Memorex - Rodada 6

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Memorex TJ GO – Analista – Área Judiciária– Rodada 06

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................................. 4
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS .................................................................... 16
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 18
DIREITO CIVIL ............................................................................................................... 38
PROCESSO CIVIL .......................................................................................................... 46
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................... 60
DIREITO PENAL ............................................................................................................. 69
PROCESSO PENAL......................................................................................................... 86
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ............................................................................... 94

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
DE ENCONTRO X AO ENCONTRO

DE ENCONTRO: tem o sentido de “em oposição a”, “contra”. HÁ UM


SIGNIFICADO DE DIVERGÊNCIA.

Exemplos: o trem foi de encontro ao poste.


“contra” o poste.
O conteúdo da palestra foi de encontro aos meus princípios.
“contrário” aos meus princípios.

AO ENCONTRO: tem o sentido de “favorável a”, “em direção a”. HÁ UM


SIGNIFICADO DE CONCORDÂNCIA.

Exemplos: Sua visão de mundo vai ao encontro da minha.

“a favor” da minha.
DICA 02
COMPREENSÃO DE TEXTO

COMPREENSÃO: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro do


texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está
explicitamente escrito.

Exemplos de comandos de compreensão de texto:

De acordo com o texto...

Segundo o texto...

Na linha...
Além disso, é necessário analisar os seguintes pontos para ter uma boa compreensão do
texto:

Substantivos e verbos

Pontuação

Período Composto: Coordenação e Subordinação


Conjunções

Sintaxe

Norma coloquial e culta

OBS.: Norma coloquial: é a variante linguística popular.


Norma culta: é a linguagem pautada nas regras gramaticais.

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OBS.: Reescritura de frases  cuidado com o paralelismo sintático!

Exemplo: “Creio e preciso de Jesus Cristo.”  ERRADO.


O verbo “crer” é VTI, pois possui a preposição “em”. O verbo “precisar” é regido pela
preposição “de” e também é VTI. Então, o correto seria dizer:
“Creio em Jesus Cristo e preciso Dele”.
Para acertar uma questão de reescritura de frases você precisa ter domínio das regras
gramaticais e resolver muitas questões!
DICA 03
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

INTERPRETAÇÃO: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do


texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.

Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...

Infere-se...

Anáfora e Catáfora: São importantes na interpretação de texto.

Anáfora (antes): elementos retomados anteriormente.

Exemplo: Estamos ansiosos pelo noivo, o qual é um amor de pessoa.


Veja que “o noivo” não se repete, pois o pronome relativo “o qual” retoma “o noivo”.

Catáfora (depois): elementos retomados posteriormente.

Exemplo: Só almejo isto: pizza!


Veja que o pronome demonstrativo “isto” antecede o referente “pizza”, que aparece
depois.
DICA 04
COESÃO TEXTUAL
A coesão textual é a articulação entre palavras, períodos e parágrafos dentro de um
texto, a fim de que a mensagem seja transmitida de forma clara.

Coesão Referencial: quando há expressões que antecipam ou retomam as ideias,


a fim de evitar repetições.
Coesão Sequencial: são usadas expressões e conectivos para darem sequência aos
assuntos, estabelecendo uma relação com uma ideia que foi anteriormente afirmada.
Coesão Lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos
ou heterônimos. Aqui, há a manutenção do tema sem repetições vocabulares.
DICA 05
COERÊNCIA
A coerência traz uma relação lógica entre as ideias, já que elas devem se
complementar. Então, é o resultado da não contradição entre as partes do texto.
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O texto pode estar perfeitamente coeso, mas incoerente. Veja os tipos de coerência
abaixo:

Coerência sintática: tem o condão de evitar a ambiguidade e garantir o uso


adequado dos conectivos. Os elementos da oração precisam estar na ordem correta
para entender a frase.
Coerência semântica: é o desenvolvimento lógico das ideias com a construção de
argumentos harmônicos e sem contradições.
Coerência temática: é a relação de concordância entre o enunciado e o texto.
Coerência pragmática: trabalha a sequência de fatos e relações de um texto, o qual
deve obedecer à coerência pragmática. Por exemplo, se você faz uma pergunta, a
sequência de fala esperada é uma resposta. Caso isso não ocorra, haverá uma
incoerência pragmática.
Coerência estilística: diz respeito à variedade linguística adequada e que deve ser
mantida no decorrer do texto. Por exemplo, você inicia uma redação com linguagem
culta e termina o texto com uma linguagem informal. Isso demonstra que sua redação
possui uma incoerência estilística.

Coerência genérica: adequação ao gênero textual. Quando a intenção é contar


uma história, o conto ou a crônica são opções cabíveis.
DICA 06
TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS
A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações que
aparecem nele, considerando suas características internas.
Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a função do
texto na sociedade e as características internas desse texto.
Esse é um assunto que a banca UFG gosta muito de cobrar também! Portanto, revise
bem as dicas abaixo e resolva questões sobre isso!

Gêneros Tipos textuais

Notícia Narrativo, Descritivo


Receita culinária Injuntivo
Bula de remédio Injuntivo, Descritivo
Reportagem Narrativo, Dissertativo

DICA 07
TIPO NARRATIVO E TIPO DESCRITIVO
Na narração o objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou
imaginários).

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Na descrição há características de uma pessoa, de um objeto, de uma paisagem, de
uma situação.

DETALHES SOBRE A “NARRAÇÃO” DETALHES SOBRE A “DESCRIÇÃO”

Predominância de verbos no pretérito Há detalhamentos e


perfeito, mas poderá haver verbos no simultaneidade.
PRESENTE, referindo-se ao passado
(presente histórico). Ex.: O amor estava de
vestido vermelho, recostado no sofá
cheio de almofadas mofadas.
Há evolução cronológica
(antes e depois).

DICA 08
TIPO INJUNTIVO, DIALOGAL E PREDITIVO

O tipo injuntivo possui a finalidade de instruir e orientar o leitor. Desse modo é


utilizado verbo no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, com indeterminação
o sujeito.

Ex.: bulas de medicamentos e leis.


Como o próprio nome já diz, no tipo dialogal há um diálogo entre interlocutores.

Ex.: entrevista, conversa telefônica, chat do Instagram ou Facebook, conversa


no Whatsapp.

O tipo preditivo “prediz”, “diz antes”. Indica uma previsão ou informação sobre o
futuro, antecipando os eventos que, de acordo com o enunciador, acontecerão. Os
horóscopo e profecias são exemplos do tipo preditivo.
Por isso, é predominante o uso de verbos no futuro. Os interlocutores discordam,
concordam, concluem, justificam e exemplificam suas conversas.
DICA 09
TIPO ARGUMENTATIVO
Possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese
defendida.

Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões.

A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução,


desenvolvimento e conclusão.

Na introdução – Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema


escolhido. A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui,
não é feita argumentação da tese.

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No desenvolvimento – O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese,
apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver
uma sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões
históricas...

Na conclusão – Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos


apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de
intervenção.
DICA 10
CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES DISCURSOS
Jornalístico: seu intuito é informar. É caracterizado por ser informativo, normalmente
sem teor opinativo, ou seja, uma das marcas do discurso jornalístico é a impessoalidade.
Ademais, apresenta um acontecimento real com linguagem formal e clara.

Político: é persuasivo e expressa os pontos de vista do emissor ou de enunciadores


que representa, e por informações de valores políticos, religiosos, bem como sociais.

Acadêmico: ele veicula o fruto de investigação científica, filosófica ou artística. Possui


o condão de expor o objeto de estudo. Está dividido entre o discurso oral, como palestras,
e o discurso escrito, como resenhas.

Publicitário: é caracterizado pela criatividade, bem como pelo uso do vocativo.


Linguagem coloquial e muito acessível. O discurso publicitário “fetichiza” os
produtos/serviços, por meio de um apelo psicossociológico.

Literário: é de acordo com as normas da literatura. Possui características próprias e


causa emoções no leitor por meio de crônicas, poemas, romances, entre outros. É um
discurso complexo e com multissignificação, diante das variadas interpretações que um
texto literário permite.

Científico: possui linguagem científica e objetiva, não havendo ambiguidade. Expressa


resultados obtidos por meio de uma experiência e o público-alvo são membros da
comunidade científica, os quais possuem interesse naquele objeto de estudo. Portanto, o
discurso científico possui o objetivo de estabelecer uma verdade entre várias possíveis,
por meio de argumentos que evidenciem as provas.
DICA 11
INTERTEXTUALIDADE: PARÓDIA E PARÁFRASE
Paródia e paráfrase são dois tipos de intertextualidade e são usados na literatura,
artes, música, cinema.

PARÁFRASE PARÓDIA

Há a repetição do assunto ou parte de um É uma reformulação do texto e se baseia


texto existente. Preserva-se a ideia inicial. em um caráter contestador.
Parafrasear um texto é o mesmo que Há a alteração do sentido original, para
reescrevê-lo com palavras diferentes, marcar uma ironia ou sarcasmo.
mas preservando o sentido nele exposto.

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DICA 12
FUNÇÕES DA LINGUAGEM

São elementos de comunicação:

emissor – emite a mensagem

receptor – recebe a mensagem

mensagem – conteúdo que é transmitido pelo emissor

código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem

referente - contexto relacionado a emissor e receptor

canal - onde circula a mensagem

Funções de linguagem na comunicação:

Função denotativa ou referencial: Enfatiza o referente - o contexto em que o


texto está inserido. É encontrada em artigos científicos e textos enciclopédicos, por
exemplo.

Função emotiva ou expressiva: Há um caráter subjetivo do emissor, o qual emite


opiniões, emoções. O discurso é feito em 1ª pessoa, com exclamações e interjeições.

Função poética: É muito comum em obras literárias. Refere-se a um mundo novo,


criado pela linguagem.

Função fática: É caracterizada pela manutenção da comunicação. O emissor busca


estratégias para manter a interação com o receptor. Há a utilização de expressões
como: Entendeu? Alô?

Função conotativa ou apelativa: A ênfase está no emissor. Há a presença de


verbos no modo imperativo e do vocativo, com o objetivo de indicar a forma como o outro
deve agir.

Função metalinguística: O dicionário é um exemplo. Nessa função, a linguagem


explica a própria linguagem.
DICA 13
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS: DERIVAÇÃO

DERIVAÇÃO: a derivação pode ser:

Derivação prefixal: é a inclusão do prefixo à palavra de origem primitiva.

Ex.: Refazer  A palavra primitiva é “fazer”. Ao colocar o “re” antes da palavra,


forma-se a derivação prefixal.

Derivação sufixal: é a inclusão do sufixo à palavra de origem primitiva.

Ex.: estudante, felicidade.

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Derivação parassintética/parassíntese: há a inclusão de um prefixo e de um
sufixo à palavra.

Ex.: Entardecer → a palavra primitiva é “tarde” e quando se acrescenta o “en” no


início e o “cer” no final → Parassíntese.
Derivação regressiva: quando existe um processo de redução na palavra
primitiva. Nesse caso, os substantivos são chamados de deverbais, pois perdem o –r
no final dos verbos. Então, há uma supressão da palavra primitiva, gerando uma
derivada.

Ex.: mergulho (de mergulhar).

Derivação imprópria: Aqui, há uma alteração semântica na nova palavra. Há uma


mudança de classe gramatical.

Ex.: Substantivo derivado de adjetivo:

→ Essa blusa é veneziana (adjetivo)


→ A veneziana do meu quarto é feia! (substantivo)
DICA 14
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS: COMPOSIÇÃO

COMPOSIÇÃO: justaposição ou aglutinação.

JUSTAPOSIÇÃO: Nesse caso, os termos irão se juntar e os radicais não sofrerão


alterações em sua estrutura.

Ex.: Gira + sol = girassol


Passa + tempo = passatempo
Couve + flor = couve-flor

AGLUTINAÇÃO: Nesse caso, quando os termos se juntam, os radicais acabam


sofrendo uma alteração.

Ex.: Eu amo colocar vinagre na comida – VINAGRE (vinho e acre)

QUESTÃO UFG, 2018.


(Questão adaptada) O nome do protagonista Mário Lago é um elemento que garante a
coerência do título “Predestinação” com o texto, o que se pode afirmar, portanto, que
o nome dado ao personagem é fruto de uma:
A) composição por aglutinação. CERTO. Mar + rio + lago = Mário lago. É uma
composição por aglutinação.
B) derivação por parassíntese.
C) composição por justaposição.
Gabarito: a

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DICA 15
GÊNEROS TEXTUAIS CIRCULANTES NOS ÓRGÃOS OFICIAIS

Ata: a ata é o relato das decisões tomadas e dos fatos ocorridos no momento de uma
reunião ou assembleia, segundo uma pauta estabelecida previamente, garantindo a
posterior execução dos acordos que foram tratados.
Lei: a lei é uma norma ou um conjunto de normas jurídicas emanadas por autoridades
competentes, sendo obrigatória onde se cria, modifica ou extingue direito.

Atestado: o atestado é um documento firmado por servidor em razão do cargo que


ocupa, ou função que exerce. O intuito é declarar fato a favor da pessoa declarada.

Certidão: a certidão possui o condão de afirmar a existência de um ato. É um


documento fornecido pela administração ao interessado e quando a certidão é
autenticada, ela possui o mesmo valor probatório do original, como documento público.
E-mail: o e-mail como gênero textual pode ser considerado um documento oficial.
Desse modo, deve-se evitar o uso de linguagem que não seja compatível com uma
comunicação oficial.
Já, o e-mail como endereço eletrônico é utilizado pelos servidores públicos e deve ser
oficial, existindo o uso da extensão “.gov.br”, por exemplo.
DICA 16
GÊNEROS TEXTUAIS CIRCULANTES NOS ÓRGÃOS OFICIAIS
Portaria: a portaria é caracterizada por ser um ato administrativo expedido por
autoridade pública. Assim, é por meio dela que são dadas instruções para se executar um
serviço, uma medida disciplinar, uma demissão, o cumprimento de uma lei, entre outros.
É muito comum a portaria ser um modo pelo qual a autoridade estabelece normas a fim
de disciplinar a conduta daqueles que são subordinados a ela.

Decreto: o decreto possui a finalidade de especificar a lei. Ele esclarece os


mandamentos da lei e facilita a sua execução. Caracteriza-se por ser um ato
administrativo de competência dos Chefes do Legislativo, do Executivo e do Judiciário,
destinados a prover situações individuais ou gerais, abstratamente previstas, de modo
implícito ou expresso na lei.

Ofício: o ofício caracteriza-se por ser uma comunicação administrativa entre


autoridades ou entre autoridades e particulares. O foco é tratar de assunto oficial.

Memorando: o memorando caracteriza-se por ser uma comunicação oficial interna


entre as unidades administrativas de um mesmo órgão.

Aviso: o aviso é a comunicação expedida de forma exclusiva por Ministros de Estado,


para autoridades da mesma hierarquia.
CUIDADO! O novo Manual de Redação Oficial da Presidência da República unificou o
ofício, o memorando e o aviso, adotando uma nomenclatura única, que se chama de
padrão ofício. Portanto, foi abolida a distinção entre ofício, aviso e memorando, e
passou-se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses.

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DICA 17
PRONOMES DE TRATAMENTO NA REDAÇÃO OFICIAL
Os pronomes de tratamento são usados para a comunicação com autoridades. Em que
pese tenham caído em desuso, ainda são utilizados na redação oficial.
Desse modo, vale destacar que os pronomes de tratamento se referem à segunda pessoa
(à pessoa com quem se fala), mas levam a concordância para a terceira pessoa. Assim,
utilize como base a concordância do “você”.

Ex.: Vossa Excelência designará seu secretário.


Vossa Senhoria nomeará seu substituto.

→ Importante salientar que os adjetivos referentes a esses pronomes concordam com o


“sexo” do ouvinte.

Ex.: Vossa excelência está ocupado.  Se o interlocutor for homem.


Vossa excelência está ocupada.  Se o interlocutor for mulher.

“Vossa Excelência” é utilizado para (os exemplos são meramente exemplificativos):

PRESIDENTE E VICE

PREFEITO E GOVERNADOR

MINISTROS DE ESTADO

EMBAIXADORES

OFICIAIS-GENERAIS

SECRETÁRIOS EXECUTIVOS E DE ESTADO E CARGOS DE NATUREZA


ESPECIAL

MINISTROS DO TCU

SENADORES E DEPUTADOS

PRESIDENTE DE CÂMARA LEGISLATIVA MUNICIPAL

MINISTROS DO STF, STJ, STM, TST, TSE

TOME NOTA! O pronome Sua Excelência é usado a fim de se referir a alguma


autoridade de forma indireta.

Ex.: A Sua Excelência o Ministro de Estado Chefe da Casa Civil (no endereçamento do
expediente, por exemplo).
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DICA 18
PRONOMES DE TRATAMENTO NA REDAÇÃO OFICIAL
Na redação oficial os pronomes de tratamento serão utilizados em três momentos
distintos: no vocativo, no endereçamento e no corpo do texto.

VOCATIVO: O autor dirige-se ao destinatário no início do documento.


OBS.: SEMPRE haverá vírgula após o vocativo!
VOCATIVO = “CHAMAMENTO”

Ex.: Senhor Deputado,


Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

OBS.: O vocativo “Excelentíssimo” é utilizado para os Presidentes dos 3 Poderes.


O vocativo “Senhor” é utilizado para as outras autoridades.

CORPO DO TEXTO: é usado para se referir ao destinatário dentro do


texto. Importante salientar que pode ser utilizado de forma abreviada ou não.

Ex.: Convido Vossa Excelência a comparecer ao gabinete XXX para...

ENDEREÇAMENTO: é o texto usado no envelope que abarca a


correspondência oficial.

Ex.: A Sua Excelência o Senhor


[Fulano]
Ministro do Estado dos Transportes
Ministério dos Transportes
Esplanada dos Ministérios, Bloco X
70033-903 Brasília. DF

OBS.: Veja que o “Sua Excelência” deve ser usado quando falamos com
outros indivíduos que não a própria autoridade. Assim, como o endereçamento
será lido pelo entregador da mensagem e não pela autoridade  é utilizado o
“Sua Excelência”.
Isso já foi visto da dica anterior, mas sempre é bom reforçar!

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ATENÇÃO!

“Ilustríssimo” e “Digníssimo” foram abolidos das comunicações oficiais.

CUIDADO! Presidente da República, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal


Federal → para tratamento no corpo do texto → utilizar “Vossa Excelência” → NÃO
PODENDO ABREVIAR!
DICA 19
PRONOMES DE TRATAMENTO NA REDAÇÃO OFICIAL

Veja abaixo como são utilizados os pronomes de tratamento para se referir às


seguintes autoridades:

Oficial das Forças Armadas:


Endereçamento: A Sua Excelência o Senhor.
Vocativo: Senhor + posto ocupado.
Tratamento no Corpo do Texto: Vossa Excelência
OBS.: Quanto à abreviatura  V. Exa.

Demais postos militares:


Endereçamento: Ao Senhor.
Vocativo: Senhor + posto ocupado.
Tratamento no Corpo do Texto: Vossa Senhoria.
OBS.: Quanto à abreviatura  V. Sa.

Presidente da República, do CN e do STF:


Endereçamento: A Sua Excelência o Senhor.
Vocativo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal
Tratamento no Corpo do Texto: Vossa Excelência.
OBS.: Quanto à abreviatura  Não se usa.

Vice-Presidente da República, Ministro de Estado, Secretário Executivo


de Ministério, Embaixador, Senador, Deputado Federal, Ministro do
Tribunal de Contas da União e Ministro dos Tribunais Superiores:
Endereçamento: A Sua Excelência o Senhor.
Vocativo: Senhor Vice-Presidente da República
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Senhor Embaixador
Senhor Senador
Tratamento no Corpo do Texto: Vossa Excelência.
OBS.: Quanto à abreviatura  V. Exa.

ATENÇÃO!

Os exemplos são meramente exemplificativos e os que mais caem em prova!

DICA 20
TRATAMENTO DAS AUTORIDADES NO DECRETO 9.758/19
O Decreto 9.758/19 alterou as formas de tratamento das autoridades. De acordo com o
decreto mencionado, não existe mais o vocativo Excelentíssimo, tampouco o tratamento
Vossa Excelência nas correspondências oficiais.
Portanto, o tratamento entre agentes públicos federais é “Senhor”, conforme o decreto
(mas há exceções → em que o MRPR será utilizado – art. 1º, §3, do decreto).

Ainda, o artigo 3º, §1, do decreto dispõe que “O agente público federal que exigir o uso
dos pronomes de tratamento de que trata o caput, mediante invocação de normas
especiais referentes ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo modo.”

DICA! Se na questão for utilizado como referência o MRPR → Uso do Vossa


Excelência, Excelentíssimo, entre outros aqui vistos.

Se na questão for utilizado como referência o Decreto 9.758/19 → Uso do “Senhor”


para as autoridades (lembrando que há exceções). A tendência é que as bancas evitem a
cobrança deste decreto em provas por haver conflito.

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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS
DICA 21
HIDROGRAFIA
O estado se apresenta como um tripartite divisor de águas, por ter dispersão de cursos
d’água que compõem grandes bacias hidrográficas brasileiras, sendo a drenagem do norte
vinculada à Bacia do Tocantins-Araguaia, a do sul à Bacia do Paraná e do sudoeste à Bacia
do São Francisco.
Bacia Tocantins-Araguaia: rios Caiapó, Vermelho, do Peixe, Paraná, Maranhão.
Bacia Paraná: rios São Marcos, Meia Ponte, Corumbá, Paranaíba.

Rio Meia Ponte, um dos rios mais importantes do estado e passa pelos municípios de
Inhumas e Bela Vista, garante o abastecimento de água de alguns municípios e das
três maiores cidades do estado: Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.

Rio Paranaíba é muito importante para o transporte da produção agrícola e geração de


energia elétrica.
Bacia São Francisco: rios Verde Grande, Preto, Paracatu.
Tem duas importantes lagoas, a Feia e a Formosa.
DICA 22
CLIMA E RELEVO
Bioma Cerrado, um tipo de Savana, mais diversificado do mundo. É uma
vegetação arbustiva. O Cerrado é dividido em domínios: mato grosso goiano, campo
limpo, campo sujo, campo rupestre, formações savânicas, cerradão, mata seca,
mata de galeria e mata ciliar.
Solo avermelhado e acastanhado principalmente, profundo e ácido, pobre em
calcário. Principal classe presente na região é o de latossolo.
Apesar do elevado nível de desmatamento registrado desde a década de 1960, Goiás
manteve reservas da mata nativa em algumas regiões, o que leva a recorrentes
embates entre fazendeiros e ambientalistas.
Relevo bastante variado, com planaltos, chapadas, vales e depressões, a depender
da região. Possui dois parques nacionais de preservação, o das Emas e o da
Chapada dos Veadeiros, sendo considerados pela UNESCO como patrimônio
natural da humanidade.
DICA 23
CLIMA E RELEVO
Ponto mais alto do Estado é o Morro do Pouso Alto, em Alto Paraíso de Goiás, com
1.676 metros de altitude.
Clima tropical de savana ou semiúmido, com duas estações bem definidas,
chuvosa (abril a outubro) e seca (outubro a março). Influência da massa polar

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atlântica no outono e no inverno, e influência da massa equatorial continental na
primavera e no verão.
O principal manancial hidrotermal do estado de Goiás está localizado nos
municípios de Caldas Novas e de Rio Quente. Estudos recentes demonstram que as
águas termais se originam da infiltração das águas da chuva no solo em grandes
profundidades.
ATUALIDADES DO ESTADO DE GOIÁS
DICA 24
10º ESTADO MAIS COMPETITIVO
O Estado de Goiás voltou a ser um dos 10 estados mais competitivos do país,
segundo a edição 2021 do Ranking de Competitividades dos Estados.
Quatro indicadores contribuíram para que Goiás voltasse a ocupar a 10ª colocação
do ranking. O estado subiu cinco colocações em segurança pública, cinco em
inovação, três em eficiência da máquina pública e uma em sustentabilidade social.
Apesar da ascensão em algumas áreas, outras tiveram queda, como o capital
humano, sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social.
DICA 25
DESMATAMENTO NA CHAPADA DOS VEADEIROS
O desmatamento do Cerrado está cada vez mais difundido, e um projeto de decreto
legislativo que tramita na Câmara dos Deputados em 2021 propõe diminuir em
aproximadamente 72% a área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros para
favorecer a agricultura.
O deputado Federal Delegado Waldir (PSL) que apresentou a proposta, alegando que
“Apesar de o Parque contribuir com a preservação ambiental, o aumento de seu
tamanho prejudica os agricultores da região”.
O parque já teve 625 mil hectares, quando foi criado em 1961 pelo presidente
Juscelino Kubitschek, está hoje com 240 mil hectares e o projeto pretende diminuir
para 65 mil hectares. Enquanto áreas de floresta e cerrado nativo reduziram, o
espaço ocupado por pastagens e plantio, de soja principalmente, aumentou.
Em 20 anos, as plantações aumentaram de área em 305%, segundo o MapBiomas.
O estado de Goiás é o segundo que mais desmata o cerrado, segundo o Prodes
só em 2020 foram 724,52 km² desmatados em solo goiano.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 26
PODER LEGISLATIVO
DISPOSIÇÕES GERAIS

O tema sobre o Poder Legislativo corresponde aos arts. 44 ao 58, da Constituição Federal.
O Poder Legislativo é exercido pelo congresso nacional, o qual é composto pela camâra
dos deputados e senado federal.
A legislatura é o período de trabalhos das Casas Legislativas (Congresso, Câmara e
Senado) e tem duração de 4 anos.

