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Treinamento Capacidade Física
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CAPACIDADES FÍSICAS NO
FUTEBOL
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2.1 Contextualização
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durante esforços com duração até 40 segundos, esse mecanismo possui predominân-
cia no fornecimento de energia para manter o trabalho muscular. Isso pode ocorrer
por exemplo em situações envolvendo o contra-ataque ou recomposição defensiva
nas quais os atletas devem percorrer distâncias relativamente longas no campo de
jogo (GOMES, 2009; GOMES; SOUZA, 2008).
O sistema aeróbio (oxidativo) representa o principal mecanismo de fornecimento
de energia durante esforços prolongados. Sua predominância sobre os mecanismos
anaeróbios para o suprimento energético ocorre gradualmente à medida que o exer-
cício se prolonga, podendo atingir a sua máxima participação entre 2 e 5 minutos de
esforço (GOMES, 2009; GOMES; SOUZA, 2008).
O treinamento de resistência resulta em adaptações fisiológicas que afetam po-
sitivamente a capacidade do organismo em mobilizar energia pelos sistemas acima
descritos. O grau em que essas adaptações ocorrem depende principalmente do nível
de treinamento do atleta e fatores genéticos. Há uma melhoria das funções do siste-
ma respiratório e cardiovascular, aumento do débito cardíaco, aumento no volume
de ejeção, o aumento da concentração de hemoglobina e volume sanguíneo, assim
como melhora na sua redistribuição entre os músculos, e etc. No nível metabólico e
musculo-esquelético, dentre as principais adaptações, ocorre um aumento no número
e tamanho das mitocôndrias, enzimas oxidativas e vascularização capilar (McARDLE;
KATCH; KATCH, 2016).
Apesar dos jogadores passarem a maior parte do tempo de uma partida em ati-
vidades de baixa a moderada intensidade (BANGSBO, 2006), são as atividades em
alta intensidade que muitas vezes definem o resultado de uma partida. Devido as
características dos esforços e distribuição das atividades motoras ao longo de uma
partida, é plausível considerar que tanto o sistema aeróbio quanto o sistema anaeró-
bio (lático e alático) tem participação importante para o fornecimento de energia ao
longo dos 90 minutos de uma partida. Assim, o treinamento de resistência aeróbia e
anaeróbia deve ser programado na preparação física no futebol.
A resistência tem sido classificada de acordo com critérios ou fatores que deter-
minam sua forma de manifestação. A classificação em relação à especificidade e
solicitação metabólica são importantes quando se trata do treinamento de resistência
no futebol. Quanto ao critério da especificidade, a resistência se manifesta de forma
geral ou específica. Já em relação à solicitação metabólica, ela pode ser classificada
em resistência aeróbia, anaeróbia alática e anaeróbia lática (GOMES, 2009).
Tem sido consensual na literatura que o treinamento de resistência aeróbia tem
papel fundamental na preparação atlética em modalidades intermitentes, já que a
mesma forma a base funcional que favorece o desenvolvimento de outras capacidades
determinantes para a performance ótima. Sua importância se manifesta por exemplo,
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Método Contínuo
Os métodos contínuos são caracterizados por esforços contínuos sem que haja
interrupção do estímulo, cujo o exercício apresenta-se em uma série única e definitiva.
Um exemplo de aplicação desse método seria realizar uma corrida por 30 minutos
sem pausa a 60% da FC máxima.
A intensidade pode ser manipulada durante esse método, originando outras sub-
classificações: contínuo uniforme e contínuo variável. No método contínuo uniforme,
a intensidade é mantida relativamente estável durante todo o esforço. Já no método
contínuo variável, a intensidade é aumentada ou diminuída constantemente durante
o esforço. Obviamente, a manipulação da intensidade é realizada com o intuito de
gerar adaptações específicas.
