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FACAM - FACULDADE DO MARANHÃO

YRLLAND SANTOS ALVES

RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL

São Luís – MA
2022
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3
2. CONCEITO .........................................................................................................4
3. FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS ...................................................................4
4. PRESSUPOSTOS ................................................................................................6
5. OBJETO ...............................................................................................................7
6. CREDORES SUBORDINADOS ........................................................................7
7. RENOVAÇÕES DE PEDIDOS ..........................................................................8
8. CONCLUSÃO .....................................................................................................10
REFERÊNCIAS ......................................................................................................11
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1.INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo abordar sobre a temática: Recuperação Judicial e
extrajudicial, baseando-se, por meio do princípio da legalidade, principalmente na Lei nº
11.101/2005, além disso na doutrina majoritária e na jurisprudência. Entende-se que esta
lei considera a retomada econômica de empresas a partir de restrições temporárias de execução
financeiras, protegendo a empresa recuperanda dos credores, dando-lhe tempo para reestruturar suas
dívidas. Ademais, incentiva os credores e fornecedores a auxiliá-las enquanto enfrentam tais
dificuldades

Sob a LREF (arts. 35, I, 41 e 45), o plano de recuperação judicial deve ser deliberado por
uma assembleia de credores, organizados em 4 classes: trabalhistas; credores com garantia real
(penhor, hipoteca, etc.); credores quirografários (sem garantia real); e microempresas e
empresas de pequeno porte. Se aprovado, dá-se alteração nos valores e formas de pagamento
dos créditos nos termos estabelecidos pelo plano (novação – art. 59); a rejeição, por sua vez,
acarreta a convolação da recuperação em falência (art. 73, III).

Do ponto de vista tributário, algumas alterações significativas foram implementadas com


o objetivo de, ainda que parcialmente, sanar críticas e questionamentos recorrentes acerca do
tratamento dos descontos obtidos pelo devedor para pagamento de suas dívidas, que segundo a
legislação fiscal são tratadas como receitas e sujeitas a tributação.
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2. CONCEITO

De acordo com Júnior Fazzio recuperar tem o significado de reconquistar, readquirir, tem
o sentido de restaurar. O legislador com objetivo de preservar a atividade comercial das
empresas, que muitas vezes fazem a maior parte para movimentar sistema econômico, colocou
no ordenamento jurídico brasileiro a recuperação judicial, a fim de preservar a atividade
econômica produzida no ramo empresarial.

3. FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS

Os princípios que dão norte ao tema processo de recuperação judicial, tem como
finalidade regular e equilibrar as decisões judiciais, com o intuito de salvar a empresa. Estes
princípios estão contidos no artigo 47 que diz: ‘’A recuperação judicial tem por objetivo
viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir
a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores,
promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade
econômica’’.

O princípio do Valor social do trabalho, segundo Ferreira ‘’ numa indubitável reação


contra os que não vêem no trabalho mais do que uma mercadoria, a Igreja timbrou em reafirmar
o valor cristão do trabalho. Na verdade, o trabalho é ao mesmo tempo um direito e uma
obrigação de cada indivíduo. Como direito, deflui diretamente do direito à vida. Para viver, tem
o homem de trabalhar. A ordem econômica que lhe rejeitar o trabalho lhe recusa o direito a
sobrevier. Como obrigação, deriva do fato de viver o homem em sociedade, de tal sorte que o
todo depende da colaboração de cada um. (FERREIRA FILHO, 2010, p. 361).’’ Na
Constituição de 1988 (CF/88) encontramos a dignidade da pessoa humana e o valor social do
trabalho como fundamentos de construção da sociedade brasileira, inserta no Estado
Democrático de Direito. Assim, o trabalho é compreendido como instrumento de realização e
efetivação da justiça social, porque age distribuindo renda.

