fundo ou a divisa de fundo.
Area de divisa – E a área fechada em todo o seu perímetro,
realizado esse fechamento, em parte, por paredes do edifício e
em parte, por divisa ou divisas do lote.
Area exterior- E´ a área cujo perimento é aberta em parte,
sendo fechado, pelo menos em 2 (dois) dos seus lados por paredes
doedificio. Uma área exterior será lateral, de frente ou de fundo,
conforme a sua situação.
Área commum – E a área que se extende por mais de um
lote, sendo fechado pelo menos em 2 (dois) dos seus lados, por
paredes.
Calçada de um prédio – E a parte do terreno situada junto
ás paredes do prédio e revestida de material impermeável.
Cava ou subterrâneo – E o espaço vasto, com ou sem
divisões, de pé direito não inferior a 1,m80, e situado abaixo da
loja ou rez do chão, ou do andar térreo, de maneira que a
differença de nível entre o piso e o terreno circundante seja
inferior a metade do seu pé direito.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 115

Concertos de um prédio – São as obras de substituição de


partes inutilisadas da cobertura, forros paredes divisórias, piso,
revestimentos, escadas e esquadrias, desde que taes obras não
excedem á compartimento onde devem ser executadas.
Essa definição comprehende também as obras de
substituição de partes das fachadas e paredes mestras, quando
taes obras não excedam o limite de um quarto da superfície
respectiva.
Construir – E, de um modo geral, realizar qualquer obra
nova, edifício, ponte, viaducto, muralha, muro, etc.
Edificar – E levantar qualquer edifício destinado a
habitação, a exercício de culto, a installação de industria, de
commercio, etc.
Elementos geométricos essenciaes – São os elementos de
uma construcção, submettidos pelo presente código a limites
indicados com precisão.
Embasamento – E a parte do edifício, de altura variável,
situada acima do nível do piso do andar ou pavimento mais
baixo, não constituindo porão, etendo [...] interior
completamente aterrado.
Estrada de rolagem – E o logradouro [...] com uma largura
não inferior a 5,m00, que serve [...] zona pouco povoada,
podendo ser transitado por pedrestres, vehiculos e animais, e
officialmente [...] sob a designação de “estrada”.
Família – E o grupo de pessoas vivendo em comunhão em
uma só habitação. O presente código [...] também considera,
por extenção, femilia [...] que vive isoladamente, desde que
occupe [...] e terreno que possa alojar uma família.
Frente do lote – E a linha que separa o [...] do logradouro
publico e que coincide com alinhamento.
116 Códigos de Postura de São Luis/MA

Fundo do lote – E o lado opposto á frente [...] caso de


lote triangular em esquina, o fundo e [...] do triangulo não
centriguo á via publica.
Girão – E o piso de pequena área, elevada [...] do piso de
uma loja ou de um pavimento tendo respectivo vigamento
apoiado sobre columnas.
Habitar – E occupar de modo temporário ( ...) finitivo
qualquer prédio ou parte de prédio que (...) condições conjunctas
de estabilidade [...]
Habitação particular - E o prédio occupado [...] elementos
de uma só família. Habitação collectiva – E o edifício ou parte
do edifício que serve de habitação permanente e [...] famílias.
Hotel - E o edifício ou parte de edifício [...] do de
habitação temporária a varias famílias.
Logradouro-publico-E toda à parte da superfície de uma
cidade, destinada ao transito publico de accordo com a legislação
em vigor, e officialmente conhecida e designada por um nome.
Loja ou rez do chão - E o pavimento que [...] piso ao
nível do terreno circumdante ou no [...] a 0,m20 acima delle.
Lote-E a porção de terreno situado a [...] de um logradouro
publico, destripta e Assegurada [...] de propriedade. O lote será
denominado lote [...] desde que as suas dimensões são
convenientes [...] de construcção e fim determinado pelo
zoneamento. Lote defeituoso-E aquelle cujas dimensões e [...]
não podem receber convenientemente os divesos tipos de
edificações, determinados pelo zoneamento.
Modificação de um prédio-E o conjunto das destinadas a
alterar divisões internas, a deslocar, abri, augmentar, reduzir ou
supprimir vãos, ou [...] a dar nova forma á fachada. Ralanque-E
um piso de pequena área, elevado [...] do piso de uma loja ou
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 117

de um pavimento, tendo respectivo vigamento apoiado nas


paredes do edifício.
Parte carroçável ou superfície de rolamento de um [...] -
E a parte destinada ao movimento de [...] .
Passeio de um logradouro-E a parte destinada ao transito
de pedestres.
[...] direito-E a distancia vertical entre o piso e [...] de
um compartimento.
Porão-E o espaço vasto, com ou sem divisões de direito
de 2,m00 situado immediatamente abaixo do pavimento térreo
e tendo, pelo menos, 1 m50 da altura acima do nível do terreno
circundante. O [...] não é considerado “pavimento”.
Prédio-E qualquer edifício incorporado ao solo pelas suas
condições, offeraça garantias conjuntas de salubridade e
estabilidade.
Prédio térreo-E o que se compõe de um só pavimento e
cujo piso fica em altura inferior a 0,m50 a do meio fio.
Prédio assobradado-E o que se compõe de um pavimento,
estando o nível do piso desse pavimento [...] porão ou sobre
embasamento de O,m50 ou mais.
Prédio de sobrado-E o que não tem outro pavimento além
do primeiro andar. Os prédios de mais [...] pavimentos são
designados pelo numero de pavimento.
Primeiro andar-E o pavimento situado imediatamente
acima do rez do chão ou loja, do andar [...] da sobre-loja.
Profundidade do lote-E a distancia entre a [...] divisa
opposta, mediada segundo uma
118 Códigos de Postura de São Luis/MA

linha (. .. ) se a forma do lote for irregular, (


...)profundidade media.
[...]- E o terreno formado pela funcção de [...] limitado
em seus lados por vários.
logradouros públicos. Por analogia denomina-se quadra o
[...] pela reunião de vários lotes, limitado [...] em parte do seu
perímetro. A quadra destinada quadra normal quando for
constituída normaes; quando constituída por lotes [...] se
denominará quadra defeituosa. Essa denominação também se
applica a quadros [...] embora construídos em lotes normaes,
[...] condições de segurança ou salubridade [...] e transeuntes.
Estas ultimas quadras poderão ser chamadas, de preferência, de
“quadras”.
Construir-E fazer novo. No mesmo logar, [...] estava, mais
ou menos na primitiva [...] construcção, no topo ou em parte.
Vistoria administrativa de prédio ou ruína-E a diligencia
effectuada por engenheiros da director dos serviços municipaes,
tendo por fim verificar as condições de salubridade, de
resistência, estabilidade, e estado de conservação das differentes
partes de uma construcção.
Zoneamento-E a divisão da cidade em diversas zonas ou
districtos de uso estabelecido num plano de cidade, afim de
promover a localisação racional dos seus differentes órgãos,
propocionando aos seus moradores vantagens de ordem
econômica, sanitária, esthetica, mediante restricções quando
ao uso e volume das edificações.
Zona-São os diferentes distric de uma cidade,
estabelecidos num zoneamento. Essas zonas são:
a) Residenciaes que podem ser subdivididas em zona de
habitações particulares, zonas de habitações colletivas, zonas
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 119

mixtas, etc., onde é permitido o commercio de gêneros de uso


diário destinados á alimentação de famílias e uso domestico,
pequenas officinas e atelleres.
b) Zona commercial que abrange em particular o
movimento commercial, interno e externo, da cidade,
abrangendo o commercio em varejo (lojas de fazenda,
armarinhos, perfumarias, drogarias, etc.), o centro de negócios
( bancos, casas bancarias, corretores, bolsas) etc.
c) zona industrial onde se grupam as differentes industria
podem ser classificadas segundo a sua natureza em diversos
grupos e esses grupos formarão sub-zonas cada qual adequada a
seu destino. Da zona industrial fazer parte também o porto, o
aero porto, as estações de estradas de ferro, villas e casas
operarias quando convenientemente dispostas ao serviço das
differentes industrias.
[FALTAM ARTIGOS 30-33]

TITULO VI - DOS ARCHITECTOS. ENGENHEIROS,


ARCHITECTOS CONSTRUCTORES E CONSTRUCTORES
Art. 34 - Só poderão assignar ou executar obras de
contrucção e reformas os profissionaes habilitados deaccordo
com o decreto n° 23.569, de 11 de dezembro de1933, que tiver
a sua carteira profissional registrada na municipalidade e estejam
em dia com os impostos municipaes.
§ único-o registro de architectos, engenheiros, architectos
constructoes e constructores será feito de accordo com o que
determina o decreto n° 23.569, ouvido nos casos omissos, o
conselho regional de engenharia e architectura, e suas
attribuições no exercício da profissão serão fixadas de accordo
com o títulos que possuírem.
120 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 35 - As pessoas jurídicas só poderão explorar a industria


de construcção no município se entregarem o projecto, direcção
de xecução de suas obras a profissionaes que satisfaçam as
exigências deste código.
Art. 36 - Sujeita-se á pena de suspensão de 1 (um) a 6
(seis) mezes o constructor que:
a) - edificar sem projecto approvado, salvo as excepções
contidas neste código:
b) - executar a obra em desacordo com o projecto
approvado infringindo disposições expressas da lei em especial
ás relativas a hygiene e segurança publica ou particular;
c) – Proseguir na execução de obra embargada;
d) - assignar projecto com constructot e não dirigir de
facto a construcção, salvo caso de substituição permittida pela
municipalidade e dentro do que estatue o decreto n° 23.569.
§ 1°- O constructor suspenso não poderá requerer
approvação de projectos nem dirigir obras emquanto durar a
suspensão.
§ 2º- a suspensão não exime o constuctor nem o
proprietário da obra das responsabilidades civis ou criminaes
decorrentes do acto ou facto que a motivou.
Art. 37 - Apurado em qualquer construcção erro ou falta
por imperícia do construtor, capaz de causar accidente que
camprometa a segurança publica ou privada, será embargada a
obra e o responsável multado em 300§ 000, podendo ser suspenso
de suas funcções de construtor, cassada a sua licença, conforme
a gravidade do caso.
Art. 38 - as obras de pequenas importâncias para as quaes
não se exige projecto, taes com muros, passelos, pequenos
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 121

reparos, substituição de esquadrias, jardins, etc., poderão ser


executados por operários hailitados, matriculados na prefeitura.
Nesses artifícios poderão se inscrever em uma ou mais das
seguintes categorias de obras;
a)- alvenaria de pedra e tijolo, concreto, concreto armado;
b)- carpintaria civil;
c)- pintura e decoração;
d)- installação sanitárias domiciliares;
e)- montagem de estructuras metallicas;
f)- installação electricas;
g)- installação de elevadores, motores e machinismos;
h)- serviços de pavimentação de vias publicas;
i)- serralheiros;
j)- terraplanagem;
k)- assentamento de canalisações e serviços de viaçãqo;
l)- jardinaria.
§ Único-será concedido o titulo de mestre de obras ao
artífice habilitado nas alíneas a, b, c [...]
Art. 39- O registro profissional se [...] por meio de um
termo lavrado, em livro especial designado pelo candidato e
pelo director dos serviços municipaes, no qual se declara o nome,
idade, [...] residência do matriculado, logar [...] exerce a sua
profissão, quando o matriculado [...] em officinas ou ateller; o
grau de instrucção de natureza dos trabalhos já executados,
exhibidod e [...] pela municipalidae; os termos e a data dos
[...] mandando admittir essas provas.annualente serão annotado
admittir o pagamento de imposto do [...] de sua profissão, as
122 Códigos de Postura de São Luis/MA

occorrencias relativas [...] obras ou projectos de responsabilidade


profissional [...] tudo mais que se referir ao desempanho da sua
profissisão e que possa merecer seja consignado. A directoria
dos serviços municipaes organisará annuamente bancas
examinadoras para promover o [...] desses profissionaes desde
que estes não [...] provas concretas de sua capacidade
profissional. Estas bancas serão composta de 2 (dois) engenheiros
da directoria dos serviços municipaes e [...] profissional
designado pelo syndicato da classe [...] pertencer o candidato e
na falta de representante do sydicato por um profissional já
habilitado e matriculado na municipalidade, designado pelo
prefeito.
§ Único - A função de examinador será executada pro
honoré.
Art. 40 - Terminada a construção ou [...] uma obra por
quelquer motivo deverá [...] communicar o facto por escriptor
á directoria de serviços municipaes para os devidos fins.

TITULO VII - DO ADINHAMENTO LOCALISAÇÃO E


NIVELAMENTO
Art. 41 - Nenhuma edificação ou [...] qualquer que seja
gênero poderá ser [...] sem que previamente se obtenha, para
isso [...] alinhamento, localização e nivelamento.
§ 1° - A solteira se qualqer edifício deverá [...] cota –
1,m20 (um metro e vinte centimentro [...] da maré máxima.
§ 2° - O alinhamento e nivelamento será terminados de
accordo com os projectos relativos ao logradouro publico quando
houver e na falta destes de accordo com o capitulo II do titulo
[...]
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 123

§ 3° - Quando se tiver o propósito [...] edificar


simultaneamente em logradouro alinhamento já esteja definido
no plano [...] os alvarás de alinhamento, localização [...] e
construcção, deverão ser requeridos [...] mencionando- se no
alvará de [...] caso, o alinhamento e altura da soleira [...]
alinhamento em relação ao alinhamento [...] recuo da edificação
em relação ao alinhamento este o caso.
Art. 42 - Nos terrenos não edifícios recuado do alinhamento
a frente do lote será fechada por gradil, de madeira, sobra
embasamento de cantaria [...] de pedra ou tijolo, por muro ou
por [...] vedação que apresente bom aspecto, [...] rectoria de
serviços municipaes.
[...] - Em casos especiaes e a juízo da directoria [...]
municipaes poderá ser dispensado o fechamento do terreno no
alinhamento quando houver [...] com jardim a frente, admittindo-
os [...] de jardineiras ou cercas vivas com a [...] expressa de
ser essa vegetação mantida [...] em estado de conservação e
aparada [...] alinhamento. Pela inobservância dessa [...] a
directoria de serviços municipaes poderá [...] qualquer tempo,
a construcção do muro ou [...] fechamento.
[...] - A disposição do paragrapho anterior não [...]
estendida a terrenos não edificados.
[...]- Na primeira zona central, os terrenos por [...] serão
obrigatoriamente fechado por um muro [...] apprencia, de2,m50
de altura mínima, com [...] de porta convenientemente disposta,
[...] a facilitar a visita dos agentes dos poderes [...] ao interior
do terreno; os passeios frontel [...] muros deverão ser construídos
de material [...] e com a largura determinados pela
municipalidade.
124 Códigos de Postura de São Luis/MA

[...] - Nas zonas urbanas, suburbana e núcleos [...] da


ilha, os terrenos não construídos deve [...] muro divisório de
1.,m50 de altura ou uma [...] de ferro, de concreto armado ou
de madeira, [...] deverão ser de alvenaria ou de pedra e [...]
de 6 (seis) metros, no mínimo. [...] permittidas cercas vivas,
aparadas [...] segundo o alinhamento. Nos logradouros não
providos de arborisação, calçamento ou qualquer melhoramento,
e nos quaes não haja [...] regular de vehiculos e de pedestres,
poderão toleradas cercasde arame quando perfeitamente
construídas e alinhadas, e se tratar das zonas [...] e núcleos no
interior da ilha.
[...] - Todo o terreno situado na zona urbana [...] qua
não estiver annexado a qualquer [...] servindo para fins de jardins,
hortas, [...] ou reservas arborisada serão denominados [...]
baldios e sujeitos ás imposições deste código de detesrminações
da lei annua orçamentária.
[...]- Os terrenos baldios, quando situado, nas [...] urbana
e suburbana, deverão ter o seu [...] conservado em estado de
limpeza isentos de [...] , poças de água, entulho ou lixo.
[...] - A municipalidade poderá conceder vantagens os
proprietários de prédios residencdiaes cujos [...] e pomares sejam
feitos e conservados [...] contribuir para o embellezamento e
decoração dos logradouros. Os proprietários de taes prédios
deverão recorrer a inspecção a directoria de serviços municipaes,
4 (quatro) mezes antes do inicio de [...] afim de obterem taes
vantagens. Da [...] orçamentária daverá constar a relação dos
[...] gosem de taes vantagens.Essaa vantagens poderão
corresponder a mais de 50% [...] impostos e taxas diversas, nem
serem [...] por mais de 5 (cinco) exercícios financiados.
[...] - Os proprietários de terrenos baldios são [...]
promover os trabalhos constantes dos [...] e 4° do artigo 42,
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 125

bem como conserval- [...] de limpeza. A directoria de serviços


municipaes limitará os prasos para a construcção dos elementos
dispostos nos ditos paragrphos, limitando no tempo Maximo de
um (1) anno, em se tratando da zona rural; 6 (seis) mezes quando
se tratar da zona suburbana e povoados no interior da ilha e 2
(dois) mezes em se tratando de terrenos da zona urbana,15 (quize)
dias quando na zona central.Findos estes prasos a municipalidae
poderá fazer os muros e cercas respectivas, effectuar limpeza
do terreno, levando as despesas feitas, accrescidas do 20% como
debito do proprietário á fazenda municipal.
§ 4° - Idêntico dispositivo ao paragrapho anterior serão
applicados aos proprietários de terrenos; cujas cercas ou muros
estiverem em ruínas.
§5° - Se após 10 (dez) dias do pedidode alinhamento
para á construcção de obras de vedação, não for expedido o
alvará respectivo, poderão o prodo antigo alinhamento, quando
houve.
§ 6° - Pela não observância do paragrapho anterior
sujeitam–se os proprietários ás penalidades contidas neste código.
[FALTAARTIGO 43]

TITULO VIII - DAS CONSTRUCÇÕES EM GERAL


SECÇÃO PRIMEIRA - PÉS DIREITOS
Art. 44 - Nos compartimento de habitação permanente
diurna e nocturna (salas, dormitórios, gabinetes, quartos de vestir
e escriptorios), o pé direito mínimo será de 2,m80. Para os
prédios de 1 (um) e de 2 (dois) pavimentos, o pé direito mínimo
será de 2,m60.
126 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 45 - Nas cosinha dispensa, [...] latrinhas e


compartimentos para [...] que não sejam os de habitação
permanente [...] mínimo será de 2,m50.
Art. 46 - Nos armazéns e officinas [...] mínimo será de
4,m00 para as zonas urbana e 3,m50 para as demais zonas.
Art. 47 - Para as sobrelojas, o pé direito será de 2,m50.
Art. 48 - Nos porões, o pé direito será nas curvas ou
subterreneos, o pé direito mínimo de 1,m80.
SECÇÃO SEGUNDA - DAALTURA DOS EDIFÍCIOS
Art. 49 - A altura dos edifícios no [...] da via publica
obedecerá aos limites [...] .
a)- a mínima de 6,m00, não podendo inferior da cimalha
ficar a menos de [...] do passeio. Nos prédios de mais de [...] á
residência, o piso do primeiro andar não [...] ficar a menos de
4,m00 do nível do passeio.
[...] – A máxima, pro porcional á largura das ruas, [...] .
[...] – 1,0 vezes, quando menor de 12,m00;
[...] -1,5 vezes, de 14 em diante.
[...] - Nas ruas em que houver projecto de [...] largura a
considerar será a do projecto.
[...] - A altura máxima de um prédio não poderá ser
superior a 22,m00.
[...] - Em lotes de esquina formada por vias publicas de
larguras differentes, a medida será feita [...] mais larga; esta
altura será também applicado na rua mais estreita até uma
distancia igual a [...] dessa ultima rua, contada do alinhamento
[...] mais larga.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 127

[...] - Os trechos de avenidas, ruas ou travessa que


coincidirem com um dos lados de uma praça serão o considerado
para effeitos do presente [...] com fazendo parte desta, nas
mesma condições do paragrapho anterior.
Art. 50 - Não incidem na disposição do artigo [...] .
[...] - Os alpendrados de grandes dimensões das [...] de
ferro e estruras especiaes análogas;
[...] - As torres, zimbórios, enpotas, belvedores não [...]
nem erigidos para moradias ou para usocomecial, desde que não
occupam superfície [...] 10% da área coberta;
[...] - Os elevadores e chaminés;
[...] - Os mastros e poste, com as suas gáveas, os [...]
meterologicos, os de descargas de vapor e [...] .
SECÇÃO TERCEIRA - ÁREAS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
Art. 51 - Os compartimentos destinados a habitação diurna
deverão ser iluminados e [...] por vãos verticaes que se abram
directamente para exterior, ou para áreas descoberta em [...]
prédio.
Art. 52 - As áreas, pateos, jardins e quintaes [...] a iluminar
directamente os aposentados [...] no mínimo 40% da área total
do terreno, [...] que a area coberta occupe 60% no maximo [...]
excepçõeas dos paragraphos 2° , 3° e 4° do [...] artigo.
[...] Na zona residencial a área coberta será [...] igual a
33% da área total a excepções dos [...] esquina e daquele em
que a profundidade inferior a 20,m00 onde essa percentagem
poderá ser inferior 50%.
[...] - Nas quadras commerciaes das zonas residenciaes,
o limite de área coberta poderá attingir [...] para os lotes
intermédios e 80% para lotes de [...] .
128 Códigos de Postura de São Luis/MA

[...]- Para os lotes residenciaes da zonas urbanas superfície


coberta poderá attingir até 50% [...] intermédios e 60% nos lotes
de esquina.
[...] - Nos lotes da zona central onde se [...] commercio
em grosso e a varejo o limite de [...] será de 6¨% para os lotes
intermedios e [...] os lotes de esquina.
[...] - Para o caso de lotes defeituosos que apresentem
forma e situação especiaes os limites de occupação serão
estabelecidos pela directoria doa serviços municipaes, de
accordo com a sua natureza.
[ARTIGO 52 em duplicidade]
Art. 52 - Os pateos e as áreas destinadas a iluminação e os
arejamentos dos compartimento , terão no mínimo 1,m50 de
largura e a superfície mínima de 4,m502 em se tratando de
prédios tendo no maximo dois (2) pavimentos . Para os prédios
cuja altura exceda a 8,m00 a largura mínima dessa área será
dada, em metros, pelo numero de andares que tiver o prédio; o
mesmo acontecendo quando a sua superfície que deverá ser
tantas vezes 4,m502 quantos forem os andares acima de 1 (um).
Art. 53 - No fundo de cada prédio estabelecerse-à um
pateo cujo comprimento occupará toda a largura do terreno e
terá no mínimo uma largura igual a 1/3 do seu comprimento.
§ Único- Nesta areaq não será permitida construção de
qualquer natureza e deverá ser conservada livre de toda e
qualquer occupação.
Art. 54 - Os pateos e as áreas destinadas ao arejamento e
iluminação terão calçamento impermeável cosntituido de uma
camada de 0,m08 de concreto revestida de argamassa de cimento
e areia traço 1:4 ou de mozaico, asphalto ou outrao qualquer
material impermeável e disposto com delividade de modo a
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 129

permitir o perfeito escoamento das águas para o raio de exgotto,


disposto convenientemente.
§ 1° - Os pateos e áreas que excederem as superfícies
constantes dos artigos 52 e 53, poderão ser calçados somente na
extensão das dimensões fixadas, devendo a parte excedente
servir para jardins, hortas, pomares, com declividade que
facilmente permittam o escoamento livre das águas.
§ 2° - Nos lotes de esquina, poderá ser suprimida no todo
ou em parte, a área de fundo, contíguo a via publica, e a fachada
elevar-se em altura até o limite permittido.
Vãos de iluminação, ventilação e isolação.
Art. 55 - Cada compartimento de permanência diurna e
nocturna será iluminado e arejado do lado do logadouro, área,
quintal, por um ou vários vãos que em seu conjunto deverá
apresentar uma secção total pelo menos igual a 6ª parte da área
do dito compartimento. Para os prédios de um só andar, a
superfície dos vãos poderá ser reduzida a 8.ª parte da área de
cada compartimento. As vergas superiores dos vãos destinados á
iluminação, ventilação e insolação de compartimento devem
estar colocada de forma que entre a sua face inferior e o tecto
haja uma distância máxima de 0,m80, salvo no caso de grandes
estruturas que não parmitam vigas cujas altura seja inferior aquela
dimensão, e [...], a juízo da directoria de serviços municipaes.
Art. 56 - Nenhum vão poderá iluminar, em cada andar,
uma superfície de compartimentos superior a 6 (seis) vezes a
sua própria superfície. Não poderá tão pouco, iluminar
compartimentos diurna e nocturna, cuja profundidade, medida
no piso, segundo a normal ao muro que compartar o vão de
iluminação e no eixo deste passar o dobro do pé direito. Assim
para um compartimento cujo pé direito foi de 3,m00 e for
iluminação apenas por uma de suas faces, a profundidade máxima
130 Códigos de Postura de São Luis/MA

desse compartimento contada. Normalmente ao vão de


iluminação será igual a seis (6).
Serventias em commum
Art. 57 - Por meio de convenção assignada na Directoria
de serviços municipaes, os proprietários de uma mesma quadra
poderá estabelecer serventias em commum das áreas contíguas
para formarem jardins, entradas de serviço, pateos, viellas
sanitárias; esta convenção poderá, além disso, fixar limites de
altura e fazer outras restricçções as quaes nenhum proprietários
de poderá desrespeitar. No caso de ¾ dos proprietários de uma
quadra decidirem fazer uma serventia em commum no interior
da quadra no interior da quadra, a Directoria de serviços
municipaes só dará autorização aos outros proprietários; para
construções ou reconstruções, sob a condição de aceitarem as
serventias adoptadas pelos demais proprietários.
§ 1° - As cercas ou muros das ares em commum derarão
constutuir objetos da convenção estabelecida.
§ 2 - As serventias em comum de que trata o artigo presente
sujeitam- se a approvação da diretoria doa serviços municipaes.
SECÇÃO QUARTA
Art. 58 - Todos os projectos para construcção de edifícios
qualquer que seja o fim a que estes se destinem serão
submettidos ao exame da secção de architectura da directoria
dos serviços municipaes, na parte referente a fachada ou
fachadas visíveis dos logradouros públicos.
Art. 59 - As fachadas não poderão receber pintura de varias
cores que perturbem a harmonia do conjuncto.
Art. 60 - As fachadas secundarias visíveis dos logradouros
públicos deverão estar em harmonia do conjuncto.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 131

Art. 61 - As pinturas decorativas ou figurativas, que tenham


de estar ao alcance da vista do publico, só poderão ser executadas
depois que os seus desenhos completos, em escalas mínima de
1:10. tiverem approvação da directoria dos serviços municipaes.
§ 1° - Estão incluídos nas exigências deste artigo os
cartazes, insiguias, lettreiros de qualquer espécie, affixados nas
edificações.
§ 2° - Sobre fachadas de edifícios só será permittida a
collocação de placas, tabolectas ou lettreiros discretos, e
referentes ao negocio, profissão ou industria exercícios no
edifício, sendo absolutamente vedada a collocação de annucios
em qualquer parte dellas.
§3° - Os lettreiros, quando collocados sobre grades,
balaustradas ou muretes de balcões ou saccadas, só serão
permittidos, quando sejam [...] dos por lettras isoladas
convenientemente [...] . A collocação ficará sempre, porém, a
juizo da directoria de serviços municipaes, para assim [...] que
seja prejudicada a esthetica dos edifícios da cidade.
§ 4° - Para realizar o objectivo do paragrapho anterior,
poderá ser exigida a apresentação photographias das fachadas,
com indicação [...] em que pretente collocar o lettreiro a [...]
taboleta.
§ 5° - Nenhuma placa de cinema e [...] deverão cobrir
até 10% da superfície da fachada [...] podendo entretanto fechar
qualquer vão nem colocados sobre a platibanda ou beiral.
Art. 62 - Quando por necessidade [...] for determinada a
subordinação de desenhos [...] fachada ao estylo architectonico
da fachada [...] fachadas visinhas, será exigido que os motivos
architectonicos tenham, nas partes em contacto [...] e remate
conveniente de modo a se [...] variação e mudança brusca da
132 Códigos de Postura de São Luis/MA

architectonio mesmo modo que para evitar a variação e [...]


brusca de nível entre os pavimentos dos diversos edificios, desde
que esses edifícios tenham as [...] em níveis approximados.
§ Unico – Essa sexigencias applicam –se [...] onde as
construcções são contíguas e muito particular á parte central e
commercial da [...] .
Art. 63 - O limite das saliências [...] no alinhamentos dos
logradouros públicos e particulares para os elementos decorativos,
[...] saccadas, construcções em balanço e toda [...] inherentes
á principal obra dos edifícios [...] como segue:
a)- Nas partes inferiores da fachada [...] altura de 3,m00
medidos desde o nível do [...] no corre do alinhamento, a
saliência permitem [...] de 0,m25. A superfície desa parte inferior
occupada por saliciencias decorativas;
b)- Na parte superior da fachada [...] 3,m00 acima do
passeio, a saliência [...] é 1/20 da largura da rua, não podendo
[...] saliência exceder a 1,m00, nem occupar [...] da superfície
da fachada acima dos 3,m00 [...] .
Art. 64 - Lateralmente e na extremidade (...0 edificios
situados no alinhamento dos [...] públicos ou particulares, as
saliências [...] são limitadas por um plano vertical [...] linha
divisória e fazendo um ângulo de [...] plano de alinhamento.
Essa prescripção [...] aos prédios contíguos cujos proprietário
tenham posto de accordo para reunir [...] os seus predios
construídos simultaneamente.
Art. 65 - Nenhuma reforma, construcção ou [...] poderá
ser permittida em locaes onde [...] aspecto typico de
arechittectura tradicional, de [...] ou histórico, desde que tal
reforma a [...] ou reconstrucção venha a deformar a harmonia
urbana e arechitectonica.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 133

Art. 66 - em qualquer construcçoa colonial não permitida


a retirada de beiraes para serem sub [...] platibanada, em
qualquer modificação de [...] abranja exclusivamente a fachada,
substi [...] no topo ou parte.
[...] - Não se entente por modificação a collocação de
calhas e condutores para a captação das [...] ne,m tampouco a
colocação de calhas [...] entre o plano do telhado e o beiral
[...] dito, que [...] como um falso betral, conservando a sua
apprencia.
[...]- O presente artigo não impede seja feita [...] totoal
para ser construído no local da [...] novo prédio dentro das
normas estabelecidas [...] código, desde que não contrariem o
que [...] artigo 64.
Art. 67 - A municipalidade de São Luiz poderá destinar os
trechos urbanos e edifícios isolados que [...] architectura,
offerecendo interesse artístico [...] devem ficar defendido de
demolição ou [...] de qualquer natureza. Poderá igualmente [...]
as immediações de taes trechos urbanos e [...] impedindo que
em taes immediações sejam [...] que venham a comprometer
os conjunctos urbanos ou edifícios em questão; poderá ainda a
[...] determinar as obras que julgar necessárias afim de dar realce
e conveniente perspectiva [...] trechos urbanos ou edifícios.
[...] - Uma vez declarado sob o regimen de desocupação
poderá a municipalidade determinar essa [...] em tempo
conviniente.
[...] - Os prédios a que se referem os paragrapho [...]
serão classificados por intermédio de [...] de que façam patem
um representante [...] , Um representante do estado do Maranhão
representante do ministério da Educação [...] , tendo em vista
o que dispõe a carta (...0 replublica e legislação federal em
vigor.
134 Códigos de Postura de São Luis/MA

[...] - Nenhum alargamento de vias poderá ser [...] do


lado onde exista grupo de immoveis ou [...] classificado nos
termos do paragrapho [...] .
[...]- Como o fim de fomentar a manutenção [...] tectura
tradicional e conservação de [...] da cidade de São Luiz, a
municipalidade [...] vantagens especiaes ás edificações [...]
construídas dentro do esperito tradicional, [...] conveniencias e
regras dos modernos [...] construcção civil.
[...] – As vantagens a serem concedidas destinadas a
premiar os architectos e proprietários de [...] construídos nos
moldes previstos no presente [...] concedidas após concurso
annual feito entre os diferentes prédios construídos no mesmo
anno. Esses prêmios e vantagens serão distribuídos da seguinte
maneira:
Clase- a) – Prédios contruidos nas zonas central e urbana:
1° logar- premio de 5:000$000 (cinco contos de reis) ao
architecto diplomado e isenção durante 5 annos dos vários
impostos municipaes que recaem sobre prédios;
2º- logar- Premio de 2:000$000 (dois contos de reis) ao
architecto diplomado e isenção 1 anno de imposto predial.
Classe- b) Prédios construídos na zona suburbana:
O 1° 2° e 3° premio corresponderão a metade prêmios
concedidos a classe a.
§ 2°- O proprietário do prédio cuja fachada tiver sido
prendada poderá mandar collocar a sua custa em ponto
conveniente dests fachada, e mediante prévio assentimento do
prefeito, uma placa de bronze encimada pelas armas da
municipalidade contendo a seguinte inscripção:
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 135

A municipalidade de São Luiz


Concedem o...... Premio de architectura a este edifício
no anno (algarismo romanos) sendo .............. proprietario
e......... Architecto.
Essa placa cuja collocação será autorizada em documento
fornecido pela munipalidade, poderá ser conservada conveniente
enquanto não forem alteradas as linhas architectonicos da fachada
e ficará isenta por completo de qualquer imposto, taxa ou
emolmento.
§3° - A municipalidade poderá impedir, em qualquer tempo
que sobre uma fachada premiada se colloquem quaesquer
lettreiro, a não ser em casos especiaes e desde que o proprietário
se sujeite a retirar dessa fachada a placa de que trata o paragrapho
anterior.
[FALTAM ARTIGOS 68e69]
Art. 70 - A distribuição dos prêmios estabelecidos no artigo
anterior á facultativo e só terá logar a juízo de jury espacial.
§ Único – O jury a que se refere o presente artigo será
constituído por uma comissão formada pelo prefeito, um
representante do Estado, um representante do Ministério da
Educação e Saúde Publica e um profissional de reconhecimento
valor escolhido livremente pelo prefeito. O cargo de membro
desse jury será exercido pro honoré.
Art. 71 - Os candidatos aos prêmios de que trata o artigo
68, deverão requerer 4 (quatro) mezes antes do inicio do
exercício financeiro e inscripção respectiva fazendo-o em
requerimento acompanhado dos desenhos de fachada, e entregue
na diretoria dos Serviços Municipaes onde se mandará annexar-
lhe, antes de ser enviado ao jury do concurso, o processo relativo
á construção correspondente á fachada apresentada.
136 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ Único- Sò serão admitidas a concurso as fachadas de


prédios que tenham tido a contrução terminada e tenham
recebido o devido Habite-se da Prefeitura, até a data da
inscripção.
Art. 72 - O pagamento dos prêmios referidos no artigo 69,
será consignado anuamente na lei orçamentária que discriminará
os prédios isentos do imposto predial em virtude do concurso,
bem como consignará a necessária verba para o pagamento, em
dinheiro, dos prêmios concedidos pelo jury.
Marquizes e taldos
Art. 73 - O balanço das marquizea não poderá exceder a
largura dos passeios nem a largura de 3,m 00.
§ 1° - As marquizea serão construídas de modo que não
prejudiquem a arborisação e a iluminação publica e não occultem
placa de nomenclatura de logradouros públicos nem numeração
de edifícios.
§ 2° - A corbertura das marquizes deverá ser feita de
material translucito desde que pela sua colocação possa vir
affectar a iluminação natural dos compartimentos, cujas portas
e janelas ficarem colocadas sob essas marqiezes.
§ 3° - No caso de emprego de material translúcido e sujeito
a quebrar- se facilmente, serão as marquizes todatas de
dispositivos que projetam os transeuntes contra queda de
fragmentos.
Art. 74 - Asalencia máxima dos toldos será igual a largura
dos passeios, não podendo entretanto, excerder a 2,m50.
§ 1° - A parte mais baixa do toldo deverá ocultar focos de
iluminação publica, nomenclatura de logradouros, placas de
numeração nem prejudicar a arborisação publica.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 137

§ 2° - Os toldos não poderão ser brancos nem tão poucos


fixos.
Art. 75 - A municipalidade poderá determinar os
logradouros em que apenas sejam permitidas marquizes, e neste
caso determinar o ser typo, fixando a sua largura, altura acima
do nível do passeio podendo, entretanto, o desenho e material
da marquize ficar a critério dos proprietários, sendo, entretanto
indispensável a aprovação do desenho por parte da diretoria
dos serviços municipaes.
Andaimes e tapumes
Art. 76 - O andaime fixo será feito com toda segurança
fechado em toda a sua altura e satisfazer outras condições
constantes da presente secção.
Art. 77 - O andaime suspenso será feito a 2,m50 de altura
pelo menos, sobre o passeio com a largura máxima de 1,m00,
bem assoalhado de modo a não permitir quedas de fregmentos
de material sobre o passseio.
Art. 78 - O andaime feito com cavalete e escadas ou
suspenso em cabo typo móvel não poderá exceder a largura do
passeio e será armado apenas para pequenas obras de fachadas,
construcção de marquizes etc.
§ Único – O transito por baixo de andaime desse typo
deverá ser impedido por travassas colocadas nos limites do
passeio.
Art. 79 - O andaime não poderá occultar foco de iluminação
publica, placas de de nomenclatura e numeração nem offender
as arvores ou postes existentes.
§ Único- Para o levantamento de andaimes e enquanto
durar a obra, deverão ser protegidos os focos de iluminação,
fios, etc.
138 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 80 - No caso de paralisação de obras o andaime terá


de ser removido, dentro do praso de 15 dias, devendo ser
convenientemente fechada a construcção no alinhamento do
logradouro publico conruido o passeio fronteiro.
Art. 81 - Para ao andadaimes de grandes [...] ou de
edificação alta taes como chaminés [...] atc. A directoria dos
serviços municipaes pode [...] o projeto do andaime e memorial
[...] .
Art. 82 - Nenhuma obra ou demolição [...] no alinhamento
dos logradouros publico poderá ser feita sem que haja um tapume
ocupado deverá ser ilumunição á noite com luz encarnada.
Art. 83 - Quando das demolições será [...] em praticas
medidas adequadas a evitar-se poeira incommide os visinhos e
tranzeuntes permitindo ao responsável fazer a limpeza do
logradouro em toda a zona afetada pelo seu serviço.
Art. 84 - A prefeitura poderá proibir que faça a demolição
durante o dia e ás primeiras noite ou em qualquer hora que
possa prejudicar o transito publico, nas vias de maior circulação.
Art. 85 - Onde quer que se executem a construção ou
demolição nenhuma material permanecer no logradouro publico
senão o tem necessário para a sua descarga e remoção. Pena de
150$000.

