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Paulo e linhas troncais nhas metropolitanas.

Corredor Metropolitano complementares.


Linhas diretas metropo-
litanas – Linhas remanes-
Cecap – Terminal implantado na área ante-
riormente ocupada por um centro de abas-
tecimento localizado na Avenida Presidente

Guarulhos-São Paulo
centes do processo de for- Tancredo de Almeida Neves com a Avenida
mação da rede integrada, Monteiro Lobato (figuras 3 e 4 ).
mantida com o atendimen- Vila Galvão – Terminal a ser implantado
to atual, podendo operar em Guarulhos em área na Avenida Sete
apenas na hora-pico. de Setembro, entre as ruas Gilda e Cristi-
PEDRO DENIS TONETTO* Linhas estruturais muni- na, próximo à divisa de Guarulhos e São
cipais de Guarulhos – São Paulo.
Corredor Metropolitano Metrô, em São Paulo, Figura 4 - Perspectiva Terminal Cecap linhas da rede municipal
Guarulhos-São Paulo (Tu- conta com os projetos de Guarulhos, conforme Articulação dos deslocamentos
curuvi) tem a finalidade de executivos desenvol- projeto de reestruturação Uma das premissas do projeto foi a con-
prover o município de Gua- vidos, compondo o elaborada pela prefeitura figuração da rede de transporte coletivo
rulhos e a região nordeste de Trecho 1 do projeto. de Guarulhos, abrangendo municipal e intermunicipal, considerando a
São Paulo com uma rede de transporte cole- Este trajeto ini- linhas radiais, transversais articulação dos deslocamentos dos usuários.
tivo altamente qualificado para atendimento cial, com 21,5 quilô- e diametrais. Desta forma, além da integração física nos
da demanda metropolitana de transporte pú- metros, dos quais 16 Linhas municipais de São terminais, esta operação também será possí-
blico, fundamentada na implantação de uma quilômetros no ter- Paulo – São linhas da rede vel nas paradas de embarque e desembarque
rede metropolitana e municipal integrada, ritório de Guarulhos, municipal de São Paulo, e nas estações de transferência, por contato
operando a partir de um tratamento viário basicamente vale-se conforme operação atual, da rede de transporte (cruzamento ou apro-
exclusivo para a circulação dos ônibus. do apoio das vias já que a SPTrans não possui ximação do viário segregado com o trajeto
O tratamento viário exclusivo para os do Sistema Viário de Figura 1 - Seção típica Figura 5 - Parada de embarque e desembarque nenhum projeto de reestru- de linhas de ônibus) ao longo do corredor
ônibus proposto para o corredor compõe-se Interesse Metropoli- turação apoiado no Corre- (figura 5 ).
principalmente pela segregação da operação tano (Sivim), que formam o Anel Viário de tações do Metrô, CPTM e a interligação com dor Guarulhos-São Paulo.
dos ônibus do tráfego geral, mediante faixas Guarulhos e de vias complementares do vi- os atendimentos da SPTrans, através da Ave- metropolitanas e municipais de Guarulhos A rede contará com vários terminais de Articulação com ferrovia e metrô
exclusivas implantadas à esquerda das pistas ário de São Paulo que estabelecem a ligação nida Guarulhos, de uma nova ponte junto a e São Paulo e serão diretamente integradas integração. A integração intermodal com o ser-
de tráfego, junto ao canteiro central das vias com Guarulhos na região norte. do Imigrante Nordestino sobre o Rio Tietê, nos terminais citados e nas paradas de em- São João – Terminal implantado pela pre- viço metroviário se dará diretamente no