O princípio da livre concorrência encontra-se regulado pela constituição Federal no artigo


170 inciso IV. Em conformidade com a Constituição e os princípios fundamentais econômicos
a lei n.º 11.101/05 tem como princípio a livre concorrência, pelo qual o Estado vai atuar como
agente regulador, a fim de evitar deslealdade e manter o equilíbrio da economia, evitando-se
falhas de mercado. Embora uma empresa se encontre em recuperação judicial, ainda assim, ao
ser aprovado seu plano existe uma interferência na economia, que deve preservar o direito da
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livre concorrência. Nas palavras de Vicente Bagnoli é possível notar a relevância da


concorrência:
Fundamental para possibilitar maior variedade de produtos e
o aprimoramento da qualidade desses mesmos produtos
numa economia de mercado, a concorrência também
contribui para a redução de preços e a promoção do
desenvolvimento. A concorrência, portanto, ao promover o
desenvolvimento do mercado, beneficia os consumidores,
como também aprimora a economia de um país para
ingressar e permanecer competitiva no mercado externo,
sobretudo em tempos de globalização. (BAGNOLI, 2009, p.
260).

A fim de garantir direitos iguais para todos permanecerem no mercado, é dado aos
empresários em recuperação o princípio à livre concorrência. Armando Castelar Pinheiro
(2010) diz que:

A competição reflete a disputa entre empresas pela


possibilidade de vender seus produtos para maior número
possível de clientes. É o principal mecanismo com quem uma
economia de mercado conta para garantir o seu bom
funcionamento. Em mercados competitivos, as empresas
precisam manter baixos custos e margens de lucro, oferecer
produtos de boa qualidade, e estar sempre inovando e
colocando novos produtos à disposição dos consumidores.
Caso contrário, correm o risco de serem expulsas do mercado
por concorrentes mais hábeis. (PINHEIRO, 2010, p. 355).

O princípio do pleno emprego diz respeito à proteção do trabalhador na manutenção do


trabalho, bem como o da função social. Na criação e aplicação de medidas de política
econômica deverá o Estado preocupar-se em proporcionar o pleno emprego, ou seja, situação
em que seja, na medida do possível, aproveitada pelo mercado a força de trabalho existente na
sociedade (TAVARES, 2013).

Este princípio se relaciona a valorização do trabalho humano e ao princípio da dignidade


da pessoa humana, tido como princípio de integração, ou seja, voltado à solução das
desigualdades regionais e sociais, com o intuito de proporcionar existência de postos de trabalho
para todos, impondo-se a intervenção do Estado no sentido de minimizar essa ocorrência.

Portanto, a busca do pleno emprego possui liame com o princípio da função social da
propriedade, além de sua evidente ligação com o princípio da valorização do trabalho humano.
A Lei de Recuperação de Empresas e Falência estabelece que o objetivo é viabilizar a superação
da crise do empresário, permitindo a manutenção da empresa, dos empregos e dos interesses
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dos credores, pautado na luta contra o desemprego e a retomada do desenvolvimento


econômico, aliando-se a busca do pleno emprego, preservando e otimizando a utilização
produtiva de bens, ativos e recursos produtivos.
A Viabilização da superação da situação da crise econômico-financeira do devedor de
acordo com Daniel Moreira do Patrocínio: ‘’A recuperação é o meio que permite que o devedor
se reestabeleça novamente no mercado, superando as dificuldades financeiras. Sobre o aspecto
nos ensina Daniel Moreira do Patrocínio (2013). Nota-se, por outro lado, que somente será
observado o princípio da superação da crise econômico-financeira, caso o benefício da
recuperação seja concedido em favor de empresas que, efetivamente, sejam capazes de transpor
o episódio de instabilidade nas relações jurídicas mantidas para o exercício de suas atividades
negociais. Assim, a concessão do benefício recuperatório em favor de empresas irrecuperáveis
resulta em verdadeira violação do princípio referido’’. (PATROCÍNIO, 2013, p.16,17).
O mesmo autor ainda ressalta que a recuperação judicial tanto para o devedor quanto para
os trabalhadores: ‘’ ora, como já sustentado, não possui o magistrado os instrumentos
adequados para obter com eficiência as informações relativas a real capacidade de soerguimento
da empresa em crise, cujo pedido recuperatório lhe apresenta. Além disso, o judiciário não
possui incentivos verdadeiros para que estas informações sejam identificadas, o que resultará
na imposição de externalidades excessivas aos credores do empresário em crise, aumentando
os custos sociais decorrentes da instabilidade da atividade negocial. (PATROCÍNIO, 2013,
p.17)’’.

