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Sumário
APRESENTAÇÃO 4
SOBRE ESTÁGIO E PRECEPTORIA 6
1. Eixo Cuidado em Saúde 9
1.1. Consulta assistencial 11
1.2. Consulta clínica 12
1.3. Orientação farmacêutica 13
1.4. Realização de atividades e palestras educativas 14
1.5. Dispensação de medicamentos (DISPENSAÇÃO I) 15
1.6. Preparo e distribuição dos imunobiológicos (DISPENSAÇÃO II) 17
1.7. Dispensação de kit de lesão medular (DISPENSAÇÃO III) 18
1.8. Dispensação de medicamentos do SAD (DISPENSAÇÃO IV) 20
1.9. Dispensação de medicamentos para as salas de medicação (DISPENSAÇÃO V) 21
1.10. Verificação dos documentos de solicitação de Autorização De Procedimento De Alta
Complexidade (APAC) 22
1.11. Orientação para renovação de Procedimento De Alta Complexidade (APAC) 23
2. Eixo Tecnologia e Inovação em Saúde 24
2.1. Controle Microbiológico 25
2.2. Controle Físico-Químico 27
3. Eixo gestão em saúde 30
3.1. Elaboração, implantação e atualização de POPs 31
3.2. Recebimento, triagem e armazenamento de imunobiológicos 32
3.3. Recebimento de medicamentos do componente especializado (CEAF) 33
3.4. Armazenamento e organização dos medicamentos – CEAF 34
3.5. Organização de documentos de arquivos do CEAF 35
3.6. Controle de estoque no sistema Hórus 36
3.7. Recebimento de medicamentos e materiais 39
3.8. Prevenção de perdas por validade 41
3.9. Verificação e registro diário de temperatura ambiente e de geladeira 42
3.10. Reposição dos itens do kit de urgência 43
3.11. Realização de inventário 44
3.12. Liberação de medicamentos para atividades externas programadas 45
3.13. Dispensação de kit de curativo 46

3
3.14. Acondicionamento de termolábeis 47
3.15. Acompanhamento de processos administrativos 48
3.16. Recebimento dos processos de forma virtual dietas/fraldas/medicamentos 50
3.17. Armazenamento de medicamentos 52
3.18. Atendimento de pacientes 53

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APRESENTAÇÃO

O Guia de Preceptoria em Assistência Farmacêutica é um documento


elaborado pela Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (COAF) do Município de
Fortaleza, idealizado para ser um instrumento orientador na prática da preceptoria
nos campos de estágio em Assistência Farmacêutica na Atenção Primária à Saúde
e Centros de Atenção Psicossocial. Este guia teve como referência o Guia de
Preceptoria em Assistência Farmacêutica elaborado pelo Conselho Regional de
Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) e as Diretrizes Curriculares Nacionais do
Curso de Graduação em Farmácia de 2017 (DCNs em Farmácia), adaptando-os
para a realidade da Rede de Atenção à Saúde de Fortaleza.
O presente guia está estruturado de acordo com os três eixos norteadores
da formação farmacêutica de acordo com as diretrizes curriculares nacionais para os
cursos de farmácia. São eles:
I - Cuidado em Saúde;
II - Tecnologia e Inovação em Saúde;
III - Gestão em Saúde.
O guia contempla algumas das atividades realizadas no serviço, trazendo o
eixo no qual essa atividade se encaixa, em qual cenário de prática ela ocorre, quais
os objetivos e quais os recursos necessários para o desenvolvimento de tal
atividade.
As atividades aqui contidas representam apenas sugestões de ações a
serem realizadas com os estagiários, ficando a critério do preceptor e supervisor da
Instituição de Ensino Superior, definir aquelas que são pertinentes ao serviço, e a
realização de alguma outra atividade que não esteja listada, mas que se julgue como
importante para o aprendizado do estagiário.
Vale ressaltar que este estágio é oferecido a alunos de diferentes instituições
de ensino e que podem estar em diferentes semestres, possuindo assim diferentes
níveis de conhecimento e habilidades, cabendo as Instituições de Ensino Superior
realizar uma pactuação com o serviço para determinar quais atividades os
estudantes estão aptos a realizar.

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SOBRE ESTÁGIO E PRECEPTORIA

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação


em Farmácia de 2017 (DCNs em Farmácia) a formação em Farmácia inclui, como
etapa integrante e obrigatória da graduação, estágios curriculares, que devem estar
regulamentados e institucionalizados, considerando, em uma análise sistêmica e
global, os aspectos de carga horária, previsão ou existência de convênios, formas de
apresentação, orientação, supervisão e coordenação.
Segundo a Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, estágio é ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o
ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estágio visa ao
aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização
curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o
trabalho.
O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação
das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto
pedagógico do curso:
Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja
carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.
Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,
acrescida à carga horária regular e obrigatória.
Determinante no estágio obrigatório e não-obrigatório, a preceptoria em
saúde é uma atividade desenvolvida pelos profissionais de saúde junto aos alunos
de graduação e nas diversas modalidades de residências. Sendo o preceptor um
profissional de serviço que necessita ter competências para servir como elo de
ligação entre o ensino e o serviço, atuando como um facilitador do processo de
aprendizagem do aluno para que este possa formar competências para a prática
profissional (Texeira, 2018). O profissional preceptor, atua como supervisor das
atividades práticas dos discentes nos serviços públicos de saúde, atuando como
eixo de interligação entre teoria e prática, proporcionando desta forma, vivências
reais quanto à prática profissional (Silva, 2021).

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Nesse sentido do processo de aprendizagem, as DCNs do Curso de
Graduação em Farmácia e o Projeto Pedagógico do Curso devem orientar o
currículo do curso para o perfil acadêmico e profissional do egresso, além de
contribuir, também, para a compreensão, interpretação, preservação, reforço,
fomento e difusão das culturas nacionais e regionais, internacionais e históricas, em
um contexto de pluralismo e diversidade cultural.
Ainda, a Resolução CNE/CES 2, De 19 De Fevereiro De 2002, traz que a
formação do Farmacêutico tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos
requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:

Os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional,


devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção,
proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto
coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja
realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias
do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de
analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para
os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro
ATENÇÃO À SAÚDE dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da
ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à
saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução
do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo;

O trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na


capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e
custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de
equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os
mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar,
TOMADA DE DECISÕES sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em
evidências científicas

Os profissionais de saúde devem ser acessíveis e devem manter a


confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação
com outros profissionais de saúde e o público em geral. A
comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e
habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma
COMUNICAÇÃO língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação

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No trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde
devem estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo
em vista o bem estar da comunidade. A liderança envolve
compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada
de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e
eficaz;
LIDERANÇA

Os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativa, fazer o


gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos
recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que
devem estar aptos a ser empreendedores, gestores, empregadores
ADMINISTRAÇÃO E ou lideranças na equipe de saúde;
GERENCIAMENTO

Os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente,


tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os
profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter
responsabilidade e compromisso com a sua educação e o
treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais,
proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os
futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive,
estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional,
EDUCAÇÃO a formação e a cooperação através de redes nacionais e
PERMANENTE internacionais.

1. Eixo Cuidado em Saúde

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em


Farmácia de 2017 (DCNs em Farmácia), entende-se como cuidado em saúde, o
conjunto de ações e de serviços, ofertados ao indivíduo, à família e à comunidade,
que considera a autonomia do ser humano, a sua singularidade e o contexto real em
que vive, sendo realizado por meio de atividades de promoção, proteção e
recuperação da saúde, além da prevenção de doenças, e que possibilite às pessoas
viverem melhor.
E para a sua execução são necessárias as seguintes competências:

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1. Acolhimento do indivíduo, verificação das necessidades, realização da
anamnese farmacêutica e registro das informações referentes ao cuidado em saúde,
considerando o contexto de vida e a integralidade do indivíduo;
2. Avaliação e manejo da farmacoterapia, com base em raciocínio clínico,
considerando necessidade, prescrição, efetividade, segurança, comodidade, acesso,
adesão e custo;
3. Solicitação, realização e interpretação de exames clínico-laboratoriais
e toxicológicos, verificação e avaliação de parâmetros fisiológicos, bioquímicos e
farmacocinéticos, para fins de acompanhamento farmacoterapêutico e de provisão
de outros serviços farmacêuticos;
4. Investigação de riscos relacionados à segurança do paciente, visando
ao desenvolvimento de ações preventivas e corretivas;
5. Identificação de situações de alerta para o encaminhamento a outro
profissional ou serviço de saúde, atuando de modo que se preserve a saúde e a
integridade do paciente;
6. Planejamento, coordenação e realização de diagnóstico situacional de
saúde, com base em estudos epidemiológicos, demográficos,
farmacoepidemiológicos, farmacoeconômicos, clínico-laboratoriais e
socioeconômicos, além de outras investigações de caráter técnico, científico e
social, reconhecendo as características nacionais, regionais e locais;
7. Prescrição de terapias farmacológicas e não farmacológicas e de
outras intervenções, relativas ao cuidado em saúde, conforme legislação específica,
no âmbito de sua competência profissional;
8. Dispensação de medicamentos, considerando o acesso e o seu uso
seguro e racional;
9. Rastreamento em saúde, educação em saúde, manejo de problemas
de saúde autolimitados, monitorização terapêutica de medicamentos, conciliação de
medicamentos, revisão da farmacoterapia, acompanhamento farmacoterapêutico,
gestão da clínica, entre outros serviços farmacêuticos;
10. Esclarecimento ao indivíduo, e, quando necessário, ao seu cuidador,
sobre a condição de saúde, tratamento, exames clínico-laboratoriais e outros
aspectos, relativos ao processo de cuidado;

