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ANÁLISE DA BANCA EXAMINADORA DA PROVA DISCURSIVA DO TJMG -

REAPLICAÇÃO

Atualizada pela Resolução n. 1019/2023

2023
Apresentação

A Resolução nº 957/2021 (atualizada pela Resolução nº 1.016/2022)


constituiu a Comissão de Concurso, incumbindo-a das providências
necessárias à organização e realização do concurso público para provimento
do cargo de juiz de direito substituto da carreira da magistratura do Estado
de Minas Gerais, conferindo-lhe a seguinte composição:

Titulares:

a) Desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima, que a presidirá;

b) Desembargador Caetano Levi Lopes;

c) Desembargador Carlos Henrique Perpétuo Braga;

d) Desembargadora Sandra Alves de Santana e Fonseca;

e) Bacharela Sabrina Torres Lage Peixoto de Melo, indicada pela Ordem


dos Advogados do Brasil, Seção de Minas Gerais - OAB/MG;

f) Procuradora de Justiça Célia Beatriz Gomes dos Santos, indicada pela


Procuradoria Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais.
Nota importante:

Primeiramente, quero te agradecer pela confiança em meu trabalho. O


material produzido tem como objetivo apresentar aos candidatos um pouco
da carreira acadêmica e profissional do seu examinador e da sua
examinadora. Caso alguma pessoa aqui referida se sinta desconfortável com
a exposição da sua imagem ou entenda que ocorreu a violação de algum
direito, estamos à disposição para sanar o problema de forma amigável.

Esse material tem um custo simbólico para ser acessível a todos, de modo
que pedimos aos alunos que não compartilhem de forma irregular. Caso
verifique alguma informação que entenda incorreta, nos procure para que
possamos retificá-la, se for o caso. Também somos pessoas em busca de uma
aprovação e o valor arrecadado é para o custeio da realização de concursos.

Guaraniaçu/PR, 24 de fevereiro de 2023


Rodrigo Lopes Beirão da Silva
Desembargadora Sandra Alves de Santana e Fonseca

É Desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, desde


2009, responsável pelas questões de Direito Constitucional e
Administrativo. Possui graduação em Direito pela Universidade Católica de
Santos/SP. É Pós-graduada em Direito Constitucional pelo Instituto
Desenvolvimento Democrático - IDDE em parceria com a Universidade de
Coimbra – Portugal. Possui Mestrado em Direito Público pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG, tendo apresentado a
dissertação “A discricionaridade do Estado na Aceitação do Refugiado
Econômico no Contexto dos Direitos Humanos”. É Doutora pela
Universidade Pública de Palermo – Itália.

É Presidente da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais – à


qual compete julgar feitos de Direito Público. Foi Membro do Órgão
Especial eleita pelo Tribunal Pleno, 2016 a 2018. Foi Membro da Comissão
de Jurisprudência da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes,
2012 e 2013; Foi Membro de 1ª Câmara de Uniformização de Jurisprudência
das Câmaras de Direito Público, 2012 e 2013.
Como magistrada da 1ª instância, foi Juíza Titular da 3ª Vara da Fazenda
Pública e Autarquias e Coordenadora das Varas da Fazenda Pública da
Comarca de Belo Horizonte/MG, 2003 a 2009; Juíza Eleitoral da 27ª Zona
Eleitoral – Comarca de Belo Horizonte/MG, 2005 e 2006; Representante dos
Juízes das Varas da Fazenda Pública Municipal junto ao Tribunal de Justiça

Possui cursos de Direitos Humanos – Pobreza e Desenvolvimento,


realizado em Palermo na Itália, em 2016; Especialização em Direito
Constitucional pelo Instituto para o Desenvolvimento Democrático em
parceria com a Universidade de Coimbra-Portugal, 2011/2012, tendo
apresentado a monografia “Hermenêutica na Constituição pós-dirigente”;
Capacitador em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas em parceria
com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais,2007/2008.

Além disso, possui Curso de Formação de Formadores em Sociologia


Judiciária pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados – Brasília /DF, 2010; Extensão Universitária em os Novos
Direitos do Homem. Sociedade Visconde de São Leopoldo – Santos – SP,
1985; Extensão Universitária em Curso de Direito Penal e Processo Penal
pela Faculdade Católica de Direito de Santos - SP , 1983.

Participou como debatedora do 1º Ciclo de Lives – “Mulheres que inspiram


pessoas e que superam os desafios da atualidade”.

