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Consonância e Dissonância

- A música é uma forma de expressão artística, e a criatividade e a liberdade do compositor podem


levar a variações, embora haja uma tendência geral, não há uma regra rígida - ChatGPT

- A dissonância exige um tratamento especial.


- A dissonância chamará mais atenção simultaneamente em um acorde, em uma sucessão poderia
passar despercebida, mas em acorde isso não é possível.
- As instruções necessárias para a realização do sistema não as dou como regras.
- Nosso ouvido hoje não reaje mais as condições naturais, mas foi educação pelas condições
produzidas pelo sistema, que com o tempo veio a ser uma segunda natureza.
- As novas conquistas diluir-se-ão em outro sistema, é preciso tirar o velho sistema do caminho e,
talvez, o conhecimento de tudo o que aqui exponho possibilite essa tarefa.
- A dissonância foi pouco a pouco possibilitado, através de notas de passagem, portamento e
glissando, cujas notas são dficilmente perceptíveis.
- A utilização desses adornos, nos quais entrava sons dissonantes era permitida sob a forma das
chamadas "graciosidades de estilo" e quase exigida pelo gosto da época.
- Dois impulsos lutam no homem: o desejo de repetir as sensações agradáveis e o contrário: a ânsia
por mudanças, transformações, por novas sensações.
- A dissonância foi aceita, mas na porta foi colocado um ferrolho quando da ameaça de um excesso
e dessa maneira que nasceu o "manejo da dissonância".
- A precaução do ouvinte que dseja apreciar essa sensação (ouvir a dissonância) mas não quer
assustar-se em demasia com o perigo.
- Então o compositor inventa métodos: como introduzir lenta e cautelosamente o que tem que surgir
(a dissonância neste caso) sem aborrecer o ouvinte?
- Como convencê-lo a aceitar a uva amarga, para depois desfrutar ainda mais a doce, isto é, a
resolução da dissonância?
- Preparação e resolução, são, portanto, as duas cobertas em que vai cuidadosamente tratar a
dissonância para que não receba nem ocaione danos.
- Existem diferentes maneiras de tratar a dissonância, sobretudo no que diz repeito a resolução, mas
também diferentes formas de introduzi-las.
- A primeira forma de introduzir a dissonância e também a mais simples é a Preparação, ouo seja: o
som que irá ser dissonância deve ser tocado na mesma voz, no acorde precedente, como
consonância.
- A resolução da dissonância acontece fazendo com que a nota dissonante faça um movimento
descendente por grau conjunto.
- Existe diversas maneiras de a dissonância comportar-se perante o acorde de resolução: pode
descer, subir ou manter-se, mas também realizar um salto.

- Em seu nível mais alto, a arte ocupa-se unicamente em reproduzir a natureza interior. Arnold
Schoenberg
- Na sucessão dos harmônicos superiores, os primeiros sons são mais familiares ao ouvido,
enquanto os mais distantes soam mais inusitados.
- Os harmônicos mais próximos contribuem mais, os mais distantes, menos.
- Tudo depende da crescente capacidade do ouvido em familiarizar-se com os harmônicos mais
distantes, ampliando o conceito de "som agradável", suscetível de fazer arte.
- O que hoje é "distante" amanhã pode ser "próximo".
- Se mantendo a expressão "consonância" e "dissonância", apesar de incorretas, definirei como
consonância a relação mais próxima e simples com o som fundamental e dissonâcia as relações
mais afastadas e complexas.
- As consonâncias originam-se dos primeiros harmônicos e são tão mais perfeitas quanto mais
próximas estiverem do som fundamental, ou seja, quanto mais próximos os sons estiverem da
fundamental, mais fácil será para o ouvido reconhecer sua afinidade com ele.
-Os sons consonantes são "repousantes" ou seja, não requerem resolução.
- Nota: Schoenberg chama as relações mais distantes com a fundamental, não de dissonâncias, mas
sim, consonâncias e considera incorreto os termos "consonância" e "dissonância".
- A consonância mais perfeita depois do uníssono é a oitava, segue-lhe a quinta e depois a terça
- A terça menor, sexta maior e menor e a quarta são consideradas consonâncias, porém, imperfeitas.
- Como dissonância consideram: segunda maior e menos, sétima maior e menor a nona etc. Além de
todos os intervalos aumentados e diminutos.
- A série harmônica, partindo de qualquer nota: I – I -V – I – III – V – VII b – I – II – III – IV - V
etc.
- Conforme os harmônicos naturais vão se afastando da fundamental, vão aproximando-se um dos
outros, encurtando sua relação intervalar e tornando-se assim “dissonantes”.
- Exemplo Dó: Dó – Dó – Sol – Dó – Mi – Sol – Sib – Dó – Ré – Mi – Fá - Sol etc – esses são os
harmônicos superiores de Dó
- Cada som sofre influência de outro situado uma quinta abaixo dele, Sol sofre influência de Dó e
Dó sofre influência de Fá.
- A soma dos harmônicos superiores, eliminando os que se repetem, forma os sete sons da escala.
- O nosso ouvido não reage as condições da natureza, mas foi educado pelo sistema atual. Esse
sistema diz que as relações mais próximas da fundamental são agradáveis e as relações mais
distantes são desagradáveis, tal sistema com o tempo veio a tornar-se uma “segunda natureza”
segundo Schoenberg – mas algum dia esse sistema irá mudar, dando lugar a novos “sistemas” o
qual educará nosso ouvido a novas tendências.
- A dissonância, por estar distante do som fundamental na série harmônica, exige um tratamento
especial.
- O tratamento especial é chamado de Preparação e Resolução – Consistem em tocar o som
dissonante na mesma voz e altura, em um acorde imediatamente anterior ao acorde dissonante,
neste acorde, o som dissonante, será consonante, passando então para o próximo acorde, tornandose
dissonância e no acorde seguinte, resolve descendo por grau conjunto.
Sol
Lá – Mi - Lá
Ré – Ré - Dó
Fá – Dó – Fá
- Toda dissonância ao ser tocada pede repouso em um acorde consonante, se todo o som é
dependente de outro uma quinta abaixo dele, então, por exemplo, Sol com sétima resolve em Dó e
Dó com sétima resolve em Fá e assim por diante.

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