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11. Busca, seleção, organização, interpretação e divulgação de
informações, que orientem a tomada de decisões, baseadas em evidências
científicas, em consonância com as políticas de saúde;
12. Promoção e educação em saúde, envolvendo o indivíduo, a família e a
comunidade, identificando as necessidades de aprendizagem e promovendo ações
educativas;
13. Realização e interpretação de exames clínico-laboratoriais e
toxicológicos, para fins de complementação de diagnóstico e prognóstico;
14. Prescrição, orientação, aplicação e acompanhamento, visando ao uso
adequado de cosméticos e outros produtos para a saúde, conforme legislação
específica, no âmbito de sua competência profissional;
15. Orientação sobre o uso seguro e racional de alimentos, relacionados à
saúde, incluindo os parenterais e enterais, bem como os suplementos alimentares e
de plantas medicinais fitoterápicas de eficácia comprovada;
16. Prescrição, aplicação e acompanhamento das práticas integrativas e
complementares, de acordo com as políticas públicas de saúde e a legislação
vigente.
Outras competências indicadas pelo Relatório do I Encontro Nacional de
Educadores em Farmácia Clínica e Matriz de Competências para a Atuação Clínica:
1. Realizar o acolhimento
2. Identificar as necessidades do usuário/paciente
3. Elaborar o plano de cuidado
4. Realizar intervenções
5. Avaliar os resultados das intervenções realizadas
A seguir seguem algumas atividades que podem ser realizadas ao Eixo Cuidado:

1.1. Consulta assistencial

Eixo: Cuidado em saúde


Cenário de prática: Farmácia Clínica
Objetivos da atividade: Garantir atendimento farmacêutico com foco no cuidado ao paciente e
promoção do uso racional de medicamentos.
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, borracha, computador, impressora.

Descrição da atividade:

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1. Realizar consulta assistencial para cadastro de pacientes novos ou renovação de
cadastro;

2. Pesquisar o paciente no sistema FASTMEDIC em “PRONTUÁRIO > FILA DE


ATENDIMENTO” e realizar registro da consulta conforme método SOAP;

3. Caso o paciente não esteja previamente agendado, inserir a consulta no sistema


FASTMEDIC em “PRONTUÁRIO > CONSULTA/CONSULTA COMPLEMENTAR”;

4. Registrar o paciente na planilha de controle de recebimento de insumos para


diabetes e análogos de insulina disponibilizados pela Coordenadoria de Assistência
Farmacêutica (COAF);

5. Quando necessário, realizar dispensação dos insumos e/ou medicamentos e


realizar orientação sobre o uso;

6. Quando necessário, realizar agendamento no sistema FASTMEDIC de consultas


de retorno para continuidade do acompanhamento com o farmacêutico clínico;

7. Nas consultas de retorno, realizar registro no sistema FASTMEDIC conforme


descrito;

8. Quando necessário, realizar orientação farmacêutica;

9. Manter prontuários dos pacientes atendidos e instrumentos aplicados durante o


atendimento impressos para consulta quando necessário.

1.2. Consulta clínica

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Farmácia Clínica
Objetivos da atividade: Garantir atendimento farmacêutico com foco no cuidado ao paciente e
promoção do uso racional de medicamentos.
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, borracha, computador, impressora.

Descrição da atividade:

1. Realizar consulta em farmácia clínica para início do acompanhamento


farmacoterapêutico conforme fluxo de atendimento;

2. Registrar a consulta realizada o paciente no sistema FASTMEDIC em


“PRONTUÁRIO > FILA DE ATENDIMENTO” e realizar registro da consulta conforme
método SOAP;

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3. Caso o paciente não esteja previamente agendado, inserir a consulta no sistema
FASTMEDIC em “PRONTUÁRIO > CONSULTA/CONSULTA COMPLEMENTAR”;

4. Registrar a consulta do paciente na planilha de indicadores da Polo na aba “ATF”


disponível via drive Google;

5. Registrar, quando houver, os problemas relacionados à medicamentos e as


intervenções farmacêuticas na planilha de indicadores da Polo na aba “BANCO DE
PRM/IF” para cada consulta realizada disponível via drive Google;

6. Realizar agendamento no sistema FASTMEDIC de consultas de retorno para


continuidade do acompanhamento com o farmacêutico clínico;

7. Manter prontuários dos pacientes atendidos e instrumentos aplicados durante o


atendimento impressos para consulta quando necessário.

1.3. Orientação farmacêutica

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: CAPS e Farmácia Atenção Básica
Objetivos da atividade: Garantir orientação farmacêutica durante a dispensação de
medicamentos com foco no cuidado ao paciente e promoção do uso racional de medicamentos
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, borracha, computador, impressora.

Descrição da atividade:

1. Receber pacientes encaminhados por outros profissionais da unidade e/ou outros


serviços de saúde para orientação farmacêutica sobre o tratamento prescrito;

2. Verificar na fila da farmácia pacientes que necessitem de avaliação de prescrição


e/ou orientação sobre a farmacoterapia prescrita;

3. Avaliar prescrição de acordo com o formulário de “ORIENTAÇÕES


FARMACÊUTICAS”;

4. Realizar intervenções necessárias;

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5. Manter formulário de orientação farmacêutica impresso para consulta quando
necessário;

6. Registrar orientação farmacêutica realizada na planilha de indicadores.

1.4. Realização de atividades e palestras educativas

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Farmácia Clínica, CAPS, COAF.
Objetivos da atividade: Garantir a correta orientação de pacientes quanto à condição de saúde
e ao uso correto de medicamentos e/ou insumos.
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, borracha, computador, impressora, projetor.

Descrição da atividade:

1. Escolher tema e o público alvo para realização das atividades e/ou palestras;

2. Agendar e reservar local para realização das atividades e/ou palestras;

3. Convidar público alvo (comunidade, pacientes atendidos na UAPS, pacientes


atendidos na farmácia clínica, cuidadores, profissionais de saúde e/ou gestores,
ETC) para realização das atividades e/ou palestras;

4. Elaborar e usar material padronizado no desenvolvimento das atividades;

5. Registrar frequência dos participantes em modelo de frequência padrão


disponibilizados;

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1.5. Dispensação de medicamentos (DISPENSAÇÃO I)

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Farmácias básicas, CAPS
Objetivos da atividade: Garantia do adequado atendimento dos usuários e movimentação dos
medicamentos na unidade
Recursos necessários: Medicamentos, canetas, computador, software específico, prescrição,
carimbos.

Descrição da atividade:

1. Solicitar a prescrição médica, documento original com foto e cartão nacional do


SUS. Verificar a legibilidade, ausência de rasuras, identificação do paciente, carimbo
do Prescritor e assinatura, apresentação, quantidade, posologia, duração do
tratamento, local e data de prescrição. Se houver alguma divergência entre a
posologia e a quantidade de frascos a dispensação deve ser feita de acordo com a
posologia;

2. Recebimento de medicamentos por terceiros somente com o documento original


ou com cópia autenticada do titular da prescrição e de quem está recebendo. No
caso de menores de idade pode ser apresentada a certidão de nascimento;

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3. Verificar se os medicamentos prescritos estão na relação padronizada para
distribuição no SUS. Se negativo orientar o usuário de que deverão ser comprados;

4. Verificar se os medicamentos prescritos estão disponíveis na unidade;

5. Verificar se o estabelecimento de origem da receita está contemplado no anexo VI


da normativa do município como estabelecimento que presta serviços ao SUS.