TITULO IX - HYGIENE E SALUBRIDADE


SECÇÃO PRIMEIRA
Art. 86 - Os subterrâneos cujo pé [...] pode ser inferior a
1,m80 só poderão se [...] depositados, adegas, Etc. ou afins que
exijam [...] momentânea da pessoa.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 139

§ 1° - A licença par construção de subterrâneos ficará em


qualquer caso [...] beração da diretoria de serviços municipaes.
§ 2° - Os subterrâneos que não [...] as exigências de
insolação e iluminação [...] contudo as determinações da secção
[...] titulo.
Porões
Art. 87 - A altura dos porões serão no mínimo de 2,m00
contada da superfície [...] a face inferior dos barrotes do soalho
[...] face inferior do piso superior se este for armado.
Art. 88 - Nos porões que nunca [...] bitaveis; mas apenas
utilisaveis, serão [...] da as seguintes condições:
a)- Terão p piso impermeabilizada [...] .
b)- As paredes perimetraes serão [...] material
impermeável nas faces externas [...] mínima de 6,m30 acima da
camada [...] .
c)- As Internas serão [...] camada impermeável e resistente,
ate [...] mínima, acima da camada de [...] .
d)- O piso não poderá ser revestido.
e)- As paredes serão datadas de [...] o mais alto possível
e afastadas [...] apenas o suficiente. Para a passagem da verga
[...] vãos de portas e janelas;
f)- As aberturas a que se refere a lalinea anterior serão
protegidas por meio de grades metálicas, de malha estreita de
modo a permitirem a fácil renovação do ar, não podendo ser
dotadas de caixilhos de vidros ou redes que prejudiquem a
ventilação.
140 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1° - Só será permitida a divisão de porão em


compartimento quando esses compartimento se destinarem
exclusivamente a dispensas, adegas ou depósitos, podendo as
aberturas correspondentes a esses compartimento ser datadas
de veneziana desde que sejam providos de dispositivos
supplementares para renovação do ar no interior.
§ 2° - Não é permitida instalação de garages em porões.
Art. 89 - As paredes dos porões deverão apresentar
revestimento impermeável, em toda a extensão em que a face
internaq ficar em nível inferior do terreno circundante.
Lojas
Art. 90 No pavimento térreo ou loja serão permitido
compartimento de permanensia diurna a noctura quando dispuzer
de condições de instalação e ventilação exigidas neste
regulamento.
§ Único- Nenhum pavimento tereo poderá ser aproveitado
para casas comerciaes a não ser que tenha 3,m00 ou mais de pé
direito, e área superior a [...] , excepto nos casos previstos
neste código.
Art. 91 - Na loja ou rez do chão, quando utilizaso também
para habitação, deverá ser convenientemente instalado um
gabinete sanitário.
Art. 92 - A loja ou rez do chão quando utilizada para fins
industriaes ou commerciaes deverá ter gabinete sanitário sem
comunicação direta com os compartimento de carecter comercial
ou industrial tem tão pouco ter sua entrada á vista do publico.
Art. 93 - Além das condições anteriores as lojas quando
utilizadas para fins comerciaes deverão satisfazer as seguintes:
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 141

a)- Ter torneiras e ralos para lavagens, quando tratar de


armazena e fabricas de gêneros alimentos, bars, café,
restaurantes, confeitarias, açougue, fabricas de cervejas e de
outras bebidas, quitanda e leiterias, casos em que os ralos serão
dotados de positivos para reterem as matérias sólidas, e ligada
a rede de exgotto com siphão intermediário.
b)- Quando se tratar de padarias, açougues, [...]
confeitarias, fabrica de massas, de doces e mudança de roupa
do pessoal que trabalhe nestes estabelecimentos;
c)- Os compartimento onde se fabriquem os [...]
alimentcios ou produtos pharmaceuticos, [...] os dos
estabelecimentos da alínea anterior deverão ser revestidos de
azuleijos brancos, ladrilhos [...] claras ou cimento branco alizado,
até a [...] mínima de 2,m50;
d)- As instalações sanitárias não poderão ter comunicação
direta com os compartimentos onde se [...] ou fabriquem gêneros
alimentícios.
Sobrelojas
Art. 94 - As sobrelojas sujeitam –se as seguintes [...] .
a)- O piso será de material incombustível;
b)- Serão dotados de um vaso sanitario e de um lavatório,
pelo menos;
c)- O revestimento do piso será de mosaico e o das paredes,
até a altura de 1m,50, será feito com material liso, mpermeável
e de cores claras; no caso de serem as sobrelojas destinadas a
escriptorios, as paredes e pisos poderão receber um revestimento
commum.
142 Códigos de Postura de São Luis/MA

TITULO X - DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAES E


COMMERCIAES
SECÇÃO PRIMEIRA - AÇOUGUES
Art. 95 - Nos açougues alem de outras exigências constantes
deste regulamento, que lhe forem applicaveis serão observadas
as seguintes condições:
a)- serão instalados em compartimento em área superior
a 12,m200.
b)- As portas serão de grades de ferro, protegidas por
telas de arame de malha inferior a 0,m02.
c)- As paredes serão revestidos de azulejos brancos ou
ladrilhos de cores claras até a latura de 2,m50;
d)- Os pisos deverão ser revestidos de ladrilhos de cores
claras e oferecer inclinação necessária para o escoamento das
águas de lavagem;
e)- Deverá haver pia, torneira e ralos nos pisos, de modo
a facilitarem a lavagem diária do estabelecimento;
f)- Deverá possuir ganchos de aço inoxidável para pendurar
carne.
§ 1° - Serão permitidos talhos para distribuição de carne
com com área mínima de 8,m200 desde que a carne phi
depositada e distruida não permaneça em espaço de tempo
superior a 6 (seis) horas, igual restricção será feita para os
açougues e talhos localisados em logradouros não calçados.
§ 2° - Ajuízo da diretoria de serviços municipaes poderá
ser exigido a instalação de uma câmara resfriada com a
capacidade proporcional a imporcia da instalação.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 143

SECÇÃO SEGUNDA - FABRICAS DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS


PHARMACENTICOS, LABORATÓRIOS E INDUSTRIAS OCCUPANDO
MENOS DE 50 PESSOAS.
Art. 96. Nas padarias, confeitarias, fabricas de massas de
doces e outros produtos alimentícios, nos laboratórios s fabricas
de produtos pharmaceuticos, serão observadas as seguintes
disposições, alem de outras indicadas neste regulamento:
a)- Nas salas de manipulação e de trabalho, onde deverá
haver torneiras e ralos para lavavem, drilhos de cores claras,
cimento e arela, traço 1:4, até a altura de 2,m50 e o piso
revestido de cores claras; o resto da parede será pintadas de
cores claras ou a cal:
b) – Deverá haver uma instalação sanitária completa (um
vaso sanitário, um lavatório, um chuveiro), para cada grupo de
25 pessoas, separada por sexo.
c)- Os fornos, machinas, caldeiras estufas, fogões, etc.
deverão ser completamente isolados das paredes, observando
que o afastamento dos fornos, estrufas, aparelhos e machinismos
quaesquer em que haja grandes produção de calor devem ser
afastados de 1,m00 das paredes, no mínimo;
d)- As chaminés deverão se elevar até 2,m00 pelo menos,
acima da mais alta cumieira, num raio de 20,m00 devendo ser
dotadas, quando produzam incommodos a visinhança, de
fumivoros de funcionamento perfeitos e aspiradores de poeira
e detrictos, deste que em seu interior trabalhem menores e
mulhesres, e [...] produção constantes desse detritos e poeiras;
§ Único- Quando essas pequenas e leves [...] estiverem
localizadas de permeio as habitação serão observadas ainda as
seguintes disposições;
144 Códigos de Postura de São Luis/MA

– deverão estar afastadas de um mínimo 2,m50 de suas


divisas laterais;
b)- sua fachadas deverá ser tratadas de modo não oferecer
contraste com a architectura residencial;
c)-deverão ter sua frente ajardinada e [...] servada, livre
de qualquer deposito, mesmo [...]
d)- a carga e descarga de seus produtos de verão ser
feitas pelas entradas lateraes.
SECÇÃO TERCEIRA - FABRICAS
Art. 97 – As fabricas deverão ser localisadas nas zonas
apropriadas e de acordo com o zoneamento e , na falta deste, a
sua localisação estará sujeita a aprovação da diretoria de serviço
municipaes.
§ Único – Em nenhuma hypothese será permitida a
instalação da fabrica de permeio a habitação mínimo da
residência mais próxima. Esse afastamento poderá ser
augmentado a juízo da diretoria de serviço municipaes.
Art. 98 - quando as fabricas a serem constituídas se
localisarem em zonas, em cujas proximidade existam casas de
residências, as paredes deverão [...] duplas afim de que não
seja incomodada a vizinhaça; e que a estrutura do edificios
suporte bem a [...] originada do machinismo.
SECÇÃO QUARTA - HOSPITAES
Art. 99 – alem das disposições deste código [...] forem
aplicáveis, e de outras exigências que [...] a ser feitas pela
saúde publica, os hospitaes deverão preencher os seguintes
requisitos:
– As paredes externas serão construídas de tijolos furados
para o melhor isolamento de [...] ;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 145

-As enfermarias deverão estar separadas com a capacidade


máxima para 30 doentes, cada uma, devendo corresponder a
cada doente a superfície de 8m200;
– o pé direito mínimo será de 3,m50;
– a orientação das diversas enfermarias será compreendida
entre as direções N. N. E. e N. N. O. tendo uma de suas faces no
sentido da maior dimensão, voltada para o nascente.
– a superfície dos vãos de ventilação e iluminação será ¼
da superfície de cada compartimento;
– os vãos exteriores deverão ser dotados de bandeiras
basculantes com 0,m60 minimo da altura;
–a junção das paredes entre si e delas com os pisos e
tectos será arredondada;
–haverá uma instalação sanitária completa para cada grupo
de 15 doentes;
– para cada enfermaria haverá um aparelho em pia de
despejos que permita a lavagem de vasos piso meio de jactos
d´agua sobre pressão;
–disposição de uma lavanderia a vapor, e uma instalação
completa para desinfecção e um forno para cremação de lixo e
resíduos;
–é obrigatória a instalação de necrotérios que será feita
em pavilhão isolado, distante 20,m00 pelo menos das habitações
vizinhas, e dos logradouros, de maneira que o seu interior não
seja devassado dessa habitação ou dos logradouros públicos;
– deverão dispor de jardins e parques na produção de
5,m20, por doente.
146 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1°- Os edifícios destinados a hospitaes deverão ter um


afastamento mínimo de 10,m00 de alinhamento da via publica.
§ 2°- Os dispositivos da presente secção, aplica- se
também ás casas de saúde.
Art. 100 - nenhuma reforma, reconstrução ou crescimento
poderá ser feita em hospital ou casa de saúde já existente, sem
que taes obras impliquem na servancia das alíneas i, j, e k do
artigo anterior.
SECÇÃO QUINTA - COCHEIRAS E ESTÁBULOS
Art. 101 – As cocheiras e estábulos deverão [...] além de
outras condições sdeste código que forem aplicáveis as que
seguem:
a)-serem edificados em terrenos separados dos [...]
limitrophes por muros disorios de 3,m00 menos, de alturas;
b)- a distancia entre os muros divisórios e as instrucções
será ser de 3,m00, no mínimo;
c)- o pé direito minmo será de 3,m50;
d) – o revestimento do solo na parte ocupada construção
será de contreto de traço 1:4:9 com espessura de 0,m10;
d) a superfície do revestimento ficara em nível inferior
de 0,m20 ao do solo e terá um declive de (...0 por metro;
e)- haverá sargetas com revestimento impermeavel para
dar sahida ás águas residuaes, bem como [...] de contorno para
o escoamento das águas [...]
f) – a cobertura será de cerâmica não se tolerância
coberturas metallicas;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 147

h)- deverá haver deposito para estrutura a prova de


insetos, com capacidade para conter o estrume produzido em
24 horas;
l)- deverá haver um reservatório não inferior a 1.000 litros
para cada grupo de 10 animais;
j)- o deposito de forragens deverá estar isolado da parte
destinada aos animais e sua construção deverá impedir a entrada
de ratos;
k)- as mangedouras e bebedouros deverão ser de fácil
lavagem;
l)- se hover compatimento para habitação dos empregados
deverão ficar completamente saparados da parte destinadas aos
animais e afastados 10,m00, pelo menos;
m)- o espaço destinado a cada animal deverá ser, pelo
menos, de 2,m200 (2x 1);
n)- as cocheiras e os estábulos na parte propriamente
destinadas aos animais deverão ficar recuados pelo menos, 20,m00
do alinhamento do logradouro mais proximo.
§ 1°- A construção de estabulos só será permitida quando
fizerem parte de granjas leiteiras e quando a sua existência no
local indicado tiver sido permitida pelo departamento nacional
de saúde publica.
§ 2°- não será permitida a construção de estábulos ou
cocheiras nas zonas central e urbana.
§ 3°- os estábulos e cocheiras existentes em contração a
esta secção, deverão ser retirados no praso maximo de 60
(sessenta) dias, contados da publicação deste código. Pena:
aprehenção dos animais e multa de 100§ 000 (cem mil reis ), por
cabeça.
148 Códigos de Postura de São Luis/MA

SECÇÃO SEXTA - ESCOLAS


Art. 102 – Os edifícios destinados a escolas deverão
satisfazer, alem das prescripções gerais deste código, a eles
aplicáveis, as condições seguintes:
– as salas destinadas a aula não poderão conter mais de 40
alunos e deverão ter no mínimo 40,m200;
– as salas de aulas não poderão ter larguras superior a 1
(uma) vez e meia a distancia do piso a verga, quando a iluminação
for unilateral;
– as bandeiras das janelas e portas ser5ão basculantes;
– o pé direto mínimo será de 3,m20;
– a pintura das paredes da sala destinada a aula será a
tinta lavável com tonalidade claras, ou a cal;
– deverá haver uma vaso sanitário e um laboratório para
cada grupo de 30 alunos.
– devera haver installação sanitárias separadas, para
meninos e meninas, quando se trata de escolas mixta;
– deverá haver uma área destinada a recreio, um terço
da qual dever´s ser coberto.
Art. 103 – as escolas deverão satisfazer as seguintes regras
relativas á sua localização:
a)- a entrada principal não deverá ser em ruas de grandes
circulação;
b) – o gradil fronteiro deve permitir o Maximo de
visibilidade do logradouro;
c)– o edifício deverá estar recuado pelo menos, de 10,m00
do alinhamento do logradouro mais próximo;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 149

d)- os vãos de iluminação deverão corresponder a 1/5 da


superfície a iluminar;
e)- os terrenos de recreios deverão ser calculados na razão
de 4,m200., no mínimo, para cada creança.
SECÇÃO SÉTIMA - GARAGES, POSTOS DE GASOLINA E
LUBRIFICAÇÃO
Art. 104 – As garages deverão ser inteiramente construídas
na parte térrea, com material incombustível sendo de cimento
armado o piso do 1° andar sobre a garage, caso este exista.
Art. 105 – Nas garages e posto de gasolina e lubrificação,
devera haver depósitos metálicos ou de concreto armado,
subterrâneos, dotados de bombas, para o abastecimento de
essências aos automóveis e, bem assim, como abastecimento de
óleo, não sendo permitido abastecer os tanques dos vehiculos
por intermédio de latas, baldes ou garafas.
Art. 106 - para o deposito de pequena quantidade de
essência ou de outros inflamáveis, em latas ou caixas que, de
acordo com a legislação em vigor, for permitido, as garages
deverão dispor de paloes subterrâneos, com o piso revestido
por uma camada de 0,m12 de concreto, traço 1:3:5., revestido
do uma camada de argamassa de elemento e areia, traço 1:3,
devendo taes palões serem dotados de porta de ferro, de
vedação perfeita.
Art. 107 – As garages existentes na data de publicação dp
presente código, não poderão ser submetidas a concretos,
reformas ou acréscimos que venham contribuir para maior
duração de suas instalações; será porém, permitida a execução
de obras de limpeza, caiação e pintura ou obras geraes, desde
que a juízo da diretoria de serviço municipaes, sejam julgadas
necessárias para a perfeita observância das disposições deste
código.
150 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 108 – A instalação em simples galpões para abrigo de


carros, poderá ser permitida, a juiz da diretoria de serviço
municipaes, desde que taes galpões, alem de serem contruidos
com material inconbustivel, satisfazem todas as exigências do
presente código, no que lhe for aplicado, e sejam exclusivamente
destinados a permanência de vehiculos, construídas á parte das
demais dependências da garage.
Art. 109 – No interior das garages não poderá haver
compartimento de habitação; será permitida, entretanto, a
construcção de um pequeno pavilhão, completamente isolado
das demais dependências da garage, quando destinado a habitação
do porteiro ou vigia.
Art. 110 - Deverá haver uma instalação sanitária completa
destinada ao pessoal correspondente a cada grupo de 20
automoveis ou fracção, que a garages comportar.
Art. 111.– A instalação de posto de distribuição de gasolina,
óleo, lubrificação, etc., só poderá ser feita quando em logar
indicado pela diretoria de serviços municipaes, observadas ainda
as seguintes regras:
a)- não poderão ser localisados em logradouro de grande
circulação;
b)- o numero maximo de posto no [...] logradouro será de
3;
c)- não será permitido a permanência [...] portáteis quando
nas zonas central e [...] .
d)- o desenho do posto a ser instalado, [...] as suas
dependências deverá ser [...] exame e aprovação da diretoria
de serviço municipaes;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 151

e)- não praso concedido para permanência [...] posto em


local permitido não poderá ser [...] cinco (5) anos, findo o qual
o posto poderá [...] a juízo da diretoria de serviços municipaes
não cabendo á municipalidade nenhuma [...] pela retirada da
instalação;
f)- o concessionário fica sujeito a todos [...] posto,
inclusive o predial e de industria e [...] alem do pagamento de
uma taxa que lhe será [...] da pela ocupação do logradouro, e
que será [...] por metro quadrado e segundo a sua localisação
[...] taxa, não poderá ser inferior a 120$000 (centro e vinte mil
reis) annuaes e será fixada em cada exercício permanecido.
g)- os postos de abastecimento de gasolina [...]
lubrificantes são obrigados a manter um serviço de abastecimento
d´agua gratuito aos automobilistas.
Art. 112 - os posto de abastecimento de [...] moveis,
quando instados em terrenos particular rejeitam –se aos
dispositivos do artigo 111, [...] itens e e f, devendo dispor de
machinismo apropriado ao enchimento de câmara de ar e
verificação de [...] são. Estes posto não poderão ser instalados
em terenos cuja área seja inferior a 100,m002.
§ 1° - A diretoria de serviços municipaes poderá exigir o
ajardinamento e decoração dos [...] abastecimento, quando isso
julgue necessário.
§ 2° - os actuaes posto de gasolina serão mantidos a titulo
precário, sendo determinada a sua locomoção, desde que em
cada logradouro estejam instalados os postos de abastecimento,
em numero [...] de 3 (três) , e de acordo com as determinações
[...] código. A prefeitura para instalação dos novos posto será
de acordo com o critério de antiguidade na occupação anterior.
152 Códigos de Postura de São Luis/MA

TITULO XI - DAS CASAS DE DIVERSÕES PUBLICAS


Art. 113 – Nos theatros e outras casas de diversões, serão
exigidas, alem das condições estabelecidas neste código, e em
particular das contidas na secção segunda deste titulo, e que
lhes sejam aplicáveis, seguintes:
a)- que sejam inteiramente construídos de material
incombustível, com pisos de cimento armado tolerando- se o
emprego de4 madeira ou outro material combustível, apenas no
revestimento dos pisos [...] portas, nas janelas em corrimãos de
balaustrada em caibros e em ripas da cobertura e nas peças de
machisnismos ou de scenarios, que não possam ser de material
incombustível;
b)- que tenham instalações e aparecimento conveniente,
contra incêndios, de acordo com o que for exigido pela diretoria
de serviços municipaes;
c)- que tenham portas de sahida em communicação direta
com via publica, devendo a largura total dessa porta corresponder
a capacidade de casa de diversões, na razão de 1,m00 para cada
grupo de 100 espectadores;
d)- que tenham gabinetes para senhoras, bem como
instalações sanitárias convenientes dispostas para fácil acesso
do publico, devidamente separadas para cada sexo e individuo,
sendo a parte destinada aos homens subdivididas em latrinas e
mictorios.
Art. 114 – Os edifícios destinados a theatros, construídos
a partir da data deste código, deverão ser separados dos edifícios
ou terrenos vizinhos por uma passagem de 3,m00 de largura,
pelo menos, sempre que não forem contornados por logradouros
públicos.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 153

Art. 115 – A parte destinada ao publico, nos theatros, será


inteiramente separada da parte destinada aos artistas, não
devendo haver entre as duas, mais que as indispensáveis
comunicações de serviço, dotadas de portas de ferro, que as
isolem em caso de incêndios.
Art. 116 – A parte destinada aos artistas deverá ter fácil e
direta comunicação com as vias publicas, de modo a se assegurar
sahida ou entrada franca, sem dependência de parte destinada
ao publico.
Art. 117 – Os camarins, assim como os escritórios da
administração, devendo ser conveniente dispostos, de maneira
a serem respeitadas as exigências deste código no que lhes deva
ser aplicado.
Art. 118 – Os depósitos de decoração, scenarios, moveis,
etc., e os guarda-roupas, no caso de não estarem situados em
local independente do theatro, deverão ser inteiramente
construídos de material incombustível e ter todos os vãos
guarnecidos por portas de ferro, que, no caso de incêndios, os
isolem de resto do theatro.
Art. 119 – Em caso algum, os depósitos a que se refere o
artigo anterior, poderão ser de madeira; e deverão se assentar
sobre vigas de cimento armado ou de argamassa de cimento de
6,m02 de espessura, pelo menos; a construcção do palco deverá
permitir ampla conveniência as representações choreographicas.
Art. 120 – As escadas destinadas ao publico, que deverão
ter a largura mínima de 1,m50, serão construídas em lances rector
de 16 degraos, no Maximo; entre dois lances haverá um patamar
de 1,m20, no mínimo, de extensão.
154 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 121 – A partir da ordem mais elevada de localidades


destinadas ao publico, e á medida que forem atingindo as ordens
mais baixas, as escadas augmentarão de largura, em proporção
do numero de pessoas que delas devam se utilizar, de forma que
1,m00 de largura corresponda a cada 100 pessoas.
Art. 122 – A largura dos corredores de circulação e acesso
ás varias ordens de localidades elevadas destinadas ao publico,
será determinada proporcionalmente ao numero de pessoas que
por esses corredores transitarem, na rasão de 1,m00 para cada
grupo de 100 pessoas.
Essa largura nunca será inferior, porem, a 2,m50 para o
corredor das trizas e dos camarotes de primeira ordem a 2,m00
para os demais.
Art. 123 – A disposição das escadas e corredores será feita
de modo a impedir correntes oppostas de transito, devendo, no
caso de confluência inevitável, ser augmentadas a respectiva
largura, conforme cada caso particular.
Art. 124 – Para o acesso a ordem mais elevada de
localidades, geralmente denominadas galeria, deverão existir
escadas independentes das que se destinam as ordens inferiores.
§ Único – A construcção das escadas que obedecerão em
tudo ao que ficou estabelecidos nos artigos anteriores, deverá
ser feita de material incombustível.
Art. 125 – A disposição das localidades da platea será feita
de acordo com o estabelecido neste código para as localidades
das salas de projecção dos cinematographos.
Art. 126 – Em caso de necessidade, a juízo da diretoria de
serviços municipaes, deverá ser feita instalações que constam
deste código na parte referente a cinematograghos.TT
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 155

SECÇÃO SEGUNDA - CINEMATOGRAPHOS


Art. 127 – Para a construcção de edifícios destinados a
cinematographos, ou para adaptação ao mesmo fim de edifícios
já existentes, deverão ser apresentados os projectos completos
do edifícios que se deseja construir ou adaptar, com a indicação
de todos os pormenores de instalação, isto é, a posição e as
dimensões da cabine de projecção, da bilheteria, do escritório
da administração, caso haja, a posição de planos e de orchestras,
a disposição e a distribuição das localidades destinadas ao
publico, etc.
§ Único – E necessário egualmente que se submeta a
aprovação da diretoria de serviços municipaes uma memória
descriptiva sobre o sistema de ventilação a ser adotado nas
salas de projecção.
Art. 128 – Na construção ou na adaptação de edifícios
destinados a cinematographos, e em qualquer ocasião do seu
funcionamento, deverão ser observadas as seguintes disposições:
– Na construção, será empregado somente material
incumbustivel, tolerando – se o emprego de madeira ou outro
material combustível apenas no revestimento de pisos, quando
este material for usado em folhas de portas e de janelas, em
esquadrias, em caibros, em ripas da cobertura, no mobiliário e
em corrimão de balaustradas ou de escadas;
[DO ARTIGO 129 AO 170, NÃO PUBLICADO NO DIÁRIO
OFICIAL]
[...]
Instalações sanitárias
Art. 171- Os pequenos compartimentos destinados
exclusivamente a instalação de W. C. medirão 1.00m2, de área
mínima, e terão iluminação e ventilação diretas do exterior.
156 Códigos de Postura de São Luis/MA

Quando o vão de iluminação e a porta de acesso esta deve ser


dotada de uma parte de vidro fosco ou enthedral, ocupando 1/5
( um quinto) do vão da dita porta.
Art. 172 – Os compartimentos, destinados exclusivamente
a banheiros, deverão ser a área mínima de 2,m002; quando
destinados exclusivamente a chuveiro deverão ter no mínimo,
1,00m2.
Art. 173 – Os compartimentos que se destinarem a servir
de W. C. e banheiro, com instalação de banheira, deverão ter,
no mínimo, 2,50m2 (dois metros e cincoenta decímetros
quadrados); quando instalação de banho for apenas de chuveiro,
a superfície mínima deverá ser de 2,00m2.
§ Único – Todo o prédio residencial ocupando mais de
35,00m2 são obrigados a fazer uma instalação de banho completa,
consistindo em uma banheira, um vaso sanitário, uma pia e um
bidê, podendo o chuveiro ser facultativo.
Art. 174 – Os banheiros, chuveiros e W. C. deverão ter o
piso de mosaicos até a altura mínima de 1,50m. as paredes
deverão ser revestidas de azuleijos, mozaico, ou cimento branco
alisado sobre emboço de cimento e areia. Traço 1:4.
Art. 175 – Os banheiros, tanques de lavanderia, latrinas e
chuveiros, deverão ter o piso em declive e o respectivo ralo,
para o escoamento de águas servidas, ligado a rede sanitária.
Gallinheiros
Art. 176 – Os gallinheiros deverão ser estabelecidos fora
das habitações, e quando situados nas zonas central e urbana,
deverão ter, na parte destinada a permanência nocturna das aves;
o solo impermeabilisado por meio de uma calçada revestida
com argamassa de cimento e areia, com declive necessário ao
escoamento das águas de lavagem para a rede geral de exgotos.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 157

§ Único – Nenhuma residência poderá ter mais de 30 cabeça


de galinhas, quando situada nas zonas central e urbana.
Tanques de lavagem
Art. 177 – Os tanques para lavagem deverão ser instalados
em logar arejado, ser cobertos e apresentar em torno, o solo e
as paredes revestidas por meio de material impermeável e liso,
que evite a infiltração e estagnação de águas.
§ Único – Esses tanques deverão ser ligados á rede de
esgoto sanitários.
Garages particulares
Art. 178 – Além de obedecerem a outras exigências deste
código que lhes forem aplicáveis, as garages particulares,
construídas como dependências de casas de residência e
destinadas a recolher automóveis de propriedade do morador,
deverão [...] mais as seguintes:
– As paredes serão de material [...] e quando forem de
tijolo, serão de meia [...] ;
– Terão areia mínima de 15,00m2 [...] largura mínima ser
de 2,40m2 (dois metros e quarenta decímetros quadrados);
– O pé direito, na parte mais baixa deverá ser inferior a
2,50m;
– O piso deverá ser revestido de [...] e impermeável, e
permitir o escoamento [...] de lavagem, para a rede geral de
esgotos;
– As paredes, até na altura de 2,m00 [...] ser
impermeabilisadas com ladrilhos ou [...] cimento e areia;
– Quando houver pavimento superposto [...] , o tecto de
garege será de material [...] ;
158 Códigos de Postura de São Luis/MA

– Não haverá comunicação direta [...] comparttimento


de garage e outro qualquer compartimento.
Art. 179 – Os depósitos de essência, [...] gareges
particulares, deverão obedecer, alem prescripções do presente
código que lhes forem [...] e das estatuídas na legislação
especialmente inflamáveis, ás seguintes:
– serão de material incombustível;
– Não poderão ter comunicação com qualquer outro
compartimento;
– Só poderão ser instalados no [...] com paredes e piso
perfeitamente [...] tampa de material incombustível.
SECÇÃO QUINTA - CASAS ECONÔMICAS E GALPÕES
Art. 180 – A construção de casas [...] de taipa, só será
permitida na zona rural e [...] 100, 00m, no mínimo, do
logradouro publico [...] recebido qualquer melhoramento de
pavimento exgotado, arborisação, etc.
Art. 181 – Para que a sua construção [...] , as casas de
madeira ou de taipa deveria preencher os seguintes requisitos:
Terem o pé direito mínimo de 3,m 00 [...]
Apresentarem cobertura de cerâmica ou outro material
incombustível;
Elevarem-se ate a altura do pe direito [...] divisões
internas;
Ser de 8, 00m 2 a superfície mínima [...] compartimento
de habitação;
Serem construídas sob pilares [...] embasamento de
alvenaria, tendo 0,40 m, pelo [...] de altura acima do terreno;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 159

Distarem, no mínimo 2,50m de [...] divisas de lote e


5,00m, também [...] qualquer outra construção de madeira [...]
dentro ou fora do lote;
Ter o piso e as paredes [...] de altura impermeabilizado
com argamassa de [...] ou folha de zinco, desde que a cozinha
esteja [...] ao corpo principal do edifício;
Serem dotadas de gabinetes sanitários de exgotos, se
houver, ou a fossa do tipo [...] pelo Departamento Nacional de
Saúde.
Art. 182 – a diretoria de serviços municipais projetos
completos de casa econômicas, [...] de acordo com as
determinações do código, para família de três (3), cinco (5), e
pessoas, que fornecera aos interessados [...] correspondente a
1% do custo da construção; a diretoria de serviços [...] Dara
também assistência tecnica e do serviço de construção, mediante
uma construção correspondente a 2 % do custo provável
construção, que não poderá ser superior a 15 (quinze contos de
réis).
[...] – quando a construção não for destinada [...] do
interessado ou este já for proprietário qualquer prédio, o
pagamento correspondente requerimento do projeto de
edificação e assistência técnica serão 2% a 4 % respectivamente.
A diretoria de serviços municipais [...] instruções especiais
sobre construções de madeira, especificando material e
orientação de mão- de – obra.
As companhias fabris, e empresas de natureza, órgãos da
administração publica, assistência técnica gratuita desde que se
[...] a construir grupos de 10 (dez) ou mais destinadas a venda a
prestação ou aluguel [...] não seja contado no primeiro caso
juro superior a 9% ao ano sobre o saldo devedor, nem for [...]
160 Códigos de Postura de São Luis/MA

nos alugueres superior a 10%. No caso [...] a prestações, os


prédios ficarão isentos de [...] de prediaes e limpeza publica
pelo tempo que [...] , não podendo esta ser superior a [...] anos
e desde que o comprador não possua prédio na cidade e destine
o prédio a ser [...] , sua própria residência; este ultimo prédio
interrompido em caso de transição de [...] a outrem que não
esteja em idêntica [...] será mantido no caso de morte de seu
[...] .
Fica a critério da diretoria de serviços municipais a
avaliação do custo provável de qualquer [...] sendo o valor
mínimo admissível o [...] (3:000$000), não incluindo [...] .
Os consertos, reparos, reforma ou reconstruções de casas
proletárias existentes na ocasião da [...] deste código,
cadastradas pela diretoria [...] ficarão sobre imediata assistência
da diretoria de servi;os municipais que fará as vistorias ficando
ajuízo da mesma diretoria [...] pagamento pela assistência dada,
não podendo o pagamento ser superior a 50$ 000 ( dez mil reis);
para assistência seja dada torna-se indispensável [...] dirigido
ao prefeito que encaminhara a diretoria de serviços municipais.
Desde que o estado de conservação de uma diretoria
atende contra a higiene e não permita a execução econômica e
racional de obras e reformas ou reconstrução, o prefeito poderá
[...] a desapropriação em forma da lei em [...] .
Art. 183 – os prédios que se enquadre no que preceitua o
artigo anterior sujeitam-se inspeções interna da diretoria de
serviços municipais que poderá determina as obras de limpezas
internas ou externas sempre que isso julgue necessário, fazendo-
as por conta do proprietário que há indenizara da quantia gasta
acrescida de 10%.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 161

