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HISTÓRIA

História do Maranhão

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
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Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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CÓDIGO:
230711477287

DANIEL VASCONCELLOS

Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade


Darwin (2013). Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas
- UNIPAM (2003). Possui mais de 15 anos de experiência em docência nas áreas de
História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia Científica, no Ensino Médio,
Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria Rakel - 60954927346, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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História
História do Maranhão
Daniel Vasconcellos

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
História do Maranhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Os Primeiros Habitantes do Maranhão: Formas de Organização Social e
Confronto Interétnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. O Maranhão Colonial: Conquista e Disputa pelo Território; Relações Sociais e
de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1. França Equinocial: Expedição de Daniel de La Touche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2. Batalha de Guaxenduba. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3. A Invasão Holandesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4. A Expulsão dos Holandeses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.5. O Estado do Maranhão e Grão-Pará. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.6. A Revolta de Bequimão (1684) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7. Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3. O Maranhão e o Processo de Independência do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4. O Maranhão no Império: Movimentos de contestação à Ordem; Economia e
Trabalho; Resistência Escrava; Sociedade e Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.1. Setembrada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2. Balaiada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.3. República de Pastos Bons. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5. As Oligarquias no Maranhão. A Economia Maranhense na Primeira República. . . 36
5.1. Oligarquias no Maranhão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.2. Economia do Maranhão na Primeira República. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.3. A Revolução de 1930 no Maranhão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6. Política e Economia no Maranhão (1945- 1964). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6.1 Economia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6.2. Política. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6.3. Greve de 1951. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

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História do Maranhão
Daniel Vasconcellos

7. O Maranhão no Período do Regime Militar: Do Vitorinismo ao Sarneísmo;


a Penetração do Grande Capital e suas Consequências Sociais; os Conflitos
Agrários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.1. Do Vitorinismo ao Sarneísmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.2. A Penetração do Grande Capital e suas Consequências Sociais. . . . . . . . . . . 50
7.3. Os Conflitos Agrários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
8. Problemas e Desafios no Brasil e no Maranhão: A Situação das Minorias:
Os Índios, os Negros, as Mulheres e os Homossexuais; a Luta pela Terra e a
Reforma Agrária; a Construção da Cidadania; Problemas do Meio Ambiente e
os Movimentos Ecológicos; Cultura e Cotidiano nos Dias Atuais; Preservação do
Patrimônio Histórico-cultural. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
8.1. A Situação das Minorias: Os Índios, os Negros, as Mulheres e os
Homossexuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.2. A luta pela Terra e a Reforma Agrária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
8.3. A Construção da Cidadania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
8.4. Problemas do Meio Ambiente e os Movimentos Ecológicos. . . . . . . . . . . . . . 74
8.5. Cultura e Cotidiano nos Dias Atuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
8.6. Preservação do Patrimônio Histórico-cultural. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121

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História do Maranhão
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APRESENTAÇÃO
Estimado(a) aluno(a), a história do Maranhão, assim como a do restante do Brasil, remonta
a tempos ancestrais, quando diversas comunidades indígenas habitavam a região. Essas
populações indígenas possuíam culturas, idiomas e modos de vida diversos, com algumas
tribos bem estabelecidas na região, enquanto outras eram nômades.
O período de chegada dos europeus à região ocorreu durante o processo de exploração e
colonização do Brasil. Em 1615, os franceses estabeleceram a chamada “França Equinocial”
na região de São Luís. A presença francesa gerou conflitos com os portugueses, que já
estavam estabelecidos no Brasil desde 1500.
Após um conturbado período de lutas e disputas territoriais, os portugueses conseguiram
expulsar os franceses e consolidar seu domínio na região do Maranhão. O território passou
a fazer parte do domínio português e contribuiu para a expansão econômica e territorial
do Brasil colonial.
No século XVIII, o ciclo da exploração da cana-de-açúcar no Maranhão impulsionou
a economia local e atraiu a chegada de mais colonos. A mão de obra escrava, composta
principalmente por africanos, foi amplamente utilizada nas plantações de cana-de-açúcar,
consolidando assim o sistema escravista na região.
Com o declínio do ciclo da cana-de-açúcar, o Maranhão se voltou para a exploração da
pecuária, especialmente com a criação de gado. Posteriormente, com a expansão do ciclo
da borracha no final do século XIX, houve um novo período de crescimento econômico
na região.
A participação do Maranhão na história do Brasil também está ligada a movimentos
políticos significativos. Durante o período da Independência do Brasil, em 1822, o Maranhão
teve uma participação ativa nesse processo, apoiando a causa da independência e se unindo
ao Brasil.
Ao longo do século XX, o estado do Maranhão passou por mudanças econômicas e
sociais significativas. A industrialização, a construção de infraestrutura e a modernização
da agricultura contribuíram para o crescimento econômico do estado.
No entanto, apesar do desenvolvimento, o Maranhão enfrentou desafios como a
desigualdade social, a pobreza e a falta de acesso a serviços básicos para muitos de seus
habitantes.
A história do Maranhão é rica e diversa, marcada por diferentes momentos e influências.
A preservação da cultura indígena e a diversidade étnica continuam sendo importantes
aspectos da identidade desse estado, ao mesmo tempo em que se busca enfrentar os
desafios do presente.
Essa rica história, meu caro(a), é o que estudará ao longo desta aula.

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HISTÓRIA DO MARANHÃO

1. OS PRIMEIROS HABITANTES DO MARANHÃO: FORMAS DE


ORGANIZAÇÃO SOCIAL E CONFRONTO INTERÉTNICO
As primeiras populações indígenas da etnia tupi-guarani no Maranhão do período
pré-colonial na ilha de São Luís e no interior do estado foram registradas por meio de
testemunhos arqueológicos.
O maranhão já era ocupado por diferentes levas de grupos indígenas, duzentas gerações
antes da chegada dos primeiros europeus em terras maranhenses. Essas populações
tupi-guarani eram formadas por horticultores e ceramistas de origem amazônica que
compartilhavam um tronco linguístico comum.
Os primeiros habitantes do Maranhão faziam parte de dois grupos indígenas: os tupis e
os jês. Eles apresentavam uma diversidade étnica e cultural significativa. Infelizmente, as
informações sobre esses povos são limitadas, principalmente porque a maioria das fontes
históricas disponíveis se concentra no período pós-contato europeu.
Os tupis habitavam o litoral. Já os jês habitavam o interior. Os dois povos indígenas que
pertencem ao grupo tupi são os guajajaras e os urubus. Os guajajaras e os urubus apenas
foram pacificados no século XX. Os dois povos indígenas do grupo jê são os timbiras e os
sacamecras. Diversas tribos do Piauí entraram no Maranhão. Isso ocorreu no século XVIII.
Naquela época, esses povos indígenas piauienses escaparam para evitar que os brancos
os caçassem.
Quando os europeus chegaram ao Brasil eles se encontraram com os tupi-guarani em
São Paulo. Mas quando aportaram em São Luís no século XVI, o grupo majoritário eram
os tupinambás que estavam presentes em quase todo o litoral maranhense. Existem
hiatos, no caso específico do Maranhão. Mesmo com a presença dos tupinambás na época,
provavelmente o grupo hegemônico em São Luís eram os Tremembé. Os grupos tupinambás,
inimigos dos tremembé, reocuparam parte da região em meados do século XVI, tornando-se
senhores absolutos da ilha de São Luís (Upaon-Açu) até a chegada dos franceses à região.
Calcula-se que para esta região de São Luís existiam cerca de 30 mil tupinambás na época
dos primeiros contatos dos franceses com esses indígenas.

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Alguns dos principais grupos indígenas que habitavam o Maranhão naquela época eram:
• Tupinambá: Os Tupinambás eram uma das etnias indígenas mais numerosas e
distribuídas ao longo da costa do Brasil, incluindo a região do Maranhão. Eles eram
conhecidos por sua habilidade em guerra e por serem grandes canoeiros e pescadores.
• Guajajara: Os Guajajara são um grupo indígena pertencente ao tronco linguístico
Tupi-Guarani. Vivem em aldeias distribuídas principalmente no Maranhão e em
parte do estado do Pará. São conhecidos por suas lutas pela demarcação de terras
e preservação cultural.
• Tembé: Os Tembé também pertencem ao tronco Tupi-Guarani e ocupavam uma área
na região leste do Maranhão, próximo ao Pará, mais especificamente, ocupavam o
litoral centro-oriental do Maranhão até a baia de Turiaçu. Eram tradicionalmente
caçadores e agricultores.
• Tremembé: Os Tremembé habitavam o litoral do Maranhão e do Ceará. Eram conhecidos
por suas atividades pesqueiras e coleta de produtos marinhos.
• Krikati: Os Krikati, falantes da língua Timbira, ocupavam parte do sul do Maranhão
e também outras áreas próximas, no estado do Tocantins.
• Apanyekrá (Gavião): Os Apanyekrá, também conhecidos como Gavião Parkatejê,
habitavam a região do médio Gurupi, no noroeste do Maranhão.

Esses são apenas alguns exemplos dos povos indígenas que viviam na região do Maranhão
na época da chegada dos portugueses. Cada grupo tinha sua própria cultura, tradições e
formas de subsistência, o que contribuía para a rica diversidade cultural da região antes da
colonização europeia. Infelizmente, como mencionado anteriormente, muitos desses povos
indígenas sofreram e continuam enfrentando grandes desafios desde o período da colonização,
incluindo a perda de território, a disseminação de doenças e a marginalização cultural.
Vale ressaltar que no século XVI algumas regiões no nordeste já apresentavam centros
urbanos mais estruturados, como Bahia e Pernambuco, o mesmo não ocorreu com a região
norte onde a demarcação do território ainda estava incipiente, o que atraia e facilitava a
presença de corsários – principalmente holandeses e franceses – praticando o escambo
com os índios. Dentro deste cenário encontrava-se o Maranhão, dividido pelos portugueses
em duas capitanias hereditárias pelo Tratado de Tordesilhas (1534). Apesar do objetivo de
ocupação e colonização pela coroa portuguesa – com várias tentativas fracassadas – foram
os franceses com Daniel de La Touche que fundaram a cidade em 1612.

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2. O MARANHÃO COLONIAL: CONQUISTA E DISPUTA PELO


TERRITÓRIO; RELAÇÕES SOCIAIS E DE TRABALHO
Querido(a), não existem notícias feitas com exatidão a respeito das primeiras expedições
que começaram a explorar a costa maranhense. Reza a crença que, em 1500, o espanhol
Vicente Yáñez Pinzón já navegara por toda a costa norte do Brasil. A viagem feita por
Pinzón na costa norte do Brasil tem origem em Pernambuco e destino na foz do rio Amazonas.
No meio da viagem, o navegador espanhol já atravessou o litoral do Maranhão.

Figura 1. Mapa Terra Brasilis, 1519, autoria do Português Lopo Homem.

O mapa Terra Brasilis, da imagem acima, é de domínio público. Nele, aparecem escritos
alguns nomes de acidentes geográficos da costa maranhense. A partir de 1524, os franceses
começaram a frequentar o litoral do Maranhão. A explicação para o motivo dessa frequência
é que o litoral do Maranhão foi esquecido pelos portugueses. Naquele lugar, os franceses
trocavam com os indígenas produtos da região por objetos que trouxeram da Europa.
Em 1531, Martim Afonso de Sousa chegou ao Brasil. Esse homem foi o comandante da
primeira expedição que começou a colonizar a região. O militar e nobre português exigiu que
Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. Diogo Leite aproximou-se da
foz do rio Gurupi. Atualmente, o rio Gurupi serve de divisa entre os Estados do Maranhão e
do Pará. A divisa entre os dois atuais estados brasileiros ficou por muito tempo conhecida
como “abra de Diogo Leite”.
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Em 1534, quando Dom João III dividiu a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias
Hereditárias, os portugueses ainda não chegaram a colonizar o Maranhão. Um ano depois,
o monarca português concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança.
Foram eles: João de Barros, Fernando Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os
primeiros idealizaram seu plano para a tomada de posse da capitania. Os dois donatários
encarregaram sua execução a Aires da Cunha.
Aires da Cunha veio ao Brasil, no mesmo ano da doação. Durante a viagem, dez veleiros,
900 homens de armas e 130 a cavalo estavam a caminho. Mas a frota afundou nas costas
maranhenses devido a violento temporal e o capitão faleceu, assim como a maior parte dos
integrantes. Os sobreviventes fundaram um núcleo de povoamento denominado Nazaré
e passaram a explorar o terreno através dos acidentes geográficos fluviais. Entretanto, os
indígenas não lhes favoreceram essa ocupação. Do núcleo de povoamento, não restou nada.
Quando essa povoação foi destruída, os portugueses abandonaram-na.
Em 1539, foi a vez de outro fidalgo lusitano denominado Luís de Melo da Silva. Esse
homem também teve seu navio afundado no litoral maranhense. Entretanto, retornou para
Portugal em 1554. João de Barros, em 1555, mandou seus descendentes João e Jerônimo
para a donataria. Naquela época, os franceses já tinham entrado ali. De acordo com narrativa
de Jerônimo dirigida ao monarca português, estiveram na capitania 17 naus de franceses.
Os franceses edificaram, com materiais de construção da época, casas de pedra e faziam
comércio com os indígenas.

2.1. FRANÇA EQUINOCIAL: EXPEDIÇÃO DE DANIEL DE LA TOUCHE


Caro(a) aluno(a), a França Equinocial representou a segunda tentativa dos franceses de
se fixarem no Brasil, na região maranhense, entre os anos de 1612 a 1615.
A origem do nome está relacionada com o território de conquista, posto que estava
próximo da linha do Equador, antes denominada linha Equinocial. Esse evento ocorreu
após a França Antártica, colônia francesa que durou cerca de quinze anos no Rio de Janeiro.
Desde a chegada dos portugueses na América, outros povos europeus vinham disputando
as terras encontradas com intuito de explorá-las. Nesse ínterim, Portugal, a maior potência
marítima europeia dos séculos XV e XVI, disputava territórios da América, ao lado da Espanha.
Os espanhóis saíram na frente quando Cristóvão Colombo alcançou o Caribe em 1492.
Ademais, franceses e holandeses, procuraram se estabelecer na costa da colônia
portuguesa na América durante o século XVI e XVII. Diversas foram as tentativas, no entanto,
os portugueses defenderam o território combatendo as invasões.
Precisamos lembrar que, num primeiro momento, Portugal não fixou colonos no território.
A atividade se limitava em comercializar o pau-brasil com os indígenas através do escambo.
Porém, com o assédio à região, a Coroa portuguesa começou a enviar pessoas com o intuito
de povoar e estabelecer uma colônia.
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Povoar a terra foi uma tática importante encontrada pela Coroa Portuguesa a fim de
consolidar a presença lusitana no território. Dessa maneira, se evitavam as invasões que
aumentavam cada vez mais diante da ânsia dos povos europeus pela exploração e conquista.
Nesse momento, a França passava por momentos difíceis, com embates entre os
protestantes e católicos. Assim, os protestantes que estavam sendo perseguidos pela Igreja
Católica e a coroa francesa, encontraram na América portuguesa um reduto mais tranquilo.
Quando os franceses aqui chegaram, em 1555, se apossaram da cidade do Rio de Janeiro
e erigiram um forte na Baía de Guanabara, o atual forte Villegagnon.
Estava fundada, assim, a primeira colônia francesa no país: a França Antártica, pelo
francês calvinista Nicolas Durand Villegagnon. No contexto em que os franceses se
apossaram do Rio de Janeiro, esta não passava de uma possessão registrada nos mapas
luso-espanhóis e fundamentado no Tratado de Tordesilhas (1494). A maioria das Capitanias
Hereditárias (1534) haviam fracassado pouco tempo depois de seus estabelecimentos.
O Governo Geral, instaurado nos idos de 1549 não dava conta da administração daquelas
regiões. O norte era tido como verdadeiro sertão (lugar longínquo), onde diferentes nações
europeias e indígenas empreendiam trocas comerciais em larga escala.
Em 1560, os portugueses se prepararam para expulsar os invasores franceses do Rio de
Janeiro, com apoio dos índios Tamoios. No entanto, não saíram vitoriosos, sendo derrotados
durante o governo do terceiro governador geral do Brasil, Mem de Sá, em 1567. Os franceses
somente foram do Rio de Janeiro em 1570, na batalha de Cabo Frio.
Dadas as dificuldades de acesso luso e a facilidade de comércio com os indígenas, os
franceses empreenderam o estabelecimento colonial e a posse dos territórios indígenas
no Maranhão.
A partir da expulsão do Rio de Janeiro, os franceses resolveram ocupar outra parte do
território colonial português. Na época, o rei da França era Henrique IV, a quem La Touche
teria convencido sobre a importância de tomar posse das regiões não ocupadas pelos
portugueses.
La Touche conhecia bem a região pois, em 1604, havia explorado as costas da Guiana com
o navegador Jean Mocquet. Porém, Henrique faleceu deixando como sucessor seu filho Luis
XIII, ainda criança. A viúva de Henrique, Maria de Médici, assumiu a regência e, de religião
católica, impediu a expedição pelas diferenças religiosas com La Touche, que era calvinista.
Depois de algumas barganhas na corte, tendo angariado fundos com o almirante
François de Rossilly, Senhor Almers (líder católico), e o senhor de Sancy, Nicolau de Herley,
La Touche partiu de Cancale, em Março de 1612, com uma caravela e duas naus: “Saint-
Anne”, “Régente” e “Charlote”, tripuladas por 500 homens, entre eles frades capuchinhos,
viajando por cinco meses completos, enfrentando os dissabores do mal tempo. Chegou,
em setembro do mesmo ano, à “Montanha dos Canibais”, um ponto elevado na Ilha Grande,
domínio dos Tupinambás.
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Com o patrocínio da Coroa Francesa, Daniel de La Touche e Charles des Vaux fundaram a
França Equinocial, em março de 1612, cuja capital recebeu o no de São Luís, em homenagem
ao rei e ao santo patrono da França.

Figura 2. Busto de Daniel de La Touche, em frente à Prefeitura de São Luís.

As trocas voluntárias que já se processavam a mais de um século com os nativos, foi


substituída pelo domínio da terra e da mão de obra indígena pelos franceses.
As tribos indígenas e os franceses já estavam familiarizados uns com os outros, pois
navegantes vindos da França já rondavam a região. O próprio La Touche esteve por ali
duas vezes.
Os indígenas, por sua vez, apelidaram os franceses de papagaios amarelos, pois estes
eram loiros e tagarelas como as aves. Um Tupinambá chamado de Momboréuaçu chegou
à conclusão de que, semelhante aos portugueses, os franceses estavam começando a se
fixar na terra, desrespeitar os costumes de seu povo e ainda querendo-lhes escravizar.
Os resultados desse empreendimento arriscado foi o despontar de grandes conflitos de
caráter local com os grupos indígenas que não aceitavam tais medidas.
Apesar de ser de religião calvinista, Daniel de La Touche trazia frades capuchinhos
(franciscanos) na sua esquadra que rezaram a primeira missa pela fundação da cidade. Em
três anos, o território francês se expandiu para os atuais estados do Pará, Amapá e Tocantins.
Os portugueses, neste momento, estavam ligados aos espanhóis pela União Ibérica. No
entanto, não se descuidavam dos negócios da colônia e é preciso lembrar que os espanhóis
eram históricos inimigos dos franceses.
Assim, em 1615, uma expedição luso-espanhola alcançou São Luís e empreendeu o
processo de reconquista dos territórios. Liderados por Jerônimo de Albuquerque e Alexandre
de Moura, os portugueses expulsaram os franceses e tomaram o Forte de São Luís. Aliados
aos Tupinambás, empreenderam o processo de efetivação de territórios a oeste e fundaram,
em 1616, o Forte do Presépio que deu origem à cidade de Belém, capital do Pará.
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História do Maranhão
Daniel Vasconcellos

Criaram o Estado do Maranhão, com administração independente do Estado do Brasil e


estabeleceram uma relação direta com a metrópole que teve fim apenas com o processo
de Independência do Brasil (1822).
Desse modo, a tentativa francesa de estabelecer aquela colônia contribuiu para a criação
do Estado do Maranhão, uma outra colônia portuguesa na América, com administração
e características próprias que a diferenciaram, inclusive em termos históricos, da outra
colônia portuguesa chamada Estado do Brasil.
Os franceses, contudo, jamais desistiram de fixar uma colônia na América do Sul.
Finalmente, conseguiram fazê-lo no território que hoje é a Guiana Francesa, com a fundação
de Caiena em 1637.

São Luís: única cidade brasileira fundada por franceses, no dia 8 de setembro de 1612. Os
franceses chegaram ao Maranhão no dia 26 de julho e aportaram numa ilha denominada
pelos índios de Upaon-mirim, que, na língua indígena, quer dizer “ilha pequena”. A ilha de
Upaon-mirim não era o ponto final da jornada, lugar desabitado e localizado a cerca de
doze léguas da Ilha Grande ou Upaon-Açu, como os aborígines chamavam a atual ilha de
São Luís. O senhor Daniel de La Touche enviou uma expedição à ilha Grande sob o comando
do senhor Des Vaux, para averiguar como seriam recebidos pelos nativos. A recepção foi
acolhedora, pois, como vimos, já havia contatos anteriores com os nativos. A expedição
teria partido para a Ilha Grande, onde foi festivamente recebido, não só pelos nativos,
mas também por alguns náufragos franceses que viviam na ilha, entre os quais o capitão
Gérard e o compatriota Du Manoir, responsável pela recepção grandiosa aos seus patrícios.
Quando a expedição chegou a Upaon-Açu realizaram a celebração da primeira missa, em
12 de agosto de 1612. Em seguida, fizeram a busca de um local para a construção do forte
de “São Luís”. No dia 8 de setembro de 1612 era fundada a cidade de São Luís, uma ilha
e também capital do Maranhão.

001. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) No início do século XVII, os franceses tentaram organizar


uma colônia no Brasil. Para isso, fundaram a chamada de França Equinocial, no Maranhão.
Identifique os fatos históricos associados a essa colonização.
I – Contrariando as determinações do rei francês, Daniel de La Touche autorizou a difusão
da religião dos protestantes entre os indígenas no Maranhão.
II – Com o objetivo de fixar a colonização no Brasil, os franceses construíram o forte que
denominaram de São Luís, em homenagem ao rei francês.
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III – Um dos ordenamentos instituídos na França Equinocial era a conversão da população


ao cristianismo, segundo determinação do rei da França.
IV – Os franceses fundaram a França Equinocial para garantir a posse das terras do Maranhão,
conforme determinava as normas do Tratado de Tordesilhas.
É correto o que se apresenta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

Os franceses se fixaram em São Luís objetivando o acesso ao comércio de produtos da


região. Para tanto, construíram o forte de São Luís como meio de defesa para garantir a
posse da terra. Daniel de La Touche recebeu apoio da coroa francesa para realizar a incursão
ao Maranhão, mas deveria impor o catolicismo aos locais, o que torna falsa a afirmativa I.
A afirmativa IV também é falsa pois o Tratado de Tordesilhas, celebrado entre Espanha e
Portugal, garantia as terras do Maranhão aos portugueses.
I: Errada. Apesar de ser protestante, Daniel de La Touche aceitou as ordens da coroa francesa
de que o catolicismo fosse utilizado como religião oficial da colônia com a catequização
dos nativos.
II: Certa. O forte de São Luís foi construído em homenagem ao rei francês.
III: Certa. Como dito, o cristianismo católico foi a religião a qual a população da nova colônia
deveria se converter.
IV: Errada. A França não tinha nenhuma relação com o Tratado de Tordesilhas, celebrado
entre Portugal e Espanha. A França não reconhecia a divisão das terras do globo entre
portugueses e espanhóis..
Letra c.

2.2. BATALHA DE GUAXENDUBA


Concurseiro(a), a Batalha de Guaxenduba foi um confronto militar ocorrido em 19 de
novembro de 1614, próximo de onde hoje se localiza a cidade de Icatu, no estado do Maranhão,
entre forças portuguesas e tabajaras, de um lado, e francesas e tupinambás, de outro.
A batalha foi um importante passo dado pelos portugueses para a expulsão definitiva dos
franceses do Maranhão, a qual viria a ocorrer em 4 de novembro de 1615. A expulsão dos
franceses possibilitou que grande parte da Amazônia passasse para domínio português e,
posteriormente, brasileiro.
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Ciente da presença dos franceses ao norte da capitania do Maranhão, Gaspar de Souza


envia tropas de Pernambuco. Em 23 de agosto de 1614, Diogo de Campos parte do Recife
com 300 homens e, no Rio Grande do Norte, se junta a Jerônimo de Albuquerque, que leva
consigo um grande contingente de indígenas.
A expedição portuguesa com 500 homens liderados pelo capitão-mor Jerônimo
de Albuquerque acampa na barra do rio Perejá (Periá) com a intenção de buscar um local
para edificar uma fortificação, enfrentando falta de alimentos e de água de qualidade. Um
grupo de 14 exploradores portugueses descobre um local adequado para a construção de
um forte, e a expedição novamente zarpa em 2 de outubro de 1614.
Em 26 de outubro, chegam a uma área chamada de Guaxindubá pelos indígenas, na
margem direita da Baía de São José, entre muitas ilhas e canais estreitos. Ali, na praia de
Guaxenduba, sob a orientação do engenheiro Francisco Frias de Mesquita é construída uma
fortificação de forma hexagonal à qual é dado o nome de Forte de Santa Maria, a cerca
de 20 km da atual sede do município de Icatu, diante das posições francesas no Forte de
São José de Itapari, instalados em São José de Ribamar.
Uma vez estabelecidos, os portugueses passam a trabalhar na construção e vigilância
do forte e no reconhecimento da região. Num primeiro contato com os portugueses, alguns
indígenas da Ilha diziam que a mesma estava cheia de franceses, outros, que eles haviam
ido embora.
Em 30 de outubro, um grupo de indígenas da ilha matou quatro índias e um índio que
acompanhavam os portugueses, fazendo-os desconfiar dos nativos e acreditar que haviam
sido enviados pelos franceses para reconhecer seus navios. Nos dias do final de outubro,
os portugueses no forte de Santa Maria e na ilha de Santana observam o movimento de
navios franceses na Baía de São José e o desembarque de peças de artilharia.
Em 10 de novembro de 1614, o sargento-mor do Estado, Diogo de Campos, após se
desentender com Jerônimo de Albuquerque, envia um grupo de marinheiros para defender
as embarcações que estavam ancoradas ou encalhadas no estuário, pedindo que ficassem
vigilantes.
Na madrugada de 11 de novembro, os franceses, guiados por Monsieur de Pisieu, Monsieur
du Prat e François Rasilly, se aproximam dos navios silenciosamente. Quando percebem
o ataque, os marinheiros tocaram as trombetas e alertaram os soldados do forte, que
disparam a artilharia sem cessar, entretanto, não gerou nenhum efeito nos franceses. Os
marinheiros abandonam e deixam livres as embarcações, das quais três são capturadas
pelos franceses: uma caravela, um patacho Abaeté de guerra e um barco que estavam mais
afastados da terra.
Na manhã de 19 de novembro de 1614, os soldados portugueses notaram que, ao lado do
forte de Santa Maria, o mar estava repleto de embarcações a vela e à remo se aproximando da
costa. Para atacá-los no desembarque, Diogo de Campos dirigiu-se à praia com 80 soldados
portugueses, mas, percebendo que o número de inimigos era muito maior, retrocedeu.
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Logo, havia centenas de combatentes na praia. Os franceses dispunham de 200 soldados,


muitos dos quais eram fidalgos, em duas tropas, levando coletes de aço, espadas e mosquetes
de grande qualidade. Contavam com 50 canoas e 2500 índios, incluindo 2 mil índios de
Tapuitapera (atualmente Alcântara) e 100 índios de Cumã (atual Guimarães).
Daniel de la Touche, comandante dos franceses, estava no mar com mais 200 soldados
liderados pelo cavaleiro François Rasilly. Foi iniciada uma longa troca de tiros e nesse primeiro
encontro, foram mortos um soldado português e dois franceses.
Os franceses desembarcaram pelo mar. Sob o comando de Monsieur de La Fos-Benart,
cerca de 400 tupinambás que lutavam pelo lado francês receberam a ordem de fortificar o
máximo que pudessem seu topo: construíram, ao todo, 7 trincheiras com pedras grandes,
fortificando todo o espaço entre a maré e o topo do outeiro, de modo que as canoas que
chegavam ficavam parcialmente ocultas.
Por um caminho secreto, Jerônimo de Albuquerque subiu o morro com 75 soldados e 80
arqueiros, enquanto Diogo de Campos atacava os franceses e indígenas que desembarcavam.
Em terra, saltou de uma canoa com um trombeta (mensageiro), que levava o brasão de
armas reais da França e uma carta em francês escrita por Daniel de La Touche, a qual dizia
que os portugueses deviam se render em 4 horas ou seriam massacrados. Diogo de Campos
percebeu que a carta era uma tentativa dos franceses de ganhar tempo e obter informações
sobre o estado das tropas portuguesas.
A esta altura, o grupo de soldados e arqueiros que acompanhava Jerônimo de Albuquerque
já havia chegado à primeira trincheira. Os índios que a defendiam com os franceses eram
uma grande multidão, e neles, os portugueses não perdiam um tiro.
Daniel de La Touche observava do mar que o exército francês sofria pesadas baixas:
em menos de uma hora, a área ao redor do forte de Santa Maria estava repleta de mortos
franceses e indígenas. Ravardière mandou para próximo da praia os navios mais velozes para
prevenir maiores danos à sua tropa, mas, sob o bombardeio da artilharia portuguesa, foi
forçado a desistir. Havendo os portugueses dominado o outeiro fortificado, Diogo de Campos
ordena que eles ateiem fogo a todas as canoas que estavam abicadas na base do morro.
Com todas as canoas em chamas, os franceses restantes em terra não tiveram como
fugir e tudo o que puderam fazer foi se recolher na fortificação no topo do outeiro. Entre
eles estavam Monsieur de la Fos Benart e Monsieur de Canonville. Ao final da batalha,
próximo ao outeiro, muitos dos soldados portugueses se punham à frente dos mosquetes
dos inimigos, que ainda resistiam. Turcou, que era o intérprete dos franceses na comunicação
com os índios, foi baleado pelos portugueses, e com ele, Monsieur de la Fos Benart, líder
dos indígenas que lutavam com os franceses.
Sem orientação, os índios restantes, mais de 600, começaram a fugir, descendo o outeiro
e a eles se misturaram os soldados franceses, que não possuíam mais pólvora para atirar.
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Após a Batalha de Guaxenduba, as tropas francesas restantes no Maranhão estavam


recolhidas no Forte de São Louis. Para ganhar tempo, Ravardière propôs uma trégua aos
portugueses e sua proposta foi aceita, ficando estipulado que um oficial português e um
francês fossem à França e um oficial português e um francês fossem a Portugal, para
procurar nas cortes desses países uma solução para o conflito.
Com o cessar-fogo anunciado, portugueses, franceses e nativos permaneceram em
paz. Em outubro de 1615, chega ao Maranhão o capitão-mor de Pernambuco, Alexandre de
Moura, trazendo um reforço de tropas e mantimentos. Por ser de patente superior, assumiu
o comando geral das tropas portuguesas. Sob seu comando, os portugueses violaram o
tratado feito com os franceses e intimaram Daniel de la Touche a abandonar o Maranhão
em 5 meses, comprometendo-se a indenizá-lo.
Como garantia de sua palavra, Ravardière entrega o Forte de Itapari. Três meses depois,
chegaram da Europa Diogo de Campos e Martim Soares, trazendo mais tropas portuguesas
e ordens terminantes da corte para os franceses abandonarem definitivamente o Brasil.
Em 1º de novembro de 1615, Alexandre de Moura ordenou que o Forte de São Luís fosse
cercado e desembarcou suas tropas na ponta de São Francisco.
Em vez de indenizar os franceses, como fora combinado, os portugueses os embarcaram
de volta para a França em dois navios, apenas com o que lhes era indispensável. Alguns
franceses ficaram no Maranhão, como Charles Des Vaux, que ajudava na comunicação com
os nativos; os que permaneceram eram em sua maioria ferreiros.
Em janeiro de 1616, Daniel de La Touche foi levado à força para Pernambuco, onde
recebeu uma indenização e perdão do governador-geral, para evitar que se juntasse a outros
corsários franceses e os liderasse novamente. Em 1619, ao exigir o aumento da pensão
estipulada pela Coroa portuguesa, foi preso em Lisboa, permanecendo encarcerado por
três anos na Torre de Belém.
No livro “História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará”,
de 1759, o padre José de Moraes relata a aparição de Nossa Senhora da Vitória entre
os batalhões portugueses. É recorrente, na literatura histórica, encontrar-se a expressão
“Jornada Milagrosa” sobre essa aparição que animou os soldados durante todo o tempo
da batalha e transformou areia em pólvora e seixos em projéteis. Nossa Senhora da Vitória
é considerada a padroeira de São Luís e a Catedral da Sé da cidade recebe seu nome.

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002. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA 2017) A batalha de Guaxentuba inscreve-se entre os embates
ocorridos no litoral do Maranhão colonial (século XVII), com reflexos na própria colonização
do Brasil por Portugal. Essa batalha assinalou
a) a vitória definitiva dos portugueses sobre os franceses pela posse da costa norte do Brasil.
b) a histórica decisão de Jerônimo de Albuquerque de render-se a La Ravardière para
preservar a vida de seus combatentes.
c) o fim das incursões de países europeus sobre o território americano colonizado por
Portugal.
d) o extermínio dos povos indígenas que, vindos de Pernambuco, ocuparam o litoral
maranhense.
e) a inferioridade bélica francesa, agravada pela inexistência de qualquer aliança com índios
da região.

A Batalha de Guaxenduba foi um confronto militar ocorrido em 19 de novembro de 1614


próximo de onde hoje se localiza a cidade de Icatu, no estado do Maranhão, no Brasil,
entre forças portuguesas e tabajaras, de um lado, e francesas e tupinambás, de outro. A
batalha foi um importante passo dado pelos portugueses para a expulsão definitiva dos
franceses do Maranhão, a qual viria a ocorrer em 4 de novembro de 1615. A expulsão dos
franceses possibilitou que grande parte da Amazônia passasse para domínio português e,
posteriormente, brasileiro.
Letra a.

2.3. A INVASÃO HOLANDESA


Querido(a), chamamos Invasões Holandesas as incursões da República das Províncias
Unidas (Holanda) no Nordeste Brasileiro:
• Bahia em 1624
• Pernambuco em 1630
• Maranhão em 1641
Os holandeses criaram uma empresa que seria responsável por recuperar o comércio
do açúcar invadindo o nordeste brasileiro: a Companhia das Índias Ocidentais. Após
serem derrotados em Salvador, tiveram a sorte de encontrar e saquear um navio espanhol
carregado de prata sul-americana! Com o capital, se prepararam para voltar ao Brasil, agora
em Pernambuco, onde conseguiram triunfar. Os brasileiros e portugueses até tentaram
montar uma resistência, no chamado Arraial do Bom Jesus, mas foram traídos por
Domingos Calabar e caíram diante das tropas holandesas.
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Em 1637 a, W.I.C. (Cia. Das Índias Ocidentais) enviou Maurício de Nassau para administrar
os negócios na Nova Holanda (Pernambuco).
Nassau governou percebendo que teria que atuar de forma pacífica com os senhores de
engenho. Ao invés de pressioná-los, proibiu a agiotagem praticada por agentes holandeses
e conseguiu empréstimos para os senhores de engenho. Como “mimo” ainda concedeu
a liberdade religiosa dos católicos. Ocorre que os Holandeses eram calvinistas (religião
cristã protestante) e costumavam impor seu credo em suas colônias. Ainda promoveu obras
de urbanização no Recife.
Era um humanista, influenciado pelo Renascimento Cultural e, por isso, estimulou as
ciências e as artes. Construiu um observatório astronômico, criou o jardim botânico. Trouxe
grandes mestres da pintura flamenga como Albert Eckout e Frans Post. Convidou diversos
artistas e cientistas para um grande projeto que ele mesmo definiu como “exploração
profunda e universal da terra”.
Entretanto, esses gastos com a colônia provocaram desavenças com a W.I.C. A Cia. Das
Índias Ocidentais era uma empresa que visava o lucro maximizado. Foi para isso que Nassau
foi chamado a governar. Por isso, em maio de 1644 Maurício de Nassau retorna a Holanda.
Os holandeses seriam expulsos de Pernambuco em 1654, quando ocorrera a Insurreição
Pernambucana (1645-1654)
Em 1641, aportou em São Luís uma esquadra holandesa formada por 18 embarcações,
com mais de mil militares, sob o comando do almirante Jan Cornelizoon Lichtardt e pelo
coronel Koin Handerson.
O principal objetivo dos holandeses seria a expansão da indústria açucareira na região.
Antes da invasão em São Luís, os holandeses já haviam invadido grande parte do nordeste
brasileiro e tomado outras cidades como Salvador, Recife e Olinda.
Os holandeses investiram contra São Luís e amedrontaram os moradores, o que fez
a cidade ficar deserta. Foi feito prisioneiro o governador da cidade, o fidalgo português
Bento Maciel Parente, e também foi hasteada a bandeira holandesa. A cidade toda foi
saqueada, igrejas e cerca de cinco mil arrobas de açúcar foram roubados. Isso tudo resultou
numa paralisação da economia maranhense. A produção da capitania era baseada na
comercialização de tabaco, cravo, algodão, aguardente, açúcar, sal, azeite, couro, farinha
de mandioca, baunilha entre outros produtos.