6. Acessar o sistema e procurar pelo cartão do SUS do usuário e dispensar os


medicamentos registrando no sistema as quantidades entregues por paciente. Caso
o paciente não esteja na fila de espera (receita externa à unidade) e após passar
pelos fluxos recomendados pela SMS, inserir o usuário no sistema. Todos os itens
presentes na receita devem ser inseridos no sistema independentemente de estar
disponível no estoque físico da unidade;

7. Perguntar se o usuário vai querer receber todos os itens da receita. Caso negativo
separar apenas os itens que ele tem interesse;

8. Verificar o lote com validade mais próxima para o vencimento sinalizado pelo
sistema, separar a quantidade necessária para 01 mês de tratamento das estantes
ou escaninhos, registrar no sistema e entregar ao usuário. No caso de
medicamentos prescritos para uso contínuo deve ser dispensado para 01 mês e no
retorno do paciente verificar a pendência no sistema com a mesma prescrição;

9. Verificar o aspecto visual do medicamento e realizar a última checagem (nome,


concentração, lote e validade) com a prescrição antes da dispensação;

10. Perguntar ao usuário se ele tem alguma dúvida sobre a forma de tomar o
medicamento e orientá-lo se necessária;

11. Caso o usuário apresente uma prescrição de uso contínuo já com algum
atendimento, verificar na pendência e atender colocando o histórico de recebimento
do mesmo. De forma alguma uma prescrição deve ser transcrita antes de checar a
pendência, porque essa transcrição cancelará a prescrição original e alterará o
prazo de validade da receita.

12. Carimbar a prescrição colocando a quantidade e a data de atendimento;

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1.6. Preparo e distribuição dos imunobiológicos
(DISPENSAÇÃO II)

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Rede de Frios - COAF
Objetivos da atividade: Garantir a adequada distribuição em quantidade suficiente para a
demanda e em temperatura ideal das caixas para todo o processo de imunização.
Recursos necessários: Fichas de prateleira, caneta, imunobiológicos, caixas térmicas
ambientadas na temperatura adequada com termômetro, fita adesiva larga.

Descrição da atividade:

1. Verificar a necessidade dos locais para onde serão distribuídos os


imunobiológicos.

2. Verificar a quantidade de imunobiológicos em estoque referente à necessidade.

3. Entregar quantidade necessária de imunobiológico na caixa térmica, já


ambientada, referente ao local que se destinam as doses de imunobiológico, anotar
essa quantidade na ficha de prateleira referente ao lote em questão identificando a
data, local, quantidade de estoque restante e pedir para o responsável pelo local
assinar ao final da linha.

4. Vedar a caixa com fita adesiva larga e entregar ao responsável pelo local que está
recebendo as doses.

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1.7. Dispensação de kit de lesão medular (DISPENSAÇÃO
III)

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Farmácia Atenção Básica
Objetivos da atividade: Garantir o atendimento adequado dos usuários nas UAPS
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas

Descrição da atividade:

1. Solicitar documento de identificação e Cartão Nacional do SUS;

2. Procurar o kit do paciente enviado pela CAF, de acordo com o nome do paciente;
no ato do recebimento do Kit na unidade deve ser conferido o nome do paciente e a
unidade de cadastro;

3. Se o kit do paciente não for localizado na unidade, entrar em contato


IMEDIATAMENTE com a CAF informando a falta do kit ou qualquer outro problema
relacionado ao kit, antes que o paciente vá embora da unidade;

4. Dar retorno ao paciente informando o motivo da falta do kit e as providências que


o mesmo deve tomar para receber ou a data em que o mesmo estará disponível na
unidade para coleta;

5. Em hipótese nenhuma o paciente ou cuidador deve sair da unidade sem as


informações necessárias ao seu atendimento;

6. Separar o kit (materiais médico-hospitalares);

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7. Consultar o mapa da relação de pacientes da SER e verificar se além dos
materiais médico-hospitalares o paciente tem algum medicamento. Se tiver
medicamento separar conforme a quantidade especificada no mapa;

8. Preencher a “declaração de recebimento – Lesão medular”. O preenchimento da


declaração é OBRIGATÓRIA;

9. Verificar antes da entrega a data do recebimento do kit anterior. Cada paciente só


DEVE receber 01 kit a cada mês, a não ser que seja autorizada a entrega de mais
de um kit pela CAF;

10. O kit não é cumulativo, ou seja, se o paciente não vier buscar dentro do mês
vigente no mês seguinte ele não deve receber os dois kits. Somente deve ser
entregue 01 kit por mês;

11. Entregar o kit (materiais médico-hospitalares) ao paciente;

12. Processar o recibo de entrega dos materiais do kit somente quando o paciente
ou o cuidador vier receber na unidade;

13. Movimentar os materiais médico-hospitalares e os medicamentos entregues por


paciente. Nessa movimentação deve ser considerado o número do CRM do
profissional responsável pelo laudo, informado nos mapas ou na documentação de
posse do paciente; A movimentação no sistema deve ser feita
OBRIGATORIAMENTE no dia do recebimento;

14. Está terminantemente PROIBIDA a movimentação dos itens do Kit de forma


administrativa;

15. Movimentar os medicamentos do programa de lesão medular colocando o


paciente na fila da farmácia e dispensando pelo nome do usuário. A validade da
prescrição para esses medicamentos será de 12 meses;

16. Arquivar as declarações de recebimento e enviar uma cópia para a


CAF/SMS/ISGH;

17. Caso seja entregue na Unidade mais de um kit, ou quando houver um acúmulo
de kits, para o mesmo paciente entrar em contato com a CAF;

18
1.8. Dispensação de medicamentos do SAD
(DISPENSAÇÃO IV)

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Farmácia Polo
Objetivos da atividade: Garantir o atendimento adequado dos usuários nas UAPS
Recursos necessários: Medicamentos, canetas, computador, software específico, prescrição,
carimbos.

Descrição da atividade:

1. Uma vez por mês chegam os Kits dos pacientes do SAD. Junto com os Kits é
deixada uma lista dos pacientes do mês.

2. O representante vai até a farmácia, apresenta o documento dele e do paciente


para receber Kit.

3. Em cada Kit tem uma prescrição onde constam os medicamentos e MMH que o
paciente vai receber.

4. Os medicamentos ou MMH que não estão no Kit, são sinalizados nesta prescrição
e se for padronizado a dispensação ocorre normalmente como qualquer outro
paciente da unidade no FASTMEDIC.

4. Os controlados padronizados sempre vêm junto à prescrição e o farmacêutico faz


a dispensação na hora da entrega e movimenta no sistema.

5. Os outros itens que já vem no Kit não são movimentados no sistema, pois são do
estoque do SAD.

6. Quando o Kit é entregue, o representante assina a lista de controle de pacientes.

7. Caso algum Kit não seja entregue, ele é devolvido no mês seguinte.

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1.9. Dispensação de medicamentos para as salas de
medicação (DISPENSAÇÃO V)

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Unidade de saúde
Objetivos da atividade: Garantir o controle adequado da movimentação dos medicamentos
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas.

Descrição da atividade:

1. Receber uma solicitação assinada pelo profissional cadastrado na unidade e


responsável pela aplicação de medicamentos nas Salas de Medicação.

2. Entregar o medicamento e reter a segunda via para posterior dispensação;

3. Solicitar do Profissional prescritor a prescrição Médica para que possa ser


movimentada por paciente;

4. Movimentar o medicamento dispensado por paciente;

5. Arquivar os documentos;

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1.10. Verificação dos documentos de solicitação de
Autorização De Procedimento De Alta Complexidade
(APAC)

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Farmácia CEAF
Objetivos da atividade: Verificação dos documentos de solicitação de medicamentos do
componente especializado
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, borracha, computador, impressora.

Descrição da atividade:

1. Receber do paciente ou representante os documentos obrigatórios para


solicitação de uma APAC:

a. Laudo de Solicitação Avaliação e Autorização de medicamentos – LME

b. Prescrição médica devidamente preenchida

c. Documentos obrigatórios do paciente – (Comprovante de Endereço, Cartão


Nacional do SUS (CNS), Documento de Identidade (RG) e CPF). Lembrar sempre
de solicitar um telefone para contato do paciente.

2. Verificar se todos os documentos estão anexados ao LME. Caso contrário solicitar


ao paciente a documentação;

3. Perguntar se o paciente quer indicar algum representante para o recebimento dos


medicamentos. Caso positivo solicitar o preenchimento da declaração autorizadora e
os documentos do representante;

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1.11. Orientação para renovação de Procedimento De Alta
Complexidade (APAC)

Eixo: Cuidado em Saúde


Cenário de prática: Farmácia CEAF
Objetivos da atividade: Garantia da adequada dispensação dos medicamentos alterados dentro
da vigência da APAC.
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas.