§ único – nenhum proprietário poderá gozar das vantagens


que o artigo anterior estabelece, sem que o lote de terreno
esteja cercado e limpo, e livre de entulhos ou lixo.
Art. 184 – as empresas fabris que se estabelecerem depois
da publicação deste código, obrigam-se a construir casas
proletárias na razão de 1 ( uma) casa para cada grupo de cinco
(5) operários que trabalhem nos serviços internos, gozando das
vantagens do parágrafo 3° do artigo anterior. Casa proletária
não poderá ter menos de 40, m 002 e não poderão ser construídas,
quando de taipa ou madeira, contiguamente.quando as
construções forem de tijolos, serão permitidas casas conjugadas,
observando o mesmo motivo arquitetônico
Art. 185 – Nenhuma casa tipo proletária poderá ser
construída a menos de 60.00m, do corpo de fabrica e a menos
de 100,00m. Dos depósitos de inflamáveis, gasolina, óleos,
pólvora, dinamite, etc. ou de madeira de fácil combustão (
madeira, algodão, sedas, etc.).
§ Único- Não serão permitidas a venda de bebidas
alcoólicas a menos de 200.00m. do corpo de qualquer fabrica,
não será igualmente permitida a careação de suínos em suas
imediações, nem nos quintaes das casas ditas proletárias, sob
pena de multa de 100§ 000 (cem mil reis).
Galpões
Art. 186 - Os galpões, nas zonas central e urbana, quando
não ficarem ocultos por outras edificações, que os tornem
invisíveis dos logradouros públicos, so poderão ser construídos
com um afastamento mínimo de 20,00m. do alinhamento, sendo
exigido, alem disso, quando os respectivos terrenos tenham
testada para logradouros dotados de calcamento
aperfeiçoamento. Ou percorrido por linha de bondes, que se
construa, no alinhamento, muro suficientemente alto para oculto
esses galpões.
162 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1 - Quando esses galpões forem situados em outras zonas,


o afastamento mínimo devera ser determinados pelo que
preceitua o titulo III.
§ 2 - Os galpões cujo PE direito nunca poderá ser inferior
a 3.00m. Deverão ter cobertura de cerâmica no caso de não
serem exclusivamente destinados a depósitos.
§ 3 – Os galpões quando visíveis de logradouros públicos
que tenham recebido melhoramentos, tais como calcamento,
iluminação, bonda, e situados fora das zonas central e urbana, a
juízo da diretoria de serviços municipais, serão ocultos por
cortinas e vegetação, ou muro.
SEÇÃO SEXTA - DOS DESENHOS E ALVARÁ DE CONSTRUÇÕES
Art. 187 – cabe a municipalidade o direito de indagar
quanto ao destino das obras em seu conjunto e em seus elementos
componentes, e o de recusar aceitação aqueles que forem
julgados inadequados ou inconvenientes, sobre o ponto de vista
de segurança, de higiene e salubridade, e de estética.
Art. 188 – os projetos submetidos à aprovação da
municipalidade deve acompanhar o requerimento para obtenção
do alvará de licença, devendo obrigatoriamente satisfazer as
seguintes condições:
– serão apresentados em 4 (quatro) via isento a primeira
em papel tela, transparente, sem remendos nem rasgões, e as
outras copias com dimensões mínimas de 0.20m x 0.30m;
– conterão assinatura do autor e do proprietário da
construção projetada, assinada em cada uma das vias;
– conterão a designação dos números do lote, da quadra e
da seção, numeração anterior, ou na falta deste a numeração
mais próxima existente no logradouro, determinada a distancia
entre as extremidades mais próximas dos 2 (dois) lotes em
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 163

questão, tudo que de acordo com os dizeres da escritura e


aquisição registrada na diretoria da fazenda municipal.
§ único – no caso de terreno ainda não assinalado na planta
oficial da cidade, mencionarão os números da folha e do livro
de registro da diretoria da fazenda municipal.
Art. 189 – os projetos acima referidos constarão de:
A planta do terreno na escala de 1: 500, indicando
exatamente a situação do lote, da posição em relação aos
logradouros públicos limitrephes e as divisas confinantes,
contendo a largura do logradouro e determinados neste as
dimensões dos passeios, da parte carroçável, arvores e portes
existentes em frente ao lote e posição dos trilhos de bonde,
onde houver; das construções projetadas ou já existentes no
terreno do proprietário sendo aquelas indicadas a carmim ou
vermelho e estas a de nankin;
– perfis longitudinais e transversais do terreno quando este
não for de nível;
– planta cortada de cada pavimento e de todas as
dependências a escala de 1:100;
– elevações na escala de 1:50 da fachada ou fachada com
indicação do declive da rua e do tipo de fechamento do terreno
no alinhamento;
– secções longitudinais e transversais do prédio e suas
dependências, na escala de 1:50 devidamente cotadas.
§ 1°- os desenhos constantes dos itens a e b deverão
constar na mesma folha; dos itens c, d e e de uma outra folha.
§ 2° - quando a edificação tiver em uma de suas faces
mais de 50, 00m. A escala de trata o item e poderá ser de 1:200;
e a escala de que trata os itens d e e, de 1:100.
164 Códigos de Postura de São Luis/MA

§3°- sempre que julgar conveniente poderá a diretoria


de serviços municipais exigir a apresentação de desenho da
estrutura do edifício, indicando a armação de concreto e
disposição de telhados, vigas, Vegas, escadas, e etc.
acompanhado de cálculos e memoriais descritivos. Esta
edificação devera ser apresentada em duplicata, assinada pelo
proprietário e pelo autor do projeto ou pelo construtor. Uma
vez aprovada, ficara um exemplar arquivado na municipalidade
e o outro será restituído à parte. Essa especificação será
considerada parte integrada projeto aprovado e devera ser
apresentado [...] municipalidade sempre que este o exigirem
[...] da construção; poderá também exigira [...] da perspectiva
do projeto, em duas [...] pelo autor do projeto ou pelo construtor
ou pelo proprietário.
Art. 190 – nos projetos de acrescimento ou reconstruções
de prédios, indica-se [...] preta ou as partes de construção que
vão ser [...] com tinta carmim ou vermelhão [...] de ser
executadas; e com tinta amarela, [...] vem ser demolidas.
Art. 191 – todo projeto que contiver qualquer espécie, ou
que não satisfazer [...] deste código será devolvida ao autor,
indicando-lho o motivo da não aprovação.
Art. 192. - as obras em suas partes [...] deverão ser
executadas de acordo com o projeto aprovado. E caso de
divergência entre as [...] do desenho e as cotas, estas ultimas
deverão estabelecer.
Art. 193 – se os projetos não tiverem [...] ou se
apresentarem, apenas, pequenas [...] ou equívocos o interessado
será chamado esclarecimento e pelo “ diário oficial“ [...] prazo
de 8 (oito) dias, não forem prestadas esclarecimentos, será o
requerimento indeferente.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 165

§ único – no caso de retificações nas [...] o interessado


poderá apresentar em [...] desenhos em 4 (quatro) vias.
Devidamente cada com as assinaturas do proprietário [...] do
seu representante, e do autor do projeto [...] anexados aos
desenhos primitivos.
Art. 194 – aprovados os projetos [...] guia para que os
interessados paguem os [...] devidos.
Art. 195 – o prazo no Maximo para aprovação de projetos
e de 20 (vinte) dias a contar da [...] do requerimento no protocolo
da prefeitura findo este prazo, o interessado não tiver [...] para
seu requerimento, poderá da [...] mediante a comunicação previa
a diretoria de serviços municipais, comprometendo-se [...] as
prescrições deste código.
§ único- não se computara no prazo [...] neste artigo o
período de 8(oito) dias [...] para os esclarecimentos, a que se
refere o artigo.
Art. 196 – não será motivo [...] o debito do proprietário
da prefeitura.
Art. 197 – exibindo pelo interessado [...] municipalidade,
pelo qual prove ter pagado [...] devidos, será expedido o
respectivo designado pelo diretor de serviços municipais.
§ 1° - no alvará de construção ficara [...] alem do nome
do interessado, ou [...] qualidade da obra, a rua, o lote, quarteirão
onde devem ser exigidas as servidões [...] ser respeitadas, assim
como qualquer [...] que for julgada especial.
§ 2° - a aprovação do projeto e [...] do alvará será
anunciadas pelo diário.
Art. 198 – se no caso do artigo 195, aprovado o projeto o
interessado não retirar o respectivo alvará no prazo de 8 (oito)
dias será embargada a construção ate a satisfação dessa exigência.
166 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 199 – dois exemplares do projeto rubricados pela


secção competente serão entregues aos interessados
conjuntamente com alvará e o recebido dos emolumentos outro
será remitido a diretoria de saúde publica do estado. A tela
ficara arquivada na prefeitura.
§ único- um dos exemplares entregues aos interessados, e
assinado pelo construtor, o alvará e o recebido de emolumentos,
deverão esta sempre no local das obras a fim de serem
examinados a qualquer momento pela autoridade encarregada
da fiscalização sem perda de tempo.
Art. 200 – respeitada a disposições legais em vigor, será
necessário novo alvará deste que a construção não seja iniciada
dentro de um ano cotado da data da aprovação.
Art. 201 – para modificações especiais no projeto
aprovado, será necessário novo alvará, requerido e processado
de acordo com este titulo.
Art. 202. - para pequenas alterações, que não ultrapassem
os limites fixados as partes essenciais da construção, não será
exigido novo alvará, sendo, entretanto, essencial aprovação do
diretor de serviços municipais.
§ único – os emolumentos serão cobrados de acordo com
a área edificada e por andar em cada seis meses. O requerimento
para licença de construção devera estipular o prazo estimado
em semestres. Se esgotados o prazo a obra não estiver terminada
será necessária requerer prorrogações pagando novo alvará
proporcionalmente ao numero de meses que estime o novo prazo
para determinação do serviço.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 167

SECÇÃO SÉTIMA - DOS MATERIAES EM GERAL


Art. 203 – Tudo material para construção deverá ser de
boa qualidade, apropriado ao fim a que se destina e sem
imperfeição que possa prejudicar a resistência ou a duração
exigida na obra.
$ 1º - A Municipalidade impedirá o emprego de material
que julgar impróprio, até que o interessado mande proceder, á
sua custa às experiências necessárias e por estas se demonstre a
sua admissibilidade.
$ 2º – Fica terminantemente proibido o uso de adobos nas
construções. Em casos de reconstrução, acréscimo ou reforma
deverão ser suprimidas as paredes construídas de adobos.
Tijolos
Art. 204 – Os tijolos poderão ser de barro, silico-calcareos,
de cimento e de escarias, com as dimensões que forem
determinadas pela Municipalidade.
Art. 205 – O tijolo de barro deve ser sonoro a percursão
bem queimado e ter as dimensões mínimas de 0,27m x 0,13m x
0,06m.
$ Único – A largura do tijolo deve ser dada pela c-1
Formula ––––, em que c é o comprimento dado em
centímetros
Art. 206 – para as obras de vulto poder –se- á exigência
que a carga de ruptura dos tijolos não seja inferior a 40 kgs, por
centimento quadrado, em media, e ser proibido o emprego dos
que não possam suportar pressão além de 30 kgs, por centimento
quadrado, e tenha um coefiente de porosidade inferior a 0,200.
168 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1º - Os tijolos de resistência inferior e os tijolos não


seja inferior e os tijolos furados poderão ser utilizado em paredes
não submetidas á grande sobrecargas e nas pequenas construções.
§ 2º - a experiencia se resistência á pressão será feita
com tijolos chatos e tirada de um media de cinco tijolos pelo
menos.
Art. 207 – nas alvenarias o emprego de tijolos quebrados
não poderá exceder de 15% em paredes exteriores e 20% nas
inferiores, salvo pequenas obras, nas quaes esess limites poderão
ser excedidos a critério da diretoria de serviços municipais, os
tijolos deverão ser colocados em fiadas perfeitamente
horizontais e separados por uma camada de argamassa de
expessura conveniente.
Telhas
Art. 208 – As telhas deverão ser cerâmicas ou nidraulicas,
prensadas e bem queimadas, apresentando superfície lisa, cor
uniforme, sonoras á percursão, podendo ser do tipo marselhez
ou romano; deve resistir bem a flexão e ter um coeficiente de
porosidade inferior a 0,15m, não será admitido o emprego de
telhas fndidas ou quebradas.
Areia
Art. 209 – A areia empregada nas argamassas deve ser
isenta de argila e matéria orgânica.
§ Único- Quando empregada em concreto ou em argamassa
para obra de grande resistência deve ainda ser de rio, de grãos
irregulares e angulosos, nos emboços e robocos só será admitido
o emprego originário de corrente de água doce.
Cal
Art. 210- a cal poderá ser hidratada ou virgem mas, em
qualquer caso, bem queimada e isenta de material estranho.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 169

Cimento
Art. 211 –O cimento portiand deve satisfazer as
especificações oficiais constatadas por ensaios diversos em que
se fixe sua densidade real e aparente, seu grão de pulverisação,
formação da pasta normal, tempo de pega, dilatação e ensaio
mechanicos de distensão, compressão e flexão determinadas em
ensaios vários.
§ 1º - Para ser empregado em qualquer obra é necessário
que o cimento esteja em perfeito estado de conservação de
modo satisfazer o fim a que se destina.
§ 2º – poderá a diretoria de serviços municipais exigir que
os ensaios sejam feitos para determinação das condições physicas
do cimento em pó e em pasta, bem como sejam feitos ensaios
mechanicos.
Argamassa
Art. 212 - As argamassa serão de cimento e areia formadas
com estes materiais, que asseguram melhor resistência e
satisfaçam sua finalidade.
§ 1º - A argamassa de cimento para alvenaria de tijolos ou
pedra formar- se – á de uma parte de cimento para 8 de areia,
no Maximo.
§ 2º.-Para os lenções de cimento a proporção máxima
será de uma para três.
§ 3º – A argamassa de cal para as alvenarias em reboco
será de uma parte de cal para três de areia, no maximo,
§ 4.º - A argamassa de barro só será permitida em alvenaria
de tijolos nas pequenas obras com um só pavimento e no interior
dos lotes ou nas pequenas edificações da zona rural, não se
admitindo seu emprego nos alicecer. A sua proporção será de
uma parte de barro para uma e meia de areia, no Maximo.
170 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 5.º- As argamassa depois da mistura serão preparadas


sob coberta e no caso de preparo manual em taboleiros de
madeira; a adição de água só poderá ser feita depois da mistura
a seco dos seus vários elementos.
§ 6.º- A diretoria dos serviços municipais poderá exigir o
preparo mechanico, bem como permitir seja o saibro usado em
logar de areia.
Art. 213 – Poderá a municipalidade mandar alterar a
proporção de qualquer argamassa ou substituir- a por outra, toda
vez que julgar conveniente á estabilidade da obra.
Art. 214 –O concreto será constituído pela mistura plástica
de cimento, areia e pedra britada, em proporção variável
conforme a quantidade dos materiais componentes, a natureza
das obras e a sobrecarga. Nos dias de temperatura elevada se
poderá exigir seja a obra protegida e molhada constantemente
para evitar a pega inconvenientemente apida.
Madeira
Art. 215 – Amadeira será perfeitamente seca e conservada,
sem nós e defeitos outros que reduzam a resistência e
durabilidade aquém dos limites admissíveis.
Art. 216 – E licito a Diretoria de Serviços Municipais exigir
desenhos e especificações ou determinar modificações, toda
vez que a madeira não se destinar a obra de uso corrente.
Ferro e aço
Art. 217 – As peças forjadas a se empregarem nas
construções, deverão apresentar os seguintes característicos;
a) – não estar cobertas de ferrugem e ao serem
empregadas estar perfeitamente livre de qualquer matéria
orgânica;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 171

b) – quando a estrutura deverá ser fibrosas, homogêneas,


tenazes e duteis;
c) – quando á carga de ruptura, esta não deverá ser
inferior a 1.800 kilos por centímetro quadrado e o alongamento
de 20% quando a experiência de resistência se fizer por meio de
barra normal de 0,20m de comprimento. Os ferros de espessura
inferior a 0,12m deverão dobrar duas vezes sem se fendilhar.
Art. 218 - Qualquer ferro laminado deverá apresentar carga
de ruptura superior a 3.500 kilos por centímetro quadrado.
§ 1.º- O limite de elasticidade não deverá ser inferior a
2.200 kilos por centímetro quadrado.
§ 2.º- Nas provas de distensão, dever- se- á obter o
alongamento mínimo de 20% entre 3.500 kilos e 4.100 kilos, por
centímetro quadrado.
§ 3.º - O ferro, quando não mergulhado no concreto deverá
ser protegido por tinta espessa, devendo a pintura ser renovada
sempre que em qualquer parte da estrutura o ferro estiver
desprotegido.
Art. 219 – todas as peças fundidas e de aço, serão feitas
em forno elétrico, Martin ou Martin Siemens, contendo de 0,25%
a 0,50% de carbono, e, no Maximo 0,08% de phosphoro e devem
ser de estrurura homogênea, não apresentarem bolhas ou outros
quaisquer defeitos.
Art. 220 – As peças de ferro fundido ou guza terão os
característica chimicos próprios e as qualidades mechanicas
exigidas para que bem resista aos trabalhos de compressão.
Art. 221 – O ferro e o aço empregado em peças fundidas
ou laminadas serão submetidos à expreriencia em barras de secção
circular com 0,m40 de comprimento e 0,m03m de diâmetro.
172 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 222 – quando se tratar de estrutura de aço feita no


estrangeiro, poderão ser exigidos cálculos baseados em
experiência feitas no paiz de origem ou em laboratório de
renome.
[FALTAM ARTIGOS 223 A 227]

TÍTULO XIV - DAS PAREDES E COLUNAS


Art. 228 – As paredes dos prédios serão construídas com
alvenaria de pedra, tijolos, concreto armado ou não, ou qualquer
material resistente, seco, incombustível e imputrescível,
suficientemente infenso á humildade e á condutibilidade do calor.
Art. 229 – As paredes terão as disposições e a espessura
necessárias para resistir aos esforços que as solicitem e garantir
a solidez do edifício e o seu conveniente isolamento thermico;
deverão ser perfeitamente aprumadas e construídas em camadas
horizontais.
Art. 230 – As paredes de alvenaria de tijolo em prédio
destinado á habitação, até três (3) pavimentos e com o pé direito
máximo de 3,m50, terão as seguintes dimensões mínimas:
– nas paredes exteriores com abertura e cargas de viga:
uma vez tijolo no pavimento mais elevado; 1.1 vezes no 2º
pavimento e 2 vezes no 1º pavimento
– nas paredes externas com aberturas e sem cargas de
vigas; 1 vez tijolo nos 2 pavimentos superiores; 1.1 vezes no
pavimento térreo;
– nas paredes externas sem abertura e sem cargas de vigas;
1 vez tijolo nos 3 pavimento;
– nas paredes internas constituindo divisão principal, com
aberturas e cargas de vigas; 1 vez tijolo nos 3 pavimentos;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 173

– nas paredes internas com cargas de vigas; ½ vez tijolo


nos 2 pavimentos superiores; 1 vez no pavimento térreo;
nas paredes divisórias apoiadas em vigamentos especiais,
½ vez tijolo em cada pavimento.
§ Único – Quando os pavimentos tiverem o pé direito
superior ao indicado neste artigo, as espessuras das paredes
deverão ser reforçadas de acordo com as necessidades de
resistência e estabilidade.
Art. 231 – Em caso algum será permitida edificação em
alvenaria de tijolo com altura superior a 12,m00 correspondente
a 3 pavimentos. Para as alturas superiores será exigida ossatura
de concreto armado que deverá receber os esforços devidos ao
peso próprio, o peso das paredes e sobrecarga.
Art. 232 – As paredes externas dos corpos secundários de
um só pavimento poderão ter espessura de ½ vez tijolo.
Art. 233. - Quando as paredes forem executadas com
alvenaria de pedra, terão as espessuras correspondentes ás
exigidas para alvenaria de tijolo e mais 0,50m.
Art. 234 – Nas edificações destinadas a armazéns, oficinas,
fábricas e outras em que haja previsão de sobrecargas especiais,
vibrações, etc., as espessuras serão calculadas de modo a garantir-
se a perfeita estabilidade e durabilidade do edifício.
Art. 235 – Quando as paredes forem construídas em
concreto armado ou outro material de resistência apreciável; as
espessuras serão calculadas em função do material empregado e
da carga a suportar, levando-se, porém, em conta o isolamento
necessário ao calor. Estes cálculos constarão de memorial e serão
acompanhados de desenhos e detalhes em escala conveniente.
174 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 236 – O proprietário do prédio contíguo a outro menos


elevado é obrigatório a rebocar e conservar em bom estado a
parte do prédio que se eleva acima do prédio vizinho.
Art. 237 – Nas edificações contíguas pertencentes ou não
ao mesmo proprietário, as paredes divisórias entre os prédios
deverão elevar-se 0,30m acima do telhado, de forma a
estabelecer a separação completa entre as mesmas.
§ Único – A disposição deste artigo não será aplicada aos
prédios conjugados que pela sua natureza devam apresentar uma
única feição architectonica.
Art. 238 – Toda e qualquer parede que não repousar
diretamente sobre outras em toda a extensão dever ser suportada
por vigas metálicas, vigas ou lage de concreto armado, calculadas
de modo a resistir ás cargas correspondentes.
Art. 239 – As colunas sobre que se apóiam vigas, paredes,
ou soalhos, não poderão ser de madeira ou material combustível
e terão dimensões calculadas de acordo com a sua posição e
cargas que receberem.
Art. 240 – Somente poderão ser feitas paredes externas
de madeira, nos locais em que a Municipalidade permitir,
hypothese em que as casas devem ser isoladas, recuadas pelo
menos 5 metros da rua e 1,50m de cada divisa lateral; serão
dispostas sobre pilares ou paredes de alvenaria com 0,40m de
altura mínima; os parâmetros serão revestidos de material isolante
da humildade, e o solo em torno da construção perfeitamente
seco e limpo.
Art. 241 – E’ vedada a construção de paredes de madeira
em hotéis, pensões, estalagens e qualquer habitação coletiva,
assim como em cozinhas e gabinetes sanitários.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 175

TÍTULO XV - DOS PISOS, DOS VIGAMENTOS E FORROS


Art. 242 – Toda a superfície do solo ocupada por uma
edificação terá o piso de concreto de 8 a 10 centímetros de
espessura, sobre o qual se assentará revestimento de madeira
ou material impermeável.
§ 1º - Nos porões, bem como nos armazéns, depósitos e
prédios semelhantes, o revestimento só poderá ser feito com
material liso e impermeável e de maneira a facilitar o livre
escoamento das águas.
§ 2º - Em torno das edificações será construída uma calçada
revestida de material impermeável, resistente, com a largura
mínima de 0,75m e de 0,50m, acompanhando a parte principal
do prédio e as dependências secundárias, respectivamente.
Art. 243 – Os pisos de madeira serão construídos de taboas,
pregados em barrotes ou em vigas, ou de tacos sobre argamassa
de cimento.
§ 1º - Quando sobre terrapleno, os barrotes ficarão
mergulhados em concreto hidráulico perfeitamente alisado
devendo a face superior dos barrotes ser protegida, antes da
fixação das taboas, com uma camada de pixe ou material
equivalente.
§ 2º - Quando sobre Lages de concreto armado, o vão
entre a lage e as taboas do soalho ou os tacos será completamente
cheio de concreto ou material semelhante.
§ 3º - Quando sobre vigamentos, haverá entre a face
inferior destes e a superfície de impermeabilização do solo pelo
menos o espaço de 1.80m.
§ 4º - Os pisos sobre vigamentos não poderão ser
empregados nos prédios térreos e só serão permitidos nos prédios
assobradados sobre porão; poderão, entretanto, ser adaptados
176 Códigos de Postura de São Luis/MA

para todos os pavimentos superiores, desde que condições


especiais não exijam pisos mais apropriados e não tenha o
edifício mais de 3 (três) pavimentos. Nesse caso as escadas
deverão ser de concreto armado ou de outro material
incombustível.
§ 5º - O vigamento do soalho deve ter a secção calculada
de acordo com o vão livre e a carga a suportar.
§ 6º - As vigas devem ser embutidas nas paredes pelo
menos 0,15m e o espaçamento entre elas deve ser no máximo
de 0,50m de eixo a eixo.
Art. 244 – As vigas mestras ou principais, sejam metálicas
ou de concreto armado, terão as dimensões calculadas em função
das cargas que lhes forem aplicadas; serão embutidas nas paredes
e apoladas em placas metálicas, de concreto ou de cantaria,
com dimensões, apropriadas de modo a evitar o esmagamento
da parte em que se apoiarem.
Art. 245 – As vigas metálicas deverão ser protegidas com
tinta anti-ferruginosa.

TÍTULO XVI - DA COBERTURA DOS EDIFÍCIOS


Art. 246 – A cobertura dos edifícios serão de material
impermeável, imputrecivel, incombustível e mau conductor de
calor.
§ 1º - É permitido o uso de materiais de grande
condutibilidade thermica a juízo da Diretoria de Serviços
Municipais, observadas as normas técnicas para o conveniente
isolamento thermico entre o interior e o exterior e somente em
construção não destinada a habilitação.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 177

§ 2º - A cobertura em hypothese alguma poderá exceder o


limite da via publica, salvo o caso de boeiros de architectura
tradicional que deverão ser completados por algeroses e
conductores.
§ 3º - Nas fabricas, oficinas, galpões e depósitos, cujo
telhado não seja construído em “sheds” é obrigatório a adopção
de lanternis para renovação do ar da parte superior, sem prejuízo
das demais exigências deste Código quanto aos vão de iluminação
e ventilação.
Art. 247 – A armadura do telhado será projectada tendo-
se em vista os vãos livres e cargas fixas e eventuais que deve
suportar, podendo a Municipalidade exigir a apresentação dos
respectivos cálculos.
Art. 248 – Nas edificações contiguas, pertencentes ou não
ao mesmo proprietário, a cobertura deverá respeitar as
disposições do artigo 237, sendo a canalisação das águas pluviais
independente em cada edifício.

TÍTULO XVII - DO ESCOAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS


Art. 249 – Não será permitida nenhuma edificação em
terreno que não ofereça franco escoamento às águas pluviais.
Art. 250 – Em toda edificação construída no alinhamento
da via publica, as águas pluviais dos telhados, beirais, balcões
ou terraços com fachadas sobre as ruas, serão convenientemente
canalizadas por meio de algerozes e conductores embutidos nas
paredes ate a altura mínima de 2.00m acima do meio fio,
continuando essa canalização sob o passeio até desaguar nas
sarjetas.
178 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 251 – Não será permitida ligação directa de tais


conductores a rede de esgoto da cidade.
Art. 252 – A secção de vasão das algerozes e conductores
será proporcional a superfície do telhado.
§ 1º - Para cada metro quadrado de telhado a secção de
vasão será de 2cm.2 (dois centímetros quadrados) no mínimo,
para as algerozes e 1cm.2 (um centímetro quadrado) para os
conductores não se permitindo algerozes cuja secção de vasão
seja inferior a 100cm.2 (cem centímetros quadrados) nem
conductores com secção de vasão inferior a 50cm.2 (cinqüenta
centímetro quadrados).
§ 2º - As calhas sobre paredes só poderão ser de cobre,
zinco, concreto ou cerâmica e terão o diâmetro horizontal
mínimo de 0.17m. (dezessete centímetros) e a profundidade
mínima de 0.10m (dez centímetros).
§ 3º - A declividade será uniforme e não inferior a 1%.
§ 4º - As calhas dos rincões ou encontros de águas serão de
cobre e zinco.
Art. 253 – São proibidos jacarés ou serpentões para
escoamento das águas pluviais do telhado em edificações no
alinhamento das vias publicas.
§ 1º - Nenhuma obra poderá ser feita em prédio com
beirais, sem que sejam estes completado com algerozes e
conductores, respeitado o que estatue o presente código.
§ 2º - Os proprietários são obrigados a manter os telhados,
algerozes e conductores, perfeitametne conservados, livres de
qualquer vegetação e detrictos que dificultem o perfeito
escoamento das águas pluviais pena: multa de 1000,00 (cem mil
reais).
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 179

TÍTULO XVIII - DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DAS


CANALIZAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTOS
Art. 254 – Os trabalhos de instalações elétricas, de
canalizações da água e esgoto, somente poderão ser executados
por pessoas que possuam certificados de idoneidade technica
ou capacidade comprovada na execução de idênticos trabalhos
no Município, na forma do Título VI.
§ Único – A Diretoria de Serviços Municipais, expedirá
instruções para a execução de tais serviços, especificando a
natureza do material a empregar e dando normas para a mão de
obra, a Fiscalização porém, será feita pelo construtor responsável,
quando este for o caso.

TITULO XIX - DAS SOBRELOJAS E COEFICIENTES DE


SEGURANÇA
Art. 255 – As mudanças de destino das confecções e o
augmento das sobrecargas constantes dos projetos aprovados
não serão admitidos senão mediante requerimento á
Municipalidade, em que fique demonstração que taes mudanças
ou augmento não prejudicam as condições de estabilidade e
resistência do prédio.
Art. 256 – Os elementos de uma construção serão calculados
de modo a resistir aos esforços a que forem submetidos, tendo-
se em vista a natureza dos materiais empregados .
Art. 257 – O trabalho admissivel para os diversos materiais
será uma fração de sua carga de ruptura, função da natureza
desses materiais e do destino da obra.
Art. 258 – Estes coeficientes serão susceptíveis de reforço
toda vez que a peça a calcular for submetida a esforços mudando
de sentido ou que produzam vibrações.
180 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 259 – Os limites de cargas sobre terrenos de fundação


serão os seguintes, em kgs. por cm2:
22 para as rochas compactas;
6 para piçarras e areia incompressível;
4 para argila compacta e secas;
3 para os terrenos de areia comum.
§ Único – A critério da Municipalidade poderá ser exigido
o emprego de estacadas onde quer que o terreno tenha um
limite de carga inferior a 2 kgs. por cm2, sendo os elementos da
estacada determinados de acordo com a natureza da sobrecarga.
Art. 260 – Os limites do trabalho á compressão nas
alvenarias serão os seguintes em kgs. por centímetro quadrado:
3,5 para alvenaria de tijolo comum;
10 para alvenaria de tijolo prensado;
5 para alvenaria de pedra comum com argamassa de cal;
10 para a mesma alvenaria com argamassa de cimento e
areia 1:4;
40 para cantaria de granito ou de gneis;
25 para concreto simples.
Art. 261 – A base para o calculo do peso das varias alvenarias
éo seguinte:
Alvenaria de tijolo furado ou de escoria – 1.600 kgs/m3;
Alvenaria de tijolo com barro vermelho – 1.800 kgs/m3
Alvenaria de pedra ou concreto simples – 2.300 a 2.400
kgs/m3;
Concreto armado – 2.400 kgs/m3.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 181

§ Único – Para os cálculos de grande precisão os pesos de


que trata este artigo deverão ser determinados á vista de
experiências feitas com os próprios materiais a empregar.
Art. 262 – As sobrecargas a admitir nos cálculos de
resistência serão as seguintes em kgs. por metro quadrado de
superfície ou piso:
500 em salas de reunião, tribunas, amphitheatros, etc.
sem assentos fixados no piso, assim como nos respectivos
corredores e passagens;
300 nos mesmos compartimentos alínea da anterior, quando
os assentos forem fixados no piso;
150 nos compartimentos de casas de habitação;
300 nos balcões descobertos ou nos terraços dando para a
via pública;
500 nos armazéns em pavimentos térreos de depósitos e
fabricas;
250 nos escriptorios em pavimentos altos dos edifícios
comerciais;
250 nas salas de classes (escolas), desde que não sejam
destinadas a reuniões;
120 nas coberturas.
§ Único – Tratando-se de armazéns e fabricas, as
sobrecargas poderão ser argumentas a juízo da Municipalidade.
Art. 263 – Os elementos construtivos, serão calculados de
modo a resistir a soma do peso próprio e a das sobrecargas
como estão indicadas no artigo anterior.
Art. 264 – Nos compartimentos, exceto nas salas de
reuniões, armazéns, fabricas e análogos quando qualquer das
182 Códigos de Postura de São Luis/MA

colunas principais receber a carga correspondente de 20 a 30


metros quadrados os limites indicados no Art. 262 serão reduzidos
de 15% para o excesso sobre 20 metros quadrados. A redução
poderá ser maior para as áreas acima de 30,00m2 não podendo
exceder, porem de 20%.
§ 1º - Se estas colunas receberem o piso de mais de um
pavimento, a redução da sobrecarga será feita do seguinte modo:
25%, se for igual a dois o número de pavimentos
suportados;
40%, no caso de três pavimentos ;
50%, no caso de quatro pavimentos;
55%, no caso de cinco pavimentos;
60%, no caso de seis pavimentos, ou mais.
§ 2º - As reduções do parágrafo anterior serão também
aplicáveis á paredes, pilares e alicerces que receberem as
respectivas cargas.
Art. 265 – A Municipalidade poderá, á vista de provas e
para casos especiais, mandar adaptar outros limites que não os
indicados nos artigos precedentes.

TÍTULO XX - DO CONCRETO ARMADO


SEÇÃO PRIMEIRA - PROJETO
Art. 266 – Para que qualquer obra na qual seja necessário
empregar mais de 10m3 de alvenaria de concreto armado ou
que tenha mais de dois pavimentos, seja total ou parcialmente
executada em concreto armado, exigir-se-á um projeto do qual
constem os seguintes elementos:
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 183

Desenhos de execução, compreendendo desenhos de


conjunto e desenhos de detalhes;
Calculos, em que constarão as cargas admitidas, as taxas
limites adaptadas, a determinação das forças solicitantes e
resistentes para todas as peças da estrutura e o desenho da seções
dos diferentes elementos desta;
Memória justificando a solução adaptada para escolha do
tipo de fundação, dosagem de concreto, tipo de escoramento,
marcha de concretagem, etc.
§ Único – Iguais exigências serão feitas em se tratando de
obras especiais, qualquer que seja o volume da alvenaria de
concreto armado.
Materiais
Art. 267 – O cimento empregado nas obras de concreto
armado deverá satisfazer as seguintes condições :
Invariabilidade do volume;
Peso específico mínimo igual a 28;
Resíduo Maximo da peneira de 900 milhas, por centímetros
quadrado, 2%; na peneira de 4.900 milhas, por centímetros
quadrado, 20%;
A pega da pasta normal de cimento puro, em água doce,
não deverá começar antes de meia hora, nem terminar antes de
3 horas ou depois de 12 horas;
Nos ensaios de resistência da argamassa (1:3 em peso),
deverão ser observados os seguintes resultados:
1 – após 7 (sete) dias de endurecimento, dos quais os seis
(6) últimos, imerso em água doce;
12 kilos por centímetro quadrado, á tração;
184 Códigos de Postura de São Luis/MA

120 kilos por centímetro quadrado, a compressão.