que formam o trajeto da linha de eixo que O Trecho 2 do Corredor Guarulhos- São de uma nova passagem inferior aos trilhos barque/desembarque. Estas linhas foram feitura de Guarulhos na Estrada Guarulhos- Terminal Tucuruvi da Linha 1-Azul e com
estrutura a ligação metropolitana (figura 1). Paulo prevê uma ampliação de 6 quilômetros, da Linha 12-Safira da CPTM, bem como da classificadas segundo a tipologia funcio- Nazaré Paulista, próximo à Avenida Marechal a Linha 3-Vermelha, nas estações Penha,
Em sua primeira etapa de execução, o estendendo-se do Terminal Taboão até um duplicação da Avenida Gabriela Mistral, no nal que segue. Lourenço Seródio. Carrão e Brás. Futuramente, estas ligações
projeto caminha entre um ponto extremo de novo terminal, o Terminal São João, em pon- município de São Paulo, em uma extensão Linhas alimentadoras – Linhas de ligação Taboão – Terminal implantado no canteiro limitar-se-ão à ligação com a Estação Ti-
integração de linhas (Terminal Taboão), já im- to mais extremo da região nordeste de Gua- de 4,08 quilômetros, que compõe o Trecho dos bairros com os terminais que atende- central da avenida que margeia o Córrego quatira da CPTM e também do Metrô.
plantado nas proximidades do Aeroporto Inter- rulhos, utilizando a Avenida João Jamil Zarif 3 do projeto. rão demandas municipais e intermunici- Baquirivu, no entroncamento com a Rua A integração intermodal ainda contará
nacional André Franco Montoro (Aeroporto de que estabelece o contorno norte do Aeropor- Quando plenamente implantado, o Cor- pais pertencentes ao sistema municipal de Joaquina de Jesus. Este terminal, em uma com a futura integração do corredor com a
Guarulhos), desenvolvendo viário através da to de Guarulhos, com oito pontos de parada. redor Guarulhos-São Paulo totalizará 31 qui- Guarulhos. primeira etapa, é o ponto de origem das Linha 13-Jade (Trem de Guarulhos) no Bairro
Avenida Marginal Baquirivu, atingindo o Ter- No início de 2014 está prevista a implan- lômetros de vias tratadas para a circulação Linhas estruturais metropolitanas – Li- principais linhas troncais metropolitanas do Cecap.
minal Metropolitano Cecap, ambos já implan- tação do Terminal Metropolitano Vila En- dos ônibus (figura 2 ). nhas de ligação dos terminais com as áreas corredor. Posteriormente, com a extensão A rede de transporte integrada pressu-
tados. O viário entre este terminal e o futuro dres, em Guarulhos, além de soluções viárias de atração de viagens em São Paulo, clas- do corredor até ao Terminal São João, este põe a adoção de uma política tarifária que
Terminal Metropolitano Vila Galvão, inclusive, de preferência para a circulação dos ônibus ASPECTOS GERAIS sificadas em linhas do eixo Guarulhos-São será um terminal intermediário para as li- permita ao passageiro utilizar as linhas mu-
encontra-se no início de suas obras, que tem na ligação entre o Trecho 1 do corredor e De modo geral, a rede de transporte nicipais e metropolitanas de forma a lhe con-
a previsão de término no segundo semestre a região da Penha denominada Tiquatira, coletivo do Corredor Guarulhos-São Pau- ferir ampla liberdade de conexões (figura 6 ).
de 2014. O trecho até à Estação Tucuruvi do onde futuramente serão construídas as es- lo, compreende a racionalização das linhas
Dados gerais – complementos
1) Demanda geral: 100 000 passageiros/
dia útil.
2) Viário segregado em sua maior parte, fro-
ta de 90 veículos.
3) Estações de transferência: quatro.
4) Pontos de parada com acessibilidade uni-
versal: 30.
5) Terminais: Taboão, Cecap, Vila
Galvão,Tucuruvi e Vila Endres.
6) Viário: 31 quilômetros.
7) Ciclovia em Guarulhos: 4 quilômetros.

