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ESCOLA ESTADUAL JARAGUÁ

TÉCNICO EM AGROECOLOGIA

Assistência Técnica e Extensão Rural

Profª. Engª. Agrª. Drª. Rozane Franci de Moraes Tavares


Prof. Eng. Agr. Philippe Wellington De Oliveira
2023 / 2° Semestre
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Sumário
Caracterização de produtores rurais..................................................................................3
Tipificação dos produtores................................................................................................4
Planejamento e avaliação de programas de
extensão..........................................................5
Programas de extensão......................................................................................................7
PRONAF...........................................................................................................................9
Pesquisa, ensino e extensão.............................................................................................10
Estrutura agrícola do Brasil.............................................................................................11
Estrutura agrícola do Mato Grosso..................................................................................12
Processos de comunicação e difusão de inovações.........................................................13
Exercícios de fixação.......................................................................................................15
Referencial bibliográfico.................................................................................................16
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Caracterização de produtores rurais

A caracterização dos produtores rurais envolve a análise e descrição das diversas


características que definem esses indivíduos e suas atividades nas áreas rurais. Essas
características podem variar amplamente de acordo com o contexto social, econômico,
cultural e geográfico.
Perfil Socioeconômico: Isso inclui informações sobre a idade, gênero, escolaridade,
composição familiar, renda, nível de pobreza e outras características socioeconômicas
dos produtores rurais.
Atividades Agrícolas: Descreve-se quais culturas são cultivadas, qual é a escala da
produção, os métodos de cultivo utilizados (convencional, orgânico, etc.), os sistemas
de manejo do solo, uso de fertilizantes, pesticidas, etc.
Pecuária e Agricultura Animal: Se o produtor estiver envolvido em pecuária, detalhes
sobre o tipo de animais criados, a quantidade, os sistemas de criação, os cuidados de
saúde animal, entre outros aspectos.
Tamanho da Propriedade: É importante considerar o tamanho da propriedade rural, já
que isso pode influenciar as práticas agrícolas, a viabilidade econômica e a
sustentabilidade das operações.
Acesso a Recursos e Infraestrutura: Isso abrange o acesso a terra, água, energia,
estradas, tecnologia e outros recursos e infraestrutura necessários para a produção
agrícola.
Tecnologia e Inovação: Investigar o grau de adoção de tecnologias modernas, como uso
de maquinário, irrigação, técnicas de conservação de solo, entre outras.
Organização e Participação em Grupos: Observar se os produtores estão envolvidos em
cooperativas, associações ou outros grupos locais que possam promover o
compartilhamento de conhecimento, a colaboração e a comercialização conjunta.
Impacto Ambiental e Sustentabilidade: Avaliar o compromisso do produtor com
práticas agrícolas sustentáveis, conservação de recursos naturais e minimização de
impactos ambientais.
Desafios e Necessidades: Identificar os principais desafios enfrentados pelos produtores
rurais, como falta de acesso a crédito, mudanças climáticas, instabilidade de preços,
questões de saúde e educação, e suas necessidades de apoio.
Cultura e Conhecimento Tradicional: Levar em consideração as práticas, crenças e
conhecimentos tradicionais que podem influenciar as escolhas dos produtores rurais.
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A caracterização dos produtores rurais é fundamental para o planejamento e a


implementação de programas de desenvolvimento rural, políticas agrícolas e projetos de
assistência técnica. Ela ajuda a entender as dinâmicas locais, adaptar as intervenções às
necessidades reais e promover o crescimento sustentável das áreas rurais.

Tipificação dos produtores

A tipificação dos produtores rurais envolve categorizar ou classificar esses produtores


com base em critérios específicos, como características socioeconômicas, padrões de
produção, nível de tecnologia adotado, tamanho da propriedade e outros fatores
relevantes. Essa classificação pode ser útil para fins de planejamento, formulação de
políticas, elaboração de programas de assistência técnica, pesquisa agrícola e outras
atividades relacionadas ao desenvolvimento rural.