2.4. A EXPULSÃO DOS HOLANDESES


Prezado(a), após a expansão dos holandeses para o interior além da ilha de São Luís,
foram em busca do controle sobre outros engenhos maranhenses. Os portugueses estavam
insatisfeitos, então iniciaram em 1642 os movimentos de revolta e de mobilização para
tentar expulsar os holandeses das terras maranhenses. Começou então uma guerrilha que
durou cerca de três anos e em consequência causou a destruição da cidade de São Luís.
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A insurreição começou em 30 de setembro de 1642. Os colonos tomaram o Forte do


Calvário, localizado na foz do rio Itapicuru, e exterminaram toda a guarnição holandesa
que ocupava o local. Durante um ano foram travadas batalhas entre holandeses e colonos,
comandados pelo sargento-mór Antônio Teixeira de Melo. Em 28 de fevereiro de 1644, as
debilitadas tropas holandesas foram obrigadas a fugir do Maranhão, partindo para o
Ceará e, em seguida, para o Rio Grande do Norte.
Finalmente depois de uma violenta batalha que levou a morte de muitas pessoas, em
1644 os holandeses foram expulsos do Maranhão, após ocuparem São Luís por 27 meses.
No ano seguinte eclodiu a Insurreição Pernambucana, que contou, em sua etapa final,
com a aliança entre os moradores de Pernambuco e os portugueses. Depois de diversas
batalhas, os holandeses foram derrotados em 1654.
Em 1661, na cidade holandesa de Haia, Portugal e Holanda assinaram um acordo que
estabelecia uma indenização devida aos holandeses pelos investimentos feitos no Brasil.
Encerrada a ocupação holandesa no Brasil, restava à colônia a herança dos compromissos
estabelecidos pela metrópole portuguesa com a Coroa inglesa, outra forma de dominação
colonial. Isso porque, tanto na luta contra os holandeses quanto nas disputas contra os
espanhóis pelo trono, os portugueses contaram com o apoio dos ingleses. Em consequência,
Portugal e Brasil tornaram-se dependentes do capital inglês.
Outra grave consequência da expulsão dos holandeses foi a concorrência promovida
por eles na produção de açúcar. Utilizando os conhecimentos acumulados no Brasil,
passaram a produzir açúcar em suas possessões nas Antilhas com custos mais baixos e
melhor qualidade, provocando a decadência da produção açucareira no Nordeste do Brasil.
Alguns historiadores afirmam que a expulsão holandesa também contribuiu para o
surgimento do nativismo pernambucano, já que a província seria o palco de boa parte das
revoltas posteriores contra a metrópole portuguesa.

2.5. O ESTADO DO MARANHÃO E GRÃO-PARÁ


O Estado do Grão-Pará e Maranhão foi uma unidade administrativa portuguesa na
América do Sul. Criado com a denominação de Estado do Maranhão em 13 de junho de 1621,
por Filipe II de Portugal (ou Filipe III da Espanha), no Norte da América Portuguesa (atual
Brasil), e renomeado Estado do Maranhão e Grão-Pará em 1654, e Estado do Grão-Pará
e Maranhão em 1751, o qual foi dividido em 1772.
No seu período áureo, sua extensão territorial abrangia os atuais estados do Maranhão,
Piauí, Pará, Amazonas, Amapá e Roraima.
Em 1621, é criado o Estado do Grão-Pará e Maranhão (com capital em São Luís), separado
do estado do Brasil (com capital em Salvador), cuja criação tinha o objetivo de melhorar
o contato da região com sua metrópole, além de incentivar a coleta das “drogas do
sertão”, o cultivo da cana, algodão, café e do cacau, além da vinda de colonos.
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Em 1637, uma expedição comandada por Pedro Teixeira partiu de Belém até chegar a
Quito, no Equador. Ao voltar, tomou posse, em nome de Portugal, de todas as terras na
margem esquerda do Rio Napo até o Oceano Atlântico, ou seja, quase toda a Amazônia.
Nas décadas seguintes, foram explorados os principais afluentes do Amazonas devido
à procura das chamadas “drogas do sertão”, como a canela, a baunilha, o cravo, o urucu e
o cacau. Sertanistas, religiosos, tropas de resgate, tropas de guerra, contratadas para
vencer a resistência dos índios ou escravizá-los, subiam e desciam rios, montando feitorias,
explorando a floresta, pescando, num esforço que resultaria mais tarde em uma ocupação
efetiva da região. Na segunda metade do século XVII é criada a Companhia Geral do Comércio
do Grão-Pará e Maranhão, para fomento da região, com a introdução de escravos negros.
A união com o Maranhão é desfeita em 1774, ao mesmo tempo em que a região sofria
com uma estagnação da economia local. À época da independência, o Grão-Pará é uma das
regiões onde há conflito armado contra o domínio português.

003. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. O Estado do Maranhão e Grão Pará foi
instituído devido a dificuldades relacionadas à administração das possessões portuguesas
na América, como, por exemplo, a disputa entre colonos e jesuítas pelo controle da mão
de obra indígena na região Norte, a qual motivou o movimento denominado Revolta de
Bequimão, contrário à decisão régia que entregou aos inacianos o controle dos índios livres.

Relembrando: A revolta de Bequimão se deu pela falta de mão-de-obra escrava, promessa


não cumprida pela Companhia Geral do Comércio do Maranhão. Anos depois, o Marquês
de Pombal autorizou a criação da Companhia Geral do Comércio do Maranhão e Grão-
Pará justamente para que fosse explorado o tráfico de escravos africanos para atender a
demanda da região.
Certo.

2.6. A REVOLTA DE BEQUIMÃO (1684)


Querido(a), a Revolta de Beckman, também conhecida como Revolta dos Irmãos Beckman
ou Revolta de Bequimão, ocorreu no Estado do Maranhão, em 1684. É tradicionalmente
considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.
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Como vimos, o Estado do Grão Pará e Maranhão foi criado à época da Dinastia Filipina,
em 1621, compreendendo os atuais territórios do Maranhão, Ceará, Piauí, Pará e Amazonas.
Essa região subordinava-se, desse modo, diretamente à Coroa Portuguesa. Entre as suas
atividades econômicas destacavam-se a lavoura de cana e a produção de açúcar, o cultivo
de tabaco, a pecuária (para exportação de couros) e a coleta de cacau. A maior parte da
população vivia em condições de extrema pobreza, sobrevivendo da coleta, da pesca e
praticando uma agricultura de subsistência.

Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites
coloniais.
• Revolta dos Beckman de 1684;
• A Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• A Revolta de Felipe dos Santos de 1720;
• A Guerra dos Mascates. 1710 e 1711.
Rebeliões Separatistas: visam a independência em relação a Portugal.
• Inconfidência Mineira 1789;
• Conjuração Baiana 1798;
• Insurreição Pernambucana de 1817. (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 é a
que expulsou os holandeses.)

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Desde meados do século XVII, o Estado do Maranhão enfrentava séria crise econômica,
pois desde a expulsão dos Holandeses da Região Nordeste do Brasil, a empresa açucareira
regional não tinha condições de arcar com os altos custos de importação de escravos africanos.
Neste contexto, teve importância a ação do padre Antônio Vieira (1608-1697) que, na
década de 1650, como Superior das Missões Jesuíticas no Estado do Maranhão, implantou as
bases da ação missionária na região: pregação, batismo e educação, nos moldes da cultura
portuguesa e das regras estabelecidas pelo Concílio de Trento (1545-1563).
Posteriormente, pela lei de 1º de abril de 1680 a Coroa determinava a abolição da
escravidão indígena, sem qualquer exceção, delimitando, mais adiante, as respectivas áreas
de atuação das diversas ordens religiosas.
Para contornar a questão de mão-de-obra, os senhores de engenho locais organizaram
tropas para invadir os aldeamentos organizados pelos Jesuítas e capturar indígenas como
escravos. Estes indígenas, evangelizados, constituíam a mão-de-obra utilizada pelos
religiosos na atividade de coleta das chamadas drogas do sertão. Diante das agressões, a
Companhia de Jesus recorreu à Coroa, que interveio e proibiu a escravização do indígena,
uma vez que esta não trazia lucros para a Metrópole.
Para solucionar esta questão, a Coroa instituiu a Companhia do Comércio do Maranhão
(1682), em moldes semelhantes ao da Companhia Geral do Comércio do Brasil (1649). Pelo
Regimento, a nova Companhia deteria o estanco (monopólio) de todo o comércio do Maranhão
por um período de vinte anos, com a obrigação de introduzir dez mil escravos africanos (à
razão de quinhentas peças por ano), comercializando-os a prazo, a preços tabelados.
Além do fornecimento destes escravos, deveria fornecer tecidos manufaturados e outros
gêneros europeus necessários à população local, como por exemplo o bacalhau, os vinhos, e a
farinha de trigo. Em contrapartida, deveria enviar anualmente a Lisboa pelo menos um navio do
Maranhão e outro do Grão-Pará, com produtos locais. O cacau, a baunilha, o pau-cravo e o tabaco,
produzidos na região, seriam vendidos exclusivamente à Companhia, por preços tabelados.
Para obtenção da farinha de mandioca necessária à alimentação dos africanos escravizados,
era permitido à Companhia recorrer à mão-de-obra indígena, remunerando-a de acordo
com a legislação em vigor. Graças à intercessão do Governador Francisco de Sá de Meneses,
apenas os jesuítas e franciscanos ficaram livres do monopólio exercido pela Companhia.
Sem conseguir cumprir adequadamente os compromissos, a operação da Companhia
agravou a crise econômica e fez crescer o descontentamento na região:
• os comerciantes locais sentiam-se prejudicados pelo monopólio da Companhia;
• os grandes proprietários rurais entendiam que os preços oferecidos pelos seus produtos
eram insuficientes;
• os apresadores de indígenas, contrariados em seus interesses, reclamavam da aplicação
das leis que proibiam a escravidão dos nativos;
• a população em geral, protestava contra a irregularidade do abastecimento dos
gêneros e os elevados preços dos produtos.
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A Companhia passou a ser objeto de acusações de não fornecer anualmente o


número de escravos estipulado pelo Regimento, de usar pesos e medidas falsificados, de
comercializar gêneros alimentícios deteriorados e de praticar preços exorbitantes. Esses
fatos, somados às isenções concedidas aos religiosos conduziria a uma revolta.
Após alguns meses de preparação, aproveitando a ausência do Governador Francisco de
Sá de Menezes, em visita a Belém do Pará, a revolta eclodiu na noite de 24 de fevereiro
de 1684, durante as festividades de Nosso Senhor dos Passos.
Sob a liderança dos irmãos Manuel e Tomás Beckman, senhores de engenho na região,
e de Jorge de Sampaio de Carvalho, com a adesão de outros proprietários, comerciantes
e religiosos insatisfeitos com os privilégios dos Jesuítas, um grupo de sessenta a oitenta
homens mobilizou-se para a ação, assaltando os armazéns da Companhia.
Já nas primeiras horas do dia seguinte os sediciosos tomaram o Corpo da Guarda em
São Luís, integrado por um oficial e cinco soldados. Partiram dali, com outros moradores
arregimentados no trajeto, para a residência do Capitão-mor Baltasar Fernandes, que
clamava por socorro, sem sucesso. Beckman intimou-lhe a voz de prisão e suspensão do
cargo, acrescentando, como que por chacota, que para tornar-lhe aquela mais suave o
deixava em casa entregue à guarda da sua própria mulher, com obrigações de fiel carcereira.
Por sua vez, em 1685 no Brasil, os revoltosos ocuparam o Colégio dos Mascates e
expulsaram os jesuítas que viviam ali. Por cerca de um ano, Manuel Beckman controlou uma
junta revolucionária e governou a Província do Maranhão.
Por fim, em 15 de maio de 1685, o novo governador, Gomes Freire de Andrade, no
comando de tropas portuguesas, desembarca na cidade, onde não encontra resistência.
Ele reempossa as autoridades e, com a confirmação das acusações feitas à Companhia do
Comércio do Maranhão, solicita o fim de suas atividades.
Já os líderes da revolta, Manuel Beckman e Jorge de Sampaio, serão presos, julgados e
condenados à morte pela forca, enquanto os outros envolvidos são condenados à prisão perpétua.

004. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) Em 1684, eclodiu uma revolta de proprietários de terra


no Maranhão, conhecida por Revolta de Bequimão. Os revoltosos posicionaram-se
a) contra o monopólio da companhia de comércio e contra os jesuítas.
b) contra a escravidão dos africanos e dos indígenas maranhenses.
c) a favor da catequização dos indígenas realizada pelos jesuítas.
d) a favor do monopólio real sobre a exploração dos produtos da região.
e) contra a expulsão dos jesuítas determinada pela coroa portuguesa.
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Querido(a), como vimos, a Revolta de Bequimão foi resultado do monopólio da companhia de


comércio, pelo não cumprimento do fornecimento de mão de obra escrava, e da interferência
dos jesuítas, que proibiam a escravização de indígenas.
Letra a.

2.7. COMPANHIA DE COMÉRCIO DO MARANHÃO E GRÃO-PARÁ


Abençoado(a), a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão ou Companhia
Geral do Grão-Pará e Maranhão foi uma empresa privilegiada, de carácter monopolista, criada
pelo Marquês de Pombal, na segunda metade do século XVIII, em Portugal. Confirmada pelo
Alvará Régio de 7 de junho de 1755, destinava-se a controlar e fomentar a atividade comercial
com o Estado do Grão-Pará e Maranhão, fortalecendo a prática do mercantilismo no reino.
Querido(a), não confunda a Companhia do Comércio do Maranhão (1682) com a
Companhia do Comércio do Maranhão e Grão-Pará (1755). A primeira acabamos de estudá-
la quando tratamos da Revolta de Bequimão. A segunda foi criada pelo Marquês de Pombal.
Diante da proibição da escravidão indígena no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a
Companhia teve a sua origem numa petição, encaminhada em 1752 pela Câmara Municipal
de São Luís do Maranhão ao governador e capitão-general, Francisco Xavier de Mendonça
Furtado, para que fosse criada uma sociedade autorizada a explorar o comércio de
importação de escravos africanos. Como vimos, a falta de mão de obra escrava, obrigação
não cumprida pela Companhia do Comércio do Maranhão, foi o principal motivo da Revolta
de Bequimão de 1682.
O governador acolheu de bom grado a ideia e, após ter conseguido o apoio dos cidadãos
mais influentes de Belém do Pará, encaminhou-a com sua aprovação ao seu meio-irmão,
o Marquês de Pombal.
No Reino, no âmbito da vasta reestruturação administrativa que promovia à época,
Pombal atraiu, para a ideia, grandes comerciantes das praças de Lisboa e do Porto. Desse
modo, fundava-se a Companhia, a 7 de agosto de 1755.
O objetivo da Companhia era vender escravos africanos em grande escala nas
capitanias do Grão-Pará e Maranhão, com isso desenvolvendo a agricultura e fomentando
o comércio. Para esse fim, recebeu diversos privilégios, como: o monopólio por vinte
anos do tráfico de escravos e do transporte naval de outras mercadorias para aquelas
capitanias; dispor de navios da Armada Real para a escolta de seus navios de transporte;
o reconhecimento de que os seus funcionários estavam oficialmente a serviço de El-Rei;
prioridade para as suas mercadorias nas alfândegas; foro especial para as suas causas; entre
outros. Esses privilégios foram posteriormente ampliados pelo chamado “Alvará Secreto”
de 1757, ano anterior ao em que zarparia a primeira de suas frotas para o Brasil (1758).
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Esse grande número de facilidades e prerrogativas concedido à Companhia por parte do


Estado foi criticado pela Companhia de Jesus, prejudicada em suas explorações comerciais
na região. Como exemplo, o padre Manuel Ballestre, de seu púlpito em Lisboa, afirmou: “quem
entrar nesta Companhia não entrará na de Cristo, nosso Redentor.” Essa fala custou-lhe o
desterro sumário da Corte.
Ao mesmo tempo, de São Luís, o bacharel em direito João Tomaz de Negreiros, instigado
pelo vice-provincial dos jesuítas e procurador das Missões no Maranhão, padre Bento da
Fonseca, peticionou à Coroa Portuguesa expondo o descontentamento dos comerciantes
locais, que se sentiam lesados pela concorrência desleal.
Pombal considerou a petição ofensiva e o seu desagrado traduziu-se na detenção do
bacharel, do religioso, e de alguns dos comerciantes signatários da petição. Ao mesmo tempo,
o governador e capitão-general recebeu ordens de não mais admitir qualquer ataque contra a
Companhia, nomeadamente se originado de interesses particulares eventualmente prejudicados.
Todos os envolvidos deveriam ser punidos, tornando-se objeto de devassa. A mesma
prática deveria ser aplicada aos padres que se aproveitassem do púlpito para instigar o
descontentamento entre a população.
Apesar das críticas, a ação da Companhia trouxe grandes benefícios a São Luís:
o comércio com a metrópole, antes incipiente, floresceu. Se, até então, o movimento
resumia-se a um navio por ano para a Metrópole, entre 1760 e 1771 setenta e um navios
dali partiram para o reino, transportando, em seus porões, cargas de algodão, arroz, cacau,
gengibre, madeira e outras.
Com relação ao movimento de escravos, calcula-se que, até 1755, data de sua criação,
ingressaram apenas três mil africanos no Estado do Grão-Pará e Maranhão. Entre 1755 e
1777, esse número saltou para doze mil. A aquisição dessa mão de obra em Cacheu, Bissau
e Angola era financiada pela Companhia.
Maria I de Portugal extinguiu o monopólio no início da década de 1780, no contexto da
chamada “Viradeira”, extinguindo a própria Companhia em 25 de fevereiro de 1778. A sua
liquidação, entretanto, arrastou-se ao longo das décadas, sendo concluída apenas em 1914.

Viradeira é uma designação que se dá ao período que se iniciou a 13 de março de 1777 com
a nomeação por D. Maria I de novos Secretários de Estado, em substituição do marquês de
Pombal. Neste período, deu-se uma progressiva quebra do controle estatal sobre muitas
das áreas econômicas, com a extinção de alguns dos monopólios mercantis estabelecidos
por Pombal, e permitiu-se uma retoma da influência da Igreja e da alta nobreza sobre o
Estado. Muitos dos presos políticos foram libertados e muitos nobres foram reabilitados,
incluindo alguns a título póstumo.
No que se refere à Universidade de Coimbra, muitos professores e alunos foram expulsos
sob diversas acusações ligadas à heresia, como enciclopedismo, naturalismo e deísmo.
Francisco de Melo Franco, um dos expulsos, escreveu O reino da estupidez em represália.

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005. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA 2017) A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida
em 1755, voltada ao desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer preços
atraentes para os produtos que a região deveria exportar para o mercado europeu, foi
instituída pelo Marquês de Pombal e denominada
a) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
b) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
c) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
d) Companhia das Índias Ocidentais.
e) Companhia Comercial do Governo Geral.

Querido(a), não confunda a Companhia do Comércio do Maranhão (1682) com a Companhia


do Comércio do Maranhão e Grão-Pará (1755). A primeira estudamos quando tratamos da
Revolta de Bequimão. A segunda foi criada pelo Marquês de Pombal objetivando o comércio
intercontinental de escravos africanos.
Letra b.

3. O MARANHÃO E O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO


BRASIL
Querido(a), no dia 7 de setembro de 1822, o imperador Dom Pedro I, com o conhecido
“Grito do Ipiranga”, proclamou definitivamente a Independência do Brasil. Curioso é o fato
do Maranhão só ter aderido à Independência praticamente um ano depois, ou seja: em
28 de julho de 1823.
O motivo da resistência e da não adesão imediata maranhense ao Império, à época,
era por conta da elite que dominava o Maranhão. O grupo não aceitava as ordens vindas do
Rio de Janeiro, capital do Brasil Imperial, por ter interesse em continuar com as relações
com Portugal por conta das situações política e econômica.
O almirante britânico Lorde Thomas Cochrane aportou em São Luís em julho de 1823,
após ter apoiado a independência da província da Bahia, com o intuito de aumentar a
presença inglesa no Atlântico Sul.
No Maranhão, a adesão só aconteceu no dia 28 de julho, na Bahia foi 2 de julho e no Pará,
15 de agosto. Isso mostra como tínhamos projetos diferentes no país naquele momento.
No caso do Maranhão, os interesses quanto a exportação, a manutenção da escravidão
e as relações políticas eram muito mais vinculados a Portugal do que aquela ideia nova
de união com o Rio de Janeiro.
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No dia 13 de março de 1823 ocorreu uma batalha decisiva para a independência do


Brasil: A Batalha do Jenipapo. Cearenses e maranhenses se juntaram ao povo do Piauí para
lutar contra resistentes tropas portuguesas lideradas pelo Major João José da Cunha Fidié.
A data é geralmente esquecida nas aulas de história do ensino fundamental e médio.
Apesar de ter sido de grande importância para todo o país, não é facilmente encontrada em
livros sobre o assunto. Mesmo no estado onde aconteceu a batalha, o Piauí, poucas pessoas
tem conhecimento sobre a grandeza dela, mas alguns historiadores e alguns políticos já
estão tentando mudar a situação e já está em curso a implantação da Batalha do Jenipapo
na disciplina de História.

Figura 3. Óleo sobre tela retratando o conflito

A batalha aconteceu às margens do Rio Jenipapo, onde atualmente encontramos a


cidade Campo Maior, no Piauí. A batalha se iniciou após terem sido descobertas as intenções
do comandante das tropas portuguesas: manter a região sob o domínio português para
abafar os movimentos de independência que se desenvolviam na área.
Os brasileiros decidiram então impedir que o plano dos portugueses fosse realizado e
travaram uma luta entre o Império do Brasil e o Reino Unido de Portugal.
Do lado brasileiro estavam pessoas simples, lavradores, artesãos, escravos, roceiros,
vaqueiros, etc. Enquanto do lado português haviam soldados bem treinados, bem armados
e a cavalo.
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A batalha do Jenipapo é conhecida como uma das mais sangrentas batalhas realizadas
no solo brasileiro, isso se deve ao fato de que os brasileiros não foram para a luta com
armas de guerra, e sim com facões, machados, porretes e armas artesanais. Cerca de 200
brasileiros foram mortos e outros 542 foram feitos prisioneiros por Portugal, enquanto
116 portugueses morreram e 60 ficaram feridos.
Os brasileiros perderam a batalha, mas fizeram a tropa mudar de percurso e evitaram
que o exército português fosse até a capital, onde, por não haver exército de prontidão,
seria muito fácil tomar o comando de tudo. Ali os portugueses perderam a esperança de ter
uma colônia na América, sendo afastados definitivamente das terras brasileiras. A Batalha
do Jenipapo assegurou a unidade territorial do Brasil.
Embate, que foi crucial para o processo de emancipação do Brasil, é lembrado até hoje
como um gesto de coragem, onde o bem da maioria se sobrepôs ao medo de perder a
vida. Em 1973 foi criado um monumento na cidade de Campo Maior para homenagear as
pessoas que se sacrificaram na Batalha do Jenipapo, que completou 100 anos em 2023.

006. (UEMA/2022) Os conflitos em relação à Independência se fizeram presentes em todo


o país. Leia o texto a seguir que serve de base para responder à questão.
Convém ressaltar: os conflitos em torno da Independência não foram restritos só ao
Maranhão, pois outras províncias, como Piauí, Pará, Bahia e Cisplatina (Uruguai) também não
acataram o grito do Ipiranga, configurando o que foi denominado pela historiografia “Guerras
de Independência”, caracterizadas por um processo de luta nas províncias: contraditoriamente
ao que se afirma, nos livros didáticos, que a Independência foi um ato passivo, ou “pacífico”.
BOTELHO, J. Conhecendo e debatendo a História do Maranhão. 3.ed. São Luís: Gráfica e Editora Impacto,
2019.

A concordância oficial do Maranhão à Independência do Brasil ocorreu, em 28 de julho de


1823, com uma cerimônia no Palácio dos Leões.
As características do processo de Independência no Maranhão são as seguintes:
a) a luta em defesa da independência partiu da capital para o interior, com o auxílio das
tropas governamentais; a junta governativa que presidia a província manteve a fidelidade
à corte no Rio de Janeiro.
b) as lutas partiram das províncias vizinhas para a capital, com a tomada de São Luís
pelos independentistas; os escravos participaram das lutas pela independência devido às
promessas de liberdade feitas pelos independentes.
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c) a capitulação de São Luís se deu pelo cerco do exército libertador, comandado por Lorde
Cochrane; os independentes tomaram São Luís e obrigaram a capitulação da junta de governo.
d) o engajamento à independência ocorreu devido à forte ligação do Maranhão com a corte
do Rio de Janeiro; o processo de independência foi sangrento, com embates entre as tropas
nativas e as de Portugal.
e) a adesão à independência foi tardia, devido aos vínculos políticos e comerciais com
Portugal; a luta armada foi promovida pelo exército libertador, composto por fazendeiros,
por livres pobres e por escravos.

A Adesão do Maranhão ocorreu somente em 1823, isso porque leites locais tinham interesse
na manutenção das elações com Portugal, o que gerou um conflito entre o exército libertador
e os contrários à adesão do Maranhão.
Letra e.

4. O MARANHÃO NO IMPÉRIO: MOVIMENTOS DE


CONTESTAÇÃO À ORDEM; ECONOMIA E TRABALHO;
RESISTÊNCIA ESCRAVA; SOCIEDADE E CULTURA
Concurseiro(a), o Maranhão estava subordinado ao governo central do Brasil e, como
outros estados, tinha sua própria assembleia legislativa provincial, que tinha certa autonomia
para tratar de questões locais.
As lutas políticas e as disputas de poder também eram comuns no Maranhão durante o
período imperial. Diferentes grupos e facções competiam pelo controle político da província,
muitas vezes refletindo as divisões políticas nacionais.
Movimentos de contestação à ordem imperial importantes ocorreram no Maranhão,
como a Setembrada, a Balaiada e a República de Bastos Bons.
Durante o Império, o Maranhão passou por transformações econômicas importantes.
O declínio da produção açucareira levou a uma mudança no perfil econômico da região. A
produção de algodão, arroz e principalmente a pecuária se tornaram atividades econômicas
fundamentais no estado.
Além disso, no final do século XIX, com a crescente demanda por borracha, especialmente
na Europa, o Maranhão experimentou um novo período de prosperidade econômica. A
extração de látex da seringueira se tornou uma atividade importante, e a exportação da
borracha contribuiu para o crescimento da economia local.
A sociedade do Maranhão era estratificada, com uma elite agrária dominante e uma
grande população de trabalhadores rurais, incluindo escravos africanos. A escravidão foi
uma instituição central na economia do estado, como em grande parte do Brasil imperial.
Os escravos desempenhavam um papel essencial nas atividades agrícolas e na produção
de bens exportáveis.
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Com o passar do tempo, o movimento abolicionista ganhou força no Brasil, incluindo


no Maranhão. A pressão política e social pelo fim da escravidão levou à aprovação da Lei
Áurea em 1888, que aboliu oficialmente a escravidão no país.
Também durante o Império, houve investimentos na melhoria da infraestrutura. A
construção de estradas e ferrovias foi incentivada para facilitar o transporte de produtos
agrícolas e escoar a produção para os portos. A cidade de São Luís, capital do estado,
também passou por mudanças urbanísticas e de infraestrutura nesse período.

4.1. SETEMBRADA
Em 1831, na capital da província do Maranhão, a Setembrada reuniu tropa e povo para
demandar uma lista de exigências perante o governo provincial. Os poucos trabalhos que
abordam esse movimento regencial se concentram nas ações dos líderes, no caráter liberal
e na dimensão local.
A Setembrada foi um levante popular que resultou na deposição do presidente da
província do Maranhão, Bernardo de Sousa Franco, nomeado pelo imperador Dom Pedro I.
Sousa Franco era visto como um representante dos interesses da elite agrária e comerciante
local, e suas políticas impopulares geraram um descontentamento generalizado entre as
classes mais baixas da população.
As causas da Setembrada estavam relacionadas a várias questões, como a insatisfação
com as políticas de Sousa Franco, a pressão por maior autonomia regional e o desejo de
participação popular no governo provincial.
Em 7 de setembro de 1831, a população de São Luís, capital do Maranhão, organizou
uma manifestação que resultou em confrontos violentos com as forças leais ao presidente
Sousa Franco. A revolta se alastrou pelas ruas da cidade e os rebeldes conseguiram tomar
o controle do governo provincial.
Com o levante popular, Bernardo de Sousa Franco foi deposto e substituído por um
governo provisório, que incluía membros da classe média e também representantes populares.
Essa mudança de governo foi apoiada por um grupo chamado “Junta Governativa Provisória”.
No entanto, o movimento não durou muito tempo. Em 14 de novembro do mesmo
ano, Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro, encerrando o período do Primeiro Reinado.
A abdicação do imperador levou à instabilidade política no Brasil, com disputas pelo poder
em diferentes províncias, incluindo o Maranhão.
Após a abdicação de Dom Pedro I, o Maranhão acabou sendo reconhecido como leal
ao governo regencial que foi instaurado no país até a maioridade do herdeiro do trono,
Dom Pedro II. Apesar de efêmera, a Setembrada representou uma demonstração de força
popular e a busca por maior participação política nas decisões governamentais na província
do Maranhão durante o período imperial.
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4.2. BALAIADA
A Balaiada foi uma luta popular que ocorreu na província do Maranhão durante os anos
de 1838 e 1841. A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida
e contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O nome
dessa luta popular provém do apelido de uma de seus líderes, Manoel Balaio. Balaios eram
cestos de bambu fabricados na região.
Para ampliar sua influência junto à política e à sociedade, os conservadores tentam
através de uma medida, ampliar os poderes dos prefeitos. Essa medida impopular fez com
que a insatisfação social crescesse consideravelmente, alimentando a revolta conhecida
como Balaiada.
A origem da revolta remete à confrontação entre duas facções, os Cabanos (de linha
conservadora) e os chamados “bem-te-vis” (de linha liberal). Eram esses dois partidos
que representavam os interesses políticos da elite do Maranhão.
Até 1837, o governo foi chefiado pelos liberais, mantendo seu domínio social na
região. No entanto, diante da ascensão de Araújo de Lima ao governo da província e dos
conservadores ao governo central, no Rio de Janeiro, os cabanos do Maranhão afastaram
os bem-te-vis e ocuparam o poder.
Essa mudança dá início à revolta em 13 de dezembro de 1838, quando um grupo de
vaqueiros liderados por Raimundo Gomes invade a cadeia local para libertar amigos presos.
O sucesso da invasão dá a chance de ocupar o vilarejo como um todo.
A Balaiada era contrária ao poder e aos aristocratas rurais que, até então, dominavam
aquela região. Em dezembro de 1838, Raimundo Gomes (líder do movimento), com objetivo
de libertar seu irmão que se encontrava preso em vila Manga, invadiu a prisão libertando
não só seu irmão, mas também todos os outros que se encontravam presos.
Enquanto a rivalidade transcorria e aumentava, Raimundo Gomes e Manoel Francisco
do Anjos Ferreira (Manoel Balaio) levou a revolta até o Piauí, no ano de 1839. Este último
líder era artesão, e fabricava cestos de palha, chamados de balaios na região, daí o nome
da revolta. Essa interferência externa altera o cenário político da revolta e muda seu rumo.
Devido aos problemas causados aos interesses da elite da região, bem-te-vis e cabanos
se unem contra os balaios. A agitação social causada pela revolta beneficia os bem-te-vis
e coloca o povo em desagrado contra o governo cabano.
Após algumas conquistas dos balaios, como a tomada de Caxias em 1839, segunda
cidade mais importante do Maranhão, e a organização de uma Junta Provisória, o governo
brasileiro uniu tropas de diferentes províncias para atacá-los. Contudo, os balaios venceram
alguns combates.
Uma das táticas para enfraquecer os revoltosos foram as tentativas de suborno e
desmoralização que visavam desarticular o movimento.
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O governo imperial nomeou o coronel Luís Alves de Lima e Silva como governador da
província do Maranhão e Comandante Geral das Forças Militares. O general, que mais tarde
seria o Duque de Caxias, atuou no combate aos revoltosos e reconquistou a Vila de Caxias.
O Comandante resolveu os problemas que atravancavam o funcionamento adequado
das forças militares. Pagou os atrasados dos militares, organizou as tropas, cercou e atacou
redutos balaios já enfraquecidos por deserções e pela perda do apoio dos bem-te-vis.
Organizou toda a estratégia e a execução do plano que visava acabar de vez por todas com
a revolta.
Após algumas derrotas, o comandante dos balaios, Raimundo Gomes, rendeu-se. Após
a morte de Manuel Balaio, Cosme (ex-escravo e um dos principais chefes dos balaios)
assumiu a liderança do movimento e partiu em fuga para o sertão.
Em 1840 a chance de anistia, dada pelo governo, estimula a rendição de 2500 balaios,
inviabilizando o já combalido exército. Os que resistiram, foram derrotados. A Balaiada chega
ao fim, entrando para história do Brasil como mais um momento conflituoso da ainda frágil
monarquia e da história do Brasil. Cerca de 30 mil pessoas morreram no conflito.

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007. (FCC/PREFEITURA DE LUCÉLIA/SP/MÉDICO PEDIATRA/2019) A respeito da história do


Brasil leia o trecho abaixo: A Balaiada foi uma luta popular que sucedeu durante os anos
de 1838 e 1841. A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e
contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O nome dessa
luta popular provém dos “balaios”, nome dos cestos fabricados na região. Onde ocorreu
a Balaiada?
a) nos municípios de Espirito Santo.
b) na província do Maranhão.
c) no estado de Santa Catarina.
d) Nenhuma das alternativas.

Questão fácil. A Balaiada ocorreu no Maranhão. Encontrará questões com maior grau de
dificuldade nas Questões de Concursos.
Letra b.