* Pedro Denis Tonetto é engenheiro civil do


Departamento de Projetos e Obras da EMTU/SP
Figura 2 - Planta de situação Figura 3 - Planta Terminal Cecap Figura 6 - Rede integrada E-mail: pedrot@emtu.sp.gov.br

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locais e metropolitanas. O terminal funciona

Corredor Metropolitano com um único pavimento, com três platafor-


mas de embarque e desembarque e travessia
em nível para o acesso à Estação Jandira da

Itapevi-São Paulo
CPTM. Para aumentar a capacidade de atendi-
mento, segurança e conforto aos passageiros,
este terminal será totalmente reestruturado na
segunda etapa das obras. Serão criadas novas
DEMÉTRIO AUGUSTO DE ARAÚJO* plataformas, área comercial e de apoio, além
de uma travessia superior que fará a ligação
direta com a CPTM, passando sobre o Corredor
integração intermodal é saturação, tan- Metropolitano (figuras 2 e 3).
fundamental para promover to das vias ur-
a racionalização do serviço banas conven- Trecho Jandira-Carapicuíba – Projetos
de transporte público nas cionais (ruas básicos e executivos finalizados e proces-
grandes cidades, onde há e avenidas), so de licitação para a contratação de em-
sistemas sobre trilhos. Cabe aos sistemas so- quanto das preiteira em andamento. Extensão de 8,8
bre pneus, em face de sua maior flexibilida- principais ro- quilômetros em viário totalmente conso-
de e capilaridade, o papel de alimentadores, dovias que cor- lidado. A partir deste ponto, devido à de-
deixando ao modo ferroviário a função de tam a região: manda crescente de passageiros, o corre-
transporte de massa e espinha dorsal das re- Raposo Tavares Figura 4 - Novo Terminal Carapicuíba dor toma a característica de semiexpresso,
des de transporte. e Castelo Bran- parada, iluminação, acessibilidade, calça- bre a ferrovia, nas imediações da Rua Ame- com paradas em canteiro central “porta à
Assim como várias outras regiões de co. Estas gran- mento e paisagismo. Apesar do grande im- ríndia, em Jandira, eliminando por definitivo esquerda”, com capacidade para um nú-
São Paulo, a zona oeste apresenta grande des vias, já no pacto positivo, a EMTU/SP preocupa-se com uma passagem em nível, que causa grande mero maior de passageiros. A maioria dos
problema no sistema de transporte coleti- trecho urbano, o bem-estar da população lindeira, minimi- desconforto aos veículos e pedestres da re- pontos funcionará com “paradas bidirecio-
Figura 1 - Mapa do Corredor Itapevi – São Paulo
vo, ora pelo grande fluxo interno inerente exibem carac- zando ao máximo a necessidade de desapro- gião. Ainda neste trecho, por apresentar de- nais”, onde, na mesma plataforma encon-
da própria característica, plural da região, terísticas de priações ao longo do corredor. manda relativamente baixa, os ônibus farão tram-se passageiros com destino a ambos
ora por apresentar movimento pendular em avenida, apresentando grande porcentagem Jaguaré, já na capital paulista. o atendimento de forma tradicional “porta os sentidos do corredor. Estas estações de
direção ao centro da cidade, com fluxos in- de veículos que a utilizam apenas para fazer Como forma de solucionar o problema de ETAPAS DE PROJETOS E OBRAS à direita”, com pontos de parada paralelos, embarque e desembarque apresentam ar-
tensos de passageiros nos períodos da ma- a travessia metropolitana, confundindo-se transporte coletivo desta região, a EMTU/ Trecho Itapevi-Jandira – Projetos básicos e implantados dos lados opostos nas avenidas. quitetura peculiar e exclusiva, com estru-
nhã e final da tarde. com os demais veículos oriundos de outras SP, em conjunto com a Secretaria dos Trans- executivos finalizados. Este trecho de 5 qui- O ponto inicial do corredor, Estação de tura leve em concreto armado e testeiras
Apesar da presença do trem metro- cidades do Estado e do país. portes Metropolitanos de São Paulo (STM) e lômetros entre as estações Itapevi e Jandira Transferência Itapevi, possui grande posição de vidro. Os terminais de integração ou