Tipificação Socioeconômica:
Pequenos agricultores familiares.
Agricultores de médio porte.
Grandes proprietários rurais.
Agricultores sem terra ou em situação de vulnerabilidade social.
Agricultores jovens ou mulheres produtoras.

Tipificação pela Natureza da Produção:


Produtores de culturas de subsistência.
Produtores de culturas comerciais.
Produtores de produtos orgânicos.
Pecuaristas (gado, aves, suínos, etc.).
Pescadores e aquicultores.

Tipificação pela Tecnologia Adotada:


Agricultores que utilizam métodos tradicionais.
Agricultores que adotam técnicas modernas e tecnologias avançadas.
Agricultores que praticam a agricultura de conservação.
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Tipificação pelo Tipo de Mercado:


Produtores voltados para mercados locais.
Produtores orientados para exportação.
Produtores que vendem em feiras e mercados diretos ao consumidor.
Tipificação pelo Sistema de Produção:
Agricultores que praticam a agroecologia.
Agricultores em sistemas de agricultura de sequeiro.
Agricultores em sistemas de agricultura irrigada.

Tipificação pelo Uso de Recursos:


Produtores que fazem uso intensivo de recursos naturais.
Produtores engajados na conservação de recursos.

Tipificação pela Localização Geográfica:


Produtores de regiões montanhosas.
Produtores de áreas costeiras.
Produtores em regiões áridas ou semiáridas.

Tipificação pela Integração de Atividades:


Agricultores que combinam agricultura e criação de animais.
Agricultores que diversificam a produção com atividades agroindustriais.

A tipificação dos produtores rurais ajuda a compreender as diferentes realidades e


necessidades existentes nas áreas rurais, permitindo a formulação de estratégias mais
direcionadas e eficazes para o desenvolvimento agrícola e rural. É importante ressaltar
que essa classificação pode variar de acordo com as características regionais e contextos
específicos de cada localidade.

Planejamento e avaliação de programas de extensão


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O planejamento e a avaliação de programas de extensão são etapas cruciais para garantir


a eficácia e o impacto positivo dessas iniciativas. Os programas de extensão visam
disseminar conhecimento, promover capacitação e melhorar a qualidade de vida nas
comunidades rurais e urbanas

Planejamento de Programas de Extensão:


Identificação de Necessidades: Comece por realizar uma análise das necessidades reais
das comunidades-alvo. Isso envolve entender os desafios, oportunidades, interesses e
prioridades das pessoas que serão beneficiadas pelo programa de extensão.
Definição de Objetivos: Estabeleça objetivos claros e mensuráveis para o programa. Os
objetivos devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo
determinado (critério SMART).
Seleção de Público-Alvo: Identifique o público-alvo do programa, levando em
consideração fatores como características demográficas, localização geográfica, nível de
educação, entre outros.
Desenvolvimento de Conteúdo: Elabore o conteúdo do programa, incluindo tópicos,
métodos de ensino, materiais didáticos e atividades práticas. Certifique-se de que o
conteúdo seja relevante, acessível e adaptado às necessidades do público-alvo.
Estratégias de Implementação: Determine as estratégias de implementação do programa,
como workshops, treinamentos, visitas de campo, palestras, demonstrações práticas e
outros métodos de transferência de conhecimento.
Recursos Necessários: Identifique os recursos financeiros, humanos e materiais
necessários para executar o programa de extensão com sucesso.
Parcerias e Colaborações: Considere estabelecer parcerias com organizações locais,
instituições de pesquisa, ONGs e outros atores relevantes para fortalecer a
implementação do programa.
Cronograma: Crie um cronograma detalhado que inclua datas de início e término de
cada atividade, além de marcos importantes ao longo do programa.