Descrição da atividade:

1. Informar ao paciente no momento da dispensação dos medicamentos do último


mês de vigência de que ele precisa retornar ao médico para renovar a solicitação
dos medicamentos do Componente Especializado - emissão de novo LME;

2. Se no momento da última dispensação o paciente já tiver em mãos o novo Laudo


(LME) realizar a dispensação e após a baixa no sistema já solicitar a renovação
definindo a nova vigência para o início do mês subsequente;

3. A Renovação só poderá ser solicitada se não houver mudança no CID. Caso haja
mudança do CID, confirmar a informação com o médico prescritor antes de solicitar
a renovação no sistema. Se for confirmada a mudança no CID não será possível a
renovação. O procedimento correto será solicitar uma nova APAC sabendo que na
nova solicitação o sistema entende que é o início de tratamento e pode exigir
exames que normalmente não são solicitados na renovação;

4. Caso não haja nenhuma mudança proceder com a renovação da APAC;

5. Salvar as alterações.

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2. Eixo Tecnologia e Inovação em Saúde

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em


Farmácia de 2017 (DCNs em Farmácia), entende-se como tecnologia em saúde, o
conjunto organizado de todos os conhecimentos científicos, empíricos ou intuitivos,
empregados na pesquisa, no desenvolvimento, na produção na qualidade e na
provisão de bens e serviços. A inovação em saúde, por sua vez, diz respeito à
solução de problemas tecnológicos, compreendendo a introdução ou melhoria de
processos, produtos, estratégias ou serviços, com repercussão positiva na saúde
individual e coletiva.
E para a sua execução são necessárias as seguintes competências:
1. Pesquisar, desenvolver, inovar, produzir, controlar e garantir a qualidade de
fármacos, medicamentos e insumos e outros produtos relacionados à saúde.
2. Pesquisar, desenvolver, inovar, fiscalizar, gerenciar e garantir a qualidade de
tecnologias de processos e serviços aplicados à área da saúde, envolvendo:
a. Tecnologias relacionadas a processos, práticas e serviços de saúde;
b. Sustentabilidade do meio ambiente e a minimização de riscos;
c. Avaliação da infraestrutura necessária à adequação de instalações e
equipamentos;
d. Avaliação e implantação de procedimentos adequados de embalagem
e de rotulagem;
e. Administração da logística de armazenamento e de transporte;
f. Incorporação de tecnologia de informação, orientação e
compartilhamento de conhecimentos com a equipe de trabalho.

A seguir seguem algumas atividades que podem ser realizadas no Eixo


Tecnologia e Inovação em Saúde:

23
2.1. Controle Microbiológico

Eixo: Tecnologia e inovação em saúde


Cenário de prática: Farmácia Viva
Objetivos da atividade: Descrever e realizar os testes microbiológicos nos Fitoterápicos
produzidos na Farmácia Viva, de forma padronizada e com qualidade.
Recursos necessários: Capela de Fluxo Laminar Mini Q216F20M (QUIMIS); 1 pincel/caneta;
Pipetadores (2mL, 10mL); Medicamento líquido (1 pipeta de 1,0mL, 2 pipetas de 5mL, 1 pipeta de
2mL, 8 placas, 2 bécker de 50mL); Medicamento sólido (1 balança dentro do fluxo, 2 pipetas de
5mL, 1 pipeta de 2mL, 8 placas, 2 bécker de 50mL, 1 espátula inox).

Descrição da atividade:

1. Identificação e Diluições:

1.1. Pegar os kits de placas e separar 4 placas para cada Meio (Ágar Soja Caseina –
S.C, Ágar Sabouraud – A.S);

1.2. Identificar as placas com o nome do produto, lote, data do procedimento,


diluição (B, 103, 102, 101) e meio. E identificar os tubos do meio líquido com as
diluições a serem realizadas (1:10 – 1:100 – 1:1000);

1.3. Ter o cuidado de identificar no fundo da placa na parte externa, não identificar
na tampa;

1.4. Separar as placas identificadas: 4 placas para o Meio Soja Caseína e 4 placas
para o Meio Sabouraud;

1.5. Deixar as placas empilhadas sempre nessa ordem: B, 103, 102, 101; para
facilitar o procedimento;

1.6. Tendo as placas identificadas e cada kit organizado se dará início as diluições;

1.7. A pessoa de apoio coloca o frasco limpo contendo a amostra que será analisada
na capela de forma cuidadosa. Iniciar o processo de diluição;

2. Diluições dos medicamentos líquidos:

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2.1. Retire 1 mL da amostra com auxílio de uma pipeta (01) e acrescente ao tubo
1:10, homogeneizar com a mesma pipeta (01) e descartá-la;

2.2. Com uma nova pipeta (02) retira-se 3mL do tubo 1:10 e distribui assim: 1mL na
placa 1:10 de SC, 1mL na placa 1:10 AS e 1mL no tubo 1:100;

2.3. Homogenizar com a mesma pipeta no tubo 1:100 e descartar essa pipeta;

2.4. Com uma nova pipeta (03) retira-se 3mL do tubo 1:100 e distribui assim: 1mL na
placa 1:100 de SC, 1mL na placa 1:100 AS e 1mL no tubo 1:1000;

2.5. Homogenizar com a mesma pipeta no tubo 1:1000 e descartar essa pipeta;

2.6. Com uma nova pipeta (04) retira-se 2mL do tubo 1:1000 e distribui assim: 1mL
na placa 1:1000 de SC, 1mL na placa 1:1000 AS.

3. Diluições dos medicamentos sólidos:

3.1. Pese 1g da amostra com a balança dentro do fluxo e acrescente ao tubo 1:10,
homogeneizar;

3.2. Com uma pipeta (01) retira-se 3mL do tubo 1:10 com cuidado e distribui assim:
1mL na placa 1:10 de SC, 1mL na placa 1:10 AS e 1mL no tubo 1:100;

3.3. Homogenizar com a mesma pipeta no tubo 1:100 e descartar essa pipeta;

3.4. Com uma nova pipeta (02) retira-se 3mL do tubo 1:100 e distribui assim: 1mL na
placa 1:100 de SC, 1mL na placa 1:100 AS e 1mL no tubo 1:1000;

3.5. Homogenizar com a mesma pipeta no tubo 1:1000 e descartar essa pipeta;

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2.2. Controle Físico-Químico

Eixo: Tecnologia e inovação em saúde


Cenário de prática: Farmácia Viva
Objetivos da atividade: Descrever e realizar os testes físico-químicos nos Fitoterápicos
produzidos na Farmácia Viva, de forma padronizada e com qualidade.
Recursos necessários: Balança, picnômetro, pHmetro, viscosímetro, bureta, béquer, proveta,
solução tampão, água destilada, papel toalha, álcool 70%, Farmacopéia Brasileira (sempre que
necessário consultar).

Descrição da atividade:

1. Caracteres sensoriais: Aparência, cor, odor, sabor (para xarope e elixir)

Observe cuidadosamente a aparência da amostra, havendo alguma inconformidade


anote sempre no espaço destinado às observações.

2. Volume Médio:

Utilizando uma proveta de 500mL abra o frasco e coloque todo o seu conteúdo
dentro da proveta, tomando o cuidado de incliná-la para que a amostra escorra pela
parede interna devagar para evitar a formação de bolhas que podem atrapalhar na
leitura do volume. Após colocado todo o conteúdo, deixando o frasco virado de
forma a escorrer todo o conteúdo ainda existente. Quando não for mais observando
nenhuma gota sendo formada, retire o frasco e coloque o próximo procedendo da
mesma forma. Quando o conteúdo de três frascos já estiver na proveta faça a leitura
do volume e divida o valor por três e anote esse resultado.

3. Densidade relativa:

Com um picnômetro limpo e seco anote a sua massa (pv) tomando o cuidado de não
pegar diretamente nele para não alterar a sua massa, utilize sempre um papel toalha
macio. Após coloque a amostra no
picnômetro até enchê-lo, coloque a
tampa e deixe o conteúdo extravasar,
com o auxílio do papel toalha limpe-o
completamente tomando o cuidado de não tocar no orifício da tampa para evitar que

26
o papel sugue o conteúdo. Observando que esteja completamente seco, ainda com
o papel toalha coloque-o na balança e anote a massa do picnômetro com a amostra
(pa). Após lavar bem o picnômetro inclusive com água destilada, depois de limpo
preencha-o com água destilada e proceda da mesma forma que foi feito com a
amostra, anote a massa do picnômetro com água (ph). Após realizado esse
procedimento utiliza os valores das massas obtidas para calcular a densidade
conforme descrito abaixo:

𝑚 𝑝𝑎−𝑝𝑣
𝑑= 𝑣
→𝑑 = 𝑝ℎ−𝑝𝑣

4. Verificação pH:

Com auxílio de um medidor de pH previamente calibrado, meça o pH da amostra


colocando-a em contato direto com eletrodo e deixe o valor estabilizar durante
quatro minutos, após esse tempo anote o valor obtido.

5. Viscosidade:

5.1. Utilizando o equipamento Viscosímetro digital (método viscosímetro de


Brookfield)

A viscosidade de uma forma farmacêutica pode ser determinada por um


viscosímetro de Brookfield, que mede a viscosidade pela força necessária para girar
o spindle no líquido que está sendo testado.