4. PRESSUPOSTOS

Os requisitos da recuperação judicial estão presentes no artigo 48 da referida lei: ‘’Poderá


requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas
atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente’’:

I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em
julgado, as responsabilidades daí decorrentes;

II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;

III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com
base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;

(Revogado)
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III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com
base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)

IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.

Toda empresa que atenda às exigências dispostas na Lei 11.101/2005 pode pedir
recuperação judicial, se entender que é necessário. Nesse sentido, estão proibidas de solicitar o
recurso cooperativas de crédito, planos de saúde, empresas cujo capital seja misto e estatais.

5. OBJETO

Embora seja difícil para uma empresa, é mais benéfico a recuperação da empresa do que
sua extinção, tecnicamente chamada de falência. É disso que trata um pedido de recuperação
judicial. Portanto, ela tem como objetivo primário evitar a morte definitiva de uma
organização. E um segundo objetivo que é de recuperar a empresa do ponto de vista econômico
e financeiro para que a mesma volte a gerar valor para os seus acionistas. Esse é um tema de
grande interesse para o meio jurídico e empresarial

I - discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o


art. 50 desta Lei, e seu resumo;

II - demonstração de sua viabilidade econômica; e

III - laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito


por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.

Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos credores sobre
o recebimento do plano de recuperação e fixando o prazo para a manifestação de eventuais
objeções, observado o art. 55 desta Lei.

6. CREDORES SUBORDINADOS

A Lei 11.101/2005 (Lei de Falências) criou uma ordem de preferência no recebimento de


que tem direito os credores, com o objetivo de assegurar um tratamento equilibrado e
proporcional aos credores de uma mesma classe no processo falimentar. O pagamento das
obrigações do falido deve ser feito pelo administrador judicial, seguindo a ordem de preferência
por tipo de crédito, conforme segue:
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1. Créditos derivados da legislação do trabalho limitados a 150 salários mínimos por credor e
os decorrentes de acidentes de trabalho.

2. Créditos com garantia real (hipoteca, penhor) até o limite do valor do bem gravado.

3. Créditos de natureza tributária, exceto as multas tributárias.

4. Créditos com privilégio especial previstos no artigo 964 da Lei 10.406/2002 (Código Civil);
os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo eventual disposição contrária da atual
lei falimentar; e, aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada
em garantia.

5. Crédito com privilégio geral previstos no artigo 965 da Lei 10.406/2002 (Código Civil); no
artigo 67, § único, da Lei 11.101/2005; e, os assim, definidos em outras leis civis e comerciais,
salvo disposição contrária da atual lei falimentar.

6. Créditos quirografários, não mencionados nos itens '1' a '5', tais como, créditos representados
por duplicatas, notas promissórias, letras de câmbio, debentures sem garantia etc.; saldos de
créditos não coberto pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; e, saldos
de créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite de 150 salários mínimos.

7. As multas contratuais e as penas pecuniárias por infração às leis penais ou administrativas,


inclusive multas tributárias.

8. Créditos subordinados, previstos em lei ou contrato, tais como as debentures subordinadas


(artigo 58, § 4º, da Lei 6.404/1976); e, créditos de sócios e administradores sem vínculo
empregatício.

7. RENOVAÇÃO DE PEDIDOS

Na Recuperação Judicial implica novação dos créditos anteriores, os existentes a data do


pedido, ainda que não vencidos e obriga a todos os credores, ressalva feita aos fiscais,
conforme artigo. 59, caput, da LFRE:

"Art. 59. Caput. O plano de recuperação judicial implica novação


dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os
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credores a ele sujeitos, sem prejuízo das garantias, observado o


disposto no § 1o do art. 50 desta Lei."

A novação estabelecida pelo art. 59 da LRE é limitada em seus efeitos, pois não se
estende os coobrigados, fiadores e demais obrigados de regresso do empresário devedor.
Assim ao contrário do que em princípio fixado, a novação não extingue completamente a
obrigação original, que continua exigível dos coobrigados, fiadores e demais obrigados de
regresso na totalidade das condições em que foi inicialmente constituída.