2 – no fim de 28 (vinte e oito dias de endurecimento, dos
quais os últimos 27 (vinte e sete) imerso em água doce;
15 kilos por centímetros quadrado, á tração;
150 kilos por centímetros quadrado, á compressão.
Art. 268 – A areia a empregar nas obras de concreto armado
deverá satisfazer os seguintes requisitos:
compor-se de grãos resistentes, de dimensões varias; ser
áspera ao tato; isenta de argila, de substâncias orgânicas e
quaisquer impurezas;
passar por tela de malha de 6 (seis) milímetros.
Art. 269 – Apedra britada a empregar nas obras de concreto
armado deverá ter as seguintes qualidades:
ser resistente;
ter dimensões variáveis, e tais que os fragmentos possam
penetrar entre as barras e os vergalhões de estrutura metálica
ou entre estes e a forma, não se aceitando pedra britada que
não passe por um crivo de 50 milimetros salvo em casos de
grandes estruturas;
ser limpa, não podendo conter terra, matérias orgânicas
ou qualquer outra impureza.
Art. 270 – A água a empregar em obras de concreto armado
deverá ser pura e isenta e óleos, ácidos, álcalis concentrados ou
substâncias vegetais.
Art. 271 – Os elementos que entram na composição do
concreto (cimento, areia e pedra britada (deverão ser medidos
separadamente, sendo o cimento indicado em peso, a areia e a
pedra britada em volume.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 185

Art. 272 – O traço normal compor-se-á de 300 (trezentos)


kilos de cimento, 400 (quatrocentos) litros de areia e 800
(oitocentos) litros de pedra britada. Outros traços, serão
admitidos para obras hidráulicas, para grandes estruturas ou obras
especiais.
Art. 273 – O concreto deverá oferecer resistência ao
esmagamento nunca inferior a 120 (cento e vinte) kilos por
centímetro quadrado ao fim de 28 dias de endurecimento, e a
180 (cento e oitenta) kilos ao fim de 90 dias.
Art. 274 – A quantidade de água será regulada de acordo
com a natureza da obra.
Art. 275 – O aço a empregar será doce e deverá satisfazer
os seguintes requisitos:
resistência á ruptura no ensaio á tração referida á unidade
de área da seção primitiva da barra submetida á experiência,
deverá variar entre 3.800 e 4.200 kilos por centímetro quadrado.
O limite de elasticidade deverá corresponder à metade da
resistência à Tração e o alongamento deverá ser, no mínimo
20%;
as barras de aço deverão se curvar a frio, sem que haja
trincos ou fraturas evidas a junção dos dois ramos;
as barras de aço deverão estar isentas de pintura, óleos,
zincagem, argila ou ferrugem solta.
SEÇÃO SEGUNDA - ELEMENTOS PARA O CÁLCULO
Art. 276 – Considerar-se-ão cargas mortas as que agindo
estaticamente, atuarem enquanto durar a estrutura, não podendo
deslocar-se nem deixar de atuar sobre a mesma.
§ 1º - Tais cargas serão calculadas com o maior cuidado e
possível aproximação.
186 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 2º - As cargas vivas ou moveis serão determinadas de


acordo com a ocupação temporária da estrutura, por pessoas,
animais, veículos e cargas várias.
§ 3º - Deverá ser computada a ação do vento nos edifícios
altos.
Art. 277 – No cálculo de resistência e estabilidade do
concreto armado; observa-se-ão as seguintes normas:
toda a seção plana, normal á fibra média, deverá manter-
se plana após a flexão;
o módulo de elasticidade do concreto trabalhando á
compressão deverá manter-se constante, dentro dos limites do
trabalho adaptado, sendo por isso uma função linear da curva
representativa dos esforços que se desenvolvam com flexão;
deverá ser considerada perfeita a aderência do concreto
ás partes metálicas;
não se computará nos cálculos a resistência do concreto á
tração, por supor-se que somente a estrutura metálica atende a
esse esforço;
a relação entre os módulos de elasticidade do aço ou
ferro e do concreto deve variar entre 8 e 15;
nas lages que apresentarem nervuras, se as fibras neutras
ficarem situadas naquelas e não nestas, não se considerará no
cálculo de resistência á compressão, a parte do concreto das
nervuras.
Art. 278 – Para a determinação dos esforços que atuarem
sobre as partes da construção em concreto armado, aplicar-se-
ão as regras de estabilidade, devendo ser levados em conta a
carga morta, a pressão máxima do vento e a sobrecarga colocada
em situação mais desfavorável.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 187

§ Único – Serão feitas juntas de dilatação sempre que se


tratar de obras em que a dilatação livre não seja possível.
Art. 279 – Com objetivo de se atender aos efetivos
dinâmicos das sobrecargas, deverão ser augmentados os esforços
avaliados para a hipótese de sobrecargas estáticas, conforme as
indicações seguintes:
estrutura dois edifícios: - os esforços estáticos deverão
ter um augmento de 25%, quando se tratar de pisos de armazéns,
salas de dança, salas de reuniões, de desportos, ou de pisos em
que estiverem instaladas machinhas, aparelhos e veículos de
transporte, oficinas, etc;
pontes: - no caso de pontes de estrada e de rios; pontes
de cais, o augmento dos esforços, na hipótese da sobrecarga
estática, será determinado pela formula:

na qual E representa a tensão devida á sobrecarga estática


e P a tensão devida á carga permanente.
Art. 280 – Deverão ser observadas, no calculo das lages,
as seguintes prescrições:
o vão das lages será a distancia de eixo a eixo dos apoios,
não podendo ser inferior ao vão livre augmentado da espessura
da lage;
as lages que constituem cobertura de edifícios, galpões,
etc., terão a espessura mínima de 0,06, MS. As lages que
constituírem tecto a sejam isentas de qualquer sobrecarga, terão
a espessura mínima de 0,04 ms;
a menor espessura para as lages destinadas a plcos de
edifícios será de 0,08ms;
188 Códigos de Postura de São Luis/MA

quando se tratar de lages de pontes ou de lages de pisos


que devam ser percorridos por veículos, a espessura mínima
será de 0,12ms;
a altura útil das lages calculadas num único sentido será
tomada no máximo igual a:
1/35 do vão, quando se tratar de lages simplesmente
apoiadas nos dois lados;
1/35 da maior distancia entre os pontos de momento nulo,
no caso de lages continuas ou engastadas;
a altura útil das lages armadas nos dois sentidos, cuja
relação entre o maior e o menor vão for inferior a 1/25, será
tomada no máximo igual a:
1/50 do menor vão, para as lages simplesmente apoiadas
nos quatro lados;
1/50 da maior distancia entre os pontos de momento nulo,
medida na direção do menor vão, não podendo todavia
ultrapassar 1/60 deste, quando a lage for engastada;
para os efeitos das duas alíneas anteriores, a distância
entre os pontos de momento nulo, quando não determinada
exatamente, poderá ser avaliada em 4/5 do vão correspondente;
as lages que repousarem diretamente sobre colunas
deverão ter a espessura mínima de 0,12ms.
Art. 281 – Os momentos flectores e os esforços cortantes
serão calculados pelas regras indicadas nos tratados de resistência
dos materiais, observando-se o seguinte:
a) as lages dos pavimentos deverão ser determinadas
figurando-se a hipótese de haver continuidade sobre os apoios
intermediários;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 189

b) nas lages contínuas, que apresentem três ou mais vãos


iguais e sejam uniformemente carregadas, se os momentos
flectores não forem determinados pelo cálculo exato, poderão
ser considerados como iguais , no mínimo ? nos vãos e apoios
extremos, e a ? nos vãos intermediários;
c) No caso de carga não distribuídas de maneira (...) assim
como nos casos de vãos desiguaes, (...) feito o calculo de acordo
com aplicação dos esforços;
d) quando as Lages forem retangulares, apoiadas ou
engastadas nas quatro faces de ferro (...) em ângulos retos e
uniformemente carregadas, os momentos fletores podem ser
calculado (...) um dos sentidos com um coeficiente de (... ).
(...) em que b é igual á largura e é igual ao comprimento,
a e b sendo diferente;
e) se a lage for circular e apoiada ou engastada e (...)
com, vargalhões cruzados ortagonalmente, momentos fletores
serão calculados como se a lage fosse quadrado e de lado. Igual
a 0,82m, do diâmetro;
f) quando as Lages repousarem sobre alvenarias, dever-
se-á observar que a distribuição da reação máxima dos apoios
não exceda ás taxas de trabalho das referidas alvenarias.
Art. 282 – A determinação e o calculo dos elementos das
vigas e Lages que apresentem nervuras (...) ás prescrições que
se seguem:
a) O vão será a distancia de centro a centro dos apoios,
ou o vão livre augmento da altura da viga;
b) Quando a lage apresentar nervuras, dever-se a
considerar uma parte da lage como resistindo á compressão,
mas numa largura nunca superior a menor das seguintes dimensões:
190 Códigos de Postura de São Luis/MA

1. Um terço (1\ 3) do comprimento efetivo da viga;


2. 10 vezes a largura da viga;
3. 20 vezes a espessura da lage, a largura da lage interessada
na compressão, não poderá exceder a distancia de eixo a eixo
das vigas;
c) Os momentos fletores das vigas serão calculados
conforme as indicações correspondentes relativas as lage;
d) Com relação a continuidade das vigas sobre os apoios,
dever-se –á aplicar o que a respeito ficou estabelecido
relativamente as lage.
Art. 283 – Quando as vigas repousarem em alvenarias, dever
–se- á observar que a distribuição da reação máxima dos apoios
não exceda ás taxas de trabalho desta.
§ 1.º- tanto para as vigas retangulares como para as vigas
em T. altura útil mínima deverá ser igual a 1\20 do vão.
§ 2.º - Quando a altura útil de uma viga for inferior a 1\16
do vão, deverá ser verificada a flecha a qual não poderá ser
maior de 1\500 em edifícios e 1\1000 em portes.
§ 3.º - A largura das vigas retangulares, como AA da nervura
das vigas em T, será no mínimo de 0,10ms, em edifícios, e de
0,15ms em pontes.
Art. 284 – A dimensão mínima da secção transversal dos
pilares e colunas simplis será de 0,25ms.
§ 1.º- Os pilares e colunas fretadas terão para o núcleo de
concreto um diâmetro mínimo de 0,25ms;
§ 2.º - Exceptuam –se das disposições deste artigo e do
parágrafo 1.º os pilares e colunas que suportem Lages sem vigas,
as quaes devem ter secção transversal tal que (...) dimensão
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 191

seja ao mínimo igual a 1\10 do vão medido entre eixos e colunas


na mesma direção ou a 1\15 do pé direito do edifício.
§ 3.º- Nos casos da altura da coluna ou pilar ou em geral,
nos casos em que o comprimento da peça exceder a 20 vezes a
menor dimensão ou o diâmetro da secção, dever-se- á considerar
com possível uma curvamento flambage pela formula.
(...)
Em que R é carga de segurança do concreto não armado,
P a resultante das forças de compressão, S a secção media, C o
comprimento da coluna ou pilar r o raio de giração minimo e k
um coeficiente que varia conforme a tabela: para um prisma
articulado nos dois extremos k= 1, para um prisma articulo num
extremo e engastado no outro.................k=1\z.
Para um prisma engastado nos dois extremos k=1\4
Para um prisma num extremo e livre no outro...... k=4
V- tensões máximas e coeficientes diversos.
Art. 285 – As tensão limites do concreto normal são as
seguintes:
1) A compressão:- 40 kilos por centimentro quadrado;
2) A compreensão na superfície de engastamento nas vigas
continua;
3) A tracção: 4 kilos por centimentro quadrado;
4) Ao esforço cortante: 4,4kgs, por centímetro quadrado;
5) Ao escorregamento longitudinal 4,4kgs, por centímetro
quadrado;
6) Aderência ao aço: - 6 kilos por centímetro quadrado.
192 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1.º -adaptando- se outros traços a tensão á compressão


será igual a 1\3 da resistência ao esmagamento no fim de 28 dias
de endurecimento devendo ser modificadas, de acordo com
relações acima, as outras tensões.
§ 2.º- dever –se reduzir a tensão limite de acordo com a
formula acima indicada para as peças comprimidas quando a
altura da coluna ou o com comprimento da peça comprimida
exceder a 20 vezes a menor dimensão ou ao diâmetro.
Art. 286 – Nas regiões comprimidas das peças que
trabalharem a flexão, se forem dotadas de armaduras longitudinais
e transversais, a tensão do concreto a compressão poderá ser
aumentada de:

1 + KXSX

Sendo K um coeficiente que varia com tipo da armadura


transversal e cujos valores são os seguintes:
Quando quadrado ........................ 0,50
Quando circular .......................... 0,75
Quando helicoidal ....................... 1.00
S, um coeficiente cujo valor máximo será 32 ou do dado
pela formula ) na qual P é o intervalo das cintas e D o
diâmetro ou lado do núcleo de concreto: V o volume das cintas
correspondentes ao volume V do núcleo do concreto, em igual
comprimento da parte comprimida.
§ 1 – A tensão máxima que de modo algum deverá ser
excedida pelo trabalho do concreto a compressão será a seguinte:
1.50 vezes a tensão a compressão pra cintas quadradas;
1.75 vezes a tensão a compressão para cintas circulares;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 193

2 vezes a tensão a compressão para cintas helicoidaes.


§ 2º - As tensões a compressão, que serão augmentadas
pela fórmula indicada neste artigo, ou são as tensões limites do
concreto normal § § (1 e 2 do artigo 285) ou as tensões modificadas
conforme o princípio deste artigo.
Art. 287 – As tensões limites do trabalho do aço serão as
seguintes:
á tração: a metade da tensão correspondente ao limite
de elasticidade;
á compressão: 15 vezes a do concreto que o envolve;
aos esforços cortantes: 4,5 da resistência á tração.
SEÇÃO TERCEIRA - EXECUÇÃO DAS OBRAS
Art. 288 – No preparo do concreto observa-se-ão as
seguintes normas:
o concreto será de preferência preparado mecanicamente
e no caso de preparo manual deverá ser caso de preparo manual
deverá ser acrescido de 10% o teor em cimento.
O preparo manual do concreto deverá ser realizado sobre
estrado ou superfície plana impermeável e resistente;
Serão misturados primeiramente a seco os agregados e o
cimento, de maneira a se obter uma mistura de cor uniforme,
adicionando-se em seguida e aos poucos a água necessária á
consistência ou grau de plasticidade estabelecido e prosseguindo-
se na mistura até ser obtida uma massa de aspecto uniforme.
Quando empregados betoneiras modernas, a mistura terá
a duração media de 90 segundos, devendo ser rejeitadas as
misturas realizadas em menos de 60 segundos:
194 Códigos de Postura de São Luis/MA

Qualquer que seja o tipo de machina de mistura utilizado,


deverá possuir um medidor d‘água que, além de garantir a
afluência rápida e regular desta, permita medir o seu volume
com a aproximação de 3%;
A quantidade de água deve ser regulada de acordo com a
humildade, capacidade de absorção dos agregados, traço,
colocação em obra, e natureza desta.
Art. 289 – De acordo como grau de plasticidade, serão os
concretos classificados da seguinte maneira:
Concreto humido – recalque de 0,05ms.
Concreto plástico – recalque médio de 0,0m.
Concreto fluido – recalque médio de 0,15m.
Estes algarismos não são absolutos e sim medias que devem
ser observados.
§ 1º - O concreto humido terá a consistência de terra
humida e deve conter apenas a quantidade de água suficiente
para que esta apareça á superfície somente depois do
apiloamento. Este tipo de concreto só deverá ser empregado
eom apiloamento.
§ 2º - O concreto plástico terá consistência tal que, quando
colocado nas fôrmas se amolde com relativa facilidade. Este
concreto exige menor apiloamento do que o concreto humido.
§ 3º - O concreto fluido deve já conter argamassa
suficiente para encher os vasios dos agregados, e sua
porcentagem d‘água será regulada de maneira que o concreto
não apresente fluidos excessiva. O concreto fluido enche as
fôrmas e amolda-se com facilidade, sem o auxilio de apiloamento.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 195

Art. 290 – Observar-se-ão as seguintes regras na colocação


do concreto :
a) a colocação em todos os casos, deverá estar concluída
antes do início da pega, seja qual for a qualidade dom cimento
empregado e a porcentagem d‘àgua incorporada á mistura;
b) o concreto deverá, geralmente ser colocado nas fôrmas
logo após a sua confecção: O intervalo entre o preparo e a
colocação, não poderá ser superior a uma hora, com tempo
humido e 45 minutos com tempo seco. Quando o trabalho de
colocação fora assim interrompido, o concreto deverá ser
protegido contra as intempéries e novamente misturado antes
de ser colocado;
c) nas interrupções da concretagem (colocação do concreto
nas fôrmas) dever-se-á deixar o concreto com uma superfície
rugosa e que não apresente elementos descartáveis;
d) no reinício da concretagem, as superfícies lá
endurecidas deverão ser picadas, raspadas, limpas de elementos
soltos, molhadas e tomadas com uma argamassa rica de cimento.
Art. 291 – O concreto humido deve ser colocado nas fôrmas
em proporções taes que, depois do apiloamento, apresente
camadas de 0.10ms a 0.15 ms.
§ 1º - As camadas serão apiloadas sem interrupção, afim
de constituírem um corpo bem compacto e homogêneo.
§ 2º - Para o concreto humido são utilizados pilões
quadrados ou retangulares de peso que varia entre 10 e 15 kilos.
§ 3º - O emprego do concreto humido só será permitido
quando as dimensões das peças e o espaloamento.
196 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 292 – O concreto plástico exige apiloamento menor


do que o concreto humido me poderão ser empregados pilões
mais leves e de forma diferente dos indicados no artigo anterior.
O concreto plástico deve ser empregado em obras de concreto
armado, quando não se utilisem calhas para a sua distribuição.
Art. 293 – O concreto fluido é geralmente colocado nas
formas com calhas ou plano inclinados cuja declividade oscile
entre 1:2 e 1:25. Dever-se-á evitar inclinações superiores para
que não haja separação dos elementos componentes.
Art. 294 – Logo depois de terminada a concretagem, dever-
se-á proceder a cuidadosa “cura” concreto, protegendo-o por
processos que impeçam a rápida evaporação da água.
Art. 295 – Na colocação dos ferros devem ser observadas
as seguintes regras:
Antes de serem introduzidos nas formas, os ferros deverão
ser cuidadosamente limpos, eliminando-se a terra, a ferrugem
solta e as substancias gordurosas porventura aderentes a sua
superfície;
Deverão ser respeitadas, com maior rigor, o desenho e
posição dos ferros indicados no projeto;
Os ferros deverão conservar as suas posições durante
concretagem:
Quando existirem armações em ferro perfilados dever-
se-à ter o máximo cuidado, durante a concretagem, para que o
revestimento dos mesmos fique garantido em todo o perímetro
e especialmente nos ângulos.
Art. 296 – As formas e os seus escoramentos deverão ser
tais que os solicitações neles produzidas pelo peso morto da
estrutura e pelas cargas acidentais que possam atuar durante a
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 197

execução da obra, não ultrapassem os limites de segurança


consagrados, na experiência para os materiais que as compõem.
§ 1º - Antes da concretagem dever-se-á fazer cuidadosa
limpeza e vedação das formas que serão molhadas devidamente.
§ 2 – As formas e os escoramentos deverão ser preparados
de maneira que a separação dos seus diferentes elementos possa
ser realista, parcial ou totalmente, sem dificuldades.
§ 3º - Os apoios das escoras e cimbres serão constituídos
por cunhas, caixas de areia, macacos e outros dispositivos
apropriados que permitam uma retirada gradual e sem choques.
§ 4º - As escoras emendas com peças laterais de madeira,
deverão ser em número interior da igual a 23 do número total
dos suportes. E obrigatório a distribuição uniforme, sobre a
superfície total dos elementos assim emendados.
§ 5º - As emendas de que trata o parágrafo anterior levarão
sobre juntas com o comprimento de 0,70ms, pregados nas
extremidades da peça emendada, afim de evitar os efeitos de
flexão transversal. Os suportes de seção circular levarão três
cobre-juntas, e os quadrados os retangulares quatro cobre juntas
para cada emenda.
§ 6º - Em cada suporte não haverá mais de uma emenda,
devendo esta estar situada fora do terço médio do comprimento
do suporte.
§ 7º - A dimensão mínima admissível da seção transversal
dos suportes ou escoras é de 0,07 ms. X 0,05ms.
§ 8º - Os suportes teslescopicos ou com dispositivos de
ferro para argumentar-lhes o comprimento, não serão
considerados como emendados, desde que a união seja solida e
eficaz.
198 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 9º - A repartição das cargas dos suportes sobre o solo


deve ser objeto de especial consideração para o que serão
empregadas sapatas de madeira, de pedra ou de concreto.
§ 10º - Em estruturas de mais de um piso, os apoios das
escoras serão dispostas de maneira a se corresponderem
verticalmente.
§ 11º - Quanto se tratar de obras importantes ou edifícios
de vários pisos, em que o pé direito seja superior a 5.00ms,
poderá ser exigida demonstração da estabilidade de escoras.
§ 12º - Os suportes de altura superior a 5.00ms, deverão
ser contraventados em duas direções ortogonais, para evitar o
perigo de flambagem.
§ 13º - Para a construção de pisos e abobadas situadas, à
altura superior a 8.00ms, sobre o nível do solo, ou para as
estruturas pesadas (pontes, etc) em que não empreguem címbres,
o escoramento deverá ser feito com peças de forte esquadria,
de seção simples ou composta, devidamente contraventadas por
peças horizontais e em cruz de Santo André.
§ 14º - Quanto da retirada das fôrmas, deverá ser prevista
a necessidade de deixar alguns suportes. Para os pequenos vãos.
É suficiente deixar uma escora no centro das vigas e no meio
dos painéis de lages com vãos inferiores a 3,00ms.
§ 15º - Durante a concretagem, dever-se-á controlar o
corportamento das escoras e das sapatas de apoio destas.
Art. 297 – A retirada dos escoramentos e das fôrmas só
poderá ser realizada quando o concreto tiver endurecido
suficientemente.
Art. 298 – O tempo de permanência das fôrmas e
escoramentos, após a conclusão da concretagem, depende das
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 199

condições atmosféricas, vão das vigas, natureza da estrutura,


qualidade do cimento empregado, etc.
§ 1º - Serão considerados como suficientes os seguintes
tempos de permanência:
Natureza do cimento / Para as faces das vigas e pilares /
Para as tages / P ara os apoios de vigas e lages de grande vão.
Cimento normal (Tipo Portland) 3 dias 3 dias 21 dias
Cimento de alta resistência (Tipo incor) 2 dias 4 dias 8
dias
§ 2º - O tempo de permanência das fôrmas e escoramento
deverá ser augmentado sempre que a estrutura tenha que trabalhar
imediatamente com cargas sensivelmente iguais àquelas para as
quais foi calculada. Os escoramentos e fôrmas deverão, neste
caso, ser retirados cuidadosamente.
§ 3º - Para as vigas de grandes dimensões e grandes vãos,
deverão ser augmentados esses tempos de acordo com a natureza
da obra.
§ 4º - Os suportes que ficarem depois da retirada geral
das fôrmas e escoramento, deverão permanecer no mínimo 14
dias; quando for empregado cimento normal (Portland), e 8 dias,
quando empregado super-cimento (Incôr).
§ 5º - O início da retirada das fôrmas, deverá ser feito
pelo abaixamento das escoras ou suportes, sendo vedada a
retirada brusca desses elementos.
§ 6º - Durante a execução da obra, haverá no local um
“livro de execução”, no qual serão rigorosamente registradas as
datas da concretagem e da retirada das fôrmas e escoramentos.
200 Códigos de Postura de São Luis/MA

TÍTULO XXI - DA POLÍCIA DE TRANSITO, DOS COSTUMES E


DA TRANQÜILIDADE PÚBLICA
SEÇÃO PRIMEIRA
Art. 299 – nenhum vehiculo poderá trafegar no Município
sem estar previamente matriculado na Municipalidade. Pena:
Multa de 100$000 (cem mil réis), e aprehensão até que se
effective a matricula.
§ 1º Exceptuam-se do dispoto neste artigo os vehiculos
das estradas de ferro e empresas de bonde e os que, matriculados
n’outros municípiostrafegarem transitoriamente no território
municipal por tempo não superior a 10 dias.
§ 2º - Neste último caso, para que a isenção se verifique,
é necessário seja visado pela Municipalidade o alvará de matrícula
de outro Município, sob pena de multa de 50$000 (cincoenta mil
réis).
Art. 300 – Para os efeitos deste Código, os veículos
classificam-se, de modo geral, em veículos de passageiros e
veículos de carga, subdividindo-se por sua vez ambas as classes
em veículos de tração automática e veículos de tração animada.
§ 1º - Consideram-se de tração automática os automóveis,
os auto-caminhões, auto-onibus, motocicletas e bondes.
§ 2º - De tração animada são as bicicletas, carroças,
carroções, carrocinhas, charretes e outros semelhantes.
Art. 301 – Os veículos se classificam também:
Oficiais, quando pertencentes ás repartições públicas e
se destinarem ao serviço destas;
Particulares, quando destinados ao serviço exclusivo de
seu dono;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 201

De aluguel quando explorarem o serviço de transporte


público.
Art. 302 - O veiculo matriculado como particular não
poderá fazer serviço de aluguer, nem o de passageiros poderá
executar o transporte de carga; nenhum de aluguer poderá passar
a particular e vice-versa, sem prévia licença de Prefeitura. Pena:
Multa de 50.000,00 (cinqüenta mil reais).
Art. 303 – A matricula de veiculo far-se-á anualmente por
meio de requerimento que deve conter:
1) o nome do proprietário;
2) o nome do fabricante, número do motor e em se
tratando de veiculo de tração automática a força deste em HP e
o peso que deve transportar;
3) o fim a que se destina;
4) o tipo de veiculo;
5) o número de lugares, se de passageiros; sua capacidade
de transporte, se de carga.
[...] Único – A matricula de carros de passageiros presume-
se concedida sob a condição de sujeitar-se proprietário aos
horários estabelecidos pela Inspetoria do veículos ou repartição
competente.
Art. 304 – Todo veiculo matriculado receberá a respectiva
placa de numeração, fornecida pela Municipalidade que fará a
revisão anual, e sem a qual não pode trafegar. Pena: Multa de
100,000 (cem mil reais).
§ 1º- As placas serão de modelo adaptado pela
Municipalidade e por ela apostas aos veículos e devidamente
seladas com o sinete municipal).
202 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 2º - É proibida a transferência da placa de um veiculo


para outro, ainda que provisoriamente. Pena: Multa de 100,000
(cem mil reais).
§ 3º - Incorrerá na multa de 200,000 (duzentos mil reais)
aquele que falsificar ou alterar placa ou quebrar o respectivo
selo.
Art. 305 – As casas vendedoras de automóveis poderão
obter, mediante pagamento, placas de “experiência” para usá-
las nos carros em exame, durante 2 dias no máximo e somente
durante as horas de funcionamento do comercio, sendo no entanto
proibido que estes tomem parte em festividades ou corsos ou
façam serviço de aluguer. Pena: Multa de 200,000 (duzentos mil
reais).
Art. 306 – Nos casos de perda ou inutilizarão de placas,
poderão ser fornecidas outras, mediante requerimento
justificativo e o pagamento das novas placas.
Art. 307 – A transferência de qualquer veiculo para novo
proprietário far-se-á mediante requerimento e pagamento do
respectivo imposto orçamentário.
Art. 308 – Antes de ser concedido o alvará de licença é
necessário que o carro seja vistoriado, pelo serviço competente,
que fornecerá a prova da inspeção feita.
Art. 309 – Aquele em cujo nome estiver o veiculo
matriculado na Prefeitura ficará responsável pelas infrações às
leis municipais a que o mesmo der causa.
Art. 310 – Nenhuma pessoa poderá guiar qualquer veiculo
sem estar munida do alvará de matricula do carro e carteira de
motorista, caso se trate de veículos auto-motores. Pena: Multa
de 100,000 (cem mil reais).
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 203

SECÇÃO SEGUNDA - DOS VEÍCULOS DE CARGA


Art. 311 – Os veículos destinados no transporte de carga
terão o comprimento máximo de 8 (oito) metros.
Art. 312 – Os aros dos veículos deverão ser lisos e ter
largura correspondente à sua classificação, proporcionada ao peso
máximo que podem suportar.
Art. 313 – A largura dos aros mede-se entre os pontos
extremos de contacto do aro, quando novo com uma superfície
plana.
Art. 314 – Os aros das rodas dos veículos de carga devem
ter as seguintes dimensões.
Caminhões e carroças de 4 rodas 0.08m a 0.10m.
Carroças de 2 rodas (mínima) 0.08. a 012m.
Carrinhos de mão 0,05m a 012m.
Art. 315 –O reto das rodas dos veículos será no mínimo:
Para carretões....................................... 1,00m.
Para carroças......................................... 0,75m.
Para veículos de 4 rodas:
Nas rodas dianteiras................................. 0,40m.
Nas rodas traseiras................................... 0,60m.
§ Único – Os veículos dotados de pneumáticos e camara
de ar, bem como os que tiverem suas rodas protegidas com
borracha, terão os elementos dessas [...] determinados pelo
respectivo fabricante.
Art. 316 – Os veículos de carga deverão ter em lugar bem
visível a indicação da tara e do peso que podem transportar.
204 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1º - Nenhum veiculo poderá transportar peso superior


ao máximo que lhe for fixado na respectiva matricula. Pena:
Multa de 20.000 (vinte mil reais).
§ 2º - Nenhum veiculo de tração animada de duas rodas
conduzido por um só animal poderá transportar peso superior a
500 quilos e nenhum de quatro rodas, tirando por 2 animais,
peso superior a 1.000 [...] . Para as declividades ultrapassado a
taxa 10% (....) pesos deverão ser reduzidos de 50%. Pena: Multa
de 20,000 (vinte mil reais).
Art. 317 – As carroças destinadas ao transporte de estercos,
lixo e demais materiais nocivos ou cômodos a saúde, devem ser
devidamente forradas e cobertas; as destinadas ao transporte
de material de construção, devem ser fechadas nas 4 faces
laterais.
Art. 318 – é obrigatório o uso de descanso nas carroças de
2 rodas, afim de evitar que o peso da carga recaia sobre o
animal, quando o veículo estiver parado. Pena: Multa de 50$000
(cinqüenta mil réis).
Art. 319 – Ficam proibidas as carroças de eixo móvel
Art. 320 – As carroças deverão estar sempre devidamente
ajustadas ou embuchadas.
Art. 321 – A matrícula das carroças ora existentes, cuja
largura de aro das rodas seja menor de 0,08m, será concedida
sob a condição de, até um ano, após a vigência deste Código,
adaptarem- se ás determinações dos artigos 314 e 315, sob pena
de não ser renovada a matricula.
Art. 322 – A altura da carga em qualquer veículo não deverá
exceder de 2,00m, acima do estrado e altura deste será de 1,00m,
pelo menos, acima do solo. Pena: Multa de 10$00.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 205

Art. 323 – A Municipalidade poderá determinar o sentido


do movimento dos veículos, seus locais de estacionamento,
fazendo afixar placas convenientemente dispostas.
SEÇÃO TERCEIRA - DOS VEÍCULOS DE PASSAGEIROS
Art. 324 – Só poderão ser matriculados os auto-ônibus
montados sobre classes com capacidade mínima de 2.000 kilos.
§ 1º - As carrocerias deverão ser fechadas e as rodas
guarnecidas de pneumáticos com câmara de ar.
§ 2º - O assento correspondente a cada passageiro terá
uma largura de 0,45m., uma profundidade de 050m, e com um
encosto de 0,50.: duas filas consecutivas de bancos, terão seus
encostos afastados de 0,70m. no mínimo.
§ 3º - A largura da passagem central entre os bancos será,
no mínimo, de 0,45m.
§ 4º - O assento dos bancos será feito de alcochoados com
molas e o encosto deverá ser flexível quando não alcochoado.
§ 5º - A extremidade posterior da carroceria não poderá
ultrapassar a linha vertical que passar pelo eixo das rodas trazeiras
mais de um quarto do comprimento total.
§ 6º - As portas de entradas ou saída deverão ter no mínimo
0,60m, de largura e ser abertas do lado direito do veículo. .
§ 7º - A altura mínima da carroceria, interiormente será
de 1,75m, na parte central.
§ 8º - Serão dotados de caixas receptoras do preço da
passagem que deverá ser paga na ocasião da saída do passageiro.
§ 9º - O assento reservado ao condutor deverá ser isolado
e de modo que o motorista possa manobrar e dirigir o veículo
livremente.
206 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 10º - A construção da parte dianteira ao veículo deve


permitir que o motorista possa ver o que se passa na via pública
para frente e para os lados. É indispensável o uso de espelhos
retrospectivos.
§ 11º - Os chassis equipados com um único jogo de freios
devem ter dois modos distintos de acioná-lo.
§ 12º - As janelas devem ser guarnecidas com vidraças ou
cortinas de proteção aos passageiros em tempo de chuva, bem
como, de dispositivo que impeça a colocação do braço do
passageiro para fora do veículo.
§ 13º - Serão obrigatórios dispositivos para sinal de parada,
de modo a permitir o seu uso pelos passageiros sem afastamento
de seus lugares.
§ 14º - Na frente do interior do veículo deverá ser afixada
uma placa indicativa do seu número, nome do proprietário e
denominação da empresa, endereço do escritório destes, o preço
das passagens, o itinerário das viagens e a lotação, bem como
aviso de proibição de fumar nas quatro primeiras filas de banco.
§ 15º - Será obrigatório o uso de taboletas indicativas do
destino, colocadas á frente e aos lados do veículo.
§ 16º - O veículo deverá ser iluminado internamentecom
4 lâmpadas, no mínimo, de capacidade de 16 velas cada uma.
§ 17º - Quando se tratar de veículos de transporte para o
interior da ilha, além do Anil, essas exigências poderão ser
modificadas a critério da Diretoria de Serviços Municipais.
Art. 325 – Os bondes e auto- caminhões devem ser dotados
de sanefas corrediças verticalmente e de fácil manejo.
Art. 326 – Todos os auto- ônibus e bondes deverão ser
providos de uma taboleta móvel com a instalação – completo –
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 207

que deverá ser fixada de modo visível do exterior, logo que a


lotação esteja tomada, e retirada assim que haja vaga de logares.
Art. 327 – A empreza ou proprietário de veículos de
passageiros é obrigada a manter os em perfeitas condições de
acionamento, asseio, higiene, conforto e iluminação.
Art. 328 – E obrigatório o uso de varões movediços em
cada lado dos bondes destinados a não permitir o movimento de
passageiro sinão obedecendo a mão que for determinada.
Art. 329 - Fica expressando proibido o [...] de carretas
funerárias que não sejam automotores.
SECÇÃO QUARTA - DO TRANSITO GERAL
Art. 330 - É proibido conservar ou descarregar na via
publica ou passeios quaesquer objetos. Mercadorias ou matérias
que embaracem o transito publico, ainda que
temporiamente:Pena: multa de50$000 (cincoenta mil reis).
§ 1º. - A descarga deve ser feita diretamente no veiculo
ou do animal para o interior do prédio.
§ 2º - São solidariamente responsáveis pela infração deste
artigo o condutor do veiculo ou animal e seu proprietário e
tambem aquele que receber a mercadoria, objeto ou material,
quando for demonstrada a sua culpabilidade.
Art. 331 - E proibido o transito pelos passeios aos
carregadores e mercadores ambulantes. Penas : multa de 10$000
( dez mil reis) e custodia por 24 hora.
Art. 332 – Incorrerá na multa de 50$000 (cincoenta mil
reis) e custodia por 24 hora aquele que:
1) Amarrar animais ás arvores, poste, grade ou outro
elementos do logradouros públicos, não destinados a esse fim:
208 Códigos de Postura de São Luis/MA