4.3. REPÚBLICA DE PASTOS BONS


A região do alto sertão maranhense, onde se localiza a cidade de Pastos Bons, foi a
primeira a ser colonizada na região sul do Maranhão. Seus primeiros colonizadores foram
os bandeirantes que partiam do interior do Ceará, da Bahia e do Pernambuco à procura de
índios para servir de mão de obra escrava no litoral, e de terras para o cultivo agropastoril.
Formou-se no povoado de Pastos Bons um destacamento militar – “a tropa de 1ª linha”
– que serviria unicamente para firmar posse de territórios e impor submissão aos selvagens.
Dada esta característica, o vilarejo tornou-se importante entreposto, abrigando grande
quantidade de colonos em busca de terras.
Apesar de tal importância, a “segunda porção” do território maranhense (alto sertão e
zona sul dos cocais) ficou à margem dos grandes ciclos econômicos da província, recebendo
pouca ou nenhuma atenção de São Luís (capital maranhense).
A situação social agravou-se com os problemas de estiagem, somados à ocupação e
exploração desordenada da terra, o que levava a sérios conflitos entre latifundiários e
pequenos agricultores. Outro fator relevante diz respeito a comunicação da região com a
capital maranhense, que estava geograficamente distante da região. Para os colonos era
mais fácil manter contato com Oeiras, a época capital do Piauí, do que com São Luís.
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Esta característica chamou a atenção dos líderes da Confederação do Equador, que


após a derrota do referido movimento emancipacionista em 1824, fugiram para o interior
nordestino em busca de um novo local para se esconderem e restabelecerem-se. Foram
estes mesmos, os líderes rebeldes que haviam fugido após o debelar da Confederação do
Equador, que passaram a residir no vilarejo de Pastos Bons, que idealizaram a pretensa
república.
Seguindo a mesma linha de pensamento da Confederação do Equador, pretendiam
formar no Alto Sertão uma república baseada na constituição da Colômbia. Pelo plano
original, a república de 1828 se estenderia desde rio Gurgueia, até a foz do Araguaia, com
o rio Tocantins sendo o limite sul. Planejavam fazer uma revolução em Pastos Bons, e para
isto, semearam entre a população os ideais republicanos.
Após a declaração de 1828, o governo provincial maranhense transfere a comarca de
Pastos Bons para Grajaú, para assim enfraquecer politicamente o movimento emancipatório
desenvolvido na primeira. Entretanto esta atitude fez fortalecer ainda mais o movimento,
pois concentrou a massa crítica da região em Grajaú.
Ao longo do ano de 1828 o movimento pela república de Pastos Bons ganhou força e
apoio. Entretanto, acontecia, paralelamente no sertão pernambucano, diversas ações de
cunho republicano, principalmente nas cidades de Afogados e Santo Antão. Em fevereiro
de 1828 foi proclamada a República Pernambucana. Este fato obrigou o império a tomar
medidas enérgicas: foi decretado o estado de sítio da região em setembro de 1828; prisão de
todos os líderes republicanos; e imposição de censura na região. Dado este acontecimento,
e temendo a mesma represália em Pastos Bons, a sedição que se formava cessou.
Em 1835, Militão Bandeira de Barros, Juiz de Paz da Chapada do Bonfim (atual
Grajaú), admirador dos conceitos de liberdades constitucionais republicanas, propagou
entre a população e os políticos da região, estes ideais. Conseguindo o apoio que desejava
junto aos sertanejos do sul do Maranhão, proclamou a República dos Pastos Bons. A
declaração de 1835 formulou uma república nacional e democrática, mas não passou de
idealização abstrata.
Diante da crise do algodão, que assolou o Maranhão entre as décadas de 1830 e 1840,
levando inúmeros sertanejos pobres, escravos e prisioneiros a viver em situação de extrema
miséria e abandono, explode a maior revolta popular já acontecida em terras maranhenses
e piauienses, a Balaiada.
Paralela a esta revolta e a todo caos econômico vivido nas baixadas maranhenses, em
Oeiras e em São Luís, o alto sertão maranhense vivia uma situação de maior penúria.
A região dependia quase que exclusivamente da economia do algodão, e ao ver as regiões
produtoras em profunda crise, automaticamente entrou em crise.
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O clima de insatisfação popular se agravou e em 1840, ainda durante os acontecimentos


da Balaiada, explode no alto sertão – nas cidades de Grajaú, Barra do Corda, Carolina e
Pastos Bons – a Revolta de 1840. Os sertanejos se levantaram contra a Guarda Nacional
e atacaram os presídios, libertando os prisioneiros. Em seguida, saques e depredações aos
diversos edifícios públicos aconteceram.
Grupos oligarcas de ideologia liberal-republicana, se beneficiando do caos popular,
espalharam a proposta separatista republicana. Em junho de 1840 a região sul do Maranhão
e sul do Piauí, se declarou independente do império do Brasil, estabelecendo a capital da
república de Pastos Bons em Grajaú. Os revoltosos receberam apoio de uma das facções
da balaiada, os “vaqueiros”, com cerca de 4.000 sertanejos comandados por Raimundo
Gomes, o Cara Preta.
O império como resposta, enviou tropas da Guarda Nacional vindas do Grão-Pará, da
Bahia e de Goiás para sufocar a rebelião de Grajaú. Grandes embates foram registrados
em Grajaú e Pastos Bons. Mal preparados e praticamente desarmados, os revoltosos foram
totalmente derrotados e seus líderes presos e torturados.
Com as cadeias destruídas, e não havendo local adequado para acomodar a grande
quantidade de rebeldes capturados, coronel Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias)
ordenou que se ateasse fogo nos locais de prisão para eliminar de uma só vez todos os
prisioneiros. Este ato infame foi feito nas prisões de Pastos Bons e Grajaú, e ficou conhecido
como “o suplício dos prisioneiros”.
Após os conflitos de 1840, o projeto de criação de uma república no alto sertão maranhense
findou. A forte repressão feita pelo império, desmobilizou as correntes político-ideológicas
que davam suporte ao projeto.
Na década de 1870, Visconde de Taunay, deputado da província de Goiás, propôs a
criação de uma província com territórios desmembrados do norte de Goiás e do sul do
Maranhão, com capital em Boa Vista do Tocantins ou Carolina. O projeto foi protocolado
por duas vezes junto ao congresso estadual, mas nunca chegou ao plenário.
A partir da década de 1880, ressurgem em Grajaú e Carolina lutas entre grupos oligarcas
pelo domínio da região. Os grupos liberais, que apoiavam a causa republicana, liderados
pelas famílias Leitão e Leda travaram intensas batalhas com os grupos conservadores
maranhenses, ligados ao Império. Os liberais tentaram por diversas vezes a proclamação da
república de Pastos Bons, mas os conservadores, com o apoio da igreja Católica. conseguiram
os expulsar da região, expropriando suas propriedades e excomungando-os, sendo obrigados
a estabelecerem-se em Boa Vista do Tocantins, no norte de Goiás.
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5. AS OLIGARQUIAS NO MARANHÃO. A ECONOMIA


MARANHENSE NA PRIMEIRA REPÚBLICA
Caro(a) aluno(a), somente três dias após a Proclamação da República, o comandante
do Exército em São Luís, o coronel João Luis Tavares, resolveu agir, já que o presidente
do Maranhão, Tito Augusto Pereira de Matos, por acomodação ou medo, não sabia o que
fazer. O militar, no dia 18 de novembro, para manter a tranquilidade social e restabelecer
a governabilidade, reuniu a tropa nas primeiras horas da manhã, declarando a Adesão do
Maranhão à República.
Em seguida, em cumprimento às ordens recebidas do Rio de Janeiro, nomeou a Junta
Provisória Governativa para responder não mais pelos destinos da Província, mas de um
dos vinte Estados Unidos da República do Brasil.
Mais tarde, às 11 horas, em solenidade simples, rápida e sem a presença do povo, que
assistia passivamente e sem entender o que acontecia no palácio, a Junta Governativa
presidida pelo coronel João Luis Tavares tomava posse.
Como tudo na região continuava a ocorrer com atraso, só a 22 de novembro uma passeata
de estudantes desfilou pela cidade em regozijo ao novo regime. Posteriormente, no dia 30,
as ruas de São Luís também assistiram manifestações populares, organizadas pelo poeta
Joaquim Sousândrade, que endereçou uma mensagem de saudação ao marechal Deodoro
com estas singelas palavras: “Paus d’arco em flor. Viva a República”.
Os primeiros liberais maranhenses que mudaram para o norte de Goiás foram do
grupo liderado por Carlos Leitão. Trazendo os ideais consigo, disseminou-os em Boa Vista.
Rapidamente Leitão conseguiu mobilizar a parte da população em torno da proposta
republicana (República de Pastos Bons). Entretanto, com a proclamação da república
brasileira em 1889, é obrigado a reformular sua proposta, apelando somente para a criação de
um ente federativo, o estado de Boa Vista, que seria formado a partir do desmembramento
de territórios paraense e goiano.
Os grupos conservadores de Goiás, sob a liderança de frei Gil de Villa Nova e Marciel Perna,
fizeram uma forte campanha contrária, derrotando Leitão e desmobilizando o processo
emancipatório. Leitão é obrigado a mudar-se para o Grão-Pará.
Da mesma forma que Leitão, o grupo liderado por Leão Leda é expulso do Maranhão
por incitar insurreições contra o governo maranhense, e disseminar ideias separatistas.
Leão Leda fixa-se em Boa Vista e retoma a proposta de Leitão – de formar um estado com
territórios do Goiás e do Grão-Pará – acrescentando também os territórios maranhenses.
Leão Leda conseguiu o apoio que desejava para declarar o estado autônomo de Pastos
Bons, mas os grupos opositores mobilizaram-se, e iniciaram uma das mais sangrentas
guerrilhas do meio-norte do Brasil. As lutas são travadas nos três estados que perderiam
territórios.
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Após ser derrotado no Maranhão e no Goiás, foge para o Grão-Pará, onde chega a
proclamar a criação do estado de Pastos Bons. Com forte oposição das dioceses do Goiás
e do Maranhão, Leda é derrotado, sendo morto em 1909 após uma emboscada planejada
por Dom Carrerot.
Após a morte de Leda, o movimento pela criação do estado de Pastos Bons é desmobilizado.
Alguns líderes do movimento são presos e outros obrigados a fugir para estados vizinhos.
O primeiro governador do século XX foi João Gualberto Torreão da Costa. Em 1906,
no governo de Benedito Pereira Leite, o presidente da república eleito, Afonso Pena,
visitou o estado.
Como todo governo que toma conta do poder, os republicanos que assumiram o comando
do Maranhão deflagraram diversas medidas de caráter vingativo, ressaltando-se a destruição
de materiais e símbolos do antigo regime – bandeiras, insígnias, brasões e retratos do
ex-imperador -, demissões de funcionários públicos, extinção de instituições, como a
Escola de Aprendizes Artífices, prisões dos considerados inimigos ou adversários do
regime implantado, e castigos aos negros que idolatravam a Princesa Isabel, que lhes
outorgara o direito à liberdade.
Esse legado de represálias que a República trouxe no seu bojo, perdura até hoje no
Maranhão, a despeito dos avanços democráticos conquistados pelo povo brasileiro. Se
há algo que os detentores do poder aprenderam com o regime instalado em 1889, são
as práticas consubstanciadas nas perseguições e nos revanchismos contra os eventuais
opositores e adversários.

008. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) Os chamados “republicanos de 16 de novembro” acabaram


roubando a cena política dos republicanos históricos na maior parte dos estados brasileiros.
O “festival” adesionista foi tamanho que deixou incomodado um conjunto de republicanos
idealistas. O editorial de 18 de novembro de 1891 do jornal “Pacotilha”, ao fazer a avaliação
dos dois primeiros anos de República afirma que tão logo fora nomeada a Junta Governativa,
em 18 de novembro de 1889, tornou-se difícil encontrar monarquistas no Maranhão.
(Luis Alberto Ferreira. In: www.outrostempos.uema.br)

A análise do texto permite afirmar que:


a) não havia políticos monarquistas na província do Maranhão antes do novo regime.
b) os “republicanos de 16 de novembro” proclamaram a República no Maranhão.
c) os maranhenses republicanos demitiram os monarquistas dos cargos políticos.
d) os republicanos maranhenses condenaram os monarquistas ao exílio político.
e) os monarquistas maranhenses não tiveram receio em aderir ao novo regime.
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Os monarquistas maranhenses faziam parte da elite política e agrária. Percebendo a mudança


de ventos, a inevitável adesão do Maranhão à República, decidiram também aderir ao ideal
republicano.
Letra e.

5.1. OLIGARQUIAS NO MARANHÃO


A recomposição da oligarquia na década de 890 esteve atrelada a dois processos: de um lado,
o encaminhamento das disputas em torno da herança das redes de lealdades que existiam nos
antigos agrupamentos políticos, construção de acordos, definição de novas siglas e clarificação
das novas lideranças do cenário regional; de outro, a instabilidade inicial dos esquemas de
sustentação política do governo central, cujas variações alteravam, às vezes de forma decisiva,
a relação de forças entre os grupos políticos estaduais. De acordo com esses dois critérios,
podemos indicar o período de 890-89 como o auge da fragmentação interna da oligarquia, onde
as lutas pela organização de novas correntes políticas entrelaçaram-se às várias interferências 7
do governo central através da nomeação de governadores. Durante esse período, cerca de nove
governadores, entre efetivos e interinos, estiveram à frente da administração do Maranhão e
a orientação política que eles adotavam constituía fator decisivo nas disputas entre os grupos
remanescentes da fase imperial.

Grupos reduzidos e poderosos de proprietários de terra, exerciam um controle quase


absoluto sobre a política local e estadual, estabelecendo uma dinâmica conhecida como
“política do café com leite”. Nesse contexto, os estados de São Paulo e Minas Gerais eram
os principais representantes das oligarquias cafeicultoras, enquanto o Maranhão, como
representante do Nordeste, tinha um papel menos proeminente, mas ainda assim significativo.
No início de 1889, quando se efetuaram as eleições para a Constituinte Estadual,
existiam quatro siglas:
a) Partido Republicano – composto pela maioria dos exliberais, comandados pelo médico
Costa Rodrigues;
b) Partido Nacional – congregava a maior parte dos ex-castristas, agora sob a direção
de Francisco José de Viveiros (senhor de engenho) e Benedito Pereira Leite (ex-promotor
e inspetor do Tesouro Público);
c) Partido Católico – reunião de antigos maístas e dissidentes de outras correntes
existentes no final do Império, como Luiz Domingues (ex-castrista) e o Monsenhor Guedelha
Mourão (ex-liberal). A legenda unia algumas pessoas com cacife eleitoral e foi utilizada como
instrumento de pressão no momento de reorganização do jogo partidário;
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d) Partido Constitucional – grupo formado por antigos dissidentes liberais, comandado pelo
médico e deputado federal Rodrigues Fernandes e outros nomes de expressão, como Casimiro
Dias Vieira Jr. (advogado e deputado federal) e Francisco da Cunha Machado (desembargador
aposentado). A organização da sigla resultou da não-inclusão de correligionários desses
líderes na chapa governamental para as eleições estaduais.
A política coronelista era uma prática comum na República Velha, e consistia em relações
clientelistas entre políticos e líderes locais (os chamados “coronéis”), que exerciam influência
sobre o eleitorado. Os coronéis exerciam controle sobre a população rural, muitas vezes
oferecendo benefícios em troca de votos em candidatos que representavam seus interesses.
O voto de cabresto era uma prática de coerção política em que os coronéis obrigavam
eleitores a votarem em candidatos específicos, controlando assim os resultados eleitorais
e mantendo seu poder político.
As oligarquias maranhenses geralmente controlavam a política estadual, mantendo-
se no poder por meio de acordos políticos entre si. Essa elite agrária buscava manter seus
interesses econômicos e políticos, o que frequentemente resultava em um domínio contínuo
e alternância entre grupos oligárquicos no poder.
Em comparação com estados mais influentes como São Paulo e Minas Gerais, o Maranhão
tinha uma posição mais periférica na política nacional. Isso ocorria porque, apesar de sua
relevância regional, o Maranhão possuía uma economia menos diversificada e dependente
da agricultura, o que impactava sua capacidade de influência política em âmbito nacional.
Essa dinâmica oligárquica na política maranhense durante a República Velha contribuiu
para a manutenção de desigualdades sociais e econômicas no estado, além de dificultar a
participação de outras camadas da sociedade nas decisões políticas. Essa realidade política
só começou a ser alterada com o fim da República Velha e a ascensão de novas forças
políticas com a Revolução de 1930, que marcou o início de um novo período na história
política do Brasil.

009. (FCC/TJ MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) Após a


adesão do Maranhão à República, proclamada em 1889, ocorreu
a) um conflito entre o governo de Pedro Augusto Tavares Júnior e a Igreja Católica, pois
o primeiro decretou a liberdade de culto e separou a Igreja e o Estado, demitindo padres
de funções públicas, sendo pressionado pelo governo central da República a voltar atrás
nestes decretos.
b) a intervenção no Estado por parte do governo central, em apoio à política republicana
radical de reformas econômicas populares, combatidas pelas elites fundiárias tradicionais
e pelo clero.
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c) a eclosão de uma sangrenta Guerra Civil, entre 1889 e 1891, que opôs federalistas e
liberais que disputavam como seria o novo regime e como o Estado iria se relacionar com
o poder central.
d) a destituição do governo nomeado pelo Partido Republicano, que contava com grande
apoio das elites locais, mas foi substituído por uma Junta Militar monarquista, comandada
pelo coronel João Luis Tavares.
e) uma revolta popular contra o novo governo republicano, dado o grande apoio que a
monarquia e a Princesa Isabel tinham por parte de setores da imprensa abolicionista e da
população negra, maioria absoluta no Estado.

Com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, Pedro foi nomeado primeiro


governador do Maranhão, sob o novo regime. Deixando o Rio de Janeiro, assumiu a chefia da
província no dia 17 de dezembro, em substituição à junta governativa que havia assumido
o poder local em 18 de novembro.

Uma de suas primeiras medidas foi determinar a dissolução da câmara municipal de São Luís
[...]e a declaração de nulidade dos atos estabelecidos pela junta que o antecedera. No campo
religioso, declarou a liberdade de culto e demitiu religiosos de cargos públicos. Por essas duas
determinações, sofreu forte oposição do jornal religioso Civilização. Os líderes ligados ao jornal
criticaram as medidas e notificaram o governo provisório no Rio de Janeiro, que determinou
que fossem revertidas. Por não concordar com a determinação, o governador pediu exoneração
e em 3 de janeiro de 1890 foi substituído por Eleutério Frazão Muniz Varela.

Letra a.

5.2. ECONOMIA DO MARANHÃO NA PRIMEIRA REPÚBLICA


Amigo(a), a economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do
século XIX. Mas, após o fim da Guerra Civil Americana, quando perdeu espaço na exportação
de algodão, o estado entrou em colapso, agravado pelo abandono gerado pelos governos
imperial e republicano.
Impelidos pela violenta seca, que se abateu nos diversos estados do Nordeste, eliminando
quase que inteiramente todo o rebanho da região, de 1877 a 1880, os nordestinos viram-se
forçados a emigrar para a Amazônia para trabalhar na extração do látex, durante o Ciclo da
Borracha. Calcula-se que cerca de 300 mil imigrantes teriam provindo do nordeste entre
1870 e 1920, em diferentes momentos. A princípio ter-se-iam dirigido para a região, os
emigrantes vindos, sobretudo, do Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e, em seguida, de
outros estados.
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Mesmo com o extraordinário crescimento das exportações brasileiras entre 1902 e 1913,
da ordem de 79,6%, a dívida externa do país cresceu não menos que 144,6%, representando
em 1913, 60% do gasto público (MARINI, 2000, p.109). A partir do estudo desses dados
empíricos e amparado pelo arcabouço teórico do Marxismo, Marini desvendou uma das
bases da Dependência:

É a partir desse momento que as relações da América latina com os centros capitalistas europeus
se inserem em uma estrutura definida: a divisão internacional do trabalho, que determinará o
curso do desenvolvimento posterior da região. Em outras palavras, é a partir desse momento
que se configura a dependência, entendida como uma relação de subordinação entre nações
formalmente independentes, em cujo âmbito as relações de produção das nações subordinadas
são modificadas ou recriadas para assegurar a reprodução ampliada da dependência. (MARINI,
2000, p. 109).

Diante da abolição da escravatura em 1888, a burguesia agroexportadora maranhense


buscou investir seus capitais acumulados em outro setor. Motivados pelos ventos da
Revolução Industrial que sopravam da Inglaterra para o mundo, os coronéis do interior e
de São Luís resolveram se tornar capitães de indústria.
No final do século XIX, principalmente a partir de 1890, o Maranhão conheceu uma série
de empreendimentos industriais, que abarcavam a produção de produtos básicos com ênfase
nos têxteis. Assim assistiu-se a criação de indústrias as mais variadas: calçados, pregos,
munição de chumbo, fósforo, cerâmica, beneficiamento de arroz e, principalmente, têxteis.

Em 1895 ocupava o primeiro lugar entre os estados industriais o de Minas Gerais, com 37 fábricas,
e o segundo, Maranhão, com 16. Estávamos acima da Capital Federal, do Rio de Janeiro, Bahia e
São Paulo, que tinham respectivamente, 15, 14, 12 e 10. (VIVEIROS, 1954, v. 3, p. 49).

A informação de Viveiros (1954) mostra a importância do parque industrial que se formou


no estado na virada do século XIX para o século XX. Mas a falta de uma série de fatores,
que vão desde a incapacidade de articulação econômica do governo, tributação elevada,
desqualificação da mão-de-obra, chegando até a falta de visão e de preparo (capacidade
de gestão) da burguesia local, foi determinante para que o Maranhão não se firmasse como
estado industrial desde o começo do século XX.
O sistema algodoeiro no Maranhão já vinha enfrentando problemas desde a extinção
internacional do tráfico de escravos em 1850. Com a abolição em 1888, a quebradeira foi
quase geral. Com muito capital acumulado, a burguesia agroexportadora promoveu o que
ficou conhecido como a “loucura industrial”.
Como havia outras atividades produtivas, dentre as quais o complexo da cana-de-açúcar
e indústrias de bens-salário, pode-se dizer que, nesse período, havia um mercado interno
em formação. Afinal, o Maranhão, entre o final do século XVIII e as duas primeiras décadas
do século XX, teve uma das economias mais dinâmicas do país.
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As elites de então acharam que poderiam continuar, se não mais com o escravo clássico,
com outro “mecanismo de produção” de resultados semelhantes: a superexploração do
trabalho, num momento em que não havia uma legislação trabalhista. Somente este último
fator pode explicar porque aquelas fábricas atrasadas, muitas delas operando ainda a vapor,
funcionaram até o final da década de 1960.

5.3. A REVOLUÇÃO DE 1930 NO MARANHÃO


Se lembra da Revolução de 1930 que estudou na aula sobre História do Brasil? Pois bem,
o movimento revolucionário tornou-se mais extenso e os revolucionários depuseram o
governador José Pires Sexto em 1930. A Assembleia Legislativa aprovou uma nova constituição
do estado durante a administração de Antônio Martins de Almeida, datada de 16 de outubro
de 1934. Em 1936, a Assembleia Legislativa emendou a constituição estadual dando posse
a Paulo Martins de Sousa Ramos. Importante destacar que Getúlio Vargas nomeou Sousa
Ramos como interventor do Estado.
Em 8 de outubro, a “Revolução de 30” tornou-se vitoriosa no Maranhão. Seu principal
articulador civil e chefe da Junta Revolucionária formada, foi o jornalista e advogado José
Maria dos Reis Perdigão. Nascido em São Luís em 1900, Reis Perdigão era uma das “promessas
da terra” quando se dirigiu ao Rio de Janeiro em 1928 com o objetivo de formar-se em
Direito. Na capital federal, passou a integrar a imprensa oposicionista, fazendo críticas ao
mandonismo então dominante no país através do coronelismo e da política do café com
leite. Reis Perdigão radicalizou sua militância incorporando-se à segunda rebelião tenentista
(5 de julho de 1924), iniciada em São Paulo.
Durante a década de 1920, consolidou-se um grupo oposicionista que apregoava a ideia
de revolução, entendida como a tomada de poder pela via armada com vistas à superação
da “política oligárquica”. Viriam a ser conhecidos como “tarquinistas”, porque uma de suas
principais lideranças era o médico maranhense Tarquínio Lopes Filho.
O grupo aderiu à ruptura oligárquica nacional representada pela Reação Republicana de
1921-1922 que, após a derroa nas urnas em março de 1922, passou a defender um levante
armado nacional com ajuda de alguns militares. Entretanto, não logrou êxito.
No dia 26 de abril de 1922, chegaram a depor o governador interino do Estado, Raul da
Cunha Machado. Essa deposição não durou 24 horas.
Aderindo ao Tenentismo, os “tarquinistas” estreitaram relações com Reis Perdigão que
passou a figurar como uma espécie de “farol revolucionário”. Em maio de 1930 tornou-se
elemento fundamental para levar a efeito a “conspiração de 30. O sucesso da empreitada
se deve, em grande parte, ao trabalho de propaganda do ideário revolucionário feito pelo
jornal dos tarquinistas durante a década de 1920: a Folha do Povo.
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A atuação histórica dessas pessoas foi vista sob uma perspectiva em que as ideias
funcionam como marcadores estratégicos de seus posicionamentos políticos, notadamente
no que concerne à apreciação e construção de temporalidades (cultura histórica), valores
e imagens por muitas vezes entrecruzados.

Tenentismo: Durante a década de 1920, militares de média patente começaram a se organizar


contra a imoralidade da política dos governadores e do coronelismo. Em 5 de julho de 1922,
em um episódio que entrou para a história como os “18 do Forte de Copacabana”, o tenente
Siqueira Campos e um grupo de militares rebeldes pegaram armas e marcharam as ruas
em direção ao Palácio do Catete (sede do governo federal). Alguns militares desistiram ao
longo da caminhada, restando apenas 17 que receberam o apoio de um civil. Após forte
tiroteio entre os 18 e as tropas do governo, sobreviveram apenas Siqueira Campos e Eduardo
Campos, que acabaram presos. Dois anos depois, exatamente no mesmo 5 de julho, o general
Isidoro Dias Lopes liderou a Revolução Paulista de 1924 em que cerca de mil militares
tomaram a cidade de São Paulo por 23 dias. A cidade foi palco do maior bombardeio de
sua história provocando deslocamento de mais de 300 mil pessoas. A eminente derrota
ante ao avanço de tropas federais fez com que deixassem a cidade formando uma coluna,
a Coluna Paulista. Dirigiram-se ao sul do país, onde se uniram a Coluna Prestes. A Coluna
Prestes teve início também em 5 de julho de 1924, na cidade de Alegrete (sul do Rio Grande
do Sul). Percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do país realizando discursos de
conscientização contra os desmandos do coronelismo e das oligarquias. Após dois anos e
meio, depois de passar por 11 estados, terminou dividido: parte do grupo foi para a Bolívia,
enquanto outra para o Paraguai.

010. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) Acerca da história do Maranhão no período republicano,


julgue os próximos itens. José Maria dos Reis Perdigão e Tarquínio Lopes Filho foram
grandes lideranças dos tarquinistas — grupo maranhense que apoiou o tenentismo e a
Revolução de 1930.

Receberam o nome de Tarquinistas justamente porque um de seus líderes foi Tarquínio


Lopes Filho.
Certo.

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6. POLÍTICA E ECONOMIA NO MARANHÃO (1945- 1964)

6.1 ECONOMIA
Estimado(a), a economia maranhense estava baseada principalmente em atividades
agrícolas e extrativistas, com destaque para a produção de algodão, arroz, mandioca, cana-
de-açúcar e outros produtos agrícolas. A pecuária também era uma atividade importante
na região.
Entretanto, a economia do Maranhão era marcada pela dependência de atividades
primárias e pela concentração fundiária, fatores que geravam desigualdades sociais e
econômicas na região. Além disso, a infraestrutura e a logística eram precárias, o que
dificultava o escoamento da produção para outros estados e países.
Durante esse período, o governo estadual e federal buscaram implementar políticas
de desenvolvimento econômico na região, mas os resultados foram limitados. A falta de
investimentos e a carência de um projeto de industrialização impediam um crescimento
mais expressivo.
Em 1964, o Brasil sofreu um golpe militar que levou ao início de um regime ditatorial
que durou até meados da década de 1980. Essa mudança política também teve impactos
no Maranhão, onde a repressão política e o direcionamento dos recursos do Estado para
outros setores limitaram ainda mais o desenvolvimento econômico da região.

6.2. POLÍTICA
Concurseiro(a), mandonismo e coronelismo, como lados de uma só moeda, deveriam
ter sido extirpados do cenário brasileiro pela famosa Revolução de 30, contudo, não o foi. Ao
contrário, continuou em toda a plenitude, chegando mesmo a consolidar-se. Nem mesmo
a redemocratização do país, eclodida em 1945, conseguiu erradicá-los, pois a estrutura
que os sustentava permaneceu inalterada até a alvorada da década de 60, quando o Brasil
enveredou no caminho da industrialização.
Foi, portanto, em plena fase do mandonismo e do coronelismo que Vitorino Freire
aportou no Maranhão. Chegou no estado no começo dos anos 1930, a convite do interventor
Martins de Almeida, para exercer o cargo de secretário-geral do governo e organizar a vida
partidária do estado.
A partir daí, junto a outros políticos de seu tempo, construiu as pilastras do sistema
através do qual conquistou e exerceu o poder, mantendo-se nele por duas décadas.
Ao longo desse tempo, o vitorinismo tornou-se hegemônico no Maranhão, transformando
Vitorino, pela sua astúcia e competência, numa figura emblemática, para a qual convergiam
sentimentos antípodas.
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Filho de Vitorino José Freire e Ana de Brito Freire, estudou em Arcoverde antes de mudar
para o Rio de Janeiro onde conheceu militares como Eurico Gaspar Dutra. Após concluir o
ensino médio, foi morar no Recife a fim de cursar a Faculdade de Direito da Universidade
Federal de Pernambuco, curso que não concluiu devido à sua participação na Revolução de
1930, quando se tornou primeiro tenente do Exército Brasileiro. Antes, servira à Secretaria
de Agricultura do estado como oficial de gabinete.
De volta à cidade do Rio de Janeiro, integrou a equipe do ministro de Viação e Obras
Públicas, José Américo de Almeida e dirigiu o Departamento de Meteorologia sob a gestão do
ministro da Agricultura, Juarez Távora, cargo do qual se afastou para combater a Revolução
Constitucionalista de 1932.
Diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública por força do ministro da Educação,
Gustavo Capanema, foi escolhido secretário-geral do Maranhão em 1933 e nessa condição
serviu ao interventor Antônio Martins de Almeida. Oficial de gabinete do presidente
da Câmara dos Deputados, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, afastou-se da política
maranhense durante o Estado Novo por recomendação do presidente Getúlio Vargas e foi
contemplado com uma vaga no gabinete de João de Mendonça Lima, ministro de Viação
e Obras Públicas.
Após o ingresso no PSD foi eleito deputado federal em 1945 e assim ajudou a elaborar
a Constituição de 1946. Contudo, em questão de poucos meses, migrou para o Partido
Proletário do Brasil (PPB) e elegeu-se senador em 1947, ano que seu correligionário,
Sebastião Archer, se elegeu governador do Maranhão. Mudar de partido foi a saída que
a corrente “vitorinista” encontrou para conquistar o Palácio dos Leões após a vitória
de Genésio Rego à convenção do PSD.
Os que o tinham como líder e chefe – mais chefe do que líder- não economizavam palavras
para exaltá-lo quanto aos métodos usados para chegar ao poder. Já os que não rezavam
na sua cartilha e tão pouco concordavam com o seu modo de agir, não o perdoavam e nem
o poupavam das pesadas e impiedosas censuras.
Despertando, cumulativamente, admiração e ódio, Vitorino, por um lado, era duramente
criticado e denunciado pelo atraso e malefícios causados ao Maranhão; de outro, porém,
foi apontado e venerado como responsável pelos recursos que o governo federal mandava
ao estado e destinados à construção de obras e empreendimentos públicos.
Só no fim dessa dura e encarniçada luta entre vitorinistas e anti-vitorinistas, nos meados
dos anos 60, com a vitória de Sarney nas urnas, é que começaram a surgir as condições
propícias para um juízo de valor sobre ele e os atores políticos que o acompanharam e
participaram de um processo histórico, que para chegarem ao poder ora usavam instrumentos
legais e legítimos, ora utilizavam mecanismos antijurídicos, sem a intenção de proveitos
pecuniários e vantagens pessoais, mas do usufruto de prestígio e de regalias políticas.
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Em 1950, Vitornino discordou da escolha de Altino Arantes como candidato a vice-


presidente da República via PSD e disputou o cargo de forma avulsa pelo PST e nesse ínterim
foi o mais votado em todo o Maranhão, o que permitiu ao seu aliado, Eugênio de Barros,
eleger-se governador do estado. Reintegrado ao PSD, foi reeleito senador em 1954 e 1962,
escolhendo filiar-se à ARENA após a outorga do bipartidarismo pelo Regime Militar de 1964.
A hegemonia do “vitorinismo” terminou em 1965 quando o deputado federal José Sarney
venceu as eleições para o governo do Maranhão pela UDN com o auxílio do presidente Castelo
Branco, embora o novo governador, curiosamente, tenha iniciado a carreira política no PSD.
Estabelecida a rivalidade, cada um passou a liderar sua própria facção da ARENA, partido
dos militares durante a Ditadura. Graças à amizade de seu líder com o presidente Ernesto
Geisel, o “vitorinismo” foi agraciado com a escolha de Osvaldo da Costa Nunes Freire como
titular do Palácio dos Leões em 1974.

6.3. GREVE DE 1951


Prezado(a), as revoltas operárias, ou greves operárias como ficaram conhecidas no
Brasil no início do século XX, foram movimentos liderados por proletariados que lutaram
por melhores condições de trabalho, de salário e garantias trabalhistas.
Nesse contexto, a luta dos trabalhadores era pela obtenção de benefícios para si
próprios ou evitar a perda deles. Normalmente, as greves eram utilizadas como único recurso
durante as tentativas de negociações entre a classe dos empregados e patrões. Cruzando
os braços e deixando de produzir, os trabalhadores causavam um prejuízo imediato a boa
parte das empresas.
A greve de 1951, por exemplo, não foi somente o resultado de uma aliança eleitoral.
Significou o mais formidável movimento urbano da história do Maranhão. Representou
movimento popular amplo, radical e heterogêneo que mobilizou a massa urbana revoltada
com as práticas fraudulentas e coronelistas de Victorino Freire, cujas consequências
foram marcantes.
Ela também foi um poderoso movimento social, em que as multidões obrigaram realmente
todas as correntes a enfrentar as questões colocadas pelos manifestantes maranhenses.
Apesar da proibição das forças de repressão, acabou se desenvolvendo uma manifestação.
Evocou-se um movimento espontâneo e a ira dos trabalhadores, operários e trabalhadores
em geral foi crucial para o sucesso da revolta.
A contradição entre os revoltosos e a moderação dos dirigentes e políticos, que não
desejavam, aparecia mais claramente nos jornais no dia a dia de São Luís. Durante o desfecho
do movimento, como estratégia, os rebeldes fecharam o porto de São Luís, diminuindo
a oferta de alimentos no Estado.
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São Luís ficou totalmente paralisada por uma greve geral nos meses de fevereiro,
março e posteriormente setembro e outubro. Nesse contexto, o movimento alcançou
grande repercussão nacional e internacional, transformando-se numa campanha de
libertação contra o jugo coronelista vitorinista. Tamanha foi a repercussão que a Greve
de 1951 ficou conhecida como “Balaiada Urbana”.

7. O MARANHÃO NO PERÍODO DO REGIME MILITAR: DO


VITORINISMO AO SARNEÍSMO; A PENETRAÇÃO DO GRANDE
CAPITAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS; OS CONFLITOS
AGRÁRIOS
Como há de se recordar de nossa aula sobre a História do Brasil, uma das características
desse período foi o modelo de desenvolvimento adotado pelo regime militar, que buscava
promover o crescimento econômico com base na industrialização e na exploração dos
recursos naturais. No entanto, essas políticas muitas vezes privilegiavam as regiões mais
desenvolvidas do país, como o Sudeste, em detrimento das regiões mais pobres e menos
industrializadas, como o Nordeste, onde o Maranhão está localizado.
Em relação ao Maranhão, apesar dos esforços do governo para promover o desenvolvimento
regional, a industrialização no estado ainda era incipiente e a economia continuava sendo
bastante dependente da atividade agrícola e extrativista. A concentração de terras e a falta
de investimentos em infraestrutura eram problemas crônicos, que afetavam negativamente
a economia local e a qualidade de vida da população.
Outro aspecto importante durante o período militar foi o avanço da fronteira agrícola na
Amazônia, que impactou áreas do Maranhão com a expansão do agronegócio, principalmente
com a criação de grandes projetos agropecuários. Essa expansão muitas vezes foi acompanhada
por problemas ambientais e sociais, como o desmatamento, conflitos pela posse da terra
e a migração de populações rurais para a região.
Em termos políticos, o regime militar também teve reflexos no Maranhão. A censura
à imprensa e a perseguição a opositores políticos eram práticas comuns em todo o país,
inclusive no estado. A governança do Maranhão durante esse período foi marcada por
interventores federais e políticos alinhados ao regime.

7.1. DO VITORINISMO AO SARNEÍSMO


Estimado(a), no tópico 6, apresentei o vitorinismo. É dele qye tem origem o Sarneísmo.
Em 1966 assumiu o governo José Sarney da Costa, que iniciou o período de modernização
“Maranhão Novo”, cujos destaques foram a construção do porto de Itaqui e a pavimentação
da estrada São Luís-Teresina.

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Hoje, o estado possui a segunda pior expectativa de vida do Brasil, também superior
apenas à de Alagoas. Segundo o livro Honoráveis Bandidos, a família Sarney, através do
seu envolvimento na política, fez com que o estado empobrecesse e as pessoas migrassem
da região.
Aliás, cabe aqui uma discussão mais aprofundada. Primeiro é preciso ficar claro que
Sarney é um produto do chamado vitorinismo. Ele começou na política maranhense
protegido pelo pai, o desembargador Sarney Costa, amigo de Vitorino Freire e presidente
do TRE, num período em que as eleições no Maranhão eram marcadas por enormes fraudes
eleitorais, montados para ajudar os candidatos do vitorinismo.
Como dito acima, em 1965 Sarney se elegeu governador do Maranhão iniciando ali a
construção do seu próprio esquema de poder. Disputaram o governo naquela eleição três
candidatos. Todos nascidos dentro PSD, isto é, no esquema vitorinista. Coincidentemente,
nenhum dos três foi lançado pelo próprio Vitorino Freire, que chegou naquela eleição
politicamente fraco, rompido com o então governador Newton Belo e sem o controle do
PSD, o partido que simbolizava o seu poder no Maranhão.
Sarney ganhou aquela eleição de 1965 por conta do esfacelamento do PSD e,
principalmente, do apoio que recebeu da ditadura militar instalada no Brasil no ano
anterior. Foi a ditadura que determinou a vitória dele. Durante a campanha vieram vários
generais e coronéis ao Maranhão a fim de garantir sua eleição. Até o acordo com a aposição
maranhense foi articulado pelos militares golpistas.
Sarney nasceu no vitorinismo e se beneficiou dele a partir de cargos, do PSD, dos
palanques e das articulações junto à Justiça Eleitoral. Depois, quando esse mesmo Sarney
substitui Vitorino, o antigo chefe político também soube participar do poder no Maranhão.
E sob os ares do sarneysmo, a partir da ditadura militar, a mesma que botou Sarney no
poder, Vitorino também tirou grandes vantagens.
Assim se deu uma substituição: com a decadência natural de Vitorino dando lugar ao
oportunismo e o despudor de Sarney. Sem o consentimento direto do substituído, mas
com aproximações e afastamentos circunstanciais, sem um confronto direto e definitivo,
sem uma batalha final que determinasse os vencidos e os vencedores.
Mas, juntos ou separados, Sarney e Vitorino sempre utilizaram o Maranhão para ter
poder. Um nasceu em Pernambuco e veio para cá em busca desse poder. O outro nasceu
aqui e depois foi se eleger no Amapá para continuar mantendo o poder que tem aqui. E
lá se vão 60 anos, seis décadas, um período onde a população desse Estado foi, de fato, a
grande derrotada, pois esteve sempre inteiramente desprezada pelo poder conquistado,
tanto pelo primeiro, como pelo segundo coronel.
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011. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/PROFESSOR/2014) “A origem política de


José Sarney no Maranhão, está a princípio claramente associada à liderança do Senador
Vitorino Freire, chefe oligárquico que dominou a política maranhense de 1946 a 1965. O
período em que Sarney se insere no grupo vitorinista ocorre durante a gestão do Governador
Eugênio Barros. (1951-1954)”.
(MELO, Francivaldo. História do Maranhão. São Luís: Gráfica & Editora Alpha, 2009. p.184).

O trecho nos leva a concluir que:


a) A trajetória política de José Sarney esta relacionada com os grupos menos favorecidos
na política local.
b) Atividade política de José Sarney tem sua gênese na sua relação com grupos tradicionais
da oligarquia maranhense
c) Sua ampla atividade política foi favorecida pela sua oposição ao governo Eugênio de
Barros, adversário político de Vitorino Freire, responsável direto pela trajetória inicial de
José Sarney na política.
d) O grupo vitorinista apoio José Sarney na eleição para concorrer com Eugênio Barros.
e) A origem política de José Sarney foi favorecida pela oligárquica maranhense e que fazia
oposição a Vitorino Freire e apoiava o grupo político de Eugênio Barros.

A liderança política de José Sarney no estado do Maranhão tem seu embrião na relação que
construiu com a classe política maranhense, particularmente, na pessoa de Vitorino Freire.
Letra b.

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7.2. A PENETRAÇÃO DO GRANDE CAPITAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS


Meu(minha) querido(a), nas últimas três décadas, a descentralização do eixo sul/sudeste
para outras regiões, a exemplo do Norte e Nordeste, representou uma alternativa para a
expansão capitalista. E isto aconteceu em sintonia com os interesses do capital internacional
que, desde os anos 1960 rastreava reservas minerais no país, situadas principalmente
na Amazônia. A política governamental adotada para esta realidade estava expressa no
Programa Grande Carajás (PGC).
O governo objetivava, com esse programa, gerar divisas para o equilíbrio da balança de pagamentos
do país. A SUDAM, a SUDENE e o PGC, enquanto organismos estatais cumpriram papel fundamental
no financiamento, com a garantia de isenções fiscais e criação de infra-estrutura básica para a
instalação de empresas nacionais e transnacionais na região. Os estados do Maranhão e do Pará
foram alvo de ações e projetos que incluíam a exploração dos recursos naturais, de segurança
nacional, de colonização, objetivando a ocupação da Amazônia, de acordo com interesses
internacionais, apesar do discurso nacionalista (“integrar para não entregar”).1

No processo de expansão do capital para a Amazônia Oriental podem-se distinguir três


grupos de empresas:
• o setor madeireiro e a construção civil que contribuíram para a constituição de um
mercado de trabalho nas cidades do Pará (Marabá, Parauapebas) e Açailândia-MA,
formando uma primeira geração de operários, a maioria sem grande qualificação que
realizaram obras como: estradas, ferrovias, aeroportos, centros urbanos, distritos e
parques industriais, construção da hidrelétrica de Tucuruí, através de empresas como
a Camargo Correa e Andrade Gutierrez e outras subcontratadas;
• as empresas siderúrgicas instaladas no corredor da Estrada de Ferro Carajás a partir
de 1987, utilizando carvão vegetal no seu processo produtivo e têm ação altamente
destruidora da natureza;
• as empresas do setor mínero-metalúrgico de grande porte, ligados ao PGC como:
CVRD, ALUMAR, ALBRAS e ALUNORTE.
Assim, o estado foi inserido na nova divisão internacional do trabalho, como espaço
de transnacionalização do capital: espaço de transformação de minérios pelas empresas
CVRD, ALUMAR, METALMAN; implantação da Base Espacial em Alcântara, as siderúrgicas na
Região Tocantina, Pindaré e Rosário, além da dinamização do setor primário (modernização
da agricultura, expansão da pecuária para exportação).