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

Composta pelos Deputados Federais. Composto pelos Senadores.

Representantes do povo. Representantes dos Estados e do


Distrito Federal.

A escolha dos deputados federais respeita o A escolha dos senadores respeita o


sistema proporcional sistema majoritário.

O número de deputados varia de acordo Cada um deles elegerá o número fixo de


com a população, devendo respeitar o 3 (três) senadores.
número mínimo de 8 (oito) e o máximo
de 70 (setenta). Cada senador é eleito com 2 (dois)
suplentes.
Os Territórios elegerão 4 (quatro)
deputados.

Mandato de 4 (quatro) anos. Mandato de 8 anos, sendo renovado de


quatro em quatro anos, alternadamente
por um e dois terços (ou seja, em uma
eleição escolhe-se 1 senador, em outra
são escolhidos 2).

IMPORTANTE: função do Poder Legislativo é a de controle externo da


administração pública, que compreende a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração
direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, que será exercida com auxílio do tribunal de
contas.
DICA 27
PODER LEGISLATIVO - CÂMARA DOS DEPUTADOS
Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

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Autorizar, por 2/3 dos seus membros, a instauração de processo contra o
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 70 (setenta) dias após a abertura da
sessão legislativa;

Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.


As competências da Câmara dos Deputados estão previstas no art. 50, da CF. As
competências listadas acima são as mais importantes, ressaltando a de autorizar a
instauração de processo contra o Presidente da República.
Essa autorização é aplicada tanto para os processos comuns, instaurados em face do
presidente, quanto para os processos que versam sobre crime de responsabilidade
(impeachment).
DICA 28
PODER LEGISLATIVO - SENADO FEDERAL
O rol de competências privativas do Senado Federal é bem mais amplo do que o da
Câmara dos Deputados. Merece destaque as seguintes competências:
processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade;
suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.


avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua
estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União,
dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por
dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais
cabíveis.”
Merece destaque a competência para julgamento do Presidente da República e dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade, principalmente
pelo momento de tensão política em que o Brasil se encontra.
Em todos os casos de julgamento de crimes de responsabilidade, o Presidente do
Supremo Tribunal Federal será o presidente do julgamento da autoridade.
A condenação depende do voto de 2/3 dos membros do Senado Federal.
São previstas a aplicação das seguintes sanções, sem prejuízo das demais sanções
judiciais cabíveis:
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Perda do cargo;
Inabilitação, por 08 (oito) anos, para o exercício de função pública.
DICA 29
PODER LEGISLATIVO - REUNIÕES
O Congresso Nacional se reúne do dia 02 de fevereiro até 17 de julho; e do dia 1º de
agosto até 22 de dezembro.

Sessões preparatórias – cada uma das casas legislativas (Câmara e Senado) vão se
reunir a partir do dia 1º de fevereiro do primeiro ano da legislatura, para a posse dos
membros e para a eleição das respectivas Mesas (compreende o Presidente da Câmara e
do Senado, Vice-presidente, 1º Secretário, 2º Secretário).

Sessões conjuntas: são as reuniões em que a Câmara dos Deputados e o Senado


Federal se juntam para:
inaugurar a sessão legislativa;
elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
conhecer do veto e sobre ele deliberar.
O primeiro ano após as eleições dá início a legislatura, que compreende o período de 4
anos, coincidente com o período do mandato dos deputados.

ATENÇÃO!

O mandato dos senadores é de 8 anos, ou seja, eles representam o seu respectivo


estado ou DF por duas legislaturas.
Atenção para as nomenclaturas:

Legislatura – período de quatro anos;

Sessão legislativa – período anual de atividade do Congresso.


(02 de fevereiro até 22 de dezembro)

Período legislativo – período semestral de reunião do Congresso.


(02 de fevereiro até 17 de julho e 1º de agosto até 22 de dezembro).

DICA 30
PODER LEGISLATIVO - COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO
Outro assunto que ganhou bastante visibilidade no cenário nacional nos últimos meses foi
a CPI da COVID. Por isso, é um assunto que pode ser cobrado na prova, pois é uma
importante ferramenta do Poder Legislativo de fiscalização e apuração.

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Por esta razão, vale conferir o que a Constituição Federal dispõe sobre o tema.
“Art. 58, §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.”
Do dispositivo constitucional, vale ressaltar:
CPI detém poderes de investigação próprios das autoridades judiciais;
Criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, conjunta ou
separadamente;
Requerimento de 1/3 no mínimo de seus membros;
Apuração de fato determinado e por prazo certo;
As conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público para que promova as
responsabilidades civil e/ou criminal dos infratores.
A composição dos integrantes da CPI deve respeitar o princípio da representação
proporcional de partidos e blocos partidários.

CPI

PODE NÃO PODE

Quebrar sigilo bancário, fiscal, de Determinar de indisponibilidade de


dados e telefônico (não confundir com bens do investigado.
interceptação telefônica);
Decretar a prisão preventiva (pode
Requisitar informações e documentos decretar somente prisão em flagrante);
sigilosos diretamente às instituições
financeiras ou através do BACEN ou CVM, Determinar o afastamento de cargo
desde que previamente aprovadas pelo ou função pública durante a
Plenário da CD, do Senado ou de suas investigação; e
respectivas CPIs (Artigo 4º, § 1º, da LC
105); Decretar busca e apreensão
domiciliar de documentos.
Ouvir testemunhas, sob pena de
condução coercitiva; Decretar interceptação telefônica

Ouvir investigados ou indiciados.

As regras acima são válidas para CPIs instauradas em âmbito federal e estadual. As CPIs
instauradas nos municípios apresentam poderes mais restritos.
A CPI municipal não poderá ter poderes próprios de autoridade judiciária, pois
isto seria atribuir ao município uma competência que não lhe foi dada pela constituição,
em razão de não ter Poder Judiciário Municipal.

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O STF já decidiu que CPI municipal NÃO pode determinar condução coercitiva de
testemunha.
DICA 31
PODER LEGISLATIVO - IMUNIDADES DOS CONGRESSISTAS
Os membros do Poder Legislativo possuem algumas prerrogativas. Atenção para o fato de
que as prerrogativas estão vinculadas ao cargo e não ao indivíduo que exerce o
cargo.
Tais garantias são irrenunciáveis justamente porque se vinculam ao cargo e não à
pessoa do congressista.
Foro por prerrogativa de função: essa prerrogativa garante ao parlamentar o
julgamento perante órgão específico do Poder Judiciário, e é aplicada para casos de
infrações penais comuns, não se aplica a toda demanda judicial.
Os Deputados Federais e Senadores serão julgados no STF.
Imunidade material: Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente,
por quaisquer de suas opiniões palavras e votos.
Imunidade formal: essa imunidade se refere à prisão e ao processo por crime
praticado pelo parlamentar.
As seguintes prerrogativas (foro por prerrogativa de função, imunidade material e
imunidade formal) começam após a diplomação do parlamentar.
DICA 32
PODER LEGISLATIVO – IMUNIDADE MATERIAL
A imunidade material está relacionada ao conteúdo das manifestações dos
parlamentares.
É importante definir se a manifestação do parlamentar ocorreu dentro ou fora do
Congresso Nacional (entenda-se Câmara dos Deputados e Senado Federal também).
Manifestação fora do Congresso Nacional – só estarão protegidas as declarações se
guardarem conexão com o exercício da função de parlamentar;
Manifestação dentro do Congresso Nacional – a manifestação não precisa guardar
relação com o exercício da função parlamentar.
DICA 33
PODER LEGISLATIVO – IMUNIDADE FORMAL
A imunidade formal relacionada à prisão significa que os parlamentares não poderão ser
presos, salvo em caso de flagrante de crime inafiançável.
TODAVIA, os parlamentares poderão ser presos caso tenha sentença penal
condenatória transitada em julgado. Portanto, o que se veda é a prisão cautelar, exceto o
flagrante de crime inafiançável.
A imunidade formal relacionada ao processo significa que, quando o STF recebe a
denúncia contra o parlamentar, deve dar ciência à Casa que o parlamentar integra, e por
iniciativa do partido político nela representado, e pelo voto da maioria dos membros,
poderá sustar o andamento da ação penal.

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Caso a Casa decida pela sustação da ação penal, também estará suspensa a prescrição
do crime, com o objetivo de não gerar a impunidade.

RESUMINDO

O parlamentar NÃO pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito inafiançável; e
o processo por crime cometido após a diplomação pode ser SUSTADO.

DICA 34
IMUNIDADES DOS DEPUTADOS E SENADORES
Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de
prerrogativa de foro, imunidade material e imunidade formal.
O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:
Deputados Federais e Senadores – STF
Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem
jurídico atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF
ou TRE.
DICA 35
IMUNIDADE DOS VEREADORES
Os vereadores, integrantes do Poder Legislativo municipal, possuem apenas
IMUNIDADE MATERIAL, que é restrita aos limites do município onde exercem a
função (art. 29, VIII, da CF).
Na CF não há indicação de foro por prerrogativa de função. Mas a constituição do estado
podia até o ano de 2019 fixar o foro por prerrogativa de função.
Nesse sentido vale mencionar a Súmula Vinculante n. 25:
“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa
de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.”
Assim, se um vereador praticar um crime da competência do Tribunal do Júri e
tiver foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Estadual, deverá ser
julgado no juízo do tribunal do júri.

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Sintetizando:

IMUNIDADES PARLAMENTARES

Deputados Senadores Deputados Vereadores


Federais Estaduais e
Distritais

Foro por SIM SIM SIM Fixado na


prerrogativa de Constituição
função Estadual

Imunidade material SIM SIM SIM SIM, mas nos


limites do
município

Imunidade formal SIM SIM SIM NÃO

DICA 36
PROCESSO LEGISLATIVO. FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - DO PROCESSO LEGISLATIVO
CONCEITO (Ministro Alexandre de Moraes): “conjunto ordenado de disposições
que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção
de leis e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”.

O processo legislativo compreende a ELABORAÇÃO de:

emendas à Constituição;
leis complementares;
leis ordinárias;
leis delegadas;
medidas provisórias;
decretos legislativos;
resoluções.

ATENÇÃO!

As MEDIDAS PROVISÓRIAS, teoricamente, NÃO deveriam estar elencadas no art.


59 da CF/88, pois, tratam-se de atos do Poder Executivo, uma vez que são criadas
pelo Presidente da República e não pelo processo legislativo.

Lei complementar disporá sobre a:


elaboração,
redação,
alteração e
consolidação das leis.

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DICA 37
NORMA JURÍDICA
A doutrina de Hans KELSEN, em sua dúplice estrutura:
Normas primárias: têm fundamento de validade na própria Constituição. São as
leis complementares, as leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias,
decretos legislativos e as resoluções, todas de mesmo nível hierárquico.

ATENÇÃO!

O art. 59 da CF/88 também prevê o procedimento para a feitura de EMENDAS À


CONSTITUIÇÃO, mas estas serão hierarquicamente superiores às outras espécies
depois de aprovadas, pois se integram ao próprio texto constitucional.

Normas secundárias: têm fundamento de validade nas normas primárias. São


aquelas que prescrevem a conduta lícita, sendo consideradas somente como conceitos
auxiliares do conhecimento jurídico. As regras secundárias, por sua vez, outorgam
poderes aos particulares ou às autoridades públicas para criar, modificar, extinguir ou
determinar os efeitos das regras do tipo primárias, como, por exemplo, os decretos de
execução.
ESPÉCIES DE PROCESSO LEGISLATIVO
Processo ordinário: o processo que leva a criação das leis ordinárias é bem
parecido com o processo de criação das leis complementares, a diferença está apenas no
quórum de aprovação. Como o próprio nome esclarece, o processo ordinário é destinado a
elaboração de leis ordinárias.
Processo Sumário: também é o processo para elaboração de leis ordinárias, porém
com o prazo máximo de 100 (cem) dias.
Processo Especial: Servirá para outras normas que não as leis ordinárias
Devido processo legislativo: direito público subjetivo dos parlamentares, que
podem impetrar mandado de segurança quando as normas constitucionais referentes à
elaboração de determinada espécie normativa não forem respeitadas.
DICA 38
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO
A Constituição PODERÁ SER EMENDADA mediante proposta:
de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados OU do
Senado Federal;
do Presidente da República;
de mais de ½ (metade) das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela MAIORIA RELATIVA de seus membros.
A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado
de defesa ou de estado de sítio.

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A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros.
A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
NÃO SERÁ OBJETO DE DELIBERAÇÃO a proposta de emenda tendente a abolir:
a forma federativa de Estado;
o voto direto, secreto, universal e periódico (DSUP);
a separação dos Poderes;
os direitos e garantias individuais.

ATENÇÃO!

A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por


prejudicada NÃO PODE ser objeto de nova proposta NA MESMA SESSÃO
LEGISLATIVA.

DICA 39
ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
Os atos que compõem o processo legislativo são: iniciativa, emendas, deliberação e
votação, sanção ou veto, promulgação e publicação.
O processo legislativo ordinário ocorre em 03 (três) fases:
Introdutória: iniciativa de apresentação da proposta, podendo ser de diversas
espécies.
Constitutiva: apresentação de emendas, discussão do projeto, votação e
sanção/veto. Quando ocorre a deliberação parlamentar e executiva; e
Complementar: promulgação e publicação da lei.

INICIATIVA LEGISLATIVA – CONCEITO

CONCEITO: “é a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar


projetos de lei ao Legislativo” (Silva).
A iniciativa das leis COMPLEMENTARES e ORDINÁRIAS cabe:

A qualquer membro ou Comissão:


da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal ou
do Congresso Nacional,

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ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal,
aos Tribunais Superiores,
ao Procurador-Geral da República e
aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

disponham sobre:
criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração;
organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária,
serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de
cargos, estabilidade e aposentadoria;
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem
como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o
disposto no art. 84, VI, da CF/88;
militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
DICA 40
INICIATIVA LEGISLATIVA – ESPÉCIES
Iniciativa privativa/reservada ou exclusiva: só aquela pessoa ou órgão pode
propor o PL.
Iniciativa restrita: o titular só pode propor lei para uma matéria específica (ex:
Estatuto da Magistratura é de iniciativa restrita do Judiciário – art. 93, CF/88).
Iniciativa concorrente: mais de um legitimado pode (Ex.: organização do MPU –
PR e PGR).
Iniciativa conjunta: dois ou mais legitimados são necessários, em conjunto, para
iniciar a lei. Não existe mais no Brasil.
Iniciativa obrigatória/vinculada: o legitimado é obrigado a iniciar o processo
legislativo (Ex.: leis orçamentárias).
Iniciativa da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do
Congresso: afasta o princípio da irrepetibilidade, quando um PL é recusado na fase de
discussão/votação. Só vale para PL.

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Iniciativa geral plena: o legitimado pode propor projeto de lei sobre qualquer
assunto. Não existe no Brasil.
Iniciativa geral: o legitimado pode propor projeto de lei sobre qualquer tema que
não seja privativo/reservado ou exclusivo. No Brasil, é conferida aos Deputados,
Senadores, Comissões, Presidente da República e cidadãos (iniciativa popular).
DICA 41
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

O CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o


AUXÍLIO do TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, ao qual compete:
apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento;
julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário
público;
apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de
Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no item 2
acima;
fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo;
fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal
ou a Município;
prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de
suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,
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financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;
aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de
contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações,
multa proporcional ao dano causado ao erário;
assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
DICA 42
PODER JUDICIÁRIO - DISPOSIÇÕES GERAIS
É inegável que o Poder Judiciário ganhou maior autonomia com a Constituição de 1988,
principalmente institucional
As garantias constitucionais do Poder Judiciário visam assegurar a sua independência e
autonomia.

Para o professor Marcelo Novelino:


A autonomia orgânico-administrativa: está consagrada nas normas que tratam
de suas competências, estrutura e funcionamento (CF, art. 96).
A autonomia financeira: se refere à possibilidade de elaboração e execução de seu
orçamento, nos termos da Constituição (CF, art. 99, §§ 1° a 5°).

FUNÇÃO TÍPICA E ATÍPICA DO JUDICIÁRIO

A divisão dos poderes é feita através da atribuição de cada uma das funções
governamentais (legislativa, executiva, jurisdicional) a órgãos específicos, que levam as
denominações das respectivas funções; assim, temos:

o Poder Executivo,

o Poder Legislativo,

o Poder Judiciário.

É a sistematização jurídica das manifestações do Poder do Estado.


Ressalta-se que, na prática, NÃO existe a separação absoluta entre os poderes, pois
eles se encontram na própria harmonia, tanto é que todos legislam, administram e
julgam. Mas cada um deles possui o que se chama função típica e atípica.
A função típica de um órgão é atípica dos outros, sendo que o aspecto da tipicidade
se dá com a preponderância.

Função típica do judiciário: é julgar (função jurisdicional), dizendo o direito no


caso concreto e dirimindo os conflitos que lhe são levados, quando da aplicação da lei.
Função atípica: possui duas naturezas:

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Natureza legislativa: a elaboração dos regimentos internos dos seus tribunais.
Natureza executiva: administrar, realizando a gestão do seu pessoal, por
exemplo, concedendo férias e licenças aos magistrados e serventuários.
DICA 43
DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
São órgãos do Poder Judiciário:
o Supremo Tribunal Federal (STF);
o Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
o Superior Tribunal de Justiça (STJ);
o Tribunal Superior do Trabalho (TST);
os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (TRF’s e JF’s);
os Tribunais e Juízes do Trabalho (TRT’s e JT’s);
os Tribunais e Juízes Eleitorais (TRE’s e JE’s);
os Tribunais e Juízes Militares (JM’s));
os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios (TJ’s e TJDF)
Sede: O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais
Superiores têm sede na Capital Federal.
Jurisdição: O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em
todo o território nacional.
DICA 44
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre


cidadãos:
com mais de 35 (trinta e cinco) anos de idade e
menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
de notável saber jurídico e
reputação ilibada.
Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da
República, DEPOIS de aprovada a escolha pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado
Federal.
Arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente da Constituição,
será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas:


ações diretas de inconstitucionalidade e
nas ações declaratórias de constitucionalidade

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Produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais
órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal.
No RECURSO EXTRAORDINÁRIO o recorrente deverá demonstrar a repercussão
geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de
que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela
manifestação de dois terços de seus membros.
SÚMULA VINCULANTE: O Supremo Tribunal Federal PODERÁ:
de ofício ou por provocação,
mediante decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros,
após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
Aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante
em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei.
A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre
esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante
multiplicação de processos sobre questão idêntica.
Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula PODERÁ ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá RECLAMAÇÃO ao Supremo Tribunal Federal que,
julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula,
conforme o caso.
DICA 45
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 33 (trinta e três) Ministros
COMPETE ao Superior Tribunal de Justiça:

Processar e julgar, originariamente:


nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e
nos crimes de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais
e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os
do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado,
dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas
mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição,
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Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada
a competência da Justiça Eleitoral;
os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no
art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes
vinculados a tribunais diversos;
as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de
suas decisões;
os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da
União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta,
excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às
cartas rogatórias;

Julgar, em recurso ORDINÁRIO:


os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
for denegatória;
os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando
denegatória a decisão;
as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no
País;

Julgar, em recurso ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última instância,


pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:
contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
DICA 46

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS


São ÓRGÃOS da Justiça Federal:
os Tribunais Regionais Federais;
os Juízes Federais.
Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de:

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no mínimo, 7 (sete) juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e
nomeados pelo Presidente da República
Critério de idade:
dentre brasileiros com mais de 30 (trinta) anos e
menos de 65 (sessenta e cinco) anos,
Quinto constitucional:

sendo: 1/5 (um quinto) dentre:


advogados com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com mais de 10 (dez) anos de carreira;
Os demais:
mediante promoção de juízes federais com mais de 05 (cinco) anos de exercício,
por antiguidade e merecimento, alternadamente.
A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e
determinará sua jurisdição e sede.
Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
Os Tribunais Regionais Federais PODERÃO funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo.
Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por
sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais
caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
DICA 47
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
Os juízes gozam das seguintes garantias:
vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

Art. 93, VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse


público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do
Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

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Aos juízes é vedado:
exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, SALVO uma de
magistério;
receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
dedicar-se à atividade político-partidária.
receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, RESSALVADAS as exceções previstas em lei;
exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos
três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
DICA 48
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de:


15 (quinze) membros;
com mandato de 2 (dois) anos;
admitida 1 (uma) recondução,

COMPOSIÇÃO:
o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;
um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal
Federal;
um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
Trabalho;
um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da
República;
um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da
República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil;
DOIS cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

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Presidência do CNJ: O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal
Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
IMPORTANTE! Lembrando que a exigência constitucional sobre a necessidade de
“notável saber jurídico” não obriga qualquer formação acadêmica em ciências jurídicas.
Portanto, não é necessário que o cidadão seja sequer bacharel em direito para poder ser
indicado.

ATENÇÃO!

Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos


órgãos conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.

DICA 49
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes


para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral
e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de
recursos por turmas de juízes de primeiro grau

justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,


universal e secreto, com mandato de 04 (quatro) anos e competência para, na forma da
lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o
processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além
de outras previstas na legislação.
Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
As custas e emolumentos serão destinados EXCLUSIVAMENTE ao custeio dos serviços
afetos às atividades específicas da Justiça.

DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA


Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias
O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
no âmbito da União: aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios: aos Presidentes
dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais

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Se os órgãos referidos acima NÃO encaminharem as respectivas propostas
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados.
Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites
estipulados, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.
Durante a execução orçamentária do exercício, NÃO poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, EXCETO se previamente autorizadas, mediante a abertura de
créditos suplementares ou especiais.
DICA 50
DOS PRECATÓRIOS
Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de SENTENÇA JUDICIÁRIA, far-se-ão EXCLUSIVAMENTE na
ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e
nos créditos adicionais abertos para este fim.
O disposto acima relativamente à expedição de precatórios NÃO se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas
referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado
É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba
necessária ao pagamento de seus débitos, ORIUNDOS DE SENTENÇAS TRANSITADAS
EM JULGADO, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho,
fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores
atualizados monetariamente.
O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou
tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em CRIME DE
RESPONSABILIDADE e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação,
deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos
débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor
original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos,
RESSALVADOS aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação
administrativa ou judicial.
Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora,
para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento,
informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, do art.
100, para os fins nele previstos
É FACULTADA ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora,
a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do
respectivo ente federado.
A cessão de precatórios somente produzirá efeitos: após comunicação, por meio de
petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.

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Lei complementar à Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para
pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios,
dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação.
A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base
anual, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o
pagamento de precatórios e obrigações de pequeno valor.

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DIREITO CIVIL
DICA 51
SÚMULAS VINCULANTES E NÃO VINCULANTES EM MATÉRIA CIVIL – STJ E STF -
SÚMULA 609/STJ
A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não
houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé
do segurado.
A ideia da sumula foi trazer maior segurança jurídica nas relações entre segurado e
seguradora. Lembrando que aqui estamos diante de uma situação de direito do
consumidor, ok?
Ou seja, diante da inércia da seguradora em pedir exames médicos prévios antes da
celebração do contrato lhe retira o direito de recusa sob o argumento de doença que já
existia, praticando assim a famosa premissa jurídica: O direito não socorre os que
dormem.
DICA 52
SÚMULA 221/STJ
São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de danos decorrente de publicação
pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.
Sumula com evidente objetivo de proteger os direitos da personalidade.
Relembrando: O rol de direitos da personalidade NÃO É TAXATIVO.
Imagine a situação hipotética aonde é publicada uma notícia falsa, completamente
constrangedora, em um jornal de grande circulação nacional, sobre o famoso ator de
filmes e novelas Xisto. Este resolve processar, exigindo indenização por danos morais,
tanto o jornalista que escreveu a fake News quanto o dono do jornal.
DICA 53
SÚMULA STF/340
Desde a vigência do código civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não
podem ser adquiridos por usucapião.
Bens dominicais são os que são de propriedade do Estado, mas não estão
destinados à utilização de cunho público (como uma praia, por exemplo). Tanto o bem
público quanto o dominical são vedados de serem objeto de ação de usucapião, em
qualquer um de suas modalidades existe esta vedação.

Exemplo de bem dominical: Terrenos de marinha.

DICA 54
SÚMULA STJ/195
Em embargos de terceiro, não se anula ato jurídico por fraude contra credores.
Os embargos de terceiro são uma espécie de ação, onde um terceiro, que a
princípio não é parte do processo, mas acaba por querer ser uma parte processual,
quando tem um bem bloqueado por ordem judicial de forma errônea.

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Lembrando que os embargos de terceiros não podem ser utilizados para pedido
cumulativo de danos morais, segundo o STJ.

A fraude contra credores é um dos defeitos do negócio jurídico.


DICA 55
SÚMULA STF/632
É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de
segurança
Em regra, o prazo para impetrar o MS é de 120 dias.

DICA: Quando falamos de remédios constitucionais, a palavra certa a usar é


impetrar.
Mandando de Segurança = Direito líquido e certo
Lembrado que o Mandado de Segurança é um remédio constitucional, assim como
Habeas Corpus, o Habeas Data entre outros.
Segundo o STF não há cabimento do mandado de segurança contra atos de gestão
comercial que forem praticados por administradores de empresas públicas, sociedades de
economia mista e concessionárias de serviço público.
DICA 56
SÚMULA STJ/301
Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz
presunção juris tantum de paternidade.
Há previsão similar em nosso Código Civil:
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá
aproveitar-se de sua recusa.
Esta disposição também vale em casos sobre a ação de investigação de paternidade post
mortem. Se o parente (um irmão, por exemplo) se recusar a fazer o exame de DNA,
induzirá na presunção juris tantum de paternidade.
PRESUNÇÃO JURIS TANTUM = PRESUNÇÃO RELATIVA.
DICA 57
SÚMULA STF/335
É válida a cláusula de eleição do foro para os processos oriundos do contrato.
Já tínhamos uma disposição similar no CPC:
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por
convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do
território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
Lembrando que aqui estamos falando de contratos civis e não de contratos de
consumo, viu? Muito cuidado com isto. Isso porque no caso do consumidor, este tem
vulnerabilidade própria de sua condição, logo, para o STJ este tipo de clausula em
contrato consumerista é nula.

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DICA 58
SÚMULA 642/STJ
O direito à indenização por danos morais transmite-se com o falecimento do titular,
possuindo os herdeiros da vítima legitimidade ativa para ajuizar ou prosseguir a ação
indenizatória.
Sumula recente, do ano de 2020, que versa sobre o campo sucessório e da
responsabilidade.
Já tínhamos previsão similar em um enunciado:
Enunciado 454-CJF: O direito de exigir reparação a que se refere o art. 943 do Código
Civil abrange inclusive os danos morais, ainda que a ação não tenha sido iniciada pela
vítima.
O espólio poderá dar seguimento a este tipo de ação? Segundo entendimento do STJ, sim.
Tese 5: Embora a violação moral atinja apenas os direitos subjetivos do falecido,
o espólio e os herdeiros têm legitimidade ativa ad causam para pleitear a reparação
dos danos morais suportados pelo de cujus.
DICA 59
SÚMULA 387/STJ

É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.

O dano estético é um dano a parte, assim como o moral e material. Ou seja, uma pessoa
poderá ganhar, na mesma ação, um valor X pelo dano moral e Y pelo dano estético,
existindo, portanto, uma cumulação destes danos no que diz respeito à indenização. A
ideia do pagamento de indenização por dano moral e estético está fortemente ligada a um
princípio da CF/88, que é o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.
DICA 60
SÚMULA STJ/277
Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são devidos a partir da
citação.
Ou seja, vamos supor que na investigação de paternidade, A é suposto pai, sendo citado
em fevereiro. O resultado da paternidade sai somente em abril, com resultado positivo. Os
alimentos serão devidos desde o mês de fevereiro.
Lembrando sempre que na ação de alimentos, o autor o alimentando, ou seja, o menor
(neste caso, como se trata de investigação de paternidade), mas este menor, pela sua
condição de incapaz, será representado pela genitora ou por quem estiver com o poder
familiar.
DICA 61
SÚMULA 620/STJ
A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da indenização prevista
em contrato de seguro de vida.
Cuidado: Esta disposição vale apenas para seguros de vida (pessoas) e não para
seguros para carros, onde o objeto segurado é automóvel. Lembrando que o estado de
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embriaguez do segurado pode nascer tanto de forma voluntária quanto de forma
involuntária (exemplo: Pessoa que ingere bebida sem saber que é alcoólica).
DICA 62
SÚMULA 549/STJ
É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação.
Como ocorre na vida real? Imagine a situação hipotética: Luquinhas aluga um
apartamento em Ipanema. Seu amigo Patrick resolve ser seu fiador neste contrato de
locação. Passado alguns meses, Luquinhas sai deste apartamento, e deixa 6 meses de
aluguel atrasados. O locador propõe uma ação de execução em desfavor de Patrick e
Luquinhas, e o magistrado decide pela devida penhora da casa onde Patrick reside e que
está em seu nome.
A súmula é constitucional, segundo o STF.
DICA 63
SÚMULA 475/STJ
Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por
endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco,
ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas.
Endossatário= pessoa que recebeu o título por endosso e o levou para protesto.
Somente o credor pode endossar. Em regra, o endosso deve ser feito antes do
vencimento.
No endosso, não há qualquer tipo de obrigação de informar ao devedor sobre a cessão.
Importante: O endosso parcial é nulo.
Lei 7.357/85:
Art. 18 § 1º: São nulos o endosso parcial e o do sacado.
DICA 64
SÚMULA 478/STJ
Na execução de crédito relativo a cotas condominiais, este tem preferência sobre o
hipotecário.
Ou seja, o crédito relativo a cotas condominiais tem natureza de OBRIGAÇÃO PROPTER
REM.
Obrigação propter rem = obrigação com característica de direito real, que
persegue a coisa.
Ex: O IPVA é uma obrigação propter rem. O automóvel pertence a A e este o
vende para B, com dividas relacionadas ao IPVA. A partir do momento que B compra o
automóvel, a obrigação de pagar o IPVA é dele e não mais de A.

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DICA 65
SÚMULA 308/STJ
A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à
celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do
imóvel.
Lembrando que este adquirente deve estar adquirindo o imóvel de boa fé. A ideia da
súmula é proteger o adquirente o imóvel de decisões da construtora.
Ex: A construtora do condomínio Arvorezinhas do Brejo, objetivando garantir capital
para construção, resolve dar como garantia em hipoteca ao Banco Money o próprio
condomínio. Passado algum tempo, Joãozinho adquire um apartamento deste condomínio.
A hipoteca feita pela construtora não atingirá Joãozinho.
Lembrando que a hipoteca é um direito real de garantia, assim como o penhor e
a anticrese.
DICA 66
SÚMULA 260/STJ
A convenção de condomínio aprovada, ainda que sem registro, é eficaz para regular as
relações entre os condôminos.
Ainda é importante trazer o conceito da convenção de condomínio. Fazendo uma
comparação com mundo jurídico, ela é uma espécie de constituição do condomínio. E
segundo esta súmula do STJ, mesmo sem registro, possui eficácia.
Sobre a palavra eficaz, não se esqueça da escada ponteana :
Plano da eficácia

Plano da validade
Plano da existência

DICA 67
SÚMULA 227/STJ
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Lembrando que esse dano moral, segundo o STJ, deve ser provado, fático, e não
presumido.
O dano moral presumido (que só pode ser sofrido pela pessoa física) também se
chama dano moral in re ipsa. Um exemplo de dano moral presumido é a negativação
indevida de nome e sua inclusão em cadastro de proteção de crédito.
PESSOA JURÍDICA = DANO MORAL PROVADO
DICA 68
SÚMULA 302/STJ
É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação
hospitalar do segurado.
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Como estamos diante de uma relação de consumo, a cláusula abusiva é considerada
como nula (art. 51 do CDC) e não como anulável.
Imagine a situação que uma pessoa está acometida de uma doença, e no contrato com
plano de saúde há limitação de 20 dias de internação, mas ele precisa ficar 25 dias
internado. Esta limitação é abusiva, logo, nula de pleno direito.
DICA 69
SÚMULA 263/STF
O possuidor deve ser citado, pessoalmente, para a ação de usucapião.
Lembrando que este possuidor ao qual a súmula se refere é o que tem a posse atual da
coisa que é objeto da ação de usucapião, isto vale para ação de qualquer modalidade da
usucapião (ordinária, extraordinária, urbana, rural entre outras).
DICA 70
REGISTROS PÚBLICOS- LEI Nº 6.015/73 - REGISTROS DE PESSOAS NATURAIS
Art. 29. Serão registrados no registro civil de pessoas naturais:
os nascimentos;
os casamentos;
os óbitos;
as emancipações;
as interdições;
as sentenças declaratórias de ausência;
as opções de nacionalidade;
as sentenças que deferirem a legitimação adotiva.
IMPORTANTE: A lei de registros públicos garante ao natimorto direito a nome.
Lembrando que o natimorto é o bebê que vem a nascer morto. Essa disposição visa trazer
dignidade e respeito à figura do natimorto.
Art. 53 da Lei de Registros Públicos: “No caso de ter a criança nascido morta ou no de
ter morrido na ocasião do parto, será feito o assento com os elementos que couberem e
com remissão ao do óbito.”
§ 1º - No caso de ter a criança nascido morta, será o registro feito no livro "C Auxiliar",
com os elementos que couberem;
§ 2º - No caso de a criança morrer na ocasião do parto, tendo, entretanto, respirado,
serão feitos os dois assentos, o de nascimento e o de óbito, com os elementos cabíveis e
com remissões recíprocas.
DICA 71
RESPONSABILIDADE
Os oficiais são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que, pessoalmente, ou pelos
prepostos ou substitutos que indicarem, causarem, por culpa ou dolo, aos interessados no
registro.
IMPORTANTE:

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Tema 777/STF - tese firmada: “O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos
tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a
terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou
culpa, sob pena de improbidade administrativa.”
Ou seja, o Estado responde pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no
exercício de suas funções, causem danos a terceiros independente da comprovação de
culpa (imperícia, imprudência ou negligência).

DICA 72
PESSOA JURÍDICA
Normatiza o art. 120 desta lei:
O registro das sociedades, fundações e partidos políticos consistirá na declaração, feita em
livro, pelo oficial, do número de ordem, da data da apresentação e da espécie do ato
constitutivo, com as seguintes indicações:
a denominação, o fundo social, quando houver, os fins e a sede da associação ou
fundação, bem como o tempo de sua duração;
o modo por que se administra e representa a sociedade, ativa e passivamente, judicial
e extrajudicialmente;
se o estatuto, o contrato ou o compromisso é reformável, no tocante à administração, e
de que modo;
se os membros respondem ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
as condições de extinção da pessoa jurídica e nesse caso o destino do seu patrimônio;
os nomes dos fundadores ou instituidores e dos membros da diretoria, provisória ou
definitiva, com indicação da nacionalidade, estado civil e profissão de cada um, bem como
o nome e residência do apresentante dos exemplares.
Lembrando que sociedades, fundações e partidos políticos são pessoas jurídicas do direito
privado.
Como não esquecer quem são as pessoas jurídicas do direito privado? PÉ DE
SOFÁ:

P Partidos políticos

E EIRELI DE

S Sociedades

F Fundações

A Associações

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DICA 73
PARCELAMENTO DO SOLO URBANO - DISPOSIÇÕES GERAIS
O que é loteamento?
Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com
abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes.
Lembrando que não será permitido o parcelamento do solo:
em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para
assegurar o escoamento das águas;
em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que
sejam previamente saneados;
em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;


em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições
sanitárias suportáveis, até a sua correção.
DICA 74
ALTERAÇÕES DA LEI 14.118/21
PROGRAMA CASA VERDE E AMARELA
Um dos objetivos deste programa é ampliar o estoque de moradias para atender às
necessidades habitacionais, sobretudo da população de baixa renda.
Os contratos e os registros efetivados no âmbito do Programa Casa Verde e Amarela serão
formalizados, preferencialmente, em nome da mulher.
E mais: na hipótese de esta ser chefe de família, poderão ser firmados
independentemente da outorga do cônjuge, afastada a aplicação do disposto nos
artigos 1.647, 1.648 e 1.649 do Código Civil.
DICA 75
CANCELAMENTO DO REGISTRO DO LOTEAMENTO

Segundo o art. 23 desta lei:” O registro do loteamento só poderá ser cancelado:


por decisão judicial;
a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando
for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato;
a requerimento conjunto do loteador e de todos os adquirentes de lotes, com anuência
da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, e do Estado.”

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PROCESSO CIVIL
DICA 76
COMPETÊNCIA PARA O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:


Os tribunais, nas causas de sua competência originária;
Caso se trate de processo que esteja tramitando originariamente no tribunal, será o
próprio tribunal o órgão competente para o cumprimento;
O juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
Caso se trate de processo que tramite no primeiro grau de jurisdição, a competência será,
em regra, do órgão que sentenciou o processo;

O juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de


sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo;
Caso se trate de processo cujo título executivo se formou no juízo penal, arbitral, no
estrangeiro ou em tribunal marítimo, o cumprimento de sentença tramitará no juízo
competente para analisar a matéria cível, caso o processo fosse ajuizado diretamente no
juízo cível;
DICA 77
AÇÃO RESCISÓRIA
A ação rescisória é uma ação judicial autônoma que tem como objetivo rescindir uma
decisão judicial que tenha transitado em julgado, ou seja, cuja lide já tenha sido
encerrada a partir de sentença do juiz, sem possibilidade de recursos;
A ação rescisória tem natureza jurídica de ação, sendo uma espécie de sucedâneo
recursal externo, ou seja, meio de impugnação de decisão judicial que se desenvolve em
processo distinto daquele no qual a decisão impugnada foi proferida, comumente chamada
de ação autônoma de impugnação;
Enquanto o recurso é meio de impugnação cabível durante o trâmite processual, a ação
rescisória é remédio processual cabível somente após o trânsito em julgado, fenômeno
processual que se verifica com o esgotamento dos recursos cabíveis contra a decisão
judicial ou a ausência de interposição do recurso cabível, e a decisão a ser impugnada é
de mérito;
A decisão de mérito é passível de desconstituição por meio da ação rescisória. Conforme a
previsão expressa não só a sentença pode ser objeto de rescisão, mas também a decisão
interlocutória, a decisão monocrática do relator e o acórdão. Basta que seja de mérito e
tenha transitado em julgado;

Súmula 401 – O prazo decadencial da ação rescisória só se inicia quando não for cabível
qualquer recurso do último pronunciamento judicial;
DICA 78
RECURSOS
Os recursos são o meio idôneo para o exercício de inconformismo da parte (e
eventualmente de terceiros interessados) quanto às decisões que lhes são desfavoráveis.
Trata-se de meio voluntário, que exige sempre a manifestação de vontade da parte. Seus
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objetivos estão atrelados à anulação, à complementação ou à revisão das decisões,
tenham elas conteúdo meramente processual, ou de mérito;
Para que se possa considerar um recurso, o meio impugnativo deve ser exercitado na
mesma relação processual, tendo, em qualquer caso, aptidão para obstar o trânsito em
julgado da decisão recorrida;
Cabe lembrar que as formas automáticas de revisão das decisões, como o reexame
necessário (art. 496), não são consideradas recursos;

Da mesma forma, eventuais outras formas de impugnação das decisões, como a ação
rescisória, mandado de segurança e ação anulatória, também não se enquadram no
conceito de recursos, porque não se exercitam na mesma relação processual;

Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:


Apelação;
Agravo de instrumento;
Agravo interno;
Embargos de declaração;
Recurso ordinário;
Recurso especial;
Recurso extraordinário;
Agravo em recurso especial ou extraordinário;
Embargos de divergência;
DICA 79
RECURSOS
Efeitos recursais são as consequências advindas de sua interposição, são matérias de
ordem pública e independem da vontade das partes e do juiz;

Há, no sistema recursal, sete efeitos recursais:


Efeito obstativo, a interposição do recurso impede a preclusão temporal e a formação
da coisa julgada;
Efeito devolutivo que é a capacidade de todo recurso devolver ao conhecimento do
judiciário a matéria que foi objeto de recurso, pelo princípio da adstringência, o julgador
somente conhecerá daquilo que foi objeto do recurso cuja extensão será parcial ou total;

Efeito translativo é a aptidão de alguns recursos ultrapassar os limites objetivos ou


subjetivos estabelecidos no recurso;
Efeito regressivo é a possibilidade de retratação pelo órgão que prolatou a decisão
recorrida tão logo haja interposição do recurso;
Efeito expansivo o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita;
Efeito substitutivo em que o julgamento proferido pelo tribunal superior substituirá a
decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso;

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Efeito suspensivo diz respeito à impossibilidade de a decisão impugnada gerar efeitos
enquanto não for julgado o recurso interposto;
DICA 80
RECURSO
O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo
Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica;
A apelação é o recurso cabível contra sentença conforme artigo 1.009 caput do CPC, e
terá efeito suspensivo;
Agravo de Instrumento cabe contra as decisões interlocutórias de que tratam as
matérias contidas nos incisos I a XIII do artigo 1.015 do CPC, decisão interlocutória é todo
pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no conceito de
sentença;
Agravo de Interno é aquele que cabe contra as decisões monocráticas do relator;
Cabem embargos de declaração contra todo tipo de decisão judicial: interlocutórias,
sentenças e acórdãos, proferidos em qualquer grau de jurisdição. Cabem ainda em todo
tipo de processo, de conhecimento ou de execução, de jurisdição contenciosa ou
voluntária;
DICA 81
PRINCÍPIOS DO RECURSO
Princípio do duplo grau de jurisdição: uma vez proferida a decisão, a parte pode
com ela não se conformar, querendo, portanto, impugná-la, consiste na possibilidade de
que essa decisão seja revista, o que será feito mediante a interposição de recurso e a
rigor, a revisão será feita pela instância superior;
Princípio da colegialidade: o princípio enuncia que os recursos devem ser julgados
por órgão colegiado dos tribunais, o órgão colegiado é o juiz natural dos recursos;

Princípio da fungibilidade recursal a parte só poderá impugnar a decisão mediante


um recurso, e o que poderá ela fazer quando houver, na própria legislação, dúvida quanto
ao cabimento de um ou outro recurso, no caso o princípio da fungibilidade veio para
tutelar a parte nessas situações, resguardando-a contra eventuais incongruências da lei,
vez que a parte não pode ser prejudicada em seu direito por uma falha do legislador;

Fungibilidade é uma manifestação do princípio da instrumentalidade das formas na


seara recursal, por meio da qual haverá na prática, se preenchidos alguns requisitos, a
substituição ou o recebimento de um recurso por outro, a admissão do recurso
nominalmente errado, como se fosse o correto no caso concreto, em respeito ao
aproveitamento máximo dos atos processuais e à flexibilização de procedimentos ;

Princípio da proibição da reformatio in pejus em que é vedada a reforma da


decisão para piorar a situação do recorrente, ou a sua situação se mantém como está, ou
melhora. Em outros termos, ninguém poderá ter sua condenação agravada em razão do
seu próprio recurso, haja vista que quanto à parte da decisão que lhe foi favorável opera-
se o trânsito em julgado (por falta de recurso da parte contrária);

Princípio da ampla defesa e contraditório é decorrência do princípio da isonomia


processual. Se ao autor é permitido postular em juízo a sua pretensão, ao réu há de ser

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dada a possibilidade de se defender contra esta; de provar, em juízo, a improcedência do
pedido do autor;
DICA 82
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS

Em relação ao contexto da admissibilidade de recurso, intrínseco é o requisito relativo


à existência do poder de recorrer. Entre os pressupostos intrínsecos (condições recursais)
estão:

cabimento do recurso, ou seja, a existência, num dado sistema jurídico, de um


provimento judicial capaz de ser atacado por meio de recurso, ou seja, previsão legal;

a legitimação do recorrente para interpô-lo;

o interesse no recurso (interesse recursal), utilidade e necessidade do recurso;

a inexistência de algum fato impeditivo (desistência do recurso ou da ação,


reconhecimento jurídico do pedido, transação, renúncia ao direito sobre que se funda a
ação ou depósito prévio da multa/deserção) ou extintivo (renúncia ao recurso e
aquiescência à decisão) do direito de recorrer;
Constituem requisitos extrínsecos ou pressupostos extrínsecos de um recurso
(pressupostos recursais), ligados ao modo de exercer o recurso, de acordo com a melhor
doutrina, a tempestividade, a regularidade formal e o preparo.
Se o recurso for interposto além do prazo, ele é inadmissível, porque intempestivo, cujo
controle é feito também pelo juízo ad quem. O preparo representa ônus do recorrente de
comprovar, no ato da interposição, a realização do preparo (art. 511 do CPC), sob pena de
deserção;
A regularidade formal decorre da imposição legal da forma rígida ao ato de recorrer,
enumerando quatro requisitos genéricos de regularidade de forma: petição escrita,
identificação das partes, motivação, pedido de reforma ou de invalidação do
pronunciamento recorrido;
DICA 83
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Embargos de divergência é uma forma de pleitear a uniformidade das interpretações
jurídicas sobre determinado tema dentro dos tribunais;

Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que:


Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer
outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
Cabem Embargos de Divergência em RE ou RESP quando o acórdão de órgão fracionado
divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, em se tratando
de mérito;
em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer
outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha
conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia;
Caberão Embargos de Divergência, também, quando o acórdão de órgão fracionado
divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de
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mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a
controvérsia;
§ 1º Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de
ações de competência originária.
§ 2º A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-
se na aplicação do direito material ou do direito processual.
DICA 84
TERCEIRO PREJUDICADO E MINISTÉRIO PÚBLICO
Terceiro prejudicado cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre
a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou
que possa discutir em juízo como substituto processual.
Sempre que o terceiro tiver uma relação jurídica que pode ser afetada pela decisão
judicial terá legitimidade como terceiro prejudicado, mas para ter interesse recursal, é
indispensável no caso concreto que tenha sofrido um efetivo prejuízo na relação jurídica
da qual figura como titular;
A legitimidade recursal do Ministério Público está expressamente prevista no art. 996,
caput, do Novo CPC podendo recorrer nos processos em que participou como parte ou
como fiscal da ordem jurídica;
Quando o Ministério Público participa como autor ou réu, o dispositivo é repetitivo, porque
sua legitimidade recursal já está assegurada pelo simples fato de ser autor ou réu da
demanda;
Nos processos em que atua como fiscal da ordem jurídica, a legitimidade recursal do
Ministério Público é autônoma, significando dizer que, mesmo que as partes no processo
não interponham recurso, é admissível o recurso interposto pelo Ministério Público;
DICA 85
RECURSO ORDINARIO
Em nível constitucional existe a previsão de três diferentes espécies de recursos:
recurso ordinário constitucional (art. 102, II, e art. 105, II, da CF), recurso especial (art.
105, III, da CF) e recurso extraordinário (art. 102, III, da CF). Desses, somente o recurso
ordinário constitucional garante o duplo grau de jurisdição, considerando-se que funciona
excepcionalmente como uma espécie de apelação contra determinadas decisões
previstas em lei, com devolução ao Tribunal competente da matéria de fato e de direito;
Associam-se a atividade recursal do Supremo Tribunal Federal e a do Superior Tribunal
de Justiça ao recurso extraordinário e especial, respectivamente.
Ocorre, entretanto, que essa atividade recursal também é desempenhada por tais
tribunais por meio do julgamento do recurso ordinário constitucional, previsto como
recurso no art. 994, V, do Novo CPC, e com suas hipóteses de cabimento previstas tanto
na Constituição Federal (arts. 102, li, e 105, li, da CF) como no Código de Processo Civil
(art. 1.027 do Novo CPC);
Ainda que o recurso ordinário tenha previsão constitucional, a exemplo dos recursos
extraordinário e especial, são diversas e significativas as diferenças entre eles, tais como
estas:

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No recurso ordinário não existe fundamentação vinculada, admitindo-se ao
recorrente a alegação de qualquer matéria desde que respeite os limites objetivos da
demanda;
A exigência de prequestionamento presente nos recursos extraordinário e especial não
existe no recurso ordinário;
A devolução do recurso ordinário é ampla, abrangendo tanto matéria de direito –
constitucional, federal e local - quanto matéria de fato;
No julgamento do recurso ordinário os tribunais superiores referidos atuam como órgão de
segundo grau de jurisdição, garantindo no caso concreto a aplicação do princípio do duplo
grau de jurisdição;
DICA 86
RECURSO ESPECIAL
O texto constitucional condiciona a admissibilidade do recurso especial pelo STJ a outros
pressupostos específicos, significando dizer que, para que possa ser julgado no mérito, o
recurso especial deve preencher também os pressupostos previstos no art. 105, III, da
CF. Esse dispositivo constitucional indica os pressupostos cumulativos, que devem ser
preenchidos em todos os recursos especiais (art. 105, III, caput, da CF);
Como também os pressupostos alternativos (art. 105, III, a, b, c, da CF), bastando que
um deles seja preenchido no caso concreto com os pressupostos cumulativos para que o
recurso passe pelo juízo de admissibilidade e seja julgado no mérito;
Pressupostos cumulativos: julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única
ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados,
do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida;
Para que seja cabível o recurso especial - a exemplo do que ocorre no recurso
extraordinário -, a decisão deve ser proferida em única ou última instância, significando
que, sendo cabível qualquer recurso ordinário, será esse o único recurso cabível. O
esgotamento das vias ordinárias de impugnação é exigência inafastável para o cabimento
do recurso especial, devendo a parte seguir com a interposição de recursos ordinários até
que nenhum deles seja cabível no caso concreto;
DICA 87
RECURSO ESPECIAL
Segundo o Superior Tribunal de Justiça, sempre que houver interposição de embargos de
declaração contra decisão monocrática, não sendo enfrentado o mérito de tal decisão,
após o julgamento dos embargos, mesmo que de forma colegiada, a parte deverá
ingressar com o agravo interno para exaurir as vias ordinárias de impugnação;
O recurso especial nesse caso só será admitido se os embargos de declaração forem
recebidos como agravo interno ou quando o mérito da decisão monocrática for julgado
colegiadamente nos embargos de declaração;
Assim, mesmo que o recorrente acredite que terá mais sucesso no Superior Tribunal de
Justiça no julgamento do recurso especial do que no órgão competente para o julgamento
do recurso ordinário previsto pelo ordenamento processual, será obrigado a esgotar a via
ordinária de impugnação;
A segunda exigência prevista pelo art. 105, III, caput, da CF é ser a decisão proferida
pelos Tribunais Federais Regionais Federais ou pelos Tribunais estaduais, do Distrito
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Federal e Territórios, sendo irrelevante a decisão de ter sido proferida em grau recursal
(última instância) ou em ação de competência originária do tribunal (única instância);
Essa exigência impede a interposição de recurso especial contra as decisões proferidas em
julgamento de recurso inominado nos Juizados Especiais. O órgão de revisão de sentença
nos Juizados Especiais é o Colégio Recursal, composto por juízes de primeiro grau de
jurisdição, não tendo natureza de tribunal;
DICA 88
RECURSO ESPECIAL

Pressupostos alternativos: decisão que contrariar ou negar vigência a tratado ou lei


federal. Trata-se da alínea mais utilizada na praxe forense para fundamentar a
interposição de recurso especial. Entende a melhor doutrina que o termo "contrariar" é
mais amplo do que "negar vigência";
Decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal. Caberá
recurso especial se a decisão julgar válido ato de governo local contestado em face de lei
federal, entendendo-se que o ato terá natureza normativa ou administrativa, praticado
pelo Poder Executivo, Legislativo - no âmbito estadual ou municipal - e pelo Poder
Judiciário no âmbito estadual;
Decisão que der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal. O art. 105, III, c, da CF disciplina o cabimento do recurso especial quando existir
divergência de interpretação de lei federal entre diferentes tribunais;
Chamando-se o Superior Tribunal de Justiça a desempenhar a importante tarefa de
uniformização da interpretação da lei federal em todos os tribunais de segundo grau da
Justiça Estadual e Federal, ou seja, não tem nenhum sentido que uma mesma norma seja
interpretada de forma diversa por diferentes tribunais, cabendo ao tribunal
hierarquicamente superior a todos eles apontar para a correta interpretação;

SÚMULA 518

Para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, não é cabível recurso especial
fundado em alegada violação de enunciado de súmula;

DICA 89
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1
Só será admitido o recurso extraordinário, julgado pelo Superior Tribunal Federal, se a
decisão recorrida for de última ou única instância, ocorrer o pré-questionamento (art.
102, III, caput, da CF) e tiver repercussão geral (art. 102, §3, da CF). Esses são os
pressupostos genéricos que todo recurso extraordinário precisa reunir, além de exigir a
presença da situação descrita em um dos quatro incisos do art. 102, III, da CF, que
preveem os pressupostos alternativos;

Pressuposto cumulativo: decisão de única ou última instância, como ocorre no recurso


especial, o recurso extraordinário também só pode ser interposto contra decisão de única
ou última instância, significando que as vias ordinárias de impugnação já devem ter sido
esgotadas no caso concreto;
Ex.: Decididos embargos de declaração de forma monocrática contra embargos de
declaração interpostos contra decisão unipessoal, não cabe recurso extraordinário;
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Memorex TJ GO – Analista – Área Judiciária– Rodada 06
A diferença fundamental com o recurso especial diz respeito ao órgão prolator dessa
decisão, que não precisa ser necessariamente um tribunal;
Deve ter Repercussão Geral, trata-se de singular pressuposto de admissibilidade, já que
não pode ser analisado pelo órgão prolator da decisão impugnada, ainda que o recurso
extraordinário passe por um juízo de admissibilidade perante esse órgão.
Vale lembrar que a repercussão geral é sempre o último requisito de admissibilidade a ser
analisado, de forma que só se passa à análise da repercussão geral tendo o recurso
extraordinário preenchido todos os demais requisitos genéricos e específicos de
admissibilidade;

SÚMULA 281-STF

É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber, na justiça de origem, recurso


ordinário da decisão impugnada;

SÚMULA 292-STF:

Interposto o recurso extraordinário por mais de um dos fundamentos indicados no


art. 101, III, da Constituição, a admissão apenas por um deles não prejudica o seu
conhecimento por qualquer dos outros;

DICA 90
RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Requisitos específicos: decisão que contrariar dispositivo constitucional, é o


primeiro pressuposto específico de cabimento do recurso extraordinário é ter a decisão
impugnada contrariado norma constitucional;
Decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. No
ordenamento jurídico brasileiro convivem o controle concentrado de constitucionalidade,
exclusivo do Supremo Tribunal Federal, e o controle difuso de constitucionalidade, que
deve ser feito por qualquer órgão jurisdicional de forma incidental;
É evidente que o art. 102, III, b, da CF, trata dessa segunda forma de controle,
permitindo que se leve ao Supremo Tribunal Federal qualquer declaração incidental de
inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, considerando-se que a principal tarefa
desse tribunal é dizer na demanda a última palavra a respeito da inconstitucionalidade, o
que faz de forma originária no controle concentrado e de forma recursal na forma difusa;
Decisão que julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da
Constituição Federal, a decisão que julga válida uma lei estadual ou municipal
contestada em face da Constituição pode afrontar o texto maior, prestigiando
incorretamente uma norma contida em lei estadual ou municipal em detrimento da
Constituição Federal, sendo nesse caso cabível o recurso extraordinário;
O mesmo ocorre com a decisão que julgar válido ato administrativo (praticados por
agentes públicos dotados de certa parcela de poder) ou normativo (leis, decretos,
portarias etc.), praticado pelas três esferas de Poder (Executivo, Legislativo, Judiciário) no
âmbito estadual ou municipal, que seja contestado em face da Constituição Federal;
Decisão que julgar válida lei de governo local contestado em face de lei federal,
sempre que uma decisão julgar válida uma lei municipal ou estadual contestada em face
de lei federal, a questão imediata a ser enfrentada não é exatamente o desrespeito à lei
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federal, mas o conflito de competência legislativa entre Municípios e Estados de um lado e
a União de outro, pano de fundo e fundamento indispensável para a verificação do acerto
ou erro da decisão impugnada;
DICA 91
EXECUÇÃO
Execução é a atividade processual de transformação da realidade prática, trata-se de
uma atividade de natureza jurisdicional, havendo algum ato certificador de um direito
(como uma sentença, ou algum ato cuja eficácia lhe seja equiparada), a atividade
processual destinada a transformar em realidade prática aquele direito, satisfazendo seu
titular;
É, pois, uma atividade destinada a fazer com que se produza, na prática, o mesmo
resultado prático, ou um equivalente seu, do que se produziria se o direito tivesse sido
voluntariamente realizado pelo sujeito passivo da relação jurídica obrigacional. A princípio,
o que se espera é que o devedor da obrigação a realize voluntariamente, adimplindo com
seu dever jurídico (ou seja, executando voluntariamente a prestação). Caso não ocorra a
execução voluntária, porém, é lícito ao credor postular a execução forçada;
Quando a execução se funda em título executivo judicial, o procedimento executivo é
chamado pelos textos normativos de cumprimento de sentença e quando a execução se
funda em título executivo extrajudicial tem-se o processo de execução;

Existem dois requisitos que qualifica como essenciais para que se realize qualquer
execução: o título executivo e a exigibilidade da obrigação;
A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e
exigível consubstanciada em título executivo. Em outros termos, o que se tem aí é a
afirmação de que a inexecução voluntária da prestação certa, líquida e exigível torna
possível a execução forçada (desde que haja título executivo);
Título executivo ao ato jurídico dotado de eficácia executiva, é o ato jurídico capaz de
legitimar a prática dos atos de agressão a serem praticados sobre os bens que integram
um dado patrimônio, de forma a tornar viável sua utilização na satisfação de um crédito;
DICA 92
EXECUÇÃO

Penhora é o ato de apreensão judicial dos bens que serão empregados, direta ou
indiretamente, na satisfação do crédito exequendo. Em outras palavras, a penhora é um
ato de constrição patrimonial, através do qual são apreendidos bens que serão utilizados
como meio destinado a viabilizar a realização do crédito do exequente;
Para que a execução por quantia certa possa prosseguir, é essencial que o bem penhorado
seja avaliado, ou seja, é preciso verificar quanto vale o bem que foi apreendido para ser
usado na satisfação do crédito exequendo, porém não será sempre necessária a avaliação
do bem, conforme art.871;

Expropriação de bens, realizada a avaliação dos bens penhorados e superado


eventual incidente de substituição, ampliação ou redução da penhora é chegado o
momento de praticar os atos de expropriação. Através dos atos expropriatórios se fará
com que o executado perca a propriedade ou direito que tem sobre o bem penhorado lhe
seja retirado, independentemente de sua vontade, por força da atuação estatal;

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Adjudicação é a retirada do bem penhorado do patrimônio do executado para que seja
ele transferido para o patrimônio do exequente, que o recebe em pagamento da dívida. Só
pode ocorrer mediante requerimento do exequente, que deverá oferecer pelo bem
penhorado preço não inferior ao da avaliação;
A adjudicação pode ocorrer imediatamente após a avaliação do bem penhorado, não
havendo necessidade de se tentar antes qualquer outra medida expropriatória. Caso,
porém, se tente promover a alienação do bem penhorado e esta reste frustrada, será
reaberta a possibilidade de requerer a adjudicação, caso em que será possível ao
interessado postular a realização de nova avaliação;
DICA 93
EXECUÇÃO
Existem dois modos de alienar bens penhorados: por iniciativa particular e em
leilão judicial (que pode ser eletrônico ou presencial). Não ocorrendo a adjudicação do
bem penhorado, então, o bem penhorado deverá ser, por uma dessas duas técnicas,
alienado;

A alienação por iniciativa particular pode ocorrer mediante requerimento do


exequente, cabendo a ele próprio promover a alienação, podendo o encargo ser atribuído
a um corretor ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário;
Não tendo havido adjudicação nem alienação por iniciativa particular, será o caso de se
tentar realizar a alienação em leilão judicial (art. 881). Há, pois, uma clara preferência
pela alienação por iniciativa particular, em detrimento da que se realiza em leilão judicial;

Na alienação realizada em leilão judicial há uma grande probabilidade de que o bem


penhorado seja expropriado por preço inferior à avaliação;
O Art. 910 regula o processo de execução por quantia certa, fundado em título executivo
extrajudicial, contra a Fazenda Pública. É que muitas vezes acontecerá de a Fazenda
Pública não cumprir suas obrigações pecuniárias e o credor ter à sua disposição um título
extrajudicial, como seria, por exemplo, uma nota de empenho, documento público
produzido pelo próprio devedor que representa obrigação certa, líquida e exigível;
Em casos como este, portanto, será instaurado processo de execução fundado em título
extrajudicial, o que se fará pelo ajuizamento, pelo demandante, de uma petição inicial
(que deverá preencher todos os requisitos exigidos para qualquer petição inicial de
processo de execução por quantia certa, por força do que dispõe o art. 910, § 3o,
combinado com o art. 534);
Estando em termos a petição inicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos no
prazo de 30 (trinta dias), (art. 910), fazendo instaurar-se, assim, um processo cognitivo
autônomo;
DICA 94
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
O processo é um ente complexo composto por um procedimento e uma relação jurídica
processual. Nesse sentido, a particularidade dos procedimentos especiais, refere-se a
um aspecto específico do processo. Tal aspecto, tendo em vista as peculiaridades do
direito material envolvido na relação processual, sofre algumas adaptações em relação ao
procedimento comum;

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A ideia de criar procedimentos especiais, portanto, é originária da tentativa de adaptar o
andamento dos atos processuais que envolvam relações materiais que possuam alguma
peculiaridade, de forma a tornar o processo mais eficiente e apto a atingir suas
finalidades.

Os procedimentos especiais se dividem em dois grandes grupos:

Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa: procedimentos que envolvem


algum tipo de conflito entre as partes. Exemplo: ações possessórias;
Procedimentos especiais de jurisdição voluntária: procedimentos que não
envolvem algum conflito, mas sim a regularização de alguma situação jurídica perante o
juízo. Exemplo: ação de interdição;
DICA 95
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CONTENCIOSOS

Ação de Consignação em Pagamento trata-se de ação voltada para a satisfação de


crédito e liberação do devedor da obrigação, nas situações previstas lei, como, por
exemplo, no caso em que o credor discorda sobre o valor efetivamente devido;
Decisão que reconhece pagamento insuficiente na ação de consignação em pagamento
vale como título executivo judicial;

A ação de exigir contas pode ser dividida em dois momentos distintos.

Exibir contas: num primeiro momento, tem pedido de tutela condenatória, a fim de
estipular uma obrigação de fazer ao réu, qual seja, a exibição e prestação de contas;

Declaração de saldo: Em ambos os casos, apresentadas as contas, inicia-se o segundo


momento da ação. Neste segundo momento, é possível que o autor busque a tutela,
através de sentença declaratória, da existência de saldo devido pelo réu.

As ações possessórias visam a proteção da posse de coisa móvel ou imóvel. Para


melhor entender as espécies de ações possessórias, é necessário compreender os três
tipos de violação ao direito de posse:
esbulho: privação total da posse de um bem. Através dele o possuidor perde todo o
contato com o bem esbulhado.

turbação: consiste em um esbulho parcial no qual o possuidor perde somente parte da


posse de um bem, sem que haja perda de contato com o bem turbado. Há verdadeira
perturbação ao direito de posse do indivíduo.
ameaça: é apenas a iminência de um esbulho ou turbação. Não é, portanto, uma
ofensa concretizada, mas somente um receio justificado de ter o direito de posse violado.

Inventário e Partilha, a ação de inventário e a consequente partilha são cabíveis no


caso em que o de cujus deixou bens a inventariar, sobretudo quando há testamento e/ou
interessado / herdeiro incapaz. Não havendo interessado incapaz e, necessariamente,
havendo concordância de todos os herdeiros e interessados, o procedimento pode se dar
por escritura pública, não sendo necessária sua judicialização;

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DICA 96
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CONTENCIOSOS

O embargo de terceiro é ação adequada para terceiro que sofra constrição ou


ameaça de constrição sobre bens que possua ou que tenha direito incompatível com ato
constritivo promovido em ação judicial. Neste caso, o embargo busca o desfazimento ou
inibição do referido ato;
Ex.: É o caso, por exemplo, do mandado de penhora de imóvel de terceiro, com
alegação de que este bem foi transferido a terceiro como fraude à execução. O terceiro
proprietário é legitimado, nesta situação, a opor embargos de terceiro ao referido ato
constritivo;

A oposição é ação apta para o terceiro alegar direito ou coisa que é objeto de disputa
judicial entre as partes.

Ex.: Se A e B disputam judicialmente a propriedade sobre determinado bem, é cabível a


oposição de C para alegar que este bem é na verdade sua propriedade;
O procedimento especial das ações de família é previsto para a solução dos contenciosos
envolvendo separação, divórcio, reconhecimento e extinção de união estável, guarda,
visita e filiação. Trata-se, assim, de normas que visam assegurar maior eficiência na
resolução de lides que envolvam questão de direito de família, considerando as
particularidades destas situações;

Não se aplica este procedimento especial às ações envolvendo alimentos ou versando


sobre interesse de criança ou adolescente. As normas deste procedimento, contudo, são
aplicadas de maneira subsidiária nestes dois casos;

Ação Monitória trata-se de ação voltada para exigir contas de devedor no caso em
que o credor não disponha de título executivo. Nada impede que o credor, neste caso,
entra com procedimento comum para reconhecimento de seu título como executivo, por
meio de sentença declaratória;
É cabível ação monitória mesmo contra a Fazenda Pública;
DICA 97
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS VOLUNTÁRIOS
Trata-se de procedimentos voltados não à resolução de uma lide em sentido estrito
(isto é, de um conflito que oponha partes), mas da regularização de determinada situação
através do exercício jurisdicional. Tem-se verdadeira integração de determinado negócio
ou situação jurídica pelo exercício jurisdicional, de acordo com as exigências legais;

Notificação e Interpelação trata-se de mecanismo apto para manifestação formal de


vontade sobre assunto juridicamente relevante a outra pessoa, dando-lhe ciência sobre
determinado fato ou situação jurídica. A interpelação, por sua vez, é a notificação do
requerido para que faça ou deixe de fazer determinada coisa que o requerente entenda
ser seu direito;

Alienação Judicial nos casos expressos em lei, não havendo acordo entre os
interessados sobre o modo como se deve realizar a alienação do bem, o juiz, de ofício ou
a requerimento dos interessados ou do depositário, mandará aliená-lo em leilão;

Divórcio e da Separação Consensuais, da Extinção Consensual de União Estável e da


Alteração do Regime de Bens do Matrimônio;
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DICA 98
DEFESAS DO EXECUTADO
O oferecimento, pelo executado, de impugnação ao cumprimento de sentença
provoca a instauração de um incidente processual, não se configurando, portanto, um
novo processo, é autônomo em relação àquele em que a atividade executiva se
desenvolve. Trata-se de mero incidente do mesmo processo em que a execução é
realizada;
Quando a execução se funda em título executivo extrajudicial, a defesa do executado
se dá através da oposição de embargos do executado (arts. 914 a 920). Trata-se de
um mecanismo de defesa distinto da impugnação ao cumprimento de sentença,
especialmente pelo fato de ter natureza de processo de conhecimento autônomo. Dito de
outro modo, o oferecimento, pelo executado, de seus embargos faz instaurar um novo
processo, autônomo em relação ao processo executivo;
E este novo processo, de natureza cognitiva, será o meio empregado para a análise e
decisão acerca da defesa oferecida pelo executado;
Os embargos à execução são cabíveis independentemente de prévia garantia do juízo e
devem ser distribuídos por dependência ao juízo da execução;
O prazo para oferecimento dos embargos do executado é de 15 dias, contados da
mesma forma como se contam os prazos para oferecimento de contestação no processo
de conhecimento. (art. 915). Havendo mais de um executado, o prazo para cada um deles
embargar é independente, contando-se a partir da respectiva juntada aos autos da prova
de sua citação;
No caso de embargos opostos pela Fazenda Pública na execução contra ela movida, o
prazo é de 30 dias (art. 910);
Tratando-se de execução por carta, porém, há uma regra específica acerca da contagem
do prazo para oferecimento de embargos. É que nesta hipótese o prazo correrá da
juntada, nos autos da carta precatória, da certificação de citação quando a competência
para deles conhecer for do próprio juízo deprecado e correrá, porém, o prazo a partir da
juntada, nos autos de origem, perante o juízo deprecante, da comunicação da citação, a
ser feita por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante;
DICA 99
SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Suspende-se a execução: quando são recebidos embargos do executado com efeito
suspensivo e quando se verificar que o executado não tem bens penhoráveis;
Neste último caso, o procedimento deverá ser suspenso pelo prazo de 1 ano (art. 921, §
1º), sendo certo que durante esse período de tempo não corre contra o exequente – e em
favor do executado – qualquer prazo prescricional e os autos devem permanecer em
cartório;
Caso se verifique, durante esse prazo de 1 ano, que o executado adquiriu bens
penhoráveis (ou quando se descobre bens penhoráveis que o executado já possuía, mas
que não haviam sido encontrados anteriormente), a execução voltará a tramitar, caso
contrário, os autos serão arquivados (art. 921, § 2º), sem que isto implique a extinção da
execução;

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Arquivados os autos, sempre será possível ao exequente requerer seu desarquivamento
para prosseguir com a execução, demonstrando que foram encontrados bens penhoráveis
(art. 921, § 3º);
DICA 100
SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

Art. 924. Extingue-se a execução quando:

A petição inicial for indeferida;


O indeferimento da petição inicial extingue a execução;

A obrigação for satisfeita;


Será extinta a execução, se a obrigação for satisfeita, que pode ocorrer por força de
pagamento voluntariamente feito pelo executado ou por terceiro, ou por ato do próprio
juízo da execução. Seja lá como for satisfeita a obrigação exequenda, deverá ser extinto o
próprio procedimento executivo;

O executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;


Se o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida, haverá
consequentemente a extinção da execução. É que pode haver extinção da obrigação
sem que tenha sido satisfeito o credor;
Ex.: Nos casos de novação, de compensação ou da remissão;

O exequente renunciar ao crédito;


Extinção do processo de execução pela renúncia do autor, ou do credor, no caso;

Ocorrer a prescrição intercorrente.