Sua atuação profissional recebeu destaque da mídia em diversas


oportunidades:

1. Estado é condenado por invasão de fazenda pelo MST. Disponível em:


https://www.correioforense.com.br/direito-civil/estado-e-condenado-por-
invasao-de-fazenda-pelo-mst/

2. Imóvel comprado antes e registrado depois do casamento não se


comunica. Disponível em:
https://www.centraljuridica.com/materia/1128/direito_civil/imovel_compra
do_antes_e_registrado_depois_do_casamento_nao_se_comunica.html

Sua produção acadêmica é composta por sua dissertação e alguns artigos:

1. A discricionaridade do Estado na Aceitação do Refugiado Econômico


no Contexto dos Direitos Humanos. Confira o resumo:

“O presente estudo aborda o relevante tema da


discricionariedade do Estado na aceitação do refúgio no contexto
dos direitos humanos, através da análise dos mecanismos do
direito internacional com a interação ao direito interno do
Estado, criando o necessário núcleo axiológico da proteção do
homem. Em vista do giro hermenêutico promovido pela
compreensão da especialidade das normas internacionais, bem
como do giro jurídico decorrente das normas de direito interno,
afirma-se a prioridade dada à noção de dignidade e,
consequentemente, aos Direitos Humanos. Nessa linha, a par do
estudo da evolução histórica dos institutos pertinentes, apura-se
o retrocesso jurídico que restringe a aplicação do refúgio
decorrente da hermenêutica literal das normas internacionais,
olvidando a hermenêutica filosófica e histórica dos direitos
humanos internacionais, bem como a leitura, que não mais
subsiste, da soberania absoluta do Estado. O mandamento
constitucional brasileiro da necessidade de aprovação
parlamentar dos Tratados Internacionais protetivos do homem
firmados pelo Poder Executivo central perante a Comunidade
estrangeira, tradicional sistema bifásico, deve ser dispensado,
diante da atual interpretação do texto constitucional, dada a
força cogente do respectivo preâmbulo no que toca à proteção
dos Direitos Humanos, bastando, portanto, à imediata integração
da declaração constitucional dos direitos fundamentais, à
assinatura do pacto internacional. A pretensão final deste ensaio
pretende buscar a compreensão, interpretação das normas de
direito internacional em matéria de refúgio, especialmente àquele
realizado por razões econômicas, a fim de orientar uma
aplicação mais consentânea com a evolução dos direitos
humanos e real proteção ao refugiado.” Disponível em:
http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Direito_FonsecaSAS_1.
pdf

2. O multiculturalismo e o ativismo judiciário. Disponível em:


https://bd.tjmg.jus.br/jspui/bitstream/tjmg/8478/1/O%20multiculturalismo
%20e%20o%20ativismo%20judici%C3%A1rio.pdf

3. Os direitos humanos e as escolas de magistratura. Disponível em:


https://bd.tjmg.jus.br/jspui/bitstream/tjmg/8502/1/Os%20direitos%20huma
nos%20e%20as%20escolas%20de%20magistratura.pdf

Além disso, há uma entrevista acessível. Confira:

1. Desembargadora Sandra da Fonseca comenta os 25 anos do STJ.


Disponível em: https://amagis.com.br/posts/desembargadora-sandra-da-
fonseca-comenta-os-25-anos-do-stj

Por fim, selecionamos alguns julgados que podem contribuir para o


aprofundamento acerca do pensamento da examinadora:
1º caso:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA -


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - PRELIMINAR DE NÃO
CONHECIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO PELO
PRIMEIRO RÉU - DESERÇÃO - RECURSO NÃO CONHECIDO
- APELAÇÃO INTERPOSTA PELA SEGUNDA RÉ -
PROCEDIMENTO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO -
CONTRATAÇÃO DE ARTISTAS POR INTERMÉDIO DE
PESSOA JURÍDICA - EXCLUSIVIDADE NÃO COMPROVADA
- DOLO ESPECÍFICO NO DIRECIONAMENTO DA PESSOA
JURÍDICA CONTRATADA - VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
DO AGENTE POLÍTICO NÃO DEMONSTRADO - PREJUÍZO
AO ERÁRIO - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO - SERVIÇOS
EFETIVAMENTE PRESTADOS - APLICAÇÃO DAS PENAS DE
MULTA CIVIL E PROIBIÇÃO DE CONTRATAR COM O
PODER PÚBLICO, NA FORMA DO ART. 12, INCISO III DA LEI
FEDERAL Nº 8.429/92, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI
14.230/2021 - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - Indeferida a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com
a concessão de prazo para que o primeiro réu efetuasse o preparo
recursal, o que não foi feito, impõe-se o não conhecimento do
apelo deserção.
2 - Recurso de apelação interposto pela segunda ré.
Conhecimento.
3 - No julgamento do Tema nº 1.119, restou fixado o
entendimento de que as inovações trazidas pela Lei Federal nº
14.230/2021 somente não se aplicam aos casos em que já tenha
havido condenação definitiva e, em relação aos prazos
prescricionais aplicáveis, sendo, portanto, aplicável as
inovações trazidas pelo ato normativo.
4 - A Lei Federal nº 8.666/63, em seu art. 25, inciso III, reconhece
a inexigibilidade do procedimento licitatório para contratação de
artistas, autorizando a intermediação por empresário, desde que
possua exclusividade para representar os músicos contratados.
5 - Exsurge ilegal, no entanto, a instauração de procedimento
de inexigibilidade de licitação para contratação de artistas, por
intermédio de pessoa jurídica, notadamente quando não
demonstrado nos autos a exclusividade para representar os
músicos contra todos, restando comprovado o dolo específico no
direcionamento da contratação a pessoa específica.
6- Violação aos princípios da administração pública
comprovada.
7 - Não demonstrado o enriquecimento ilícito do agente político
ou que sua conduta tenha resultado em prejuízo ao erário,
levando-se em conta ainda que os serviços contratados foram
efetivamente prestados, restam afastadas as condutas tipificadas
no art. 9º e 10 da Lei Federal nº 8.429/92.
8 - Nos termos do art. 12, inciso III da Lei Federal nº 8.429/92,
com a redação dada pela Lei 14.230/2021, a conduta ímproba
vulneradora dos princípios da administração pública comporta
apenas a aplicação das penas de multa civil e proibição de
contratar com o poder público.
9 - Recurso parcialmente provido. (TJMG - Apelação
Cível 1.0000.22.139220-2/001, Relator(a): Des.(a) Sandra
Fonseca , 6ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/02/2023,
publicação da súmula em 17/02/2023)

2º caso:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA -


SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA - REMESSA NECESSÁRIA
CONHECIDA DE OFÍCIO - MÉRITO - IMPLANTAÇÃO DE
PROCON MUNICIPAL - AUTONOMIA CONSTITUCIONAL DO
MUNÍCIPIO - MEDIDAS POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS
INSERIDAS NO ÂMBITO DA CONVENIÊNCIA E DA
OPORTUNIDADE DO ENTE PÚBLICO MUNICIPAL -
DISCRICIONARIEDADE - INTERVENÇÃO DO PODER
JUDICIÁRIO - VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO
DOS PODERES - PRECEDENTES - SENTENÇA
CONFIRMADA.
1 - Conforme entendimento do col. STF "A criação de órgão de
defesa do consumidor é instrumento de política pública e
apenas uma das opções para que o ente público forneça à
população a adequada fruição de seus direitos, sendo medida
discricionária, sujeita ao juízo de conveniência e oportunidade
do administrador (Poder Executivo)" (ARE 1359947, Relator(a):
Min. CÁRMEN LÚCIA, Julgamento: 27/01/2022, Publicação:
01/02/2022).
2 - Não havendo qualquer alegação, ou elemento, que indique
que a inexistência do PROCON no âmbito do município de
Tombos, que conta com menos de 10 mil habitantes, implique na
vulneração de direitos constitucionais fundamentais, de qualquer
munícipe é improcedente o pedido de determinação de
implementação pelo ente público, sob pena de vulneração do
princípio da separação dos Poderes, insculpido no art. 2º, da
CF/88. Precedentes do col. STJ e deste Eg. TJMG
3 - Improcedência do pedido inicial. Sentença confirmada em
remessa necessária. (TJMG - Apelação
Cível 1.0692.19.000184-6/001, Relator(a): Des.(a) Sandra
Fonseca , 6ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/02/2023,
publicação da súmula em 17/02/2023)

3º caso:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - LOTEAMENTO - OBRAS DE
INFRAESTRUTURA - REALIZAÇÃO E CUSTEIO PELO
MUNICÍPIO - RESSARCIMENTO EM FACE DO LOTEADOR -
CABIMENTO - ALIENAÇÃO DE LOTES DADOS EM
GARANTIA - UTILIZAÇÃO DO VALOR APURADO EM LAUDO
PERICIAL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS -
ARBITRAMENTO SOB O VALOR ATUALIZADO DA CAUSA -
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - Verificando-se que o pedido principal se relaciona
diretamente com a causa de pedir e, tendo sido formulado de
forma clara, deve ser afastada a preliminar de inépcia da petição
inicial.
2 - O município deve ser ressarcido pelos custos das obras de
infraestrutura em loteamento, autorizando a alienação dos lotes
caucionados pelo proprietário na forma da legislação municipal
que autorizou a realização do empreendimento.
3 - O valor do montante a ser ressarcido pelo ente público, bem
como de alienação dos imóveis deve levar em consideração a
avaliação técnica realizada em prova pericial, submetida ao
crivo do contraditório.
4 - Em que pese a impossibilidade de se mensurar o proveito
econômico obtido, não sendo irrisório o valor atribuído à causa,
resulta inviável o arbitramento dos honorários advocatícios por
equidade, devendo ser utilizado o valor atualizado da causa.
5 - Recurso parcialmente provido. (TJMG - Apelação
Cível 1.0000.22.242275-0/001, Relator(a): Des.(a) Sandra
Fonseca , 6ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/02/2023,
publicação da súmula em 17/02/2023)