politano na região, identificamos que Dentre os diversos municípios que os municípios adjacentes, optou pela cons- já está em construção. Estão previstos neste estratégica, tanto pelo fato de possibilitar transferência devem priorizar o conforto,
um problema comum a todos os sistemas compõem a Região Metropolitana de trução do Corredor Metropolitano Itapevi- trecho as construções da Estação de Trans- integração física com a estação de mesmo acessibilidade e a segurança dos usuários,
metroferroviários do Brasil tem sido a in- São Paulo (RMSP), falaremos mais aten- São Paulo (figura 1); um sistema de ônibus ferência de Itapevi, Terminal Jandira, cons- nome da CPTM quanto por ser ponto inicial reduzindo ao máximo o transtorno pro-
tegração com outros modos de transpor- tamente das cidades atendidas pelo trem articulados, de média capacidade, que per- trução do novo viário, remodelação do viário de outro novo Corredor Metropolitano que vocado pelo transbordo, assegurando aos
te. Em algumas cidades esta integração da CPTM: Itapevi, Jandira, Barueri, Ca- correrão os municípios em faixas exclusivas existente e dos novos pontos de parada, com interligará os municípios de Itapevi e Cotia, usuários a continuidade da viagem com
ocorre de forma mais intensa e tem uma rapicuíba e Osasco. Além do transporte e semiexclusivas, com extensão total de 23,6 a troca do pavimento flexível pelo pavimen- em fase final de estudos e projetos. rapidez em qualidade.
participação significativa na captação de sobre trilhos e do escape para a Rodo- quilômetros, ligando os municípios de Ita- to rígido em toda a extensão de embarque e No ponto final deste primeiro trecho en- A partir do Terminal Jandira, o corredor
demanda. Mas em outras esta integra- via Castelo Branco, os passageiros destes pevi, Jandira, Barueri, Carapicuíba e Osasco. desembarque. O trecho contará ainda com contra-se o Terminal Jandira que é adminis- segue em destino leste, rumo ao município
ção ocorre apenas de maneira informal, municípios utilizam também o eixo das Apesar de se tratar de um viário quase um novo viaduto que fará a transposição so- trado pela municipalidade e atende às linhas de São Paulo, passando pela Avenida João
por ser atrativa ao usuário, mas não há principais avenidas da região rumo a São 100% consolidado, a implantação do cor- Balhesteiro, Rua Fernão Dias Paes Leme, Es-
uma rede integrada de transporte, onde Paulo, como a Avenida João Balhesteiro, redor proporcionará novas características à trada de Jandira e Rua Anhanguera, no mu-
os sistemas sobre trilhos sejam os modos Estrada de Jandira, Estrada dos Romeiros via, acrescentando nova infraestrutura tanto nicípio de Barueri. Nesta cidade, o corredor
estruturantes. e Avenida dos Autonomistas, alcançando para os pedestres quanto para os veículos. incide em um novo ponto notável do trajeto:
A malha viária por sua vez já apresenta a Avenida Corifeu de Azevedo Marques ou Como também novos terminais, pontos de a Estação Barueri da CPTM, que funciona
ao lado do terminal de ônibus municipal.
Desenvolvendo-se sempre ao lado sul da
ferrovia, identificou-se neste local um pro-
blema claro de integração entre os modais,
pelo fato de tanto a estação de trem quanto
o terminal de ônibus localizarem-se do lado
norte da ferrovia, enquanto que a ligação
com os usuários do lado sul se faz através de
uma passagem sob a ferrovia, que é utiliza-
da pelos passageiros que utilizam o sistema
municipal e metropolitano do lado sul (Rua
Anhanguera), exatamente por onde está pro-
jetado o novo corredor. Encontram-se ainda,
no lado sul da cidade, importantes destinos,
Figura 2 - Estação de Transferência Itapevi Figura 3 - Terminal Jandira (1ª fase) Figura 5 - Perspectiva do complexo integrado com a CPTM como o Cemitério Municipal, o Velório Álva-