A extinção só produz efeito quando declarada por sentença. Logo, somente surtirá
efeitos a extinção quando for reconhecida por sentença. Inclui-se, contudo, também os
acórdãos e as decisões de relator, para os casos em que a execução estiver em discussão
em tribunal;

SÚMULA 240

A extinção do processo, por abandono da causa pelo autor, depende de


requerimento do réu;

SÚMULA 279, STF

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário;

SÚMULA 280, STF

Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário;

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 101
LEI N° 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999
DO TERMO DE PARCERIA:
Conceito de termo de parceria: o instrumento passível de ser firmado entre o Poder
Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3° desta Lei.
O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o Poder Público e as Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público discriminará:
direitos,
responsabilidades e
obrigações das partes signatárias.
A celebração do Termo de Parceria será precedida de consulta aos Conselhos de
Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, nos respectivos
níveis de governo.

São CLÁUSULAS ESSENCIAIS do Termo de Parceria:


a do objeto, que conterá a especificação do programa de trabalho proposto pela
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público;
a de estipulação das metas e dos resultados a serem atingidos e os respectivos
prazos de execução ou cronograma;
a de previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de desempenho a
serem utilizados, mediante indicadores de resultado;
a de previsão de receitas e despesas a serem realizadas em seu cumprimento,
estipulando item por item as categorias contábeis usadas pela organização e o
detalhamento das remunerações e benefícios de pessoal a serem pagos, com
recursos oriundos ou vinculados ao Termo de Parceria, a seus diretores, empregados e
consultores;
a que estabelece as obrigações da Sociedade Civil de Interesse Público, entre
as quais a de apresentar ao Poder Público, ao término de cada exercício, relatório sobre
a execução do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo específico das
metas propostas com os resultados alcançados, acompanhado de prestação de contas dos
gastos e receitas efetivamente realizados, independente das previsões mencionadas no
inciso IV;
a de publicação, na imprensa oficial do Município, do Estado ou da União, conforme
o alcance das atividades celebradas entre o órgão parceiro e a Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público, de extrato do Termo de Parceria e de demonstrativo da
sua execução física e financeira, conforme modelo simplificado estabelecido no
regulamento desta Lei, contendo os dados principais da documentação obrigatória do
inciso V, sob pena de não liberação dos recursos previstos no Termo de Parceria.
A execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e fiscalizada por órgão
do Poder Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos
Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada
nível de governo.

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Os resultados atingidos com a execução do Termo de Parceria devem ser
analisados por comissão de avaliação, composta de comum acordo entre o órgão
parceiro e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
A comissão encaminhará à autoridade competente relatório conclusivo sobre a
avaliação procedida.
Os Termos de Parceria destinados ao fomento de atividades nas áreas de que trata
esta Lei estarão sujeitos aos mecanismos de controle social previstos na legislação.
DICA 102
LEI N° 13.019, DE 31 DE JULHO DE 2014
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES PREVISTOS NA LEI N° 13.019/14

Administração pública: União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas


autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de
serviço público, e suas subsidiárias, alcançadas pelo disposto no § 9o do art. 37 da
Constituição Federal;

Parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de


relação jurídica estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto expressos
em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação;

Atividade: conjunto de operações que se realizam de modo contínuo ou


permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à satisfação de
interesses compartilhados pela administração pública e pela organização da sociedade
civil;

Projeto: conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um


produto destinado à satisfação de interesses compartilhados pela administração pública e
pela organização da sociedade civil;

Dirigente: PESSOA que detenha poderes de administração, gestão ou controle


da organização da sociedade civil, habilitada a assinar termo de colaboração, termo de
fomento ou acordo de cooperação com a administração pública para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco, ainda que delegue essa competência a
terceiros;

Administrador público: AGENTE PÚBLICO revestido de competência para


assinar termo de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação com
organização da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco, ainda que delegue essa competência a terceiros;

Gestor: AGENTE PÚBLICO responsável pela gestão de parceria celebrada por


meio de termo de colaboração ou termo de fomento, designado por ato publicado em
meio oficial de comunicação, com poderes de controle e fiscalização;

Termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias


estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela
administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros;

Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias


estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a

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consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas
organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros;

Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias


estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco que NÃO envolvam a
transferência de recursos financeiros;
DICA 103
DA CELEBRAÇÃO DO TERMO DE COLABORAÇÃO OU DE FOMENTO

O regime jurídico de que trata a Lei N° 13.019/14 tem como fundamentos:

a gestão pública democrática,

a participação social,

o fortalecimento da sociedade civil,

a transparência na aplicação dos recursos públicos e

os princípios (2LIMPE3):

da legalidade,

da legitimidade,

da impessoalidade,

da moralidade,

da publicidade,

da economicidade,

da eficiência e

da eficácia,

Destinando-se a assegurar:
o reconhecimento da participação social como direito do cidadão;
a solidariedade, a cooperação e o respeito à diversidade para a construção de
valores de cidadania e de inclusão social e produtiva;
a promoção do desenvolvimento local, regional e nacional, inclusivo e
sustentável;
o direito à informação, à transparência e ao controle social das ações
públicas;
a integração e a transversalidade dos procedimentos, mecanismos e instâncias
de participação social;
a valorização da diversidade cultural e da educação para a cidadania ativa;
a promoção e a defesa dos direitos humanos;

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a preservação, a conservação e a proteção dos recursos hídricos e do meio
ambiente;
a valorização dos direitos dos povos indígenas e das comunidades
tradicionais;
a preservação e a valorização do patrimônio cultural brasileiro, em suas
dimensões material e imaterial.
DICA 104
DOS TERMOS DE COLABORAÇÃO E DE FOMENTO
O termo de colaboração: deve ser adotado pela administração pública para
consecução de planos de trabalho de sua iniciativa, para celebração de parcerias com
organizações da sociedade civil que envolvam a transferência de recursos financeiros.
Os conselhos de políticas públicas poderão apresentar propostas à administração pública
para celebração de termo de colaboração com organizações da sociedade civil.
O termo de fomento: deve ser adotado pela administração pública para consecução
de planos de trabalho propostos por organizações da sociedade civil que envolvam a
transferência de recursos financeiros.

DO PLANO DE TRABALHO
Deverá constar do PLANO DE TRABALHO de parcerias celebradas mediante termo de
colaboração ou termo de fomento:
descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo ser demonstrado o
nexo entre essa realidade e as atividades ou projetos e metas a serem atingidas;
descrição de metas a serem atingidas e de atividades ou projetos a serem
executados;
previsão de receitas e de despesas a serem realizadas na execução das atividades
ou dos projetos abrangidos pela parceria;
forma de execução das atividades ou dos projetos e de cumprimento das metas
a eles atreladas;
definição dos parâmetros a serem utilizados para a aferição do cumprimento das
metas.
DICA 105
DA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS
REGRA: As parcelas dos recursos transferidos no âmbito da parceria serão liberadas
em estrita conformidade com o respectivo cronograma de desembolso.
EXCEÇÃO: nos casos a seguir, nos quais ficarão retidas até o saneamento das
impropriedades:
quando houver evidências de irregularidade na aplicação de parcela anteriormente
recebida;
quando constatado desvio de finalidade na aplicação dos recursos ou o
inadimplemento da organização da sociedade civil em relação a obrigações
estabelecidas no termo de colaboração ou de fomento;

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quando a organização da sociedade civil deixar de adotar sem justificativa
suficiente as medidas saneadoras apontadas pela administração pública ou pelos
órgãos de controle interno ou externo.
Nas parcerias cuja duração exceda 01 (um) ano, é obrigatória a prestação de contas ao
término de cada exercício.
A administração pública deverá viabilizar o acompanhamento pela internet dos processos
de liberação de recursos referentes às parcerias celebradas nos termos da Lei N°
13.019/14.

DA MOVIMENTAÇÃO E APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS


Os recursos recebidos em decorrência da parceria serão depositados em conta
corrente específica ISENTA de tarifa bancária na instituição financeira pública
determinada pela administração pública.
Os rendimentos de ativos financeiros serão aplicados no objeto da parceria, estando
sujeitos às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recursos
transferidos.
Por ocasião da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção da parceria, os saldos
financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações
financeiras realizadas, serão devolvidos à administração pública no prazo
IMPRORROGÁVEL de 30 (trinta) dias, sob pena de imediata instauração de tomada de
contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente da
administração pública.
DICA 107
DESAPROPRIAÇÃO
DIREITO DE PROPRIEDADE
Direito de propriedade: trata-se de um direito historicamente reconhecido como um
direito natural do indivíduo.
Além disso, no Brasil é reconhecido pela CF/88 como um direito fundamental, porém,
devendo atender a sua função social:

Art. 5°, XXII - é garantido o direito de propriedade;


XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Do mesmo modo, o Código Civil prevê em seu artigo 1.228 o direito de propriedade,
entretanto, também preconiza a possibilidade de desapropriação:

Art. 1.228 - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o


direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade
com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio
ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das
águas.
(...)

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§ 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de DESAPROPRIAÇÃO,
por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de
requisição, em caso de perigo público iminente.

DICA 108
CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO ESQUEMATIZADO
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, a definição de desapropriação é: “como o
procedimento através do qual o Poder Público, fundado em:

necessidade pública,

utilidade pública ou

interesse social,
COMPULSORIAMENTE despoja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o
para si, em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em
dinheiro,
SALVO: no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, por estarem em desacordo
com a função social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-á em
títulos da dívida pública, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas, preservado seu
valor real."

Forma de aquisição originária da propriedade (bem livre e desembaraçado): a


desapropriação, segundo ampla maioria da doutrina, é forma originária de aquisição da
propriedade, o que significa que é, por si mesma, suficiente para instaurar a propriedade
em favor do Poder Público, independentemente de qualquer vinculação com o título
jurídico do anterior proprietário.
A Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXIV, prescreve que:

A lei estabelecerá o procedimento para DESAPROPRIAÇÃO por necessidade ou


utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Necessidade pública - tem por principal característica uma situação de urgência,


cuja melhor solução será a transferência de bens particulares para o domínio do Poder
Público.

Utilidade pública - se traduz na transferência conveniente da propriedade privada


para a Administração. Não há o caráter imprescindível nessa transferência, pois é apenas
oportuna e vantajosa para o interesse coletivo. O Decreto-lei 3.365/41 prevê no
artigo 5º as hipóteses de necessidade e utilidade pública sem diferenciá-los, o que
somente poderá ser feito segundo o critério da situação de urgência. O bem será utilizado
diretamente pelo Estado.

Interesse social - segundo Hely Lopes "o interesse social ocorre quando as
circunstâncias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade para
seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da
coletividade ou de categorias sociais merecedoras de amparo específico do Poder Público.
Esse interesse social justificativo de desapropriação está indicado na norma própria (Lei
4.132/62) e em dispositivos esparsos de outros diplomas legais. O que convém assinalar,
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desde logo, é que os bens desapropriados por interesse social não se destinam à
Administração ou a seus delegados, mas sim à coletividade ou, mesmo, a certos
beneficiários que a lei credencia para recebê-los e utilizá-los convenientemente".
DICA 109
COMPETÊNCIAS
Para legislar sobre desapropriação: Trata-se de competência privativa da União,
como se vê abaixo no preceito constitucional:

Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre:


(...)
II - desapropriação;

Para declarar a desapropriação:

Utilidade pública ou o interesse social: a União, os Estados, os Municípios, o


Distrito Federal e os Territórios;

Interesse social para fins de reforma agrária: a competência para a sua


declaração é privativa da União ou por uma de suas entidades da Administração indireta,
nos termos do art. 184, CF/88.

Desapropriação confiscatória: prevista no art. 243 da Carta Magna, é privativa da


União, podendo ser delegada à pessoa jurídica de sua Administração indireta.
Competência executória: legitimidade para promover efetivamente a
desapropriação, providenciando todas as medidas e exercendo as atividades que
culminarão na transferência da propriedade.
Estabelece o art. 3º do Decreto-Lei nº 3.365/41 que, além da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e das entidades da Administração indireta desses entes
políticos, os delegatários podem propor a ação, desde que estejam expressamente
autorizadas em lei ou contrato.

OBJETO DA DESAPROPRIAÇÃO
Podem ser objeto de desapropriação as coisas passíveis de direito de propriedade, ou
seja, todo bem móvel ou imóvel, público ou privado, corpóreo ou incorpóreo,
incluindo-se aqui até mesmo direitos em geral.
Ex.: desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo.
Desapropriação de Bens Públicos: figura-se possível a desapropriação de bens
públicos, desde que, além de ser precedida de autorização legislativa da pessoa
jurídica Expropriante, seja observada a direção vertical das entidades
federativas, isto é, a União pode desapropriar bens dos Territórios, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e os Estados podem desapropriar bens do
Município, desde que este esteja situado em sua dimensão territorial, conforme
previsto no art. 2º, § 2º, do DL nº 3.365/41.
DICA 110
SUJEITOS DA DESAPROPRIAÇÃO

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Polo ativo da desapropriação (expropriante): pode figurar o ente federativo, ou
seja, o Poder Público, sendo possível a delegação de sua competência, com exceção
quanto à produção do ato expropriatório, sendo este denominado Expropriante.
Polo passivo da desapropriação (expropriado): normalmente trata-se do
particular, proprietário do bem ou direito objeto da desapropriação.
Contudo, a lei enuncia que a pessoa jurídica de direito público também pode ser
sujeito passivo, visto que é possível a desapropriação de bem público (art. 2º, § 2º do
DL 3.365/41). Entretanto, deve-se ter em mente sempre a autonomia dos entes
federativos, sendo necessário lei que o autorize.
Portanto, o expropriado poderá ser pessoa física ou jurídica, pública ou privada.

REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
Conceito: Trata-se de direito pessoal da Administração por meio do qual o Estado
utiliza bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público
iminente. A requisição poderá ser civil ou militar.
É obrigatória a constatação do perigo público iminente, que coloque em risco a
coletividade. A situação de perigo NÃO se restringe às ações humanas.
Requisição civil: visa a evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade.
Requisição militar: visa resguardar segurança interna do País e a manutenção da
Soberania Nacional.

ATENÇÃO!

Independente da natureza da requisição (se civil ou militar) será SEMPRE obrigatória a


constatação do perigo público iminente.

Conforme preconizado pela Carta Magna de 1988:

Art. 5°, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
Art. 22, III – Compete privativamente à União legislar sobre (...) requisições civis e
militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

Lembrando que o Art. 1.228, § 3º, do Código Civil prevê que o proprietário pode ser
privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou
interesse social, bem como no de REQUISIÇÃO, em caso de perigo público iminente.
EXTINÇÃO DA REQUISIÇÃO: teoricamente, somente se dará quando cessada a
situação de iminente perigo público. Assim, a requisição é transitória.
DICA 111
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
Conceito: trata-se de uma modalidade de intervenção por prazo determinado, na
qual o Poder Público usa temporariamente imóveis privados como meio de apoio à
execução de obras e serviços públicos, afetando a exclusividade do direito de
propriedade.

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Diferentemente do que ocorre na requisição, aqui NÃO há uma situação de perigo público
iminente. Vale mencionar que somente a ocupação temporária vinculada à
desapropriação exige indenização. Caso contrário, a indenização fica condicionada à
existência de dano.
Ex.: Obras em estradas para alocação de máquinas de asfalto e outros; uso de escolas,
clubes e outros estabelecimentos privados por ocasião das eleições ou por alguma
necessidade pública (art. 136, II, da CRFB/88).

NECESSIDADE DE ATO INSTITUIDOR


Não há consenso doutrinário a respeito do tema, ao contrário, existem divergências sobre
a necessidade ou não de ato formal para a instituição desta modalidade de intervenção.
Pode-se citar que para a professora Lucia Valle Figueiredo, o ato é autoexecutório; já para
Diógenes Gasparini, há a necessidade de ato instituidor.
Observação: sobre isso deve-se ter especial cuidado no momento da prova, qualquer
afirmativa absoluta para qualquer das posições tornará, provavelmente, a questão
passível de recurso.
DICA 112
QUADRO RESUMO – SERVIDÃO ADMINISTRATIVA, REQUISIÇÃO, OCUPAÇÃO
TEMPORÁRIA, LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA

Servidão Ocupação Limitação


Requisição
administrativa temporária administrativa

Atos legislativos
Natureza ou
Direito real Direito pessoal Direito pessoal
Jurídica administrativos
de caráter geral

Bens móveis, Interesses


Bens imóveis
Objeto imóveis e Bens imóveis públicos
alheios
serviços abstratos

Prazo Indeterminado Transitório Transitório Indeterminado

Ato formal
Atos
(necessidade de
Acordo ou autoexecutórios Leis de caráter
Instituição realização de
decisão judicial (iminente geral
obras e serviços
perigo público)
públicos)

Prévia e Só se houver
Só se houver
Indenização condicionada (no prejuízo. É NÃO há
prejuízo
caso de prejuízo) posterior

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DIREITO PENAL
DICA 113
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
ASPECTOS GERAIS DA LEI 13.869/2019
Finalidade
Modernizar a prevenção e repressão aos comportamentos abusivos praticados por
agentes públicos.
Bem jurídico
Valor fundamental que a norma procurou proteger (bem jurídico):
Regular funcionamento da administração pública
Direitos fundamentais da pessoa humana
Sujeitos do crime
Sujeitos ativo
Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no exercício
de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido
atribuído.

ATENÇÃO!

Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda
que de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou
vínculo.

Fique atento!
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de exercê-
la.
O particular pode responder por abuso de autoridade?
Como regra não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente público.
No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas (coautoria
ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de agente público,
poderá responder por abuso de autoridade.
Sujeito passivo

Estado

Pessoa física ou jurídica vítima do abuso.


Elemento subjetivo

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As condutas descritas na lei 13.869/2019 constituem crime de abuso de autoridade
quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
Memorize!
Para configurar o crime de abuso de autoridade exige-se:

Dolo (intenção / vontade) de


praticar o abuso Finalidade específica

O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade?


Prejudicar outrem
Beneficiar a si mesmo
Beneficiar a terceiro
Mero capricho ou satisfação pessoal
Fique atento!
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se
desvinculou funcionalmente da Administração Pública.
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos
Juizados Especiais Criminais.
DICA 114
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
Divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas
A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas NÃO
configura abuso de autoridade.
Ação penal
Todos os crimes serão processados e julgado mediante ação penal pública incondicionada.
Fique atento!
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e,
a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data
em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.

DICA 115
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
São efeitos da condenação:

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Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz,
a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
Obs.: A obrigação de indenizar é um efeito automático da condenação.
A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período
de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
A perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Os efeitos da inabilitação para o exercício de cargo e a perda do cargo são condicionados à
ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e NÃO são automáticos,
devendo ser declarados motivadamente na sentença.

1) Condicionados à ocorrência de
Inabilitação para o exercício de REINCIDÊNCIA em crime de abuso
cargo, mandato ou função pública de autoridade
Perda do cargo, mandato ou função 2) NÃO são automáticos, de modo
pública que devem ser declarados
motivadamente na sentença

DICA 116
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas na
Lei 13.869/2019 são:

Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6


(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
Fique atento!
As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

- Prestação de serviços à
comunidade ou a entidades
As penas restritivas de direitos públicas;
que substituem as privativas
de liberdade previstas na lei - Suspensão do exercício de cargo,
de abuso de autoridade são: mandato ou função pública – Prazo:
1 a 6 meses + perda de vencimentos
e vantagens

DICA 117
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA
As penas previstas na lei de abuso de autoridade serão aplicadas independentemente
das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.
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As notícias de crimes previstos na lei de abuso de autoridade que descreverem falta
funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.
As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo
mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham
sido decididas no juízo criminal.
Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a
sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em
legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito.
DICA 118
EXECUÇÃO PENAL (Lei 7.210/84) - AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA
As autorizações de saída podem ocorrer de duas formas: permissão de saída e saída
temporária.

Autorizações de Permissão de saída


saída Saída temporária

Da Permissão de Saída
Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos
provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta,
quando ocorrer um dos seguintes fatos:
Falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente
ou irmão;
Necessidade de tratamento médico.
Fique atento!
A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra
o preso.
A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade
da saída.
DICA 119
DA SAÍDA TEMPORÁRIA
Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter
autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos
seguintes casos:
Visita à família;
Frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou
superior, na Comarca do Juízo da Execução;
Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de
monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução.
Fique atento (Importante - pacote anticrime)

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Não terá direito à saída temporária o condenado que cumpre pena por praticar crime
hediondo com resultado morte.
Da autorização da saída temporária
A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o
Ministério Público e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes
requisitos:
Comportamento adequado;
Cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se o condenado for primário, e 1/4, se
reincidente;
Compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
A autorização será concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser
renovada por mais 4 vezes durante o ano.
O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato
definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas
na autorização ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso.
A recuperação do direito à saída temporária dependerá da absolvição no processo penal,
do cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do merecimento do
condenado.

Memorize!

PERMISSÃO DE SAÍDA SAÍDA TEMPORÁRIA

Regime fechado ou semi-aberto Regime semi-aberto

Mediante escolta Sem vigilância direto

Falecimento ou doença grave do Visita à família


cônjuge, companheira, ascendente,
Frequência a curso profissionalizante
descendente ou irmão;
Participação de atividades que concorram
Necessidade de tratamento
para o retorno ao convívio social
médico

Concedida pelo diretor do Será concedida por ato motivado do Juiz da


estabelecimento execução, ouvidos o Ministério Público e a
administração penitenciária

Duração: necessária à finalidade da Duração: prazo não superior a 7 (sete) dias,


saída podendo ser renovada por mais 4 (quatro)
vezes durante o ano

DICA BÔNUS
PROGRESSÃO DE REGIME – LEI DE EXECUÇÃO PENAL
Existem então 3 regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade: fechado,
semiaberto e aberto. O art. 33, §2 do CP estabelece os critérios para que o juiz, ao
condenar, fixe o regime inicial de cumprimento da pena.