Método Fracionado
Método competitivo
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Treinamento tradicional
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Além disso, uma alternativa para aumentar a especificidade das adaptações neu-
romusculares é optar pelos exercícios multiarticulares que incorporam vários grupos
musculares ao utilizar esse método. Os exercícios podem ser selecionados com base
nas necessidades do atleta individual ao longo de um continuum daqueles progra-
mados principalmente para melhorar a capacidade muscular isolada para aqueles
com maior exigência de coordenação (por exemplo, exercícios multi-articulares de
peso livre).
Treinamento balístico
Treinamento pliométrico
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Influência da fadiga
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Sprints a partir de diferentes posições (pé, sentado, deitado) após sinais visuais;
Corridas tracionadas;
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dade física associada à máxima amplitude angular de movimento alcançada por uma
articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos (DANTAS,
2014; HAFF; TRIPLETT, 2015). Esta pode se manifestar na forma passiva ou ativa.
A flexibilidade ativa se caracteriza pelo alcance da máxima amplitude pela ati-
vação dos próprios músculos do executante durante o alongamento. A flexibilidade
passiva é determinada pela maior amplitude do movimento, conseguida por meio de
forças externas: utilização de pesos, implementos, máquinas, força de outros grupos
musculares, o próprio peso do atleta ou ajuda de um companheiro (DANTAS, 2014;
HAFF; TRIPLETT, 2015).
A flexibilidade é vista como um dos requisitos fundamentais na expressão do
rendimento esportivo. Isto porque ela pode promover efeitos positivos ao facilitar o
relaxamento muscular, a mobilidade de movimentos e a utilização eficaz das outras
capacidades motoras, promovendo assim maior qualidade na execução técnica. Ou
seja, a flexibilidade é um requisito elementar para a execução de movimentos sob o
aspecto qualitativo e quantitativo (GOMES; SOUZA, 2008). No contexto do futebol
por exemplo, a flexibilidade de quadril pode facilitar o aperfeiçoamento dos funda-
mentos técnicos, favorecer a agilidade, a aplicação de força e velocidade, atuar como
componente protetivo e promover eficiência mecânica dos músculos e articulações
gerando economia de energia durante os esforços (BLOOMFIELD; WILSON, 2000).
Deve ser lembrado que os efeitos da flexibilidade no desempenho dependem dos
tipos de atividades realizadas pelos atletas em suas respectivas modalidades. Em
esportes em que a mobilidade das articulações não se constitui como fator determi-
nante para performance, mas apenas determina a condição geral do atleta, não há
razão para grande ênfase no aperfeiçoamento dessa capacidade. A lógica inversa se
aplica na preparação de atletas de modalidades nas quais a flexibilidade é um as-
pecto preponderante para o alto desempenho atlético (ginástica, taekwondo, saltos
ornamentais, etc). Há ainda modalidades, nas quais exige-se amplitude máxima de
movimentos apenas em alguns segmentos (p. ex., na articulação do ombro para os
lançadores de dardo e nadadores, na articulação do quadril e do joelho para goleiros
de handebol e na articulação do quadril para os corredores de barreiras) (GOMES;
SOUZA, 2008).
No futebol, observa-se que os jogadores necessitam de grandes amplitudes arti-
culares na articulação do quadril, principalmente dos músculos adutores, flexores e
extensores, e de moderadas amplitudes articulares nas articulações do joelho e do
tornozelo. Portanto, cabe ao preparador físico analisar as especificidades e exigên-
cias de mobilidade no contexto de jogo e programar os trabalhos para desenvolver
a flexibilidade em níveis ótimos para o desempenho no futebol, dando atenção ao
controle dos níveis de flexibilidade para não ocorrer um volume exagerado e preju-
dicar, de certa forma, outros componentes de desempenho (GOMES; SOUZA, 2008).
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Método estático
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Método balístico
Método dinâmico
A FNP é um método que utiliza uma contração isométrica sucedida de uma fase
de relaxamento e posterior alongamento passivo na qual o segmento é posicionado
além da amplitude habitual. A sequência de contração-relaxamento inibe a ação
dos OTG e reflexo miotático reverso e permite que maior amplitude de movimento
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Aquecimento;
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