1
DURANS, Cláudia Alves, A Inserção do Maranhão na Nova Divisão Internacional do Trabalho e Questão Social. UNIVERSI-
DADE FEDERAL DO MARANHÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS III JORNADA INTERNACIONAL
DE POLÍCAS PÚBLICAS QUESTÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO NO SÉCULO XXI

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Essa redefinição foi favorecida pelas características naturais da região: as reservas


minerais da Região Norte, a localização estratégica da Ilha de São Luís e a capacidade
portuária para exportação marítima dos produtos; e também por elementos de ordem
política: interesses de grupos econômicos locais e estrutura oligárquica associada a interesses
de grupos estrangeiros, assim como a intervenção decisiva do Estado, criando todo um
conjunto de políticas consoante com os interesses desses grupos, excluindo definitivamente
a participação popular
Nesse processo, houve intensa propaganda governamental, proclamando a redenção
do Maranhão, promessas de criação de um milhão de empregos, gerando expectativas não
só para a população maranhense, como também nos estados vizinhos. Isto trouxe como
consequência uma explosão populacional, principalmente na capital, São Luís, embora
o Maranhão permaneça como um dos estados da federação com maior população rural.
Além disso, entre 1981 a 1990 ocorreu também a implantação de cerca de 1.030 novas
empresas de pequeno e médio portes que foram fundamentais na expansão do setor
industrial, no Maranhão. Feitosa e Ribeiro (1995) apontam os capitais que financiaram esse
processo: o capital comercial e agroexportador local; grandes capitais nacionais de outras
regiões atuando na construção civil e montagem de infra-estrutura dos grandes projetos e
processo de produção dos setores mínero-metalúrgico e setor madeireiro; o capital estatal
– atuando no setor de extração e exportação de minérios como o ferro, manganês dentre
outros (CVRD); e o capital multinacional.
Grandes projetos de criação de gado, de plantação de soja e arroz e de extração de
minério de ferro, como o Projeto Carajás, trazem riqueza, mas aumentam a concentração
fundiária e, por consequência, as migrações, além de provocar devastação florestal.
Somente após o final da década de 1960, no século XX, o estado passou a receber
incentivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com outras regiões. A
inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, um dos mais profundos e movimentados do
país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra
dos Carajás, atividade explorada pela Vale.
No fim dos anos 1970, quase a metade da formação original das matas de transição
maranhense entre o cerrado e a floresta Amazônica já havia se perdido. Esses projetos
econômicos também impulsionam disputas de terra e conflitos com a população indígena,
causando tensão e violência.
Em 1984, inaugurou-se a primeira etapa da fábrica de alumínio do consórcio Alumar,
primeiro projeto do programa Grande Carajás. Em 1987 começou a ser construído o
centro de lançamento de foguetes de Alcântara, projeto militar que provocou a saída
de quilombolas da área.
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A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte-americanos fez do Porto


uma atraente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem. A
economia estadual atualmente se baseia na indústria de transformação de alumínio,
alimentícia, madeireira, extrativismo (babaçu), agricultura (soja, mandioca, arroz,
milho), na pecuária e nos serviços.
São Luís concentra grande parte do produto interno bruto do estado. A capital passa
por um processo marcante de crescimento econômico, sediando mais de três universidades
(duas públicas e uma privada), além de uma dezena de centros de ensino e faculdades
particulares. A expansão imobiliária é visível, mas o custo de vida ainda é bastante elevado
e a exclusão social acentuada. Há grande dependência de empregos públicos.
O estado conta com um eficiente sistema de abastecimento de energia, através da
Subestação da Eletronorte instalada no Distrito Industrial do Município de Imperatriz,
além de estar bastante próxima das hidroelétricas de Estreito (1 328 megawatts) e de
Serra Quebrada. A concessionária de energia elétrica que cobre o Maranhão é a Companhia
Energética do Maranhão.
A agricultura e a pecuária são atividades importantes na economia do Maranhão, além
da pesca, que lhe dá a liderança na produção de pescado artesanal do país. Afinal, o
estado possui 640 km de litoral, o segundo maior do Brasil, que fornece produtos bastante
utilizados na culinária regional, como o camarão, caranguejo e sururu. O Maranhão aumentou
a produção de grãos, em 2000, e teve significativo crescimento industrial, de acordo com
a Sudene. Nesse sentido, existe uma grande pressão sobre o bioma do cerrado, já que o
aumento da atividade pecuária e agrícola está aumentando a área de fronteira agrícola
da região.
O Maranhão, por ser localizado em um bioma de transição entre o sertão nordestino e a
Amazônia, apresentando ao visitante uma mescla de ecossistemas somente comparada, no
Brasil, com a do Pantanal Mato-grossense. Como já dito, possui mais de 640 km de litoral,
sendo, portanto, o estado com o segundo maior litoral brasileiro, superado apenas pela Bahia.
O turismo praticado nele pode ser classificado em dois tipos: turismo ecológico e
turismo cultural/religioso. O Maranhão tem o privilégio de possuir, devido a exuberante
mistura de aspectos da geografia, a maior diversidade de ecossistemas de todo o País. São
640 quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta amazônica, cerrados, mangues,
delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de lagoas de águas cristalinas.
Essa diversidade está organizada em cinco polos turísticos, cada um com seus atrativos
naturais, culturais e arquitetônicos. São eles: o polo turístico de São Luís, o Parque
Nacional dos Lençóis Maranhenses, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Delta
do Parnaíba e o polo da Floresta dos Guarás.
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O Polo turístico de São Luís, localizado na ilha Upaon-Açu, abrange os municípios que
compõem a Ilha, a capital São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, e a
cidade Monumento de Alcântara.
O Parque dos Lençóis, situado no litoral oriental do Maranhão, envolve os municípios
de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas. Seu maior atrativo é
o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, belo e intrigante fenômeno da natureza, um
paraíso ecológico com 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais.
O Parque Nacional da Chapada das Mesas é uma área de 160.046 hectares de cerrado
localizado no Sudoeste Maranhense. Possui cachoeiras, trilhas ecológicas em cavernas e
desfiladeiros, rappel, sítios arqueológicos com inscrições rupestres e rios de águas cristalinas.
As principais cidades do polo são Imperatriz, Carolina e Riachão.
O Delta do Parnaíba é o terceiro maior delta oceânico do mundo. Raro fenômeno da
natureza que ocorre também no rio Nilo, na África, e Mekong, no Vietnã. Sua configuração
se assemelha a uma mão aberta, onde os dedos representariam os principais afluentes do
Parnaíba, que se ramificam formando um grandioso santuário ecológico. Rios, flora, fauna,
dunas de areias alvas, banhos em lagoas e de mar são alguns atrativos que o lugar oferece.
Localizado a nordeste do estado, na divisa com o Piauí. Envolve a região sob influência do
Delta do Rio Parnaíba, que tem setenta por cento da sua área no Maranhão. Tutoia, Paulino
Neves e Araioses são os principais municípios. Deste último, partem excursões turísticas
para o delta.
O polo da Floresta dos Guarás fica na parte amazônica do Maranhão, no litoral ocidental
do estado. Envolve os municípios de Cedral, Mirinzal, Cururupu, Guimarães e Porto Rico do
Maranhão, entre outros. Seu nome deve-se à bela ave de plumagem vermelha, comum na
região. O lugar, que conta com incríveis atrativos naturais e culturais, destaca-se como
um santuário ecológico, formado por baías e estuários onde os rios deságuam em meio a
manguezais. Entre os maiores atrativos turísticos deste polo, está a Ilha dos Lençóis, em
Cururupu. Outros atrativos: praias de Caçacueira, São Lucas e Mangunça, Parcel de Manuel
Luís, um banco de corais ao alcance apenas de mergulhadores profissionais, estaleiros,
onde os mestres constroem embarcações típicas do Maranhão, inteiramente artesanais,
pássaros como guarás, garças, colhereiros e marrecos.

Com respeito à industrialização recente analisamos que o Maranhão, juntamente com o Pará,
cumpre um papel estratégico para o capitalismo internacional. Assim, pela formação social e
econômica dessa região e pela configuração atual do capitalismo, essa situação estratégica
ocorre combinada com o agravamento de problemas sociais, que o sistema não tem condições
de resolver e que se aprofundam progressivamente. Fome, miséria, favelização, desemprego,
estruturas políticas arcaicas e carcomidas, ao lado de indústrias altamente desenvolvidas e
sendo funcionais a estas, como o anverso do discurso retórico do “desenvolvimento”, do “novo”,
que sempre beneficia uma minoria e reatualização a velha pobreza.

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012. (FCC/SEGEP/MA/2ª EDIÇÃO/TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIO/2018) Sobre


a agropecuária maranhense é correto afirmar que
a) a nova fronteira agrícola em expansão no centro-sul do estado tem exercido forte pressão
sobre o cerrado.
b) o leste do estado abriga importante atividade relacionada ao cultivo de eucaliptos para
a indústria
c) a principal área de pecuária bovina do estado ocupa pastagens cultivadas em substituição
à caatinga.
d) o moderno cultivo comercial do arroz transformou o estado no maior produtor nacional
do cereal em 2017.
e) a agricultura familiar reduziu o espaço no estado que, atualmente, precisa importar café
e mandioca do Piauí.

Devido ao avanço da agricultura, o bioma do cerrado vem dando lugar à lavouras, principalmente
de soja.
Letra a.

7.3. OS CONFLITOS AGRÁRIOS


Observa-se que os conflitos agrários no Maranhão têm suas raízes históricas, em
aproximadamente quatro séculos, entretanto pouco se fez em relação à reforma agrária,
portanto há muito que fazer e as ações governamentais da atualidade não foram ainda
capazes de resolver o atraso de distribuição das terras e de efetuar a reforma agrária. Isso
significa que a impunidade sempre esteve ligada ao poder político e a riqueza daqueles que
praticam crimes contra os camponeses e trabalhadores rurais do campo.
A questão fundiária maranhense está em como se distribui o acesso aos recursos
fundiários estando relacionado às políticas governamentais que vem se desenvolvendo desde
final dos anos 70 que teve como marco inicial a edição da chamada “Lei Sarney de Terras”,
que objetivou a transferências de imensas extensões territoriais a grupos empresariais do
nordeste e centro-sul do Brasil.
O Maranhão entrou no cenário do MST a partir de 1985, quando foram assassinados
dois trabalhadores rurais sem terra que, morando em Imperatriz, era, na realidade, como
muitos outros, migrantes expulsos do oeste maranhenses, particularmente do município
de João Lisboa, resultado da grilagem de uma área denomina Fazenda Pindaré, mais tarde
dividida entre os grupos da VARIG, SHARP, CACIQUE, MESBLA e PÃO DE AÇUCAR. Cabe ressaltar
ainda que no ano seguinte a Fazenda Pindaré, recebeu o nome de “Fazenda Criminosa”, em
função do assassinato de vários trabalhadores rurais.
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8. PROBLEMAS E DESAFIOS NO BRASIL E NO MARANHÃO:


A SITUAÇÃO DAS MINORIAS: OS ÍNDIOS, OS NEGROS, AS
MULHERES E OS HOMOSSEXUAIS; A LUTA PELA TERRA E
A REFORMA AGRÁRIA; A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA;
PROBLEMAS DO MEIO AMBIENTE E OS MOVIMENTOS
ECOLÓGICOS; CULTURA E COTIDIANO NOS DIAS ATUAIS;
PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL
Estimado(a) aluno(a), antes de falarmos das questões sociais no maranhão, é preciso que
conheçamos um pouco de seus números. O Maranhão possui 217 municípios distribuídos em
uma área de 331.983,293 km², sendo o oitavo maior estado do Brasil, um pouco menor que
a Alemanha. Sua população estimada em 2007 é de 6.118.995 habitantes, sendo o décimo
estado mais populoso do país, com população superior à da Jordânia. Cerca de 70% dos
maranhenses vivem em áreas urbanas. O Maranhão possui 18,43 habitantes por km², sendo
o décimo sexto na lista de estados brasileiros por densidade demográfica.
O Maranhão é um dos estados mais pobres do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento
Humano igual a 0,683, comparável ao do Brasil em 1980 e superior apenas ao de Alagoas na
lista dos estados brasileiros por IDH. A população de grande parte do estado ainda sofre
com problemas de saneamento básico e de desnutrição infantil. O Maranhão apresenta
altos índices de desnutrição entre as crianças de zero a cinco anos, de acordo com
levantamento do Fundo da Nações Unidas para a Infância feito em 1999.
O segundo maior índice de mortalidade infantil do Brasil é do Maranhão, inferior
apenas ao de Alagoas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
de cada mil nascidos no Maranhão por ano, 39 não sobreviverão ao primeiro ano de vida.
Vários fatores contribuem para o alto índice de mortalidade infantil no estado: dentre eles,
o fato de que apenas metade da população tem acesso à rede de esgoto e o de que quase
quarenta por cento da população não tem acesso a água tratada.
De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2007, o Maranhão
é o estado com o maior déficit habitacional relativo do país. O Maranhão apresenta um
índice de 38,1 por cento (que equivale ao número de imóveis existentes, dividido pelo de
moradias necessárias para suprir a demanda da população).
Em termos absolutos, o déficit no estado chega a 570.606 unidades, o quinto maior do
país. O déficit maranhense representa 7,14 por cento do déficit absoluto total brasileiro,
estimado em 7.984.057. A média maranhense é quase três vezes maior do que a nacional,
de 14,6 por cento.
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Para a Fundação Getúlio Vargas, as causas do déficit no estado estariam relacionadas


à má distribuição de renda, à inadimplência do estado e Municípios e à política aplicada
no setor. O então secretário adjunto da Secretaria de Estado das Cidades, Desenvolvimento
Regional Sustentável e Infraestrutura, Heraldo Marinelli, contestou parte dessas causas. Para
ele, o déficit “não tem correlação com a falta de políticas ao setor e com a inadimplência
de estado e municípios” e também influenciaria o “processo histórico de concentração de
renda” no estado.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em
2009, o Maranhão possui o maior número de crianças entre oito e nove anos de idade
analfabetas no país. Quase quarenta por cento das crianças do estado nessa faixa etária
não sabe ler e escrever, enquanto que a média nacional é de 11,5 por cento. Os dados do
instituto, porém, não oferecem um diagnóstico completo da situação, pois se baseiam
somente na informação de pais sobre se seus filhos sabem ler e escrever um bilhete simples.
Em 2006, os alunos do Maranhão obtiveram a quarta pior nota na prova do Exame Nacional
do Ensino Médio de língua portuguesa. Em 2007, obtiveram a sétima pior, que foi mantida
na avaliação de 2008. Na redação, os alunos se saíram um pouco melhor, apresentando a
sexta pior nota em 2006 e subindo seis posições em 2007.
A rede estadual tem majoritariamente escolas de Ensino Médio e, atualmente, ocupa
o 20º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com nota
3,1. Está na mesma posição da Paraíba e do Amapá e à frente somente de Sergipe (2,6),
Alagoas e Rio Grande do Norte (2,8), Bahia (2,9), Mato Grosso e Pará (3,0). No topo da lista
estão Pernambuco e São Paulo (3,9). “Queremos atingir a nota 3,7, no mínimo, estipulada
para 2017 pelo MEC”, explica Felipe Camarão (DEM), secretário da pasta. Nas outras etapas, a
situação do Maranhão não é melhor. O Ideb dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental
estão abaixo da média do Brasil.
Uma das principais mudanças colocadas em cena pela gestão do governador Flávio Dino,
hoje Ministro da Justiça e Segurança Pública, foi o aumento de salário para os profissionais
do Magistério, com um reajuste de 6,81% no piso (que não vale para professores dos
municípios). Educadores que trabalham 40 horas semanais passaram a ganhar 5.750 reais.
São os mais bem pagos do Brasil. Mas vale notar que esse valor contempla apenas 7% dos
docentes da rede, pouco mais de 2 mil deles.
Para bancar a remuneração, o governo investiu recursos do tesouro maranhense,
fazendo um aporte de 248 milhões de reais às cifras recebidas do Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(Fundeb), que somam pouco mais de 1,3 bilhão de reais. De fato, a valorização da profissão
docente passa pela remuneração adequada e confere atratividade à carreira.
O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do país, o que pode ser demonstrado
pelo número de 68,8% de pardos autodeclarados ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, resultado da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas lavouras
de cana-de-açúcar, arroz e algodão.
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8.1. A SITUAÇÃO DAS MINORIAS: OS ÍNDIOS, OS NEGROS, AS MULHERES E


OS HOMOSSEXUAIS
Querido(a), a desigualdade social é um processo existente dentro das relações da
sociedade, presente em todos os países do mundo. Faz parte das relações sociais, pois
determina um lugar aos desiguais, seja por questões econômicas, de gênero, de cor, de
crença, de círculo ou grupo social. Essa forma de desigualdade prejudica e limita o status
social dessas pessoas, além de seu acesso a direitos básicos, como: acesso à educação e
saúde de qualidade, direito à propriedade, direito ao trabalho, direito à moradia, ter boas
condições de transporte e locomoção, entre outros.
Sociedades em que as pessoas são diferentes, optam por vestir roupas de determinado
jeito ou viver sua vida de maneiras diferentes não são formas de desigualdade. O fenômeno
da desigualdade se manifesta no acesso aos direitos, como disse anteriormente, mas
principalmente no acesso a oportunidades.
Logo, determinados grupos de pessoas de classes sociais e econômicas mais favorecidas
têm acesso a boas escolas, boas faculdades e, consequentemente, a bons empregos. Ou
seja, vivem, convivem e crescem num meio social que lhe está disponível.
É um ciclo vicioso: esses grupos se mantêm com seus privilégios e num círculo restrito,
relacionando-se social e economicamente por gerações a fio. A grande questão é: o que
fazem aqueles que estão à margem dessa bolha social?
As pessoas que são marginalizadas sofrem os maus efeitos da existência dessas bolhas
sociais e econômicas, sem lhes ser concedidas oportunidades de vida, de estudo e de
crescimento profissional da mesma maneira que às outras pessoas. Nesse sentido, quem é
de uma família pobre tem menos probabilidade de ter uma excelente educação e instrução;
assim, com baixo nível de escolaridade, terão destinados a si certos empregos sem grande
prestígio social e com uma remuneração modesta, mantendo seu status social intacto.
Por essa razão, a meritocracia é um mito: não há como clamar que uma classe social
alcança bons feitos por mérito, frente a outra que sequer consegue acessar as mesmas
oportunidades. Um princípio do direito prega em tratar os iguais como iguais e os desiguais
como desiguais, com o intuito de reconhecer como a força das vivências, dos locais de
origens e da vida social tendem a se manter os mesmos por décadas.
Vários teóricos e pensadores buscam entender esse fenômeno, que assola boa parte
dos países do mundo até hoje. Boa parte deles, em suas teorias, culpa a existência da
desigualdade social num vértice em comum: a concentração do dinheiro, ou seja, a má
distribuição de renda. Sendo a desigualdade social o fruto da concentração de dinheiro e
poder a uma parte muito pequena da população, o que resta à grande parcela da sociedade
é dividir o restante.
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Algumas das causas da desigualdade social:


• Má distribuição de renda – e concentração do poder;
• Má administração de recursos – principalmente públicos;
• Lógica de mercado do sistema capitalista – quanto mais lucro para as empresas e os
donos de empresa, melhor;
• Falta de investimento nas áreas sociais, em cultura, em assistência a populações
mais carentes, em saúde, educação;
• Falta de oportunidade de trabalho.
Existem diversas formas de desigualdade quando se fala em desigualdade social. Ora,
o que é social permeia todos os âmbitos da vida de uma pessoa. Entenda alguns deles:
• Desigualdade de gênero: Uma pauta muito discutida desde o início do século XXI.
Ela se manifesta na discriminação de oportunidades, de tratamento, de direitos,
de liberdade. Por vezes, no sistema patriarcal, mulheres recebem salários mais
baixos que um homem, mesmo fazendo o mesmo trabalho, com o mesmo grau de
ensino e cumprindo os mesmos horários – na esfera pública, também é discutida a
representatividade da mulher em cargos de poder e na política.
• Desigualdade racial: O Brasil, ao contrário do mito, não é uma democracia racial.
A desigualdade começa já na discussão de oportunidades: onde as pessoas negras
moram e crescem hoje? Como herança da escravidão, 72% dos moradores de favela
são negros. Sete em cada dez casas que recebem o benefício do Bolsa Família são
chefiadas por negros, segundo dados do estudo Retrato das desigualdades de gênero
e raça, do Ipea.
Além disso, o analfabetismo é duas vezes maior entre negros do que entre brancos.
Em segundo lugar, há preconceito e discriminação racial em diversos âmbitos ainda: diz-
se que racismo é estrutural e reproduzido pela sociedade a fim de excluí-los dos círculos
sociais. Os jornais, a televisão e os filmes, por exemplo, também reproduzem e ajudam a
perpetuar essa lógica.
• Desigualdade de classes: Dependendo o autor, a explicação desse tipo de desigualdade
será diferente. Mas, basicamente, sempre levará em conta a ocupação profissional, a
escolaridade, a riqueza, os bens, a renda das pessoas. O sociólogo Max Weber acredita
que as classes sociais estão ligadas aos privilégios e prestígios, sendo uma forma
de estratificação social. Acredita que essas classes tendem a se manter estáveis ao
longo de gerações, reproduzindo a desigualdade com as classes inferiores. Já Karl
Marx, entende que existem duas grandes classes: a trabalhadora (proletariado) e os
capitalistas (burguesia). Enquanto os trabalhadores se importam em sobreviver, os
capitalistas se preocupam com o lucro. E, assim, criam as desigualdades e os conflitos
sociais, como a opressão e a exploração.
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De acordo com o estudo liberado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), a concentração de renda aumentou em 2018 no país. Os dados mostram que o
rendimento mensal dos 1% mais ricos do país é quase 34 vezes maior do que o rendimento
da metade mais pobre da população.
Ainda, o estudo mostrou que a renda dos 5% mais pobres caiu em 3%, enquanto a renda
dos 1% mais ricos aumentou em 8%. Assim, o Índice de Gini – instrumento utilizado para
medir a desigualdade no Brasil – voltou a subir. Em 2018, alcançou o número de 0,509. Vale
lembrar que o índice varia de zero a um. Quanto mais próximo de um, pior é a distribuição
de renda no país.
O termo “inclusão” designa o ato de inserir, introduzir, fazer parte de algo. Inclusão
social é o ato de incluir na sociedade categorias de pessoas historicamente excluídas do
processo de socialização, como negros, indígenas, pessoas com necessidades especiais,
homossexuais, travestis e transgêneros, bem como aqueles em situação de vulnerabilidade
socioeconômica, como moradores de rua e pessoas de baixa renda.
Ao falar em inclusão, estamos de acordo com a Declaração Universal de Direitos
Humanos e também com a Constituição Federal de 1988, que apresentam direitos que
devem se estender a todas as pessoas, sem exceção. Vale dizer ainda que sociedades que
apresentam altos índices de exclusão social enfrentam também inúmeros outros problemas,
como o aumento da criminalidade e dos índices de pobreza.
Na Sociologia, dizemos que a inclusão social é uma medida de controle social, ou seja, ela
atua como meio de integração entre administração pública e sociedade a fim de solucionar
conflitos e resolver problemas resultantes da formação da sociedade capitalista.
Historicamente, alguns grupos sociais ficaram à margem do processo de socialização,
não tendo o devido acesso a direitos como educação, emprego digno, moradia, saúde e
alimentação adequada. Para resolver esse problema, os governos passaram a criar, a partir
do século XX, medidas de inclusão das camadas marginalizadas da população na sociedade.
Para definir mais precisamente a inclusão social, podemos também recorrer ao pioneiro
e um dos maiores estudiosos de inclusão social no Brasil, o assistente social Romeu Kazumi
Sassaki. Ele diz que a inclusão social é um processo bilateral no qual as pessoas ainda
excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções
e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.
Se analisarmos a formação das sociedades contemporâneas capitalistas ocidentais,
perceberemos que essas sociedades se estabeleceram a partir da colonização e da
escravização. Nesse processo liderado por países europeus, grupos sociais ficaram à margem
da sociedade formada nas colônias.
Esses grupos são, em geral, os negros de origem africana e os nativos das terras colonizadas
– no caso das Américas, os povos indígenas. Em decorrência da marginalização desses povos
e das ideologias racistas predominantes nos processos de colonização, as quais ainda
persistem até hoje, houve e há a exclusão dessas categorias do processo de formação da
sociedade. Assim, as medidas de inclusão social visam a integrar esses grupos vulneráveis
à sociedade, garantindo os seus direitos.
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Deficientes físicos e deficientes mentais, portadores de comorbidades neurológicas


e portadores de necessidades especiais, em geral, também foram, por muito tempo,
excluídos da sociedade em razão de suas limitações. Durante muito tempo, pensou-se na
urbanização, no lazer, na educação e no esporte voltados apenas para pessoas que não
possuem limitações de mobilidade ou de desenvolvimento cognitivo.
As pessoas com deficiências físicas, por exemplo, não conseguiam e, em muitos casos,
ainda não conseguem andar na rua com segurança ou acessar espaços públicos por não
haver nesses locais instrumentos que viabilizem a sua inclusão, como guias para deficientes
visuais ou rampas para acesso de cadeirantes a locais com escadarias.
As pessoas que convivem com problemas neurológicos que causam algum tipo de
atraso cognitivo também ficaram, por muito tempo, excluídas do direito à educação escolar.
Antigamente, as famílias mantinham essas pessoas em casa, pois não havia escolas adaptadas
para recebê-las, o que resultava em mais atraso e na privação da educação e do convívio
social com outras pessoas, levando a um quadro de não desenvolvimento de habilidades
que poderiam ser desenvolvidas caso houvesse a inclusão dessas pessoas na escola.
Durante muito tempo, a homossexualidade e a transexualidade foram consideradas
formas pecaminosas de degeneração do sujeito, sendo, inclusive, proibidas pelos sistemas
legais de alguns países. O resultado disso foi a marginalização de homossexuais e transexuais,
o que ainda pode ser observado no Brasil, principalmente em relação às pessoas transgênero
e travestis.
Essas pessoas sofrem preconceito na escola, o que leva à evasão escolar, e também no
mercado de trabalho. Sem emprego e sem escolaridade, muitas travestis e transexuais
entram para a prostituição como única saída para sobreviver e acabam levando uma vida
de sofrimento e exclusão social.
No caso de pessoas de baixa renda, há a necessidade de se integrar essas pessoas aos
serviços básicos garantidos, constitucionalmente, a todas as pessoas, sem restrições
de classe social, gênero, sexualidade, religião ou cor da pele. Tais direitos são a atenção à
saúde, a alimentação adequada, a moradia digna, a educação e o emprego.
O problema é que, historicamente, populações de baixa renda não acessam os serviços
básicos de qualidade. O serviço público de educação e saúde oferecido nos centros urbanos,
por exemplo, é precário, o que coloca essas pessoas em desvantagem em relação às que
podem pagar por serviços particulares.
Nas comunidades rurais isoladas ou em pequenas cidades, o problema é muito
maior, pois, muitas vezes, nem existem hospitais e escolas públicas que possam atender
satisfatoriamente as populações de baixa renda.
A principal justificativa para se promover a inclusão social de categorias marginalizadas
está no fato de que existe uma categoria universal e indistinta de direitos que deve atender
a todas as pessoas. Estamos falando dos Direitos Humanos.
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Em 1948, três anos após o fim da Segunda Guerra Mundial e visando a evitar outro
genocídio como o Holocausto, a ONU promulgou uma carta chamada Declaração Universal
dos Direitos Humanos, que indica que toda pessoa humana, independentemente de sua
origem, opinião política, crença religiosa, classe social ou cor, deve ter seus direitos básicos
atendidos.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é um documento que se alinha
à Declaração Universal dos Direitos Humanos para estabelecer, ao menos juridicamente,
a necessidade de se incluir as categorias marginalizadas da sociedade no pleno exercício
de seus direitos. O problema é que muito precisa ser feito para que esses direitos sejam
garantidos.
Sociologicamente falando, a necessidade de se pensar em controle social se dá pelo fato
de que a desigualdade social e a marginalização de pessoas são fatores de atraso para
as sociedades. Quando uma sociedade possui um alto índice de exclusão social, o Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) dessa sociedade fica prejudicado. Nesse sentido, o
Coeficiente de Gini, que vimos agora a pouco, também é um dos fatores que influenciam
o IDH de um local.
Quanto menor o IDH, maior o índice de pobreza e de exclusão social, e quanto mais
pobreza e exclusão social, maiores são os índices de violência. Quando não há educação,
emprego, renda, moradia e alimentação adequada, maior é a revolta e menor é a expectativa
de crescimento social.
Esses fatores levam as pessoas a verem no crime uma saída para a sua sobrevivência, o
que torna as sociedades mais violentas e mais corrompidas. Portanto, medidas de controle
social que visam à inclusão de categorias marginalizadas da população na plena garantia
de direitos são benéficas para a sociedade como um todo.
O parágrafo 1º do artigo 58 da Lei 9.394/1996, conhecida como Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Brasileira, diz que, havendo necessidade de equipar a escola pública
para atender portadores de deficiência, o poder público deve fazê-lo. Esse foi um primeiro
passo tomado nos anos 1990 para promover a inclusão social dentro da escola, mas ainda
não era um passo que resolvesse o problema.
O parágrafo 2º do artigo 227 da Constituição Federal de 1988 também fala da
obrigatoriedade de haver acessibilidade para deficientes físicos em prédios públicos e
no transporte público. Em relação à escola, o que mudou nos anos 2000 é que todos os
prédios públicos devem ser adequados ao uso de cadeiras de rodas e a outras dificuldades
de mobilidade, além de haver também a inclusão de portadores de atrasos cognitivos e
deficiências mentais em escolas regulares.
Antes da Constituição de 1988, não havia obrigatoriedade de instituições de ensino, tanto
particulares quanto públicas, de aceitarem alunos com deficiência. A obrigatoriedade a
instituições privadas de ensino somente ocorreu com a promulgação da Lei 13.146/2015,
chamada Lei Brasileira de Inclusão.
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Segundo essa lei, todas as instituições de ensino, privadas, públicas ou conveniadas,


devem adequar-se para receber alunos com qualquer tipo de deficiência e garantir a sua
manutenção e aprendizado efetivo. Nessa lei, a inclusão de deficientes mentais, portadores
de atraso cognitivo e portadores de transtornos que dificultam o aprendizado, como
o Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositor
Desafiador (TOD) e dislexia, deve ser garantida.
O problema que as instituições públicas e privadas de ensino ainda enfrentam é o modo
como garantir o aprendizado e a inclusão dessas pessoas no ambiente escolar, visto que
é necessário muito mais que a simples adequação do espaço físico, sendo necessária a
contratação de pessoal especializado para o cuidado e a inclusão dessas crianças.
Para que a inclusão seja efetiva, é necessária uma equipe interdisciplinar que envolva
psicólogos, psicopedagogos e assistentes sociais. Além disso, a formação de professores
deve contemplar o atendimento e o ensino efetivo das pessoas com deficiência.
São exemplos de inclusão social:
• Cotas em universidades públicas e concursos públicos para negros e indígenas oriundos
de escolas públicas e para estudantes de escolas públicas em geral;
• Inclusão de deficientes físicos ou portadores de atrasos cognitivos em escolas regulares;
• Programas de assistência social a pessoas de baixa renda, como o Bolsa Família, e
pessoas em situação de vulnerabilidade social, como moradores de rua;
• Programas de profissionalização de jovens oriundos de famílias carentes;
• Programas de assistência psicossocial e profissionalização de homossexuais,
transexuais e travestis;
• Acessibilidade para portadores de necessidades especiais, como cegos, surdos e
cadeirantes, em espaços públicos ou espaços coletivos geridos pela iniciativa privada,
além da acessibilidade em calçadas e passarelas do passeio público.

013. (FGV/SME/PROFESSOR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO/ÁREA SOCIOLOGIA/2023) “O


significado de ser classificado socialmente como negro não é o mesmo se olharmos para
o Brasil do século XIX ou do século XXI. No século XIX, a pele negra remetia diretamente à
escravidão e ao trabalho braçal, fosse ele na plantação ou na casa-grande. As diferenças
eram asseguradas por um sistema de dominação que tratava negros como objetos, negando
direitos políticos e perpetrando castigos físicos. Mais de um século depois, grande parte
da desigualdade permanece, mas seus significados são muito distintos”.
Adaptado de ZAMBONI, Marcio. Um modo de olhar para as diversas formas de diferença e desigualdade
presentes na sociedade contemporânea, in Sociologia Especial, p. 16.

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História do Maranhão
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No trecho, utilizado em sala de aula para incentivar o debate sobre “Diferença e Desigualdade”,
o docente mostra como, nas duas situações citadas, um marcador social de diferença (ser
classificado como negro) torna-se fator de produção e reprodução de desigualdades. Em
seguida, caracteriza com os alunos o conceito de “marcadores sociais de desigualdade e
de diferença”.
As afirmativas a seguir descrevem corretamente o resultado dessa caracterização, com
base no trecho, à exceção de uma. Assinale-a.
a) As diferenças e desigualdades entre os homens são naturais, pois os seres humanos
apresentam múltiplos usos do corpo e da linguagem, de se alimentar e vestir, por exemplo.
b) Os marcadores sociais da diferença estão articulados à experiência dos indivíduos em
suas relações econômicas e políticas, entre outras.
c) As diferenças e desigualdades são construídas socialmente e precisam ser contextualizadas
em termos de tempo, espaço e relações sociais, para serem compreendidas.
d) Os sistemas de classificação, sociais, étnicos ou culturais, estão ligados às relações de
poder que existem em uma dada sociedade.
e) As categorias da diferença são relacionais, sendo construídas umas em relação às outras,
como quando associa-se a cor da pele ao conceito de raça, e esta, a uma forma de trabalho.

As diferenças e desigualdades não são naturais, mas fruto da organização social (estrutura
econômica, produtiva...)
Letra a.

8.1.1. SITUAÇÃO DOS INDÍGENAS NO MARANHÃO


A situação dos indígenas no Maranhão é marcada por desafios significativos e demandas
urgentes para a garantia de seus direitos, proteção de suas terras e preservação de suas
culturas. Como em outras partes do Brasil, as comunidades indígenas enfrentam uma série
de questões complexas.
A demarcação e proteção das terras indígenas são questões críticas no Maranhão. Muitas
comunidades lutam para que suas terras sejam oficialmente reconhecidas e protegidas,
enfrentando invasões, conflitos com fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e outros interesses
econômicos que ameaçam seu modo de vida e seus recursos naturais.
A luta pela posse das terras tradicionais pode levar a conflitos violentos entre comunidades
indígenas e invasores, representando uma séria ameaça à segurança e ao bem-estar dos
indígenas. A exploração ilegal de recursos naturais, como madeira e minerais, em terras
indígenas é uma ameaça constante à integridade ambiental e cultural dessas comunidades.
Além disso, muitas comunidades indígenas no Maranhão enfrentam dificuldades para
acessar serviços essenciais, como saúde, educação e infraestrutura básica, o que pode levar
a condições precárias de vida e maior vulnerabilidade.
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Nesse sentido, a preservação das culturas e línguas indígenas é um desafio fundamental,


pois as influências da sociedade majoritária podem afetar negativamente suas tradições
e identidade cultural. As comunidades indígenas podem ser particularmente vulneráveis a
surtos de doenças, como aconteceu durante a pandemia de COVID-19, devido à falta de acesso
a serviços de saúde adequados e a dificuldades de isolamento social em comunidades remotas.
Para enfrentar esses desafios, é crucial o reconhecimento dos direitos indígenas, a
demarcação efetiva das terras, a proteção contra invasões e o respeito à autonomia dessas
comunidades. O fortalecimento da educação indígena e o incentivo à preservação da cultura
e língua também são fundamentais. Além disso, é essencial a atuação conjunta de órgãos
governamentais, organizações da sociedade civil e movimentos sociais para promover
políticas e ações que garantam os direitos e a dignidade dos povos indígenas no Maranhão
e em todo o Brasil.

8.1.2. SITUAÇÃO DOS NEGROS NO MARANHÃO

O Maranhão tem uma significativa presença afrodescendente, contribuindo para a rica


diversidade cultural do estado. No entanto, apesar de sua importância na formação da
sociedade maranhense, os negros ainda enfrentam obstáculos em diversas áreas:
Os negros no Maranhão enfrentam desigualdades socioeconômicas, incluindo menor
acesso à educação de qualidade, empregos formais e serviços de saúde. A pobreza é
mais prevalente entre essa população, o que contribui para a perpetuação de ciclos de
desvantagens socioeconômicas. O racismo persiste como uma questão relevante no estado,
e os negros muitas vezes enfrentam discriminação em diversas esferas da sociedade,
incluindo no mercado de trabalho e no acesso a serviços públicos.
Os negros, especialmente os jovens, enfrentam maiores níveis de violência urbana e
têm menos proteção em algumas áreas mais vulneráveis, incluindo favelas e periferias. A
população negra no Maranhão tem menor acesso a uma educação de qualidade, o que pode
limitar suas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Ante essa situação
de desigualdade a representatividade política dos negros no Maranhão ainda é limitada,
o que pode afetar a formulação de políticas que abordem suas necessidades específicas.
Para combater essas desigualdades e promover a igualdade racial no Maranhão, é
fundamental implementar políticas e programas que abordem as questões estruturais
do racismo e da discriminação, como a promoção da igualdade de oportunidades, ações
afirmativas, a valorização da cultura afrodescendente e a ampliação da representatividade
política. Além disso, é essencial a conscientização e o engajamento de toda a sociedade
para lutar contra o racismo e construir uma sociedade mais inclusiva e justa para todos
os cidadãos do Maranhão.
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014. (UEMA/2022)

Estado de Minas 03-12-2021 https://www.em.com.br/app/charge/2021/12/03/interna_charge.,1328062/


racismo.shtml

A charge apresenta uma crítica severa à falta de liberdade do ser humano.