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O juiz vai fixar o regime inicial de cumprimento da pena. Mas, o réu vai de forma
progressiva passando para regimes mais brandos, visando o seu retorno ao convívio social
aos poucos.
A ideia da progressão de regime é justamente essa: que o réu vá, aos poucos,
passando para regimes mais flexíveis e, progressivamente, retorne o seu convívio social.
Até chegar o dia em que a pena é extinta e ele adquire de volta a sua plena liberdade.
Isso serve tanto para o Estado verificar se aquela pessoa está realmente pronta para o
retorno ao seu convívio social, sem que corra o risco de que ele volte a praticar novo
crime, como também serve ao acusado não se “assustar” com o seu retorno à sociedade.
Progressão de regime ocorre justamente quando o condenado passa de um regime
mais severo para um mais brando, com regras mais flexíveis e com uma maior interação
com o meio social.
A lei prevê alguns requisitos para essa progressão de regime, como o cumprimento de
uma parte da pena no regime anterior. O Pacote Anticrime alterou substancialmente a
sistemática da progressão de regime prisional.

ATENÇÃO!

Nos novos percentuais!!!!

PROGRESSÃO DE REGIME

Hipótese Percentual de cumprimento da pena

16% Réu Primário + crime SEM violência ou grave ameaça

20% Réu Reincidente + crime SEM violência ou grave ameaça

25% Réu Primário + crime COM violência ou grave ameaça

30% Réu Reincidente + crime COM violência ou grave ameaça

40% Réu Primário + crime hediondo ou equiparado

Réu Primário + crime hediondo ou equiparado com


resultado MORTE, vedado o livramento condicional. ***

Exercer o comando, individual ou coletivo, de organização


criminosa estruturada para a prática de crime hediondo
ou equiparado
50%

Crime de constituição de milícia privada

60% Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado

Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado, com


70%
resultado MORTE, vedado o livramento condicional. ***

DICA 120
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LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE)

SÚMULAS IMPORTANTES

Súmula 265/STJ

É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida


socioeducativa.

Súmula 492/STJ

O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente
à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.

Súmula 500/STJ

A configuração do crime previsto no art.244-B do Estatuto da Criança e do


Adolescente independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de
delito formal (ou seja, a efetiva corrupção é mero exaurimento).

DICA 121
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) - DOS CRIMES EM
ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA
O tipo previsto no art. 230, do ECA, dispõe sobre a privação da criança ou do adolescente
de sua liberdade sem estar em flagrante de ato infracional ou sem ordem escrita da
autoridade judiciária.

Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão
sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade
judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem
observância das formalidades legais.

Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
É cabível transação penal e suspensão condicional do processo.
DICA 122
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) - DOS CRIMES EM
ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA
PEDOFILIA:

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Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
§ 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer
modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.
§2 o
Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime:
I – No exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la;
II – Prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade;
ou
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o
terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da
vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com
seu consentimento.

Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.
Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar mais
de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
Não admite suspensão condicional do processo.
DICA 123
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) - DOS CRIMES EM
ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA
DIVULGAÇÃO DE PEDOFILIA

Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou


divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (figura equiparada)
I – Assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou
imagens de que trata o caput deste artigo;
II –Assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias,
cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.
§ 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste artigo são puníveis
quando o responsável pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa
de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou

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outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena
quantidade o material a que se refere o caput deste artigo.
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de
comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos
arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
I – Agente público no exercício de suas funções;
II -Membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades
institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos
crimes referidos neste parágrafo;
III – Representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou
serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material
relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder
Judiciário.
§ 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão manter sob sigilo o material
ilícito referido.
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo
explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda,
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou
armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.

Em regra, a Justiça Estadual é competente para julgar os crimes descritos acima, a


exceção se dá com o recente entendimento do STF, vejamos:
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar
ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (artigos 241, 241-A
e 241-B da Lei 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de
computadores.
Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.
Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar
mais de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
Não admite suspensão condicional do processo no caso do art. 241-A.
Admite suspensão condicional do processo os artigos 241-B e 241-C do ECA.
Ambas as condutas descritas (art. 241-A, B e C) admitem tentativa.

DICA 124
LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO) - DOS CRIMES EM ESPÉCIE
Os crimes previstos no Estatuto do idoso são de ação penal pública incondicionada.
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APLICAÇÃO DA LEI 9.099/95

Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso, cuja pena máxima privativa de liberdade
não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento da lei 9.099/95 (por
ser mais célere), e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código
Penal e do Código de Processo Penal.

Nas penas não superiores a 2 anos serão cabíveis os benefícios da lei 9.099/95.

Caso sejam atendidos os requisitos, o MP pode propor ANPP (acordo de não persecução
penal), instituto previsto no art. 28-A do CPP.
DICA 125
CRIMES DE TORTURA (Lei 9.455/97) - MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA

Tortura-persecutória ou tortura-prova

Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave


ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.

Trata-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir.
OBS.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave
ameaça.

Tortura crime ou tortura para a prática de crime

Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave


ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, para provocar ação ou omissão de
natureza criminosa.

Trata-se de crime comum, por isso, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir.
OBS.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave
ameaça.

Tortura discriminatória ou tortura racismo

Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave


ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, em razão de discriminação racial ou
religiosa.

Trata-se de crime comum, isto é, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir. No entanto, ao contrário dos
delitos anteriores, em que as vítimas eram constrangidas a "fazer algo", na tortura
discriminação o ofendido será torturado por conta da discriminação racial ou religiosa.
OBS.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave
ameaça.

Tortura castigo

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Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo.
Trata-se de crime próprio, pois exige uma especial qualidade do agente. Assim, o
autor do delito deve ter uma relação de guarda, poder ou autoridade com a vítima.

Fique atento!
Diferentemente dos delitos anteriores, na tortura castigo deve haver o intenso sofrimento
físico ou mental.

Diferença entre o crime de maus tratos e tortura castigo

Maus-tratos (art. 136, CP) Tortura castigo (Lei n. 9.455, art. 1º, II)

Há excesso nos meios de correção. Há dolo de torturar.

Não há intenso sofrimento físico ou


Existe intenso sofrimento físico ou mental.
mental.

Não há emprego de violência ou grave


Há emprego de violência ou grave ameaça.
ameaça, embora possa ocorrer.

Memorize:
Tortura prova - obter informação,
declaração ou confissão.

Tortura crime - provocar ação ou


omissão de natureza criminosa
Modalidades de crimes
de tortura Tortura discriminatória -
discriminação racial ou religiosa

Tortura castigo - castigo pessoal ou


medida de caráter preventivo (crime
próprio)

Para todos esses delitos a pena será de reclusão de 2 a 8 anos.


DICA 126
FORMA OMISSIVA DA TORTURA
Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos.
Fique atento!

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A forma omissiva da tortura é o único delito da lei de antitortura que não é equiparado ao
hediondo. Também é o único que a pena é de detenção.
Trata-se de crime próprio, uma vez que é exigido uma especial qualidade do agente.

Ex.: Diretor de Presídio percebe que os policiais penais estão torturando um preso na
Unidade Prisional e não faz nada para impedi-los. O Diretor responderá pelo delito de
omissão perante a tortura, enquanto os agentes responderão por tortura.
O particular, que não possua tal dever, caso se depare com a prática de crime de tortura e
não o impeça, responderá pelo crime de omissão de socorro.
A pena para este delito é de detenção de 1 a 4 anos.
DICA 127
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

Cometido por agente público

A pena aumenta de 1/6 até Contra criança, gestante, portador de


1/3 deficiência, adolescente ou + 60 anos

Cometido mediante sequestro

A pena aumenta de 1/6 até 1/3:

Se o crime for cometido por agente público;

Se o crime for cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,


adolescentes ou maior de 60 anos;

Se o crime for cometido mediante sequestro;


DICA BÔNUS
EXTRATERRITORIALIDADE

A lei nº. 9.455/94 se aplica a fatos ocorridos fora do território nacional desde que:

A vítima seja brasileira; ou

O autor seja encontrado em local sob jurisdição brasileira

Se aplica a lei de tortura a - Vítima brasileira;


fatos ocorridos fora do
Brasil - Agente encontrado em local sob
jurisdição nacional

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DICA 128
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).
Conforme podemos extrair da leitura do art. 5º, configura violência doméstica e familiar
contra a mulher qualquer AÇÃO OU OMISSÃO baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, praticada em
qualquer dos cenários:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio


permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos


quesão ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha


convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

ATENÇÃO!

Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência doméstica e familiar prevista


no artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, não se exige a coabitação
entre autor e vítima”.

NÃO se exige coabitação entre autor e vítima para configurar a violência doméstica e
familiar.
DICA 129
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).
Das formas de violência doméstica e familiar contra a mulher: São formas de
violência doméstica e familiar contra a mulher, previstas no rol do art. 7º (rol
exemplificativo): FÍSICA, PSICOLÓGICA, SEXUAL, PATRIMONIAL e MORAL.

VIOLÊNCIA FÍSICA;

Entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA;

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Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de
ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação;

VIOLÊNCIA SEXUAL;

Qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação


sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça
de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

VIOLÊNCIA PATRIMONIAL;

Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

VIOLÊNCIA MORAL.

Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.


DICA 130
LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

Considera-se ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA:

A associação de 4 OU MAIS PESSOAS

Estruturalmente ordenada

Caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente

Objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza

Mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4


anos, ou que sejam de caráter transnacional.
CUIDADO: As bancas tentam confundir os candidatos com o crime de
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, prevista no art. 288 do Código Penal:

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Mínimo de 3 pessoas. Mínimo de 4 pessoas.

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Prática de CRIMES, independente da Prática de infrações, com penas


pena cominada. máximas superiores a 4 anos, ou,
independente da pena, que seja de
caráter transnacional.

NÃO exige divisão de tarefas. Exige estrutura ordenada com divisão de


tarefas.

Objetiva cometer crimes (não abrange Objetiva qualquer vantagem, de qualquer


as contravenções penais). natureza.

DICA 131
COLABORAÇÃO PREMIADA (LEI 12850/2013)
A colaboração premiada está prevista, dentre outros lugares, na Lei 12850/2013.
Trata-se de um mecanismo previsto na lei por meio do qual o investigado colabora
com o processo, recebendo benefícios penais.
NÃO DEIXEM DE LER os artigos 3º-B até o art. 7º da Lei 12.850/2013.
A colaboração premiada ficou muito famosa há alguns anos, diante dos escândalos de
corrupção a que submeteram nosso país. Esse tema já era importante e ganha maior
relevância ainda diante das recentes modificações realizadas pelo pacote anticrime.
A ideia da delação premiada é, basicamente: de um lado, o réu colabora com a
investigação; de outro, a acusação colabora com o acusado, diminuindo-lhe a pena.

Resultados: a colaboração do investigado deve resultar em algum dos resultados para


a investigação:

identificação dos demais coautores e das infrações por ele praticadas;

revelação da estrutura hierárquica;


prevenção de infrações penais;

recuperação total ou parcial do proveito das infrações;


localização de eventual vítima, com sua integridade física preservada.

Benefícios da delação: Se de um lado, o investigado deve propiciar à acusação algum


desses resultados, por outro, o MP também deve oferecer alguns benefícios ao réu. São
eles:

COLABORAÇÃO PREMIADA - BENEFÍCIOS

Colaboração no 1) perdão judicial


curso da
investigação 2) redução em até 2/3 da pena;
3) substituição da Pena Privativa de Liberdade por Pena Restritiva
de Direitos;
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Colaboração 1) Possibilidade de redução até a METADE da pena;


posterior à
sentença 2) progressão de regime

As partes podem se retratar da proposta, caso em que as provas produzidas pelo


colaborador NÃO poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. Ou seja,
em caso de retratação da proposta, as provas produzidas pelo colaborador podem ser
utilizadas, mas não em desfavor dele.
O magistrado NÃO participará das negociações da delação premiada. Mas, feito o
acordo, ele será submetido à HOMOLOGAÇÃO do juízo. Para fins de homologação, o
pedido deve ser distribuído sigilosamente, contendo apenas informações que não possam
identificar o colaborador.
Por fim, o juiz NÃO poderá proferir sentença condenatória ou até mesmo receber
denúncia fundada apenas nas declarações do colaborador.
Fique atento!
O prazo prescricional para o crime de posse ou porte de drogas para consumo
pessoal é de 2 anos.
O usuário não será preso, nem mesmo em caso de flagrante delito, por expressa
disposição legal (art. 48, § 3º, L. 11.343/06), salvo se na ocasião houver concurso com
outro crime que admite a prisão em flagrante.
DICA BÔNUS
CRIMES EM ESPÉCIE

Tráfico privilegiado
Nos delitos de tráfico e suas figuras equiparadas, as penas poderão ser reduzidas de 1/6
a 2/3, desde que o atente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Trata-se de uma causa especial de diminuição de pena

Memorize!
i) primário

Requisitos ii) bons antecedentes Redução da


cumulativos para pena:
iii) não se dedicar a
que o tráfico seja
atividades criminosas 1/6 a 2/3
privilegiado
iv) não integrar
organização criminosa

DICA BÔNUS
CRIMES EM ESPÉCIE

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Associação para o tráfico de drogas
Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não,
qualquer dos seguintes crimes:

Tráfico de drogas

Figuras equiparadas ao tráfico de drogas

Tráfico de maquinários
Pena: reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa.

Figura equiparada da associação ao tráfico


Nas mesmas penas incorre quem se associa para a prática reiterada do crime de
financiamento ao tráfico.

Memorize!

Associação para o financiamento ao


Associação para o tráfico de drogas
tráfico

Reiteradamente ou não Prática reiterada

DICA BÔNUS
CAUSA DE AUMENTO DE PENA (Importante)

As penas previstas nos crimes de tráfico de drogas, tráfico de maquinários, associação


para o tráfico, financiamento ao tráfico e colaborar como informante do tráfico são
aumentadas de 1/6 a 2/3, se:

A natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as


circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;

O agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho


de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;

A infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de


estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades
estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de
trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer
natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;

O crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de
fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;

Caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito


Federal;

Sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;

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O agente financiar ou custear a prática do crime.

PROCESSO PENAL
DICA 132
LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E
VALORES)
Conceito de lavagem de capitais: é a atividade de desvincular ou afastar do dinheiro
sua origem ilícita, dando origem aparentemente lícita para ser utilizado.
É crime derivado, pois pressupõe a prática de outra infração penal (crime ou
contravenção) antecedente.

Sujeito passivo: é a sociedade.

Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum).


É possível que o agente da infração antecedente possa responder também pelo crime de
lavagem de capitais, nesse caso responderá em concurso material de crimes.

O STF admite a autolavagem (selflaudering).

DICA 133
LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E
VALORES)
Para o STF o crime de lavagem de bens, direitos ou valores é permanente. Dessa forma
é possível realizar a prisão em flagrante do agente.
A prescrição só começa a correr do dia em que cessar a permanência.
É punível a tentativa do crime de lavagem.
Crime de lavagem de capitais: É crime acessório, vez que depende da existência de
infração penal antecedente.
Para a apuração do crime de lavagem de dinheiro, admite-se a utilização da ação
controlada e da infiltração de agentes.

Jurisprudência do STJ: Não impede o prosseguimento da apuração de


cometimento do crime de lavagem de dinheiro a extinção da punibilidade dos
delitos antecedentes.
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DICA 134
LEI 9.613/1998 (“LAVAGEM” DE CAPITAIS OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E
VALORES)

ETAPAS DA LAVAGEM DE CAPITAIS


1° fase – Colocação (Placement): É a colocação do dinheiro ilícito no sistema
financeiro, dificultando a identificação da procedência dos valores de modo a evitar
qualquer forma de rastreio.
2° fase – Ocultação (Layering): O objetivo é fazer desaparecer todos os indícios ou
evidências, realizam movimentações para impedir o rastreamento do valor ilícito.
3° fase – Integração (Integration): Os bens passam a ter aparência lícita, podendo
ser utilizados normalmente.
COAF – CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS
Integra o Ministério da Fazenda.
Recebe comunicações de operações suspeitas, analisa e repassa às autoridades
competentes (MP e Polícia Civil). Pode de forma subsidiaria aplicar penalidades e
estabelecer orientações.
Não realiza investigação, não produz prova, apenas elabora relatório de
inteligência financeira.

O STF fixou a tese de que é constitucional o compartilhamento dos relatórios de


inteligência financeira do COAF com os órgãos de persecução penal para fins
criminais, sem a obrigatoriedade de prévia autorização judicial.

DICA 135
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA – parte 01
A CF prevê, no art. 5º, inciso XII, que é inviolável o sigilo das comunicações telegráficas,
de dados e das comunicações telefônicas, SALVO, neste último caso, por ordem
judicial para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.

AUTORIZAÇÃO JUDICIAL: Pela Constituição, para a quebra do sigilo das


comunicações telefônicas é INDISPENSÁVEL a autorização judicial. No plano
infraconstitucional, a regulamentação dessa quebra de sigilo das comunicações telefônicas
foi regulamentada pela Lei 9296/96.

CONCEITO: interceptação telefônica significa captar a comunicação telefônica de outra


pessoa, passando a descobrir o conteúdo da comunicação. Todavia, há algumas
terminologias e distinções relevantes para a sua prova:

Interceptação É a captação da comunicação telefônica alheia por um terceiro,


sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores.
telefônica

É a captação da comunicação por um TERCEIRO, com o


Escuta conhecimento de um dos comunicadores e

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telefônica desconhecimento do outro.

Gravação É uma autogravação. Ou seja, a gravação por um dos


comunicadores, normalmente feita sem o conhecimento
telefônica
do outro comunicador.
clandestina

Comunicação Refere-se às comunicações realizadas diretamente


ambiental num ambiente, como numa sala, num carro etc.
Normalmente realizado por cabos de fibra óticas.

Escuta É a captação de uma comunicação no ambiente


ambiental feita por TERCEIRO com o consentimento de um dos
comunicadores.

Gravação É a captação da comunicação no ambiente


ambiental feita por um dos comunicadores.

DICA 136
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

ESSA É IMPORTANTE!
A Lei 9.296/96 regulamenta tanto os requisitos, hipóteses de cabimento e o procedimento
das interceptações telefônicas.
Há alguns requisitos à decretação judicial da interceptação telefônica. Nesse sentido, o
art. 2º da Lei 9296/96 é IMPORTANTÍSSIMA, sendo imprescindível a sua leitura.
Primeiramente, só pode haver decretação da interceptação telefônica se houver indícios
razoáveis de autoria ou participação em infração penal.
Além disso, mencione-se o caráter RESIDUAL da interceptação telefônica. Ela só pode ser
decretada quando os fatos não puderem ser provados por outros meios.
Por fim, mencione-se que o crime investigado deve ser punido com PENA DE RECLUSÃO.
Se a pena do crime investigado for de DETENÇÃO, não será admitida a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas!!!

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1) NÃO houver indícios razoáveis


da autoria ou participação em infração
penal

2) a prova puder ser feita


por outros meios
disponíveis
NÃO será admitida
interceptação telefônica
(art. 2º, Lei 9.296/96)
3) o fato investigado
constituir infração punida,
no máximo, com pena de
detenção

PRAZO: a interceptação telefônica pode ser decretada pelo juiz, em decisão


fundamentada, pelo prazo de 15 dias, renovável por igual tempo UMA VEZ,
comprovada a indispensabilidade da prova.
DICA 137
CAPTAÇÃO AMBIENTAL

ESSA É IMPORTANTE! VAI CAIR!!!!!!


A captação ambiental é a quebra do sigilo da comunicação realizada num ambiente,
e não através de meios telefônicos, como na interceptação telefônica.
Exemplo: num reality show da televisão, quando uma das participantes se infiltra e se
esconde no ambiente para ouvir a conversa dos demais, está havendo captação
ambiental das comunicações. No meio policial isso é um pouco mais “sofisticado”, já
que muitas vezes há recursos tecnológicos à disposição da polícia para interceptar a
comunicação dos investigados.
Essa captação ambiental foi regulamentada pelo PACOTE ANTICRIME, que incluiu o art.
8º-A na Lei de Interceptações Telefônicas (lei 9296/96).
Segundo esse artigo, a captação ambiental pode ser determinada em sede de investigação
ou instrução penal, dependendo de autorização judicial após requerimento do MP ou
da autoridade policial, e desde que observados os seguintes REQUISITOS:

1) A prova não puder ser feita por outros


meios disponíveis e igualmente eficazes

2) Elementos probatórios razoáveis


de autoria ou participação

CAPTAÇÃO
AMBIENTAL 3) Infrações penais com pena
(art. 8º-Aº, Lei máxima superior a 4 ANOS, ou em
9.296/96) infrações penais conexas.

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PRAZO: A captação ambiental NÃO PODE EXCEDER o prazo de 15 dias, renovável por
iguais períodos através de nova decisão judicial, desde que comprovada a
indispensabilidade do meio de prova, e quando presente atividade criminal permanente,
habitual ou continuada.
CUIDADO: Na interceptação telefônica, só pode prorrogar o prazo de 15 dias
uma vez. Na captação ambiental, pela lei, pode prorrogar tal prazo por sucessivos
períodos.
O requerimento do MP ou da autoridade policial deve descrever detalhadamente o
local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental.
A instalação do dispositivo de captação ambiental pode ser realizada por meio de operação
policial disfarçada, se necessário, ou ainda no período noturno, EXCETO na casa (art.
8º-A, §2º).
A gravação ambiental (captação feita por um dos interlocutores sem o prévio
conhecimento do outro), sem o prévio conhecimento da autoridade policial ou do MP pode
ser utilizada em MATÉRIA DE DEFESA, quando demonstrada a integridade da gravação
(§4º). Isso nos remete a uma observação feita nas rodadas anteriores, que diz respeito à
possibilidade de utilização da prova ilícita em favor do réu.
Abaixo, um quadro-resumo das principais distinções entre interceptação telefônica e
captação ambiental. Não confundam. Isso vai estar na sua prova!

Interceptação telefônica Captação ambiental

É a captação da comunicação É a captação da comunicação realizada no


telefônica de terceiros. ambiente, e não por meios telefônicos.

Só pode ser decretado para Só pode para infrações penais punidas com
infrações penais punidas com
RECLUSÃO. pena máxima superior a 4 anos,

Não pode para crimes punidos ou em infrações penais conexas.


com DETENÇÃO.

Pode ser decretada pelo prazo Pode ser decretada pelo prazo de 15 dias,
prorrogáveis por iguais períodos.
de 15 dias, prorrogável uma
única vez.

DICA 138
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - COMPETÊNCIA

Os Juizados Especiais Criminais têm competência para a conciliação, julgamento e


execução;

Das infrações de menor potencial ofensivo: contravenções penais de qualquer


pena e crimes cuja pena máxima não ultrapasse dois anos;

Será competente o Juizado do local da infração (teoria da atividade);

Os Juizados são regidos pelas regras da:


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Simplicidade,

Oralidade,

Informalidade,

Celeridade,

Economia processual.
DICA 139
ATOS PROCESSUAIS

Os atos processuais nos Juizados Criminais:

Serão públicos;

Podem ocorrer em qualquer dia da semana;

Podem ocorrer à noite;

Só serão anulados somente se houver prejuízo;

Serão escritos apenas os essenciais;

Não admitem citação por edital, sendo a citação pessoal no Juizado ou por
mandado;

Devem ser acompanhados por advogado ou defensor público (cuidado para não
confundir com o juizado cível, no qual a presença do advogado é, em regra, facultativa);
DICA 140
INSTITUTOS DESPENALIZADORES

Institutos despenalizadores do Jecrim:

Composição dos danos civis (reparação dos danos);

Transação Penal (não aplicação de pena privativa de liberdade);

Suspensão do processo;

Procedimento apuratório é o termo circunstanciado de ocorrência (TCO);

Em regra não haverá prisão em flagrante e nem se exigirá fiança nas infrações de
menor potencial ofensivo, SALVO no caso de recusa do indiciado em assinar o TCO;

Não se aplica os institutos despenalizadores do Jecrim:

Crimes militares;

Crimes que envolve violência doméstica e familiar contra a mulher;

Concurso de crimes em que a pena ultrapassa 2 anos;


DICA 141
COMPOSIÇÃO DOS DANOS CIVIS

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Instituto destinado à reparação dos danos;

Será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz;

A sentença será IRRECORRÍVEL;

A sentença servirá como título executivo a ser executado no juízo civil;

O acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação;

Se a ação penal for pública, a composição não acarreta a extinção da punibilidade;

Não havendo a composição dos danos, poderá ser oferecida a representação para
seguimento do procedimento.
DICA 142
TRANSAÇÃO PENAL

Havendo representação nas ações condicionadas ou nas ações públicas;

Acordo proposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO;

Para aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa;

Aceita a proposta, será submetida ao juiz;

A homologação do acordo não gera reincidência;

A homologação do acordo impede novo acordo em 05 anos.