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Trecho Carapicuíba-Terminal Osasco


km 21 – Projetos básicos e executi-
vos f inalizados e processo de licitação
para a contratação de empreiteira em
andamento, para um viário de 2,2 qui-
Corredor Metropolitano Noroeste
lômetros de extensão, totalmente con- ADRIANA DIMAN DE CARVALHO*
solidado. São apenas duas estações de IVAN GARDIN**
embarque e desembarque até chegar ao
futuro Terminal Osasco km 21, já no li-
mite do município. Este novo terminal
fará a integ ração física com a estação
de trem General Miguel Costa e os ôni-
bus municipais de Osasco.
Diferente do Terminal Carapicuíba,
onde imperam as formas em concreto ar-
mado, o terminal km 21 foi concebido com
estrutura mista, onde predomina uma ele-
gante treliça metálica que sustenta a co-
bertura principal e as rampas de acesso. Os
pilares em formato “V” e as suaves linhas
sinuosas da cobertura complementam os
predicados arquitetônicos de leveza da
construção ( figura 6 ).

Trecho Terminal Osasco km 21-Terminal


Vila Yara/Amador Bueno – Este trecho
do corredor encontra-se ainda em fase
de elaboração dos projetos básicos e exe-
Figura 6 - Terminal Osasco km 21 cutivos. Seguindo pela Avenida dos Au-
tonomistas, rumo a São Paulo, é um dos
jada, porque neste trecho será construída segmentos mais densamente ocupados do
uma via elevada, que possibilitará tanto a corredor. São 7,6 quilômetros transcorri-
passagem dos ônibus do corredor quanto dos dentro de Osasco, do Terminal Osas-
o tráfego em geral. A Estação de Trans- co km 21 até o atual Terminal Municipal
ferência será implantada nesta via e o Amador Bueno, já no limite com o muni-
deslocamento de passageiros que realizam cípio de São Paulo. Este último será re-
embarque, desembarque e transbordo para modelado e revitalizado, incorporando as
outros modais se dará por escadas rolantes novas linhas metropolitanas oriundas do
e elevadores. corredor. Neste terminal ocorrerá também
Seguindo-se o traçado pela Estrada dos uma importante integração com as linhas Região Metropolitana de gundo maior terminal aéreo de cargas do país, A região tem como eixo principal de des-
Romeiros, pela Avenida Deputado Emílio municipais da cidade de São Paulo. Como Campinas (RMC) é constitu- sendo responsável por 18,1% do movimento locamentos a Rodovia Anhanguera (SP-330)
Carlos e pela Avenida Governador Mário Co- opção operacional para o usuário haverá ída por 19 municípios que total de cargas nos aeroportos brasileiros. e todo esse desenvolvimento trouxe, como
vas chega-se ao Terminal Carapicuíba, loca- novas linhas com destino a vários pontos ocupam uma área de 3 647 Segundo dados da Fundação Seade, a consequência, a sua sobrecarga. Mesmo
lizado no movimentado centro comercial do da cidade, como a Estação Butantã da Li- quilômetros quadrados e RMC registrou, entre 2000 e 2010, o maior após investimentos para ampliação da sua
município. O antigo terminal municipal foi nha 4-Amarela do Metrô, e os bairros da concentram 2,8 milhões de habitantes que saldo migratório do Estado, recebendo 23 200 capacidade com a construção de pistas mar-
demolido no início do ano e a novidade se Lapa e Morumbi. correspondem a 6,8% da população do Es- pessoas por ano, enquanto a RMSP e a Região ginais no trecho entre Hortolândia e Sumaré,