Avaliação de Programas de Extensão:

Avaliação Formativa: Realize avaliações contínuas durante a implementação do


programa para monitorar o progresso em relação aos objetivos estabelecidos. Essa
avaliação ajuda a identificar ajustes necessários e aprimorar o programa em tempo real.
Avaliação de Resultados: Avalie os resultados alcançados em relação aos objetivos
definidos. Isso pode envolver medição de indicadores quantitativos (por exemplo,
número de participantes, aumento de produtividade) e qualitativos (por exemplo,
feedback dos participantes).
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Avaliação de Impacto: Determine o impacto mais amplo do programa na vida das


pessoas e nas comunidades. Isso pode requerer avaliações de longo prazo para medir
mudanças duradouras e sustentáveis.
Feedback dos Participantes: Solicite feedback dos participantes sobre o programa, suas
experiências e sugestões de melhoria.
Avaliação de Processo: Avalie a eficácia das estratégias de implementação, a qualidade
do conteúdo, a participação dos envolvidos e outros aspectos do processo.
Análise Custo-Benefício: Avalie os custos do programa em relação aos benefícios
alcançados para determinar se o investimento está sendo bem empregado.

Relatório e Comunicação: Elabore relatórios detalhados sobre os resultados e lições


aprendidas com o programa. Compartilhe essas informações com partes interessadas,
financiadores e a comunidade em geral.

Lembrando que o planejamento e a avaliação de programas de extensão devem ser


abordados de forma flexível e adaptativa, permitindo ajustes com base nas informações
e aprendizados obtidos ao longo da implementação. Isso ajuda a garantir que os
programas sejam eficazes, relevantes e capazes de gerar um impacto positivo
significativo.

Programas de extensão

Programas de extensão são iniciativas desenvolvidas por instituições de ensino superior,


centros de pesquisa, organizações governamentais e não governamentais que buscam
levar conhecimento, expertise e recursos para além dos limites acadêmicos, alcançando
a sociedade em geral. Esses programas têm como objetivo principal aplicar os
conhecimentos produzidos na academia para resolver problemas reais, promover o
desenvolvimento sustentável, melhorar a qualidade de vida das pessoas e fortalecer o
vínculo entre a instituição e a comunidade.

Assistência Técnica Rural: Programas que oferecem suporte técnico e capacitação a


agricultores familiares, pequenos produtores e comunidades rurais para aprimorar suas
práticas agrícolas, promover o uso sustentável dos recursos naturais e aumentar a
produtividade.

Saúde Comunitária: Iniciativas que levam informações sobre saúde, prevenção de


doenças, promoção de hábitos saudáveis e atendimento médico básico às comunidades
carentes e áreas de difícil acesso.
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Educação Popular: Programas que oferecem cursos, oficinas e treinamentos para


capacitar adultos em habilidades práticas, como alfabetização, habilidades profissionais,
empreendedorismo e gestão financeira.

Cultura e Arte: Iniciativas que promovem a cultura local, valorizam o patrimônio


cultural, oferecem cursos de artes, música, dança, teatro e outras atividades artísticas à
comunidade.

Preservação Ambiental: Programas que trabalham na conscientização ambiental,


recuperação de áreas degradadas, promoção de práticas sustentáveis e conservação da
biodiversidade.

Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico: Iniciativas que oferecem


capacitação em empreendedorismo, gestão de negócios e acesso a microcrédito para
estimular o desenvolvimento econômico local.

Atendimento Jurídico e Social: Programas que oferecem serviços jurídicos gratuitos ou


de baixo custo para comunidades carentes, além de promover a conscientização sobre
direitos e deveres.

Inclusão Social: Iniciativas voltadas para grupos em situação de vulnerabilidade, como


pessoas com deficiência, idosos, crianças em risco, entre outros, visando melhorar sua
qualidade de vida e inclusão na sociedade.

Tecnologia e Inovação: Programas que promovem a inclusão digital, oferecem


treinamentos em tecnologia, promovem o acesso à internet e estimulam o uso de
tecnologias para o desenvolvimento local.

Desenvolvimento Urbano: Iniciativas que trabalham na melhoria das condições de


moradia, infraestrutura urbana, mobilidade e planejamento urbano sustentável.