Há relação temática, sobretudo, evidenciada na sequência do segundo ao quarto quadrinhos
com o seguinte trecho do conto A Escrava:
a) “– Maldita negra! Esbaforido, consumido, a meter-me por esses caminhos, pelos matos
à procura da preguiçosa... Ora! Hei de encontrá-la; mas, deixa estar, eu te juro, será esta a
derradeira vez que me incomodas. No tronco... no tronco: e de lá foge!”
b) “Ergui ao céu um voto de gratidão; e lembrei-me que era tempo de procurar minha
desventurada protegida./ Ergui-me consciente de que ninguém me observava, e acercava-
me já da moita de murta quando um homem, rompendo sua espessura, [...]”
c) “Ah! Minha Senhora. – exclamou erguendo os olhos ao céu, – eu procuro minha mãe, que
correu nesta direção, fugindo do cruel feitor que a perseguia. Eu também agora sou um
fugido: porque há uma hora deixei o serviço para procurar minha pobre mãe, que além de
doida está quase a morrer.”
d) [...] “com este negro a coisa muda de figura: minha querida senhora, este negro está
fugido: espero, me entregará, pois sou o seu legítimo senhor, e quero corrigi-lo. / – Pelo
amor de Deus, minha mãe, – gritou Gabriel, completamente desorientado – minha mãe,
leva-me contigo.”
e) “Não acham isso interessante? /Desculpe-me, senhor Tavares, – disse-lhe – em conclusão,
apresento-lhe um cadáver e um homem livre./ Gabriel ergue a fronte, Gabriel é livre!”
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Questão de interpretação. Os documentos (charge e trecho do conto A Escrava) devem ser


associados corretamente. Os quadrinhos (2,3 e 4) mostram um negro se libertando. A única
alternativa que aponta a liberdade é a letra e.
Letra e.

8.1.3. SITUAÇÃO DAS MULHERES NO MARANHÃO


A violência contra as mulheres é um problema sério no Maranhão. A taxa de feminicídio
e agressões físicas e psicológicas ainda é alta, e muitas mulheres enfrentam dificuldades
para denunciar e buscar proteção contra a violência doméstica.
Apesar dos avanços nas últimas décadas, o acesso à educação de qualidade para as
mulheres no Maranhão ainda é um desafio. Em algumas regiões mais remotas, meninas
enfrentam obstáculos culturais e socioeconômicos para permanecerem na escola. Ligado a
isso, a inserção das mulheres no mercado de trabalho nem sempre é igualitária. A presença
feminina é mais prevalente em setores informais e de menor remuneração, e as mulheres
enfrentam discriminação salarial em comparação com os homens.
A mortalidade materna ainda é um desafio no Maranhão, com algumas áreas rurais
enfrentando dificuldades de acesso a serviços de saúde adequados para mulheres grávidas
e lactantes.
Apesar de do aumento da representatividade nos últimos anos, a participação das
mulheres na política é historicamente limitada, com baixa representatividade nos cargos
de decisão política no estado. No entanto, é importante destacar que o Maranhão também
possui diversas iniciativas e organizações que trabalham para melhorar a situação das
mulheres, promovendo a igualdade de gênero, combatendo a violência doméstica e buscando
a valorização e o empoderamento das mulheres em diferentes esferas da sociedade. A
conscientização, educação, políticas públicas e o apoio da sociedade civil são fundamentais
para promover uma mudança positiva na situação das mulheres no Maranhão.

8.1.4. SITUAÇÃO DOS HOMOSSEXUAIS NO MARANHÃO


Em geral, o estado enfrenta desafios relacionados aos direitos e à igualdade de pessoas
LGBT+. Pessoas homossexuais no Maranhão ainda enfrentam discriminação e preconceito
em diferentes esferas da sociedade, incluindo no ambiente de trabalho, na família e nas
comunidades. A violência baseada na orientação sexual ou identidade de gênero pode ser
um problema para pessoas LGBT+ no estado, incluindo agressões físicas e verbais.
Embora o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja legalizado no Brasil, ainda
pode haver desafios no reconhecimento legal de relacionamentos homossexuais em
algumas instâncias. Pessoas LGBT+ podem enfrentar barreiras no acesso a serviços de
saúde adequados e sensíveis às suas necessidades, incluindo questões relacionadas à saúde
sexual e reprodutiva.
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A representatividade de pessoas LGBT+ na política e na formulação de políticas públicas


pode ser limitada, dificultando a implementação de medidas específicas que abordem
questões relevantes para essa comunidade.
No entanto, o Maranhão também conta com movimentos e organizações de defesa dos
direitos LGBT+ que trabalham para promover a igualdade, a inclusão e o respeito à diversidade
sexual e de gênero. Esses grupos têm lutado por políticas de combate à discriminação,
campanhas de conscientização e o fortalecimento dos direitos LGBT+ no estado.
A conscientização, a educação, a legislação antidiscriminatória e o apoio contínuo da
sociedade civil são fundamentais para avançar na luta pelos direitos das pessoas LGBT+ no
Maranhão e para promover um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos.

015. (FCC/SEGEP/MA/ANALISTA AMBIENTAL/2016)


“O Estado do Maranhão, tal qual a Amazônia, foi e continua sendo alvo de uma
série de políticas de ordenação e uso do território as quais iniciaram-se ainda no regime
colonial e que, no transcorrer do século XX principalmente nos Governos Militares,
intensificaram-se na medida em que foram sendo definidas suas respectivas “vocações”,
as quais buscaram articular a um projeto nacional de desenvolvimento e tornar a economia
competitiva no mercado global”
ROMÃO et al. Revista Geográfica de América Central Número Especial EGAL, 2011. Costa Rica II. Semestre
2011 pp. 1-16.

Considerando que as intervenções Estatais influem nas novas territorializações e promovem


ao mesmo tempo desterritorialização o projeto que articulou uma política nacional à
formação territorial do Estado do Maranhão no século XX, foi a:
a) implantação, no município de Alcântara de um centro de alta tecnologia de lançamento
de foguetes que provocou a desterritorialização de comunidades quilombolas e tradicionais.
b) implantação do Porto de Itaqui na baía de São Marcos que provocou um forte investimento
em melhorias urbanas atraindo setores sociais de alta renda para a região.
c) implantação da ferrovia Norte-Sul que promoveu um choque negativo na porosidade
territorial e facilitou a relação com o exterior incentivando a exportação de commodities
agrícolas.
d) expansão das rodovias que levou a região da Baixada Maranhense a falência do modelo
agroexportador e confinou essa região ao contato apenas com as localidades mais próximas,
configurando um ambiente de marasmo.
e) expansão de todas as infraestruturas territoriais, que promoveram somente o setor de
exportação não trazendo nenhum benefício social.
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A construção da base de lançamentos de foguetes de Alcântara estava na estratégia do


Regime Militar de promover o desenvolvimento tecnológico aeroespacial. Contudo, para
sua construção, foram desterrados quilombolas que viviam na região.
Letra a.

8.2. A LUTA PELA TERRA E A REFORMA AGRÁRIA


Concurseiro(a), segundo a Pastoral da Terra, em relatório de 2022, o Maranhão é o
3ºestado do país com maior número de conflitos agrários. Nesse ano, o Estado registrou
102 áreas de conflitos e sete mortes devido as disputas de terra no campo.
No ranking dos estados com maior registro de conflitos, o Maranhão fica atrás apenas
do Amazonas, com 110 casos e de Mato Grosso, com 118. Mirador e Balsas são os municípios
maranhenses com o maior de disputas pela posse de terra.
Um exemplo são as disputas que acontecem nas comunidades do Bom Acerto e do
Gado Bravinho, localizadas na zona rural de Balsas, cidade a 810 km de São Luís. Famílias
correm o risco de despejo e denunciam casos de violência, destruição de plantações, casas
e ameaças de mortes contra trabalhadores rurais.
Na comunidade do Gado Bravinho, também em Balsas, entidades que apoiam as famílias
alegam que o Ministério Público Federal (MPF) já deu um parecer sobre a implementação
imediata de um assentamento da reforma agrária.
Os dados apontam que o desmatamento é a principal causa dos conflitos agrários, já
que o problema afeta diretamente, as comunidades tradicionais. De todos os municípios
que fazem parte do cerrado brasileiro, Balsas foi o que mais desmatou em 2022, segundo
o Sistema de Alerta do Mapa Biomas. Mais de 24 mil hectares de terra foram desmatados
para dar lugar as plantações de soja, milho e formação de pasto para criação gado.
Entretanto,

a região de maior conflito continua sendo a pertencente ao Bico de Papagaio. A região do Bico
do Papagaio localiza-se Zona de confluência dos rios Araguaia-Tocantins e região de fronteira
entre os Estados do Pará, Maranhão e Tocantins. O Bico do Papagaio nas décadas de 1960-70
do século passado, foi porta de entrada para a toda a Amazônia Legal constituindo-se numa
região de intensos conflitos envolvendo posseiros, grileiros e fazendeiros durante todo o regime
militar (1964-1985). Ali encontram-se vastas extensões de terra adequadas para a agricultura
e a pecuária, motivando a disputa pela posse dessa terra com graves conflitos envolvendo
fazendeiros e posseiros. Ali, o problema é explosivo, com frequentes emboscadas e mortes.2

2
Aichely Rodrigues da Silva; Valdeir Vieira da Cunha. A LUTA PELA TERRA NO MARANHÃO: CASO DO BICO DO PAPAGAIO. XXI
Encontro Nacional de Geografia Agrária. Territórios em Disputa.

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Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA_HwAI/falta-reforma-agraria-amplia-conflitos-por-terra

A forma como a terra é distribuída e utilizada tem um impacto direto sobre o meio
ambiente. Aqui estão algumas maneiras pelas quais essas duas questões se relacionam:
• Desmatamento e conflitos de terras: A concentração fundiária e a falta de regularização
de terras podem levar ao desmatamento ilegal. Grandes propriedades rurais, muitas
vezes pertencentes a poucos proprietários, podem ser exploradas de maneira não
sustentável, resultando em desflorestamento, perda de biodiversidade e degradação
ambiental. Além disso, a falta de definição clara dos direitos de propriedade pode
resultar em conflitos pela posse da terra, que muitas vezes são acompanhados de
violência e destruição ambiental.
• Agronegócio e monocultura: Em muitos casos, a concentração fundiária está associada
à expansão do agronegócio e da monocultura em larga escala. Grandes propriedades
rurais são destinadas à produção de commodities agrícolas, como soja, milho, cana-
de-açúcar e criação de gado. Essa forma de agricultura intensiva pode resultar na
destruição de ecossistemas naturais, como florestas e áreas úmidas, e no uso excessivo
de agrotóxicos e fertilizantes, causando poluição do solo e da água.
• Acesso a recursos naturais e sustentabilidade: A forma como a terra é distribuída e
utilizada afeta o acesso e a gestão dos recursos naturais, como florestas, rios e terras
cultiváveis. A concentração fundiária pode restringir o acesso de comunidades locais
a esses recursos, levando a conflitos e a uma gestão inadequada. A falta de incentivos
para a conservação ambiental também pode resultar na exploração insustentável
desses recursos, comprometendo a sua disponibilidade para as gerações futuras.
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• Agricultura familiar e preservação ambiental: Por outro lado, a agricultura familiar,


que geralmente envolve propriedades menores e uso mais sustentável da terra, pode
desempenhar um papel importante na preservação ambiental. Muitas vezes, essas
famílias têm uma relação mais próxima com a terra e adotam práticas agrícolas
tradicionais e sustentáveis, contribuindo para a conservação da biodiversidade e a
manutenção de paisagens rurais.
Para lidar com os desafios da questão fundiária e da questão ambiental, é necessário
promover uma distribuição mais equitativa da terra, fortalecer a regularização fundiária
e implementar políticas de manejo sustentável dos recursos naturais. É fundamental
buscar um equilíbrio entre as necessidades de produção agrícola e a preservação dos
ecossistemas, considerando a participação e os direitos das comunidades locais. Além disso,
o estabelecimento de áreas protegidas, a adoção de práticas agroecológicas e o estímulo
à agricultura familiar podem contribuir para uma abordagem mais sustentável.

016. (FGV/SEDUC TO/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ÁREA: GEOGRAFIA/2023) Analise


os impactos ambientais apresentados na imagem a seguir.

Disponível em: https://twitter.com/brasildefato/status/1454195279037669377. Acesso: 15 arr.2023.

Atenção: no caminhão está escrito: Amazônia; na placa: COP 26; e no diálogo: Deixa adivinhar...
é a delegação do Brasil!

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Assinale a opção que apresenta a crítica ambiental feita ao Brasil, durante a COP 26,
apresentada na charge.
a) O estabelecimento de comércio ilegal de créditos de carbono.
b) A falta de educação de motoristas, pelo hábito de estacionar em locais proibidos.
c) O comprometimento com a sustentabilidade, defendido pela delegação brasileira.
d) O descaso com o aumento do aquecimento global, causado pelo exclusivo uso de carros.
e) O estereótipo exploracionista do país, em função do aumento do desmatamento.

Questão de interpretação. O documento deve ser analisado de acordo com o contexto de


realização da COP 26 (outubro de 2021). Nesse período, houve um grande crescimento de
queimadas e desmatamento no Cerrado, Amazônia e Pantanal.
Letra e.

8.3. A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA


A construção da cidadania refere-se ao processo pelo qual os indivíduos se tornam
membros ativos de uma comunidade ou sociedade, exercendo seus direitos e responsabilidades
como cidadãos. É um conceito amplo e dinâmico que envolve a participação ativa nas
decisões coletivas, a defesa dos direitos humanos, o engajamento cívico e o respeito aos
princípios democráticos.
Nesse sentido, é fundamental que os cidadãos tenham conhecimento de seus direitos
e deveres para participar ativamente da sociedade. Isso envolve entender a legislação, a
Constituição, os direitos humanos e como eles podem ser exercidos e protegidos. Assim,
participar da vida política é uma forma essencial de construir a cidadania. Isso inclui votar
em eleições, engajar-se em debates políticos, filiar-se a partidos, propor ideias e soluções
para os problemas sociais. A cidadania também é fortalecida através do envolvimento
em atividades e projetos comunitários. Isso pode incluir voluntariado, participação em
organizações da sociedade civil e projetos de impacto social.
Contudo, a construção da cidadania envolve também o respeito à diversidade, incluindo
raça, etnia, gênero, orientação sexual e religião. O respeito aos direitos humanos é um pilar
fundamental da cidadania plena. Nesse sentido, a educação desempenha um papel crucial
na formação de cidadãos conscientes e ativos. O acesso a uma educação de qualidade é
fundamental para capacitar as pessoas a participarem plenamente da sociedade. Para
exercer a cidadania de forma informada, é necessário ter acesso à informação confiável e
transparente sobre questões sociais, políticas e econômicas.
A cidadania implica também em assumir responsabilidades sociais, preocupando-se
com o bem-estar coletivo e agindo para promover o bem comum.
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A participação popular é própria do Estado Democrático de Direito. A participação popular,


enquanto princípio constitucional, é o direito de participação política, de compartilhar
a administração da coisa pública (res pública), opinar sobre as prioridades e fiscalizar a
aplicação de recursos públicos.
Na perspectiva de democracia participativa, o objetivo da criação de instâncias de
participação popular é estabelecer um diálogo permanente entre governo e sociedade,
de tal forma que permita ao governo desenvolver políticas públicas que contem com o
endosso da sociedade.
A Constituição estabelece o sistema eleitoral democrático, no qual os cidadãos têm
o direito de votar e ser votados. As eleições ocorrem em diferentes níveis, desde as
eleições presidenciais até as eleições municipais, permitindo que os cidadãos escolham
seus representantes políticos. Além do voto, a Constituição prevê outras formas de
participação popular.
A Constituição prevê a possibilidade de realização de referendos e plebiscitos para
consultar diretamente a população sobre questões de grande relevância e impacto. Essas
consultas populares podem ser feitas para aprovar ou rejeitar leis ou políticas específicas.
Nos plebiscitos, a população opina, por meio de voto, sobre temas de uma medida que
ainda não foi elaborada. Após a votação, a legislação é construída pelos parlamentares de
acordo com o desejo da maioria.
Já nos referendos, a população se posiciona sobre uma lei já existente, funcionando
como uma ferramenta para os cidadãos aprovarem ou rejeitarem um texto já proposto.
Caso rejeitada, a lei é arquivada. Um exemplo mais recente foi a votação para alteração do
Estatuto do Desarmamento, em outubro de 2005. Nela, os brasileiros decidiram por não
realizar a alteração que tornaria proibida a comercialização de armas de fogo e munição.
Ambos os dispositivos só podem ser convocados pelo Congresso.
A Constituição brasileira permite que os cidadãos apresentem projetos de lei ao Congresso
Nacional por meio de iniciativa popular. Para isso, é necessário reunir um determinado
número de assinaturas de eleitores e cumprir outros requisitos legais. Nas leis de iniciativa
popular, a sociedade apresenta um projeto que, sendo assinado por pelo menos 1% dos
eleitores em, no mínimo, cinco estados, deverá ser avaliado pelo Congresso. A Lei da Ficha
Limpa (Lei Complementar 135/2010), aprovada em 2010, é um caso recente de projeto
apoiado diretamente pela sociedade civil, vetando a candidatura de políticos condenados.
A Constituição estabelece a criação de conselhos e conferências em diversas áreas,
como saúde, educação, meio ambiente e direitos humanos. Esses órgãos são compostos
por representantes da sociedade civil e do governo, promovendo a participação popular na
formulação, implementação e avaliação de políticas públicas. Também há oportunidades
de inscrição para audiências públicas, convocadas pelos órgãos que exercem funções de
poder na República, com a finalidade de discutir e apresentar sugestões e pontos de vista
sobre temas específicos de interesse de toda a comunidade, além de acesso aos portais
de transparência, participação em movimentos sociais e protestos.
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Uma curiosidade é que a Constituição não menciona explicitamente o orçamento


participativo, mas a prática foi amplamente adotada no Brasil após a promulgação da
Constituição de 1988. O orçamento participativo permite que os cidadãos participem
diretamente na definição das prioridades de gastos públicos em nível municipal, regional
ou estadual.
Ainda, a Constituição garante o direito de qualquer cidadão propor ações populares para
proteger interesses coletivos e individuais. Além disso, a Constituição incentiva o controle
social, por meio de mecanismos como a participação em conselhos de políticas públicas,
audiências públicas e o acesso à informação.
A construção da cidadania é um processo contínuo que requer esforços individuais e
coletivos. Governos, instituições, sociedade civil e cada cidadão têm um papel importante
na promoção de uma cidadania ativa, responsável e consciente, contribuindo para o
fortalecimento da democracia e o desenvolvimento sustentável de uma nação.

017. (FGV/PM SP/ALUNO OFICIAL/PM ESPANHOL/2021) Por “democracia”, entende-se a


forma de governo na qual a soberania pertence ao povo e se concretiza em uma constituição
compartilhada e aceita por todos os cidadãos. Essa forma de governo tem uma longa história
que remonta às cidades-estados gregas, retomada pelo iluminismo francês e estabelecida
no século XX com a ampliação progressiva do direito ao voto.
A respeito da trajetória da democracia no Ocidente, assinale a afirmativa que indica uma
característica comum a todas as experiências e formas históricas da democracia.
a) Titularidade dos direitos políticos para todos os homens e mulheres maiores de idade.
b) Concepção de isonomia traduzida na igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
c) Adoção do sufrágio universal, com voto secreto, para o Executivo e o Legislativo.
d) Exercício indireto da soberania popular, delegada a representantes eleitos.
e) Defesa da liberdade como um direito natural de todos os homens.

Mesmo na antiguidade clássica, a Isonomia era um dos princípios fundamentais da democracia:


igualdade perante a lei.
Letra b.

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8.4. PROBLEMAS DO MEIO AMBIENTE E OS MOVIMENTOS ECOLÓGICOS


Prezado(a), assim como em muitas outras regiões do mundo, o Maranhão enfrenta uma
série de problemas ecológicos que impactam negativamente o meio ambiente e a vida das
pessoas que dependem dele. Com base nas diferenças regionais, o estado do Maranhão foi
dividido em sete grandes regiões ecológicas, levando em consideração aspectos naturais
(vegetação e relevo), assim constituídas: Cerrado, Cocais, Chapadões, Planalto, Pré- Amazônia,
Litoral e Baixada Maranhense (Sudema, 1970).
O desmatamento é uma questão significativa no Maranhão, especialmente na região
da Amazônia Legal, que abrange parte do estado. A expansão da agricultura, pecuária e
extração ilegal de madeira são algumas das principais causas desse problema. Cerca de
80% da floresta amazônica, situada em algumas porções do estado, foi devastada nos
últimos 70 anos, segundo dados do governo federal, divulgados pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe), no fim de 2020. As queimadas frequentes também estão
relacionadas ao desmatamento e à prática de limpeza de terras para atividades agrícolas.
Além disso, as queimadas podem ser intensificadas durante períodos de seca, contribuindo
para a degradação dos ecossistemas locais e prejudicando a qualidade do ar.
Outro problema é a poluição dos rios e lagoas, especialmente em áreas urbanas e
industriais. O lançamento de esgoto sem tratamento e a liberação de produtos químicos
tóxicos podem comprometer a saúde dos ecossistemas aquáticos e afetar negativamente
a saúde pública.
A pesca predatória, que envolve a captura excessiva e não regulamentada de peixes e
outros animais marinhos, ameaça a biodiversidade aquática e afeta a sustentabilidade das
atividades pesqueiras no estado.
Junte-se a isso, o Maranhão é suscetível a eventos climáticos extremos, como secas e
inundações, que podem ser agravados pelas mudanças climáticas globais. Esses eventos
têm efeitos significativos na agricultura, nos recursos hídricos e nas comunidades locais.
Ainda, o desenvolvimento industrial, incluindo projetos de mineração, siderurgia e
energia, pode causar danos ambientais significativos se não forem implementadas práticas
sustentáveis e regulamentações ambientais adequadas.
Esses elementos anteriores contribuem para a degradação e destruição de habitats
naturais, o que ameaçam a biodiversidade do estado, incluindo espécies vegetais e animais
únicas e endêmicas da região.
Diante de tais problemas parte significativa da sociedade se organizou em Movimentos
ecológicos: esforços organizados e ações coletivas realizadas por grupos e indivíduos em
prol da conservação do meio ambiente e da promoção de práticas mais sustentáveis.
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Os movimentos ecológicos surgiram como uma resposta a diversas questões ambientais


emergentes, como poluição, desmatamento, extinção de espécies, esgotamento dos
recursos naturais, mudanças climáticas e outras formas de degradação ambiental causadas
principalmente pela atividade humana.
Nesse sentido, movimentos de conservação concentram-se na proteção de habitats
naturais, parques nacionais e áreas de preservação, com o objetivo de manter a biodiversidade
e os ecossistemas saudáveis.
Outros movimentos promovem o uso de fontes de energia renováveis e limpas, como
energia solar, eólica e hidrelétrica, como alternativas aos combustíveis fósseis que contribuem
para a poluição do ar e o aquecimento global.
Também existem movimentos que incentivam a reciclagem, a redução do uso de plásticos
descartáveis e a adoção de práticas de consumo mais conscientes para diminuir a quantidade
de resíduos sólidos e seu impacto no meio ambiente.
Outro movimento diz respeito ao direito dos animais, defendendo a proteção dos animais
contra a crueldade e o tratamento desumano, além de se opor ao uso excessivo de animais
em testes e práticas que explorem seus recursos.
Por fim, o movimento contra as mudanças climáticas se concentra na sensibilização
e na ação contra as mudanças climáticas causadas pela liberação de gases de efeito
estufa, advogando por políticas que reduzam as emissões e mitigem os impactos do
aquecimento global.
Esses movimentos ecológicos têm desempenhado um papel importante na conscientização
pública sobre a importância da proteção ambiental e na pressão por mudanças políticas e
comportamentais para promover um futuro mais sustentável. À medida que os desafios
ambientais continuam a crescer, a atuação desses movimentos torna-se cada vez mais
crucial para garantir a conservação do meio ambiente para as gerações futuras.

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018. (UEMA/2022) A charge ilustra um problema causado ao ambiente pelas atividades


humanas que atuam diretamente sobre a dinâmica atmosférica da Terra.

https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/2886515-conceito-desenho-de-poluicao-do-ar

O problema causado e a ação na atmosfera são, respectivamente,


a) o aumento dos efeitos da radiação solar e o consequente aumento das áreas florestais
do planeta.
b) o aumento da biodiversidade na escala mundial e a elevação da espessura da troposfera
na faixa do Equador.
c) a diminuição da camada de ozônio pelo Cloro Flúor Carbono-CFC e a consequente irradiação
por raios ultravioleta na troposfera.
d) a diminuição da camada de ozônio pelo Cloro Flúor Carbono-CFC e a inversão do
comportamento das temperaturas na estratosfera.
e) o aumento dos gases do efeito estufa e o consequente aumento das temperaturas.

A charge não deixa margem para dúvidas. O planeta usa uma máscara contra os efeitos
da poluição.
Letra e.

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8.5. CULTURA E COTIDIANO NOS DIAS ATUAIS


Querido(a), a cultura e o cotidiano nos dias atuais estão em constante evolução,
impulsionados pelo avanço tecnológico, mudanças sociais, globalização e outros fatores.
A tecnologia tem um papel central no cotidiano das pessoas atualmente. A internet,
smartphones e redes sociais transformaram a forma como nos comunicamos, trabalhamos,
nos informamos e nos divertimos. O consumo de produtos e entretenimento tornou-se
uma parte significativa da cultura contemporânea. A indústria de entretenimento, incluindo
filmes, séries, música e jogos, desempenha um papel importante na vida das pessoas.
Por outro lado, a globalização e a facilidade de comunicação têm levado a uma maior
interação entre diferentes culturas. O multiculturalismo é uma característica marcante da
sociedade atual, com influências culturais de várias partes do mundo presentes no cotidiano
das pessoas. Assim, as relações sociais também têm sido impactadas pela tecnologia, com
interações virtuais se tornando cada vez mais comuns. As redes sociais permitem que as
pessoas se conectem com amigos, familiares e colegas de trabalho, independentemente
de sua localização geográfica.
No entanto, a vida cotidiana na atualidade tende a ser mais acelerada, com maior pressão
no trabalho, prazos mais curtos e muitas atividades ocupando o tempo das pessoas.
Também, a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade tem crescido na
cultura contemporânea. As pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a importância
de práticas sustentáveis e buscam formas de reduzir seu impacto ambiental no cotidiano.
Nesse interim, também a saúde e o bem-estar têm se tornado prioridades para muitas
pessoas, com maior ênfase na alimentação saudável, prática de atividades físicas e cuidados
com a saúde mental.
A cultura contemporânea é marcada pela diversidade de expressões artísticas, com uma
ampla variedade de estilos musicais, tendências de moda, arte e manifestações culturais.
Nos concentrando no Maranhão, a cultura maranhense é extremamente rica e diversificada,
com influências indígenas, africanas e europeias, que se mesclaram ao longo dos séculos para
criar uma identidade cultural única. O estado do Maranhão, localizado na região nordeste
do Brasil, é conhecido por suas festas populares, música, danças, culinária, arquitetura
colonial e manifestações religiosas.
Muitas tradições maranhenses tem a forte marca das culturas africanas: culinária (Arroz
de Cuxá), religião (Tambor de Mina e Terecô), festas (Bumba-MeuBoi e Tambor de Crioula)
e músicas (Reggae). Atualmente, o Maranhão conta muitas comunidades quilombolas em
toda região da Baixada, rio Itapecuru e Mearim.
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As comunidades quilombolas no Maranhão surgiram a partir da formação de quilombos,


considerados um local de refúgio dos africanos e seus descendentes escravizados, bem como
de sua reorganização com a abolição da escravidão. No Maranhão, a história da formação das
comunidades quilombolas está relacionada a expansão da lavoura de algodão e de arroz
no final do século XVIII, com a criação da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e
Maranhão, bem como ao abandono de terras por proprietários rurais, com a decadência
econômica no final do século XIX.
A população branca, 24,9 por cento, é quase exclusivamente composta de descendentes
de portugueses, dada a pequena migração de outros europeus para a região. Ainda no
início do século XX, a maior parte dos imigrantes portugueses era oriunda dos Açores e
da região de Trás-osMontes. Também no século XX, vieram contingentes significativos de
sírios e libaneses, refugiados do desmonte do Império Otomano e que hoje têm grande e
tradicional presença no estado.
A proximidade com a cultura portuguesa e o isolamento do estado até a metade do
século XX gerou aqui um sotaque próprio e ainda bastante similar ao português falado
em Portugal, praticando os maranhenses uma conjugação verbal e pronominal vizinha
àquela lusitana.
A culinária maranhense sofreu influência francesa portuguesa, africana e indígena.
O tempero é diferenciado fazendo uso de ingredientes como cheiro-verde (coentro e
cebolinha verde), cominho em pó e pimenta-do-reino. No Maranhão, é marcante a presença
de peixes e frutos do mar como camarão, sururu, caranguejo, siri, pescada, robalo, tainha,
curimbatá, mero, surubim e outros peixes de água doce e salgada.
Pratos de destaques também são o sarrabulho, a dobradinha, o mocotó, a carne-de-
sol, a galinha ao molho pardo, todos acompanhados de farinha d’água. Da farta cozinha
maranhense, destaca-se o arroz de cuxá, símbolo da culinária do Maranhão, feito com
uma mistura de gergelim, farinha seca, camarão seco, pimenta-de-cheiro e o ingrediente
especial – a vinagreira (hortaliça de origem africana muito comum no Maranhão).
Dentre os bolos consumidos pelos maranhenses, podem ser destacados o bolo de
macaxeira e o de tapioca. As sobremesas típicas da mesa maranhense são os doces
portugueses e uma infinidade de doces, pudins e sorvetes feitos de frutas nativas como
bacuri, buriti, murici, jenipapo, tamarindo, caju, cupuaçu, jaca etc. A juçara (ou açaí) é
muito apreciada pelos maranhenses, consumida com farinha, camarão, peixe, carne-de-
sol ou mesmo na forma de suco, sorvete e pudim. Dada a importância da juçara na cultura
maranhense, é realizada anualmente a Festa da Juçara.
A panelada, um cozido preparado a partir das vísceras da vaca, é popular em Imperatriz,
segunda maior cidade no interior do estado, é oferecida em diversos pontos da cidade.
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019. (FCC/TJ MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) Dentre as


manifestações da cultura maranhense, destacam-se algumas reconhecidas como patrimônio
imaterial do Maranhão pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional):
a) a Marujada e o Maculelê.
b) a Festa Junina e a Cavalhada.
c) as Rodas de Capoeira e o Cavalo Marinho.
d) o Tambor de Crioula e o Bumba meu Boi.
e) a Renda de Bilros e o Tambor de Mina.

a) Errada. O Maculelê é uma dança típica da Bahia, a qual sincretiza elementos indígenas e
africanos! Já a Marujada é o fandango, dança tipicamente europeia e bastante folclórica.
b) Errada. A Festa Junina é muito conhecida e praticada na maioria dos estados da federação,
senão em todos, sendo típica pelas comidas típicas e pela “fogueira de São João”.
c) Errada. O Cavalo Marinho é uma brincadeira mambembe originária dos canaviais de
Pernambuco, cuja roda musical inclui personagens fantasiosos.
d) Certa. O Bumba Meu Boi é mais famoso, inclusive conhecido no Brasil inteiro, com imagens
da representação da ressurreição do boi-fantasma nas festividades!
e) Errada. A Renda de Bilros existe em vários estados brasileiros, tanto no Maranhão quanto
em Santa Catarina, com certeza, e é tida como cultura praiana. É uma tradição trazida ao
Brasil pelos lusitanos. Já o Tambor de Mina é uma tradição africana praticada nos estados
Maranhão, Piauí e Pará. Por sua ligação com a religião, os trajes típicos são do candomblé.
Letra d.

8.6. PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL


Amiguinho(a), a preservação do patrimônio histórico-cultural no Maranhão é de extrema
importância, uma vez que o estado possui uma rica herança cultural e histórica, que
abrange desde a época colonial até a contemporaneidade. Alguns dos principais aspectos
do patrimônio histórico-cultural do Maranhão incluem:
Centro Histórico de São Luís: A capital do estado, São Luís, é famosa por seu centro
histórico, que foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1997.
Suas ruas estreitas, casarões coloridos e azulejos portugueses refletem a influência da
arquitetura colonial portuguesa.
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Festas e Manifestações Culturais: O Maranhão é conhecido por suas festas e manifestações


culturais únicas, como o Bumba Meu Boi, o Tambor de Crioula, o Divino Espírito Santo e o
São João, que expressam a diversidade e a criatividade da cultura maranhense.
• Sítios Arqueológicos:

O estado possui importantes sítios arqueológicos, como o Parque Nacional da Serra da


Capivara, na região sul do Maranhão, que abriga pinturas rupestres e vestígios pré-históricos.
Em São Luís, patrimônio cultural da humanidade, encontramos a maior parte dos
valores históricos do estado. Com mais de 3.500 imóveis dos séculos XVIII e XIX, é referência
no Brasil em termos de arquitetura colonial brasileira, principalmente nas fachadas das
casas do Centro Histórico de São Luís. A uma hora de barco, saindo da capital, podemos
encontrar Alcântara, outro ponto de referência histórico/arquitetônico do estado.
Em São Luís existem inúmeras lendas derivadas da cultura popular. Nesse sentido,
destaco a lenda de Joaquina Jansen Pereira, também conhecida como Donana, (São Luís
do Maranhão, 1787 – 11 de abril de 1869). Joaquina foi uma empresária e política brasileira
que se tornou uma personagem controversa na história do Maranhão. Por sua crueldade
com seus escravos, criou-se uma lenda sobre seu espírito vagar pelas ruas de São Luís,
conduzindo uma carruagem fantasmagórica.
No que se refere a turismo religioso, o Maranhão possui três eventos importantes. Um
deles acontece em junho, na capital maranhense, onde são feitas festas em homenagem a
Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Já em Alcântara, no segundo domingo
de agosto, acontece a festa de São Benedito. Também lá, em maio, acontece a Festa do
Divino, o mais badalado evento profano-religioso do Estado.
• Principais municípios turísticos:
− O Centro Histórico de São Luís foi tombado como Patrimônio Cultural da Huma-
nidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
São Luís é rica em manifestações culturais, como: o bumba meu boi,tambor de
crioula, cacuriá, dança portuguesa, quadrilhas juninas, reggae e outras. Possui o
maior conjunto arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina. Possui
uma vasta área de praias de água salgada e uma culinária peculiar. A cidade possui
uma vida noturna muito movimentada, possuindo muitos bares, restaurantes,
clubes de festas, teatros, cinemas e muitos shows de artistas locais, nacionais e
internacionais. A vida noturna ocorre todos os dias da semana. É uma cidade com
muitas opções de lazer e divertimentos.
− Alcântara. Tem como principal atração a festa do Divino Espírito Santo no mês de
maio. A base de lançamento de foguetes está localizada nesse município. Possui
muitos prédios em ruínas que foram tombados pelo Patrimônio Histórico Estadual.
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− Barreirinhas. É o município portal dos lençóis maranhenses. Possui um grande


rio chamado Preguiças que é uma das atrações do município. Possui vários bares,
restaurantes e hotéis que recebem os milhares de turistas que vêm conhecer os
lençóis.
− Pindaré Mirim. Conhecido como berço da cultura maranhense, Pindaré Mirim traz,
no período junino, a festividade dos seus arraiais, com apresentações de várias
atrações folclóricas, mas o principal foco dos pindareenses e turistas é o bumba
meu boi. Durante esse período, nos quatro cantos da cidade ouvem-se as batu-
cadas dos tambores que se aquecem até o amanhecer com as danças.
− Carolina. Tem, como atrações, as cachoeiras e o Parque Nacional da Chapada das
Mesas. Está na região das Águas Maranhenses. As principais cachoeiras turísticas
são Pedra Caída e Itapecuruzinho. A cidade possui, também, importância histó-
rica, pois suas ruas são todas calçadas de pedra-sabão, possuindo também um
conjunto de casario colonial.
− Caxias. É conhecida como a Princesa do Sertão Maranhense. No passado, concor-
ria de perto com a capital São Luís em termos de economia. Atualmente, possui
uma economia modesta. A principal atração turística é o balneário Veneza, que
é um local de rio.
− São José de Ribamar. É um município da Ilha de São Luís, verdadeiro balneário de
águas salgadas. Possui, como atrações: a Procissão de São José no mês de setem-
bro, o lava-pratos (o carnaval fora de época mais antigo do Brasil), que acontece
no domingo seguinte do domingo de carnaval e o lava-boi que acontece no mês de
julho. A cidade é conhecida pela culinária do peixe frito nos bares e restaurantes.
− Raposa. É um município da Ilha de São Luís. Destaca-se por suas praias. Possui
um comércio de rendas (toalhas,colchas,cobertores etc.) feitas por mulheres de
ascendência cearense. Possui muitos bares que servem peixes. Ultimamente, o
município tem se destacado nas pequenas dunas existentes, chamadas de fronhas
maranhenses. Estas fronhas estão localizadas principalmente na Ilha de Carimã.
A cidade oferece passeios de barcos, banhos em rios e passeio em trilhas.
− Pinheiro. É conhecida como a Princesa da Baixada Maranhense por ser a mais
bonita dessa região. Possui, como atrações turísticas, os campos onde ficam os
búfalos. Esses campos são pântanos, por essa razão é também conhecida como
a Cidade do Pantanal Maranhense.
− São Bento. É conhecida por seus campos (regiões alagadas onde podem ser obser-
vadas inúmeras espécies de aves), pelo seu artesanato (redes e confecções feitas
a partir do babaçu), pelas manifestações culturais nos períodos juninos, além dos
festejos religiosos que acontecem durante o ano.
− São João dos Patos. Tem um dos melhores carnavais do estado. Cidade festei-
ra, destacando eventos como Exposertão em maio, Festejos de São João e São
Francisco e Patos Folia em julho (considerada a melhor micareta do interior).
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Para preservar esse patrimônio histórico-cultural, diversas ações são necessárias:


• Inventário e Registro: Identificar, catalogar e documentar os bens culturais do estado
é fundamental para entender sua diversidade e importância histórica.
• Conservação e Restauração: Investir na conservação e restauração dos bens culturais
ajuda a protegê-los da degradação e a manter sua autenticidade.
• Educação Patrimonial: Ações de educação patrimonial nas escolas e comunidades
promovem a conscientização sobre a importância do patrimônio cultural e incentivam
o respeito e a valorização desses bens.
• Participação Comunitária: Envolver as comunidades locais na preservação do
patrimônio é essencial para garantir o cuidado adequado dos bens culturais e promover
o sentimento de pertencimento e identidade.
• Fortalecimento de Órgãos e Políticas de Preservação: Investir em órgãos de preservação,
como o IPHAN e secretarias estaduais e municipais de cultura, e em políticas de
proteção ao patrimônio histórico-cultural é fundamental para a continuidade das
ações de preservação.
• Promoção do Turismo Cultural Sustentável: O turismo cultural pode ser uma fonte
de recursos para a preservação do patrimônio, mas deve ser realizado de forma
sustentável e responsável, minimizando os impactos negativos nos bens culturais e
nas comunidades locais.
A preservação do patrimônio histórico-cultural no Maranhão é um esforço conjunto, que
requer a colaboração entre governos, sociedade civil, comunidades locais e instituições de
ensino e pesquisa. A valorização e proteção do patrimônio cultural são fundamentais para
manter viva a identidade do estado e garantir que as futuras gerações possam apreciar e
aprender com sua história e cultura.

020. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/FISCAL DE TRIBUTOS/2014) “Segundo o


Centro de Cultura Negra do Maranhão, existem 527 comunidades quilombolas no Estado do
Maranhão distribuídas em 134 municípios. Elas concentram-se principalmente nas regiões
da Baixada Ocidental, da Baixada Oriental, do Munim, de Itapecuru, do Mearim, de Gurupi
e do Baixo Parnaíba. [...]”.
Acesso em 14/02/2014 http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_brasil_ma.html

Sobre o texto acima podemos afirmar que


a) os quilombos no Maranhão são resultados da política do Império na libertação dos escravos.
b) os números de quilombos são consideráveis pelo fato de o Maranhão desenvolver uma
política de criação de áreas sociais para a instalação das comunidades negras do Estado
desde o Império.
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c) os quilombos no Maranhão são resultados de luta constante pelo seu reconhecimento e


pela posse de suas terras de origem.
d) os quilombos no Estado do Maranhão estão passando pelo processo de extinção por
falta de políticas públicas de preservação.
e) o Maranhão é o Estado com menor número de quilombos na região nordeste.

Os quilombos, no passado, constituíram-se em locais de refúgio dos africanos e


afrodescendentes escravizados em todo o continente americano. Eram entendidos pelo
Conselho Ultramarino do governo português em 1740 como todo “agrupamento de negros
fugidos que passe de cinco, ainda que não tenham ranchos levantados em parte despovoada
nem se achem pilões neles”. Após diversos estudos acadêmicos, especialmente das áreas
da História e Antropologia, percebeu-se que restringir os quilombos à situação de fuga não
dá conta das dinâmicas sociais que esses grupos passaram. Alguns quilombos se formaram
a partir de compra de terras de escravizados alforriados, alguns receberam áreas por meio
de herança, outros grupos se mantiveram em fazendas decadentes. Ainda, a concepção de
que os quilombos apenas se conformaram de forma isolada não reflete o que ocorreu em
muitos lugares, assim como houve diversos quilombos urbanos. Os quilombos surgiram no
estado do Maranhão em decorrência da fuga de escravos. Escravos africanos eram trazidos
pela Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão para trabalhar nas lavouras
de algodão e arroz.
Letra c.

Estimado(a), chegamos ao final de nosso curso. Desejo, do fundo do coração, que não
tenhamos que nos encontrar nestas aulas novamente. Ah não ser, é claro, que seja pra se
preparar para um novo cargo, já que este para o qual concorre você conquistará.
Entretanto, ainda existe uma longa lista de exercícios para que treine suas resoluções.
Tenha em mente que, quanto mais exercícios fizer, mais estará preparado para resolvê-las.
Antes de me despedir, peço encarecidamente que avalie esta aula. Sua opinião é o que
nos move aqui no Gran para que continuemos produzindo materiais que lhe auxiliem na
conquista de seu sonho.
Mais do que sorte, lhe desejo sucesso.
Abraços,
Professor Daniel

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RESUMO
• Indígenas: Propriedade coletiva, ágrafos, coivara, coletores, caçadores e agricultores
• Tupis: guajajaras e urubus
• Jê: timbiras e xacamecras
• Tupinambás e Tremembés: maioria na chegada dos europeus.
Primeira expedição no território do Maranhão: Espanha: Vicente Yáñez Pinzón

FRANÇA EQUINOCIAL
• Não reconhecimento do Tratado de Tordesilhas (Portugal e Espanha)
• Daniel de La Touche e Charles des Vaux fundaram a França Equinocial, em março de
1612, cuja capital recebeu o no de São Luís
Batalha de Guaxenduba: 19 de novembro de 1614. Expulsão dos franceses

INVASÃO E EXPULSÃO DOS HOLANDESES: 1641


• Esquadra holandesa formada por 18 embarcações, com mais de mil militares, sob
o comando do almirante Jan Cornelizoon Lichtardt e pelo coronel Koin Handerson
• Expulsão dos Holandeses: 28 de fevereiro de 1644, as debilitadas tropas holandesas
foram obrigadas a fugir do Maranhão, partindo para o Ceará e, em seguida, para o
Rio Grande do Norte.
• Estado do Maranhão e Grão-Pará. unidade administrativa portuguesa na América
do Sul. Criado com a denominação de Estado do Maranhão em 13 de junho de 1621,
por Filipe II de Portugal (ou Filipe III da Espanha), no Norte da América Portuguesa
(atual Brasil), e renomeado Estado do Maranhão e Grão-Pará em 1654, e Estado do
Grão-Pará e Maranhão em 1751, o qual foi dividido em 1772.
• Revolta de Bequimão (Beckman) 1682. Colonos revoltam-se contra o não fornecimento
de mão de obra escrava africana pela Companhia Geral do Comércio do Maranhão.
Revoltosos foram presos e seus líderes assassinados.
• Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará. A Companhia Geral de Comércio
do Grão-Pará e Maranhão ou Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão foi uma
empresa privilegiada, de carácter monopolista, criada pelo Marquês de Pombal, na
segunda metade do século XVIII, em Portugal. Confirmada pelo Alvará Régio de 7
de junho de 1755, destinava-se a controlar e fomentar a atividade comercial com
o Estado do Grão-Pará e Maranhão, fortalecendo a prática do mercantilismo no
reino. Sua principal atividade seria o fornecimento de mão de obra escrava africana.
não confunda a Companhia do Comércio do Maranhão (1682) com a Companhia do
Comércio do Maranhão e Grão-Pará (1755).
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• Batalha de Jenipapo (13 de março de 1823): Cearenses e maranhenses se juntaram


ao povo do Piauí para lutar contra resistentes tropas portuguesas lideradas pelo
Major João José da Cunha Fidié. Foi importante por definir a adesão do maranhão à
independência Império Brasileiro.
• Balaiada: (1838 a 1841). Movimento popular contra as péssimas condições de vida
e o autoritarismo do governo regencial que indicara um presidente da província sem
nenhuma ligação com a região.
• Adesão do Maranhão à República: Junta Governativa. População assistiu sem
compreender o que acontecia.
• Revolução de 1930 no Maranhão: Reação Republicana de 1921-1922. Tarquinistas.
Tenentismo. José Maria dos Reis Perdigão.
• Vitorinismo: mandonismo e coronelismo.
• Greve de 1951: contra o resultado das eleições e o domínio político de Vitorino Freire.
• José Sarney: “Maranhão Novo”. Carreira política nasceu no seio do vitorinismo.
Tornou-se influente, mandonista e coronelista como Vitorino Freire.

ECONOMIA DO MARANHÃO
• Sudam
• Sudene
• Usina de Boa Esperança.
• Subestação da Eletronorte
• Cepalma
• Projeto Carajás: mineração
• Alumar
• Centro de lançamento de foguetes de Alcântara.
• Porto de Itaqui
• Gado, soja, arroz, mandioca, milho
• Turismo

QUESTÕES SOCIAIS
• Baixo IDH
• Alta mortalidade infantil: desnutrição e saneamento básico
• Analfabetismo

Exclusão social: Raízes históricas: colonização de exploração, escravismo, racismo


estrutural.
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CONCENTRAÇÃO DE RENDA E VIOLÊNCIA URBANA


• Desigualdades socioeconômicas
• Exclusão social e marginalização
• Desigualdade no acesso à segurança
• Disparidades espaciais
• Economia informal
• Criminalidade

QUESTÃO FUNDIÁRIA E QUESTÃO AMBIENTAL


• Concentração latifundiária: Lei de terras de 1850.
• Desmatamento e conflitos de terras: grilagem. Ocupação de reservas ambientais.
• Agronegócio e monocultura: comodities agrícolas
• Agricultura familiar preserva o ambiente.

EDUCAÇÃO
• Qualidade do ensino: PISA Programa Internacional de Avaliação de Estudantes
• Desigualdade educacional.
• Infraestrutura e recursos
• Formação e valorização dos provessores
• Evasão escolar
• Financiamento insuficiente

SAÚDE
• Diferentes redes e fontes de financiamento e fragmentação: Sistema Único de Saúde
e sistema privado.
• Acesso desigual aos serviços de saúde.
• Problemas de gestão
• Doenças endêmicas e falta de prevenção.

DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO POPULAR


• Constituição de 1988: Voto, Plebiscito, Referendo, Leis de Iniciativa Popular, conselhos
e conferências (inscrições para audiências públicas).
• O orçamento participativo permite que os cidadãos participem diretamente na
definição das prioridades de gastos públicos em nível municipal, regional ou estadual

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PATRIMÔNIO CULTURAL
Patrimônio cultural são bens materiais ou imateriais que formam a identidade de um
povo e ajudam a contar a sua história. Bens materiais podem ser edifícios, monumentos,
obras de arte; e os bens imateriais, são elementos como a dança, a música.

PATRIMÔNIO CULTURAL E CIDADANIA


• O patrimônio cultural, efetivamente representativo e simbólicos proporciona o elo
entre o passado e o presente, permitindo aos cidadãos o contato com a sua história
e tradição.
• Não há cidadania sem o reconhecimento de um patrimônio cultural

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) No início do século XVII, os franceses tentaram organizar


uma colônia no Brasil. Para isso, fundaram a chamada de França Equinocial, no Maranhão.
Identifique os fatos históricos associados a essa colonização.
I – Contrariando as determinações do rei francês, Daniel de La Touche autorizou a difusão
da religião dos protestantes entre os indígenas no Maranhão.
II – Com o objetivo de fixar a colonização no Brasil, os franceses construíram o forte que
denominaram de São Luís, em homenagem ao rei francês.
III – Um dos ordenamentos instituídos na França Equinocial era a conversão da população
ao cristianismo, segundo determinação do rei da França.
IV – Os franceses fundaram a França Equinocial para garantir a posse das terras do Maranhão,
conforme determinava as normas do Tratado de Tordesilhas.
É correto o que se apresenta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

002. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA 2017) A batalha de Guaxentuba inscreve-se entre os embates
ocorridos no litoral do Maranhão colonial (século XVII), com reflexos na própria colonização
do Brasil por Portugal. Essa batalha assinalou
a) a vitória definitiva dos portugueses sobre os franceses pela posse da costa norte do Brasil.
b) a histórica decisão de Jerônimo de Albuquerque de render-se a La Ravardière para
preservar a vida de seus combatentes.
c) o fim das incursões de países europeus sobre o território americano colonizado por
Portugal.
d) o extermínio dos povos indígenas que, vindos de Pernambuco, ocuparam o litoral
maranhense.
e) a inferioridade bélica francesa, agravada pela inexistência de qualquer aliança com índios
da região.

003. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. O Estado do Maranhão e Grão Pará foi
instituído devido a dificuldades relacionadas à administração das possessões portuguesas
na América, como, por exemplo, a disputa entre colonos e jesuítas pelo controle da mão
de obra indígena na região Norte, a qual motivou o movimento denominado Revolta de
Bequimão, contrário à decisão régia que entregou aos inacianos o controle dos índios livres.
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004. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) Em 1684, eclodiu uma revolta de proprietários de terra


no Maranhão, conhecida por Revolta de Bequimão. Os revoltosos posicionaram-se
a) contra o monopólio da companhia de comércio e contra os jesuítas.
b) contra a escravidão dos africanos e dos indígenas maranhenses.
c) a favor da catequização dos indígenas realizada pelos jesuítas.
d) a favor do monopólio real sobre a exploração dos produtos da região.
e) contra a expulsão dos jesuítas determinada pela coroa portuguesa.

005. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA 2017) A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida
em 1755, voltada ao desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer preços
atraentes para os produtos que a região deveria exportar para o mercado europeu, foi
instituída pelo Marquês de Pombal e denominada
a) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
b) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
c) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
d) Companhia das Índias Ocidentais.
e) Companhia Comercial do Governo Geral.

006. (UEMA/2022) Os conflitos em relação à Independência se fizeram presentes em todo


o país. Leia o texto a seguir que serve de base para responder à questão.
Convém ressaltar: os conflitos em torno da Independência não foram restritos só ao
Maranhão, pois outras províncias, como Piauí, Pará, Bahia e Cisplatina (Uruguai) também não
acataram o grito do Ipiranga, configurando o que foi denominado pela historiografia “Guerras
de Independência”, caracterizadas por um processo de luta nas províncias: contraditoriamente
ao que se afirma, nos livros didáticos, que a Independência foi um ato passivo, ou “pacífico”.
BOTELHO, J. Conhecendo e debatendo a História do Maranhão. 3.ed. São Luís: Gráfica e Editora Impacto,
2019.

A concordância oficial do Maranhão à Independência do Brasil ocorreu, em 28 de julho de


1823, com uma cerimônia no Palácio dos Leões.
As características do processo de Independência no Maranhão são as seguintes:
a) a luta em defesa da independência partiu da capital para o interior, com o auxílio das
tropas governamentais; a junta governativa que presidia a província manteve a fidelidade
à corte no Rio de Janeiro.
b) as lutas partiram das províncias vizinhas para a capital, com a tomada de São Luís
pelos independentistas; os escravos participaram das lutas pela independência devido às
promessas de liberdade feitas pelos independentes.
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c) a capitulação de São Luís se deu pelo cerco do exército libertador, comandado por Lorde
Cochrane; os independentes tomaram São Luís e obrigaram a capitulação da junta de governo.
d) o engajamento à independência ocorreu devido à forte ligação do Maranhão com a corte
do Rio de Janeiro; o processo de independência foi sangrento, com embates entre as tropas
nativas e as de Portugal.
e) a adesão à independência foi tardia, devido aos vínculos políticos e comerciais com
Portugal; a luta armada foi promovida pelo exército libertador, composto por fazendeiros,
por livres pobres e por escravos.

007. (FCC/PREFEITURA DE LUCÉLIA/SP/MÉDICO PEDIATRA/2019) A respeito da história do


Brasil leia o trecho abaixo: A Balaiada foi uma luta popular que sucedeu durante os anos
de 1838 e 1841. A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e
contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O nome dessa
luta popular provém dos “balaios”, nome dos cestos fabricados na região. Onde ocorreu
a Balaiada?
a) nos municípios de Espirito Santo.
b) na província do Maranhão.
c) no estado de Santa Catarina.
d) Nenhuma das alternativas.

008. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) Os chamados “republicanos de 16 de novembro” acabaram


roubando a cena política dos republicanos históricos na maior parte dos estados brasileiros.
O “festival” adesionista foi tamanho que deixou incomodado um conjunto de republicanos
idealistas. O editorial de 18 de novembro de 1891 do jornal “Pacotilha”, ao fazer a avaliação
dos dois primeiros anos de República afirma que tão logo fora nomeada a Junta Governativa,
em 18 de novembro de 1889, tornou-se difícil encontrar monarquistas no Maranhão.
(Luis Alberto Ferreira. In: www.outrostempos.uema.br)

A análise do texto permite afirmar que:


a) não havia políticos monarquistas na província do Maranhão antes do novo regime.
b) os “republicanos de 16 de novembro” proclamaram a República no Maranhão.
c) os maranhenses republicanos demitiram os monarquistas dos cargos políticos.
d) os republicanos maranhenses condenaram os monarquistas ao exílio político.
e) os monarquistas maranhenses não tiveram receio em aderir ao novo regime.

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009. (FCC/TJ MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) Após a


adesão do Maranhão à República, proclamada em 1889, ocorreu
a) um conflito entre o governo de Pedro Augusto Tavares Júnior e a Igreja Católica, pois
o primeiro decretou a liberdade de culto e separou a Igreja e o Estado, demitindo padres
de funções públicas, sendo pressionado pelo governo central da República a voltar atrás
nestes decretos.
b) a intervenção no Estado por parte do governo central, em apoio à política republicana
radical de reformas econômicas populares, combatidas pelas elites fundiárias tradicionais
e pelo clero.
c) a eclosão de uma sangrenta Guerra Civil, entre 1889 e 1891, que opôs federalistas e
liberais que disputavam como seria o novo regime e como o Estado iria se relacionar com
o poder central.
d) a destituição do governo nomeado pelo Partido Republicano, que contava com grande
apoio das elites locais, mas foi substituído por uma Junta Militar monarquista, comandada
pelo coronel João Luis Tavares.
e) uma revolta popular contra o novo governo republicano, dado o grande apoio que a
monarquia e a Princesa Isabel tinham por parte de setores da imprensa abolicionista e da
população negra, maioria absoluta no Estado.

010. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) Acerca da história do Maranhão no período republicano,


julgue os próximos itens. José Maria dos Reis Perdigão e Tarquínio Lopes Filho foram
grandes lideranças dos tarquinistas — grupo maranhense que apoiou o tenentismo e a
Revolução de 1930.

011. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/PROFESSOR/2014) “A origem política de


José Sarney no Maranhão, está a princípio claramente associada à liderança do Senador
Vitorino Freire, chefe oligárquico que dominou a política maranhense de 1946 a 1965. O
período em que Sarney se insere no grupo vitorinista ocorre durante a gestão do Governador
Eugênio Barros. (1951-1954)”.
(MELO, Francivaldo. História do Maranhão. São Luís: Gráfica & Editora Alpha, 2009. p.184).

O trecho nos leva a concluir que:


a) A trajetória política de José Sarney esta relacionada com os grupos menos favorecidos
na política local.
b) Atividade política de José Sarney tem sua gênese na sua relação com grupos tradicionais
da oligarquia maranhense
c) Sua ampla atividade política foi favorecida pela sua oposição ao governo Eugênio de
Barros, adversário político de Vitorino Freire, responsável direto pela trajetória inicial de
José Sarney na política.
d) O grupo vitorinista apoio José Sarney na eleição para concorrer com Eugênio Barros.
e) A origem política de José Sarney foi favorecida pela oligárquica maranhense e que fazia
oposição a Vitorino Freire e apoiava o grupo político de Eugênio Barros.
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012. (FCC/SEGEP/MA/2ª EDIÇÃO/TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIO/2018) Sobre


a agropecuária maranhense é correto afirmar que
a) a nova fronteira agrícola em expansão no centro-sul do estado tem exercido forte pressão
sobre o cerrado.
b) o leste do estado abriga importante atividade relacionada ao cultivo de eucaliptos para
a indústria
c) a principal área de pecuária bovina do estado ocupa pastagens cultivadas em substituição
à caatinga.
d) o moderno cultivo comercial do arroz transformou o estado no maior produtor nacional
do cereal em 2017.
e) a agricultura familiar reduziu o espaço no estado que, atualmente, precisa importar café
e mandioca do Piauí.

013. (FGV/SME/PROFESSOR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO/ÁREA SOCIOLOGIA/2023) “O


significado de ser classificado socialmente como negro não é o mesmo se olharmos para
o Brasil do século XIX ou do século XXI. No século XIX, a pele negra remetia diretamente à
escravidão e ao trabalho braçal, fosse ele na plantação ou na casa-grande. As diferenças
eram asseguradas por um sistema de dominação que tratava negros como objetos, negando
direitos políticos e perpetrando castigos físicos. Mais de um século depois, grande parte
da desigualdade permanece, mas seus significados são muito distintos”.
Adaptado de ZAMBONI, Marcio. Um modo de olhar para as diversas formas de diferença e desigualdade
presentes na sociedade contemporânea, in Sociologia Especial, p. 16.

No trecho, utilizado em sala de aula para incentivar o debate sobre “Diferença e Desigualdade”,
o docente mostra como, nas duas situações citadas, um marcador social de diferença (ser
classificado como negro) torna-se fator de produção e reprodução de desigualdades. Em
seguida, caracteriza com os alunos o conceito de “marcadores sociais de desigualdade e
de diferença”.
As afirmativas a seguir descrevem corretamente o resultado dessa caracterização, com
base no trecho, à exceção de uma. Assinale-a.
a) As diferenças e desigualdades entre os homens são naturais, pois os seres humanos
apresentam múltiplos usos do corpo e da linguagem, de se alimentar e vestir, por exemplo.
b) Os marcadores sociais da diferença estão articulados à experiência dos indivíduos em
suas relações econômicas e políticas, entre outras.
c) As diferenças e desigualdades são construídas socialmente e precisam ser contextualizadas
em termos de tempo, espaço e relações sociais, para serem compreendidas.
d) Os sistemas de classificação, sociais, étnicos ou culturais, estão ligados às relações de
poder que existem em uma dada sociedade.
e) As categorias da diferença são relacionais, sendo construídas umas em relação às outras,
como quando associa-se a cor da pele ao conceito de raça, e esta, a uma forma de trabalho.
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014. (UEMA/2022)

Estado de Minas 03-12-2021 https://www.em.com.br/app/charge/2021/12/03/interna_charge.,1328062/


racismo.shtml

A charge apresenta uma crítica severa à falta de liberdade do ser humano.


Há relação temática, sobretudo, evidenciada na sequência do segundo ao quarto quadrinhos
com o seguinte trecho do conto A Escrava:
a) “– Maldita negra! Esbaforido, consumido, a meter-me por esses caminhos, pelos matos
à procura da preguiçosa... Ora! Hei de encontrá-la; mas, deixa estar, eu te juro, será esta a
derradeira vez que me incomodas. No tronco... no tronco: e de lá foge!”
b) “Ergui ao céu um voto de gratidão; e lembrei-me que era tempo de procurar minha
desventurada protegida./ Ergui-me consciente de que ninguém me observava, e acercava-
me já da moita de murta quando um homem, rompendo sua espessura, [...]”
c) “Ah! Minha Senhora. – exclamou erguendo os olhos ao céu, – eu procuro minha mãe, que
correu nesta direção, fugindo do cruel feitor que a perseguia. Eu também agora sou um
fugido: porque há uma hora deixei o serviço para procurar minha pobre mãe, que além de
doida está quase a morrer.”
d) [...] “com este negro a coisa muda de figura: minha querida senhora, este negro está
fugido: espero, me entregará, pois sou o seu legítimo senhor, e quero corrigi-lo. / – Pelo
amor de Deus, minha mãe, – gritou Gabriel, completamente desorientado – minha mãe,
leva-me contigo.”
e) “Não acham isso interessante? /Desculpe-me, senhor Tavares, – disse-lhe – em conclusão,
apresento-lhe um cadáver e um homem livre./ Gabriel ergue a fronte, Gabriel é livre!”

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015. (FCC/SEGEP/MA/ANALISTA AMBIENTAL/2016)


“O Estado do Maranhão, tal qual a Amazônia, foi e continua sendo alvo de uma
série de políticas de ordenação e uso do território as quais iniciaram-se ainda no regime
colonial e que, no transcorrer do século XX principalmente nos Governos Militares,
intensificaram-se na medida em que foram sendo definidas suas respectivas “vocações”,
as quais buscaram articular a um projeto nacional de desenvolvimento e tornar a economia
competitiva no mercado global”
ROMÃO et al. Revista Geográfica de América Central Número Especial EGAL, 2011. Costa Rica II. Semestre
2011 pp. 1-16.

Considerando que as intervenções Estatais influem nas novas territorializações e promovem


ao mesmo tempo desterritorialização o projeto que articulou uma política nacional à
formação territorial do Estado do Maranhão no século XX, foi a:
a) implantação, no município de Alcântara de um centro de alta tecnologia de lançamento
de foguetes que provocou a desterritorialização de comunidades quilombolas e tradicionais.
b) implantação do Porto de Itaqui na baía de São Marcos que provocou um forte investimento
em melhorias urbanas atraindo setores sociais de alta renda para a região.
c) implantação da ferrovia Norte-Sul que promoveu um choque negativo na porosidade
territorial e facilitou a relação com o exterior incentivando a exportação de commodities
agrícolas.
d) expansão das rodovias que levou a região da Baixada Maranhense a falência do modelo
agroexportador e confinou essa região ao contato apenas com as localidades mais próximas,
configurando um ambiente de marasmo.
e) expansão de todas as infraestruturas territoriais, que promoveram somente o setor de
exportação não trazendo nenhum benefício social.

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016. (FGV/SEDUC TO/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ÁREA: GEOGRAFIA/2023) Analise


os impactos ambientais apresentados na imagem a seguir.

Disponível em: https://twitter.com/brasildefato/status/1454195279037669377. Acesso: 15 arr.2023.

Atenção: no caminhão está escrito: Amazônia; na placa: COP 26; e no diálogo: Deixa adivinhar...
é a delegação do Brasil!
Assinale a opção que apresenta a crítica ambiental feita ao Brasil, durante a COP 26,
apresentada na charge.
a) O estabelecimento de comércio ilegal de créditos de carbono.
b) A falta de educação de motoristas, pelo hábito de estacionar em locais proibidos.
c) O comprometimento com a sustentabilidade, defendido pela delegação brasileira.
d) O descaso com o aumento do aquecimento global, causado pelo exclusivo uso de carros.
e) O estereótipo exploracionista do país, em função do aumento do desmatamento.

017. (FGV/PM SP/ALUNO OFICIAL/PM ESPANHOL/2021) Por “democracia”, entende-se a


forma de governo na qual a soberania pertence ao povo e se concretiza em uma constituição
compartilhada e aceita por todos os cidadãos. Essa forma de governo tem uma longa história
que remonta às cidades-estados gregas, retomada pelo iluminismo francês e estabelecida
no século XX com a ampliação progressiva do direito ao voto.

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A respeito da trajetória da democracia no Ocidente, assinale a afirmativa que indica uma


característica comum a todas as experiências e formas históricas da democracia.
a) Titularidade dos direitos políticos para todos os homens e mulheres maiores de idade.
b) Concepção de isonomia traduzida na igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
c) Adoção do sufrágio universal, com voto secreto, para o Executivo e o Legislativo.
d) Exercício indireto da soberania popular, delegada a representantes eleitos.
e) Defesa da liberdade como um direito natural de todos os homens.

018. (UEMA/2022) A charge ilustra um problema causado ao ambiente pelas atividades


humanas que atuam diretamente sobre a dinâmica atmosférica da Terra.

https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/2886515-conceito-desenho-de-poluicao-do-ar

O problema causado e a ação na atmosfera são, respectivamente,


a) o aumento dos efeitos da radiação solar e o consequente aumento das áreas florestais
do planeta.
b) o aumento da biodiversidade na escala mundial e a elevação da espessura da troposfera
na faixa do Equador.
c) a diminuição da camada de ozônio pelo Cloro Flúor Carbono-CFC e a consequente irradiação
por raios ultravioleta na troposfera.
d) a diminuição da camada de ozônio pelo Cloro Flúor Carbono-CFC e a inversão do
comportamento das temperaturas na estratosfera.
e) o aumento dos gases do efeito estufa e o consequente aumento das temperaturas.
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019. (FCC/TJ MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) Dentre as


manifestações da cultura maranhense, destacam-se algumas reconhecidas como patrimônio
imaterial do Maranhão pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional):
a) a Marujada e o Maculelê.
b) a Festa Junina e a Cavalhada.
c) as Rodas de Capoeira e o Cavalo Marinho.
d) o Tambor de Crioula e o Bumba meu Boi.
e) a Renda de Bilros e o Tambor de Mina.

020. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/FISCAL DE TRIBUTOS/2014) “Segundo o


Centro de Cultura Negra do Maranhão, existem 527 comunidades quilombolas no Estado do
Maranhão distribuídas em 134 municípios. Elas concentram-se principalmente nas regiões
da Baixada Ocidental, da Baixada Oriental, do Munim, de Itapecuru, do Mearim, de Gurupi
e do Baixo Parnaíba. [...]”.
Acesso em 14/02/2014 http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_brasil_ma.html

Sobre o texto acima podemos afirmar que


a) os quilombos no Maranhão são resultados da política do Império na libertação dos escravos.
b) os números de quilombos são consideráveis pelo fato de o Maranhão desenvolver uma
política de criação de áreas sociais para a instalação das comunidades negras do Estado
desde o Império.
c) os quilombos no Maranhão são resultados de luta constante pelo seu reconhecimento e
pela posse de suas terras de origem.
d) os quilombos no Estado do Maranhão estão passando pelo processo de extinção por
falta de políticas públicas de preservação.
e) o Maranhão é o Estado com menor número de quilombos na região nordeste.

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EXERCÍCIOS

021. (FCC/TJ MA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA DIREITO/2019) Entre as consequências do


governo de Miguel dos Santos Freire e Bruce (1823-1824), que se seguiu à adesão oficial
do Maranhão ao Império do Brasil, destaca-se
a) o desencadeamento da repressão às classes populares que queriam continuar fiéis a
Portugal, ao contrário das elites comerciantes luso-brasileiras e donos de latifúndios,
partidários da adesão ao Império do Brasil.
b) a divisão da sociedade entre monarquistas e republicanos e a adesão formal do Maranhão
à Confederação do Equador, que visava separar politicamente o Norte do Império do Brasil,
constituindo uma República independente.
c) a abolição da escravidão na Província, causando a ruptura das elites escravocratas com
o chamado “brucismo”, que apoiava a emancipação dos escravos e a reforma agrária como
forma de modernizar a região.
d) o estabelecimento de um pacto de união entre portugueses comerciantes e brasileiros
latifundiários, articulado pelo governo da Província, para excluir as classes populares da
cena política.
e) o acirramento das tensões sociais e políticas na Província, em função do medo e da
insatisfação das elites diante da postura antilusitana desse governo e sua condescendência
com manifestações populares contra proprietários portugueses.

022. (FCC/TJ MA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA DIREITO/2019) A Batalha do Jenipapo e o Cerco


de Caxias são episódios que impactaram a história do Maranhão e se situam na conjuntura da
a) Guerra de Independência ocorrida no Meio-Norte da América Portuguesa, território que
não aderiu prontamente ao Império do Brasil, dada a forte presença militar e comercial
portuguesa na região.
b) Balaiada, caracterizada como uma revolta republicana que contou com a adesão de
diversos setores sociais, contra o Império do Brasil, então dominado pela Casa de Bragança
e pela Corte Portuguesa.
c) Cabanagem, movimento de amplas dimensões que se originou no Grão-Pará e alcançou
o Maranhão, marcado por grande participação popular, incluindo indígenas, quilombolas
e escravos.
d) Revolta de Bequimão, desencadeada pela reação de fazendeiros e donos de engenho
contra o monopólio das companhias de comércio portuguesas.
e) Guerra de combate à Invasão Holandesa, que resultou na vitória das forças nativistas
luso-brasileiras após a expulsão das tropas de Maurício de Nassau.
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023. (FCC/TJ MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019)


Considere o texto.
“Os balaios chegaram a ocupar Caxias, segunda cidade da província. De suas raras proclamações
por escrito constam vivas à religião católica, à Constituição, a Dom Pedro II, à “santa causa
da liberdade”.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2002, p. 167.)

As informações contidas no texto contribuem para que se compreenda a Balaiada como:


a) um movimento constituído principalmente por escravos que lutavam pela proclamação
da República e pela Abolição.
b) uma revolução conduzida pela elite liberal, que obteve êxito graças ao apoio das províncias
vizinhas ao Maranhão.
c) uma revolta regencial que se caracterizou pela aliança interclassista expressa em suas
diversas bandeiras de luta.
d) um movimento popular que assumiu o controle de cidades importantes do Maranhão e
se restringiu a reivindicações econômicas.
e) uma revolta de natureza religiosa e de apoio ao jovem Imperador, contra o domínio de
Portugal na região, que foi a mais longa do Nordeste.

024. (UEMA/2022) Analise a imagem abaixo e leia a notícia a seguir.

Estudante comemora aniversário com bolo com imagem de Hitler e UFPel encaminha caso
às autoridades policiais
“Após uma estudante do curso de História da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) postar
nas redes sociais fotos comemorando aniversário de 24 anos com um bolo confeitado com
um retrato de Adolf Hitler, como mostrou a coluna de Ancelmo Gois, a instituição encaminhou
o caso às autoridades policiais ‘para as providências adequadas’.”
O Globo 18/10/2021 https://oglobo.globo.com/brasil/estudante-comemora-aniversario-com-bolo-com-
-imagem-de-hitler-ufpel-encaminha-caso-as-autoridades-policiais-25240744

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As manifestações de apologia ao Nazismo causam muita preocupação e são combatidas


pelas instituições brasileiras, além de repudiadas pela sociedade, em razão do perigo que
representam as ideias desse regime totalitário.
Sobre os preceitos básicos da ideologia nazista, surgida na Alemanha, após a primeira
guerra mundial, e colocada em prática como política de estado no governo de Adolf Hitler,
é correto afirmar que
a) apoiava o liberalismo econômico representado no livre mercado; era antimarxista,
representado na perseguição ao bolchevismo como inimigo mortal dos alemães.
b) defendia o arianismo com a ideia de superioridade racial e extermínio de “raças” ditas
inferiores; pregava o antissemitismo como forma de preconceito religioso e racial.
c) postulava o nacionalismo extremado e a superioridade da Alemanha; propunha a
germanização dos povos judeus para estabelecer a igualdade racial entre as nações.
d) tinha apreço pela democracia e pela liberdade de expressão do pensamento; defendia
o culto à personalidade, com a exaltação do seu líder político.
e) era a favor do pluripartidarismo e da democracia liberal e representativa na política;
exaltava a guerra como forma de obter a expansão territorial, o chamado espaço vital.

025. (UEMA/2022) A charge faz referência à crise energética de 2021, que elevou os valores
do quilowatt balizados por bandeiras de cores que passaram ao patamar mais elevado,
o vermelho.
Naquele momento, os reservatórios das usinas hidrelétricas estavam em níveis baixíssimos,
mesmo sem aumento do consumo de energia elétrica, já que o país passava por retração do
mercado, aumento da inflação e diminuição da produção por causa da pandemia causada
pelo Sars-Cov-2.

https://web.facebook.com/guilhermecerveira

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A crise retratada na charge tem como justificativa as seguintes causas:


a) a falta de planejamento da gestão hídrica por parte do governo e o déficit hídrico.
b) a centralização da política nacional nos estados da federação e o deslocamento da ZCAS
para o oceano.
c) a manutenção do horário de verão pelo governo e o ciclo climático de poucas chuvas.
d) o excessivo poder da Agência Nacional de Energia e o El Niño que causa secas no Sul do país.
e) a política de estatização das empresas energéticas e o La Niña que causa secas no
Nordeste do país.

026. (UEMA/2022) Estudos contemporâneos sobre o racismo delineiam uma conexão


genealógica entre escravidão grega e o racismo, conforme a charge.

http://www.junial.com.br/chargecartum/

A relação entre os dois conceitos está contemplada na seguinte afirmativa:


a) Para Aristóteles, a escravidão é determinada pela natureza, pois o senhor se sobrepõe
ao escravo, sendo os gregos superiores aos outros povos. O racismo se estrutura pela
discriminação de raças inferiores, definidas por outras superiores.
b) Para Platão, o escravo é uma necessidade para a cidade, de tal modo que o senhor deve
impor sua vontade para que o escravo a execute. O racismo refuta a sobreposição do indivíduo
ao outro, pois o conceito surge na modernidade, alicerçado nos pilares: fraternidade,
igualdade e liberdade.
c) Em Aristóteles, é impossível o escravo ser livre, pois a natureza o define sempre por
escravo: um ser inferior. No racismo, a raça branca ignora a liberdade, por entenderem que
essa é um desejo só de raças inferiores.
d) Em Platão, o escravo grego habita o ambiente doméstico, o que favorece ao cidadão
pensar as novas formas da cidade perfeita. O racismo é próprio de pessoas conservadoras,
como os gregos, que imaginam o modelo da sociedade perfeita.
e) Para Aristóteles, os escravos eram prisioneiros de guerra com uma natureza corporal
privilegiada. O racismo é a determinação dos homens mais capacitados (biogenética e
economia) em relação às outras raças, como os asiáticos.
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027. (UEMA/2022) O filósofo camaronês, Achille Mbembe, descreve que o avanço do


neoliberalismo produz o fim do trabalho, criando o sujeito sem trabalho (“Já não há
trabalhadores propriamente dito”) que gera uma “humanidade supérflua”, um ser totalmente
abandonado, inútil para o sistema capitalista. De modo que os indivíduos se veem diante
de uma “vida psíquica”, prisioneira de uma patologia de sintomas como memória artificial
e modelados pela neurociência e neuroeconomia, originando um novo sujeito humano que
só tem uma possibilidade, o sujeito “empreendedor de si mesmo”. A pessoa neoliberal se
caracteriza por ser um “sujeito do mercado e da dívida”, ou seja, uma “forma abstrata já
pronta”. Ele fica puramente dependente de elaborar uma reconstrução de sua “vida íntima”
para se ofertar ao mercado como uma mercadoria. Por isso, o homem novo é composto
de capitalismo e animalismo, conceitos cindidos em outros tempos, agora motivados a se
conectarem.
MEMBE, A.. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1, 2018. Adaptado.