4º caso:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS - FALECIMENTO DO SERVIDOR
INVESTIDO NO CARGO DE CONDUTOR DE VEÍCULO LEVE
- CONDUÇÃO DE TRATOR AGRÍCOLA PESADO - OMISSÃO
DA ADMINISTRAÇÃO - CULPA DA VÍTIMA NÃO
DEMONSTRADA - DEVER DE INDENIZAR - DANO MORAL
CONFIGURADO - QUANTUM FIXADO - REDUÇÃO -
CORREÇÃO MONETÁRIA - JUROS DE MORA - IPCA-E E
CADERNETA DE POUPANÇA - EMENDA CONSTITUCINAL
Nº 113/2021 - SELIC - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - A obrigação indenizatória do Ente Público exige a
comprovação do ato tido por ilícito, a relação de causalidade
entre este e o dano e a lesão causada ao particular.
2 - Diante da comprovação que o superior hierárquico do
servidor determinou a condução de veículo pesado, para o qual
não estava habilitado, visto que o cargo ocupado era condutor
de veículo leve, e que o acidente ocasionou a morte do servidor,
deve ser reconhecida a omissão da administração de onde
exsurge o dever de indenizar o pai da vítima pelos danos
sofridos.
3 - Considerando que o conjunto probatório não demonstra que
a conduta do falecido tenha, a qualquer título, contribuído para
a ocorrência do acidente, não há que se falar em culpa exclusiva
ou concorrente da vítima.
4 - Para a fixação do dano moral, assim considerado o dano não
patrimonial, há que se observar as condições financeiras do
demandado e as condições econômicas da vítima, bem como as
circunstâncias em que o evento ocorreu, devendo ser reduzido o
valor alcançado no primeiro grau em observância aos princípios
da razoabilidade e proporcionalidade.
5 - Sobre a aplicação dos consectários nas condenações impostas
à Fazenda Pública referente a honorários advocatícios de dativo,
restou definido pelos Tribunais Superiores que a incidência da
correção monetária, a partir da Lei nº 11.960/09, deve se dar pelo
IPCA-E, e os juros pelo índice da caderneta de poupança.
Aplicação dos precedentes vinculantes STF, RE nº 870947/SE
(Tema 810) e STJ, RE sp. nº 1495146/MG (Tema 905).
6 - Após a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº
113/2021, também aplicável a SELIC, conforme disposição
expressa.
7 - Recurso parcialmente provido. (TJMG - Apelação
Cível 1.0000.22.242406-1/001, Relator(a): Des.(a) Sandra
Fonseca , 6ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/02/2023,
publicação da súmula em 17/02/2023)

5º caso:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE BUSCA E


APREENSÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR - ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA - EMPRESA DEVEDORA EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL - ATOS EXPROPRIATÓRIOS AO PATRIMÔNIO DA
RECUPERANDA E AFERIÇÃO DA ESSENCIALIDADE DO
BEM - COMPETÊNCIA DO JUÍZO UNIVERSAL - RECURSO
PROVIDO.
1. Ainda que se trate de créditos garantidos por alienação
fiduciária, compete ao juízo da recuperação judicial decidir
acerca da essencialidade de determinado bem para fins de
aplicação do art. 49, §3º, da Lei nº 11.101/2005.
2. O juízo recuperacional é o competente para decidir acerca dos
atos constritivos ao patrimônio da empresa, inclusive para
declarar a essencialidade de bens à atividade de empresa em
recuperação judicial, para resguardar a função social da mesma.
3. Decisão reformada.
4. Recurso provido. (TJMG - Agravo de Instrumento-
Cv 1.0000.20.459379-2/004, Relator(a): Des.(a) Sandra
Fonseca , 6ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/02/2023,
publicação da súmula em 17/02/2023)

Conclusões: a examinadora é forte candidata a elaborar as questões de


Formação Humanística em razão de seus estudos em Sociologia Jurídica.
Ademais, as questões podem abordar mudanças recentes na legislação como
da Lei de Improbidade Administrativa e da Lei de Licitações, bem como
temas clássicos como responsabilidade civil do Estado.

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