dará pela pluralidade funcional e construti- A construção deste corredor faz par- tado, de acordo com Estimativa Populacional Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) re- ainda existem pontos de gargalo nos horá-
va do novo terminal metropolitano, que está te da missão da EMTU/SP de privilegiar do IBGE 2012. A RMC possui a mais expressi- gistraram saldo negativo nesse aspecto. rios de pico, devido ao grande fluxo urbano
sendo construído junto ao terminal munici- o transporte público, disponibilizando o va concentração industrial do interior do Es- Os municípios da porção noroeste da RMC – e metropolitano que dela dependem.
pal, e vão funcionar juntos, operando as li- que há de mais moderno, tanto nos pro- tado de São Paulo e juntamente com a Região Americana, Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia,
nhas municipais e metropolitanas. O projeto jetos quanto nas construções, contribuin- Metropolitana de São Paulo (RMSP), Região Monte Mor e Santa Bárbara D’Oeste – concen- CONCEITUAÇÃO DO CORREDOR
prevê um andar térreo totalmente integrado, do para a requalificação de toda a região, Metropolitana do Vale do Paraíba e Região tram 33% da população da região, e no ano de A implantação de um corredor de trans-
onde ocorrerá o embarque e desembarque consolidando as integrações, tanto no mo- Administrativa de Sorocaba somam 90% da 2010 ofereciam 125 000 empregos, caracterizan- porte de média capacidade ligando os muni-
para todas as linhas, e um bulevar supe- dal ferroviário como sobre pneus, e tam- produção industrial paulista e, ainda, 95% do um aumento de 93% nos últimos dez anos. cípios de Santa Bárbara D’Oeste, Americana,
Figura 7 - Estações de embarque e rior, que contará com área livre e inserção bém valorizando os espaços urbanos, com dos serviços oferecidos no Estado. Possui Esses municípios, com exceção de Monte Mor, Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia e Campi-
desembarque típicas paisagística do lado municipal e um centro a implantação de tratamento paisagístico, uma estrutura agrícola e agroindustrial bas- formam o maior polo têxtil do Brasil, responsável nas, que proporcione um deslocamento me-
comercial do lado metropolitano. Existirá calçadas e mobiliário urbano ( figura 7). tante significativa e desempenha atividades por 85% da produção nacional de tecidos. tropolitano por meio de um traçado retilíneo,
ro Quinteiro Vieira e o acesso ao 22º Bata- ainda uma continuação do bulevar por cima terciárias de expressiva especialização. Estudos realizados apontaram para um independente das rodovias Anhanguera e dos
lhão Logístico do Exército Brasileiro. da avenida e um acesso à estação de trens da * Demétrio Augusto de Araújo é arquiteto do Além de abrigar grandes e modernas plan- grande fluxo de deslocamentos entre esses mu- Bandeirantes (SP-348) – com poucas interfe-
A solução encontrada pela EMTU/ CPTM, direto no setor de bloqueios e bilhe- Departamento de Projetos e Obras (DPO) da EMTU/SP tas industriais, a região também abriga o Ae- nicípios motivados por viagens a trabalho, estu- rências de fluxo, localizado dentro da área de
SP foi ao mesmo tempo criativa e arro- teria (figuras 4 e 5 ). Email: demetrioa@emtu.sp.gov.br roporto de Viracopos, ocupando o posto de se- do, acesso a serviços e comércio, entre outros. interesse dos usuários e interligando as áreas