Segundo Achille Mbembe, o racismo, no neoliberalismo,


a) determina-se pelo pensamento decolonial, que produz uma ruptura com a colonização
e questiona o sistema econômico neoliberal do ocidente como único caminho a todos os
povos, sugerindo o racismo reverso.
b) propõe a biopolítica que pretende gerar igualdade, rompendo com o sistema de desigualdade
de raças pelo colonialismo e aniquilando as formas de gestão da vida dos indivíduos.
c) define-se pela discriminação positiva, aplicação de cotas e programas de acesso às
instituições sociais das minorias, de mulheres e de homens negros e afrodescendentes,
enquanto enrobustecimento da discriminação racial.
d) suplanta o colonialismo e o imperialismo, pela regimentação do totalitarismo no avanço
da economia capitalista, que explora os indivíduos sem discriminação, exceção das religiões
ao criticar o sistema neoliberal.
e) tem como a sua principal finalidade a gestão da morte dos indivíduos, pelo qual o
racismo é a necropolítica, que atualiza a antiga opressão do negro como modelo universal
do assujeitamento de todos pelo racismo capitalista.

028. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) A Batalha do Jenipapo foi um movimento


a) contra as forças nacionalistas que lutavam pela independência política do Brasil.
b) decisivo para a consolidar a independência e a configuração geográfica do Brasil.
c) organizado pelos portugueses para resistir ao processo de independência do Brasil.
d) idealizado pela burguesia, que defendia o pacto colonial entre Portugal e Brasil.
e) promovido pelos estados do Nordeste que pretendiam se separar do Brasil.
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029. (FCC/SEGEP/MA/ANALISTA AMBIENTAL/2016) Em relação a organização espacial da


cidade de São Luís do Maranhão:
a) O espaço urbano e sua paisagem expressam-se fragmentados e interligados por políticas
territoriais urbanas.
b) A cidade possui um amplo segmento da população que se organizou a partir dos princípios
constitucionais como: moradia, saúde, segurança e dignidade.
c) A cidade possui uma organização trivial das cidades subdesenvolvidas, na qual a divisão
do território urbano, se dá pela definição de periferia e centro.
d) São Luís é uma cidade em harmonia que se processa evidenciando um antagonismo dada
a intensidade e veloz metamorfose urbana que não reflete a sua história.
e) São Luís é uma cidade segregada mas nas últimas décadas vem experimentando uma
forte transformação territorial para reduzir as desigualdades sociais.

030. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) Em 1684, eclodiu uma revolta de proprietários de terra


no Maranhão, conhecida por Revolta de Bequimão. Os revoltosos posicionaram-se
a) contra o monopólio da companhia de comércio e contra os jesuítas.
b) contra a escravidão dos africanos e dos indígenas maranhenses.
c) a favor da catequização dos indígenas realizada pelos jesuítas.
d) a favor do monopólio real sobre a exploração dos produtos da região.
e) contra a expulsão dos jesuítas determinada pela coroa portuguesa.

031. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) A Balaiada foi uma revolta que ocorreu na província


do Maranhão, no período regencial (1831-1840). Ela estava inserida no contexto histórico
de grande efervescência política nas províncias do Brasil. Identifique as afirmações que
estejam associadas corretamente ao contexto socioeconômico e político na qual emergiu
essa revolta.
I – Como outras revoltas do período, a Balaiada limitou-se a uma disputa política entre
membros das elites locais, de um lado os conservadores e do outro os liberais.
II – As divergências políticas entre líderes e à falta de unidade entre os rebeldes acarretaram
o declínio do movimento, facilitando sua derrota pelas tropas do governo.
III – Os líderes populares da revolta eram liberais e tinham como objetivos principais a
proclamação de uma República democrática e a distribuição igualitária da terra.
IV – A revolta aglutinou imensa massa de excluídos, que acabou atemorizando os grandes
proprietários e mobilizando as autoridades regenciais contra os insurrectos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
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032. (PREFEITURA DE LUCÉLIA/SP/MÉDICO PEDIATRA/2019) A respeito da história do Brasil


leia o trecho abaixo: A Balaiada foi uma luta popular que sucedeu durante os anos de 1838 e
1841. A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com
a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O nome dessa luta popular
provém dos “balaios”, nome dos cestos fabricados na região. Onde ocorreu a Balaiada?
a) nos municípios de Espirito Santo.
b) na província do Maranhão.
c) no estado de Santa Catarina.
d) Nenhuma das alternativas.

033. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. A adesão da Província do Maranhão à
independência do Brasil resultou da derrota militar de parte da elite maranhense que
defendeu, por meio das armas, a manutenção dos laços com Portugal, a despeito das
estreitas relações existentes entre o Maranhão e a Corte no Rio de Janeiro. As tropas
portuguesas, mesmo tendo vencido a Batalha de Jenipapo, foram derrotadas por Thomas
Cochrane em São Luís.

034. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. A Balaiada, que sofreu violenta repressão
comandada pelo coronel do Exército Luiz Alves de Lima, foi um movimento de composição
social complexo, pois agregou artesãos, escravos, libertos e pequenos proprietários das
províncias do Maranhão e Piauí contrários à opressão dos governos locais.

035. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) Acerca da história do Maranhão no período republicano,


julgue os próximos itens. O domínio do chefe oligárquico Victoriano Freire sobre a política
maranhense foi desafiado na década de 60 do século XX, quando José Sarney, com propostas
modernizadoras, despontou como liderança estadual e opositor a Victoriano.

036. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) Acerca da história do Maranhão no período republicano,


julgue os próximos itens. Após a conturbada adesão do Maranhão à República, a ordem foi
estabelecida a partir da ação das lideranças que já atuavam na política maranhense desde
meados do século XIX.

037. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) Foi a partir do estabelecimento dos franceses no Maranhão,
onde fundaram São Luís, na primeira metade do século XVII, que os portugueses passaram
a demonstrar interesse por se instalar na porção setentrional de sua colônia americana.
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Considerando-se essa informação, é correto afirmar que a mudança de comportamento


da metrópole deveu-se, entre outros fatores,
a) à ideia de que a região não se adaptava aos padrões econômicos mercantilistas vigentes.
b) aos riscos efetivos de perda territorial, o que a levou à luta contra os franceses.
c) à necessidade de fazer da região norte um ponto de apoio na guerra pelo fim da União
Ibérica.
d) ao objetivo estratégico de explorar as conhecidas riquezas minerais da região.
e) ao interesse de promover a conexão econômica entre o Norte e a bacia do rio da Prata.

038. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida
em 1755, voltada ao desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer preços
atraentes para os produtos que a região deveria exportar para o mercado europeu, foi
instituída pelo Marquês de Pombal e denominada
a) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
b) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
c) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
d) Companhia das Índias Ocidentais.
e) Companhia Comercial do Governo Geral.

039. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) Uma das mais conhecidas revoltas ocorridas no período
colonial brasileiro, a Revolta de Bequimão envolveu, na segunda metade do século XVII,
colonos do Maranhão liderados por Manuel Beckman contra as autoridades metropolitanas.
A respeito desse acontecimento, assinale a opção correta.
a) A dificuldade para a obtenção de escravos negros e alguns produtos da metrópole está
na raiz do referido movimento.
b) Visando minimizar os efeitos da revolta, os colonos optaram pela não ocupação dos
armazéns da companhia de comércio existente na época.
c) O forte sentimento religioso dos colonos explica o fato de os jesuítas terem sido mantidos
livres durante a revolta.
d) Ao assumir o governo local, Bequimão logrou resolver os problemas que afligiam os
colonos, o que pôs fim à revolta.
e) Anistiado, Bequimão voltou a Portugal e, na metrópole, chegou a ocupar importantes
cargos na administração real.

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040. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. No início do século XX, difundiu-se a ideia
de que a cidade de São Luís, fundada por Jerônimo de Albuquerque após a expulsão dos
franceses da região, teria sido fundada pelos franceses.

041. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) O britânico cuja ousadia nas guerras napoleônicas lhe
valeu a alcunha de “lobo do mar” e que, no Brasil, atuou decisivamente nas guerras pela
independência, tendo sido agraciado com o título de marquês do Maranhão após sua vitória
sobre as tropas portuguesas, foi
a) Thomas Cochrane.
b) Robert Southey.
c) Henry Koster.
d) Robert Walsh.
e) John Armitage.

042. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) A respeito da Companhia Geral de Comércio do Grão-
Pará e Maranhão, assinale a opção correta.
a) A companhia, que detinha o monopólio do comércio de diversas mercadorias com o
objetivo de evitar o contrabando e sonegação de impostos, submetia-se ao poder do Estado
do Grão-Pará e Maranhão.
b) A criação da companhia ocorreu no contexto de autonomia do Estado do Grão-Pará e
Maranhão, em relação ao Brasil, que permitia que o estado tivesse, inclusive, governador
próprio.
c) As atividades da companhia não incluíram o comércio de escravos, já que era mais comum,
na região, o uso da mão-de-obra indígena.
d) Com o desmembramento do Estado do Grão-Pará e Maranhão a companhia também foi
extinta, o que resultou em uma súbita redução nas exportações do Maranhão e do Pará.
e) A companhia, apesar de deter o monopólio das exportações, atuou em consonância com
os interesses dos produtores locais.

043. (FGV) As tentativas francesas de estabelecimento definitivo no Brasil ocorreram


entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII. As regiões que
estiveram sob ocupação francesa foram:
a) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial);
b) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial);
c) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
d) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
e) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica).
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044. (BRASIL ESCOLA) Sobre as invasões francesas na colônia americana de Portugal, indique
a alternativa incorreta.
a) No século XVI, mais especificamente no ano de 1555, os franceses fundaram a chamada
França Antártica na Baía de Guanabara (atual Rio de Janeiro).
b) Após duas tentativas malsucedidas de estabelecimento de uma civilização francesa, nos
séculos XVI e XVII, no Brasil colonial, os franceses passaram a saquear, através de corsários
(piratas), algumas cidades do litoral brasileiro, no século XVIII.
c) No ano de 1615, os franceses venceram os portugueses e permaneceram no Maranhão.
Mas ao não conseguirem obter lucros com o comércio na região, deslocaram-se para a região
das Guianas, onde fundaram uma colônia, a chamada Guiana Francesa.
d) Os Tamoios foram os principais povos indígenas que perpetuaram aliança com os franceses.
Desse acordo surgiu a Confederação dos Tamoios – aliança entre diversos povos indígenas
do litoral (tupinambás, tupiniquins, goitacás, entre outros) que possuíam um objetivo em
comum: derrotar os colonizadores portugueses.

045. (BRASIL ESCOLA) Considerando a letra A para a França Antártica e a letra B para a
França Equinocial, preencha os parênteses de acordo com as características específicas de
cada uma dessas tentativas de colonização francesa no litoral do Brasil colonial.
1 ( ) A maior parte dos colonizadores era formada por protestantes franceses que fugiam
da perseguição dos católicos em sua terra natal.
2 ( ) A área invadida se localizava no litoral maranhense, onde hoje se localiza a cidade de
São Luís.
3 ( ) A derrota para os portugueses fez com que os franceses se deslocassem para a região
das Guianas, formando a Guiana Francesa.
4 ( ) A aliança com os tamoios originou a Confederação dos Tamoios, uma união de tribos
indígenas que lutavam contra a ocupação portuguesa no litoral do atual estado do Rio de
Janeiro.
5 ( ) A derrota dessa tentativa de colonização francesa levou os portugueses a constatarem
que era necessário povoar a região para evitar novas investidas, o que originou a fundação
da Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Qual alternativa abaixo indica a sequência correta de preenchimento?
a) A; A; A; B; B.
b) B; A; B; A; B.
c) A; B; A; B; A.
d) A; B; B; A; A.
e) A; B; B; A; B.
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046. (MUNDO EDUCAÇÃO) Além de ocuparem o Rio de Janeiro, os franceses estabeleceram-


se também em outra cidade. Que cidade era essa?
a) Manaus
b) Campos Grande
c) Olinda
d) São Luís
e) João Pessoa

047. (CESPE/TJ/RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) O recrutamento de colonos para povoar


regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das
medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial
claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos
privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo
governo de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da
África, para a região Norte brasileira foi motivada:
a) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no
centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia.
b) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente
pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais
regiões da colônia.
c) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das atividades
dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos
da colônia.
d) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal
ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia,
controlar a estratégica bacia platina.
e) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as
populações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida.

048. (FCC/SEPLAG/PM/MG/PROFESSOR/HISTÓRIA/2012) Com as Grandes Navegações os


europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram suas atividades
econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nesse processo de expansão,
o contato dos europeus com os povos distantes caracterizou-se pelo
a) intercâmbio esporádico, dificultado pelas diferenças linguísticas e hábitos culturais
divergentes.
b) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos desenvolvidos
e com enormes riquezas industriais.
c) convívio pacífico, incentivado pelos ideais religiosos cristãos, que fundamentavam a
evangelização e a prática da tolerância.
d) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendices e
lendas que marcavam o imaginário europeu.
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049. (FCC/TJ/AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Uma das estratégias da Coroa Portuguesa,


para a administração de sua colônia na América, foi a instituição das capitanias hereditárias,
cada qual a cargo de um donatário. Eram atribuições do donatário
a) representar o rei, administrar a justiça, distribuir sesmarias.
b) negociar livremente e vender pelo melhor preço a capitania recebida, cobrar impostos,
criar regras locais.
c) defender o território, estabelecer comércio internacional, viabilizar o tráfico indígena
para outras colônias portuguesas.
d) conquistar capitanias vizinhas, fundar vilas, apoiar as missões jesuíticas.
e) arrendar sesmarias, barrar as entradas e bandeiras, erguer igrejas e colégios.

050. (FCC/PM/AP/SOLDADO/2017) Em diferentes momentos históricos, houve disputas


entre portugueses e demais colonizadores europeus pela ocupação da região do Amapá.
Durante o período colonial, um episódio, que exemplifica essas disputas é o da:
a) expulsão dos holandeses, por tropas portuguesas e brasileiras, quando estes ocuparam
inicialmente o Nordeste e estenderam seus domínios por toda a região Norte.
b) reivindicação dessa região pela França como sendo parte de seu território além-mar,
apesar da divisão territorial em favor de Portugal ter sido oficializada pelo Tratado de
Utrecht.
c) construção da Fortaleza de São José de Macapá, para proteger a região da constante
invasão de piratas ingleses e de embarcações russas atraídos pelos minérios e pelo comércio
da borracha.
d) assinatura do Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal, que retirou a região do
Amapá e suas adjacências da possessão da Coroa espanhola, após diversos conflitos coloniais.
e) decretação da Guerra da Lagosta, entre colonos portugueses e franceses, uma vez que
habitantes da Guiana Francesa pescavam ilegalmente lagostas no litoral brasileiro.

051. (FCC/SEDU/ES/PROFESSOR/HISTÓRIA/2016) As reformas pombalinas, no período


colonial, foram um conjunto de medidas decretadas pelo governo português, que, entre
outras mudanças, acarretaram a
a) fundação das companhias de comércio como a Companhia das Índias Ocidentais, para
incrementar a exploração colonial e as trocas comerciais.
b) proibição da instalação de manufaturas, a fim de revitalizar o Pacto Colonial e reforçar
o poder português sobre a colônia, em plena atividade mineradora.
c) expulsão da Companhia de Jesus do território colonial brasileiro sob acusações de
conspiração, e o confisco de seus bens pelo Estado.
d) centralização do poder sobre a colônia pela Coroa portuguesa mediante a extinção de
órgãos administrativos e de cargos importantes, como o de vice-rei.
e) flexibilização da cobrança de impostos em troca de maior apoio político da elite colonial,
a fim de evitar o contrabando e a sonegação fiscal.
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052. (FCC/TJ/AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/2014) No século XVIII,


tiveram grande impacto na administração colonial as chamadas reformas pombalinas, que
resultaram, entre outras consequências, na
a) criação de um governo geral como forma de centralizar a defesa e a administração em
Salvador, capital da colônia.
b) concentração de poderes nas mãos do marquês de Pombal, que passa de ministro a rei
em virtude do êxito político e econômico de suas medidas.
c) opção pela monocultura da cana como carro-chefe da economia colonial, sendo o engenho
transformado em unidade administrativa autônoma.
d) abertura dos portos para nações amigas, levando à flexibilização do comércio, ao surgimento
de arraiais e ao desenvolvimento da vida urbana.
e) expulsão dos jesuítas de Portugal e de suas colônias, acompanhada do confisco de seus
bens e da dispersão dos índios abrigados nas missões.

053. (FCC/MPE/RN/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2010) Durante a União


Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do interesse expansionista
de Filipe II da Espanha, tendo em vista
a) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares no interior da
capitania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no mercado consumidor de produtos
tropicais.
b) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente de holandeses,
que estabeleciam fortes laços de aliança com os indígenas da tribo potiguar no sertão
nordestino.
c) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à colônia e
exploração de todas as terras da costa brasileira, especificamente da região nordestina.
d) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos de povoamento,
a organização e a criação de órgãos administrativos capazes de promover a expulsão dos
franceses da capitania.
e) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões estrangeiras,
principalmente francesas, na capitania que colocavam em risco o domínio espanhol em
terras brasileiras.

054. (FGV/SEAD/AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2010) “A conquista e ocupação da


Amazônia, no período colonial, foram empreendimentos conduzidos pelo Estado, planejados
e executados com prioridade política pelo governo metropolitano” (Freitas Rezende, Tadeu
Valdir. In: A conquista e a ocupação da Amazônia brasileira no período colonial: a definição
das fronteiras).
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A partir do texto, analise as afirmativas a seguir.


I – Em 1621, a administração do Estado do Maranhão e Grão-Pará, entidade política autônoma
e independente do Estado do Brasil, passou a ser diretamente subordinada ao governo de
Lisboa, iniciando-se um processo irreversível de exploração e penetração territorial pela
vasta rede hidrográfica amazônica.
II – Na primeira metade do século XVIII, Portugal passou a priorizar a definição de suas
fronteiras coloniais com o propósito de revisar os acordos anteriores de limites e abolir o
Tratado de Tordesilhas.
III – A aproximação das Coroas Ibéricas favoreceu as negociações diplomáticas que resultaram
na assinatura, em 1750, do Tratado de Madri, que legalizou, pelo argumento de posse da
terra (uti possidetis) e pela busca de fronteiras naturais, a ocupação da Amazônia.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

055. (CESPE/TJ/RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) O recrutamento de colonos para povoar


regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das
medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial
claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos
privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo
governo de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da
África, para a região Norte brasileira foi motivada:
a) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no
centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia.
b) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente
pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais
regiões da colônia.
c) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das atividades
dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos
da colônia.
d) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal
ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia,
controlar a estratégica bacia platina.
e) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as
populações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida.
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056. (CFSD/PM-PA) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Portuguesa
proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. O efeito concreto
dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do novo
continente recém descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração compulsória
da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi negociada a
expansão colonialista portuguesa.
d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de exploração
do trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portugueses e
autoridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.

057. (FGV/PM/MA/SOLDADO COMBATENTE/2012) Quase um ano após o Grito do Ipiranga


(1822), a Província do Maranhão ainda se mantinha leal a Portugal e se recusava a aderir
ao movimento de independência de D. Pedro I.
A respeito do processo de adesão do Maranhão à independência do Brasil, assinale a
afirmativa correta.
a) A adesão foi atrasada pelas tropas do Ceará e do Piauí, que chegaram ao Maranhão nos
primeiros meses de 1823, e apoiaram a formação de uma confederação independente
reunindo as províncias do Nordeste.
b) A Batalha do Jenipapo (março de 1823) foi vencida pelos comerciantes portugueses e
pela elite sertaneja ligada ao comércio de gado para o Nordeste, que se recusavam a aderir
à independência.
c) Os comerciantes portugueses de São Luís e os grandes algodoeiros exportadores, mais
próximos de Lisboa do que do Rio de Janeiro, não aderiram à independência, preferindo
manter-se ligados à Coroa portuguesa.
d) A vila de Caxias, localizada na região produtora de algodão (vale do rio Itapecuru), foi
um dos focos de apoio à independência, em razão do descontentamento com o monopólio
comercial imposto pela Coroa portuguesa.
e) O almirante britânico Lorde Thomas Cochrane aportou em São Luís em julho de 1823,
após ter apoiado a independência da província da Bahia, com o intuito de aumentar a
presença inglesa no Atlântico Sul.

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058. (FGV/PM/MA/SOLDADO COMBATENTE/2012) “Em 1682, foi criada a Companhia


de Comércio do Estado do Maranhão que recebeu do Estado português o privilégio de
monopolizar o comércio do açúcar e da arrecadação dos impostos. Em troca, a empresa
deveria fornecer escravos, utensílios, equipamentos e alimentos aos colonos a juros baixos,
criando uma relação comercial exclusiva.”
(Adaptado. LACOMBE, Américo Jacobina. História do Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1979.)

O não cumprimento desse acordo


a) permitiu a instalação de um governo autônomo no Maranhão.
b) foi o principal motivo para a revolta dos colonos maranhenses.
c) eliminou o Pacto Colonial e abriu os portos às potências estrangeiras.
d) estimulou o uso do trabalho livre para sustentar as atividades produtivas.
e) criou um mercado interno exclusivo para o Estado português.

059. (FSADU/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR ENSINO FUNDAMENTAL 2007) É


recorrente, na literatura histórica, encontrar-se a expressão “Jornada Milagrosa” vinculada à:
a) expulsão dos franceses do Maranhão.
b) luta pela independência do Maranhão.
c) expulsão dos holandeses.
d) criação da Companhia de Comércio do Maranhão.
e) catequese indígena no Maranhão.

060. (BRASIL ESCOLA) As revoltas provinciais lutavam contra a estrutura centralizada do


poder político, buscando mais autonomia para as províncias. Entretanto, essas revoltas
iam contra os interesses da antiga oligarquia brasileira, que via no poder centralizado do
Império a garantia de seus privilégios. Sobre as revoltas provinciais pode-se dizer que o
principal resultado da repressão a elas foi:
a) A unidade territorial do país.
b) O fim da escravidão no Brasil.
c) A instauração de um regime federativo.
d) A perda de território no Sul do país.
e) O fortalecimento do liberalismo contra as políticas conservadoras.

061. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/PROFESSOR/2014) “A origem política de


José Sarney no Maranhão, está a principio claramente associada à liderança do Senador
Vitorino Freire, chefe oligárquico que dominou a política maranhense de 1946 a 1965. O
período em que Sarney se insere no grupo vitorinista ocorre durante a gestão do Governador
Eugênio Barros.
(1951-1954)”. (MELO, Francivaldo. História do Maranhão. São Luís: Gráfica & Editora Alpha, 2009. p.184).

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O trecho nos leva a concluir que:


a) A trajetória política de José Sarney está relacionada com os grupos menos favorecidos
na política local.
b) Atividade política de José Sarney tem sua gênese na sua relação com grupos tradicionais
da oligarquia maranhense
c) Sua ampla atividade política foi favorecida pela sua oposição ao governo Eugênio de
Barros, adversário político de Vitorino Freire, responsável direto pela trajetória inicial de
José Sarney na política.
d) O grupo vitorinista apoio José Sarney na eleição para concorrer com Eugênio Barros.
e) A origem política de José Sarney foi favorecida pela oligárquica maranhense e que fazia
oposição a Vitorino Freire e apoiava o grupo político de Eugênio Barros.

062. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/FISCAL DE TRIBUTOS/2014) Apresentam-


se nesta questão quatro proposições:
I – A Balaiada foi um movimento de caráter popular. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade
de Caxias, este movimento teve grandes proporções chegando a ter repercussão no Piauí;
II – A formação de parque fabril têxtil foi um ponto importante na economia do Maranhão
no século XIX;
III – O senador Vitorino Freire instalou um governo aberto à mudanças no âmbito político,
conhecidas como vitorinismo;
IV – José Sarney foi o primeiro Governador do Estado do Maranhão durante o período militar
iniciando um período denominado de Maranhão Renovado.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) todas as proposições são verdadeiras.
b) todas as proposições são falsas.
c) somente a proposição II é verdadeira.
d) as proposições III e IV são falsas e as proposições I e II são verdadeiras.
e) as proposições I e II são falsas e as proposições III e IV são verdadeiras.

063. (IMA/PREFEITURA DE CANAVIEIRA/PI/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL/2015)


Ocorreu no dia 13 de março de 1823 uma batalha decisiva para a independência do Brasil:
a Batalha do Jenipapo. Cearenses e maranhenses se juntaram ao povo do Piauí nessa
importante data histórica para lutar contra resistentes tropas portuguesas lideradas pelo
Major João da Cunha Fidié. A data é geralmente esquecida nas aulas de história do ensino
fundamental e médio, e apesar de ter sido de grande importância para todo o país, não é
facilmente encontrada em livros sobre o assunto. A respeito desse fato histórico, marque
a alternativa ERRADA.
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a) Esse embate, que foi crucial para o processo de emancipação do Brasil, é lembrado até
hoje como um gesto de coragem, onde o bem da maioria se sobrepôs ao medo de perder
a vida.
b) A batalha aconteceu às margens do Rio Jenipapo, onde atualmente está localizada a
cidade Campo Maior, no Piauí.
c) A batalha do Jenipapo é conhecida como uma das mais sangrentas batalhas realizadas
no solo brasileiro. Isso se deve ao fato de que os brasileiros não foram para a luta com
armas de guerra, e sim com facões, machados, porretes e armas artesanais. Cerca de 1200
brasileiros foram mortos e outros 542 foram feitos prisioneiros por Portugal, enquanto
116 portugueses morreram e 60 ficaram feridos.
d) A batalha se iniciou após terem sido descobertas as intenções do comandante das tropas
portuguesas: manter a região sob o domínio português para abafar os movimentos de
independência que se desenvolviam na área.

064. (RACHA CUCA) Quem foi, provavelmente, o primeiro europeu a cruzar o litoral
maranhense em 1500?
a) Vicente Yáñez Pinzón
b) Manuel Beckman
c) Lord Cochrane
d) Manuel Francisco dos Anjos Ferreira
e) Gonçalves Dias

065. (RACHA CUCA) Quais Foram os primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde
hoje se encontra o Estado do Maranhão?
a) Ingleses
b) Franceses
c) Holandeses
d) Espanhóis
e) Americanos

066. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/FISCAL SANITÁRIO/2014) Uma das


características do Estado do Maranhão é sua riqueza de diversidades e manifestações
culturais. As lendas e os mistérios povoam a mentalidade popular do Estado. Entre as
lendas do Maranhão tem uma que é a mais popular na cidade de São Luís. Assinale esta
manifestação cultural da capital maranhense.
a) A lenda de Dom Sebastião.
b) Manguda.
c) Ana Jansen e sua carruagem encantada.
d) Da Fonte do Ribeirão.
e) Bumba meu boi.
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067. (UEMA/2013) O Bumba meu boi é considerado como uma das manifestações de cultura
popular mais expressivas do Maranhão, reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico Artístico Nacional) como Patrimônio Cultural do Brasil. As mudanças inerentes a
essa manifestação sofrem influências identificadas nos seguintes conceitos sociológicos:
a) liberalismo, globalização, indústria cultural e sociedade civil.
b) indústria cultural, alienação, mercantilização e produção em massa.
c) mudanças sociais, mercantilização, socialismo e bens culturais.
d) ideologia capitalista, alienação, comunicação de massa e democracia.
e) indústria cultural, homogeneização cultural, consumismo e neoliberalismo.

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GABARITO

1. c 35. C
2. a 36. E
3. C 37. b
4. a 38. b
5. b 39. a
6. e 40. C
7. b 41. a
8. e 42. b
9. a 43. d
10. C 44. c
11. b 45. d
12. a 46. d
13. a 47. b
14. e 48. d
15. a 49. a
16. e 50. b
17. b 51. c
18. e 52. e
19. d 53. c
20. c 54. e
21. e 55. b
22. a 56. d
23. c 57. e
24. b 58. b
25. a 59. a
26. a 60. a
27. e 61. b
28. b 62. d
29. c 63. c
30. a 64. a
31. d 65. d
32. b 66. c
33. E 67. b
34. E

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GABARITO COMENTADO

021. (FCC/TJ MA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA DIREITO/2019) Entre as consequências do


governo de Miguel dos Santos Freire e Bruce (1823-1824), que se seguiu à adesão oficial
do Maranhão ao Império do Brasil, destaca-se
a) o desencadeamento da repressão às classes populares que queriam continuar fiéis a
Portugal, ao contrário das elites comerciantes luso-brasileiras e donos de latifúndios,
partidários da adesão ao Império do Brasil.
b) a divisão da sociedade entre monarquistas e republicanos e a adesão formal do Maranhão
à Confederação do Equador, que visava separar politicamente o Norte do Império do Brasil,
constituindo uma República independente.
c) a abolição da escravidão na Província, causando a ruptura das elites escravocratas com
o chamado “brucismo”, que apoiava a emancipação dos escravos e a reforma agrária como
forma de modernizar a região.
d) o estabelecimento de um pacto de união entre portugueses comerciantes e brasileiros
latifundiários, articulado pelo governo da Província, para excluir as classes populares da
cena política.
e) o acirramento das tensões sociais e políticas na Província, em função do medo e da
insatisfação das elites diante da postura antilusitana desse governo e sua condescendência
com manifestações populares contra proprietários portugueses.

Após a declaração de independência em 1822 ocorreu mais de um ano de conflitos entre


portugueses e brasileiros no Norte e Nordeste, pois haviam amplas parcelas das elites locais,
portuguesas, que eram contra a independência do Brasil, entre elas, a elite comerciária
maranhense, que achava que o governo da província tinha de coibir as manifestações contra
os privilégios portugueses.
Letra e.

022. (FCC/TJ MA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA DIREITO/2019) A Batalha do Jenipapo e o Cerco


de Caxias são episódios que impactaram a história do Maranhão e se situam na conjuntura da
a) Guerra de Independência ocorrida no Meio-Norte da América Portuguesa, território que
não aderiu prontamente ao Império do Brasil, dada a forte presença militar e comercial
portuguesa na região.
b) Balaiada, caracterizada como uma revolta republicana que contou com a adesão de
diversos setores sociais, contra o Império do Brasil, então dominado pela Casa de Bragança
e pela Corte Portuguesa.
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c) Cabanagem, movimento de amplas dimensões que se originou no Grão-Pará e alcançou


o Maranhão, marcado por grande participação popular, incluindo indígenas, quilombolas
e escravos.
d) Revolta de Bequimão, desencadeada pela reação de fazendeiros e donos de engenho
contra o monopólio das companhias de comércio portuguesas.
e) Guerra de combate à Invasão Holandesa, que resultou na vitória das forças nativistas
luso-brasileiras após a expulsão das tropas de Maurício de Nassau.

Portugal tentou manter as colônias do Grão Pará, Maranhão e Piauí depois da Proclamação
da Independência em 1822. A Batalha do Jenipapo ficou conhecida como a mais sangrenta
batalha de independência do Brasil ocorrido no dia 13 de março de 1823 nas margens do
Rio Jenipapo no Piauí.
Letra a.

023. (FCC/TJ MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019)


Considere o texto.
“Os balaios chegaram a ocupar Caxias, segunda cidade da província. De suas raras proclamações
por escrito constam vivas à religião católica, à Constituição, a Dom Pedro II, à “santa causa
da liberdade”.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2002, p. 167.)

As informações contidas no texto contribuem para que se compreenda a Balaiada como:


a) um movimento constituído principalmente por escravos que lutavam pela proclamação
da República e pela Abolição.
b) uma revolução conduzida pela elite liberal, que obteve êxito graças ao apoio das províncias
vizinhas ao Maranhão.
c) uma revolta regencial que se caracterizou pela aliança interclassista expressa em suas
diversas bandeiras de luta.
d) um movimento popular que assumiu o controle de cidades importantes do Maranhão e
se restringiu a reivindicações econômicas.
e) uma revolta de natureza religiosa e de apoio ao jovem Imperador, contra o domínio de
Portugal na região, que foi a mais longa do Nordeste.

O excerto de Boris Fausto permite antever que as alianças dos populares contra as elites
dominantes no Maranhão contemplavam católicos, pessoas simples do povo, desprovidas
de ideologia mas munidas de fé cristã, bem como monarquistas e liberais mais inteirados
da manipulação na política para fins de subversão da ordem estabelecida.
Letra c.

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024. (UEMA/2022) Analise a imagem abaixo e leia a notícia a seguir.

Estudante comemora aniversário com bolo com imagem de Hitler e UFPel encaminha caso
às autoridades policiais
“Após uma estudante do curso de História da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) postar
nas redes sociais fotos comemorando aniversário de 24 anos com um bolo confeitado com
um retrato de Adolf Hitler, como mostrou a coluna de Ancelmo Gois, a instituição encaminhou
o caso às autoridades policiais ‘para as providências adequadas’.”
O Globo 18/10/2021 https://oglobo.globo.com/brasil/estudante-comemora-aniversario-com-bolo-com-
-imagem-de-hitler-ufpel-encaminha-caso-as-autoridades-policiais-25240744

As manifestações de apologia ao Nazismo causam muita preocupação e são combatidas


pelas instituições brasileiras, além de repudiadas pela sociedade, em razão do perigo que
representam as ideias desse regime totalitário.
Sobre os preceitos básicos da ideologia nazista, surgida na Alemanha, após a primeira
guerra mundial, e colocada em prática como política de estado no governo de Adolf Hitler,
é correto afirmar que
a) apoiava o liberalismo econômico representado no livre mercado; era antimarxista,
representado na perseguição ao bolchevismo como inimigo mortal dos alemães.
b) defendia o arianismo com a ideia de superioridade racial e extermínio de “raças” ditas
inferiores; pregava o antissemitismo como forma de preconceito religioso e racial.
c) postulava o nacionalismo extremado e a superioridade da Alemanha; propunha a
germanização dos povos judeus para estabelecer a igualdade racial entre as nações.
d) tinha apreço pela democracia e pela liberdade de expressão do pensamento; defendia
o culto à personalidade, com a exaltação do seu líder político.
e) era a favor do pluripartidarismo e da democracia liberal e representativa na política;
exaltava a guerra como forma de obter a expansão territorial, o chamado espaço vital.
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Apesar de termos abordado o nazismo na aula sobre história contemporânea, é importante


destacar que há um crescimento de grupos neonazistas no Brasil e no Maranhão, grupos
esses que deverão ser combatidos pelas forças policiais, cargo para o qual se candidata.
Isto posto, a alternativa b apresenta todas as características do nazismo que têm sido
disseminadas principalmente através da internet.
Letra b.

025. (UEMA/2022) A charge faz referência à crise energética de 2021, que elevou os valores
do quilowatt balizados por bandeiras de cores que passaram ao patamar mais elevado,
o vermelho.
Naquele momento, os reservatórios das usinas hidrelétricas estavam em níveis baixíssimos,
mesmo sem aumento do consumo de energia elétrica, já que o país passava por retração do
mercado, aumento da inflação e diminuição da produção por causa da pandemia causada
pelo Sars-Cov-2.

https://web.facebook.com/guilhermecerveira

A crise retratada na charge tem como justificativa as seguintes causas:


a) a falta de planejamento da gestão hídrica por parte do governo e o déficit hídrico.
b) a centralização da política nacional nos estados da federação e o deslocamento da ZCAS
para o oceano.
c) a manutenção do horário de verão pelo governo e o ciclo climático de poucas chuvas.
d) o excessivo poder da Agência Nacional de Energia e o El Niño que causa secas no Sul do
país.
e) a política de estatização das empresas energéticas e o La Niña que causa secas no
Nordeste do país.
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Questão de interpretação. O documento (charge) é uma crítica ao governante que, pela tv,
pede para que a população apague pontos de luz ao invés de apresentar soluções plausíveis.
Letra a.

026. (UEMA/2022) Estudos contemporâneos sobre o racismo delineiam uma conexão


genealógica entre escravidão grega e o racismo, conforme a charge.

http://www.junial.com.br/chargecartum/

A relação entre os dois conceitos está contemplada na seguinte afirmativa:


a) Para Aristóteles, a escravidão é determinada pela natureza, pois o senhor se sobrepõe
ao escravo, sendo os gregos superiores aos outros povos. O racismo se estrutura pela
discriminação de raças inferiores, definidas por outras superiores.
b) Para Platão, o escravo é uma necessidade para a cidade, de tal modo que o senhor deve
impor sua vontade para que o escravo a execute. O racismo refuta a sobreposição do indivíduo
ao outro, pois o conceito surge na modernidade, alicerçado nos pilares: fraternidade,
igualdade e liberdade.
c) Em Aristóteles, é impossível o escravo ser livre, pois a natureza o define sempre por
escravo: um ser inferior. No racismo, a raça branca ignora a liberdade, por entenderem que
essa é um desejo só de raças inferiores.
d) Em Platão, o escravo grego habita o ambiente doméstico, o que favorece ao cidadão
pensar as novas formas da cidade perfeita. O racismo é próprio de pessoas conservadoras,
como os gregos, que imaginam o modelo da sociedade perfeita.
e) Para Aristóteles, os escravos eram prisioneiros de guerra com uma natureza corporal
privilegiada. O racismo é a determinação dos homens mais capacitados (biogenética e
economia) em relação às outras raças, como os asiáticos.

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História do Maranhão
Daniel Vasconcellos

Essa é uma questão e filosofia, no entanto, serve-nos por se tratar da banca organizadora
do certame. Aristóteles é racista, já que defende a superioridade do grego em relação a
outros povos. De todo modo, a charge aponta que a conquista de direitos é um processo.
Letra a.