Os programas de extensão geralmente envolvem parcerias com governos locais,


organizações não governamentais, empresas e outros atores sociais. Eles são projetados
para serem práticos, relevantes e voltados para as necessidades reais das comunidades
atendidas. Além disso, os programas de extensão também proporcionam uma
oportunidade valiosa para os estudantes e pesquisadores colocarem seus conhecimentos
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em prática, ganharem experiência no mundo real e contribuírem para o bem-estar social


e econômico de suas comunidades.

PRONAF

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) é uma


iniciativa do governo brasileiro que visa promover o desenvolvimento sustentável da
agricultura familiar, contribuindo para a melhoria das condições de vida dos agricultores
familiares e para o fortalecimento da produção agropecuária em pequenas propriedades
rurais. O PRONAF é coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) e é implementado em parceria com instituições financeiras.

Os principais objetivos do PRONAF incluem:


Fornecer Crédito: O programa oferece linhas de crédito de baixo custo e com condições
diferenciadas para financiar atividades produtivas, investimentos em infraestrutura,
aquisição de insumos, maquinário, entre outros.
Promover a Agricultura Sustentável: O PRONAF incentiva práticas agrícolas
sustentáveis, como o uso eficiente de recursos naturais, a conservação do solo e a
adoção de tecnologias que reduzam o impacto ambiental.
Apoiar a Diversificação de Atividades: O programa incentiva a diversificação das
atividades produtivas, permitindo que os agricultores familiares explorem diferentes
culturas, criação de animais e outras atividades complementares.
Fortalecer a Organização Social: O PRONAF promove a formação de cooperativas,
associações e outros tipos de organizações que possam favorecer a comercialização
conjunta e o compartilhamento de recursos.
Melhorar a Qualidade de Vida: O programa busca melhorar as condições de vida dos
agricultores familiares, proporcionando acesso a renda, emprego e condições de
trabalho dignas.

O PRONAF oferece diferentes linhas de crédito de acordo com as características e


necessidades dos agricultores familiares.
PRONAF Custeio: Destinado a financiar despesas operacionais da produção, como
aquisição de sementes, fertilizantes, agrotóxicos, entre outros.
PRONAF Investimento: Voltado para financiar investimentos em infraestrutura,
maquinário, construção de armazéns, implementação de sistemas de irrigação, entre
outros.
PRONAF Mais Alimentos: Destinado a financiar investimentos em estruturas
produtivas de médio porte, como construção de galpões, estufas, equipamentos, tratores,
entre outros.
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PRONAF Agroindústria: Destinado a financiar a implantação ou modernização de


agroindústrias familiares.
PRONAF Eco: Direcionado a projetos que promovam a recuperação e a conservação
ambiental, como sistemas agroflorestais e produção orgânica.
PRONAF Jovem: Destinado a jovens agricultores para estimular o ingresso e a
permanência na atividade rural.
PRONAF Mulher: Criado para valorizar a atuação das mulheres na agricultura familiar.

O acesso ao PRONAF é destinado a agricultores familiares com renda bruta anual até
determinado valor, variando de acordo com a região do país. O programa é gerido por
instituições financeiras como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do
Nordeste, entre outros, que são responsáveis por conceder o crédito aos beneficiários do
programa.

É importante ressaltar que as informações sobre o PRONAF podem ser atualizadas,


portanto, é aconselhável consultar fontes oficiais e atualizadas do governo para obter as
informações mais recentes sobre o programa.

Pesquisa, ensino e extensão

Pesquisa, ensino e extensão são três pilares fundamentais que compõem o ambiente
acadêmico e educacional em instituições de ensino superior e centros de pesquisa. Esses
três componentes interagem de maneira sinérgica para promover o desenvolvimento de
conhecimento, a formação de indivíduos e o engajamento com a sociedade.