Realizar conforme POP do Equipamento (POP EQ 026). Lembrando que esse


aparelho só vai até a rotação de 60RPM.

5.2. Método da Bureta (esse método foi adaptado pelo método viscosímetro de
Ostwald descrito na Farmacopéia 5a edição-Vol.1)

- Verificar a temperatura do líquido e da água;

- Encher a bureta com água e abrir a torneira da bureta e anotar o tempo de queda
do líquido até o zero da bureta. Realizar essa ação em triplicata;

27
- O tempo deverá ser cronometrado simultaneamente à abertura da torneira da
bureta e anotado. Muita atenção na forma de abertura da torneira, tentar manter um
padrão de abertura/ângulo;

- Repetir com a amostra/líquido a mesma ação que foi realizada com a água
(também em triplicada);

- Calcular o resultado com os dados anotados conforme a fórmula abaixo:

𝑡1 ×𝑑1 𝑡1 ×𝑑1
𝑛1 = 𝑡2 ×𝑑2
→𝑛1 = 𝑛2× 𝑡2 ×𝑛2

- Legenda 1:

n1= Viscosidade da amostra em “cp”; n2= Viscosidade da água em “cp”;

t1= Tempo de escoamento da amostra em “s”; t2= Tempo de escoamento da água


em “s”;

d1= Densidade da amostra em “g/mL”; d2= Densidade da água em “g/mL”;

- Legenda 2:

Densidade da água (d2) = 1,0003g/mL

Viscosidade da água (n2) a 25 ̊C = 0,895cp

6. Identificação e Doseamento

Esses testes estão descritos por produto pois para cada Princípio ativo as
especificações e definições são diferentes.

28
3. Eixo gestão em saúde

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em


Farmácia de 2017 (DCNs em Farmácia), entende-se como gestão em saúde, o
processo técnico, político e social, capaz de integrar recursos e ações para a
produção de resultados.
E para a sua execução são necessárias as seguintes competências:
1. Identificar e registrar os problemas e as necessidades de saúde, o que
envolve:
a. Conhecer e compreender as políticas públicas de saúde, aplicando-as
de forma articulada nas diferentes instâncias;
b. Conhecer e compreender a organização dos serviços e sistema de
saúde;
c. Conhecer e compreender a gestão da informação;
d. Participar das instâncias consultivas e deliberativas de políticas de
saúde.
2. Elaborar, implementar, acompanhar e avaliar o plano de intervenção,
processos e projetos, o que envolve:
a. Conhecer e avaliar os diferentes modelos de gestão em saúde;
b. Conhecer e aplicar ferramentas, programas e indicadores que visem à
qualidade e à segurança dos serviços prestados;
c. Propor ações baseadas em evidências científicas, fundamentadas em
realidades
d. Socioculturais, econômicas e políticas;
e. Estabelecer e avaliar planos de intervenção e processos de trabalho;
f. Conhecer e compreender as bases da administração e da gestão das
empresas farmacêuticas.
3. Promover o desenvolvimento de pessoas e equipes, o que envolve:
a. Conhecer a legislação que rege as relações com os trabalhadores e
atuar na definição de suas funções e sua integração com os objetivos
da organização do serviço;
b. Desenvolver a avaliação participativa das ações e serviços em saúde;
c. Selecionar, capacitar e gerenciar pessoas, visando à implantação e à
otimização de projetos, processos e planos de ação.
A seguir seguem algumas atividades que podem ser realizadas no Eixo
Gestão em Saúde:

29
3.1. Elaboração, implantação e atualização de POPs

Eixo: Gestão em saúde


Cenário de prática: COAF
Objetivos da atividade: Determinar normas para elaboração, implantação e atualização de
procedimentos operacionais.
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas

Descrição da atividade:

1. Reunir os profissionais responsáveis pela execução da tarefa/procedimento e


formar um grupo de trabalho para formular o POP.

2. Escrever as etapas do procedimento de maneira detalhada e apontar as de maior


criticidade.

3. O procedimento deverá apresentar numeração, data de emissão, data de revisão,


data de aprovação e responsáveis pelas etapas;

4. O corpo do procedimento deverá seguir o mesmo padrão de formato: Objetivo,


Responsabilidades, Material e Equipamentos, Procedimento e Referências
Bibliográficas;

5. Cada registro terá na sua nomenclatura/descrição o procedimento ao qual está


vinculado;

6. Ao final o POP deverá passar pelo profissional atuante do local de aplicação para
revisão final.

30
3.2. Recebimento, triagem e armazenamento de
imunobiológicos

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Rede de Frios - COAF
Objetivos da atividade: Garantir que os imunobiológicos termolábeis sejam criteriosamente
conferidos pelo responsável pelo recebimento, assegurando a adequação em qualidade,
quantidade e preservação das mesmas.
Recursos necessários: Caneta, calculadora, isopor (quantidade suficiente para a quantidade de
imunobiológico), bobinas reutilizáveis (quantidade suficiente para a quantidade de
imunobiológico), fita adesiva larga.

Descrição da atividade:

1. Conferir os dados da Nota Fiscal.

2. Verificar se o acondicionamento dos imunobiológicos é apropriado para o tipo de


imunobiológico que se propõe (observar as bobinas, a temperatura, a vedação e as
condições da embalagem).

3. Registar a temperatura da caixa no sistema de recebimento (SIES – Sistema de


Informação de Insumos Estratégicos) ou na cópia da Nota Fiscal de recebimento.
Estando as condições de acordo com o preconizado, dispor as bobinas reutilizáveis
no isopor de forma a garantir o acondicionamento adequado e depositar os
imunobiológicos enquanto confere individualmente a integridade, quantidade, lote e
validade das mesmas.

4. Ao chegar à Rede de frio, acondicionar os imunobiológicos de forma adequada


nas prateleiras da câmara de conservação de imunobiológicos.

5. Assinar e arquivar as notas fiscais referentes ao recebimento.

31
3.3. Recebimento de medicamentos do componente
especializado (CEAF)

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia CEAF
Objetivos da atividade: Garantir o recebimento adequado dos medicamentos nas unidades de
dispensação e a correta movimentação no sistema Hórus.
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas

Descrição da atividade:

1. Solicitar do auxiliar de transporte o documento (COAF ou CELAF) com relação


dos medicamentos e lotes que estão sendo entregues nas unidades de
dispensação;

2. Conferir fisicamente se os medicamentos entregues estão de acordo com o


documento (item, quantidades, lotes e validades). Qualquer divergência deve ser
registrada na via do documento a ser devolvida ao auxiliar de transporte e informar
por EMAIL à CAF/ISGH;

3. Acessar o sistema Hórus para receber os medicamentos; a senha de acesso do


Hórus deve ser exclusiva do profissional farmacêutico;

4. Selecionar a opção “MOVIMENTAÇÃO” e na sequência “RECEBER


DISTRIBUIÇÃO”;

5. Selecionar a opção “STATUS ATENDIDO”;

6. Selecionar na barra ação a opção “ENTRADA” e depois armazenar;

7. Imprimir a movimentação de entrada e arquivar em pasta destinada a essas


movimentações;

8. Guardar os medicamentos nos armários;

32
3.4. Armazenamento e organização dos medicamentos –
CEAF

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia CEAF
Objetivos da atividade: Garantia do armazenamento adequado dos medicamentos.
Recursos necessários: Papel, Caneta, Lápis, Formulários Padronizados, Borracha, Computador,
Pranchetas

Descrição da atividade:

1. Colocar os medicamentos, após a conferência, em armários;

2. Organizar os medicamentos por forma farmacêutica e ordem alfabética e


separados por lote e validade;

3. Comparar as validades dos medicamentos entregues com a validade dos itens


estocados. Se a validade for superior aos que estão estocados os itens que
chegaram devem ser guardados em locais com acesso mais difícil;

4. Identificar os itens que estão com a validade mais próxima de vencimento e


colocá-los em localização de mais fácil acesso;

5. As quantidades excedentes devem ser armazenadas nas caixas de papelão em


estrados ou em prateleiras superiores para dificultar a dispensação;

6. Retirar os itens das caixas à medida que for sendo necessária a reposição e evitar
a mistura de dois lotes diferentes no mesmo local;

7. Os rótulos dos medicamentos devem ser sempre posicionados virados para frente
para facilitar a identificação dos mesmos;

8. As caixas colocadas nas prateleiras mais altas devem ser identificadas quanto ao
seu conteúdo com: nome do item, lote e validade.