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centrais dos municípios – vem atender a essa gismo e um projeto de inserção urbana, propor-
demanda crescente, oferecendo um transpor- cionam conforto, segurança e plenas condições
te eficiente, de alta qualidade, operada por de acessibilidade, promovendo a requalificação
veículos modernos e confortáveis. do eixo do corredor por completo.
Os estudos para a construção desse cor-
redor foram iniciados em 2004 e vêm sendo VARIANTE DO TRECHO
consolidados com o desenvolvimento dos HORTOLÂNDIA-SUMARÉ
projetos e obras subdivididos em três lotes. Figura 2 - Estações de embarque junto ao canteiro central O modelo implantado tem se demonstra-
Já estão implantados e em operação o Lote 1 do eficiente nos seus propósitos e já apresenta
(Campinas-Hortolândia) e o Lote 2 (Hortolân- em Santa Bárbara d’Oeste, e na Rodovia As- proporcionando ao transporte intermunici- uma demanda suplementar, que almeja a im-
dia-Sumaré), e estão em fase de contratação trônomo Jean Nicolini, em Nova Odessa. pal um ganho na velocidade operacional – plantação de variantes do seu traçado original.
as obras do Lote 3 (Nova Odessa-Santa Bár- A utilização de trechos rodoviários é com o sistema de atendimento aos bairros Inserido nesse contexto de atendimento a essa
bara D’Oeste). Ainda estão em projeto obras uma característica da RMC, que ainda apre- passando a ser feito pelas linhas municipais. demanda suplementar, a EMTU/SP, acolhendo
complementares aos lotes 1 e 2 e uma varian- senta grandes vazios, e são frequentemente Os pontos de contato entre os sistemas mu- as solicitações das prefeituras dos municípios
te do trecho Sumaré-Hortolândia, onde será utilizados no deslocamento entre municípios nicipais e o metropolitano se darão nas três es- de Hortolândia e Sumaré, apresenta a variante
construído um trecho de corredor com faixas ou entre bairros, atravessando por áreas ru- tações de transferência propostas – São Paulo, que ligará o Terminal Metropolitano de Hor-
exclusivas à esquerda do tráfego geral e com rais ou pouco urbanizadas, em viário com Amizade, e Nova Odessa –, além dos dois novos tolândia (implantado e em operação) ao futuro
previsão de ultrapassagem (figura 1). características rodoviárias. Também são co- terminais – Santa Bárbara d’Oeste e America- Terminal Metropolitano Sumaré, utilizando
Figura 1 - Mapa do corredor muns os casos em que a região central dos na. No município de Nova Odessa também está para a sua implantação a área remanescente
TRECHO CAMPINAS, municípios é distante das rodovias, por onde prevista a reforma do terminal rodoviário e ur- da linha de transmissão desativada e o sistema
HORTOLÂNDIA E SUMARÉ (lotes 1 e 2) redor implantado na Avenida Olívio Frances- xas exclusivas e implantação de estações de o transporte intermunicipal se desenvolve, bano municipal (figuras 2, 3 e 4). viário existente, além de prolongamentos para
Os lotes 1 e 2, Campinas-Hortolândia e chini (e interligando-o com a ponte estaiada e embarque e desembarque no canteiro central, sendo necessário que a maior parte das li- Apesar de o corredor ocupar em grande par- adequação ao traçado.
Hortolândia-Sumaré, tiveram suas obras exe- o Jardim Novo Ângulo) à Rodovia SP-101, na muito próximo ao conceito de BRT (Bus Rapid nhas se desloque de sua rota mais direta, te de seu traçado o sistema viário atual, é feita Além da implantação de corredor sobre
cutadas entre 2006 e 2010 e contam com ter- altura do limite com o município de Campi- Transit). Também implantará 2 quilômetros interligando centralidades, para atendimen- uma análise detalhada da pavimentação exis- sistema viário existente, incluindo possíveis
minais, pontos de parada, estações de trans- nas. Será uma nova ligação da região central de viário novo, na extensão das avenidas São to aos bairros – em face da deficiência dos tente e sua substituição, de forma a comportar duplicações e requalificações, partindo do iní-
ferência e embarque e desembarque, trechos de Hortolândia com a rodovia e Campinas, Paulo, em Santa Bárbara D’Oeste, e Ampélio sistemas municipais ou por falta de pontos o tráfego de veículos pesados. Estas alterações cio da Avenida Rebouças, está prevista a im-
de viário exclusivo e compartilhado, confor- diminuindo os tempos de viagem. Gazetta, em Nova Odessa – mantendo a mes- de contato entre os sistemas metropolitano juntamente com adequações geométricas tam- plantação do viaduto de transposição da linha
me descrito abaixo para cada município. O projeto deverá contar com estações ma configuração de faixas exclusivas. e municipal. Desta forma, o Corredor Noro- bém implicam na necessidade de análise e redi- férrea existente e uma ponte sobre o Ribeirão