Pesquisa:
A pesquisa é a busca sistemática por novos conhecimentos, a exploração de questões
não resolvidas e a investigação de fenômenos para expandir o entendimento em diversas
áreas do conhecimento. A pesquisa acadêmica pode envolver estudos científicos,
experimentos, análise de dados, desenvolvimento de teorias, entre outros métodos. A
pesquisa contribui para o avanço da ciência, inovação e resolução de problemas
práticos. As instituições de ensino superior desempenham um papel fundamental na
condução de pesquisas de ponta e na formação de pesquisadores qualificados.

Ensino:
O ensino é o processo pelo qual os educadores compartilham conhecimento e
habilidades com os estudantes, transmitindo informações e promovendo o
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desenvolvimento intelectual. As instituições de ensino superior oferecem uma variedade


de programas acadêmicos, desde cursos de graduação até pós-graduação (mestrado e
doutorado). O ensino envolve aulas teóricas, práticas de laboratório, seminários,
projetos de pesquisa, avaliações e interação entre professores e alunos. O objetivo é
preparar os estudantes para carreiras profissionais, promover a aprendizagem ao longo
da vida e desenvolver habilidades críticas e analíticas.

Extensão:
A extensão é o processo de aplicar os conhecimentos e as pesquisas acadêmicas para
beneficiar a sociedade em geral. Envolve a transferência de tecnologia, capacitação e
assistência técnica para comunidades e setores externos à instituição de ensino. A
extensão acadêmica busca promover o desenvolvimento sustentável, melhorar a
qualidade de vida das pessoas e abordar desafios locais e regionais. Isso pode incluir
programas de treinamento, consultorias, workshops, serviços de saúde, aconselhamento
agrícola, entre outras atividades.

A integração eficaz entre pesquisa, ensino e extensão é essencial para uma educação de
qualidade e para o avanço do conhecimento. Além de oferecer educação de alta
qualidade aos estudantes, as instituições de ensino superior também desempenham um
papel ativo na produção de pesquisa relevante para a sociedade e na aplicação prática
desse conhecimento para resolver problemas do mundo real. A sinergia entre esses três
pilares é essencial para o desenvolvimento sustentável e o progresso da sociedade.

Estrutura agrícola do Brasil

A estrutura agrícola do Brasil é diversificada e abrange uma ampla gama de atividades


agrícolas, incluindo cultivo de culturas alimentares, produção de commodities agrícolas,
pecuária, agricultura familiar, agroindústria e muito mais. Devido à vasta extensão
territorial do país e às diferentes condições climáticas, o Brasil é um dos principais
players no cenário agrícola global.
Culturas Alimentares: O Brasil é um grande produtor de uma variedade de culturas
alimentares, incluindo arroz, feijão, milho, mandioca, batata, entre outros. Essas
culturas são essenciais para a segurança alimentar da população brasileira.
Commodities Agrícolas: O país é um dos maiores produtores e exportadores globais de
commodities agrícolas, como soja, açúcar, café, algodão, tabaco e suco de laranja. A
soja, em particular, desempenha um papel crucial na economia agrícola brasileira.
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Pecuária: A pecuária é uma parte significativa da atividade agrícola do Brasil,