2) Jogar foot-ball, peteca ou divertimentos semelhantes


e fazer exercício de patinação nos logradouros públicos não
destinados a esse fim:
3) Conduzir animais pela via publica animais perigosos
que não estejam devidamente enjaulados ou preso;
4) Conduzir animais soltos, comboios ou boiada pelas vias
das zonas central e urbana e em outras em que isto não for
permitido;
5) Montar animal não convenientemente domado ou
conduzir-o em marcha immoderada;
6) Conduzir em veículos não apropriado, cal, areia ou
outra matéria cujo pó cause incomodo ao publico;
7) Andar a cavalo ou conduzir a cavalcadura sobre os
passeios ou jardins ou sobre estes conduzir moto-cicletas,
bicicletas ou carrinhos, exceto os de paralíticos;
8) Tanger mais de 3 animais, ainda que devidamente presos,
nas zonas central e urbana;
9) Conduzir nas zonas central e urbana animais carregados
com varões, ripas, etc.. de grande comprimento;
10) Promover aglomerações nos logradouros públicos de
modo a prejudicar o trafego de pedestres ou de veículos.
Art. 333 - Os objetos de casa comercial só poderão ser
exposto diante do estabelecimento comercial quando
convenientemente guardado em vitrine. Os objetos colocados a
vista do sem este dispositivo deverão ser posto numa distancia
mínima de 0,50m, do alinhamento do logradouro publico.
Art. 334 - Todo animal que for encontrado vagando na via
publica será apreendido e recolhido ao deposito municipal, de
onde somente será retirado depois de pagas as despesas de
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 209

matriculas e apreensão, e a multa de 10$000 (dez mil reis), ou


em se tratando de cães, a multa de 5$000 (cinco mil reis), alem
da despesa de vacinação anti-rabica.
§ 1º - § Si o animal não for retirado do deposito no prazo
de 6 dias, será vendido em leilão, mediante edital.
2º – tratando – se de cães, a sua retirada deve ser feita
dentro de 3 dias, findo os quaes ser á sacrificado, exceto se
tratar de cão de raça, o qual nesta hipótese, será vendido em
leilão.
Art. 335 - Não é permitido conduzir na via publica aves
tocadas em bando, sob pena de multa de 20$000 (vinte mil reis)
e apreensão.
SECÇÃO QUINTA - DOS COSTUMES E DA TRANQÜILIDADE
PUBLICA
Do zelo aos bens públicos
Art. 336- E obrigação de todo município zelar pelos bens
de uso publico.
Art. 337- Sujeitar – se- á á multa de 100$ (cem mil reis ) e
custodia por 24 horas, alem da obrigação de ressarcir o dano,
aquele que destruir ou prejudicar de qualquer forma as arvores,
plantas, gramados, bancos e outros aparelhos, objetos e motivos
de decoração e utilidade dos logradouros, edifícios públicos e
particulares.
§ 1º - Se a (...) ou dano resultar de ato involuntário a
multa será de 50$000.
§ 2º - Na mesma pena do parágrafo anterior incorrera
aquele que intencionalmente causar qualquer dano as fachadas,
muros ou gradis de edificios particulares, colocando anúncios,
escrevendo (...) ou afetando-os de qualquer modo.
210 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 3º - Serão passiveis das mesma penas aqueles que


podendo, não impeçam a infração deste artigo.
Art. 338 - Sem previa licença da municipalidade de ninguém
poderá retira da via publica, areia, terra, barro ou pedras. Pena:
multa de 200$000 (duzentos mil reis), alem da obrigação de
resarcir o dano causado.
Art. 339 - E proibido destruir aguadas, obstruir valetas e
boeiros, danificar tanques, pontes, açudes e aterros de utilidade
publica.
Pena: multa de 50$000 (cincoenta mil reis).
Art. 340 – Fica proibido encaminhar águas servidas para o
leito de qualquer logradouro publico; impedir ou dificultar os
escoamentos nelas estabelecidos, ou fazer barragens que forcem
as águas (...) as vias publicas. Pena: multa de 50$000 (cincoenta
mil reis).
§ Único – Todo o escoamento de águas de lavagem e de
uso domestico será feito diretamente nas galerias de esgotos
sanitários. Ao infrator desse dispositivo será aplicada a multa de
500$000 (quinhentos mil reis) a 1:000$000 (um conto de reis)
alem da obrigação de destruir a ligação clandestina. Substituindo-
a por outra feita de acordo com as exigências sanitárias.
Art. 341 - Os estragos ocasionados nas vias publicas por
qualquer veiculo serão reparados pelo seu responsável, sob pena
de ser o serviço efetuado pela municipalidade, que inscreverá o
valor das despesas como divida a fazenda municipal e cobral-as-
á daquele com o acréscimo de 20%. A titulo de administração.
Art. 342 - municipalidade reserva-se o direito de proibir
o transito de qualquer veiculo ou o emprego de qualquer sistema
de transporte impróprio a natureza da via publica. Poderá
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 211

impedir o transito de veículos sobre todas de aros de aço, em


ruas concretas, asfaltadas ou congêneres.
Art. 343 - Incorrera na multa de 1:000$000 ( um conto de
reis) aquele que dolosamente cerca, murar, ou de qualquer modo
invadir logradouros publicos ou qualquer propriedade municipal,
alem de ficar obrigado á immediata restituição da coisa cercada,
murada ou invadida.
Art. 344 - O proprietário que, ate a vingencia deste código,
estiver incorrendo na infração do artigo anterior, deverá realizar
a restrição, independentemente de intimação feita pela
municipalidade.
§ Único- A verificação do avanço ou inversão far-se-á vista
dos títulos aquisitivos do proprietário regulamente passados.
Art. 345 - Incorrerá na multa de 500$000 (quinhentos mil
reis) aquele que destruir, arrancar ou mudar de posição marcos,
postos ou elementos indicativos de alinhamento e nivelamento
dos logradouros públicos, ou limites de terra publicas.
SECÇÃO SEXTA - DO SOSSEGO E TRANQÜILIDADE PUBLICA
Art. 346 - E proibido, sob pena de multa de 20$000 (vinte
mil reis) a 100$000 (cem mil reis);
1) Dar gritos a noite, dentro das zonas central e urbanas,
depois das 22 horas, sem necessidade ou utilidade;
2) Discutir ou alterar em altas vozes, nas ruas, praças,
passeios ou casas de entrada publica;
3) Dar tiros a qualquer hora do dia ou da noite, não sendo
não sendo no desempenho de deveres do serviço publico ou nos
casos de legitima defesa, da pessoa ou da propriedade;
212 Códigos de Postura de São Luis/MA

4) Tocar ou ensinar musica, com pancadaria, depois das


22 horas, sem licença da municipalidade excepto nos locais
permitidos;
5) Usar sinais sonoros, tímpanos, buzinas e outros meios
de aviso próximo de locais onde se realizem representações
teatraes, cinematográficas, mediações de casa de saúde,
hospitais, sanatórios e escolas;
6) Usar o escapamento livre de veículos automotor, nas
zonas central, urbana e suburbana;
7) Abusar de sinais sonoros a qualquer hora do dia ou da
noite, causando incomodo, mesmo momentâneo;
8) Realizar correrias de automóveis e motocicletas depois
das 22 horas;
9) Soltar foguetes, bombas e foguetões nas manifestações
de regosijo, festejo cívico ou religiosos sem aviso prévio á
população feito em jornal diário, durante 2 horas;
10) Fazer avisos, anúncios ou propaganda, por meio de
bombas, foguetes, foguetões;
11) Tocar sinos antes de 5 horas da madrugada, debrar em
sinal de finados a qualquer hora, excepção feita para a
comemoração dos mortos no dia 2 de novembro, e falecimento
de alto dignatario da igreja católica;
12) Realizar batucada em qualquer parte das zonas central,
urbanas e suburbana, excepção feita aos festejos carnavalescos,
na época propria.
Art. 347 –Nas immediação dos hospitais, sanatórios, casas
de saúde e manicômios, etc.. deverá ser mantido o mais rigoroso
silencio.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 213

SECÇÃO SÉTIMA - DO COSTUMES E DO ASPECTO GERAL DA


CIDADE
Art. 348- Sob pena da multa de 20$000 (vinte mil reis) a
50$000 (cincoenta mil reis) e detenção por 24 horas, fica proibida
na via publica;
1) Estender roupas ou outros objetos a enxugar ou arejar;
limpar vasilhas; joeiras gêneros; escamar ou tratar peixes; matar
ou
2) Pelar animais; ferrar; sangrar ou fazer algum curativo a
qualquer animal. Excepto em caso de urgência; partir tenha;
cozinha; torrar café; estender couros; sacudir tapetes, esteiras
ou coisas semelhantes;
3) Lançar nas ruas, praças ou jardins públicos e terrenos
baldios, vidros, lixos, imundícies, águas servida, objetos
imprestáveis, animais doentes ou mortos;
4) Estabelecer, colocar tapetes, capachos, roupas etc.,
nas sacadas e janelas que sejam visíveis dos logradouros públicos;
5) Pendurar gaiolas em fachadas construídas no alinhamento
dos logradouros públicos;
6) Deitar para a via publica água suja proveniente de
lavagem ou bandeação, entre 6 a 22 horas;
7) Urinar ou defecar fora dos sumidores públicos;
Art. 349 - E proibido, sem licença da policia a da
municipalidade, tirar esmolas, abria subscrições, fazer coletas
para fins finantroficos, mesmo no caso de calamidade
publica.Pena: Detenção por 24 horas e recolhimento aos cofres
municipais das quantas já arrecadadas.
214 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 350 - Aquele que maltratar animais, praticando atos


de crueldade, incorrerá na multa de 50$000 (cincoenta mil reis)
e na pena de detenção por 24 horas.
§ Único - consideram–se atos de crueldade
1) Castigar o animal immoderadamente;
2) Utilizar- o quando ferido, faminto ou extenuado.
3) Conduzir- o de cabeça para baixo ou noutra posição
que possa ocasionar-lhe sofrimento;
4) Sobrecarregar – o com peso superior as suas forças ou
em contravenção ao artigo 316.
Art. 351 – E proibido riscar, escrever, ou pintar nas portas
e paredes dos prédios, nos muros, nos tetos dos passeios e meio-
fios das ruas, salvo em se tratando de anúncios ou letreiros que
só serão permitidos, mediante previa autorisação da
municipalidade nos muros de terrenos baldios, nos andaimes e
tapumes, ou em prédios em ruínas.
Art. 352 – Aquele que, em publico, praticar atos imorais,
proteger palavras obscena ou comportar –se em casa de modo
deshomestro, ofensivo ao pudor, podendo ser visto ou ouvido
pelos transcuntes visinhos, incorrerá na multa de 200$000
(duzentos mil reis) e detenção por 24 horas.
Art. 353 – Incorrerá na multa de 50$ (cincoenta mil reis) e
detenção por 24 horas aquele que (...) em lugares públicos, não
destinados a esse fim, ou naquele que o forem sem vestimenta
apropriada.
Art. 354 - Sujeitar –se – á multa de 50$000 (cincoenta mil
reis) e deenção por 24 horas aquele que arrancar, rasgar, risca
ou enxovalhar editais das autoridades publicas.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 215

Art. 355 – Incorrerá na multa de 50$000 (cincoenta mil


reis) e detenção por 24 horas o dono de (...) que vender bebidas
alcoólicas a pessoas já embriagadas e menores de idade.
Art. 356 – Incorrerá na multa de 100$000 (cem mil reis),
alem da responsabilidade criminal, aquele que, (...), a
credulidade publica. Intitular- se nigromante, advinhador,
feiticeiro ou praticar embustes.
Art. 357 – Sujeitar –se –á a multa de 50$000 (cincoenta mil
reis) e á detenção por 24 horas aquele que for encontrado jogando
nas ruas, praças e mais lugares públicos, bem como nos
corredores, adros de igrejas e casas de tavolagem.
Art. 358 – São proibidas as exibições de (...) chagas,
deformações ou monstruosidade, com (...) de (...) esmolas ou
proventos de qualquer espécie.
§ 1.º - Aquele que se utilizarem de doentes, (...), ou
deformados, bem como aqueles que exercem a falsa mendicância,
para explicar a caridade publica, serão detidos por 24 horas,
cabendo a (...) promover o processo criminal competente.
§ 2.º - E proibido dormir ou deitar –se nas (...) de porta,
nos passeios e bancos dos logradouros públicos. Pena: Detenção
por 24 horas, e no caso de (...) será promovido o processo por
vadiagem contra o infrator.
Art. 359 - Fica proibido o uso de postigos (...) e portas
abrindo de dentro para fora, quando fachada do prédio se
encontrar no alinhamento do(...).
Art . 360 – Ficam proibidos nas zonas central (...) os laçares
ou serpentões que detem aguas (...) sobre as ruas, sendo os
proprietários obrigados a retiral –os dentro de 90 dias, a contar
da vigência deste código, sob pena de multa de50$000 (cincoenta
mil reis) por unidade.
216 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 361 –Não é permitido nas zonas central e urbana, o


transito de animais leiteiros por ordenha e venda ambulante de
leite. Pena: multa de 50$000 (cincoente mil reis).
Art. 362 – Ficam proibidos na vias publicas servidas por
meios- fios, os estrados de madeira de concreto ou de alvenaria,
fixos ou não, para acesso a veículos, os quaes devem ser retirados
no prazo de 90 dias, a começar da vigência deste código, sob
pena de multa de 100$ (cem mil reis). O acesso deverá ser feito
satisfazendo as exigências do artigo 376.
SECÇÃO OITAVA - DAS REDES AÉREAS
Art. 363 – Só mediante licença da Municipalidade poderão
ser colocado, nos logradouros públicos, poste para linhas
telegráficas, telefônicas e eletrônicas. Pena: apreensão do
material e embargo da obra.
Art. 364 – A Municipalidade determinará o tipo, altura e
pintura dos postes e local em que devem ser colocados,
respeitados os “standarts” adoptados pelos serviços públicos no
que diz respeito a altura e estruturas dos mesmo.
§ 1.º- Nas zonas central e urbana não são permitidos postes
de madeira.
§ 2.º - Os postes de madeira atualmente existentes nas
zonas central e urbanas deverão ser retirados dentro de 6 meses,
a contar da vigência deste código. Pena: multa de 50$000
(cincoenta mil reis) relativa a cada poste.
§ 3.º - O afastamento Maximo dos postes será de 80 metros
em alinhamento retos e de 50 metros nas curvas ou mudanças de
direção.
§ 4.º - os postes serão pintados toda vez que a
Municipalidade determinar; os que suportem fios de alta tensão
e transformadores deverão ser pintados de amarelo;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 217

§ 5.º- Os fios de alta tensão deverão ser protegidos por


uma rede de telha de arame.
Art. 365 – As linhas de forças e luz serão elevadas, pelos
menos, 6,00m, acims do nível do solo, e, nos cruzamentos, 7,00m,
e deverão distar da fachada dos prédios pelo menos 0,90m.
Art. 366 – As linhas telegraficas e telefônicas deverão ficar,
no mínimo, 0,50m, abaixo (...) das linhas de luz e força.
Art. 367 – os fios de serviços serão (...) isolantes sólidos e
de espessura não inferior (...) e montados em isoladores de
vidro ou (...) de tipo aprovado pela Municipalidade.
Art. 368 – os fios “trolley” serão de cobre com diâmetro
de 8m\m, estendidos a alturas compreendida entre 5.80m e 6.80m
e isolados duas vezes em relação a terra, exceto no caso de
postes de madeira que será uma só vez.
Art. 369 – E proibido cortar ou danificar linhas aéreas
salvo para evitar maiores males. Pena: multa de 100$000 (cem
mil reis).
Art. 370 – Todo aquele que embaraçar linhas aéreas,
estabelecendo, por qualquer meio, ligações de fios entre se,
será multado em 200$000 (duzentos mil reis) sem prejuízo da
responsabilidade criminal.
Art. 371 – Os proprietários são obrigados a consentir na
colocação de suportes ou estais apropriados em seus prédios,
para sustentação de linhas aéreas, em ruas cujos passeios tenham
larguras inferior a 1,50m, ou em outras de maior largura, desde
que a Municipalidade o solicite Pena: Multa de 50$00 (cincoenta
mil reis).
Art. 372 – A municipalidade poderá impedir que em
determinados logradouros, sejam colocados fios aéreos, e postes
para sua sustentação.
218 Códigos de Postura de São Luis/MA

SECÇÃO NONA - DOS PASSEIOS


Art. 373 – Cabe aos proprietários custear a construção do
meio fio e passeio correspondente á testada dos edifícios de
acordo com o que for determinado pela diretoria de serviços
municipais, no que respeita a largura, altura do meio fio e
natureza do material a empregar, bem com em relação ao prazo
em que tais serviços devem ser executados.
§ 1.º- nas ruas em que ainda não existam meios fios, a
municipalidade determinará os novos “grades” das ruas, de modo
a que os mesmos não excedam os limites de declividade
adoptados; neste caso, a largura da faixa carroçável será, no
mínimo, igual a cinco metros e meio (5,50m) e os meios- fios
determinarão a direção dos futuros alinhamentos, que deles serão
recuados, de modo a respeitar o que preceitua o artigo 22 do
presente código.
§ 2.º - Quando a distancia entre os alinhamentos opostos
de um logradouro for inferior a quatro metros, cabe a
municipalidade executar, por contar dos proprietários, a
construção do passeio, que tomará toda a largura da rua, sendo
nela proibido o trafego de veículos. Neste caso, os proprietários
poderão requerer o alargamento progressivo do logradouro, afim
de o mesmo permitir o trafego de veículos fazendo cessão a
municipalidade da faixa recuada, independente de qualquer
indenização.
§ 3.º - Correrão por conta da municipalidade as alterações
feitas por ela em passeios e meio- fios já custeados pelos
proprietários.
Art. 374 – Nas ruas central e urbana os passeios serão
construído com uma declividade transversal de 2% e revestidos
os ladrilhos hidralicos; capa de argamassa de cimento e areia
1:3, sobre camada de concreto de 0,808m; pedra portuguesa e
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 219

duas cores; lajões regulares de cantaria ou por outros processos


similares.
§ 1.º - Nos passeios das zonas, poderão ser empregados
outros matérias, a juízo da diretoria de serviços municipais.
§ 2.º- Uma vez colocados o meio fio, o proprietário é
obrigado a construir o passeio, no prazo de 30 dias, findo a qual
a municipalidade executará o serviço por sua conta, cobrando
mais de 20% a titulo de administração.
§ 3.º - Os passeios que na data da vigência deste código
estiverem estragados deverão ser reparados pelos proprietários
respectivos dentro do prazo de 30 dias, sob pena de serem
separados pela municipalidade, que cobrará, alem de despesa,
mais 20% a titulo de indenização. Da mesma maneira procederá
a municipalidade em relação aos passeios que venham a se
reincidência.
§ 4.º - caso os passeios não sejam reconstruídos pela
municipalidade, ficarão os responsáveis sujeitos aos impostos
estabelecidos na lei anual orçamentária, impostos esses que
deverão ser progressivos no caso de reincidência.
Art. 375 – Quando a municipalidade determinar a
modificação do alinhamento o nível do meio fio já por ela
assentado, cabem- lhe todos os ônus decorrentes do mesmo
assentamento, e da reconstrução dos passeios.
Art. 376 – Será permitida, mediante licença da
municipalidade, a rampagem do meio fio para permitir o acesso
para permitir a veículos; essa rampagem será constituída pelo
rebaixamento da parte do passeio e meio fio correspondente a
uma cunha, cuja base deverá ter 0,30m x 0,12m, e cuja altura
será de 0,30m, correspondente a cada uma das ordens de rodas
do veiculo.
220 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ Único- o rebaixamento de que trata o presente artigo


será feito mediante licença da diretoria de serviços municipais.
SECÇÃO DÉCIMA - DA NOMENCLATURA DAS RUAS E
NUMERAÇÃO DE PRÉDIOS
Art. 377 – Os logradouros públicos terão que lhes for dado
pela municipalidade, sendo inscrito por meio de placa, fixada as
paredes dos prédios, as esquinas, ou em outro local conveniente.
§ 1.º - Incorrerá na pena de multa de 20$000 ( vinte mil
reis) aquele que, em anuncio, letreiro, boletim ou outro qualquer
meio de publicidade, usar nome de logradouro publico não
constante da nomenclatura oficial.
§ 2.º - Incorrerá na pena de 50$000 (cincoenta mil reis),
aquele que danificar ou encobrir, por qualquer processo, as placas
de numeração das casas ou nomenclaturas dos logradouros
públicos.
Art. 378 – Sob nenhum pretexto se darão a ruas, praças,
avenidas e jardins públicos nomes de pessoas vivas.
§ 1.º - Será feita a substituição dos nomes atualmente
existentes em desobediência ao presente artigo.
§ 2.º- A denominação de rua em homenagem a pessoa
morta ou em comemoração as datas, só poderá ser feita dois
anos após o passamento ou a data em que o fato se deu.
§ 3.º - A nomenclatura de avenidas e (...) deverá, em
particular, se (...) a fatos históricos do Brasil ou da cidade de
São Luis.
§ 4.º - Nenhum logradouro poderá ser dividida em trechos
com denominações (...) desde que esses tenham,
aproximadamente, a mesma direção a ação tranversal. Nos casos
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 221

existente por ocasião da publicação do presente código deverá


ser conservada a denominação mais antiga do mesmo logradouro.
§ 5.º- Uma mesma denominação não poderá ser dada a
dois ou mais logradouros distintos. Deve- ser substituída a
denominação de logradouro que possa causar confusão com a
denominação de outro; neste caso deverá ser conservada de
preferência a denominação mais antiga.
Art. 379 – A numeração dos prédios obedecerá no sentido
crescente, a orientação das ruas, de modo que as ruas paralelas
tenham seus prédios numerados no mesmo sentido. A numeração
será iniciada das extremidades norte e oeste das vias, e no caso
de vias obliquas, será tomada a orientação mais aproximada.
§ Único- as estradas municipais deverão contar as
indicações kilometricas requeridas ao marco da Praça Pedro II, e
altitude referida ao nível médio do mar.

TITULO XXIII - DO COMERCIO, INDÚSTRIAS E PROFISSÕES


SECÇÃO PRIMEIRA - DO COMERCIO EM GERAL
Art. 380 – Nenhum estabelecimento comercial ou industrial,
escritório, agencia consutorio, oficina ou cabinete poderá
funcionar sem que a prefeitura forneça o respectivo alvará de
abertura. Pena: multa de 100$000 (cem mil reis).
Art. 381 – Todo individuo que exercer industria, comercio,
arte, oficio ou profissão é obrigado a pagar, anualmente, pelo
modo e no tempo devido, os impostos, taxas ou contribuições
estabelecidas em lei, sob pena de sejeitar- se as multas nelas
estipuladas.
Art. 382 – Qualquer profissão, arte ou oficio cujo exercício
depender de alvará de licença ou de matricula, poderá ser
222 Códigos de Postura de São Luis/MA

cassada pela municipalidade de acordo com o disposto no artigo


13:
1) Para reprimir especulações de atravessadores de gêneros
de primeira
2) Quando a licença ou matricula for utilizadas para fins
ilícitos, pratica de atos ofensivos a moral, ou perturbação do
sossego publico;
3) Como medida preventiva a bem da higiene e da
segurança publica;
4) Nos casos de falsificação de bebidas ou de gêneros
alimentícios;
5) Quando o licenciado ou matriculado se opuser a exames,
verificações ou vistorias dos agentes municipais.
Art. 383 –Incorrerá na multa de 100$000 (cem mil reis) o
proprietário responsavel ou gerente de estabelecimento de
qualquer natureza que diretamente exercitar ou permitir que
neles se exercite o comercio, arte ou oficio clandestinos
§ Único – Compreender –se como clandestino o ramo de
comercio, industria, arte ou oficio, exercidos em desacordo
com o consignado no respectivo alvará de licença.
Art. 384 - E proibido a venda, a distribuição ou a exposição
em lugares públicos, de escritos impressos, caricaturas, desenhos,
pinturas, emblemas ou outros objetos imorais de qualquer
natureza, sob pena de apreensão e distribuição. Multa de 100$000
aos expositores, distribuidores ou vendedores.
Art. 385 – Somente será concedida para abertura de casa
de bilares e outros jogos lícitos (...) o interessado declarar, em
petição, que se obriga a não permitir em se estabelecimento
jogos proibidos.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 223

Art. 386 – Nenhuma licença será concedida para instalação


de açougues, padarias, confeitarias, esta lagens, casas de pasto,
restaurantes cachoeiras, este bulos e outros estabelecimentos
semelhantes sem prévio exames feito por técnicos das diversas
diretorias de municipalidade, afim de serem verificadas as
condições higiênicas do estabelecimento e funcionamento de
suas instalações.
SECÇÃO SEGUNDA - DO COMERCIO AMBULANTE
Art. 387 – A licença para o exercício de comercio ambulante
é por meio de alvará de matricula, que será individual,
intransferível e exclusivo ao fim para que foi extraído.
§ 1.º - O alvará deve ser conduzido pelo seu titular, afim
de apresentar- o, prontamente, aos agentes municipais, quando
lhe for exigido, sob pena de apreensão da mercadoria.
§ 2.º - Juntamente com alvará de matricula, será fornecida
uma chapa numerada, que identificará o seu portador perante a
fiscalização municipal. Esta chapa deverá estar colocada em
lugar visível, no deposito em que se fizer a condução da
mercadoria a vender.
§ 3.º - As fabricas de bebidas e produtos alimentícios, os
estabelecimentos de publicação, os proprietários de estábulos e
açougues poderão extrair, em seu nome, a matricula de cada
um, de seus distribuidores, os quaes serão obrigados ao porte
do alvará e uso da chapa respectiva.
Art. 388 – O ambulante não licenciado, ou o ambulante de
exercicio anterior que, findo o prazo legal, for encontrado sem
a respectiva licença do exercicio vigente, fica sujeito á multa
de 200$000, devendo ser apreendidas as mercadorias encontradas
em seu poder e recolhidas ao deposito municipal.
224 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1.º - Decorrido o prazo de 5 dias da apreensão, se não


for regularizada a licença, serão as mercadorias vendidas em
leilão, para pagamento do imposto, multa e mais despesas.
§ 2.º -Se a mercadoria apreendida for carne, peixe,
verduras, frutas ou outro artigo de fácil deterioração, será
imediatamente enviada a estabelecimentos de caridade.
Art. 389 – O pagamento do imposto de ambulante não da
direito a estacionar nos logradouros nem nos estabelecimento
públicos, Sinão o tempo necessário para efetuar a venda.
Art. 390 – A concessão do ponto para estacionamento de
vendedores ambulantes não dá direito a colocação de mesas,
cadeiras ou outros objetos que possam impedir o livre transito
publico.
Art. 391 – Os vendedores ambulantes em geral e em
particular, os vendedores de doces, biscoitos, pateis, empadas,
balas e sorvetes, são obrigados ao uso do calçado e de uniforme
convenientemente as (...) sob pena de multa de 100$000 e
apreensão da mercadoria.
Art. 392 –E vedada a concessão da matriculas de vendedor
ambulante a pessoas que sofrerem de moléstia contagiosa ou
repugnante.
§ Único- Para efeito do presente artigo nenhuma matricula
será dada sem que o candidato exibida cadernete sanitária
expedida pela saúde publica.
Art. 393. -A venda ambulante deverá ser feita em
carrinhos, caixões, caixas, malas, taboleiros ou cestas, engradados
ou outros tipos de depósitos apropriados á mercadoria a vender;
devidamente numerados por meio de placas, afixadas pela
municipalidade.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 225

Art. 394 – Sujeitar –se a multa de 50$000 todo aquele que


adulterar placa de numeração, usar alvará de matricula
pertencente a outro ou, com alvará próprio, negociar produtos
neles não autorizados.
Art. 395 – Não é permitido ao vendedor, ambulante ou
fixo,fazer aquisição de mercadorias, para seu negocio, nos
mercados públicos ou em suas proximidades, concorrendo com
os compradores particulares, entre 5 e 12 horas do dia.
Art. 396 - As pessoas que conduzirem mercadorias
destinadas aos mercados públicos, aos vendedores fixos e
ambulantes, poderão entabolar ou realizar seus negócios nos
mercados públicos ou nas casa revendedoras.
§ Único – A municipalidade determinara locais apropriados
a entroposto de mercadorias nos quaes os revendedores poderão
adquirir dos produtores as mercadorias com que negocia.
Art. 397 – Nenhum revendedor ou consumidor poderá
abordar embarcações que conduzam mercadorias destinadas ao
pequeno comercio, a vendedores ambulantes, e aos mercados
públicos. Pena: apreensão da mercadoria no local de desembarque
e cancelamento do registro, no caso do infrator estar matriculado
na municipalidade.
§ Único – A municipalidade determinára dias da semana e
locais em que as mercadorias, vindas diretamente do local de
produção, poderão ser vendidas livremente, aos consumidores,
junto a rampa de desembargue; não sendo permitido a
revendedores, entabolar ou realizar negócios durante o
funcionamento
Art. 398 – A municipalidade poderá determinar as
capacidades mínimas e máximas dos recipientes do comercio
ambulantes.
226 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 399 – Quando o comercio ambulante constar de animais


vivos, observar –se-ão os dispositivos do Art. 350 .
Art. 400 – A municipalidade determinara dias da semana e
locais em que funcionarão feiras livres, nas diversas zonas da
cidade, observado o que dispõe a parte final do§ único do artigo
397.
§ Único -O funcionamento das feiras livres será
regulamentado pela municipalidade.
SECÇÃO TERCEIRA - DAS AFERIÇÕES
Art. 401 – Todo negociante, industrial, artista ou operário,
estabelecido ou ambulante,que no exercício de sua profissão
medir ou pesar, quer vendendo ou comprando mercadorias e
gêneros alimentícios quer avaliando bens próprios ou alheios, é
obrigado a ter as suas balanças, devidamente instaladas, pesos e
medidas sempre á vista do publico e aferidos com o padrão
municipal, referidos ao sistema métrico decimal. Pena; Multa de
50$000 e apreensão dos objetos até se realize a aferição.
Art. 401 – A aferição será feita anualmente durante o mês
de fevereiro, pela municipalidade, em local que esta designar,
salvo a de balanças de transporte difícil, que serão aferidas , na
mesma época, nos locais em que se encontrarem, media ou
mediante requerimento a prefeitura e o pagamento de mais 50%
da taxa orçamentária.
§ Único – Nas balanças comuns ( de suspensão ou e
Roberval) será tolerada uma diferença de pesagem de 1,5%, desde
que não fique provada a interação dolosa do seu proprietário.
Nas balanças automáticas ( tipo Dayton, Filizola) a diferença
tolerada será 0,5 %, ( meio porcento).
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 227

Art. 403 – as bombas de gasolina, que deverão sempre


dispor de dispositivo visível de medição, serão, também,
aferidas nos respectivo locais.
Art. 404. - O contribuinte que adulterar a aferição, utilizar
pesos e medidas não aferidos ou desnivelar balanças, sujeitar –
se- á multa de 10$000 e a apreensão de suas balanças pesos e
medidas, até que se torne quite com a fazenda municipal.
Art. 405 - A taxa de aferição deve ser paga integralmente
e em qualquer época do ano, quando se tratar de abertura de
estabelecimento novo, aquisição de novas licenças, balanças,
pesos e medidas e assentamento de bombas de gasolina e
congêneres.
Art. 406. - No comercio de cereares é obrigatório o uso
das unidades métricas e peso.
Art. 407 - Todos os pesos e medidas devem pertencer ao
sistema métrico decimal.
Art. 408. - Não será concedida licença para abertura de
qualquer estabelecimento sem que se façam concomitantemente
as aferições respectivas.
Art. 409 – Somente serão aferidos os pesos regulares de
metal, sendo rejeitados os de madeira, pedra, argila e substancia
equivalente.
Art. 410 – Incorrerá na multa de 10$000, todo aquele que
fraudar pesadas e medidas.
SECÇÃO QUARTA
Art. 411 – Nenhum anuncio, fixo ou volante luminoso ou
não, diurno ou noturno, sonoro ou não feito por qualquer modo,
engenho ou processo, suspenso no espaço ou colocado em bombas
ou veículos de qualquer natureza, paredes, muros, pilares, poste,
228 Códigos de Postura de São Luis/MA

gradis e quaisquer outros pontos que tenham face para via publica
ou desta façam parte, ou onde o publico tenham ingresso poderá
ser exibida sem licença da municipalidade, Pena: multa de 50$000.
§ 1.º- os anúncios que consistirem na inscrição do letreiro
em paredes e muros, somente serão permitidos mediante
requerimento, no qual deverá ser junta a copia do seu teor, bem
como as suas dimensões . A diretoria de serviços municipais
poderá exigir, também um croquis do desenho a ser executado,
na escala de 1:10.
§ 2.º- Nenhum anuncio poderá ser fixado as arvores dos
logradouros públicos, prédios particulares, monumentos, edifícios
públicos, portas, bancos de jardins e passeios. Pena : multa de
50$000.
§ 3.º - os anúncios feitos por intermédio de estações
transmissoras locais e auto- falantes funcionando em locais
freqüentados pelo publico ficam sujeitos a licença da
municipalidade que determinará, segundo os casos, o tempo e
horário de funcionamento. As taxas de anúncios sonoros serão
cobradas por vez antecipadamente.
§ 4.º- a eguaes exigências sujeitam – se aqueles que se
utilisarem de jazz- bands, ou orchestra de pancadaria como meio
de propaganda.
Art. 412 – E proibido colocar anúncios perpendicularmente
ou inclinados sobre as fachadas dos prédios e nas faces dos muros
no alinhamento da via publica, a altura menor de 3 metros.
§ Único – Estes anúncios não deverão ter largura superior
a 0,80m, em comprimento maior de 1,60m.: e a sua colocação
depende de requerimento sobre pena de multa de 50$000.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 229