027. (UEMA/2022) O filósofo camaronês, Achille Mbembe, descreve que o avanço do


neoliberalismo produz o fim do trabalho, criando o sujeito sem trabalho (“Já não há
trabalhadores propriamente dito”) que gera uma “humanidade supérflua”, um ser totalmente
abandonado, inútil para o sistema capitalista. De modo que os indivíduos se veem diante
de uma “vida psíquica”, prisioneira de uma patologia de sintomas como memória artificial
e modelados pela neurociência e neuroeconomia, originando um novo sujeito humano que
só tem uma possibilidade, o sujeito “empreendedor de si mesmo”. A pessoa neoliberal se
caracteriza por ser um “sujeito do mercado e da dívida”, ou seja, uma “forma abstrata já
pronta”. Ele fica puramente dependente de elaborar uma reconstrução de sua “vida íntima”
para se ofertar ao mercado como uma mercadoria. Por isso, o homem novo é composto
de capitalismo e animalismo, conceitos cindidos em outros tempos, agora motivados a se
conectarem.
MEMBE, A.. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1, 2018. Adaptado.

Segundo Achille Mbembe, o racismo, no neoliberalismo,


a) determina-se pelo pensamento decolonial, que produz uma ruptura com a colonização
e questiona o sistema econômico neoliberal do ocidente como único caminho a todos os
povos, sugerindo o racismo reverso.
b) propõe a biopolítica que pretende gerar igualdade, rompendo com o sistema de desigualdade
de raças pelo colonialismo e aniquilando as formas de gestão da vida dos indivíduos.
c) define-se pela discriminação positiva, aplicação de cotas e programas de acesso às
instituições sociais das minorias, de mulheres e de homens negros e afrodescendentes,
enquanto enrobustecimento da discriminação racial.
d) suplanta o colonialismo e o imperialismo, pela regimentação do totalitarismo no avanço
da economia capitalista, que explora os indivíduos sem discriminação, exceção das religiões
ao criticar o sistema neoliberal.
e) tem como a sua principal finalidade a gestão da morte dos indivíduos, pelo qual o
racismo é a necropolítica, que atualiza a antiga opressão do negro como modelo universal
do assujeitamento de todos pelo racismo capitalista.

Questão de interpretação de texto. O filósofo aponta o capitalismo e o neoliberalismo como


balizadores de uma nova forma de estruturação da vida.
Letra e.

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028. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) A Batalha do Jenipapo foi um movimento


a) contra as forças nacionalistas que lutavam pela independência política do Brasil.
b) decisivo para a consolidar a independência e a configuração geográfica do Brasil.
c) organizado pelos portugueses para resistir ao processo de independência do Brasil.
d) idealizado pela burguesia, que defendia o pacto colonial entre Portugal e Brasil.
e) promovido pelos estados do Nordeste que pretendiam se separar do Brasil.

A Batalha de Jenipapo foi importante fator para garantir que o Maranhão se consolidasse
como território do Império Brasileiro
Letra b.

029. (FCC/SEGEP/MA/ANALISTA AMBIENTAL/2016) Em relação a organização espacial da


cidade de São Luís do Maranhão:
a) O espaço urbano e sua paisagem expressam-se fragmentados e interligados por políticas
territoriais urbanas.
b) A cidade possui um amplo segmento da população que se organizou a partir dos princípios
constitucionais como: moradia, saúde, segurança e dignidade.
c) A cidade possui uma organização trivial das cidades subdesenvolvidas, na qual a divisão
do território urbano, se dá pela definição de periferia e centro.
d) São Luís é uma cidade em harmonia que se processa evidenciando um antagonismo dada
a intensidade e veloz metamorfose urbana que não reflete a sua história.
e) São Luís é uma cidade segregada mas nas últimas décadas vem experimentando uma
forte transformação territorial para reduzir as desigualdades sociais.

Como na maioria das cidades de países subdesenvolvidos, São Luís apresenta uma divisão
do espaço em que a desigualdade social é vista quando comparamos a periferia e o centro
da cidade.
Letra c.

030. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) Em 1684, eclodiu uma revolta de proprietários de terra


no Maranhão, conhecida por Revolta de Bequimão. Os revoltosos posicionaram-se
a) contra o monopólio da companhia de comércio e contra os jesuítas.
b) contra a escravidão dos africanos e dos indígenas maranhenses.
c) a favor da catequização dos indígenas realizada pelos jesuítas.
d) a favor do monopólio real sobre a exploração dos produtos da região.
e) contra a expulsão dos jesuítas determinada pela coroa portuguesa.
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Querido(a), como vimos, a Revolta de Bequimão foi resultado do monopólio da companhia


de comércio, pelo não cumprimento do fornecimento de mão-de-obra escrava, e da
interferência dos jesuítas, que proibiam a escravização de indígenas.
Letra a.

031. (FCC/PM/MA/SOLDADO/2006) A Balaiada foi uma revolta que ocorreu na província


do Maranhão, no período regencial (1831-1840). Ela estava inserida no contexto histórico
de grande efervescência política nas províncias do Brasil. Identifique as afirmações que
estejam associadas corretamente ao contexto socioeconômico e político na qual emergiu
essa revolta.
I – Como outras revoltas do período, a Balaiada limitou-se a uma disputa política entre
membros das elites locais, de um lado os conservadores e do outro os liberais.
II – As divergências políticas entre líderes e à falta de unidade entre os rebeldes acarretaram
o declínio do movimento, facilitando sua derrota pelas tropas do governo.
III – Os líderes populares da revolta eram liberais e tinham como objetivos principais a
proclamação de uma República democrática e a distribuição igualitária da terra.
IV – A revolta aglutinou imensa massa de excluídos, que acabou atemorizando os grandes
proprietários e mobilizando as autoridades regenciais contra os insurrectos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

A Balaiada foi um movimento popular que não tinha um plano ideológico. Representou mais
a insatisfação com os desmandos do governo, a miséria da população e a imposição de um
presidente da província. Devido à falta de organização, acabou se enfraquecendo diante
das forças do Governo Regencial.
Letra d.

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032. (PREFEITURA DE LUCÉLIA/SP/MÉDICO PEDIATRA/2019) A respeito da história do Brasil


leia o trecho abaixo: A Balaiada foi uma luta popular que sucedeu durante os anos de 1838 e
1841. A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com
a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O nome dessa luta popular
provém dos “balaios”, nome dos cestos fabricados na região. Onde ocorreu a Balaiada?
a) nos municípios de Espirito Santo.
b) na província do Maranhão.
c) no estado de Santa Catarina.
d) Nenhuma das alternativas.

Muito fácil. A balaiada é cobrada pela banca justamente por ter acontecido no Maranhão.
Letra b.

033. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. A adesão da Província do Maranhão à
independência do Brasil resultou da derrota militar de parte da elite maranhense que
defendeu, por meio das armas, a manutenção dos laços com Portugal, a despeito das
estreitas relações existentes entre o Maranhão e a Corte no Rio de Janeiro. As tropas
portuguesas, mesmo tendo vencido a Batalha de Jenipapo, foram derrotadas por Thomas
Cochrane em São Luís.

Thomas Cochrane era um corsário britânico contratado por D. Pedro. Lutou ao lado dos
brasileiros na batalha de Jenipapo para expulsar os portugueses.
Errado.

034. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. A Balaiada, que sofreu violenta repressão
comandada pelo coronel do Exército Luiz Alves de Lima, foi um movimento de composição
social complexo, pois agregou artesãos, escravos, libertos e pequenos proprietários das
províncias do Maranhão e Piauí contrários à opressão dos governos locais.

A questão é uma pegadinha. Entenda: a revolta dos grupos sociais listados no enunciado
se deu contra o autoritarismo do governo central, do governo regencial, e não local.
Errado.

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035. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) Acerca da história do Maranhão no período republicano,


julgue os próximos itens. O domínio do chefe oligárquico Victoriano Freire sobre a política
maranhense foi desafiado na década de 60 do século XX, quando José Sarney, com propostas
modernizadoras, despontou como liderança estadual e opositor a Victoriano.

Sarney apregoava em seus discursos o “Maranhão Novo” para fazer contraste à “velha
política” praticada pelo coronelismo de Vitorino Freire.
Certo.

036. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) Acerca da história do Maranhão no período republicano,


julgue os próximos itens. Após a conturbada adesão do Maranhão à República, a ordem foi
estabelecida a partir da ação das lideranças que já atuavam na política maranhense desde
meados do século XIX.

O comandante do Exército em São Luís, o coronel João Luis Tavares, no dia 18 de novembro,
reuniu a tropa nas primeiras horas da manhã, declarando a Adesão do Maranhão à República.
Desse modo, o presidente do Maranhão, Tito Augusto Pereira de Matos, foi deposto. Em
seguida, nomeou a Junta Provisória Governativa. Em solenidade simples, rápida e sem a
presença do povo, que assistia passivamente e sem entender o que acontecia no palácio,
a Junta Governativa presidida pelo coronel João Luís Tavares tomou posse. Portanto, não
foram as elites que dominavam a política maranhense aderiu à República.
Errado.

037. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) Foi a partir do estabelecimento dos franceses no Maranhão,
onde fundaram São Luís, na primeira metade do século XVII, que os portugueses passaram
a demonstrar interesse por se instalar na porção setentrional de sua colônia americana.
Considerando-se essa informação, é correto afirmar que a mudança de comportamento
da metrópole deveu-se, entre outros fatores,
a) à ideia de que a região não se adaptava aos padrões econômicos mercantilistas vigentes.
b) aos riscos efetivos de perda territorial, o que a levou à luta contra os franceses.
c) à necessidade de fazer da região norte um ponto de apoio na guerra pelo fim da União
Ibérica.
d) ao objetivo estratégico de explorar as conhecidas riquezas minerais da região.
e) ao interesse de promover a conexão econômica entre o Norte e a bacia do rio da Prata.
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Durante o processo de expansão marítima europeia, rezava um acordo internacional chamado


Uti possidetis ou uti possidetis iuris, um princípio de direito internacional segundo o qual os
que de fato ocupam um território possuem direito sobre este. Diante disto, os portugueses
se viram obrigados a colonizar a região para não perder sua posse.
Letra b.

038. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida
em 1755, voltada ao desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer preços
atraentes para os produtos que a região deveria exportar para o mercado europeu, foi
instituída pelo Marquês de Pombal e denominada
a) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
b) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
c) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
d) Companhia das Índias Ocidentais.
e) Companhia Comercial do Governo Geral.

Querido(a), não confunda a Companhia do Comércio do Maranhão (1682) com a Companhia


do Comércio do Maranhão e Grão-Pará (1755). A primeira estudamos quando tratamos da
Revolta de Bequimão. A segunda foi criada pelo Marquês de Pombal objetivando o comércio
intercontinental de escravos africanos.
Letra b.

039. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) Uma das mais conhecidas revoltas ocorridas no período
colonial brasileiro, a Revolta de Bequimão envolveu, na segunda metade do século XVII,
colonos do Maranhão liderados por Manuel Beckman contra as autoridades metropolitanas.
A respeito desse acontecimento, assinale a opção correta.
a) A dificuldade para a obtenção de escravos negros e alguns produtos da metrópole está
na raiz do referido movimento.
b) Visando minimizar os efeitos da revolta, os colonos optaram pela não ocupação dos
armazéns da companhia de comércio existente na época.
c) O forte sentimento religioso dos colonos explica o fato de os jesuítas terem sido mantidos
livres durante a revolta.
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d) Ao assumir o governo local, Bequimão logrou resolver os problemas que afligiam os


colonos, o que pôs fim à revolta.
e) Anistiado, Bequimão voltou a Portugal e, na metrópole, chegou a ocupar importantes
cargos na administração real.

A Revolta de Bequimão ocorreu devido ao não cumprimento do fornecimento de mão de


obra escrava africana por parte da Companhia do Comércio do Maranhão.
Letra a.

040. (CESPE/PM/MA/TENENTE/2017) No que diz respeito à história do Maranhão nos períodos


colonial e imperial, julgue os itens subsequentes. No início do século XX, difundiu-se a ideia
de que a cidade de São Luís, fundada por Jerônimo de Albuquerque após a expulsão dos
franceses da região, teria sido fundada pelos franceses.

São Luís é a única cidade brasileira fundada por franceses, no dia 8 de setembro de 1612,
posteriormente invadida por holandeses e por fim colonizada pelos portugueses.
Certo.

041. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) O britânico cuja ousadia nas guerras napoleônicas lhe
valeu a alcunha de “lobo do mar” e que, no Brasil, atuou decisivamente nas guerras pela
independência, tendo sido agraciado com o título de marquês do Maranhão após sua vitória
sobre as tropas portuguesas, foi
a) Thomas Cochrane.
b) Robert Southey.
c) Henry Koster.
d) Robert Walsh.
e) John Armitage.

Thomas Cochrane era um corsário britânico contratado por D. Pedro. Lutou ao lado dos
brasileiros na batalha de Jenipapo para expulsar os portugueses.
Letra a.

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042. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/


ESPECIALIDADE: HISTÓRIA/2017) A respeito da Companhia Geral de Comércio do Grão-
Pará e Maranhão, assinale a opção correta.
a) A companhia, que detinha o monopólio do comércio de diversas mercadorias com o
objetivo de evitar o contrabando e sonegação de impostos, submetia-se ao poder do Estado
do Grão-Pará e Maranhão.
b) A criação da companhia ocorreu no contexto de autonomia do Estado do Grão-Pará e
Maranhão, em relação ao Brasil, que permitia que o estado tivesse, inclusive, governador
próprio.
c) As atividades da companhia não incluíram o comércio de escravos, já que era mais comum,
na região, o uso da mão-de-obra indígena.
d) Com o desmembramento do Estado do Grão-Pará e Maranhão a companhia também foi
extinta, o que resultou em uma súbita redução nas exportações do Maranhão e do Pará.
e) A companhia, apesar de deter o monopólio das exportações, atuou em consonância com
os interesses dos produtores locais.

O Marquês de Pombal autorizou a criação da companhia com intuito de promover o comércio


de escravos para a região. Importante destacar que o Estado do Grão-Pará e Maranhão não
fazia parte da colônia brasileira. Era uma colônia independente subordinada diretamente
a Portugal.
Letra b.

043. (FGV) As tentativas francesas de estabelecimento definitivo no Brasil ocorreram


entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII. As regiões que
estiveram sob ocupação francesa foram:
a) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial);
b) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial);
c) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
d) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
e) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica).

A tentativa de construção da França Antártica ocorreu no ano de 1555, quando a região


da Baía de Guanabara (no atual estado do Rio de Janeiro) foi invadida pelos franceses,
ação liderada pelo almirante Nicolau Villegaignon. Os franceses só foram expulsos dessa
região pelos portugueses em 1567, no Governo-Geral de Mem de Sá. Já a chamada França
Equinocial foi fundada no litoral do atual estado do Maranhão em 1612. Foi a segunda
tentativa dos franceses de se estabeleceram no Brasil, dessa vez sob a liderança de Daniel
de La Touche. Os franceses só foram expulsos do Maranhão em 1615.
Letra d.

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044. (BRASIL ESCOLA) Sobre as invasões francesas na colônia americana de Portugal, indique
a alternativa incorreta.
a) No século XVI, mais especificamente no ano de 1555, os franceses fundaram a chamada
França Antártica na Baía de Guanabara (atual Rio de Janeiro).
b) Após duas tentativas malsucedidas de estabelecimento de uma civilização francesa, nos
séculos XVI e XVII, no Brasil colonial, os franceses passaram a saquear, através de corsários
(piratas), algumas cidades do litoral brasileiro, no século XVIII.
c) No ano de 1615, os franceses venceram os portugueses e permaneceram no Maranhão.
Mas ao não conseguirem obter lucros com o comércio na região, deslocaram-se para a região
das Guianas, onde fundaram uma colônia, a chamada Guiana Francesa.
d) Os Tamoios foram os principais povos indígenas que perpetuaram aliança com os franceses.
Desse acordo surgiu a Confederação dos Tamoios – aliança entre diversos povos indígenas
do litoral (tupinambás, tupiniquins, goitacás, entre outros) que possuíam um objetivo em
comum: derrotar os colonizadores portugueses.

Os franceses não venceram os portugueses no Maranhão, foram sim derrotados, levando-


os, assim, a colonizar a região da Guiana Francesa.
Letra c.

045. (BRASIL ESCOLA) Considerando a letra A para a França Antártica e a letra B para a
França Equinocial, preencha os parênteses de acordo com as características específicas de
cada uma dessas tentativas de colonização francesa no litoral do Brasil colonial.
1 ( ) A maior parte dos colonizadores era formada por protestantes franceses que fugiam
da perseguição dos católicos em sua terra natal.
2 ( ) A área invadida se localizava no litoral maranhense, onde hoje se localiza a cidade de
São Luís.
3 ( ) A derrota para os portugueses fez com que os franceses se deslocassem para a região
das Guianas, formando a Guiana Francesa.
4 ( ) A aliança com os tamoios originou a Confederação dos Tamoios, uma união de tribos
indígenas que lutavam contra a ocupação portuguesa no litoral do atual estado do Rio de
Janeiro.
5 ( ) A derrota dessa tentativa de colonização francesa levou os portugueses a constatarem
que era necessário povoar a região para evitar novas investidas, o que originou a fundação
da Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro.
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Qual alternativa abaixo indica a sequência correta de preenchimento?


a) A; A; A; B; B.
b) B; A; B; A; B.
c) A; B; A; B; A.
d) A; B; B; A; A.
e) A; B; B; A; B.

As afirmações 1, 4 e 5 são referentes à França Antártica, instalada no Rio de Janeiro. Já as


afirmativas 2 e 3 se referem à França Equinocial, instalada no Maranhão.
Letra d.

046. (MUNDO EDUCAÇÃO) Além de ocuparem o Rio de Janeiro, os franceses estabeleceram-


se também em outra cidade. Que cidade era essa?
a) Manaus
b) Campos Grande
c) Olinda
d) São Luís
e) João Pessoa

A cidade de São Luís foi ocupada pelos franceses no século XVII, especificamente a partir
do ano de 1612, quando nela desembarcaram quinhentos homens liderados por Daniel La
Touche. Tal ocupação durou até 1615, quando os franceses foram expulsos pelas tropas
de Alexandre de Moura.
Letra d.

047. (CESPE/TJ/RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) O recrutamento de colonos para povoar


regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das
medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial
claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos
privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo
governo de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da
África, para a região Norte brasileira foi motivada:
a) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no
centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia.
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b) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente
pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais
regiões da colônia.
c) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das atividades
dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos
da colônia.
d) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal
ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia,
controlar a estratégica bacia platina.
e) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as
populações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida.

A região do Rio Grande do Norte fica no extremo do território brasileiro e na área central
da região nordeste, favorecendo a exploração e monitoramento da região nordeste do país.
Letra b.

048. (FCC/SEPLAG/PM/MG/PROFESSOR/HISTÓRIA/2012) Com as Grandes Navegações os


europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram suas atividades
econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nesse processo de expansão,
o contato dos europeus com os povos distantes caracterizou-se pelo
a) intercâmbio esporádico, dificultado pelas diferenças linguísticas e hábitos culturais
divergentes.
b) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos desenvolvidos
e com enormes riquezas industriais.
c) convívio pacífico, incentivado pelos ideais religiosos cristãos, que fundamentavam a
evangelização e a prática da tolerância.
d) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendices e
lendas que marcavam o imaginário europeu.

Meu(minha) caro(a), o estranhamento diante das diferenças culturais e a crença na


superioridade do europeu cristão, levaram os índios a serem subjugados, tanto para atividade
escravagista, quanto na aculturação das missões jesuítas.
Letra d.

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049. (FCC/TJ/AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Uma das estratégias da Coroa Portuguesa,


para a administração de sua colônia na América, foi a instituição das capitanias hereditárias,
cada qual a cargo de um donatário. Eram atribuições do donatário
a) representar o rei, administrar a justiça, distribuir sesmarias.
b) negociar livremente e vender pelo melhor preço a capitania recebida, cobrar impostos,
criar regras locais.
c) defender o território, estabelecer comércio internacional, viabilizar o tráfico indígena
para outras colônias portuguesas.
d) conquistar capitanias vizinhas, fundar vilas, apoiar as missões jesuíticas.
e) arrendar sesmarias, barrar as entradas e bandeiras, erguer igrejas e colégios.

b) Errada. Porque o donatário não poderia negociar a capitania recebida.


c) Errada. Porque o donatário também não poderia estabelecer comércio internacional a
não ser que exclusivamente com Portugal. Além disso, a colônia portuguesa não realizava
o tráfico de indígenas.
d) Errada. Porque o donatário não poderia conquistar capitanias vizinhas já que eram
doadas pela Coroa.
e) Errada. Porque o donatário não podia barrar as entradas e bandeiras.
Letra a.

050. (FCC/PM/AP/SOLDADO/2017) Em diferentes momentos históricos, houve disputas


entre portugueses e demais colonizadores europeus pela ocupação da região do Amapá.
Durante o período colonial, um episódio, que exemplifica essas disputas é o da:
a) expulsão dos holandeses, por tropas portuguesas e brasileiras, quando estes ocuparam
inicialmente o Nordeste e estenderam seus domínios por toda a região Norte.
b) reivindicação dessa região pela França como sendo parte de seu território além-mar,
apesar da divisão territorial em favor de Portugal ter sido oficializada pelo Tratado de
Utrecht.
c) construção da Fortaleza de São José de Macapá, para proteger a região da constante
invasão de piratas ingleses e de embarcações russas atraídos pelos minérios e pelo comércio
da borracha.
d) assinatura do Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal, que retirou a região do
Amapá e suas adjacências da possessão da Coroa espanhola, após diversos conflitos coloniais.
e) decretação da Guerra da Lagosta, entre colonos portugueses e franceses, uma vez que
habitantes da Guiana Francesa pescavam ilegalmente lagostas no litoral brasileiro.
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a) Errada. Porque a Holanda não estendeu seus domínios até o Amapá.


c) Errada. Porque fala em embarcações russas, o que nunca aconteceu.
d) Errada. Porque o Tratado de Tordesilhas fora realizado antes mesmo de que os primeiros
navegadores europeus passassem pelo litoral do Amapá.
e) Errada. Porque a Guerra da Lagosta aconteceu apenas em 1960.
Letra b.

051. (FCC/SEDU/ES/PROFESSOR/HISTÓRIA/2016) As reformas pombalinas, no período


colonial, foram um conjunto de medidas decretadas pelo governo português, que, entre
outras mudanças, acarretaram a
a) fundação das companhias de comércio como a Companhia das Índias Ocidentais, para
incrementar a exploração colonial e as trocas comerciais.
b) proibição da instalação de manufaturas, a fim de revitalizar o Pacto Colonial e reforçar
o poder português sobre a colônia, em plena atividade mineradora.
c) expulsão da Companhia de Jesus do território colonial brasileiro sob acusações de
conspiração, e o confisco de seus bens pelo Estado.
d) centralização do poder sobre a colônia pela Coroa portuguesa mediante a extinção de
órgãos administrativos e de cargos importantes, como o de vice-rei.
e) flexibilização da cobrança de impostos em troca de maior apoio político da elite colonial,
a fim de evitar o contrabando e a sonegação fiscal.

Atenção aluno(a)! Uma das ações de Pombal mais cobradas pela banca é justamente a
expulsão dos jesuítas da Colônia Portuguesa.
Letra c.

052. (FCC/TJ/AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/2014) No século XVIII,


tiveram grande impacto na administração colonial as chamadas reformas pombalinas, que
resultaram, entre outras consequências, na
a) criação de um governo geral como forma de centralizar a defesa e a administração em
Salvador, capital da colônia.
b) concentração de poderes nas mãos do marquês de Pombal, que passa de ministro a rei
em virtude do êxito político e econômico de suas medidas.
c) opção pela monocultura da cana como carro-chefe da economia colonial, sendo o engenho
transformado em unidade administrativa autônoma.

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d) abertura dos portos para nações amigas, levando à flexibilização do comércio, ao surgimento
de arraiais e ao desenvolvimento da vida urbana.
e) expulsão dos jesuítas de Portugal e de suas colônias, acompanhada do confisco de seus
bens e da dispersão dos índios abrigados nas missões.

Pombal expulsou os jesuítas da Colônia portuguesa.


Letra e.

053. (FCC/MPE/RN/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2010) Durante a União


Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do interesse expansionista
de Filipe II da Espanha, tendo em vista
a) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares no interior da
capitania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no mercado consumidor de produtos
tropicais.
b) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente de holandeses,
que estabeleciam fortes laços de aliança com os indígenas da tribo potiguar no sertão
nordestino.
c) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à colônia e
exploração de todas as terras da costa brasileira, especificamente da região nordestina.
d) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos de povoamento,
a organização e a criação de órgãos administrativos capazes de promover a expulsão dos
franceses da capitania.
e) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões estrangeiras,
principalmente francesas, na capitania que colocavam em risco o domínio espanhol em
terras brasileiras.

A região do Rio Grande do Norte fica no extremo do território brasileiro e na área central
da região nordeste, favorecendo a exploração e monitoramento da região nordeste do país.
Letra c.

054. (FGV/SEAD/AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2010) “A conquista e ocupação da


Amazônia, no período colonial, foram empreendimentos conduzidos pelo Estado, planejados
e executados com prioridade política pelo governo metropolitano” (Freitas Rezende, Tadeu
Valdir. In: A conquista e a ocupação da Amazônia brasileira no período colonial: a definição
das fronteiras).
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A partir do texto, analise as afirmativas a seguir.


I – Em 1621, a administração do Estado do Maranhão e Grão-Pará, entidade política autônoma
e independente do Estado do Brasil, passou a ser diretamente subordinada ao governo de
Lisboa, iniciando-se um processo irreversível de exploração e penetração territorial pela
vasta rede hidrográfica amazônica.
II – Na primeira metade do século XVIII, Portugal passou a priorizar a definição de suas
fronteiras coloniais com o propósito de revisar os acordos anteriores de limites e abolir o
Tratado de Tordesilhas.
III – A aproximação das Coroas Ibéricas favoreceu as negociações diplomáticas que resultaram
na assinatura, em 1750, do Tratado de Madri, que legalizou, pelo argumento de posse da
terra (uti possidetis) e pela busca de fronteiras naturais, a ocupação da Amazônia.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Todas as alternativas apresentam informações que foram tratadas ao longo de nossa aula.
Basta voltar aos temas para sanar qualquer dúvida.
Letra e.

055. (CESPE/TJ/RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) O recrutamento de colonos para povoar


regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das
medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial
claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos
privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo
governo de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da
África, para a região Norte brasileira foi motivada:
a) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no
centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia.
b) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente
pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais
regiões da colônia.

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c) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das atividades
dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos
da colônia.
d) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal
ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia,
controlar a estratégica bacia platina.
e) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as
populações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida.

Com receio de que a região fosse invadida por nações estrangeiras, especialmente franceses
e holandeses, a Coroa portuguesa decidiu povoar o norte brasileiro.
Letra b.

056. (CFSD/PM-PA) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Portuguesa
proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. O efeito concreto
dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do novo
continente recém descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração compulsória
da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi negociada a
expansão colonialista portuguesa.
d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de exploração
do trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portugueses e
autoridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.

Apesar da proibição da utilização da mão de obra escrava indígena, a Coroa portuguesa não
criou mecanismos para fornecimento de mão de obra escrava africana. Isso gerou conflitos
entre os colonos que necessitavam de mão de obra e os jesuítas que protegiam os indígenas.
Letra d.

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057. (FGV/PM/MA/SOLDADO COMBATENTE/2012) Quase um ano após o Grito do Ipiranga


(1822), a Província do Maranhão ainda se mantinha leal a Portugal e se recusava a aderir
ao movimento de independência de D. Pedro I.
A respeito do processo de adesão do Maranhão à independência do Brasil, assinale a
afirmativa correta.
a) A adesão foi atrasada pelas tropas do Ceará e do Piauí, que chegaram ao Maranhão nos
primeiros meses de 1823, e apoiaram a formação de uma confederação independente
reunindo as províncias do Nordeste.
b) A Batalha do Jenipapo (março de 1823) foi vencida pelos comerciantes portugueses e
pela elite sertaneja ligada ao comércio de gado para o Nordeste, que se recusavam a aderir
à independência.
c) Os comerciantes portugueses de São Luís e os grandes algodoeiros exportadores, mais
próximos de Lisboa do que do Rio de Janeiro, não aderiram à independência, preferindo
manter-se ligados à Coroa portuguesa.
d) A vila de Caxias, localizada na região produtora de algodão (vale do rio Itapecuru), foi
um dos focos de apoio à independência, em razão do descontentamento com o monopólio
comercial imposto pela Coroa portuguesa.
e) O almirante britânico Lorde Thomas Cochrane aportou em São Luís em julho de 1823,
após ter apoiado a independência da província da Bahia, com o intuito de aumentar a
presença inglesa no Atlântico Sul.

Thomas Cochrane era um corsário britânico contratado por D. Pedro. Lutou ao lado dos
brasileiros para expulsar os portugueses.
Letra e.

058. “Em 1682, foi criada a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão que recebeu
do Estado português o privilégio de monopolizar o comércio do açúcar e da arrecadação
dos impostos. Em troca, a empresa deveria fornecer escravos, utensílios, equipamentos e
alimentos aos colonos a juros baixos, criando uma relação comercial exclusiva.”
(Adaptado. LACOMBE, Américo Jacobina. História do Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1979.)

O não cumprimento desse acordo


a) permitiu a instalação de um governo autônomo no Maranhão.
b) foi o principal motivo para a revolta dos colonos maranhenses.
c) eliminou o Pacto Colonial e abriu os portos às potências estrangeiras.
d) estimulou o uso do trabalho livre para sustentar as atividades produtivas.
e) criou um mercado interno exclusivo para o Estado português.
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O não cumprimento da obrigação de fornecimento de mão de obra escrava africana foi o


principal motivo da eclosão da Revolta de Bequimão.
Letra b.

059. (FSADU/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/MA/PROFESSOR ENSINO FUNDAMENTAL 2007) É


recorrente, na literatura histórica, encontrar-se a expressão “Jornada Milagrosa” vinculada à:
a) expulsão dos franceses do Maranhão.
b) luta pela independência do Maranhão.
c) expulsão dos holandeses.
d) criação da Companhia de Comércio do Maranhão.
e) catequese indígena no Maranhão.

No livro “História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará”, de


1759, o padre José de Moraes relata a aparição de Nossa Senhora da Vitória entre os
batalhões portugueses em luta pela expulsão dos franceses. É recorrente, na literatura
histórica, encontrar-se a expressão “Jornada Milagrosa” sobre essa aparição que animou
os soldados durante todo o tempo da batalha e transformou areia em pólvora e seixos em
projéteis. Nossa Senhora da Vitória é considerada a padroeira de São Luís e a Catedral da
Sé da cidade recebe seu nome.
Letra a.

060. (BRASIL ESCOLA) As revoltas provinciais lutavam contra a estrutura centralizada do


poder político, buscando mais autonomia para as províncias. Entretanto, essas revoltas
iam contra os interesses da antiga oligarquia brasileira, que via no poder centralizado do
Império a garantia de seus privilégios. Sobre as revoltas provinciais pode-se dizer que o
principal resultado da repressão a elas foi:
a) A unidade territorial do país.
b) O fim da escravidão no Brasil.
c) A instauração de um regime federativo.
d) A perda de território no Sul do país.
e) O fortalecimento do liberalismo contra as políticas conservadoras.

A repressão às revoltas provinciais garantiu a unidade territorial do Brasil, com o fortalecimento


da estrutura centralizada de poder do Império.
Letra a.

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061. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/PROFESSOR/2014) “A origem política de


José Sarney no Maranhão, está a principio claramente associada à liderança do Senador
Vitorino Freire, chefe oligárquico que dominou a política maranhense de 1946 a 1965. O
período em que Sarney se insere no grupo vitorinista ocorre durante a gestão do Governador
Eugênio Barros.
(1951-1954)”. (MELO, Francivaldo. História do Maranhão. São Luís: Gráfica & Editora Alpha, 2009. p.184).

O trecho nos leva a concluir que:


a) A trajetória política de José Sarney está relacionada com os grupos menos favorecidos
na política local.
b) Atividade política de José Sarney tem sua gênese na sua relação com grupos tradicionais
da oligarquia maranhense
c) Sua ampla atividade política foi favorecida pela sua oposição ao governo Eugênio de
Barros, adversário político de Vitorino Freire, responsável direto pela trajetória inicial de
José Sarney na política.
d) O grupo vitorinista apoio José Sarney na eleição para concorrer com Eugênio Barros.
e) A origem política de José Sarney foi favorecida pela oligárquica maranhense e que fazia
oposição a Vitorino Freire e apoiava o grupo político de Eugênio Barros.

Como vimos, Sarney teve sua carreira política alçada durante o controle político de Vitorino
Freire no Maranhão.
Letra b.

062. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/FISCAL DE TRIBUTOS/2014) Apresentam-


se nesta questão quatro proposições:
I – A Balaiada foi um movimento de caráter popular. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade
de Caxias, este movimento teve grandes proporções chegando a ter repercussão no Piauí;
II – A formação de parque fabril têxtil foi um ponto importante na economia do Maranhão
no século XIX;
III – O senador Vitorino Freire instalou um governo aberto à mudanças no âmbito político,
conhecidas como vitorinismo;
IV – José Sarney foi o primeiro Governador do Estado do Maranhão durante o período militar
iniciando um período denominado de Maranhão Renovado.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) todas as proposições são verdadeiras.
b) todas as proposições são falsas.
c) somente a proposição II é verdadeira.
d) as proposições III e IV são falsas e as proposições I e II são verdadeiras.
e) as proposições I e II são falsas e as proposições III e IV são verdadeiras.
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I: Certa. A Balaiada foi um movimento popular que alcançou ressonância no Piauí. Os rebeldes
chegaram a tomar a cidade de Caxias.
II: Certa. No final do século XIX e em função da produção de algodão, o Maranhão teve uma
importante atividade econômica têxtil.
III: Errada. Vitorino Freire era autoritário, mandonista e coronelista. Portanto, não pretendia
mudanças no quadro político.
IV: Errada. Sarney foi sim o primeiro governador eleito durante o Regime Militar (1964-
1985), entretanto, seu slogan era “Maranhão Novo” em contrapartida à política coronelista
de Vitorino Freire.
Letra d.

063. (IMA/PREFEITURA DE CANAVIEIRA/PI/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL/2015)


Ocorreu no dia 13 de março de 1823 uma batalha decisiva para a independência do Brasil:
a Batalha do Jenipapo. Cearenses e maranhenses se juntaram ao povo do Piauí nessa
importante data histórica para lutar contra resistentes tropas portuguesas lideradas pelo
Major João da Cunha Fidié. A data é geralmente esquecida nas aulas de história do ensino
fundamental e médio, e apesar de ter sido de grande importância para todo o país, não é
facilmente encontrada em livros sobre o assunto. A respeito desse fato histórico, marque
a alternativa ERRADA.
a) Esse embate, que foi crucial para o processo de emancipação do Brasil, é lembrado até
hoje como um gesto de coragem, onde o bem da maioria se sobrepôs ao medo de perder
a vida.
b) A batalha aconteceu às margens do Rio Jenipapo, onde atualmente está localizada a
cidade Campo Maior, no Piauí.
c) A batalha do Jenipapo é conhecida como uma das mais sangrentas batalhas realizadas
no solo brasileiro. Isso se deve ao fato de que os brasileiros não foram para a luta com
armas de guerra, e sim com facões, machados, porretes e armas artesanais. Cerca de 1200
brasileiros foram mortos e outros 542 foram feitos prisioneiros por Portugal, enquanto
116 portugueses morreram e 60 ficaram feridos.
d) A batalha se iniciou após terem sido descobertas as intenções do comandante das tropas
portuguesas: manter a região sob o domínio português para abafar os movimentos de
independência que se desenvolviam na área.

Cerca de 200 brasileiros foram mortos e não 1200. Outros 542 foram feitos prisioneiros
por Portugal, enquanto 116 portugueses morreram e 60 ficaram feridos.
Letra c.

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064. (RACHA CUCA) Quem foi, provavelmente, o primeiro europeu a cruzar o litoral
maranhense em 1500?
a) Vicente Yáñez Pinzón
b) Manuel Beckman
c) Lord Cochrane
d) Manuel Francisco dos Anjos Ferreira
e) Gonçalves Dias

A expedição do espanhol Vicente Yáñez Pinzón foi a primeira a navegar a costa do atual
estado do Maranhão.
Letra a.

065. (RACHA CUCA) Quais Foram os primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde
hoje se encontra o Estado do Maranhão?
a) Ingleses
b) Franceses
c) Holandeses
d) Espanhóis
e) Americanos

A expedição do espanhol Vicente Yáñez Pinzón foi a primeira a navegar a costa do atual
estado do Maranhão.
Letra d.

066. (NUCEPE/PREFEITURA DE PARNARAMA/MA/FISCAL SANITÁRIO/2014) Uma das


características do Estado do Maranhão é sua riqueza de diversidades e manifestações
culturais. As lendas e os mistérios povoam a mentalidade popular do Estado. Entre as
lendas do Maranhão tem uma que é a mais popular na cidade de São Luís. Assinale esta
manifestação cultural da capital maranhense.
a) A lenda de Dom Sebastião.
b) Manguda.
c) Ana Jansen e sua carruagem encantada.
d) Da Fonte do Ribeirão.
e) Bumba meu boi.
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Ana Joaquina Jansen Pereira, também conhecida como Donana, (São Luís do Maranhão,
1787 – 11 de abril de 1869), foi uma empresária e política brasileira, que se tornou uma
personagem controversa na história do Maranhão. Por sua crueldade com seus escravos,
criou-se uma lenda sobre seu espírito vagar pelas ruas de São Luís, conduzindo uma
carruagem fantasmagórica.
Letra c.

067. (UEMA/2013) O Bumba meu boi é considerado como uma das manifestações de cultura
popular mais expressivas do Maranhão, reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico Artístico Nacional) como Patrimônio Cultural do Brasil. As mudanças inerentes a
essa manifestação sofrem influências identificadas nos seguintes conceitos sociológicos:
a) liberalismo, globalização, indústria cultural e sociedade civil.
b) indústria cultural, alienação, mercantilização e produção em massa.
c) mudanças sociais, mercantilização, socialismo e bens culturais.
d) ideologia capitalista, alienação, comunicação de massa e democracia.
e) indústria cultural, homogeneização cultural, consumismo e neoliberalismo.

A indústria cultural se aplica à manifestação cultural do bumba meu boi na medida em


que transforma o evento em uma atividade mercadológica, principalmente no que tange
o turismo.
Letra b.

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