DICA 143
NÃO CABERÁ TRANSAÇÃO PENAL

Autor condenado por sentença definitiva por CRIME a pena privativa de liberdade;

Autor ter sido beneficiado com acordo nos últimos 5 anos;

Não for a medida indicada em razão dos antecedentes, conduta social,


personalidade do agente, motivos e circunstâncias da infração;
DICA 144
SUSPENSÃO DO PROCESSO

Caberá o chamado SURSIS PROCESSUAL:

Crimes com pena mínima igual ou inferior a 1 ano;

Suspensão do processo por 2 a 4 anos;

Proposto pelo Ministério Público;

Se o autor não estiver sendo processado;

Se o autor não tiver sido condenado por outro crime.


DICA 145
CONDIÇÕES DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
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Aceitando a proposta, o autor deverá:

Reparar o dano, EXCETO se não puder;

Se abster de frequentar lugares indicados pelo juiz;

Não se ausentar da comarca em que reside sem autorização do juiz

Comparecer em juízo mensalmente para informar e justificar suas atividades;

Cumprir outras condições adequadas determinadas pelo juiz.


DICA 146
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA

Na suspensão condicional do processo, durante o período de prova (2 a 4 anos), o


autor tem que cumprir as medidas determinadas na decisão;

Caso ele não cumpra alguma das condições, a suspensão PODERÁ ou DEVERÁ ser
revogada;

São hipóteses de revogação OBRIGATÓRIA (será):

Ser processado por outro CRIME durante o período de suspensão;

Não reparar o dano SEM motivo justificável;


DICA 147
REVOGAÇÃO FACULTATIVA

São hipóteses de revogação FACULTATIVA (poderá):

Ser processado por CONTRAVENÇÃO durante o período de suspensão;

Descumprir qualquer outra condição.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
DICA 148
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e das
entidades da administração direta e indireta, no que se refere à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela
Assembleia Legislativa mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.
O controle externo, a cargo da Assembleia, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado.

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais
o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
DICA 149
TRIBUNAL DE CONTAS
Ao Tribunal de Contas do Estado compete:

apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador mediante parecer prévio,


que deverá ser elaborado no prazo de sessenta dias a contar de seu recebimento e
publicado no Diário Oficial do Estado;

julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e


valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Estado e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outras irregularidades de que resulte prejuízo ao erário;

apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a


qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
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ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;

realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de comissão técnica ou de


inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário e nas demais entidades;

fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado, mediante


convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, à União, a outros Estados,
ao Distrito Federal ou a Municípios;

prestar as informações solicitadas pela Assembleia ou por qualquer de suas comissões


sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;

aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, irregularidade de contas


ou atraso em sua prestação, as sanções previstas em lei que estabelecerá, entre outras
cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao


exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade e sustar, se não atendido, a execução
do ato impugnado, comunicando a decisão à Assembleia;

representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;

fiscalizar as contas de empresas ou consórcios interestaduais, de cujo capital social o


Estado participe de forma direta ou indireta, nos termos de acordo, convênio ou ato
constitutivo;

acompanhar, por seu representante, a realização dos concursos públicos na


administração direta e nas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades
instituídas ou mantidas pelo Estado;

apreciar e julgar as contas anuais do Tribunal de Contas dos Municípios.


O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete conselheiros, tem sede na Capital,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território estadual, exercendo, no que
couber, as atribuições previstas no art. 46 desta Constituição.

Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão nomeados dentre brasileiros


que satisfaçam os seguintes requisitos:

mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

idoneidade moral e reputação ilibada;

notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de


administração pública;

mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
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Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:

O primeiro e o segundo mediante escolhas da Assembleia Legislativa;

O terceiro por livre escolha do Governador, com aprovação da Assembleia Legislativa;

O quarto e o quinto mediante escolhas da Assembleia Legislativa;

O sexto e o sétimo por escolha do Governador, com aprovação da Assembleia


Legislativa, escolhido o sexto dentre auditores e o sétimo dentre membros do Ministério
Público junto ao Tribunal, por estes indicados em listas tríplices segundo os critérios de
antiguidade e merecimento.
Os Conselheiros terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e
vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça aplicando-se lhes, quanto à
aposentadoria e pensão, as normas do art. 40 e seus parágrafos da Constituição da
República.
O Auditor, quando em substituição a conselheiro, terá as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos e vencimentos do titular e, quando no exercício das demais
atribuições da judicatura, as de juiz de direito de entrância final.
Compete privativamente ao Tribunal de Contas elaborar seu regimento interno e organizar
sua secretaria e os serviços auxiliares.
Junto ao Tribunal de Contas do Estado funciona a Procuradoria-Geral de Contas.
DICA 150
DO PODER EXECUTIVO – DO GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR
O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, auxiliado pelos Secretários de
Estado.
A eleição do Governador e do Vice-Governador do Estado realizar-se-á, simultaneamente,
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em
segundo turno, se houver, no ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em 1º de janeiro do ano subsequente para mandato de
quatro anos, permitida a reeleição para um único período subsequente.

A eleição do Governador importará a do Vice-Governador com ele registrado

Será considerado eleito Governador o candidato que, registrado por partido político,
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova


eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados e
considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento


legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

Se mais de um candidato com a mesma votação remanescer em segundo lugar,


qualificar-se-á o mais idoso.
O Governador e o Vice-Governador tomarão posse em sessão da Assembleia Legislativa,
prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição da República e a
do Estado, observar as leis, promover o bem geral e sustentar a integridade do Estado de
Goiás.

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Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador não tiver assumido o cargo, salvo por motivo de força maior, esse será
declarado vago.

Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o


Vice-Governador.

Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á a eleição noventa dias


depois de aberta a última vaga, para completar o período dos antecessores.

Ocorrendo a vacância no terceiro ano do período governamental, a eleição para


ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Assembleia Legislativa,
na forma da lei.
Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, serão
sucessivamente chamados o Presidente da Assembleia e o do Tribunal de Justiça para
exercer o cargo de Governador.
O Governador e o Vice-Governador NÃO poderão, sem licença da Assembleia Legislativa,
ausentar-se do Estado ou do País por mais de quinze dias, sob pena de perda do cargo.

DICA 151
DO PODER EXECUTIVO – DAS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR

Compete privativamente ao Governador do Estado:

exercer, com auxílio dos Secretários de Estado e titulares de órgãos equivalentes, a


direção superior do Poder Executivo;

nomear e exonerar os Secretários de Estado, o Comandante-Geral da Polícia Militar, o


Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar, o Procurador-Geral do Estado e o titular
da Defensoria Pública;

iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para sua fiel execução;

vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

celebrar acordos, convênios e ajustes com a União, outros Estados, o Distrito Federal,
Municípios e entidades de direito público e firmar contratos com entidades privadas e com
particulares, na forma da lei;

decretar e executar a intervenção estadual em Municípios, nos casos e na forma desta


Constituição;

remeter mensagem e plano de governo à Assembleia Legislativa por ocasião da


abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Estado e solicitando as providências
que julgar necessárias;

nomear o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-Geral de Contas, dentre os


indicados em lista tríplice, na forma da lei;

enviar à Assembleia o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e


as propostas de orçamento previstas nesta Constituição;
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prestar à Assembleia as contas anuais relativas à receita e à despesa públicas, até
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

prover e extinguir os cargos públicos estaduais, na forma da lei;

elaborar leis delegadas;

solicitar à Assembleia autorização para contrair empréstimos externos e internos;

nomear os integrantes do quinto constitucional do Tribunal de Justiça e de tribunais


que vierem a ser instituídos;

indicar à Assembleia três Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal


de Contas dos Municípios e nomear todos os membros das referidas Cortes, após
decorridos dez dias do cumprimento;

solicitar intervenção federal para garantir o livre exercício do Poder Executivo, nos
termos do art. 36 da Constituição da República;

dispor, em relação ao Poder Executivo e mediante decreto, sobre:


organização e funcionamento da administração estadual, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
DICA 152
DO PODER EXECUTIVO – DA RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR DO ESTADO
São crimes de responsabilidade os atos do Governador que atentem contra esta
Constituição e a da República e, especialmente, contra:

A existência da União

O livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, da


Procuradoria-Geral de Contas e dos poderes constitucionais dos Municípios

A segurança do Estado

A probidade da administração

A lei orçamentária

O cumprimento das leis e das decisões judiciais

Admitida a acusação contra o Governador, por dois terços da Assembleia Legislativa,


será ele submetido a julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça nas infrações penais
comuns e pela Assembleia Legislativa por crimes de responsabilidade.

O Governador ficará suspenso de suas funções:


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nas infrações penais comuns, se recebida, pelo Superior Tribunal de Justiça, a
denúncia ou queixa-crime;

nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Assembleia.

Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento do Governador, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo.
DICA 153
DO PODER EXECUTIVO – DOS SECRETÁRIOS DE ESTADO
Os Secretários de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e
um) anos e no exercício dos direitos políticos.

Compete ao Secretário de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta


Constituição e em lei:

praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas, às delegadas


pelo Governador, exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades
da administração estadual na área de sua competência e referendar os atos e os decretos
assinados pelo Governador;

expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos;

apresentar ao Governador relatório anual de sua gestão;

prestar, pessoalmente ou por escrito, à Assembleia ou a qualquer de suas comissões,


quando convocado e na forma da convocação, informações sobre assunto previamente
determinado, importando em crime de responsabilidade a ausência, a recusa ou o não-
atendimento, no prazo de trinta dias, bem como o fornecimento de informações falsas;

propor ao Governador, anualmente, o orçamento de sua pasta;

delegar suas próprias atribuições por ato expresso aos seus subordinados, observados
os limites estabelecidos em lei.
A lei disporá sobre a criação e extinção das Secretarias de Estado.
Os Secretários de Estado obrigam-se a fazer declaração pública de seus bens, no ato da
posse e no término do exercício do cargo, e terão os mesmos impedimentos estabelecidos
para os Deputados, enquanto permanecerem em suas funções.
Os Secretários de Estado, por crime comum e por crime de responsabilidade, serão
julgados pelo Tribunal de Justiça e, por crime de responsabilidade conexo com o do
Governador, pela Assembleia.
DICA 154
DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS

São órgãos do Poder Judiciário Estadual:

o Tribunal de Justiça;

os Juízes de Direito;

o Tribunal de Justiça Militar;

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os Conselhos de Justiça Militar;

os Juizados Especiais e as Turmas Recursais dos Juizados Especiais;

a Justiça de Paz;
os Tribunais do Júri.
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira e aos tribunais
que o integram aplicam-se as regras sobre prestação de contas estabelecidas nesta
Constituição para os Tribunais de Contas.
O Tribunal de Justiça elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
Se o Tribunal de Justiça não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo.
Lei de iniciativa do Tribunal de Justiça poderá criar Tribunal de Justiça Militar quando
o efetivo militar no Estado superar a vinte mil integrantes.
Em cada Comarca haverá, pelo menos, um Tribunal do Júri.
Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.
Todo Município, ao atingir população estimada em seis mil habitantes, será erigido à
condição de sede de comarca, cabendo ao Tribunal de Justiça promover sua instalação no
prazo de dois anos.
Na composição de tribunal togado, um quinto dos lugares será composto de membros do
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira e de advogados de notório saber
jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
DICA 155
DO PODER JUDICIÁRIO – DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, compõe-se de,
no mínimo, trinta e dois Desembargadores (atualmente, são 42 desembargadores).
Nos crimes comuns e de responsabilidade, os Desembargadores são processados e
julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça.

Compete privativamente ao Tribunal de Justiça:


eleger seu Presidente, Vice-Presidente, Corregedor-Geral de Justiça e outros
ocupantes de cargos de direção;
elaborar seu regimento interno, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre as atribuições, competências e
funcionamento de seus órgãos jurisdicionais e administrativos;
organizar sua secretaria e seus serviços auxiliares e os dos juízos que lhe são
subordinados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

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propor ao Poder Legislativo, observado o disposto no art. 169 e parágrafos da
Constituição da República:
a alteração do número dos seus membros;
a alteração da organização e da divisão judiciárias do Estado;
a criação de novas varas judiciais;
a criação e a extinção de cargos e a fixação da remuneração dos seus auxiliares e
dos juízos que lhe são vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e
dos juízes.

promover a indicação dos candidatos ao preenchimento dos cargos de Desembargador


e prover, na forma da lei:
os cargos de juiz não iniciais de carreira;
os cargos iniciais da carreira da magistratura estadual e os demais cargos
necessários à administração da Justiça, por concurso público de provas ou de provas e
títulos, exceto os de confiança, assim definidos em lei, obedecido o disposto no art. 169, §
1º, da Constituição da República.
conceder licenças, férias e outros afastamentos a seus membros, aos juízes e
servidores que lhe são imediatamente vinculados;

processar e julgar originariamente:


a ação direta de inconstitucionalidade e a ação direta de constitucionalidade de lei ou
ato estadual e municipal, em face da Constituição do Estado, e o pedido de medida
cautelar a ela relativo;
a representação que vise à intervenção do Estado em Município para assegurar a
observância de princípios constitucionais ou para promover a execução da lei, ordem ou
decisão judicial;
o Vice-Governador e os Deputados Estaduais, nas infrações penais comuns;
os Secretários de Estado nos crimes comuns e nos de responsabilidade não conexos
com os do Governador;
os Juízes de primeiro grau e os membros do Ministério Público, nas infrações penais
comuns e nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral,
e, nas infrações penais comuns, os procuradores do Estado e da Assembleia Legislativa e
os defensores públicos, ressalvadas as competências da Justiça Eleitoral e do Tribunal do
Júri;
os prefeitos municipais;
o habeas-corpus , quando o paciente for qualquer das pessoas referidas nas alíneas c
, d e e , ou quando a coação for atribuída à Mesa Diretora ou ao Presidente da Assembleia
Legislativa, ao Conselho Superior da Magistratura, ao Corregedor-Geral da Justiça, ao
Procurador-Geral de Justiça, a Juiz de primeiro grau, ao Corregedor Geral do Ministério
Público, ao Conselho Superior do Ministério Público, a Procurador ou Promotor de Justiça,
aos Secretários de Estado, ao Comandante Geral da Polícia Militar e ao Comandante Geral
do Corpo de Bombeiros Militar;
as ações rescisórias e as revisões criminais em processos de sua competência;

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as reclamações para a preservação de sua competência ou garantia da autoridade
das suas decisões;
as execuções de sentenças nas causas de sua competência originária e os embargos
que lhe forem opostos, facultada a delegação de competência para a prática de atos
processuais;
o mandato de injunção, quando a elaboração da norma for atribuição do Governador
do Estado, da Assembleia Legislativa ou de sua Mesa Diretora, dos Tribunais de Contas do
Estado e dos Municípios ou do próprio Tribunal de Justiça;
os conflitos de competência entre juízes;
a restauração de autos extraviados ou destruídos, quando o processo for de sua
competência;
o mandado de segurança e o habeas data impetrados contra atos do Governador do
Estado, da Mesa Diretora, ou do Presidente da Assembleia Legislativa, do próprio Tribunal
de Justiça, de seu Presidente ou membro integrante, de juiz de primeiro grau, dos
Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios, do Procurador-Geral de Justiça, do
Procurador-Geral do Estado, dos Secretários de Estado, do Comandante Geral da Polícia
Militar e do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar;
julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos órgãos do primeiro grau,
assim como o agravo e os embargos de declaração contra as suas decisões ou acórdãos.
DICA 156
DO PODER JUDICIÁRIO – DOS JUÍZES DE DIREITO
Os Juízes de Direito, integrando a magistratura de carreira, exercem a jurisdição
comum de primeiro grau nas comarcas e juízos, nos termos da lei de organização e
divisão judiciárias.
Não se admitirá o funcionamento de varas cujas competências se fixem por razões de
capacidade econômica das partes.
Período não coberto pelo expediente forense haverá desembargador de plantão no
Tribunal de Justiça, e juiz, em todas as comarcas, inclusive em finais de semana e
feriados, com competência plena para todas as causas cíveis e criminais que demandem
atendimento de urgência.
O ingresso na carreira, cujo cargo inicial é o de juiz de direito substituto, dependerá de
aprovação em concurso público de provas e títulos, realizado com a participação da
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exigindo-se do bacharel em
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações,
à ordem de classificação.
Antes da nomeação do último classificado no concurso anterior para juiz substituto, o
Tribunal de Justiça publicará o edital de chamamento para o próximo concurso destinado
ao preenchimento de vagas do mesmo cargo.
Os concursos deverão ser concluídos em no máximo seis meses, contados da circulação
do edital respectivo.
A publicação do edital de remoção ou promoção deverá ocorrer em prazo não superior a
cinco dias úteis, contados da publicação do ato que determinou a vacância.

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A promoção dos integrantes da carreira dar-se-á, de entrância a entrância,
alternadamente, por antiguidade e merecimento, observando-se os seguintes critérios:

É obrigatória a promoção de Juiz que figure, por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas, em lista de merecimento.

A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva


entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo
se não houver com tais requisitos, quem aceite o lugar vago.

Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de


produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento
em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.

Na apuração da antiguidade, o Tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo


pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação

Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou
decisão.

O acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente,


apurados na última entrância.
Os subsídios dos magistrados serão fixados em lei de iniciativa do Tribunal de Justiça e
escalonados, em nível estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária
nacional, com diferença, entre uma categoria e outra, não superior a 10% (dez por cento)
ou inferior a 5% (cinco por cento), não podendo exceder a 90,25% (noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento) do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, inciso
XI, e 39, § 4º, da Constituição da República.

Os juízes gozam das seguintes garantias:


vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
inamovibilidade, salvo motivo de interesse público, na forma do art. 93, inciso VIII
da Constituição da República;
irredutibilidade de subsídios, ressalvado o disposto nos arts. 37, incisos X e XI, 39,
§ 4º, 150, inciso II, 153, inciso III, e 153, § 2º, inciso I, da Constituição da República

Aos juízes é vedado:


exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério;
receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
dedicar-se à atividade político-partidária;
receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
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exercer a advocacia no juízo do qual se afastou, ou no Tribunal de Justiça, quando
dele tenha se afastado, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por
aposentadoria ou exoneração.
DICA 157
DO PODER JUDICIÁRIO – DOS JUIZADOS E DA JUSTIÇA DE PAZ

Ficam criados:

juizados especiais, cuja competência e composição, incluídas as dos órgãos de


julgamento de seus recursos, observada a legislação federal pertinente, serão definidas na
lei de organização e divisão judiciárias, para a conciliação, o julgamento e a execução de
causas cíveis de menor complexidade e de infrações penais de menor potencial danoso,
obedecidos os seguintes princípios:
procedimento oral e sumaríssimo, com oportunidade de conciliação no julgamento e na
execução;
órgão provido por juízes togados, por indicação do Tribunal de Justiça, e leigos,
escolhidos por entidades representativas da sociedade, com investidura limitada no
tempo, podendo a escolha dar-se por voto direto e secreto;

justiça de paz, remunerada na forma da lei, composta de cidadãos eleitos pelo voto
direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e com competência para:

celebrar casamentos;
verificar, de ofício ou em face de impugnação, processo de habilitação para casamento;

exercer atribuições conciliatórias e outras, definidas em lei, sem caráter jurisdicional.


DICA 158
DA INTERVENÇÃO DOS ESTADOS NOS MUNICÍPIOS

O Estado não intervirá nos Municípios, exceto quando:


não havendo motivo de força maior, deixar de ser paga, por dois anos consecutivos,
dívida fundada;
não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;

O Tribunal de Justiça der provimento a representação para a execução de lei, ordem ou


decisão judicial, ou para assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
direitos da pessoa humana;
autonomia municipal.

A decretação da intervenção dependerá:


de representação da Câmara Municipal competente, nos casos 1, 2 e 3.
de requisição do Tribunal de Justiça, no caso de desobediência à ordem ou decisão
judicial;
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de provimento, pelo Tribunal de Justiça, de representação do Procurador-Geral de
Justiça para assegurar a observância dos princípios especificados nas alíneas do inciso IV
do caput deste artigo e no caso de recusa à execução de lei.
No caso do 4, dispensada a apreciação pela Assembleia, o decreto limitar-se-á a
suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade.
Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a
esses voltarão, salvo impedimento legal.
DICA 159
DAS LEIS ORGÂNCIAS DOS MUNICÍPIOS

O Município goza de autonomia política, administrativa e financeira, nos termos desta


e da Constituição da República e de sua Lei Orgânica, que será votada em dois turnos,
com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos vereadores que
compõem a Câmara Municipal, que a promulgará.

A autonomia municipal será assegurada:


pela eleição direta do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;
pela administração própria dos assuntos de seu interesse, especialmente no que se
refira:
instituição e arrecadação dos tributos de sua competência, respeitados os limites
impostos pelas Constituições da República e do Estado;
à aplicação de suas rendas, sem prejuízo da obrigação de prestar contas e publicar
balancetes nos prazos e na forma da lei, atendidas as normas do art. 30, inciso III e
art. 31 da Constituição da República;
à organização dos serviços públicos locais.
Compete aos Municípios:
legislar sobre assuntos de interesse local;
suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber;
manter e prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,
programas de educação infantil e de ensino fundamental e os serviços de atendimento à
saúde da população;
promover o ordenamento territorial, mediante planejamento e controle da ocupação
e do uso do solo, regular o zoneamento, estabelecer diretrizes para o parcelamento de
áreas e aprovar loteamentos;
baixar normas reguladoras, autorizar e fiscalizar as edificações, bem como as obras
que nelas devam ser executadas, exigindo-se normas de segurança, especialmente para a
proteção contra incêndios, sob pena de não licenciamento;
fixar condições e horário, conceder licença ou autorização para abertura e
funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, prestacionais e similares,
respeitada a legislação do trabalho e sobre eles exercer inspeção, cassando a licença,
quando for o caso;

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organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão, permissão ou
autorização, os serviços públicos de interesse local, incluído o transporte coletivo de
passageiros, definido como essencial, estabelecendo as servidões administrativas
necessárias à sua organização e execução;
adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação por necessidade ou por utilidade
pública, ou por interesse social, nos termos da legislação federal;
promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observadas a legislação e
a ação fiscalizadora federal e estadual;
dispor sobre os serviços funerários e de cemitérios, além de administrar aqueles que
forem públicos e fiscalizar os demais;
criar, extinguir e prover cargos, empregos e funções públicos, fixar-lhes a
remuneração, respeitadas as regras do art. 37 da Constituição da República e instituir o
regime jurídico de seus servidores;
prover de instalações adequadas à Câmara Municipal, para o exercício das atividades
de seus membros e o funcionamento de seus serviços, atendendo à peculiaridade local;
criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação complementar estadual e
garantida a participação popular.
Para a obtenção de seus objetivos, os Municípios poderão:
organizar-se em consórcios, cooperativas ou associações;
celebrar convênios, acordos e outros ajustes com a União, os Estados, o Distrito
Federal, outros Municípios e entidades da administração direta, indireta ou fundacional e
privadas, para realização de suas atividades próprias;
constituir Guardas Municipais destinadas à proteção de seus bens, instalações e
serviços, inclusive os de trânsito, conforme dispuser a lei;
celebrar consórcios públicos e convênios de cooperação com a União, os Estados, o
Distrito Federal e outros Municípios para a gestão associada de serviços públicos, em
consonância com as normas gerais fixadas pela União.

