TIPOS DE SINDICALISMO

c) Sindicalismo cristão: não rompe com o reformismo e tem origem

inspirada na Encíclica Rerum Novarum, de Leão XII.
“A concepção cristã atribui ao capitalismo a necessidade desenvolver sua
função social, tornando-o um sistema justo e equitativo” (ANTUNES, 1985,
p. 28).
• Rejeita qualquer forma violenta de luta;
• Rejeita a luta de classes.
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d) Sindicalismo corporativista: ligado ao Fascismo de Mussolini (1927).
“Expressava a política de paz social, da colaboração entre as classes,
conciliando o trabalho ao capital e negando violentamente a existência
da luta de classes, com o nítido objetivo de garantir a acumulação
capitalista em larga escala e com um alto grau de exploração da classe
operária” (ANTUNES, 1985, p. 29).
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d) Sindicalismo corporativista
• Ausência de liberdade de associação dos trabalhadores;
• Sindicatos sem identidade com a classe trabalhadora, porque na
mesma organização se encontravam patrões e empregados;
• As corporações dos trabalhadores se tornaram subordinadas e
dependentes do Estado.
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e) Sindicalismo de concepção comunista
• Defesa da luta de classes como meio para emancipação do trabalho;
• A luta é econômica, social e política, é dirigida contra o sistema
capitalista;
• Unidade dos operários constituindo uma identidade dos
trabalhadores, independentemente das categorias profissionais
específicas.
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Ainda sobre o sindicalismo de empresa
“Os sindicatos operaram um intenso caminho de institucionalização e de
crescente distanciamento dos movimentos autônomos de classe.
Distanciam-se da ação, desenvolvida pelo sindicalismo classista e pelos
movimentos sociais anticapitalistas, que visavam o controle social da
produção, ação esta tão intensa em décadas anteriores, e subordinam-se
à participação dentro da ordem” (ANTUNES, 2000, p. 43).
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Ainda sobre o sindicalismo de empresa
• Não se confunde com sindicato de empresa ou sindicato empresarial;
• Inserido no contexto da Terceira Revolução Industrial no âmbito do
Toyotismo;
• Combina repressão com cooptação da representação sindical;
• Subordinação do sindicato aos interesses da empresa;
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Ainda sobre o sindicalismo de empresa
• Obtenção de vantagens à parcela específica dos trabalhadores
(cerca de 30%): vitaliciedade no emprego e melhores salários;
• Sindicatos tornam-se manipulados e cooptados pelo capital e se
distanciam dos reais interesses dos trabalhadores;
• Promove a fragmentação da representação dos trabalhadores,
porque se vincula a uma “identidade de trabalho” muito diminuta.
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Outra classificação
• Sindicato patronal ou sindicato das empresas: defende os interesses
dos empresários de determinado segmento econômico.
• Sindicato dos trabalhadores (laboral): organização dos
trabalhadores, atua na defesa dos interesses de determinada
categoria profissional de trabalhadores.
 A CRISE ATUAL DA SOCIEDADE DO TRABALHO
O sociólogo Ricardo Antunes parte da constatação de metamorfoses do
mundo do trabalho que impactam a representação sindical. Suas
questões acerca do tema são:
1. Quais são os contornos e dimensões essenciais da crise no mundo do
trabalho?
2. Por que se pode dizer que há uma crise no sindicalismo?
3. Frente a essa situação, quais são os principais desafios do movimento
sindical?
 A CRISE ATUAL DA SOCIEDADE DO TRABALHO
Segundo Ricardo Antunes, as metamorfoses no mundo do trabalho,
ao longo das diversas alterações nas relações sociais de produção e
na evolução das forças produtivas afetaram decisivamente o mundo
do trabalho, hoje ele é mais heterogêneo, fragmentado e complexo.
E como isso afeta a representação sindical?
 A CRISE ATUAL DA SOCIEDADE DO TRABALHO
Impactos sobre sindicalismo:
• Diminuição da sindicalização desde os anos de 1980, embora no Brasil
tenha se verificado movimento contrário no mesmo período, explicado
pelo momento histórico em que se encontrava o país;
• Fragmentação da representação sindical e ausência de unidade
identitária entre trabalho manual e intelectual;
• Precarização, trabalho temporário, terceirização são alguns fatores que
dificultam a sindicalização;