Art. 413 [...] preexistentes nos logradouros públicos ou


visíveis da via publica. Pena: multa de 50$000.
§ Único – O anunciante que não quiser continuar, no ano
seguinte, com os anúncios afixados ou pintados em locais
permitidos, será obrigado retral- os ou destrill-os, sem danos
para local nem prejuízo da estética, até o dia 30 de janeiro, sob
pena de continuar sujeito ao pagamento do novo imposto, ou
indenizar a municipalidade das despesas feitas com a retirada
ou destruição, acrescidas da multa de 20%.
Art. 414 – Os letreiros, placas, cartazes e reclames afixados
ou pintados de qualquer modo, no interior de estabelecimentos,
mas estranhos á indústria, profissão ou gênero de negocio destes,
depende da licença da municipalidade. Pena: multa de 29$000.
Art. 415 – o autor ou proprietário de anúncios ou
propaganda, feitos em boletins ou programas de qualquer espécie,
para distribuição ao publico, é obrigado a entregar á prefeitura
cinco exemplares dos mesmo no ato do pagamento os mesmo no
ato da respectiva licença, sob pena de multa de 30$000.
Art. 416 –O proprietário estabelecimentos de freqüência
publica, que não comunicar a municipalidade, dentro de 5 dias,
a incrição ou afixação de anuncio no recinto dos mesmos, fica
obrigado ao imposto em que o anuncio incidir, além da multa de
30$000.
Art. 417 – As placas afixadas as paredes ao sentido destas,
não terão saliência maior de 0,06m.
Art. 418 – As disposições do presente capitulo são
extensivas a colocação de placas ou letreiros do escritórios,
estabelecimentos comerciais, industrias, escritório e gabinetes
de médicos, advogado, dentistas, engenheiros, parteiras etc.
230 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ Único – Ficam isentas de impostos anúncios de licença as


placas contendo o nome do morador local, desde que suas
dimensões não excedem 0,25x0,50m e não contenham elas
reclames ou anúncios profissionais, sinão a indicação médio
quando for caso.
Art. 419 – Quando não for conhecido o infrator de qualquer
dos dispositivos deste capitulo, ser responsáveis pelas multas os
que permitirem a colocação de anúncios em seus moveis, imóveis
ou veículos, ou os que forem interessados na sua divulgação.
SECÇÃO QUINTA - DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS
Art. 420 – Dependem de licença da municipalidade de
jogos e divertimentos públicos, remunerados ou não, nas zonas
central, urbana e suburbana. Pena: multa de 50$000.
Art. 421 - Será gratuita a licença para levantamentos de
coretos, barracas, pavilhões e postes para ornamentação dos
logradouros públicos, por (...) de festas de caridade,
manisfestações publicas ou comemorações cívicas e (...).
Art. 422 – È proibido atirar, na via publica, nas portas ou
janelas, por qualquer forma, pó, água em (...) liquido, que possa
molestar ou causar incômodos aos transeuntes, sob pena de multa
de 50$000 (cinqüenta mil reis)
Art. 423 – È proibido, no logradouros públicos fazer fogueira
de São João, queimar ou malhar nos sábados de aleluia. Pena:
multa 50$000 (cinqüenta mil reis).
Art. 424 – São expressamente proibido, nas zonas central,
urbana e suburbana, os foguetões, bombas e morteiros. O infrator
será punido com a multa de 10$000 (cem mil reis).
Art. 425 – o proprietário ou gerente de casa de (...)
publica, que vender entradas em numero inferior á lotação delas,
quando as sessões forem continuas, ou com um excesso de 20%
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 231

da lotação quando as sessões forem continuas, incorrerá na multa


de 20$000, de cada vez que a infração se verificar.
§ 1.º - As atuais casas de diversões são obrigada dentro de
30 dias da vigência deste código, a (...) á municipalidade, as
respectivas lotações, com toda exatidão, sob pena de multa de
100$000 (cem mil reis).
§ 2.º - para efeitos de fiscalização, todos os
estabelecimentos de diversões, quer os ora existentes, (...) os
que venham a ser abertos, deverão reservar (...) conveniente á
autoridade municipal, sob pena ser cassado o funcionamento
respectivo.
Art. 426 - A municipalidade tem o direito de realizar
livremente o funcionamento das casas e (...) de diversões para:
1) Evitar que se vendam entradas em números (...) á
lotação permitida ou preço maior que o (...).
2) Fazer executar, integralmente, os programas anunciados;
3) Obrigar o inicio dos espetáculos, apresentados projeções
na hora marcada;
4) Ordenar qualquer medida atinente á moralidade dos
espetáculos e á comunidade dos espetáculos (...) como promover
a retirada de fumantes e (...) pessoa que atente contra a moral,
promova (...) perturbe o espetáculos.
§ Único – Os infratores incorrerão na multa de (...) a
200$000 sem prejuízo das penalidades de (...) policial.
Art. 427 – As instalações para divertimento publico, com
circo, parques de diversões ou outros que produzem ruídos não
poderão ser permitidos nas proximidadas de hostipais, casas de
saúde, colégios e escolas noturnas, e em geral, onde a juízo da
municipalidade, seja de interesse publico que não funcionem
semelhantes diversões.
232 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 426 - os parques de diversões de qualquer natureza


só serão franqueados ao publico, depois de vistoriados pela
municipalidade. Pena de 50$ (cinqüenta mil reis).
SECÇÃO SEXTA - DOS MERCADOS E FEIRAS
Art. 427 – A municipalidade baixará regulamento espacial
para funcionamento e asseio dos mercados, feiras e demais
estabelecimento comerciais.
[ARTIGOS 426 e 427 repetidos]
SECÇÃO SÉTIMA - DA FABRICAÇÃO E VENDA DE
EXPLOSITIVOS, INFRAMOVEIS E CORROSIVOS
Art. 428 – Nenhuma fabrica de substâncias explosivas
poderá ser instaladas nas zonas central e urbanas.
Art. 429 – As instalações de estabelecimentos a que se
refere o artigo anterior deverão guardar, nas zonas suburbanas e
rural, uma distancia nunca inferior a 100ms, da via publica e das
habitações vizinhas.
Art. 430 - Excepto a instalações de bombas de gasolina e
produtos congêneres, fica proibida a de outros similares e de
depósitos de inflamáveis, explositivos, nas zonas central e urbana
da cidade.
Art. 431 – Sem previa licença da municipalidade, ninguém
poderá vender gêneros explosivos inflamáveis de qualquer
natureza, sob pena de multa de 200$000 (duzento mil reis).
§ 1.º - a licença será obtida mediante requerimento, no
qual se faça menção exata da natureza e quantidade de explosivos
ou inflamáveis guardada em depósitos
§ 2.º- Se for encontrada a quantidade maior que a
declarada no requerimento, ou materiais de natureza e
quantidade de explosivos ou inflamáveis guardada em deposito.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 233

Art. 432 - A municipalidade, sempre que julgue oportuno,


poderá obrigar a retirada do deposito de explosivos e
inflamoveis, ainda que seu proprietário tenha licença especial
para esse fim.
Art. 433 – As licenças para depósitos ou venda de explosivos
e inflamoveis serão concedidas sempre sob a condição de
precariedade.
Art. 434 - Os comerciantes a varejo, de gêneros explosivos
ou inflamáveis, ficam obrigados a possuir, em seus
estabelecimentos, depósitos apropriados de ferros ou zinco, que
possam comportar a quantidade destinada ao consumo diário.
Pena: Multa de 500$000.
Art. 435 – Entende-se por consumo diário.
1) Na zona central, 30 litros de alcooal, éter aguaraz tec.;
60 litros de aguardente: 10 latas de gasolina ou kerosene;
2) Na zona urbana, 60 litros de álcool, éter aguaraz etc.;
100 litros de aguardente: 20 latas de gasolina ou kerosene.
§ único – A permissão para depositar quantidade de maior
do que a especificada no presente artigo, que não poderá
exceder de 50% que a consignada, era dada sempre a titulo
precário, mediante prévio requerimento do interessado.
Art. 436 – Nas zonas central e urbana os aparelhos destinados
no sub-solo, só serão permitidos nos pontos designados pela
municipalidade e deverão obedecer todos os preceitos da
estética, da perfeição de funcionamento,e segurança publica,
observado o que preceituam os artigos 111 e 112 deste código.
§ 1.º- Nenhuma licença será concedida para instalação de
aparelho, cuja capacidade seja maior de 1.000 litros, podendo a
municipalidade, a qualquer tempo, restringir esse limite, como
medida de segurança.
234 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 2.º- os proprietários desses aparelhos ficam obrigados a


conservar em perfeito asseio a parte dos logradouros públicos
pelos mesmos ocupada, evitando o derramento de óleos, gasolina
ou produtos com generes no leito da rua.
Art. 437 – Não é permitido depositar ou conservar, mesmo
provisoriamente, nas vias publicas, substancias inflamáveis ou
explosivas, sob pena de multa de 200$000.
Art. 438 - E proibido empregar na fabricação de fogos de
artifício, dinamite, nitro- glicerina e pirato de potassa. Pena:
multa de 500$000 (quinhentos mil reis).
Art. 439 – A municipalidade, sempre quer julgar
conveniente, poderá fiscalizar ou serviço de carga de descarga
de inflamaveis explosivas e corrosivos.
Art. 440 – As companhias interessadas em negócios de
inflamaveis, poderão construir tanques apropriados ao deposito
de tais gêneros em local que for designado pela municipalidade,
nas proximidades do atual entreposto municipal.
§ 1.º- Esses depósitos serão destinados exclusivamente a
guarda dos inflamaveis recebidos de navios tanques e não
envasados em latas ou tonéis.
§ 2.º - O transporte de navios tanques, aos depósitos e
destes ao consumo, deverá ser feito em embarcações
apropriadas. A distribuição, neste caso, deverá ser feita em
caminhões adequados, com dispositivos que evitem acidentes
de qualquer natureza.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 235

TITULO XXIV - DA POLICIA SANITÁRIA


SECÇÃO PRIMEIRA - DA HIGIENE DAALIMENTAÇÃO
Do comercio de gêneros alimentícios
Art. 441 – E proibida a exposição, venda ou consumo de
bebidas e gêneros alimentícios falsificados, contaminados,
deteriorados, ou modificados por (...) natares ou por acréscimo
de ingredientes estranhos ou adição de algum de seus elementos
em proporções anormais. Pena: de 100$000 (cem mil reis).
§ 1.º - E licito á municipalidade sem nenhuma obrigação
de indenizar-os, apreender tais gêneros onde quer que se
encontrem, pertençam ou não aquele em cujo poder ou guarda
se achem, podendo inutilizar-os ou destruir-os, sempre que, por
qualquer forma, não possam ser transformados ou aproveitados.
§ 2.º - Nesta ultima hiposite, os gêneros aproveitáveis
serão entregues a casas de caridade.
§ 3.º– São responsáveis pela inflacção deste artigo o
fabricante, o vendedor ou aquele que, de má, fé, tiver sob sua
guarda gênero alterado ou falsificado.
Art. 442 – Nos casos de suspeita, será interdita a venda ou
consumo dos gêneros afim de ser verificada a sua boa qualidade
e, até que seja conhecido o resultado do exame, o seu
proprietário ou depositário não poderá vender-os, no todo em
parte, nem retiral-os do local, sem previa licença da
municipalidade. Pena: multa de 100$000 (cem mil reis).
§ 1.º Único- Verificada a improcedência da suspeita, será
fornecido ao proprietário ou depositário dos gerenos, atestados
de livre venda.
236 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 443 – E permitido aos agentes da fiscalização visitar


os estabelecimentos ou depósitos de gerenos de primeira
necessidade, para colherem informações sobre a qualidade ou
estado dos gerenos expostos á venda ou em depósitos.
Art 444 - os gêneros vendidos ou expostos nas confeitarias,
pastelarias, ou semelhantes, serão resguardados contra a poeira
e as moscas, em caixas, receptáculos ou prateleiras com tampas
de vidros, exceto os contidos em envoltórios que por si já os
resguardam. Figuras exigidas são feitas ao comercio ambulantes
de pasteis, doces, confeitos e alimentos congêneres. Pena: multa
de 50$000 (cincoenta mil reis).
Art. 445 - Os vendedores de pão e outros produtos de
padaria devem trazer os cestos ou veículos que usarem
convenientemente cobertos ou fechados e com a indicação bem
visível de casa ou estabelecimentos respectivo. Pena: multa de
de 20$000 (vinte mil reis).
Art. 446 - Os mercadores ambulantes, de sorvetes,
refresco, caldos, bolos e demais produtos de pastelarias, são
obrigados a trazer os objetos de que se servirem para a condução
deles, perfeitamente asselados e cobertos, assim com informar
o local da produção ou manipulação dos gêneros que vendem.
Pena: multa de 20$000 (vinte mil reis).
§ Único- ficam ainda obrigados esses mercadosres
ambulantes ao uso de conchas e pinças metálicas, destinadas a
apanhar os artigos dos depósitos, taboleiros, etc.; não podendo
em hipótese nenhuma pagar-os com a mão, nem deixar que
algum neles pegue. Pena: multa de 20$000 (vinte mil reis).
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 237

Art. 447 – A venda ambulante de sorvetes, refresco e


gêneros similares, somente será permitida em recipientes
apropriados, de metal, louça, ou vidros hermeticamente
fechados, e que só poderão ser abertos no ato da venda. Pena:
multa de 20$000 ( vinte mil reis).
§ Único – No comercio ambulante de sorvetes e gelados,
e obrigatória a adoção de copos ou taças de papel, para uso
individual dos consumidores.
Art. 448. - E proibido empregar, na fabricação ou
manipulação dos gêneros alimentícios, água de má qualidade ou
proviniente de fontes contiguas e estrumeiras, pântanos, fossa,
esgotos, depósitos sanitários, etc. Pena: multa de 200$000 (
duzentos mil reis).
Art. 449 – Nenhum individuo afetado de moléstia
transmissíveis, ou atacado de moléstia infeciosa, poderá dirigir
ou ser empregado na fabricação, venda pena de multa de 100$000
ao respectivo padrão, e apreensão e inultilisação do produto.
§ Único – As exigências do presente artigo são extensivas
a empregados domésticos, casinheiras, copeiras, amas e
lavadeiras, os quais são obrigados ao porte de caderneta sanitária
expedida pela repartição de saúde publica, e a penalidade
incidirá sobre o padrão ou locador dos serviços.
Art. 450 – E proibido conservar gerenos alimentícios, de
qualquer espécie, em dormitórios, banheiros e gabinetes
sanitários. Pena:multa de 50$000 (cinqüenta mil reis).
Art. 451 – Nas padarias e fabricas de doces, massas,
açougues conservas e demais produtos alimentícios, os empregos
deverão fazer uso de gorro e vestuário apropriado, em rigoroso
estado de asseio, Pena: multa de 20$000 (vinte mil reis).
238 Códigos de Postura de São Luis/MA

SECÇÃO SEGUNDA - DO COMERCIO DA CARNE, MIÚDOS E


PEIXES
Art. 452 – Só nos matadouros públicos poderá ser abatido
gado vaca, suíno, lanígero e caprino, destinados ao consumo da
população das zonas central, urbana e suburbana.
§ 1.º - nesta proibição também se compreende a matancia
de gado das espécies mencionadas, em casas ou domicílios
particulares, exceto quando se tratar de animais de pequeno
porte, peso não superior a 15 quilos e destinados ao consumo da
família.
§ 2.º- A transgressão de qualquer dessas proibições
sujeitaria o infrator a multa de 200$000 e apreensão, se tratar
de gado bovino ou suíno.
§ 3.º- Tratando –se de gado caprino ou lanígero, a multa
serão de 50$000 ( cinqüenta mil reis).
Art. 453 – Todo animal destinados á matança sofrerá
inspecção médio- sanitário, antes e depois de abatido.
§ 1.º- Se do exame demonstrado que o animal não está
em condições de ser abatido, quer pelo seu estado de magreza
ou fadiga, quer por sofrer moléstia curável ou passageira, não
será admitido ao corte, sendo entregue ao proprietário.
§ 2.º- Se se verificar que o animal se achar afetado de
moléstia transmissível infecciosa e infectocontagiosa, será
recusado ao corte, bem como separado para ser sacrificado e
incinerado, sem que o proprietário tenha direito a qualquer
indenização.
§ 3.º - Tratando – se de gado caprino ou lanígero, poderá
ele ser abatido por conta do proprietário procedendo – se, no
entanto a exame posterior.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 239

Art. 454 – As carnes e vísceras dos animais abatidos serão


examinados pela autoridade sanitária.
§ 1.º - Verificando-se provirem as carnes, de animal doente
ou em extrema magreza, serão recusadas, por completo.
§ 2.º- Se o exame denunciar apenas lesões locais, que não
comprometam a saúde, serão retiradas as porções efetuadas e
entregues ao consumo as carnes e vísceras não comprometidas.
Art. 455 – Dar-se á rejeição total das carnes e vísceras
sempre que:
1) Não tiverem qualidade nutritiva, como as carnes
latinosas, procedentes de animais extremamente novos ou
extremamente magros, cacheticos e hidroemicos;
2) A sua ingestão puder ser prejudicial, com as carnes
putrefatas, urinosas, e as procedentes de animal febris, atacados
de piodemias, septicemia e (...), sob todas as suas formas, raiva,
tuberculose, (...), peste bovina, icterícia. Assim as de suínos
com tichinas, cisticercose, pneumonia e pneumoenterite e
infeciosa, e as dos bovinos e caprinos com varíola;
3) Tenham adquirido defeitos que as tornem impróprias
para a alimentação, tais como as que, apenas de não prejudiciais
á saúde, tiverem cheiro e gosto desagradáveis.
§ Único- Nos casos de cisticercose em suínos, será
permitido o aproveitamento do toucinho e das gorduras.
Art. 456 - As rejeições serão parciais nos casos fraturas,
ecchimoses, afeções locais dos pés, (...), pequenos abscesso
locais e tumores (...) não acompanhados de desnutrição, de
infecção sépticas ou de estado febril susceptível de produtos
graves alterações do organismo.
240 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 457 – O transporte de carne dos matadouros para o


mercado publico e para açougues, será (...) com a maior
celeridade, e em carros apropriados, de modo a evitar a sua
deterioração.
Art. 458 – E proibido a entrada de carnes verdes no
município, ainda que refrigeradas, conservadas e congelas, das.
Pena: multa de 200$000 e apreensão.
Art. 459 – A venda de carne seca salgada, oriunda de outros
municípios, somente será permitida a apresentação de atestado
medico passado no da mudança. Pena: multa de 50$000.
§ Único- se o local de origem não existir (...) a carne só
poderá ser vendida após o exame o (...) veterinário desta
municipalidade e pagamento das taxas devidas.
Art. 460 - Não podem ser abatidos para o (...):
1.º) os animais que não tenham permanecidos ao menos
24 horas nos pastos ou currais do matadouro;
2.º) os que estiverem fatigados;
3.º) as vacas com menos de 30 dias de paridas;
4.º) os animais recentemente castrados;
5.º) as vacas que estiverem com 7 meses, ou de prenhez.
Art. 461 – A venda ambulante de miúdos, freacas, banha e
toucinho, somente será permitida em (...) de zinco ou vidro,
com tampas guarnetes de tela metálica estreita em perfeito
estado de conservação e asseio. Pena: multa de 50$000.
1 - a venda desses gêneros não poderá ser depois das 12
horas. Pena: multa de 50$000.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 241

2 - Sujeitar-se á multa de 100$000, todo que vender carne


verde, cuja procedência não ser comprovada com o competente
guia fornecido ao matadouro.
Art. 462 - E proibida a venda de peixes, retalhado o nos
passeio dos logradouros públicos. Pena: multa de 20$000 e prisão
por 24 horas.
Art. 463 – Sujeitar-se-á multa de 20$000 aquele eu vender
peixes em mau estado de conservação.
Art. 464 – E proibida a exposição de carne ou peixe, de
qualquer espécie, á porta dos estabelecimentos e açougues. Pena:
multa de 50$000.
Art. 465 - Sujeitar-e –á multa de 100$000, além de suspensão
até um ano, o marchante que vender, nos seus açougues ou por
intermédio de seus distribuidores, carnes proveniente de
mudança clandestina.
Art. 466 – Não será permitida a venda ambulante de carne
verde. Os açougues, entretanto, poderão fazer a entrega a
domicílios, observado o que dispõem os arts. 379 e 461, não
podendo a capacidade do recipiente exceder a 30 quilos.
Art. 467 – a quem denunciar qualquer matança clandestina,
no município, será abonada metade da multa em que incorrer o
infrator, si verificada a procedência da denuncia.
Art. 468 – Os açougues deverão ser lavados, diariamente,
adicionando-se á água um pouco de cal sendo retirada, para ser
imediatamente salgada ou conservada em camara resfriada, toda
a carne que não tiver sido vendida até as 12 horas. Após a
lavagem, todos os utensílios- mesas, balcões, facas, serrotes e
balanças- serão protegidos por uma capa branca de pano,
conservada em perigo asseio.
242 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 469 – E proibido, nos açougues, qualquer gênero de


negocio estranho ao comercio de carne. Pena: multa de 50$000.
Art. 470 – Acarne somente será talhada com facas, e ossos
e cartilagens com serrotes adequados, ficando expressamente
proibido o uso de machadinhas e cepos. Pena: multa de 50$000.
§ Único – O retalhamento de carne será feito sobre banca
de madeira assentada em base de concreto.
Art. 471 – os cortadores ou vendedores de carnes, em
trabalho nos açougues, usarão avental que se estenda do colarinho
á altura dos joelhos, e gorro branco, rigorosamente limpos, sob
pena de multa de 20$000.
Art. 472 – Não poderão ser empregados no serviço de
açougues, pessoas que sofram de moléstia infeciosa, contagiosa
ou repugnante. Pena: multa de 200$000 ao patrão.
Art. 473 – Para efeito da venda de carne no varejo, fica
esta classificada do modo que se segue:
a) – carne especial – filet;
b) – carne de 1.ª: chá de dentro, alcatra e lombo da
costelinha;
c) – carne de 2.ª: carne braço, segredo e assim;
d) – carne de 3.ª: peito, lagarto, chá de fora, perna e
pescoço.
§ 1.º os ossos resultante das carnes de 1.ª e 2.ª não poderão
ser utilizados como contrapeso, na venda da carne de 3.ª classe.
§ 2.º - o trabalhador que desobedecer as determinações
desta classificação, terá matricula cancelada sujeitando- se,
ainda, á pena de 100$000 ( cem mil reis) de multa.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 243

Art. 474 – os diversos preços dessas carnes serão


estabelecidos duas veses por ano pela municipalidade, que,
depois de estudar as condições de compra e matança de gado,
determinara o preço médio para entrega da carne ao talhador
da carne classificada. O beneficio dado ao talhador não poderá
exceder de 10%.
Art. 475 – a diferença entre os preços estabelecidos entre
dois tabelamentos não poderá exceder de 20%. No caso em que
esse limite não possa ser mantido, a municipalidade determinará
parte da matança por sua conta e estudará as condições de venda
aos talhadores.
Art. 476 – Durante a vigência do estabelecimento, não
será permitida a venda de carne verde pelo preço abaixo do
estabelecimento, antes de 11 horas da manhã; depois dessa hora,
a carne verde poderá sofrer uma redução não superior a 100reis
por kilo, até o meio dia, quando a carne não vendida deverá ser
salgada, ficando terminantemente proibida a venda da carne a
abaixo custo. Pena: multa de 100$000 e suspensão do talhador,
agravada esta pena com a cassação de matricula, no caso de
reincidência.
Art. 477 – Nenhum talhador poderá se encarregar da venda
de carne verde em quantidade total superior a 250 kilos, podendo.
Entretanto, essa carne provir de gados diversos ( suínos, bovinos,
etc.). E obrigatório, contudo, a entrega aos talhos e açougues,
de carnes que compreendam as classes a que se refere a Art.
473. Pena: multa de 200$000 ( duzentos mil reis).
Art. 478 – Os talhadores só poderão funcionar trabalhando
por conta própria, si tomarem a si a responsabilidade da
propriedade ou aluguel dos talhos e pertences e a compra da
carne no matadouro aos marchantes. Em caso contrario, serão
admitidos como empregados dos marchantes, que serão por eles
responsáveis.
244 Códigos de Postura de São Luis/MA

SECÇÃO TERCEIRA - DO COMERCIO DE LEITE - DOS


ESTÁBULOS
Art. 479 – A fiscalização do comercio do leite e da
instalação e higiene dos estábulos, compete á diretoria de
produção, de acordo com instruções dos departamentos de saúde
do estado e da união.
§ 1.º - Nenhum estábulo poderá ser instalado nas zonas
urbanas e suburbana. Sem que satisfaça as exigências deste
código, no que diz respeito á sua construção e sem que esteja
legalmente registrado na diretoria de produção.
§ 2.º - Para que se proceda ao registro, o proprietário do
estábulo deverá requerer o, em petição dirigida ao prefeito, e
especificação o numero de animais leiteiro, numero de
revendedores que deverão ser devidamente matriculados nesta
municipalidade.
Do asseio dos logradouros e coleta do lixo
Art. 480 – os logradouros públicos nas zonas centrais e
urbanas, serão varridos diariamente, a partir de 22 horas, sendo
o lixo recolhido a veículos estanques e cobertos, e assim
conduzidos para a incineração.
§ Único – Na zona central, haverá o serviço diário de
limpeza e apanhamento de pequeno lixo, papeis, pontas de
cigarro e demais detritos, de modo a manter permanentemente
limpos os passeios e o leite das vias publicas.
Art. 431 – Todo proprietário ou inquilino que lançar para a
via publica, ou para terrenos e casas visinhas, por meio de cano
de escoamento de suas pluviais, águas sujas ou servidas, sujeitar-
se-á multa de:
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 245

1.º)- 500$000 na zona central;


2.º) – 200$000 na zona urbana;
3.º) – 50$000 na zona suburbana.
Art. 482 - E obrigatório a remoção diária do lixo das
habitações, hotéis, hospedarias, casas de pensão, colégios,
hospitais, casas comerciais ou quaisquer estabelecimento publico
ou particular.
§ 1.º - o lixo será depositado em recipiente estanques,
cobertos e providos de alça, não sendo admitido o uso de latas
comum, caixões, cofos ou outros receptáculos semelhante. Pena:
multa de 20$000.
§ 2.º - Serão removidos juntamente com o lixo os depósitos
que não satisfaçam as condições deste artigo, sem embargo da
pena de multa a que se refere o parágrafo anterior.
§ 3.º - Se os depósitos forem danificados pelos
encarregados da limpeza publica, será o responsável obrigado a
indenização dos seus vencimentos, se necessária sem prejuízo
de outras penalidades administrativas.
§ 4.º - Não se consideram lixo resíduo de fabricas e oficinas,
restos de matérias de construção entulhos provenientes de
demolições, materiais escrementicias e restos de forragens de
cocheiras e estábulos, cofos, palhas e outros resíduos de casas
comerciais, terra, folhas e galhos de arvores dos jardins e quintas
e quintais particulares, os quais serão removidos á custa dos
respectivos proprietários ou inquilinos.
§ 5.º - Em casos especiais, mediante requerimento do
interessado e o juízo do prefeito, poderá administração municipal
determinar a remoção do resíduo constantes do parágrafo
anterior, cobrara as despesas do transporte, acrescidas de 20%
(...) administração.
246 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 483 – Fica proibido deixar nos passeios depósitos de


lixo, os quais devem ser apanhados pela empregados do serviço
de coleta no interior dos prédios, ou as suas entradas, portões
ou corredores, no afastamento mínimo de metro do alinhamento
do logradouro publico a ali repostos depois da coleta. Pena:
multa de 20$000.
Art. 484 – Os hotéis, casas de pensão, estabelecimentos
industriais e comerciais e as casas de (...) coletiva ou particular
terão tantos recipientes para deposito de lixo, quantos forem
necessário juízo da prefeitura, não sendo permitido recipiente
que depois de cheio exceda de 20 (vinte) kilo
Art. 485. - O serviço de coleta do lixo (...)será feita das 6
ás 9 horas, ou em outras que a prefeitura determinar, o serviço
de capina ao logradouros públicos não podendo, entretanto,
exceder 3 horas de trabalho.
Do asseio e higiene das habitações
Art. 486 – Não é permitido acumular, n,os pateos e quintais
das habitações, lixos, restos de cozinha, estrumes, animais mortos
e resíduo e qualquer natureza. Pena: multa de 20$000.
Art. 487 – E terminantemente proibido, nas zonas central,
urbana e suburbana, criar porcos, sob pena de multa de 50$000,
e obrigação de recolhe- os, imediatamente, ao matadouro.
Art. 488 – os proprietários locatários, seus procuradores
ou prepostos, são obrigados a facilitar aos agentes da
municipalidade a visita dos prédios. Pena de 50$000, em cada
caso de recusa.
Art. 489 – O inquino de qualquer habitação, é obrigado a
conservar a em bom estado de asseio e higiene, comunicando a
municipalidade qualquer recusa, por parte do proprietário ou
seu representante, em efetuar os serviços ou obras necessárias a
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 247

tal fim. Por asseio e higiene compreende- se a pintura interna e


externa, em intervalos não superiores a 3 (três) anos a substituição
ou reparação de soalhos e tetos, manutenção do telhado,
permanentemente, em bom estado; conservação dos gabinetes
sanitários e vasos com tampa envernizara ou laqueada,
funcionamento das caixas de descargas e chuveiros. Pena: multa
de 200$000 e interdição, se findo o prazo de forem iniciadas as
obras de limpeza e salubridade.
Art. 490 – A municipalidade poderá interditar, (...) o
qualquer prédio que, pelas suas, mas condições de limpezas e
salubridade possam trazer perigo a saúde dos vizinhos.
Art. 491 – A municipalidade, por intermédio do serviço de
salubridade das habitações, manterá um cadastro sanitário, no
qual os prédios serão classificados em bons, sofríveis e insalubres,
de acordo com a coincidência ou afastamento menor ou maior,
das condições estabelecidas neste código.
§ 1.º - Para a classificação a que se refere este artigo, a
poderá colaborar com os serviços de saúde do estado e do
ministério da educação e saúde publica.
§ 2.º - Os proprietários de prédios classificados como
sofríveis, sujeitam se a executar as obras que lhes forem
recomendadas pelo serviço de salubridade das habitações, dentro
do prazo Maximo de 6 meses,sob pena de interdição.
§ 3.º - Os prédios classificados como insalubres, serão
interditados, in continenti.
Art. 492 – Nenhum prédio declarado interdito poderá ser
utilizado pelo proprietário ou inquilino, para qualquer mister; e
desde a data da interdição, esta considerado como não construído
e assim sujeito aos impostos sobre terrenos baldios, ate que o
proprietário o ponha em condições de habitabilidade.
248 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 493 – Se, observadas as determinações deste código


o prédio interditado não permitir, pela sua estrutura, plano e
materiais com que o tornem salubre, a municipalidade declara-
o- á inabitável, e marcara ao proprietário o prazo dentro do
qual devera demoli-o ou reconstruir- o no alinhamento e nível
que lhe forem dados.
§ Único – Terminado o prazo, se o proprietário não houve
feito a demolição ou reconstrução, será multado em 300$00,
seguindo- se a demolição mandada proceder pela municipalidade,
custa daquele.
Art. 494 – Nenhuma licença para reconstrução, reforma ou
concerto, poderá ser concedida para prédio com menos de 5,00MS
(cinco metros) de fachada, em ruas cujas larguras seja inferior a
9,00MS.; ou com menos de 7,00MS (sete metros de fachada),
quando a largura da rua exceder a 9,00MS (nove metros) o prédio
estiver situado em praças ou largos.
Art. 495 – Os prédios em ruínas, os interditos, os que se
encontrem fora do alinhamento e os terrenos baldios, sujeitam-
se a taxas de melhoramento anuais e progressivas, na razão de
um argumento de 20% cada ano, em relação á taxa do ano anterior
e para o mesmo proprietário.

TITULO XXV - SECÇÃO ÚNICA


DA ESTATÍSTICA MUNICIPAL
Art. 496 – A municipalidade manterá um serviço de
estatística e publicidade, por intermédio do qual fará o estudo
demográfico, sanitário, econômico e financeiro da vida
municipal, o qual servirá como base de organização do plano da
cidade e orçamentos municipais; propaganda do plano de
administração e dos atos municipais, e de tudo mais que interesse
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 249

a vida da cidade, mantendo- se em permanente comunicação


com as demais cidades brasileiras e institutos de estatística.
Art. 497 – Os estabelecimentos particulares de filantrópica
e de educação primaria, secundaria ou superior, os
estabelecimentos industrias, fabris e comerciais, empresas,
associações do mesmo gênero e sociedades de qualquer natureza
existentes no município, são obrigados a fornecer para o serviço
de estatística e publicidade, mediante requisição oficial, ou por
intermédio do funcionamento designado para esse serviço, todos
os dados e informações que convenham a estatística municipal.
§ Único – Os diretores, gerentes ou proprietários de
associações, empresas e estabelecimento, a que se refere este
artigo, que se negarem a fornecer os dados estatísticos
requisitados, ou os adulterar, incorrerão na multa de 100$000
(cem mil reís).

TITULO XXVI - BENEFÍCIOS LOCAIS


Art. 498 – A municipalidade obriga- se a realizar quaisquer
obras de melhoramento urbano, de caráter definitivo, tais como
calçamento, arborização, galerias de água pluviais, alargamento
de ruas, meios fios, iluminação desde que, pelo menos, 60% dos
proprietários, ribeirinhos aos logradouros o requeiram,
respondente e no caso de alargamento de rua com os novos
alinhamentos determinados pelo alargamento da via ou logradouro
e questão, independentemente de indenização da faixa de
terreno entregue desde que essa faixa não exceda de 20% da
área do lote respectivo.
§ 1.º - Quando o logradouro a ser melhorado tiver caráter
local, a taxa de beneficio deverá corresponder ao pagamento
em globo dos serviços efetuados, e será cobrada por metro de
250 Códigos de Postura de São Luis/MA

frente. A despesa com a parte correspondente aos cruzamentos


correrá por conta da municipalidade.
§ 2.º - Quando o logradouro a receber melhoramento,
tiver caráter local ou regional, a taxa de beneficio a ser cobrada
aos proprietários ribeirinhos deverá corresponder a uma largura
igual a 12 metros (incluindo o passeio) dividida entre os
proprietários marginais, e em partes iguais e proporcionais as
frentes dos diversos imóveis. A despesa corresponde a faixa
excedente da largura de 12,00MS, (doze metros), correrá por
conta da municipalidade, que poderá dividir- a com os
proprietários cujos imóveis, ainda que não se achem nas margens
do logradouro em questão, se beneficiem, indiretamente. Esse
imóvel, assim, taxado, deverá, contudo, se achar numa distancia
tão superior a 200 metros do logradouro.
§ 3.º- Quando o logradouro se destinar a embelezamento
da cidade, sem nenhum caráter local tais como parques
municipais, hortos florestais, campos de esporte, de viação,
avenidas decorativas, monumentos, praças de circulação e de
perspectivas, vias de circulações destinadas ao trafego geral da
cidade, vias comerciais de grande circulação- os serviços
correrão por conta da municipalidade, que determinara as
desapropriações necessárias aos traçados dos logradouros, e ao
aproveitamento de suas áreas marginais, de modo a serem
loteadas para permitirem edificações compatíveis com o
zoneamento e caráter da via.
§ 4.º - Quando o logradouro a ser melhorado tiver
propriedades somente em um dos lados, os donos destas pagarão
como se o logradouros tivesse os dois lados ocupados, cabendo
a municipalidade pagar a parte correspondente ao outro lado.
§ 5.º - Uma vez executados os trabalhos a que se refere o
parágrafo anterior, a municipalidade poderá dividir as áreas
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 251

marginais em lotes apropriados ao zoneamento, e vender-os, na


forma de lei, de modo a cobrir as despesas feitas ate o final dos
serviços, acrescidos de 10%.
§ 6.º - A forma e pagamento das indenizações obedecerão
as leis federais e estaduais que regem a matéria. Esse pagamento
será feito a dinheiro ou em títulos especiais, ditos de benefícios
urbanos, emitidos pela municipalidade, mediante autorização
do estado, se assim preferirem os artigos proprietários.
§ 7.º- Esses títulos deverão render um juro Maximo de 4%
ao ano e serão resgatados no prazo Maximo de 25 anos.
§ 8.º - Os títulos de benefícios urbanos a se refere o
parágrafo anterior, poderão ser resgatados com 20% acima do
valor nominal, quando aplicados na compra dos lotes de terrenos
a que se refere o parágrafo 2.º.
Art. 499 – A municipalidade poderá criar uma caixa e serviço
especial, autônomos em tudo que se refere as transações de
caráter comercial, referentes aos artigos e parágrafos anteriores.