Campinas – Terminal Metropolitano Prefeito de embarque e desembarque ao longo do Nos demais trechos – cerca de 10,7 qui- este além de promover uma maior parte de mensionamento dos sistemas de drenagem, si- Quilombo, interligando o traçado principal do
Magalhães Teixeira, pavimentação da Rodo- trajeto e utilizará o que for necessário para lômetros –, os ônibus se utilizarão do viário pontos de contato ainda se utiliza de viá- nalização horizontal, vertical e semafórica. Estes corredor com a Avenida Amizade, uma das
via CAM 331 e corredor com faixa exclusiva caracterizar a continuidade do traçado da existente, com estações de embarque e de- rios existentes e próximos das centralidades, serviços, complementados por um novo paisa- principais ligações com a Rodovia Anhangue-
na Avenida Lix da Cunha com duas estações Avenida Olívio Franceschini, como seção sembarque à direita da via. Essa configura- ra, outro importante eixo de demanda.
de embarque e desembarque e uma estação similar, tratamento paisagístico, sinalização ção será utilizada na região central de Ame- Os benefícios já observados com a implan-
de transferência – Anhanguera. viária, pavimentação, ciclovia, iluminação, ricana e em parte de Santa Bárbara D’Oeste, tação dos lotes 1 e 2 e esperados com a im-
Hortolândia – Terminal Metropolitano Hor- adequações geométricas, entre outros. onde o viário existente é estreito e entrecor- plantação do Lote 3 do corredor são a redução
tolândia, tratamento da Avenida Emancipa- Também estão previstos novos terminais, tado. O corredor também irá utilizar trechos do tempo de viagem, a redução da emissão de
ção no trecho entre a Rodovia SP-101 e a como o Terminal Rosolém, nas proximidades rodoviários, como na Rodovia Luiz Ometto, poluentes, aumento na velocidade média dos
Rua Diamante, pavimentação e implantação da confluência entre a Rodovia SP-101 e a deslocamentos, a racionalização dos itinerá-
de pontos de parada na Rua Diamante, cor- Avenida Emancipação, e o Terminal Sumaré rios dos ônibus metropolitanos, o aumento da
redor com faixa exclusiva na Avenida Olívio na região central do município, além de no- segurança e acessibilidade universal para os
Franceschini com estações de embarque e vas estações de transferência, na altura dos usuários, pedestres e ciclistas e qualificação
desembarque, duplicação e implantação de quilômetros 107 e 110 da Rodovia Anhangue- urbana do entorno da área de implantação.
estações de embarque e desembarque na ra, e que prestarão um serviço complementar O Corredor Metropolitano Noroeste, plena-
Avenida Santana. atendendo bairros com grande demanda jun- mente implantado, se propõe a fazer uma articu-
Sumaré – Duplicação e tratamento viário to à rodovia, sem ligação direta com o traça- lação com o transporte coletivo das respectivas
da Rodovia SMR-020, com implantação de do principal do Corredor Noroeste. cidades por onde passa, bem como proporcionar
obra de arte especial e estações de embar- Buscando implementar melhorias no sis- aos pedestres e ciclistas uma infraestrutura se-
que e desembarque. tema no trecho da Avenida Lix da Cunha em Figura 3 - Terminal Americana gura e acessível. O corredor irá se transformar
Terminal Prefeito Magalhães Teixeira
Campinas, será implantada uma nova esta- em uma autêntica ligação viária metropolitana
- Campinas
OBRAS COMPLEMENTARES ção de embarque e desembarque, dentro do com prioridade para o transporte coletivo, apre-
(lotes 1 e 2) traçado atual. sentando-se como uma opção viária que poderá
Os estudos iniciais do Corredor Noroes- ser importante vetor de desenvolvimento urba-
te em Hortolândia indicavam a utilização da TRECHO NOVA ODESSA, AMERICANA no para os municípios interceptados.
Avenida Emancipação, acesso principal da ci- E SANTA BÁRBARA D’OESTE (Lote 3)
dade vindo da Rodovia SP-101, como parte do Estão em fase de contratação as obras * Adriana Diman de Carvalho é arquiteta do
seu traçado. Entretanto, o novo Plano Diretor da extensão do Corredor Noroeste no trecho Departamento de Projetos e Obras (DPO) da EMTU/SP
do Sistema Viário da Prefeitura incluiu, além dos municípios de Nova Odessa, Americana e E-mail: adrianadc@emtu.sp.gov.br
de outras intervenções, uma ponte estaiada Santa Bárbara D’Oeste. Serão mais 24,3 qui-
sobre uma lagoa de contenção de enchentes, lômetros de corredor, sendo 11,6 quilômetros ** Ivan Gardin é arquiteto do Departamento
que já está em obras. Este plano induziu uma de traçado retilíneo, com a reconfiguração Estação de Embarque na Avenida Lix da de Projetos e Obras (DPO) da EMTU/SP
nova diretriz de traçado, prolongando o cor- do viário existente para acomodação de fai- Cunha - Campinas Figura 4 - Terminal Santa Bárbara D’Oeste E-mail: ivang@emtu.sp.gov.br

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