9. Os medicamentos da Portaria 344/1998 devem ser armazenados em armários ou


ambientes com acesso restrito e ser mantidos trancados à chave;

33
3.5. Organização de documentos de arquivos do CEAF

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia CEAF
Objetivos da atividade: Garantia da adequada organização da documentação dos pacientes.
Recursos necessários: Papel, Caneta, Lápis, Formulários Padronizados, Borracha,
Computador, Pranchetas

Descrição da atividade:

1. Toda a documentação de cada paciente (recibos de autorização, Laudos,


Prescrição Médica, Recibos de Dispensação, cópia do CNS, Cópia do documento de
identidade (RG), Comprovante de endereço, Declarações dos representantes, Cópia
do CPF) devem estar arquivados em pastas individualizadas de forma organizada;

2. Os documentos do paciente como, cópia do CNS, Cópia do RG, comprovante de


endereço e declarações que precisam ser consultadas com frequência devem estar
grampeados na contra-capa da pasta arquivo;

3. Os documentos como Recibos de Autorização e Recibos de Dispensação


devidamente carimbados e assinados, devem estar perfurados dentro da pasta.
Cada recibo de Autorização deve estar anexado dos recibos de dispensação
referentes à vigência autorizada;

4. Evitar o arquivo de documentos nas pastas somente com um clip, para evitar a
perda dos mesmos;

5. Os prontuários com alguma pendência a ser resolvida devem estar separados dos
demais, até que seja resolvido o problema;

6. Os prontuários devem ser arquivados em armários adequados por ordem


alfabética ou por número interno do paciente;

7. A documentação referente ao ano vigente deve estar no prontuário para


consultas, quando necessário.

8. A documentação referente ao ano anterior deve estar arquivada em caixas de


papelão com a relação dos documentos por paciente que estão arquivados;

9. Evitar anotações nas documentações dos pacientes;

34
3.6. Controle de estoque no sistema Hórus

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia CEAF
Objetivos da atividade: Acompanhar os resultados das movimentações dos estoques nas
unidades.
Recursos necessários: No Sistema Hórus estão disponíveis alguns relatórios que podem auxiliar
os farmacêuticos no desenvolvimento das suas atividades e do controle de estoque dos
medicamentos.

Descrição da atividade:

RELAÇÃO DE EXAMES E DOCUMENTOS

Se houver a necessidade de consultar a relação de exames e documentos


necessários para a solicitação ou adequação de APAC, realizar os seguintes passos:

1. Na opção “SOLICITAÇÃO” selecionar: relação de exames e documentos;

2. Escolher o parâmetro para a pesquisa: CID ou Protocolo Ou Produto;

3. Digitar o parâmetro desejado;

4. Solicitar a pesquisa;

POSIÇÃO DE ESTOQUE

No relatório de posição de estoque pode ser verificado o estoque diário dos


medicamentos armazenados na unidade:

1. Na opção “RELATÓRIO” selecionar: Posição de estoque;

2. Digitar na opção adicionar produto o nome do medicamento que se quer


verificar o estoque e clicar na lupa para selecionar. Mandar adicionar.
Selecionar Relatório.

3. Se o objetivo é verificar o estoque de todos os itens da unidade, não


selecionar nenhum medicamento em específico e no relatório constará todos
os medicamentos em estoque;

SAÍDAS

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O relatório de Saídas só está disponível a partir de 13 horas de acordo com o
horário de Brasília:

1. Na opção “RELATÓRIO” selecionar: Saída;

2. Digitar na opção adicionar produto o nome do medicamento que se quer verificar


o estoque e clicar na lupa para selecionar. Mandar adicionar. Selecionar Relatório.

3. Se o objetivo é verificar a saída de todos os itens da unidade, não selecionar


nenhum medicamento em específico e no relatório constará todos os medicamentos
em estoque;

ENTRADAS POR PERÍODO

O relatório de Entradas por período só está disponível a partir de 13 horas de acordo


com o horário de Brasília. Nesse relatório podem ser conferidas a quantidade dos
medicamentos recebidos na unidade;

1.Na opção “relatório” selecionar: Entradas por Período;

2. Digitar o período desejado para a pesquisa: data inicial e data final. Selecionar
Relatório.

3. Se o objetivo é verificar a saída de todos os itens da unidade, não selecionar


nenhum medicamento em específico e no relatório constará todos os medicamentos
em estoque;

RELAÇÃO DE USUÁRIOS POR MEDICAMENTO DISPENSADO

O relatório de Relação de Usuários por Medicamento Dispensado permite verificar


todos os pacientes atendidos dentro de um período desejado, para um determinado
medicamento ou para todos;

1. Na opção “RELATÓRIO” selecionar: Relação de Usuários por medicamento


dispensado;

2. Digitar o período desejado para a pesquisa e selecionar Relatório.

MAPA PROGRAMAÇÃO

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O relatório de Mapa Programação permite verificar as saídas da competência atual
(mês) ou anterior, o consumo previsto e a necessidade de reposição dos itens:

1. Na opção “RELATÓRIO” selecionar: “MAPA PROGRAMAÇÃO”

2. Escolher a opção: competência Atual ou anterior;

3. Escolher o Grupo de Financiamento ou selecionar todos os grupos;

4. Pode ser selecionado um medicamento em específico ou se não for selecionado


nenhum medicamento o relatório listará todos os medicamentos com consumo no
período;

5. Escolher a opção de ordenamento: Medicamento ou saldo:

6. Selecionar Relatório;

RELATÓRIO DE ENTRADAS E SAÍDAS

O relatório de Entradas e saídas só está disponível a partir de 13 horas de acordo


com o horário de Brasília. Nesse relatório podem ser conferidas as entradas e
saídas dos medicamentos movimentados na unidade:

1. Na opção “RELATÓRIO” selecionar: Entradas e Saídas;

2. Digitar o período desejado para a pesquisa: data inicial e data final. Selecionar
Relatório.

3. Se o objetivo é verificar a saída de todos os itens da unidade, não selecionar


nenhum medicamento em específico e no relatório constará todos os medicamentos
em estoque;

37
3.7. Recebimento de medicamentos e materiais

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia CEAF, CAPS, SAE, Farmácia Atenção Básica
Objetivos da atividade: Garantir o adequado recebimento dos itens distribuídos pelo ISGH
Recursos necessários: Etiquetas, palletes, identificador de status, formulários padronizados,
caneta.

Descrição da atividade:

1. Receber o recibo de entrega do sistema FASTMEDIC do auxiliar de transporte;

2. Solicitar ao auxiliar de farmácia a conferência.

3. Informar à gestão da unidade que a farmácia iniciará o processo de recebimento e


conferência dos medicamentos e, se preciso, no caso das unidades com 01 auxiliar
de farmácia a dispensação dos medicamentos será suspensa temporariamente até o
término da conferência;

4. Conferir o total de volumes entregues anotado no recibo de entrega; Se a


quantidade de volumes estiver conforme o recibo de entrega, iniciar a conferência
dos itens. Se a quantidade for inferior solicitar que o auxiliar de transporte verifique a
falta do volume no caminhão. Se a quantidade for superior verificar se existe algum
volume identificado com o nome de outra unidade e devolver ao auxiliar de
transporte. NENHUM VOLUME EXCEDENTE DEVE FICAR NA UNIDADE.
DEVOLVER IMEDIATAMENTE AO AUXILIAR DE TRANSPORTE;

5. Checar se todas as caixas estão etiquetadas como nome da unidade de entrega.


Qualquer caixa etiquetada com o nome de outra unidade deve ser devolvida ao
auxiliar de transporte.

6. Conferir os itens entregues (quantidades e lotes). Qualquer divergência deve ser


registrada no sistema no momento do processamento do recibo no sistema. As
caixas etiquetadas como “VOLUME FRACIONADO” devem ser conferidas com
atenção.

7. Assinar todas as vias do recibo de entrega;

38
8. Processar no sistema o recibo de entrega imediatamente após o recebimento.

Obs.: Se no mesmo expediente não der tempo de processar o recibo de entrega,


deixar em local visível e sinalizar no livro de ocorrência para que o auxiliar do
próximo turno processe o recibo;

OBS 1: Se todos os itens entregues estiverem de acordo com a quantidade do


recibo, processar (clicar no relâmpago) e confirmar a pergunta: “deseja aceitar o
recibo de entrega? ” Se a resposta for sim será incluído no estoque da unidade
todos os itens especificados no recibo na sua totalidade;

OBS 2: Se for verificada alguma divergência (quantidade entregue diferente da


quantidade do recibo de entrega, a quantidade recebida deve ser digitada no campo
“quantidade entregue”. Essa informação deve ser colocada nos dois campos: tela
superior (quantidade total) e tela inferior (quantidades de cada lote). Nesse caso a
equipe de separação, conferência e transporte da CAF deve ser digitada no sistema,
assim como o nome do auxiliar que está processando o recibo;

OBS 3: Qualquer divergência deve estar sinalizada pela equipe da CAF nas duas
vias do recibo de entrega. (Observação de item/lote não enviado);

OBS 4: Se for verificado qualquer divergência no recibo de entrega, sem nenhuma


informação registrada no recibo, comunicar imediatamente a CAF.