TITULO XXVII - DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 500 – Fica, para os efeitos desta lei, autorizado governo
municipal a reorganizar o seu quadro administrativo, de modo a
poder dar inteiro cumprimento as disposições desde código.
Art. 501. - E licito ao prefeito, em casos especiais e a seu
critério, ordenar, por escrito, o cumprimento da lei sob pena de
desobediência ( Art. 135 do código penal) e, sendo desobedecida
ou transgredida a ordem, poderá ser aplicada ao infrator a pena
de prisão, alem de outras em que incorrer.
Art. 502 – A prefeitura poderá solicitar o auxilio e
coadjuvação da policia, dos órgãos sanitários do estado e da
252 Códigos de Postura de São Luis/MA

união, do conselho regional de engenheiros e arquitetos, toda


vez que for necessário o concurso destes órgãos.
§ Único – Nos casos de urgência, qualquer funcionamento
da prefeitura poderá pedir diretamente as autoridades policiais
todo auxilio de que carecer para boa e fiel execução das posturas,
leis e regulamentos do município.
Art. 503 – Todo aquele que injuriar a qualquer autoridade
ou empregado municipal no legitimo exercício de suas funções,
ou portar- se sem o devido respeito e compostura dentro de
qualquer dependência da municipalidade, incorrerá em multa
variando de 100$000, alem da responsabilidade criminal a que
ficar sujeito.
§ 1.º - Se infrator for funcionário municipal sujeitar- se á
pena de demissão.
§ 2.º- A autoridade ou empregado municipal requisitaria,
se necessário, o auxilio da força publica e enviará circunstanciada
exposição do fato, com a declaração das testemunhas, ao
procurador fiscal, que agirá como de direito.
Art. 504 – Todo aquele que, a qualquer titulo, estiver em
debito para com a municipalidade, não poderá com ela tratar
nem ser por ela atendido sem, primeiramente, quitar-se com os
cofres municipais, salvo
a) - Quando se tratar de execução de serviço de alta
urgência, referente à saúde publica ordenado pelos órgãos
administrativos do estado, da união ou do município, e para o
qual seja necessária licença municipalidade.
b) - Quando se tratar de demolição ou concerto urgentes
de prédio, determinados pela municipalidade.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 253

Art. 505 – Será arbitrada pelo prefeito, entre 20$000 e o


limite Maximo estabelecido na lei estadual, toda multa cuja
importância estiver fixada neste código.
Art. 506 – Na secretaria da municipalidade será posto á
disposição dos (...) livro de queixas, que em caso algum poderão
ser negado a quem o solicitar, e no qual serão escritas
reclamações, que deverão ser precisas quanto ao objeto e pessoas
que envolver.
Art. 507 – Os casos não previstos neste código serão
resolvidos pelo prefeito municipal.
Art. 508 – Revogam-se as disposições em contrario.
CÓDIGO DE POSTURA DE 1968

LEI Nº 1.790 DE 12 DE MAIO DE 1968


CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS


CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Código contém as medidas de polícia
administrativa a cargo do Município, em matéria de higiene, de
ordem pública e funcionamento nos estabelecimentos comerciais
e industriais, estatuindo as necessárias relações entre o poder
público local e os munícipes.
Art. 2º - Ao prefeito e, em geral, aos funcionários
municipais incumbe velar pela observância dos preceitos deste
Código.
CAPÍTULO II - DAS INFRAÇÕES E DAS PENAS
Art. 3º Constitui infração toda ação ou omissão contrária
às disposições deste Código ou de outras leis, decretos, resoluções
ou atos baixados pelo governo municipal no uso do seu poder de
polícia.
256 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 4º Será considerado infrator todo aquele que cometer,


mandar, constranger, ou auxiliar alguém a praticar infrações e,
ainda, os encarregados da execução das leis que, tendo
conhecimento da infração, deixarem de autuar o infrator.
Art. 5º A pena, além de impor a obrigação de fazer
ou,desfazer, será pecuniária e constituirá em multa observados
os limites máximos estabelecidos neste Código.
Art. 6º A penalidade pecuniária será judicialmente
executada se imposta de forma regular e pelos meios hábeis,
quando o infrator se recusar a satisfazê la no prazo.legal.
§ 1º A multa não paga no prazo regulamentar, será incluída
em dívida ativa.
§ 2º Os infratores que estiverem em débito de multa não
poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem
com a prefeitura, participar da concorrência, coleta ou tomada
de preços, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza
ou transacionar a qualquer título com administração municipal.
Art. 7º As multas serão impostas em grau mínimo, médio
ou máximo.
Parágrafo único: Na imposição da multa, e para graduá la,
ter se á em vista:
I. A maior ou menor gravidade da infração;
II. As suas circunstâncias atenuantes ou agravantes;
III. Os antecedentes do infrator com relação às disposições
deste Código.
Art. 8º Nas reincidências, as multas serão cominadas em
dobro.
Parágrafo Único: Reincidente é o que violar preceito deste
Código por cuja infração já tiver sido autuado e punido.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 257

Art. 9º As penalidades a que se refere este Código não


isentam o infrator da obrigação de reparar o dano resultante da
infração, na forma do Art. 159 do Código Civil.
Parágrafo único: Aplicada a multa não fica o infrator
desobrigado do cumprimento da exigência que houver
determinado.
Art. 10 Nos casos de apreensão, a coisa apreendida será
recolhida ao depósito da Prefeitura, quando a isto não se prestar
a coisa ou quando a apreensão se realizar fora da cidade, poderá
ser depositada em mãos de terceiros, ou do próprio detentor,
se idôneo, observadas as formalidades legais.
Parágrafo único: A devolução a coisa apreendida só se
fará depois de pagas as multas que tiverem sido aplicadas e
indenizada à Prefeitura das despesas que tiverem sido feitas
com a apreensão, o transporte e o depósito.
Art. 11 No caso de não ser reclamado e retirado dentro
de 60 (sessenta) dias, o material apreendido será vendido em
hasta pública pela Prefeitura, sendo aplicada a importância
apurada na indenização das multas e despesas que trata o artigo
anterior e entregue qualquer saldo ao proprietário, mediante
requerimento devidamente instruído e processado.
Art. 12 Não estilo sujeitos diretamente às penas definidas
neste Código:
I. Os incapazes na forma da lei;
II. Os que forem coagidos a cometer a infração.
Art. 13 Sempre que a infração for praticada por qualquer
dos agentes a que se refere o artigo anterior, a pena recairá:
I. Sobre os pais, tutores ou pessoas sob cuja guarda estiver
o, menor;
258 Códigos de Postura de São Luis/MA

II. Sobre o curador ou pessoa sob cuja guarda estiver o


demente;
III. Sobre aquele que der causa a contravenção forçada.
CAPÍTULO III - DOS AUTOS DE INFRAÇÃO
Art. 14 Auto de infração é o instrumento por meio do qual
a autoridade municipal apura a violação das disposições deste
Código e de outras leis, decretos e regulamentos do Município.
Art. 15 Dará motivo à lavratura de auto de infração
qualquer violação das normas deste Código que for levada ao
conhecimento do prefeito ou dos chefes de serviço, por qualquer
servidor municipal ou qualquer pessoa que a presenciar, devendo
a comunicação ser acompanhada de prova ou devidamente
testemunhada.
Parágrafo único: Recebendo tal comunicação, a autoridade
competente ordenará, sempre que couber, a lavratura do auto
de infração.
Art. 16 Ressalvada a hipótese do parágrafo único do Art.
186 deste Código, são autoridades para lavrar o auto de infração
os fiscais ou outros funcionários para isso designados pelo prefeito.
Art. 17 É autoridade para confirmar os autos de infração e
arbitrar multas o prefeito ou seu substituto legal, este quando
em exercício.
Art. 18 Os autos de infração obedecerão a modelos
especiais e conterão obrigatoriamente:
I. O dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;
II. O nome de quem o lavrou, relatando se com toda a
clareza o fato constante da infração e os pormenores que possam
servir de atenuante ou de agravante à ação;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 259

III. O nome do infrator, sua profissão, idade, estado civil


e residência;
IV. A disposição infringida;
V. A assinatura de quem o lavrou, do infrator e de duas
testemunhas capazes, se houver.
Art. 19 Recusando se o infrator a assinar o auto, será tal
recusa averbada no mesmo pela autoridade que o lavrar.
CAPÍTULO IV - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Art. 20 0 infrator terá o prazo de sete dias para apresentar
defesa, devendo fazê la em requerimento dirigido ao prefeito.
Art. 21 Julgada a improcedente ou não sendo a defesa
apresentada no prazo previsto, será imposta a multa ao infrator,
o qual será intimado a reconhecê la dentro do prazo de 05 (cinco)
dias.

TÍTULO II - DA HIGIENE PÚBLICA


CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22 A fiscalização sanitária abrangerá especialmente a
higiene e limpeza das vias públicas, das habitações, incluído
todos os estabelecimentos onde se fabriquem ou vendam bebidas
e produtos alimentícios, e dos estábulos, cocheiras e pocilgas.
Art. 23 Em cada inspeção em que for verificada
irregularidade, apresentará o funcionário competente um
relatório circunstanciado, sugerindo medidas ou solicitando
providências a bem da higiene pública.
Parágrafo único: A Prefeitura tomará as providências
cabíveis ao caso, quando o mesmo for da alçada do Governo
Municipal, ou remeterá cópia do relatório às autoridades federais
260 Códigos de Postura de São Luis/MA

ou estaduais competentes, as providências necessárias forem da


alçada das mesmas.
CAPÍTULO II - DA HIGIENE DAS VIAS PÚBLICAS
Art. 24 O serviço de limpeza das ruas, praças e logradouros
públicos será executado diretamente pela Prefeitura ou por
concessão.
Art. 25 os moradores são responsáveis pela limpeza de
passeio e sarjeta fronteiriços à sua residência,
§ 1º - A lavagem ou varredura do passeio e sarjeta deverá
ser efetuada em hora conveniente e de pouco trânsito.
§ 2º É absolutamente proibido em qualquer caso, varrer
lixo ou detritos sólidos de qualquer natureza para os ralos
logradouros públicos.
Art. 26 É proibido fazer varredura do interior dos prédios,
dos terrenos e dos veículos, para a via pública, e bem despejar
ou atirar papéis, anúncios, reclames ou qualquer detrito sobre o
leito de logradouros públicos.
Art. 27Aninguém é lícito, sob qualquer pretexto, impedir
ou dificultar o livre escoamento das águas pelos canos, valas,
sarjetas ou canais das vias públicas, danificando ou obstruindo
tais servidões.
Art. 28 Para preservar de maneira geral a higiene pública,
fica terminantemente proibido:
I. Lavar roupas em chafarizes, fontes ou tanques situados
nas vias públicas;
II. Consentir o escoamento de água servida das residências
para a rua,
III. Conduzir, sem as precauções devidas, quaisquer
materiais que possam comprometer o asseio das vias públicas;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 261

IV. Queimar, mesmo nos próprios quintais, lixo ou quaisquer


corpos em quantidade capaz de molestar a vizinhança;
V. Aterrar vias públicas, com lixo, materiais velhos ou
quaisquer detritos:
VI. Conduzir para a cidade, vilas ou povoações do
Município, doentes portadores de moléstias infectocontagiosas,
salvo com as necessárias prestações de higiene ou para fins de
tratamento.
Art. 29 É proibido comprometer, por qualquer forma, a
limpeza das águas destinadas ao consumo público ou particular.
Art. 30 É expressamente proibida a instalação dentro do
perímetro da cidade e povoações, de indústrias que pela natureza
dos produtos, pelas matérias primas utilizadas, pelos combustíveis
empregados, ou por qualquer outro motivo, possam prejudicar
a saúde pública.
Art. 31 Não é permitido, senão à distância de 800,00 m
(oitocentos metros) das ruas e logradouros públicos, a instalação
de estrumeiras, ou depósitos em grande quantidade, de estrume
animal não beneficiado.
Art. 32 Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será
imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do salário
mínimo vigente na região.
CAPÍTULO III - DA HIGIENE DAS HABITAÇÕES
Art. 33 As residências urbanas ou suburbanas deverão ser
caiadas e pintadas de modo que venham dar uma melhor
aparência ao logradouro.
Art. 34 Os proprietários ou inquilinos são obrigados a
conservar em perfeito estado de asseio os seus quintais, pátios,
prédios e terrenos.
262 Códigos de Postura de São Luis/MA

Parágrafo único: Não é permitida a existência de terrenos


cobertos de inatos pantanosos ou servindo de depósito de dentro
dos limites da cidade, vilas e povoados.
Art. 35 Não é permitido conservar águas estagnadas nos
quintais ou pátios dos prédios situados na cidade, vila ou povoados.
Parágrafo único: As providências para o escoamento das
águas estagnadas em terrenos particulares competem ao
respectivo proprietário.
Art. 36 O lixo das habitações será recolhido em vasilhas
apropriadas providas de tampas, em sacos plásticos e similares.
Parágrafo único: Não serão considerados como lixo ou
resíduos de fábricas e oficinas, os restos de materiais de
construção, os entulhos provenientes de demolições, as matérias
excrementícias e restos de forragem das cocheiras e estábulos,
as palhas e outros resíduos das casas comerciais, bem como terra,
folhas e galhos dos jardins e quintais particulares, os quais serão
removidos à custa dos respectivos inquilinos ou proprietários.
Art. 37 As casas de apartamentos e prédios de habitação
coletiva deverão ser dotados de instalação incineradora e
coletora de lixo, esta convenientemente ente disposta,
perfeitamente vedada e dotada de dispositivos para limpeza e
lavagem.
Art. 38 Nenhum prédio situado em via pública dotada de
rede de água e esgoto poderá ser habitado sem que disponha
dessas utilidades e seja provido de instalações sanitárias.
§ 1º Os prédios de habitação coletiva terão abastecimento
d’água, banheiras e privadas em número proporcional ao dos
seus moradores.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 263

§ 2º Não serão permitidas nos prédios da cidade, das vilas


e dos povoados, providos de rede de abastecimento d’água, a
abertura ou a manutenção de cisternas,
Art. 39 As chaminés de qualquer espécie de fogões de
casas particulares, de restaurantes, pensões, hotéis e de
estabelecimentos comerciais e industriais de qualquer natureza,
terão altura suficiente para que a fumaça, a fuligem ou outros
resíduos que possam expelir não incomodem os vizinhos.
Parágrafo único: Em casos especiais, a critério da
Prefeitura, as chaminés poderão ser substituídas por
aparelhamento eficiente que produz idêntico efeito.
Art. 40 Na infração de qualquer artigo deste capítulo será
imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do salário
mínimo vigente na região.
CAPÍTULO IV - DA HIGIENE DAALIMENTAÇÃO
Art. 41 A Prefeitura exercerá, em colaboração com as
autoridades sanitárias do Estado, fiscalização sobre a produção,
o comércio e o consumo de gêneros alimentícios em geral.
Parágrafo único: Para os efeitos deste Código, consideram
se gêneros alimentícios todas as substâncias, sólidas ou líquidas,
destinadas a ser ingeridas pelo homem, excetuados os
medicamentos.
Art. 42 Não será permitida a produção, exposição ou venda
de gêneros alimentícios deteriorados, falsificados, adulterados
ou nocivos à saúde, os quais serão apreendidos pelo funcionário
encarregado da fiscalização e removidos para local destinado à
inutilização dos mesmos.
§ 1º A inutilização dos gêneros não eximirá a fábrica ou
estabelecimento comercial do pagamento das multas e demais
penalidades que possam sofrer em virtude da infração.
264 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 2º A reincidência na prática das infrações previstas neste


artigo deter minará a cassação da licença para o funcionamento
da fábrica ou casa comercial.
Art. 43 Nas quitandas e casas congêneres, além das
disposições gerais concernentes aos estabelecimentos de gêneros
alimentícios, deverão ser observadas ainda o seguinte:
I. O estabelecimento terá, para depósito de verduras,
que devam ser consumidas sem coação, recipientes ou
dispositivos de superfície impermeável e à prova de moscas,
poeira e quaisquer contaminações;
II. As frutas expostas à venda serão colocadas sobre mesas
ou estantes, rigorosamente limpas e afastadas um metro, no
mínimo, das ombreiras das portas externas;
III. As gaiolas para aves serão de fundo móvel, para facilitar
a sua limpeza, que será feita diariamente.
Art. 44 É proibido ter em depósito ou expostos à venda:
I. Aves doentes;
II. Frutas não sazonadas;
III. Legumes, hortaliças, frutas ou ovos deteriorados.
Art. 45 Toda a água que tenha de servir na manipulação ou
preparo de gêneros alimentícios, desde que não provenha
abastecimento público, deve ser comprovadamente pura.
Art. 46 O gelo destinado ao uso alimentar deverá ser
fabricado com água potável, isenta de qualquer contaminação.
Art. 47 As fábricas de doces e de massas, as refinarias,
padarias, confeitarias e os estabelecimentos congêneres deverão
ter:
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 265

I. O piso e as paredes das dependências de elaboração


dos produtos, revestidos de ladrilhos até a altura dos 2,50 m
(dois metros e cinqüenta centímetros);
II. As salas de preparo dos produtos com as janelas e
aberturas coladas e à prova de moscas,
Art. 48 Não é permitido dar ao consumo carne fresca de
bovinos, suínos ou caprinos que não tenham sido abatidos em
matadouro sujeito à fiscalização.
Art. 49 Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será
imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 120% do salário
mínimo vigente na região,
CAPÍTULO V - DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS
Art. 50 Os hotéis, restaurantes, bares, cafés, botequins e
estabelecimentos congêneres deverão observar o seguinte:
I. A lavagem da louça e talheres deverá fazer se em água
corrente, não sendo permitida sob qualquer hipótese a lavagem
em baldes, tonéis ou vasilhames;
II. A higienização da louça e talheres deverá ser feita com
água fervente;
III. Os guardanapos e toalhas serão de uso individual;
IV. Os açucareiros serão do tipo que permitam a retirada
do açúcar sem o levantamento da tampa;
V. A louça e os talheres deverão ser guardados em armários,
com portas e ventilados, não podendo ficar expostos à poeira e
às moscas.
Art. 51 - Os estabelecimentos a que se refere o artigo,
anterior são obrigados a manter seus empregados ou garçons
limpos, convenientemente trajados, de preferência
uniformizados.
266 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 52 Nos salões de barbeiros e cabeleireiros é


obrigatório o uso de toalhas e golas individuais.
Parágrafo único: Os oficiais ou empregados usarão durante
o trabalho blusas brancas, apropriadas, rigorosamente limpas.
Art. 53 Nos hospitais, casas de saúde e maternidade
deverão obedecer às normas estabelecidas pelo Ministério da
Saúde.
Art. 54 A instalação dos necrotérios e capelas mortuárias
será feita em prédio isolado, distante, no mínimo, 20,00 m (vinte
metros) das habitações vizinhas e situadas de maneira que o seu
interior não seja devassado ou descortinado.
Art. 55 As cocheiras e estábulos existentes na cidade, vilas
ou povoações do Município deverão, além da observância de
outras disposições deste Código, que lhes forem aplicadas,
obedecer ao seguinte:
I. Possuir muros divisórios, com 3,00 m (três metros) de
altura mínima, separando as dos terrenos limítrofes;
II. Conservar a distância mínima de 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros) entre a construção e a divisa do lote;
III. Possuir sarjetas de revestimento impermeável para
águas residuais e sarjetas de contorno para as águas das chuvas;
IV. Possuir depósito para estrume, à prova de insetos e
com a capacidade para receber a produção de 24:00h (vinte e
quatro horas), a qual deve ser diariamente removida para a
Zona Rural;
V. Possuir depósito para forragens, isolado da parte
destinada aos animais e devidamente vedado aos ratos;
VI. Manter completa separação entre os possíveis
compartimentos para empregados e a parte destinada aos animais;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 267

VII. Obedecer a um recuo de pelo menos 20,00 m (vinte


metros) do alinhamento do logradouro.
Art. 56 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo,
será imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do
salário mínimo vigente na região.

TÍTULO III - DA POLÍCIA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM


PÚBLICA
CAPÍTULO I - DA MORALIDADE E DO SOSSEGO PÚBLICO
Art. 57 É expressamente proibida às casas comerciais ou
aos ambulantes, a exposição ou a venda de gravuras, livros ou
jornais pornográficos ou obscenos,
Parágrafo único: A reincidência na infração deste artigo
determinará a cassação da licença de funcionamento.
Art. 58 Não serão permitidos banhos nos rios, córregos ou
lagoas do Município, exceto nos locais designados pela Prefeitura
como próprios para banhos ou esportes náuticos.
Art. 59 Os participantes de esportes ou banhistas deverão
tratar se com roupas apropriadas.
Am. 60 Os proprietários de estabelecimentos em que se
vendam bebidas alcoólicas serão responsáveis pela manutenção
da ordem nos mesmos,
Parágrafo único As desordens, algazarras ou barulhos,
porventura verificados nos referidos estabelecimentos, sujeitarão
os proprietários à multa, podendo ser cassada a licença para seu
funcionamento nas reincidências.
Art. 61 É expressamente proibido perturbar o sossego
público com ruídos ou sons excessivos evitáveis, tais como:
268 Códigos de Postura de São Luis/MA

I. Os de motores a explosão desprovidos de silenciosos ou


com estes em mau estado de funcionamento;
II. Os de buzinas, clarins, tímpanos, campainhas ou
quaisquer outros aparelhos;
III. A propaganda realizada com alto falantes, bombas,
tambores, cornetas, etc. sem prévia autorização da Prefeitura;
IV. Os produzidos por arma de fogo,
V. Os de morteiros, bombas e demais fogos ruidosos;
VI. Os de apitos ou silvos de sereias de fábricas, cinemas
ou estabelecimentos outros por mais de trinta segundos ou depois
das 22:00 h (vinte e duas horas);
VII. Os batuques, congados e outros divertimentos
congêneres, sem licença das autoridades.
Parágrafo único: Excetuam se das proibições deste artigo:
I. Os tímpanos, sinetas ou sirenas dos veículos de
assistência, corpo de bombeiros e polícia, quando em serviço;
II. Os apitos das rondas e guardas policiais.
Art. 62 Nas igrejas, conventos e capelas, os sinos não
poderão tocar antes das 5:00 h (cinco horas) da manhã e depois
das vinte e 22:00 h (vinte e duas horas), salvo os toques de
rebates por ocasião de incêndios ou inundações.
Art. 63 É proibido executar qualquer trabalho ou serviço
que produza ruído, antes das 7:00 h (sete horas) e depois das
20:00 h (vinte horas), nas proximidades de hospitais, escolas,
asilos e casas de residências.
Art. 64 As instalações elétricas só poderão funcionar, ou
pelo menos reduzir ao mínimo, as correntes parasitas, diretas
ou induzidas, as oscilações de alta freqüência, chispas e ruídos
prejudiciais à rádio recepção.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 269

Parágrafo único: As máquinas e aparelhos que, a despeito


da aplicação de dispositivos especiais, não apresentarem
diminuição sensível das perturbações, não poderão funcionar
aos domingos e feriados, nem a partir das 18 h (dezoito horas)
nos dias úteis.
Art. 65 Na infração de qualquer artigo deste capítulo será
imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do salário
mínimo vigente na região, sem prejuízo da ação penal cabível.
CAPÍTULO II - DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS
Art. 66 Divertimentos públicos, para os efeitos deste
Código, são os que se realizarem nas vias públicas, ou em recintos
fechados de livre acesso ao público.
Art. 67 Nenhum divertimento público poderá ser realizado
sem licença da Prefeitura.
Parágrafo único: O requerimento de licença para
funcionamento de qualquer casa de diversão será instituído com
a prova de terem sido satisfeitas as exigências regulamentares,
referentes à construção e higiene de edifício, e procedida a
vistoria policial.
Art. 68 Em todas as casas de diversões públicas serão
observadas as seguintes disposições, além das estabelecidas pelo
Código de Obras:
I. Tanto as salas de entrada como as de espetáculo serão
mantidas higienicamente limpas;
II. As portas e corredores para o exterior serão amplas e
conservar se ão sempre livres de grades, quaisquer objetos que
possam dificultar a retirada rápida do público em caso de
emergência;
270 Códigos de Postura de São Luis/MA

III. Todas as portas de saída serão encimadas pela inscrição


“saída”, legível à distância e luminosa de forma suave, quando
se apagarem as luzes da sala;
IV. Os aparelhos destinados à renovação do ar deverão
ser conservados e mantidos em perfeito funcionamento:
V. Haverá instalações sanitárias independentes para homens
e mulheres;
VI. Serão tornadas todas as precauções necessárias para
evitar incêndios, sendo obrigatória ti adoção de extintores de
fogo em locais visíveis e de fácil acesso;
VII. Possuirão bebedouro automáticos de água filtrada e
escarradeira hidráulica em perfeito estado de funcionamento;
VIII. Durante os espetáculos deverão as portas conservar
se abertas, vedadas apenas como reposteiros ou cortinas;
IX. Deverão possuir material de pulverização de
inseticidas;
X. O mobiliário será mantido em perfeito estado de
conservação.
Parágrafo único: É proibido aos espectadores, sem
distinção de sexo, assistir aos espetáculos de chapéu à cabeça
ou fumar no local das funções.
Art. 69 Nas casas de espetáculos de sessões consecutivas,
que não tiverem exaustores suficientes, deve, entre a saída e a
entrada dos espectadores, decorrer, lapso de tempo suficiente
para o efeito de renovação de ar.
Art. 70 Em todos os teatros, circos ou salas de espetáculos,
serão reservados quatro lugares destinados às autoridades e
municipais, encarregadas da fiscalização.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 271

Art. 71 Os programas anunciados serão executados


integralmente, não podendo os espetáculos iniciar se em hora
diversa da marcada.
§ 1º - Em caso de modificação do programa ou de horário,
o empresário devolverá aos espectadores o preço integral da
entrada.
§ 2º - As disposições deste artigo aplicam se inclusive às
competições esportivas para as quais se exija o pagamento de
entradas.
Art. 72 Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos
por preço superior ao anunciado e em número excedente à
lotação do teatro, cinema, circo ou sala de espetáculos.
Art. 73 Não serão fornecidas licenças para a realização de
jogos ou diversões ruidosas em locais compreendidos em área
formada por um raio de 100,00 m (cem metros) de hospitais,
casas de saúde ou maternidades.
Art. 74 Para funcionamento de teatros, além das demais
disposições aplicáveis neste Código, deverão ser observadas
ainda as seguintes disposições:
I. Aparte destinada ao público, será inteiramente separada
da parte destinada aos artistas, não havendo entre as duas, mais
que as indispensáveis comunicações de serviços;
II. A parte destinada aos artistas deverá ter, quando
possível, fácil e direta comunicação com as vias públicas, de
maneira que assegure saída ou entrada franca, sem depender da
parte destinada à permanência do público.
Art. 75 Para funcionamento de cinema serão ainda
observadas as seguintes disposições:
I. Só poderão funcionar em pavimentos térreos;
272 Códigos de Postura de São Luis/MA

II. Os aparelhos de projeção ficarão em cabines de fácil


saída, construídas de materiais incombustíveis;
III. No interior das cabines não poderá existir maior número
de películas do que as necessárias para as sessões de cada dia e
ainda assim, deverão elas estar depositadas em recipiente
especial, incombustível, hermeticamente fechado, que não seja
aberto por mais tempo que o indispensável ao serviço.
Art. 76 A armação de circos de panos ou parques de
diversões só poderá ser permitida em certos locais, a juízo da
Prefeitura.
§ 1ºAautorização de funcionamento dos estabelecimentos
de que trata este artigo não poderá ser por prazo superior a um
ano.
§ 2º Ao conceder a autorização, poderá a Prefeitura
estabelecer as restrições que julgar convenientes, rio sentido
de assegurar a ordem e a moralidade dos divertimentos e o
sossego da vizinhança.
§ 3º A seu juízo, poderá a Prefeitura não renovar a
autorização de um circo ou parque de diversões, ou obriga-los a
novas restrições ao conceder lhes a renovação pedida.
§ 4º Os circos e parques de diversões, embora autorizados,
só poderão ser franqueados ao público depois de vistoriados em
todas as suas instalações pelas autoridades da Prefeitura.
Art. 77 Para permitir armação de circos ou barracas em
logradouros públicos, poderá a Prefeitura exigir, se o Julgar
conveniente, uni depósito até o máximo de 13 (treze) salários
mínimos vigentes na região, como garantia de despesas com a
eventual limpeza e recomposição do logradouro.
Parágrafo único: O depósito será restituído integralmente
se não houver necessidade de limpeza especial ou reparos; em
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 273

caso contrário, serão deduzidas do mesmo as despesas feitas


com tal serviço.
Art. 78 Na localização de bailes carnavalescos e bailes
públicos, ou de estabelecimentos de diversões noturnas, a
Prefeitura terá sempre em vista o sossego e decoro da população.
Art. 79 Os espetáculos, bailes ou festas de caráter público
dependem, para realizar se, de prévia licença da Prefeitura,
Parágrafo único: Executam-se das disposições deste artigo
as reuniões de qualquer natureza, sem convites ou corri entradas
pagas, levadas a efeito por clubes ou entidades de classe, em
sua sede ou as realizadas em residências particulares.
Art. 80 É expressamente proibido, durante os festejos
carnavalescos, apresentar se com fantasias indecorosas, ou atirar
água ou outra substância que possa molestar os transeuntes.
Parágrafo único: Fora do período destinado aos festejos
carnavalescos, a ninguém é permitido apresentar se mascarado
ou fantasiado nas vias públicas, salvo com licença especial das
autoridades.
Art. 81 Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será
imposta a multa correspondente ao valor de 40 a 200% do salário
mínimo vigente na região.
CAPÍTULO III - DOS LOCAIS DE CULTO
Art. 82 As igrejas, os templos e as casas de culto são locais
tidos e havidos por sagrados e, por isso, devem ser respeitados,
sendo proibido pichar suas paredes e muros, ou neles pregar
cartazes.
Art. 83 Nas igrejas, templos ou casas de culto, os locais
franqueados ao público deverão ser conservados limpos,
iluminados e arejados.
274 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 84 As igrejas, templos e casas de culto não poderão


conter maior número de assistentes, a qualquer de seus ofícios,
do que a lotação comportada por suas instalações.
Art. 85 Na infração de qualquer artigo deste capítulo será
imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do salário
mínimo vigente na região.
CAPÍTULO IV - DO TRÂNSITO PÚBLICO
Art. 86 O trânsito, de acordo com as leis vigentes, é livre,
e sua regulamentação tem por objetivo manter a ordem, a
segurança e o bem estar dos transeuntes e da população em
geral.
Art. 87 É proibido embaraçar ou impedir, por qualquer
meio, o livre trânsito de pedestres ou veículos nas ruas, praças,
passeios, estradas e caminhos públicos, exceto para efeito de
obras públicas ou quando exigências policiais o determinarem.
Parágrafo único: Sempre que houver necessidade de
interromper o trânsito, deverá ser colocada sinalização vermelha
claramente visível de dia e luminosos à noite.
Art. 88 Compreende se na proibição do artigo anterior o
depósito de quaisquer materiais, inclusive de construção nas
vias públicas em geral.
§ 1º Tratando se de materiais cuja descarga não possa ser
feita diretamente no interior dos prédios, será tolerada a
descarga e permanência na via pública, com o mínimo prejuízo
ao trânsito, por tempo não superior a 24:00 h (vinte e quatro
horas).
§ 2º Nos casos previstos no parágrafo anterior, os
responsáveis pelos materiais depositados na via pública deverão
advertir os veículos, a distância conveniente dos prejuízos
causados ao livre trânsito.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 275

Art. 89 É expressamente proibido nas ruas da cidade, vilas


e povoados:
I. Conduzir animais ou veículos em disparada;
II. Conduzir animais bravios sem a necessária precaução;
III. Conduzir carros de bois e carroças sem guieiros;
IV. Atirar à via pública ou logradouros públicos corpos ou
detritos que possam incomodar os transeuntes.
Art. 90 É expressamente proibido danificar ou retirar sinais
colocados nas vias, estradas ou caminhos públicos, para
advertência de perigo ou impedimento de trânsito.
Art. 91 Assiste à Prefeitura o direito de impedir o transito
de qualquer veiculo ou meio de transporte que possa ocasionar
danos à via pública,
Art. 92 É proibido embaraçar o trânsito ou molestar
pedestres por tais meios como:
I. Conduzir, pelos passeios, volumes de grande porte;
II. Conduzir, pelos passeios, veículos de qualquer espécie;
III. Patinar, a não ser nos logradouros a isto destinado;
IV. Amarrar animais em postes árvores, grades ou portas;
V. Conduzir ou conservar animais sobre os passeios ou
jardins.
Parágrafo único: Excetuam se ao disposto no item 11 deste
artigo, carrinhos de crianças ou de paralíticos e, em ruas de
pequeno movimento, triciclos e bicicletas de uso infantil.
Art. 93 Na infração de qualquer artigo deste capítulo,
quando não prevista pena do Código Nacional de Trânsito imposta
a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do salário mínimo
vigente na região.
276 Códigos de Postura de São Luis/MA

CAPÍTULO V - DAS MEDIDAS REFERENTES AOS ANIMAIS


Art. 94 É proibida a permanência de animais nas vias
públicas.
Art. 95 Os animais encontrados nas vias, ruas, praças,
estradas, ou caminhos públicos serão recolhidos ao depósito da
Prefeitura.
Art. 96 O animal recolhido em virtude do disposto neste
capítulo será retirado no prazo máximo de 48:00 h (quarenta e
oito horas), mediante pagamento de multa e da taxa da
manutenção respectiva.
Parágrafo único: Não sendo retirado o animal nesse prazo
deverá a Prefeitura efetuar sua venda em hasta pública precedida
da necessária publicação.
Art. 97 É proibida a criação ou engorda de porcos no
perímetro urbano da sede municipal.
Parágrafo único: Aos proprietários de cevas atualmente
existentes na sede municipal, fica marcado o prazo de 90
(noventa) dias, a contar da data da publicação deste Código,
para remoção dos animais.
Art. 98 É igualmente proibida a criação no perímetro
urbano da sede municipal de qualquer outra espécie de gado.
Parágrafo único: Observadas as existências sanitárias a que
se refere o Art. 55 deste Código é permitida a manutenção de
estábulos e cocheiras, mediante licença e fiscalização da
Prefeitura.
Art. 99 Os cães que forem encontrados nas vias públicas
da cidade e vilas serão apreendidos e recolhidos ao depósito da
Prefeitura.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 277