Figura 1 – Gráfico sobre pedidos de recuperação judicial

Fonte: Serasa Experian

No ano de 2020, com o advento da pandemia do Corona Virus, inúmeras empresas


declararam falência devido o isolamento social. As empresas que não foram capazes de aderir
ao home office devido sua área de atuação foram extremamente prejudicadas e não conseguiram
se reerguer. Entretanto, os pedidos de recuperação judicial em abril de 2020 foram inferiores
devido muitos cartórios e varas judiciais não funcionarem normalmente. O crescimento dos pedidos
começa a partir do mês de abril de 2020, no ápice da pandemia.

Os dados da Serasa mostram que nos períodos de crise os pequenos negócios são os mais
vulneráveis e os mais impactados por processos de insolvência. Do total de 120 pedidos de
recuperação judicial feitos em abril, 53 foram de micro e pequenas empresas, 44 de
empresas médias e 23 de grandes empresas. De janeiro a abril, dos 377 casos no país, 226
envolveram pequenos negócios, 99 empresas de médio porte e 52 de grande porte.
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Nos 75 casos de requisição de falência, 39 foram conta micro e pequenas empresas,


20 contra grandes e 16 contra empresas médias. No acumulado no ano, dos 315 pedidos, 173
envolveram pequenos negócios, 85 grandes empresas e 57 as de média porte. (SERASA 2022).

CONCLUSÃO

Este estudo objetivou-se em tecer análises sobre a recuperação judicial e extrajudicial, as


informações estão contidas na Lei 11.101/2005. O tipo de pesquisa utilizado foi de revisão
bibliográfica, buscando sempre informações concisas de fontes confiáveis. Neste contexto,
entende-se que a Recuperação Judicial, além de evitar a falência, garante outros três grandes
benefícios: suspensão das ações em andamento contra o empresário em dificuldade financeira, dando
tempo para a empresa ou empresário elaborar um Plano de Recuperação Judicial compatível com a sua
instabilidade econômica; o alongamento e o parcelamento das dívidas e, por fim, o deságio, que consiste
em descontos para pagamento dos valores devidos.

Vale destacar que o olhar social instituído pela Recuperação Judicial para com o devedor
em crise, igualmente alterou significativamente o cenário anterior, uma vez que, até então,
o empresário ou a empresa em dificuldades eram vistos como não cumpridores de seus
compromissos, sendo presumida a má-fé ou grave inaptidão para o comércio e fazendo surgir
a constatação de que a quebra da empresa nem sempre se dá por grave culpa do comerciante,
não havendo motivos para a punição do falido inocente. O empresário não é o único a sentir as
consequências da crise da empresa, razão pela qual a ferramenta da recuperação judicial ganha
ainda mais importância.
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REFERÊNCIAS

COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à lei de falências e de recuperação de empresas. 11 ed.


rev. atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.

BEZERRA FILHO, Manoel Justino. Lei de recuperação de empresas e falências/Lei


11.101/05 comentada artigo por artigo. 8. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2013.

NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. 7. ed. São Paulo: Saraiva,
2012. Volume 3.

Tomo Direito Comercial, Edição 1, Julho de 2018.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada


em 5 de outubro de 1988.
PATROCÍNIO, Daniel Moreira do. Análise econômica da recuperação judicial de empresas.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013, p. 292.

FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Lei de falência e recuperação de empresas. 6 ed. São Paulo: Atlas,
2014, p.472.

Bezerra Filho, Manuel J. Lei de Recuperação de Empresas e Falência Comentada. 6ª Ed. RT.
P. 123.

Campinho, Sérgio, Falência e Recuperação de Empresa: O novo regime da insolvência


empresarial, p. 145, 3 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

Pimenta, Eduardo Goulart; Recuperação de Empresas: Um estudo sistematizado da nova lei


de falências; p.130, São Paulo; IOB Thomson, 2006.

PINHEIRO, Arnaldo Castelar. Direito, economia e mercados. Rio de Janeiro: Elsevier,2010,


p.553.

TAVARES, André Ramos. Direito constitucional econômico. São Paulo: Método, 2003. p.
217.

ALVARENGA. Darlan. Pedidos de recuperação judicial e falência crescem no país e


atingem mais as pequenas empresas.19/05/2020. Disponível em
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/05/19/pedidos-de-recuperacao-judicial-e-falencia-crescem-no-
pais-e-atingem-mais-as-pequenas-empresas.ghtml Acesso em: 04/dez/2022.

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