9. Processar no sistema todos os itens que foram entregues com divergências entre
o recibo e a quantidade entregue. Não esquecer de anotar o nome do separador,
conferencista e auxiliar de transporte e assinar todas as vias do recibo de entrega.

10. Verificar se os itens entregues estão com validade inferior aos estocados na
unidade. Se forem vencer antes, colocar em posição que facilite a saída antes dos
que estão em estoque e sinalizar para o auxiliar do outro turno.

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3.8. Prevenção de perdas por validade

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Unidade de saúde
Objetivos da atividade: Garantia do adequado controle de estoque
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas.

Descrição da atividade:

1. No início do mês relacionar todos os materiais/ medicamentos com validade a


expirar em até três meses, anotando a especificação, lote, quantidade e validade;

2. Enviar o formulário por e-mail para o farmacêutico supervisor;

3. Avaliar as informações enviadas – quantitativos em estoque e verificar a


movimentação dos itens listados na unidade. Se a quantidade em estoque for
superior à demanda registrada no sistema, providenciar o remanejamento para a
CAF ou diretamente para alguma unidade com estoque zerado. Se a quantidade for
inferior a demanda, orientar o auxiliar que acompanhe a movimentação do item;

4. Verificar a Cota padrão do item cadastrada para adequação à real necessidade da


unidade;

5. Providenciar o remanejamento quando aplicável;

6. Dar um retorno à unidade sobre as providências a serem tomadas;

7. No momento da supervisão à unidade solicitar o documento ao auxiliar


administrativo e checar na farmácia se as providências foram tomadas. Caso
negativo informar para a Gerência da CAF;

8. Assinar dando ciência no documento e arquivar;

40
3.9. Verificação e registro diário de temperatura ambiente e
de geladeira

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia Atenção Básica, CEAF, SAE e CAPS
Objetivo: Controle da temperatura ambiente e da geladeira dos termolábeis.
Recursos necessários: Formulários padronizados, caneta

Descrição da atividade:

1. Verificar a temperatura em dois momentos durante o dia: às 10 h e às 16 h;

2. Verificar e Registrar em formulário próprio a temperatura do ambiente que está


marcando no visor como OUT (fora da geladeira);

3. Verificar e Registrar em formulário próprio a temperatura da geladeira que está


marcando no visor como in (dentro da geladeira);

4. Apertar o botão identificado como reset;

5. Sinalizar para a supervisora sempre que a temperatura estiver fora dos padrões
de referência;

6. O formulário deve ser guardado em porta documento e fixado em local visível;

41
3.10. Reposição dos itens do kit de urgência

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia atenção básica e CAPS
Objetivos da atividade: Controle da temperatura ambiente e da geladeira dos termolábeis.
Recursos necessários: Formulários padronizados, caneta

Descrição da atividade:

1. Após a utilização dos itens do kit urgência (relação abaixo) o profissional da


unidade ou o gestor deve solicitar por meio de CI a reposição dos itens utilizados
(conforme fluxo anexado e modelo de CI).

2. Receber a solicitação dos itens utilizados. Se tiver sido utilizado algum


medicamento a CI deve, OBRIGATORIAMENTE, acompanhar a prescrição médica
com o nome do paciente no qual foi utilizado o medicamento;

3. Não existe mais a necessidade de receber e enviar para a CAF os cascos vazios
dos medicamentos utilizados. Os mesmos devem ser descartados em caixa coletora
na sala de medicação da unidade;

4. Entrar em contato IMEDIATAMENTE com a CAF solicitando a reposição dos itens


utilizados. Esse contato pode ser realizado por telefone ou por e-mail.

5. Guardar a Prescrição médica;

6. Enviar a CI para a CAF;

7. Receber conferir os itens entregues pela CAF, conforme solicitação;

8. Processar o Recibo de Entrega;

9. Movimentar os medicamentos no nome do paciente conforme a prescrição


guardada. Os MMH podem ser movimentados para a Sala de medicação de Forma
Administrativa;

10. Entregar os medicamentos ao gestor da unidade ou profissional responsável


para ser guardado no kit urgência;

11. Arquivar as prescrições;

42
3.11. Realização de inventário

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Unidade de saúde
Objetivos da atividade: Garantia do adequado controle de estoque
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas.

Descrição da atividade:

1. Organizar todos os medicamentos e materiais médicos hospitalares por lote


sempre na véspera da realização do inventário, para facilitar a contagem;

2. Imprimir um balancete antes do início da contagem;

3. Imprimir as planilhas de inventário em duas vias;

4. Iniciar a contagem dos itens anotando na planilha a quantidade de cada lote. Se


for verificado que no estoque físico existe um lote que não está na planilha, o
mesmo deve ser incluído e inserido no sistema. A contagem de cada item deve ser
realizada no mínimo duas vezes por pessoas ou equipes diferentes;

5. Comparar as duas contagens de cada item;

6. Recontar os itens dos quais foi verificado divergências entre as duas contagens.
Essa recontagem deve ser feita quantas vezes forem necessárias até que a
quantidade contada seja coincidente em pelo menos duas das contagens. Essa
quantidade será considerada para fins de ajuste no estoque;

7. Atualizar o inventário;

8. Assinar dando ciência no documento e arquivar;

9. Conferir todos os lançamentos;

10. Imprimir o Balancete após a realização do inventário;

11. Assinar todas as vias da documentação do inventário;

12. Enviar toda a documentação do inventário para a CAF/SMS.

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3.12. Liberação de medicamentos para atividades externas
programadas

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia Atenção Básica
Objetivos da atividade: Garantir o controle adequado da movimentação dos medicamentos
liberados para atividades externas à unidade
Recursos necessários: Papel, caneta, lápis, formulários padronizados, borracha, computador,
pranchetas.

Descrição da atividade:

1. Após o comunicado da gestão (CORES) sobre a ação programada informar que a


quantidade necessária para a atividade precisa ser solicitada com antecedência para
a CAF/ISGH para o email: cafaps@isgh.org.br com a especificação dos
medicamentos necessários com os quantitativos e a data da realização da atividade;

2. Aguardar o envio dos medicamentos pela CAF. A solicitação não deve ser
atendida com o estoque da unidade visto que o quantitativo em estoque pode não
ser suficiente para a atividade e o estoque da unidade não pode ser zerado de uma
única vez;

3. Processar o recibo de entrega;

4. Solicitar à gestão da unidade um documento (CI) para que os medicamentos


possam ser entregues à equipe de saúde responsável pela ação;

5. Após a realização da atividade o profissional responsável deve prestar contas


com a farmácia (com documento padronizado pela SMS) entregando as prescrições
referentes aos medicamentos dispensados. caso exista sobra, os mesmos devem
ser devolvidos;

6. Dar saída no sistema no nome de cada paciente;

7. Arquivar o documento;

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3.13. Dispensação de kit de curativo

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Farmácia Atenção Básica
Objetivos da atividade: Garantir o atendimento adequado dos usuários nas UAPS
Recursos necessários: Papel, Caneta, Lápis, Formulários Padronizados, Borracha,
Computador, Pranchetas

Descrição da atividade:

1. Solicitar documento de identificação e Cartão nacional do SUS;

2. Identificar o nome do paciente nos Mapas: Kit Curativo. Caso o paciente não
esteja na relação de pacientes cadastrados atualizada mensalmente pela Secretaria
Executiva Regional, entrar em contato com o farmacêutico responsável e aguardar
as orientações do mesmo.

3. Verificar os itens e quantidades relacionados no mapa para atendimento do


usuário;

4. Separar os itens;

5. Preencher a Declaração de Recebimento anotando as quantidades que estão


sendo entregues ao usuário a solicitar a assinatura do mesmo;

6. Entregar os itens ao usuário;

7. Movimentar os materiais médico-hospitalares e os medicamentos entregues por


paciente. Nessa movimentação deve ser considerado o número do CRM do
profissional responsável pelo laudo, informado nos mapas ou na documentação de
posse do paciente;

8. A validade do cadastro será de 6 meses;

9. Arquivar as declarações de recebimento e enviar uma cópia para a


CAF/SMS/ISGH;

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3.14. Acondicionamento de termolábeis

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Unidade de saúde
Objetivos da atividade: Garantia do armazenamento adequado dos termolábeis.
Recursos necessários: Papel, Caneta, Lápis

Descrição da atividade:

1. Receber os termolábeis e acondicionar em geladeira imediatamente após o


recebimento;

2. Acondicionar os termolábeis sempre nas prateleiras da geladeira. Evitar a guarda


de produtos na porta;

3. Organizar os termolábeis na geladeira de forma que fique na frente a validade que


vai expirar primeiro; organizar de forma a garantir a adequada circulação de ar no
interior da geladeira;

4. Evitar a abertura da geladeira de forma desnecessária;

5. Manter a geladeira em boas condições de higiene;

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3.15. Acompanhamento de processos administrativos

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: COAF
Objetivos da atividade: Realizar o acompanhamento de processos administrativos recebidos
pela Coordenadoria de Assistência Farmacêutica
Recursos necessários: Computador.