§ 1º Tratando se de cão não registrado, será o mesmo


sacrificado, se não for retirado por seu dono, dentro de 10 (dez)
dias, mediante o pagamento da multa e taxas respectivas de
registro.
§ 2º Os proprietários de cães registrados serão notificados,
devendo retirá los em idêntico prazo, sem o que serão os animais
igualmente sacrificados.
§ 3º Quando se tratar de animal de raça, poderá a
Prefeitura, a seu critério, agir de conformidade com o que
estipula o parágrafo único do¬Art. 96 deste Código.
Art. 100 Haverá, na Prefeitura, o registro de cães, que
será feito anualmente, mediante, o pagamento da taxa respectiva.
§ 1º Aos proprietários de cães registrados, a Prefeitura
fornecerá unia placa de identificação a ser colocada ria coleira
do animal.
§ 2º Para o registro de cães, é obrigatória a apresentação
do comprovante de vacinação anti rábica, que poderá ser feita
às expensas da Prefeitura.
§ 3º São isentos de matrícula os cães pertencentes a
boiadeiros, vaqueiros ambulantes e visitantes, em trânsito pelo
Município, desde que nele não permaneça por mais de unia
semana.
Art. 101 O cão registrado poderá andar solto na via pública
em companhia de seu dono desde que atrelado correspondendo
o proprietário pelas perdas e danos que o animal causar a
terceiros.
Art. 102 Não será permitida a passagem ou estacionamento
de tropas ou rebanhos na cidade, exceto em logradouros para
isso designados.
278 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 103 Ficam proibidos os espetáculos de feras e as


exibições de cobras e quaisquer animais perigosos, sem as
necessárias precauções para a segurança dos espectadores.
Art. 104 É expressamente proibido:
I. Criar abelhas nos locais de maior concentração urbana;
II. Criar galinhas nos porões e no interior das habitações;
III. Criar pombos nos foros das casas de residência.
Art. 105 É expressamente proibido a qualquer pessoa
maltratar os animais ou praticar ato de crueldade contra os
mesmos, tais como:
I. Transportar nos veículos de tração animal, carga ou
passageiros de peso superior às suas forças:
II. Carregar animais com peso superior a 150kg (cento e
cinqüenta quilos);
III. Montar animais que já tenham a carga permitida;
IV. Fazer trabalhar animais doentes, feridos, extenuados,
aleijados, enfraquecidos ou extremamente magros;
V. Obrigar qualquer animal a trabalhar mais de 8:00h (oito
horas) contínuas sem descanso e mais de 6:00h (seis horas), sem
água e alimento apropriado;
VI. Martirizar animais para deles alcançar esforços
excessivos,
VII. Castigar de qualquer modo animal caído, com ou sem
veículo, fazendo o levantar a custo de castigo e sofrimento,
VIII. Castigar com rancor e excesso qualquer animal;
IX. Conduzir animais com a cabeça para baixo, suspensos
pelos pés ou asas ou em qualquer posição anormal que lhes possa
ocasionar sofrimento;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 279

X. Transportar animais amarrados à traseira de veículos


ou atados um ao outro pela cauda;
XI. Abandonar, em qualquer ponto, animais doentes,
extenuados, enfraquecidos ou feridos:
XII. Amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem
água, ar, luz e alimentos;
XIII. Usar de instrumento diferente do chicote leve, para
estímulo e correção de animais;
XIV. Empregar arreios que possam constranger, ferir ou
magoar o animal;
XV. Usar arreios sobre partes feridas, contusões ou chagas
do animal;
XVI. Praticar todo e qualquer ato, mesmo não especificado
neste código, que acarrete violência e sofrimento para o animal.
Art. 106 Na infração de qualquer artigo deste capítulo,
será imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 60% do
salário mínimo vigente na região.
Parágrafo único: Qualquer cidadão poderá autuar os
infratores, devendo o auto respectivo, que será assinado por
duas testemunhas, ser enviado à Prefeitura para os fins de direito.
CAPÍTULO VI - DA EXTINÇÃO DE INSETOS NOCIVOS
Art. 107 Todo proprietário de terrenos, cultivados ou não,
dentro dos limites do Município, é obrigado a extinguir os
formigueiros existentes dentro de sua propriedade.
Art. 108 Verificada, pelos fiscais da Prefeitura, a existência
de formigueiro, será feita intimação ao proprietário do terreno
onde os mesmos estiverem localizados, marcando se o prazo de
20 (vinte) dias para se proceder ao seu extermínio.
280 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 109 Se, no prazo fixado, não for extinto o


formigueiro, a Prefeitura incumbir se á de fazê lo, cobrando do
proprietário as despesas que efetuar, acrescentando 20% (vinte
por cento) pelo trabalho de administração, além da multa
correspondente ao valor de 20 a 100% do salário mínimo vigente
na região.
CAPÍTULO VII - DO EMPACHAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS
Art. 110 Nenhuma obra, inclusive demolição, quando feita
no alinhamento das vias públicas, poderá dispensar tapume
provisório, que deverá ocupar faixa de largura. no máximo igual
à metade do passeio.
§ 1º Quando os tapumes forem construídos em esquinas,
as placas de nomenclatura dos logradouros serão neles afixados
de forma bem visível.
§ 2º Dispensa se tapume quando se tratar de:
I. Construção ou reparo de muros ou gradis com altura não
superior a 2,00 m (dois metros);
II. Pinturas ou pequenos reparos.
Art. 111 Os andaimes deverão satisfazer às Seguintes
condições:
I. Apresentarem perfeitas condições de segurança;
II. Terem a largura do passeio até o máximo de 2,00 m
(dois metros);
III. Não causarem dando às árvores, aparelhos de
iluminação e redes telefônicas e de distribuição de energia
elétrica,
Parágrafo único O andaime deverá ser retirado quando
ocorrera paralisação da obra por mais de 60 (sessenta) dias.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 281

Art. 112 Poderão ser armados coretos ou palanques


provisórios nos logradouros públicos, para comícios políticos,
festividades religiosas, cívicas ou de caráter popular, desde que
sejam observadas as condições seguintes:
I. Não perturbarem o trânsito público;
II. Serem aprovados pela Prefeitura, quanto a sua
localização;
III. Não prejudicarem o calçamento nem o escoamento
das águas pluviais, correndo por conta dos pelas festividades os
estragos por acaso verificados;
IV. Serem removidos no prazo máximo de 24:00h (vinte e
quatro horas), a contar do encerramento dos festejos.
Parágrafo único: Uma vez findo o prazo estabelecido no
item IV, a Prefeitura promoverá a remoção do coreto ou
palanques, cobrando os responsáveis as despesas de remoção,
dando ao material removido o destino que entender.
Art. 113 - Nenhum material poderá permanecer nos
logradouros públicos, exceto nos casos previstos no § 1º do Art.
88 deste Código.
Art. 114 O ajardinamento e a arborização das praças e
vias públicas serão atribuições exclusivas da Prefeitura.
Parágrafo único: Nos logradouros abertos por particulares,
com licença da Prefeitura, é facultado aos interessados promover
e custear a respectiva arborização.
Art. 115 É proibido podar, cortar, derrubar ou sacrificar
as árvores de arborização pública sem consentimento expresso
da Prefeitura.
282 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 116 Nas árvores dos logradouros públicos não será


permitida a colocação de cartazes e anúncios, nem a fixação de
cabos de fios, sem autorização da Prefeitura.
Art. 117 Os postes telegráficos de iluminação e força, as
caixas postais, os avisadores de incêndio e de polícia e as balanças
para a pesagem de veículos, só poderão ser colocados nos
logradouros públicos mediante autorização da Prefeitura, que
indicará as posições convenientes e as condições da respectiva
instalação.
Art. 118 As colunas ou suportes de anúncios, as caixas de
papéis usados, os bancos ou os abrigos de logradouros públicos
somente poderão ser instalados mediante licença prévia da
Prefeitura.
Art. 119 As bancas para a venda de jornais e revistas
poderão ser permitidas nos logradouros públicos, desde que
satisfaçam às seguintes condições:
I. Terem sua localização aprovada pela Prefeitura;
II. Apresentarem bom aspecto quanto a sua construção;
III. Não perturbarem o trânsito público;
IV. Serem de fácil remoção.
Art. 120 Os estabelecimentos comerciais poderão ocupar,
com mesas e cadeiras, parte do passeio correspondente à testada
do edifício, desde que fique livre para o trânsito público uma
faixa de passeio da largura mínima de 2,00 m (dois metros).
Art. 121 Os relógios, estátuas, fontes e quaisquer
monumentos somente poderão ser colocados nos logradouros
públicos, se comprovado o seu valor artístico, ou cívico, e a
juízo da Prefeitura.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 283

§ 1º Dependerá, ainda de aprovação, o local escolhido


para a fixação dos monumentos;
§ 2º No caso de paralisação ou mau funcionamento do
relógio instalado em logradouro, público seu mostrador
permanecer coberto com a finalidade de ser evitado o uso público.
Art. 122 Na infração de qualquer artigo deste capítulo
será imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do
salário mínimo vigente na região.
CAPÍTULO VIII - DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS
Art. 123 No interesse público, a Prefeitura fiscalizará a
fabricação, o comércio, o transporte e o emprego de inflamáveis
e explosivos.
Art. 124 São considerados inflamáveis:
I. O fósforo e os materiais fosforados;
II. A gasolina e demais derivados de petróleo;
III. Os éteres, álcoois, a aguardente e os óleos em geral;
IV. Os carboretos, o alcatrão e os materiais betuminosos
líquidos;
V. Toda e qualquer outra substância cujo ponto de
inflamabilidade seja acima de 135º (cento e trinta e cinco graus
centígrados).
Art. 125 Consideram se explosivos:
I. Os fogos de artifícios;
II. A nitroglicerina, seus compostos e derivados;
III. A pólvora e o algodão pólvora;
IV. As espoletas e os estopins;
284 Códigos de Postura de São Luis/MA

V. Os fulminatos, cloratos, formiatos e congêneres;


VI. Os cartuchos de guerra, caça e minas.
Art. 126 É absolutamente proibido:
I. Fabricar explosivos sem licença especial e em local não
determinado pela Prefeitura;
II. Manter depósito de substâncias inflamáveis ou de
explosivos sem atender às exigências legais, quanto à construção
e segurança;
III. Depositar ou conservar nas vias públicas
provisoriamente, inflamáveis ou explosivos.
§ 1º Aos varejistas é permitido conservar, em cômodos
apropriados, em seus armazéns ou lojas a quantidade fixada pela
Prefeitura, na respectiva licença, de material inflamável ou
explosivo, a qual a Prefeitura, após a emissão da licença,
encaminhará ao órgão competente. Não podendo também
ultrapassar à venda pagável de 20 (vinte) dias.
§ 2º Os fogueteiros e exploradores de pedreiras poderão
manter depósito de explosivos correspondentes ao consumo de
30 (trinta) dias, desde que os depósitos estejam localizados a
uma distância mínima de 250,00 m (duzentos e cinqüenta metros)
da habitação mais próxima e a 150,00 m (cento e cinqüenta
metros) das ruas ou estradas. Se as distâncias a que se refere
este parágrafo forem superiores a 500,00 m (quinhentos metros),
será permitido o depósito de maior quantidade de explosivos,
devidamente inspecionados pela Prefeitura.
Art. 127 Os depósitos de explosivos e inflamáveis só serão
construídos em locais especialmente designados em zona rural e
com licença da Prefeitura.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 285

§ 1º Os depósitos serão dotados de instalação para combate


ao fogo e de extintores de incêndio portáteis, em quantidade e
disposição convenientes.
§ 2º Todas as dependências e anexos dos depósitos de
explosivos ou inflamáveis serão construídos de material
incombustível, admitindo se o emprego de outro material apenas
nos caibros, ripas e esquadrias.
Art. 128 Não será permitido o transporte de explosivos ou
inflamáveis sem as devidas precauções.
§ 1º Não poderão ser transportados simultaneamente, no
mesmo veículo, explosivos e inflamáveis.
§ 2º Os veículos que transportarem explosivos ou
inflamáveis não poderão conduzir outras pessoas além do
motorista e dos ajudantes.
Art. 129 É expressamente proibido:
I. Queimar fogos de artifícios, bombas, buscapés, morteiros
e outros fogos perigosos, nos logradouros públicos ou portas e
janelas, para evitarem perigos a esses logradouros;
II. Soltar balões em toda extensão do Município;
III. Fazer fogueira nos logradouros públicos, sem prévia
autorização da Prefeitura;
IV. Utilizar sem justo motivo armas de fogo dentro do
perímetro urbano do Município, salvo aqueles que tiverem
autorização dada pelo órgão competente;
V. Fazer fogos ou armadilhas com armas de fogo, sem
colocação de sinal de advertência visível aos passantes ou
transeuntes,
286 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1º A proibição de que tratam os itens I, IIeIII poderá ser


suspensa mediante licença da Prefeitura, em dias de regozijo
público ou festividades religiosas de caráter tradicional.
§ 2º - Os casos previstos no parágrafo 1º serão
regulamentados pela Prefeitura, que poderá, inclusive,
estabelecer para cada caso, as exigências que julgar necessárias
ao interesse da segurança pública.
Art. 130 A instalação de postos de abastecimento de
veículos, bombas de gasolina e depósitos de outros inflamáveis
fica sujeita à licença especial da Prefeitura.
§ 1º A Prefeitura poderá negar licença se reconhecer que
a instalação de depósito ou da bomba irá prejudicar, de algum
modo, a segurança pública.
§ 2º - A Prefeitura poderá estabelecer, para cada caso, as
exigências que julgar necessárias ao interesse da segurança.
Art. 131 Na infração de qualquer artigo deste capítulo,
será imposta a multa correspondente ao valor de 10 a 100% do
salário mínimo vigente na região, além da responsabilidade civil
ou criminal do infrator, se for o caso.
CAPÍTULO IX - DAS QUEIMADAS E DOS CORTES DE ÁRVORES
E PASTAGENS
Art. 132 A Prefeitura colaborará com o Estado e a União
no sentido de evitar a devastação das florestas e estimular a
plantação de árvores.
Art. 133 Para evitar a propagação de incêndios, observar
se ão, nas queimadas, as medidas preventivas necessárias.
Art. 134 A ninguém é permitido atear fogo em roçados,
palhadas ou matos que limitem com terras de outrem, sem tomar
as seguintes precauções:
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 287

I. Preparar aceiros de, no mínimo 7,00 m (sete metros)


de largura;
II. Mandar aviso aos confinantes com antecedência mínima
de 12:00 h (doze horas), marcando o dia, hora e lugar para
lançamento de fogo.
Art. 135 A ninguém é permitido atear fogo em matas,
capoeiras, lavouras ou campos alheios.
Parágrafo único: Salvo acordo entre os interessados, é
proibido queimar campos de criação em comum.
Art. 136 A derrubada de mata dependerá de licença da
Prefeitura.
§ 1º A Prefeitura só concederá licença quando o terreno se
destinar à construção ou plantio executados pelo proprietário.
§ 2º A licença será negada se a mata for considerada de
utilidade pública.
Art. 137 É expressamente proibido o corte ou danificação
de árvore ou arbusto nos logradouros, jardins e parques públicos.
Art. 138 Fica proibida a formação de pastagens na Zona
Urbana do Município.
Art. 139 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo,
será imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do
salário mínimo vigente na região.
CAPÍTULO X - DA EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS,
CASCALHEIRAS, OLARIAS E DEPÓSITOS DE AREIA E BARRO
Art. 140 A exploração de pedreiras, cascalheiras, olarias e
depósitos de areia e saibro depende de licença da a concederá,
observando os preceitos deste artigo.
288 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 141 A licença será processada mediante apresentação


de requerimento assinado pelo proprietário do solo explorador
e instruído de acordo com este artigo.
§ 1º Do requerimento deverão constar as seguintes
indicações:
a. Nome e residência do proprietário;
b. Nome e residência do explorador se este não for
proprietário:
c. A Localização precisa da entrada do terreno;
d. Declaração do processo de exploração e da qualidade
do explosivo a ser empregado, se for o caso.
§ 2º O requerimento de licença deverá ser instruído com
os seguintes documentos:
a) Prova de propriedade do terreno;
b) Autorização para a exploração, passada pelo proprietário
em cartório, no caso de não ser ele o explorador;
c) Planta da situação, com a indicação do relevo do solo
por meio de curvas de nível, contendo a delimitação exata da
área a ser explorada com a localização das respectivas instalações
e indicando as construções, logradouros, os mananciais e cursos
d’água situados em toda a faixa de largura de 100,00 m (cem
metros) em tomo da área a ser explorada;
d) Perfis do terreno em 03 (três) vias.
§ 3º No caso de se tratar de exploração de pequeno porte,
poderão ser dispensados, a critério da Prefeitura, os documentos
indicados nas alíneas “c” e “d” do parágrafo anterior.
Art. 142 As licenças para exploração serão sempre por
prazo fixo:
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 289

Parágrafo único: Será interditada a pedreira, ou parte da


pedreira embora licenciada e explorada de acordo com este
Código, desde que posteriormente se verifique que sua
exploração acarreta perigo ou dano à vida ou à propriedade.
Art. 143 Ao conceder as licenças, a Prefeitura poderá fazer
as restrições que julgar conveniente.
Art. 144 Os pedidos de prorrogação de licença para a
continuação da exploração serão feitos por meio de requerimentos
instruídos com o documento de licença anteriormente concedido.
Art. 145 O desmonte das pedreiras pode ser feito a frio e
fogo.
Art. 146 Não será permitida a exploração de pedreiras na
zona urbana.
Art. 147 A exploração de pedreiras a fogo fica sujeita às
seguintes condições:
I. Declaração expressa da qualidade do explosivo a
empregar;
II. Intervalo mínimo de 30 min (trinta minutos) entre cada
série de explosões;
III. Lançamento, antes da explosão, de uma bandeira a
altura conveniente para ser vista à distância;
IV. Toque por 03 (três) vezes com intervalos de 02min
(dois minutos), de uma sineta, e o aviso em brado prolongado,
dando sinal de fogo.
Art. 148 A instalação de olarias nas zonas urbanas e
suburbanas do Município deve obedecer às seguintes prescrições:
I. As chaminés serão construídas de modo a não incomodar
os vizinhos, pela fumaça ou emanações nocivas;
290 Códigos de Postura de São Luis/MA

II. Quando as escavações facilitarem a formação de


depósitos de águas, será o explorador obrigado a fazer o devido
escoamento ou aterrar as cavidades à medida que for retirado o
barro.
Art. 149 A Prefeitura poderá, a qualquer tempo, determinar
a execução de obras no recinto da exploração de pedreiras ou
cascalheiras, com o intuito de proteger propriedades particulares
ou públicas, ou evitar a obstrução das galerias de água.
Art. 150 É proibida a extração de areia em todos os cursos
de água do Município:
I. A jusante do local em que recebem contribuições de
esgotos;
II. Quando modifiquem o leito ou as margens dos mesmos;
III. Quando possibilitem a formação de locais ou causem
por qualquer forma a estagnação das águas;
IV. Quando de algum modo possam oferecer perigo a
pontes, muralhas ou qualquer obra construída nas margens ou
sobre os leitos dos rios.
Art. 151 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo,
será imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do
salário mínimo vigente na região, além da responsabilidade civil
ou criminal que couber.
CAPÍTULO XI - DOS MUROS E CERCAS
Art. 152 Os proprietários de terrenos são obrigados a murá
los ou cercá los dentro dos prazos fixados pela Prefeitura.
Art. 153 Serão comuns os muros e cercas divisórias entre
propriedades urbanas e rurais, devendo os proprietários dos
imóveis confinantes concorrer em partes iguais para as despesas
de sua construção e conservação, na forma do Art. 588 do Código
Civil.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 291

Parágrafo único: Correrão por conta exclusiva dos


proprietários ou possuidores a construção das cercas para conter
aves domésticas, cabritos, carneiros, porcos e outros animais
que exijam cercas especiais.
Art. 154 Os terrenos da zona urbana serão fechados com
muros rebocados ou com grades de ferro ou madeira assentados
sobre alvenaria, devendo em qualquer caso ter uma altura mínima
de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros).
Art. 155 - Os terrenos rurais, salvo acordo expresso entre
os proprietários, serão fechados com:
I. Cercas de arame farpado com 03 (três) fios, no mínimo,
de 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) de altura;
II. Cercas vivas, de espécies vegetais adequadas e
resistentes;
III. Telas de fios metálicos com altura mínima de 1,50 m
(um metro e cinqüenta centímetros).
Art. 156 Será aplicada multa correspondente ao valor de
20 a 100% do salário mínimo vigente na região a todo aquele
que:
I. Fizer cercas ou muros em desacordo com as normas
fixadas neste capítulo;
II. Danificar, por qualquer meio, cercas existentes, sem
prejuízo da responsabilidade civil ou no caso couber.
CAPÍTULO XII - DOS ANÚNCIOS E CARTAZES
Art. 157 A exploração dos meios de publicidade nas vias e
logradouros públicos, bem como nos lugares de acesso comum,
depende de licença da Prefeitura, sujeitando o contribuinte ao
pagamento da taxa respectiva.
292 Códigos de Postura de São Luis/MA

§ 1º - Incluem se na obrigatoriedade deste artigo todos os


cartazes, letreiros, programas, quadros, painéis, emblemas,
placas, avisos, anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos
por qualquer modo, processo ou engenho, suspensos, distribuídos
afixados ou pintados em paredes, muros, tapumes, veículos ou
calçadas.
§ 2º Incluem se ainda na obrigatoriedade deste artigo os
anúncios que, embora apostos em terrenos ou próprios de domínio
privado, forem visíveis dos lugares públicos.
Art. 158 A propaganda falada em lugares públicos por meio
de amplificadores de voz alto falantes e propagandistas, assim
como feitas por meio de cinema ambulante, ainda que mudo,
está igualmente sujeita à prévia licença e ao pagamento da taxa
respectiva.
Art. 159 Não será permitida a colocação de anúncios ou
cartazes quando:
I. Pela sua natureza provoquem aglomerações prejudiciais
ao trânsito público:
II. De alguma forma prejudiquem os aspectos paisagísticos
da cidade, seus panoramas naturais, monumentos típicos,
históricos e tradicionais;
III. Forem ofensivos à moral ou contenham dizeres
desfavoráveis a indivíduos, crenças e instituições;
IV. Obstruam, interceptem ou reduzam o vão das portas e
janelas e respectivas bandeiras;
V. Contenham incorreções de linguagem;
VI. Façam uso de palavras em língua estrangeira, salvo
aquelas que, por insuficiência do nosso léxico, a ele se hajam
incorporado;
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 293

VII. Pelo seu número ou má distribuição prejudiquem o


aspecto das fachadas.
Art. 160 Os pedidos de licença para a publicidade ou
propaganda por meio de cartazes ou anúncios deverão mencionar:
I. A indicação dos locais em que serão colocados ou
distribuídos os cartazes ou anúncios,
II. A natureza do material de confecção;
III. As dimensões;
IV. As inscrições e o texto;
V. As cores empregadas.
Art. 161 Tratando se de anúncios luminosos, os pedidos
deverão ainda indicar o sistema de iluminação a ser adotado.
§ 1º - A Prefeitura poderá estabelecer o tipo de iluminação,
de cartazes luminosos ou não, que deverá ser adotada nas ruas e
avenidas que mencionar, podendo para tanto fixar prazos e
condições para renovação ou instalação dos mesmos.
§ 2º Os anúncios luminosos serão colocados a uma altura
mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) do
passeio.
Art. 162 Os panfletos ou anúncios destinados a serem
lançados ou distribuídos ria via pública ou logradouros, não
poderão ter dimensões menores de 10 (dez) por 15 (quinze)
centímetros, nem maiores de 30 (trinta) por 45 (quarenta e cinco)
centímetros.
Art. 163 Os anúncios e letreiros deverão ser conservados
em boas condições, renovados ou conservados, sempre que tais
providências sejam necessárias para o seu bom aspecto e
segurança.
294 Códigos de Postura de São Luis/MA

Parágrafo único: Desde que não haja modificação de


dizeres ou de localização, os consertos ou repartições de anúncios
e letreiros dependerão apenas de comunicação escrita à
Prefeitura,
Art. 164 Os anúncios encontrados sem que os responsáveis
tenham satisfeito as formalidades deste Capítulo, poderão ser
apreendidos e retirados pela Prefeitura, até a satisfação daquelas
formalidades, além do pagamento da multa prevista nesta Lei.
Art. 165 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo
será imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do
salário mínimo vigente na região.

TÍTULO IV - DO FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO E DA


INDÚSTRIA
CAPÍTULO I - DO LICENCIAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS
INDUSTRIAIS E COMERCIAIS
SEÇAO I - DAS INDÚSTRIAS E DO COMÉRCIO LOCALIZADO
Art. 166 Nenhum estabelecimento comercial ou industrial
poderá funcionar no Município sem prévia licença da Prefeitura,
concedida a requerimento dos interessados e mediante
pagamento dos tributos devidos.
Parágrafo único: O requerimento deverá especificar com
clareza:
I. O ramo do comércio ou da indústria;
II. O montante do capital investido;
III. O local em que o requerente pretende exercer sua
atividade.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 295

Art.167 Não será concedida licença, dentro do perímetro


urbano, aos estabelecimentos industriais que se enquadram dentro
das proibições constantes no Art. 30 deste Código.
Art. 168 A licença para o funcionamento de açougues,
padarias, confeitarias, leiterias, cafés, bares, restaurantes,
hotéis, pensões e outros estabelecimentos congêneres, será
sempre precedido de exame no local e da aprovação da
autoridade sanitária competente.
Art. 169 Para efeito de fiscalização o proprietário do
estabelecimento licenciado colocará o alvará de localização em
lugar visível e o exibirá à autoridade competente sempre que
esta o exigir.
Art. 170 Para mudança do local de estabelecimento
comercial ou industrial, deverá ser solicitada a necessária
permissão à Prefeitura, que verificará se o novo local satisfaz as
condições exigidas.
Art. 171 A licença de localização poderá ser cassada:
I. Quando se tratar de negócio diferente do requerimento,
II. Como medida preventiva, a bem da higiene, da moral
ou do sossego e segurança pública;
III. Se o licenciado se negar a exibir o alvará de localização
à autoridade competente, quando solicitado a fazê lo:
IV. Por solicitação de autoridade competente, provados
os motivos que fundamentarem a solicitação.
Cassada a licença, o estabelecimento será imediatamente
fechado. Poderá ser igualmente fechado o estabelecimento que
exercer atividades sem a necessária licença expedida em
conformidade com o que preceitua este Capítulo.
296 Códigos de Postura de São Luis/MA

SEÇAO II - DE COMÉRCIO AMBULANTE


Art. 172 O exercício do comércio ambulante dependerá
sempre de licença especial, que será concedida em conformidade
com as prescrições da Legislação Fiscal do Município que preceitua
este Código.
Art. 173 Da licença concedida deverão constar os seguintes
elementos essenciais, além de outros que forem estabelecidos:
I. Número de inscrição;
II. Residência do comerciante ou responsável;
III. Nome, razão social ou denominação sob cuja
responsabilidade funciona o comércio ambulante.
Parágrafo Único: O vendedor ambulante não licenciado
para o exercício ou período em que esteja exercendo a atividade
ficará sujeito à apreensão da mercadoria em seu poder.
Art. 174 - É Proibido ao vendedor, ambulante sob pena de
multa.
I. Estacionar nas vias públicas e outros logradouros, fora
dos locais previamente determinados pela Prefeitura;
II. Impedir ou dificultar o trânsito nas vias públicas ou
outros logradouros;
III. Transitar pelos passeios conduzindo cestos ou outros
volumes grandes.
Art. 175 Na infração de qualquer artigo desta seção, será
imposta a multa correspondente ao valor de 20 a 100% do salário
mínimo vigente na região, além das penalidades fiscais cabíveis.
CAPÍTULO II - DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Art. 176 A abertura e o fechamento dos estabelecimentos
industriais e comerciais no Município obedecerão ao seguinte
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 297

horário, observados os preceitos da Legislação Federal que regula


o contrato de duração e as condições do trabalho:
I Para a indústria de modo geral:
a) Abertura e fechamento entre 06 (seis) e 17 (dezessete)
horas nos dias úteis;
b) Nos domingos e feriados nacionais os estabelecimentos
permanecerão fechados, bem como nos feriados locais, quando
decretados pela autoridade competente.
§ 1º Será permitido o trabalho em horários especiais
inclusive aos domingos, feriados nacionais ou locais, excluindo o
expediente de escritório, nos estabelecimentos que se dediquem
às atividades seguintes: impressão de jornais, laticínio, frio
industrial, purificação e distribuição de energia elétrica, serviço
telefônico, produção e distribuição de gás, serviço de esgotos,
serviço de transporte coletivo ou a outras atividades que, ajuízo
da autoridade federal competente, seja estendida tal
prerrogativa.
II Para o comércio de modo geral:
a) Abertura às 8:00h (oito horas) e fechamento às 18:00h
(dezoito horas) nos dias úteis;
b) Nos dias previstos na letra “b”, item 1, os
estabelecimentos permanecerão fechados; c) Os
estabelecimentos não funcionarão em 30 (trinta) de outubro,
dia consagrado ao empregado do comércio.
§ 2º O prefeito municipal poderá, mediante solicitação
das classes interessadas, prorrogar o horário dos estabelecimentos
comerciais até as 22:00h (vinte e duas horas) na última quinzena
de cada ano.
298 Códigos de Postura de São Luis/MA

Art. 177 Por motivo de conveniência pública, poderão


funcionar em horários especiais os seguintes estabelecimentos:
I. Varejistas de frutas, legumes, verduras, aves e ovos;
a) Nos dias úteis das 6:00 (seis) às 20:00 (vinte) horas;
b) Nos domingos e feriados das 6:00 (seis) às 12:00 (doze)
horas.
II. Varejistas de peixe:
a) Nos dias úteis das 5:00 (cinco) às 17:00 (dezessete)
horas;
b) Nos domingos e feriados das 5:00 (cinco) às 12:00 (doze)
horas;
III. Açougues e varejistas de carnes frescas:
a) Nos dias úteis das 5:00 (cinco) às 18:00 (dezoito) horas;
b) Nos domingos e feriados das 5:00 (cinco) às 12:00 (doze)
horas
IV. Padarias:
a) Nos dias úteis das 5:00 (cinco) às 22:00 (vinte e duas)
horas;
b) Nos domingos e feriados das 5:00 (cinco) às 18:00
(dezoito) horas.
V. Farmácias:
a) Nos dias úteis das 8:00 (oito) às 22:00 (vinte e duas)
horas.
b) Nos domingos e feriados rio mesmo horário, para os
estabelecimentos que estiverem de plantão, obedecida a escala
organizada pela Prefeitura.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 299

VI Restaurantes, bares, botequins, confeitarias, sorveterias


e bilhares:
a) Nos dias úteis das 7:00 (sete) às 24:00 (vinte e quatro)
horas;
b) Nos domingos e feriados, das 7:00 (sete) às 22:00 (vinte
e duas) horas.
VII Agências de aluguel de bicicletas e similares:
a) Nos (lias úteis das 6:00 (seis) às 21:00 (vinte) horas;
b) Nos domingos e feriados das 6:00 (seis) às 20:00 (vinte)
horas.
VIII Charutarias e bomboniéres:
a) Nos dias úteis das 7:00 (sete) às 12:00 (vinte e duas)
horas;
b) Nos domingos e feriados das 7:00 (sete) às 12:00 (doze)
horas.
IX Barbeiros, cabeleireiros, massagistas e engraxates:
a) Nos dias úteis das 8:00 (oito) ás 20:00 (vinte) horas;
b) Nos sábados e vésperas de feriados, o encerramento
poderá ser feito às 22:00h (vinte e duas horas).
X Cafés e leiterias:
a) Nos dias úteis das 5:00 (cinco) às 22:00 (vinte e duas)
horas;
b) Nos domingos e feriados das 5:00 (cinco) às 12:00 (doze)
horas.
XI - Distribuidores e vendedores de jornais e revistas:
300 Códigos de Postura de São Luis/MA

a) Nos dias úteis das 5:00 (cinco) ás 24:00 (vinte e quatro)


horas;
b) Nos domingos e feriados das 5:00 (cinco) ás 18:00
(dezoito) horas.
XII - Lojas de flores e coroas:
a) Nos dias úteis das 6:00 (seis) às 18:00 (dezoito) horas;
b) Nos domingos e feriados das 00:00 (seis) às 12:00 (doze)
horas.
XIII Carvoarias e similares:
a) Nos dias úteis das 6:00 (seis) às 18:00 (dezoito) horas;
b) Nos domingos e feriados das 6:00 (seis) às 12:00 (doze)
horas.
XIV Dancings, cabarés e similares das 20:00 (vinte) às 2:00
(duas) horas da manhã seguinte.
XV Casas de loteria:
a) Nos dias úteis das 8:00 (oito) às 20:00 (vinte) horas;
b) Nos domingos e feriados das 8:00 (oito) às 14:00
(quatorze) horas.
XVI Os postos de gasolina funcionarão de acordo com o
que estabelece o Conselho Nacional de Petróleo; as empresas
funerárias poderão funcionar em qualquer dia e hora.
§ 1º As farmácias, quando fechadas, poderão, em caso de
urgência, atender ao público a qualquer hora do dia ou da noite.
§ 2º Quando fechadas, as farmácias deverão afixar à porta
uma placa com a indicação dos estabelecimentos congêneres
que estiverem de plantão.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 301

§ 3º Para o funcionamento dos estabelecimentos de mais


de um ramo de comércio será observado o horário determinado
para a espécie principal, tendo em vista o estoque e a receita
principal do estabelecimento.
Art. 178 As infrações resultantes do não cumprimento das
disposições deste Capítulo serão punidos com multa
correspondente ao valor de 20 a 100% do salário mínimo vigente
na região.
CAPÍTULO III - DAAFERIÇÃO DE PESOS E MEDIDAS
Art. 179 As transações comerciais em que intervenham
medidas, ou que façam referência a resultado de medida de
qualquer natureza, deverão obedecer ao que dispõe a Legislação
Metrológica Federal (Inm).
Art. 180 As pessoas ou estabelecimentos que façam compra
ou venda de mercadorias, são obrigados a submeter anualmente
a exame, verificação e aferição, os aparelhos e instrumentos de
medir por eles utilizados.
§ 1º A aferição deverá ser feita nos próprios
estabelecimentos, depois de recolhida aos cofres municipais a
respectiva taxa.
§ 2º Os aparelhos e instrumentos utilizados por ambulantes
deverão ser aferidos em local indicado pela Prefeitura.
Art. 181 A aferição consiste na comparação dos pesos e
medidas com os padrões metrológicos e aposição do carimbo
oficiai da Prefeitura aos que forem julgados legais.
Art. 182 Só serão aferidos os pesos de metal, sendo
rejeitados os de madeira, pedra, argila ou substância equivalente.
302 Códigos de Postura de São Luis/MA

Parágrafo único: Serão igualmente rejeitados os jogos de


pesos e medidas que se encontrarem amassados, furados qualquer
modo suspeitos.
Art. 183 Para efeito de fiscalização, a Prefeitura poderá
em qualquer tempo, mandar proceder ao exame e aparelhos e
instrumentos de pesar ou medir, utilizados por pessoas ou
estabelecimentos a que refere o Art.179 deste Código.
Art. 184 Os estabelecimentos comerciais ou industriais
serão obrigados, antes do início de suas atividades, a submeter
à aferição os aparelhos ou instrumentos de medir a serem
utilizados em suas transações comerciais,
Art. 185 Será aplicada multa correspondente ao valor de
20 a 150% do salário mínimo vigente na região àquele que:
I. Usar, nas transações comerciais, aparelhos, instrumentos
e utensílios de pesar ou medir que não sejam baseados no sistema
métrico decimal;
II. Deixar de apresentar anualmente, ou quando exigidos
para exame, os aparelhos e instrumentos de pesar ou medir,
utilizados na compra ou venda de produtos;
III. Usar, nos estabelecimentos comerciais ou industriais,
instrumentos de medir ou pesar viciados, já aferidos ou não.
CAPÍTULO IV - SEÇÃO ÚNICA
Art. 186 Revogam se o Decreto nº 205, de 03. 11. 1936, a
Lei nº 1.342, de 06.02.1963 e a Lei nº 1.730, de 24.01.1967.
Art. 187 Este Código entrará em vigor na data de sua
publicação; revogando as disposições em contrário.
Jeferson Francisco Selbach - Organizador 303

Mando, portanto, a todos quanto o conhecimento e


execução da presente Lei pertencerem que a cumpram e façam
cumprir, tão inteiramente com nela se contém. O Gabinete da
Prefeita a faça imprimir, publicar e correr.
PALÁCIO DE LA RAVARDIÉRE, EM SÃO LUÍS, 12 DE MAIO DE
1968.
EPITÁCIO CAFETEIRAAFONSO PEREIRA
Prefeito Municipal de São Luís

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