abrangendo a produção de carne bovina, carne de frango, carne suína e produtos lácteos.
O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina e de frango do mundo.
Agricultura Familiar: A agricultura familiar desempenha um papel importante na
produção de alimentos no Brasil. Muitas famílias rurais cultivam pequenas
propriedades, produzindo alimentos para consumo local e também contribuindo para a
produção de commodities agrícolas.
Agroindústria: A agroindústria brasileira é uma das mais desenvolvidas do mundo.
Além da produção primária, o país possui uma variedade de processamento de
alimentos, incluindo a produção de açúcar, óleo de soja, carne processada e produtos
lácteos.
Biocombustíveis: O Brasil é um dos maiores produtores de biocombustíveis,
especialmente etanol derivado da cana-de-açúcar. O etanol é usado como combustível
para veículos e é uma alternativa mais sustentável aos combustíveis fósseis.
Tecnologia Agrícola: O Brasil adotou tecnologias agrícolas modernas, como o plantio
direto, o uso de sementes transgênicas e sistemas de irrigação eficientes, que
contribuíram para aumentar a produtividade e a eficiência na produção agrícola.
Desafios e Sustentabilidade: Apesar de ser um importante produtor agrícola, o Brasil
enfrenta desafios como a questão do desmatamento, conflitos por terras, uso sustentável
de recursos naturais e desenvolvimento de práticas agrícolas ambientalmente amigáveis.
Vale ressaltar que a estrutura agrícola do Brasil é influenciada por diversos fatores,
incluindo políticas governamentais, investimentos em pesquisa, mudanças climáticas e
demanda global por alimentos e produtos agrícolas. A diversidade e a importância da
agricultura brasileira têm impacto direto na economia do país e no abastecimento de
alimentos tanto para o mercado doméstico quanto para exportação.

Estrutura agrícola do Mato Grosso

O Mato Grosso é um dos estados brasileiros mais importantes em termos de produção


agrícola e pecuária. Sua localização estratégica, condições climáticas favoráveis e vasta
extensão territorial contribuem para a sua significativa contribuição para a produção de
alimentos e commodities agrícolas no país.
Soja: O Mato Grosso é o principal produtor de soja no Brasil, com uma produção
expressiva que contribui significativamente para a exportação do país. A região do
"Matopiba" (Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia) é uma das principais fronteiras
agrícolas de soja no Brasil.
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Milho: O milho é outra cultura de grande relevância no Mato Grosso. O estado é um dos
principais produtores do Brasil, sendo tanto utilizado para consumo humano como na
produção de ração animal.

Algodão: O Mato Grosso é um dos maiores produtores de algodão do país. A região


possui condições climáticas adequadas para o cultivo e tem contribuído para o
crescimento da indústria têxtil.

Pecuária: A pecuária bovina é uma parte significativa da economia do Mato Grosso. O


estado possui um rebanho bovino expressivo e desempenha um papel importante na
produção de carne bovina para o mercado interno e externo.

Outras Culturas: O estado também produz outras culturas agrícolas, como feijão, arroz,
café, frutas tropicais e hortaliças.

Tecnologia Agrícola: O Mato Grosso é conhecido pelo uso intensivo de tecnologia


agrícola, como o plantio direto, a agricultura de precisão e o uso de sementes
transgênicas. Essas práticas contribuem para aumentar a produtividade e eficiência na
produção.

Infraestrutura Logística: O estado possui uma infraestrutura logística bem desenvolvida,


com rodovias, ferrovias e portos que facilitam o escoamento da produção para os
mercados internos e externos.

Desafios: Assim como em outras regiões agrícolas do Brasil, o Mato Grosso enfrenta
desafios relacionados ao desmatamento, conservação ambiental, uso sustentável dos
recursos naturais e questões sociais ligadas à posse da terra.
A estrutura agrícola do Mato Grosso reflete a sua importância como um dos principais
polos de produção agropecuária do Brasil. O estado desempenha um papel crucial na
garantia de abastecimento de alimentos e commodities agrícolas tanto para o mercado
interno quanto para exportação, contribuindo de maneira significativa para a economia
brasileira.

Processos de comunicação e difusão de inovações

Os processos de comunicação e difusão de inovações desempenham um papel essencial