Descrição da atividade:

1. Inicialmente, o estagiário será orientado sobre os tipos de processos que chegam


a Coordenadoria, qual conduta deverá ser abordada para resposta destes e qual
setor deverá ser encaminhado para sua conclusão.

2. O acesso será realizado através do site:


https://sistemas.sepog.fortaleza.ce.gov.br/guardiao/index.aspx, por meio de login e
senha do preceptor.

3. Na página inicial com módulos, clicar em Sistema de Protocolo Único (SPU) e em


seguida em Caixa de Análise.

4. No campo filtro de período, clicar em ¨PROCESSOS POR PERÍODO” e definir a


data inicial e final da pesquisa.

5. Em “RESPONSÁVEIS”, inserir o nome do preceptor, e clicar em buscar.

6. De acordo com orientação prévia do preceptor, selecionar o tipo de processo


indicado por ele.

7. Clicar em “DETALHES” e após isso em “VISUALIZAR PROCESSO” no topo da


página para materializar o documento.

8. Será exibido em uma nova guia, documentos anexados necessários para registro
da solicitação do processo.

9. O estagiário deverá observar se todos os requisitos para aquele tipo de processo


(orientação do preceptor) foram cumpridos.

10. Feito isso, ele deve editar a resposta padrão com os dados do paciente, retornar
para a guia da caixa de análise, marcar o processo a ser respondido e clicar em
“ENCAMINHAR”.

11. Preencher as informações de destino (conforme orientações), anexar o


documento para assinatura do gestor e clicar em “ENCAMINHAR PROCESSO”.

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12. O processo foi concluído no SPU. A comunicação com as UAPS é feita através
de planilhas disponíveis no drive do email indicado.

13. A planilha “Controle de Processos” deverá ser preenchida em todos os


processos, as de “Lesão Medular”, “Curativos” e “Risperidona” serão preenchidas
apenas em processos designados a esse segmento.

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3.16. Recebimento dos processos de forma virtual
dietas/fraldas/medicamentos

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Setor Judicial - COAF
Objetivos da atividade: Garantir o cumprimento de ação judicial contra a Prefeitura de
Fortaleza.
Recursos necessários: Papel, Caneta, Lápis, Formulários Padronizados, Borracha,
Computador, Pranchetas.

Descrição da atividade:

PROCEDIMENTOS DO SETOR CONTÁBIL:

1. Receber do setor CEPROD/SMS os processos empenhados mediante tramitação


no SPU para COAF, encaminhar para caixa do setor contábil, este realizar a
conferência do empenho com as CIs de compra, para verificar se as quantidades e
produtos correspondem o que foi solicitado e/ou cotado, verificar se o valor, produto
e quantidade do empenho está de acordo com o valor da planilha de compra que
consta nos autos do processo;

2. Inserir os dados na planilha interna de acompanhamento dos empenhos;

3. Encaminhar o empenho por e-mail para o fornecedor, setor judicial


(judicial.celaf@gmail.com) e Central de Abastecimento Farmacêutico – CAF;

RECEBIMENTO CAF / ENTREGA DO ITEM

4. De posse do empenho, acessa o processo virtual, planilha os dados necessários


para acompanhamento da entrega do item

5. O recebimento é realizado às terças e quintas;

6. No ato do recebimento é conferido as NFs emitidas pelo fornecedor os valores,


quantidades e marca correspondem o que foi empenhado no processo;

7. Verificar se o fornecedor realizou o envio das certidões negativas e recibo, se não


tiver não poderá ser realizado o recebimento;

8. Realizar o recebimento do material na quantidade e marca especificada no


empenho;

9. Realizar o armazenamento na CAF no corredor específico para itens do Setor


Judicial e o material é identificado com o nome e produto;

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10. As notas fiscais são atestadas pelo técnico responsável com: número do
processo, fonte, empenho, data do recebimento, assinatura e carimbo com CPF;

11. O Técnico realiza a entrada da nota fiscal no sistema de controle de estoque


(HORUS) e imprimir e anexar junto a NF, protocola para o setor contábil, salva o
backup da entrada do HORUS no servidor/pasta do judicial;

12. Os processos em que foram recebidos o material na CAF, são gerados os


TERMOS DE RECEBIMENTO pelos técnicos responsáveis por cada item,
DIETA/FRALDA, no caso da FRALDA, repassa os TERMOS DE CUMPRIMENTO,
com a cópia do empenho para o COAF/NUJUD, para a devida análise (conferência
junto a aquisição e último atendimento), este encaminha ao apoio do judicial para
agendar os pacientes, no caso do MEDICAMENTO os próprios técnicos organizam o
agendamento;

13. No caso do item FRALDA, após recebimento do item na CAF

14. O funcionário de apoio liga para os pacientes através do telefone que consta nos
autos do processo e é solicitada que o paciente/responsável que venha fazer a
retirada do produto e traga os documentos (RG ou xerox do autenticada);

FINALIZAÇÃO DO PROCESSO

15. Após entrega do item os TERMOS de recebimento são escaneados pelo


funcionário do apoio judicial, salvos da seguinte forma: 1. Servidor, pasta do
paciente, nomeando o arquivo pelo item e período equivalente, 2. Servidor, pasta
PROCESSOS VIRTUAIS FINALIZADOS, na pasta correspondente ao item
(DIETA/FRALDA/MEDICAMENTO), renomeando o arquivo para: PROCESSO Nº e
EMPENHO Nº, os termos originais deverão ser arquivados em caixas adequadas e
identificadas.

16. O Setor Contábil, acessa os arquivos dos TERMOS, anexa ao processo


empresa que se encontra em sua caixa, no SPU, bem como toda a documentação
necessária para finalização do processo junto ao setor financeiro da Secretaria,
planilha os dados necessários em planilha interna e tramita o processo para
CECONTA/SMS.

17. As técnicas da mesma forma inserem os TERMOS DE RECEBIMENTO, aos


processos dos pacientes, que retornaram do setor compras judiciais COMPJUD, na
fase da formatação do processo de aquisição dos itens solicitados, e arquiva os
processos.

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3.17. Armazenamento de medicamentos

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Setor Judicial - COAF
Objetivos da atividade: Procedimentos para armazenar a medicação de pacientes com
mandados judiciais em local seguro, protegido da luz, do calor, da umidade, distante da parede e
sem contato com chão.
Recursos necessários: Papel, Caneta, Lápis, Formulários Padronizados, Borracha, Computador,
Pranchetas.

Descrição da atividade:

1. Os medicamentos recebidos do fornecedor pelo farmacêutico, são dispostos de


forma adequada para facilitar o acesso, a identificação, o manuseio e o controle.

2. Separar e armazenar os medicamentos por paciente e por ordem alfabética na


prateleira.

3. Armazenar os medicamentos controlados em um armário de acesso restrito, que


deve ser mantido trancado, com a chave guardada em local seguro.

4. Armazenar os medicamentos termolábeis em geladeira, a temperatura da


geladeira deverá ser mantida entre 2ºC e 8ºC. Caso congele, deve ser desprezada,
pois se torna imprópria para a utilização.

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3.18. Atendimento de pacientes

Eixo: Gestão em Saúde


Cenário de prática: Setor Judicial - COAF
Objetivos da atividade: Garantir o cumprimento de ação judicial contra a Prefeitura de Fortaleza.
Recursos necessários: Computador, material de escritório e carimbo de identificação.

Descrição da atividade:

1. Atender o paciente e solicitar os documentos de identificação (documento com


foto ou xerox autenticada, cartão do SUS). Caso o responsável venha receber,
solicitar também seu documento com foto ou Xerox autenticada.

2. Verificar se o paciente é cadastrado no Sistema Hórus e se estar no período de


recebimento;

3. O profissional digita o termo de recebimento que deve conter o número do


processo, número do mandado de segurança, data de entrega, nome do(s)
produto(s), lote e validade do(s) item (ns), quantidade entregue, data do retorno
(somente para Insulina), nome e RG do responsável pelo recebimento;

4. Imprimir o termo de recebimento emitido pelo Hórus em 3 (três) vias, caso o


sistema não esteja operante, preencher o formulário manualmente em 3 (três) vias;

5. O profissional assina as 3 (três) vias e carimba.

6. Conferir quantitativo, lote e validade do(s) produto(s) com o paciente ou


responsável e solicitar a assinatura do mesmo nas 3 (três) vias;

7. Entregar a mercadoria, junto com uma via do termo de recebimento emitido pelo
Sistema Hórus ao paciente ou responsável;

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