Ao Município é terminantemente proibido:

Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embarcar-lhes o


funcionamento ou manter, com eles ou seus representantes, relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

Recusar fé aos documentos públicos.

Criar distinções ou preferências entre brasileiros.

Usar ou consentir que se use qualquer dos bens ou serviços municipais ou pertencentes
à administração indireta ou fundacional sob seu controle, para fins estranhos à
administração.

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Usar ou consentir que se use qualquer dos bens ou serviços municipais ou pertencentes
à administração indireta ou fundacional sob seu controle, para fins estranhos à
administração.

DICA 160
DAS LEIS ORGÂNCIAS DOS MUNICÍPIOS
A Câmara Municipal é composta por Vereadores eleitos por voto direto e secreto, para
uma legislatura de quatro anos, a iniciar-se a 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição.
O número de vereadores, guardada a proporcionalidade com a população do
Município, será fixado com observância dos limites mínimo e máximo previstos no inciso
IV do art. 29 da Constituição da República.
Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais serão fixados
por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, inciso XI,
39, § 4º, 150, inciso II, 153, inciso III, e 153, § 2º, inciso I, da Constituição da República.
O subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subsequente, em consonância com a Constituição da República, os
critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e com os seguintes limites máximos, a
serem observados em relação ao subsídio dos Deputados Estaduais:

Porcentagem Número de habitantes no Município

20% Até 10.000 (dez mil) habitantes

30% De 10.001 (dez mil e um) habitantes a 50.000


(cinquenta mil)

40% De 50.001 (cinquenta mil e um) a 100.000 (cem mil)

50% 100.001 (cem mil e um) a 300.000 (trezentos mil)

60% 300.001 (trezentos mil e um) a 500.000


(quinhentos mil)

75% Mais 500.000 (quinhentos mil)

O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos


Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
percentuais:
7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil)
habitantes;
6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e
300.000 (trezentos mil) habitantes;
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5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil
e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população
entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três
milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima
de 8.000.001 (oito milhões e um) habitante.
Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;
não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
DICA 161
DA COMPETÊNCIA

À Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, ressalvadas as especificadas no art.


70, cabe dispor sobre todas as matérias da competência municipal, e especialmente
sobre:
tributos municipais, seu lançamento e arrecadação e normatização da receita não
tributária;
empréstimos e operações de crédito;
diretrizes orçamentárias, plano plurianual, orçamentos anuais, abertura de créditos
suplementares e especiais;
subvenções ou auxílios a serem concedidos pelo Município e qualquer outra forma
de transferência, sendo obrigatória a prestação de contas nos termos desta Constituição;
criação dos órgãos permanentes necessários à execução dos serviços públicos
locais, inclusive autarquias e fundações e constituição de empresas públicas e sociedades
de economia mista;
regime jurídico dos servidores públicos municipais, criação, transformação e
extinção de cargos, empregos e funções públicos, estabilidade e aposentadoria e fixação e
alteração de remuneração ou subsídio;
concessão, permissão ou autorização de serviços públicos da competência
municipal, respeitadas as normas desta e da Constituição da República;
normas gerais de ordenação urbanística e regulamentos sobre ocupação e uso do
espaço urbano, parcelamento do solo e edificações;
concessão e cassação de licença para abertura, localização, funcionamento e
inspeção de estabelecimentos comerciais, industriais, prestacionais ou similares;
exploração dos serviços municipais de transporte coletivo de passageiros e critérios
para fixação de tarifas a serem cobradas;
critérios para permissão dos serviços de táxi e fixação de suas tarifas;

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autorização para aquisição de bens imóveis, salvo quando houver dotação
orçamentária para esse fim destinada ou nos casos de doação sem encargos;
cessão ou permissão de uso de bens municipais e autorização para que os mesmos
sejam gravados com ônus reais;
Plano Diretor, obrigatório para Municípios com mais de vinte mil habitantes e
facultativo para os demais, e modificações que nele possam ou devam ser introduzidas;
feriados municipais, nos termos da legislação federal;
alienação de bens da administração direta, indireta e fundacional, vedada esta,
em qualquer hipótese, nos últimos três meses do mandato do Prefeito.
fixação, mediante lei de sua iniciativa, dos subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e
dos Secretários Municipais, com observância do disposto nos incisos V do art. 29 da
Constituição da República e no art. 68 desta Constituição.
Compete privativamente à Câmara Municipal:
receber o compromisso dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito e dar-lhes
posse;
dispor sobre sua organização, funcionamento e polícia, respeitadas esta, a
Constituição da República e a Lei Orgânica respectiva, criação e provimento dos cargos e
funções de sua estrutura organizacional, respeitadas as regras concernentes a
remuneração ou subsídio e limites de dispêndios com pessoal, expressas no art. 37,
incisos X e XI, e art. l69 da Constituição da República;
eleger sua Mesa e constituir suas comissões, nestas assegurando, tanto quanto
possível, a representação dos partidos políticos que participem da Câmara;
fixar, com observância do disposto nos incisos V e VI do art. 29 da Constituição da
República e § 7º do art. 68 desta Constituição, o subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito,
dos Secretários Municipais e dos Vereadores, bem como a verba de representação do
Presidente da Câmara Municipal;
conceder licenças:
ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, para se afastarem temporariamente dos respectivos
cargos;
aos Vereadores, nos casos permitidos;
ao Prefeito, para se ausentar do Município por tempo superior a quinze dias.
solicitar do Prefeito ou do Secretário Municipal informações sobre assuntos
administrativos, sobre fatos sujeitos a sua fiscalização ou sobre fatos relacionados com
matéria legislativa em tramitação, devendo essas informações serem apresentadas dentro
de no máximo quinze dias úteis;
exercer, com o auxílio do Tribunal de Contas dos Municípios, o controle externo das
contas do Município, observados os termos desta e da Constituição da República;
requerer a intervenção estadual no Município, nos casos previstos no art. 61;
requisitar o numerário destinado a suas despesas.
DICA 162

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DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
O Poder Executivo do Município é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários
Municipais.
O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos pelo voto direto, universal e secreto, numa só
chapa, em pleito simultâneo, no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término
do mandato dos que devam suceder, dentre cidadãos maiores de 21 (vinte e um) anos,
no gozo dos direitos políticos, observadas as condições de elegibilidade previstas no art.
14 da Constituição da República, para um mandato de quatro anos, permitida a reeleição
para um único período subsequente.
Será considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido político:
nos Municípios com menos de duzentos mil eleitores, obtiver maioria simples de
votos, não computados os em branco e os nulos;
nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores, obtiver maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos, observado o seguinte:
se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na primeira votação, far-se-á
nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais
votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos;
se, antes da realização do segundo turno, ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior
votação;
remanescer mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais
idoso.
Tomarão posse no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição, em sessão da
Câmara Municipal, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a
Constituição da República, esta Constituição e a Lei Orgânica do Município, observar as
leis, promover o bem geral e sustentar a união, a integridade e o desenvolvimento do
Município.
decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse e salvo motivo de força maior,
o Prefeito ou o Vice-Prefeito não tiver assumido o cargo, este será declarado vago pela
Câmara Municipal.
Nos 10 (dez) dias seguintes ao conhecimento do resultado das eleições municipais, o
Prefeito Municipal designará uma comissão de transição de governo que será constituída
por 3 (três) membros responsáveis pelo controle interno, finanças e administração, e 3
(três) membros indicados pelo candidato eleito ao cargo de Prefeito Municipal.
Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, serão chamados ao exercício do
Poder Executivo, sucessivamente, o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara Municipal
Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á a eleição noventa dias depois de
aberta a última vaga.
Ocorrendo a vacância nos 2 (dois) últimos anos do período de governo, a eleição
para ambos os cargos será feita trinta dias depois de aberta a última vaga, pela Câmara
Municipal, na forma da lei;
Compete privativamente ao Prefeito:
exercer a direção superior da administração municipal;
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iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, expedir decretos e regulamentos para a
sua fiel execução;
vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
dispor sobre a estruturação, atribuições e funcionamento dos órgãos da
administração municipal;
prover os cargos e funções públicos municipais, na forma desta Constituição e das
leis;
celebrar convênios, consórcios, acordos, contratos e outros ajustes do interesse do
Município;
enviar à Câmara Municipal, observado o disposto nesta e na Constituição da
República, projetos de lei dispondo sobre:
plano plurianual;
diretrizes orçamentárias;
orçamento anual;
plano diretor;
remeter mensagem à Câmara Municipal por ocasião da abertura da sessão
legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar
necessárias;
apresentar as contas ao Tribunal de Contas dos Municípios, sendo os balancetes
semestrais em até quarenta e cinco dias contados do encerramento do semestre e as
contas anuais do Município, devidamente consolidadas, em até sessenta dias contados da
abertura da sessão legislativa, para sobre essas últimas, emissão do parecer prévio e
posterior julgamento pela Câmara Municipal;
prestar contas da aplicação dos auxílios federais ou estaduais entregues ao
Município, na forma da lei;
fazer a publicação dos balancetes financeiros municipais e das prestações de contas
da aplicação de auxílios federais ou estaduais recebidos pelo Município, nos prazos e na
forma determinados em lei;
colocar, à disposição da Câmara, até o dia vinte de cada mês, o duodécimo de sua
dotação orçamentária, nos termos da Lei Complementar prevista no art. 165, § 9º da
Constituição da República, sob pena de responsabilidade, conforme fixa o § 2º do art.68-A
desta Constituição;
praticar os atos que visem resguardar os interesses do Município, desde que não
reservados à Câmara Municipal;
enviar à Câmara Municipal cópia dos balancetes e dos documentos que os instruem,
concomitantemente com a remessa dos mesmos ao Tribunal de Contas dos Municípios.
DICA 163
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA, PATRIMONIAL E
OPERACIONAL

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O controle externo a cargo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas dos Municípios, ao qual compete emitir o parecer prévio sobre as contas anuais
do Município, no prazo de sessenta dias contados a partir do recebimento das contas.
Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará de
prevalecer o parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas dos Municípios, sobre as
contas anuais do Prefeito.
As contas anuais dos Municípios ficarão no recinto da Câmara Municipal durante sessenta
dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual
poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei.
A Câmara Municipal não julgará as contas, antes do parecer do Tribunal de Contas dos
Municípios, nem antes de escoado o prazo para exame pelos contribuintes.
O Tribunal de Contas dos Municípios, integrado por sete Conselheiros, tem sede na
Capital, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território estadual, exercendo,
no que couber, as atribuições previstas no art. 96 da Constituição da República, sendo-lhe
assegurada autonomia administrativa.

Os Conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios serão nomeados dentre


brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade;
idoneidade moral e reputação ilibada;
notórios conhecimentos jurídicos contábeis, econômicos e financeiros ou de
administração pública;
mais de 10 (dez) anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional
que exija os conhecimentos mencionados.
DICA 164
DA CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO, DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS E
QUESTÕES URBANAS
A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por
lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei.
Lei complementar estabelecerá os critérios, requisitos e forma para criação, fusão,
desmembramento, incorporação e instalação de Municípios.
A política urbana a ser formulada pelos Municípios atenderá ao pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar de seus habitantes.
O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para as cidades com mais
de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão
urbana.
O Estado poderá criar, mediante lei complementar, Regiões Metropolitanas,
Microrregiões e Aglomerações Urbanas, constituídas por agrupamento de Municípios
limítrofes para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas
de interesse comum.

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Para a instituição de Região Metropolitana ou aglomerado urbano, bem como para a
inclusão e exclusão de Municípios em ambos, serão considerados, dentre outros, os
seguintes fatores:
população e crescimento demográfico, com projeção quinquenal;
grau de conurbação e fluxos migratórios;
atividade econômica, perspectivas de desenvolvimento e fatores da polarização;
deficiência dos serviços públicos, em um ou mais Municípios, com implicação no
desenvolvimento da região.
A gestão do interesse metropolitano ou aglomerado caberá ao Estado e aos Municípios da
região, na forma de lei complementar. A instituição de aglomerado urbano requer
população mínima de cem mil habitantes, em dois ou mais Municípios.
DICA 165
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, eficiência, razoabilidade, proporcionalidade e motivação e, também, ao
seguinte:
os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da
lei;
a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período;
durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
é assegurada a promoção, por antiguidade ou merecimento, de servidores
investidos em cargos e empregos públicos, na forma da lei;
as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
funções de direção, chefia e assessoramento;
é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei federal
específica;
a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com
deficiência e definirá os critérios de sua admissão, observado, em relação aos cargos em
comissão, o percentual mínimo de 1% (um por cento);

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a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público;
a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39
da Constituição da República, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices;
a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração pública direta, autárquica e fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes do Estado, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza,
não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, aplicando-se como limite, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, inclusive do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, o subsídio mensal, em
espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
não se aplicando este limite único aos subsídios dos Deputados Estaduais, conforme
ressalvado na parte final do § 12 do art. 37 da Constituição da República;
os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias, para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
os vencimentos e os subsídios dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XII e XV deste artigo e nos arts. 39, §4º,
150, inciso II, 153, inciso III, 153, §2.º, inciso I da Constituição da República;
é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso:
a de dois cargos de professor;
a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público;
a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
da lei;
ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis

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à garantia do cumprimento das obrigações, sendo que, nas alienações, obedecer-se-á,
preferencialmente, à modalidade de leilão público;
somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
as administrações tributárias do Estado e dos Municípios, atividades essenciais ao
seu funcionamento, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio;
lei estadual poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos.
DICA 166
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO

O Estado e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:


impostos;
taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
à sua disposição;
contribuição de melhoria decorrente de obras públicas.
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, sendo facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.
As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Aplicam-se ao Estado e aos Municípios as disposições da lei complementar federal que:


regulem conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios;
regulem as limitações constitucionais ao poder de tributar;
estabeleçam normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre:
definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes;
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades
cooperativas;

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definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados, nos termos da
Constituição da República.
O Estado poderá firmar convênios com seus municípios, incumbindo estes de prestar
informações e coligir dados, em especial os relacionados com o trânsito de mercadorias ou
produtos, com vistas a resguardar o efetivo ingresso de tributos estaduais nos quais
tenham participação.
O Estado enviará mensalmente aos seus municípios relatórios discriminando as
operações realizadas com cartões de crédito e débito ocorridas em seus respectivos
territórios, para fins de fiscalização e recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza.
DICA 167
DOS IMPOSTOS DO ESTADO E DOS MUNICÍPIOS
Compete ao Estado instituir impostos sobre:
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;
propriedade de veículos automotores

Compete aos Municípios instituir imposto sobre:


propriedade predial e territorial urbana;
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos e sua aquisição;
serviços de qualquer natureza não compreendidos no art. 104, inciso II, definidos em
lei complementar federal.
DICA 168
REPARTICÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Pertencem ao Estado:
o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por ele, suas
autarquias e pelas fundações que instituir e mantiver;
vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir, nos
termos do art. 154, inciso I, da Constituição da República;
sua cota no Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do
art. 159, inciso I, alínea a e seu § 1º da Constituição da República.
trinta por cento da arrecadação do imposto a que se refere o inciso I do § 5º do art.
153 da Constituição da República, quando for o Estado o de origem;

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sua cota de participação proporcional ao valor de suas exportações, no produto de
arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, nos termos do art. 159, inciso II
e seu § 2º da Constituição da República;
sua cota de participação na distribuição do produto da arrecadação da contribuição
de intervenção no domínio econômico, conforme disposições constantes do art. 159, inciso
III da Constituição da República.
Pertencem aos Municípios:
o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
50% (cinquenta por cento) do produto de arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados em cada um deles,
cabendo a totalidade, na hipótese da opção a que se refere o art. 105, § 4º;
50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto estadual sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados no território de cada um deles;
25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;
sua quota no Fundo de Participação dos Municípios, de que trata o art. 159, inciso I,
alíneas b e d da Constituição da República, na forma estabelecida em lei complementar
federal;
25% (vinte e cinco por cento) dos recursos que o Estado receber, nos termos do
§3º do art. 159 da Constituição da República;
70% (setenta por cento) da arrecadação do imposto a que se refere o art. 153, §
5º, inciso II da Constituição da República, quando for o Município de origem;
sua cota de participação na distribuição do produto da arrecadação da contribuição
de que trata o inciso VI do art. 106, na forma da lei a que se refere o art. 159, inciso III
da Constituição da República.

As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas nos 4 e 6 deste


artigo, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
85% (oitenta e cinco por cento), na proporção do valor adicionado nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus
territórios;
10% (dez por cento), distribuído em quotas iguais entre todos os Municípios;
5% (cinco por cento), distribuídos na proporção do cumprimento de exigências
estabelecidas em lei estadual específica, relacionadas com a fiscalização, defesa,
recuperação e preservação do meio ambiente.
DICA 169
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.
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São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.
O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e na lei complementar federal a que se
refere o art. 169 da Constituição da República.
Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente.
Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo
com os limites estipulados, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual.
Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de
créditos suplementares ou especiais.
Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,
observado o disposto no art. 169 da Constituição da República, propor ao Poder
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por
concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de
carreira.
São funções institucionais do Ministério Público:
promover privativamente a ação penal pública na forma da lei;
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública
aos direitos assegurados nesta e na Constituição da República, promovendo as medidas
necessárias a sua garantia;
promover o inquérito civil e a ação civil pública, para proteção do patrimônio público
e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção
do Estado, nos casos previstos nesta Constituição;
expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;
exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar
mencionada no artigo anterior;
requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas;
zelar pelo efetivo cumprimento da lei complementar federal a que se refere o art.
169 da Constituição da República, pelo Estado e pelos Municípios, promovendo as ações
cabíveis, cíveis e criminais.

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DICA 200
DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
À Procuradoria-Geral do Estado, instituição de natureza permanente e essencial à
Justiça, incumbe a representação judicial e a consultoria jurídica do Estado.
A chefia da Procuradoria-Geral do Estado compete ao Procurador-Geral do Estado,
nomeado pelo Governador, em comissão, entre os Procuradores do Estado estáveis, tendo
prerrogativas e representação de Secretário de Estado.
Os Procuradores do Estado oficiarão nos atos e procedimentos administrativos do
Poder Executivo e promoverão a defesa dos interesses legítimos deste, incluídos os de
natureza financeiro-orçamentária, sem prejuízo das atribuições do Ministério Público e da
Procuradoria Geral de Contas.
Os Procuradores do Estado serão remunerados por subsídio, na forma disposta no
art. 39, § 4º da Constituição da República.
DICA 201
DA DEFENSORIA PÚBLICA
A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe prestar assistência jurídica, judicial e extrajudicial, integral e gratuita, e a defesa, em
todos os graus, dos necessitados, na forma das leis complementares estadual e federal, a
que se refere o parágrafo único do art. 134 da Constituição da República.
São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a impessoalidade e a
independência funcional.
Lei complementar organizará a Defensoria Pública.
O ingresso na carreira de Defensor Público dar-se-á segundo a ordem de classificação em
concurso público de provas e títulos, organizado pela Defensoria Pública do Estado, com a
participação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, em
todas as suas fases, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
A remuneração dos Defensores Públicos será por subsídio.
Nas comarcas em que não for instalada e colocada em funcionamento a Defensoria
Pública, a assistência judiciária continuará sendo custeada pelo Estado de Goiás, na
forma da lei.
DICA 202
DA SEGURANÇA PÚBLICA
A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para assegurar a preservação da ordem pública, a incolumidade das pessoas, do
patrimônio e do meio ambiente e o pleno e livre exercício dos direitos e garantias
fundamentais, individuais, coletivos, sociais e políticos, estabelecidos nesta e na
Constituição da República, por meio dos seguintes órgãos:
Polícia Civil;
Polícia Militar;
Corpo de Bombeiros Militar;
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Polícia Penal.
As Polícias Civil, Militar, Penal e o Corpo de Bombeiros Militar subordinam-se ao
Governador do Estado, e os direitos, as garantias, os deveres e as prerrogativas de
seus integrantes são definidos em leis específicas, observados os seguintes princípios:
o exercício da função policial é privativo de membro da respectiva carreira, recrutado
por concurso público de provas, ou de provas e títulos, e submetido a curso de formação
policial ou de bombeiro.
a função policial é considerada perigosa e a de bombeiro militar, perigosa e
insalubre;
será adotada política de especialização de policiais e bombeiros que se destacarem
em suas atribuições, com a colaboração das universidades e cursos especializados;
na divulgação, pelos órgãos de segurança pública, aos veículos de comunicação
social, de fatos referentes à apuração de infrações penais, será assegurada a preservação
da intimidade, da honra e da imagem das pessoas envolvidas, inclusive das testemunhas.
a criação de delegacia da polícia civil far-se-á por lei específica.
DICA 203
DA PROTEÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E DA PRESERVAÇÃO DO MEIO
AMBIENTE
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo, recuperá-lo e preservá-lo.

Para assegurar a efetividade desse direito, cabe ao Poder Público:


preservar a diversidade biológica de espécies e ecossistemas existentes no território
goiano;
conservar e recuperar o patrimônio geológico, paleontológico, cultural,
arqueológico, paisagístico e espeleológico;
inserir a educação ambiental em todos os níveis de ensino, promover a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente e estimular práticas
conservacionistas;
assegurar o direito à informação veraz e atualizada em tudo o que disser respeito à
qualidade do meio ambiente;
controlar e fiscalizar a extração, captura, produção, transporte, comercialização e
consumo de animais, vegetais e minerais, bem como a atividade de pessoas e empresas
dedicadas à pesquisa e à manipulação de material genético;
controlar e fiscalizar a produção, comercialização, transporte, estocagem e uso de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida e o meio ambiente;
promover e estimular a pesquisa e a utilização de alternativas tecnológicas
adequadas à solução dos problemas de produção de energia, controle de pragas e
utilização dos recursos naturais.

Para promover, de forma eficaz, a preservação da diversidade biológica, cumpre ao


Estado:

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criar unidades de preservação, assegurando a integridade de no mínimo vinte por
cento do seu território e a representatividade de todos os tipos de ecossistemas nele
existentes;
promover a regeneração de áreas degradadas de interesse ecológico, objetivando
especialmente a proteção de terrenos erosivos e de recursos hídricos, bem como a
conservação de índices mínimos de cobertura vegetal;
proteger as espécies ameaçadas de extinção, assim caracterizadas pelos meios
científicos;
estimular, mediante incentivos creditícios e fiscais, a criação e a manutenção de
unidades privadas de preservação;
estabelecer, sempre que necessário, áreas sujeitas a restrições de uso;
exigir a utilização de práticas conservacionistas que assegurem a potencialidade
produtiva do solo e coibir o uso das queimadas como técnica de manejo agrícola ou com
outras finalidades ecologicamente inadequadas.

O Estado e os Municípios criarão unidades de conservação destinadas a proteger as


nascentes e cursos de mananciais que:
sirvam ao abastecimento público;
tenham parte do seu leito em áreas legalmente protegidas por unidade de
conservação federal, estadual ou municipal;
constituam, no todo ou em parte, ecossistemas sensíveis, a critério do órgão
estadual competente.

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