na disseminação de novas ideias, tecnologias e práticas em diversas áreas, incluindo
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agricultura, negócios, saúde, educação e muito mais. Esses processos visam alcançar um
público-alvo e promover a adoção e implementação bem-sucedida das inovações.
Identificação da Inovação: O primeiro passo é identificar a inovação ou a nova ideia que
será comunicada e difundida. Isso pode ser uma tecnologia, prática, conceito, produto
ou serviço que traga benefícios ou melhorias.
Segmentação do Público-Alvo: É importante identificar quem são os destinatários da
inovação. Compreender as características, necessidades, interesses e barreiras do
público-alvo ajuda a adaptar a comunicação de acordo com esses aspectos.
Mensagem Clara e Atraente: A mensagem de comunicação deve ser clara, concisa e
relevante para o público-alvo. Deve destacar os benefícios da inovação, resolver
problemas e responder às necessidades identificadas.
Meios de Comunicação: Escolha os canais de comunicação apropriados para alcançar o
público-alvo. Isso pode incluir mídias tradicionais, como rádio, televisão e jornais, bem
como mídias digitais, redes sociais, workshops presenciais, eventos, entre outros.
Estratégias de Engajamento: Além de transmitir informações, é importante envolver o
público-alvo de maneira ativa. Isso pode envolver sessões interativas, demonstrações
práticas, oportunidades de feedback e participação em grupos de discussão.
Capacitação e Treinamento: Fornecer capacitação e treinamento é fundamental para
garantir que as pessoas tenham as habilidades e conhecimentos necessários para
implementar a inovação com sucesso.
Líderes de Opinião e Redes Sociais: Identificar líderes de opinião e influenciadores
dentro da comunidade ou setor pode amplificar a disseminação da inovação, uma vez
que as pessoas tendem a confiar nas opiniões de pessoas conhecidas.
Avaliação e Feedback: Avaliar regularmente a eficácia das estratégias de comunicação e
coletar feedback do público-alvo ajuda a ajustar e melhorar as abordagens de difusão.
Personalização: Adaptar a mensagem e as estratégias de acordo com as características e
contextos específicos do público-alvo pode aumentar a aceitação da inovação.
Monitoramento e Avaliação: Acompanhar o progresso da difusão e adoção da inovação
ao longo do tempo é essencial para avaliar o impacto das estratégias de comunicação e
ajustar abordagens conforme necessário.
Escalabilidade: Planejar a escalabilidade das estratégias de comunicação é importante
para atingir um público mais amplo e sustentar a adoção da inovação em longo prazo.
Parcerias e Colaborações: Trabalhar em colaboração com organizações, instituições
governamentais, ONGs, empresas e outras partes interessadas pode fortalecer os
esforços de comunicação e difusão.

Em resumo, os processos de comunicação e difusão de inovações são essenciais para


levar novas ideias e práticas para um público mais amplo e promover a mudança
positiva. A abordagem deve ser adaptada às características do público-alvo e ao
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contexto da inovação, garantindo uma comunicação eficaz e uma maior adoção das
mudanças propostas.

Exercícios de fixação:

1. Quais a tipificação de agricultor?

2. O que é o PRONAF?

3. Quais a estrutura agrícola do Brasil?


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Referencial Bibliográfico
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Rural (Pnater): fim de um ciclo?(National Policy for Technical Assistance and Rural
Extension (Pnater): a cycle that ends?). Emancipação, v. 22, p. 3, 2022.
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Administrative Professional Review), v. 14, n. 1, p. 196-225, 2023.
PEIXOTO, Marcus. Extensão Rural no Brasil œ uma abordagem histórica da legislação.
2008.
CASTRO, César Nunes de; PEREIRA, Caroline Nascimento. Agricultura familiar,
assistência técnica e extensão rural e a política nacional de ater. 2017.
CAPORAL, Francisco Roberto. Política Nacional de Ater: primeiros passos de sua
implementação e alguns obstáculos e desafios a serem enfrentados. Assistência técnica
e extensão rural: construindo o conhecimento agroecológico. Manaus: Bagaço, p.
09-34, 2006.
CAPORAL, Francisco Roberto. Bases para uma nova ATER pública. Extensão Rural,
n. 10, p. 1-20, 2003.
CAMPOS GOMES, Márcia; DE OLIVEIRA, Marcelo Leles Romarco; DA
PURIFICAÇÃO PEREIRA, Geusa. O papel do Instituto de Desenvolvimento
Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) nos serviços de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) públicos no estado do Amazonas. Em
Extensao, v. 14, n. 2, 2015.

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