Você está na página 1de 12

FRANCIS JOSÉ CETRONE

Adaptação de híbridos de ciclo precoce nas condições edafoclimáticas de Rio Verde

Projeto de pesquisa apresentado à Faculdade de


Agronomia da Universidade de Rio Verde, como
parte das exigências para conclusão da disciplina
Trabalho de Conclusão de Curso I.

ORIENTADOR: Prof. GUSTAVO ANDRÉ SIMON

RIO VERDE - GOIÁS


2023
RESUMO

A cultura do sorgo granífero tem se expandido nos últimos anos como uma opção às
culturas de sucessão. Por ser uma cultura mais tolerante a estresses hídricos, quando
comparado ao milho, o sorgo tem sido uma boa opção para plantios de safrinha, após o
cultivo da soja, principalmente na região Centro Oeste. O desenvolvimento de estudos na área
de melhoramento genético do sorgo tem permitido o oferecimento de novas híbridos mais
adaptados a essas regiões produtoras. O objetivo desta pesquisa é foi analisar o desempenho
de híbridos de sorgo granífero de ciclo curto nas condições edafoclimáticas de Rio Verde. A
condução do experimento ocorreu em uma área de teste da Universidade de Rio Verde
(UNiRV), localizada no município de Rio Verde, estado de Goiás. O desenho experimental
será foi o de blocos casualizados, com a distribuição dos tratamentos em três repetições,
totalizando 14 tratamentos, sendo híbridos de sorgo granífero, compreendendo 11
experimentais atualmente em fase de avaliação para determinar seu valor de cultivo e uso,
além de três híbridos comerciais reconhecidos como padrão (BRS 373, BRS3318 e AG1085).
As parcelas do experimento serão compostas por duas fileiras espaçadas por 0,5 metros entre
si, estendendo-se por cinco metros de comprimento cada.

Palavras-chave: Sorghum bicolor; melhoramento genético; adaptação;

1 INTRODUÇÃO

O melhoramento genético desempenha um papel crucial na agricultura por várias


razões. Ele é uma abordagem fundamental para aumentar a produtividade, a qualidade e a
resistência de pragas e doenças da cultura, contribuindo para a segurança alimentar global e a
sustentabilidade agrícola.
Com o avanço da tecnologia o melhoramento do sorgo oferece várias vantagens
importantes que podem beneficiar tanto os agricultores quanto a indústria alimentícia. Os
genótipos de sorgo melhorados geneticamente podem apresentar maior rendimento por sacas
por hectare, aumentando a produção e a produtividade e a eficiência na agricultura.
As variedades melhoradas de sorgo podem ser fornecidas para conter níveis mais
elevados de nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e minerais, tornando mais
nutritivo para o consumo humano e animal.
O sorgo é uma cultura versátil, com aplicações em alimentos para humanos, ração
animal, biocombustíveis e outros setores. O melhoramento genético pode ajudar a
desenvolver variedades de sorgo a diferentes usos, aumentando sua relevância econômica. O
sorgo é cultivado em uma ampla gama de sistemas agrícolas, desde agricultura de subsistência
até grandes fazendas comerciais. O melhoramento genético também pode contribuir para
práticas agrícolas mais sustentáveis.
O objetivo desta pesquisa consiste na avaliação do desempenho de híbridos
experimentais de sorgo grangífero de ciclo curto nas condições edafoclimáticas de Rio Verde.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A cultura do Sorgo

A cultura do sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) , oriunda da África e domesticada há


milhares de anos, desempenha um papel fundamental na agricultura global, sendo cultivada
em diversos continentes. No Brasil, sua introdução remonta aos tempos da escravidão, quando
era conhecido como "milho de Angola" ou "milho da Guiné". Segundo Maneira (2020),
somente a partir do século XX é que a cultura do sorgo recebeu maior atenção por parte dos
institutos de pesquisa e universidades no país.
Com o avanço das investigações, o sorgo emergiu como o quinto cereal mais cultivado
mundialmente, sendo superado apenas pelo trigo, milho, arroz e cevada. Esta versatilidade e
resistência permitiram que o sorgo fosse amplamente disseminado em regiões semiáridas,
onde as chuvas são escassas e irregulares. No Brasil, o cultivo do sorgo encontra sua
expressão mais significativa nas áreas de Cerrado, onde as condições climáticas são mais
favoráveis.
De acordo com Menezes, Silva e Santos (2021), o uso do sorgo varia conforme a
região e suas demandas específicas. Enquanto na África e na Ásia ele é amplamente
consumido pela população humana, sendo utilizado em várias preparações culinárias, como
grãos cozidos, farinha e bebidas alcoólicas, nas Américas, especialmente no Brasil, seu
destino principal é a alimentação animal. Aqui, o sorgo é empregado na produção de rações e
silagem para animais de criação, como bovinos, suínos e aves.
Essa dualidade de usos ressalta a importância econômica e cultural do sorgo em
diferentes partes do mundo. Seu papel na segurança alimentar e na sustentabilidade agrícola é
inegável, e o contínuo avanço da pesquisa promete novas variedades mais produtivas e
adaptadas, consolidando ainda mais o sorgo como uma cultura agrícola de destaque global.

2.2 Aspectos Morfológicos e componentes da produção do sorgo

Os aspectos morfológicos e os componentes da produção do sorgo desempenham um


papel crucial em sua adaptação às diferentes condições climáticas e em seu sucesso como
cultura agrícola. No Brasil, onde o sorgo granífero é amplamente cultivado, as condições
climáticas favoráveis permitem seu plantio em diversas regiões e épocas do ano. Como
destacado por Maneira (2020), o cultivo do sorgo no Brasil concentra-se principalmente na
região do Cerrado, onde é comum plantá-lo em sequência à soja de verão, bem como no Sul,
onde é cultivado durante os meses de verão, e no Nordeste, onde é semeado no início das
chuvas.
A sensibilidade do sorgo a dias curtos e temperaturas baixas, mencionada por
Maneira, ressalta a importância de condições climáticas adequadas para seu desenvolvimento.
Temperaturas abaixo de 12°C podem prejudicar seu crescimento, enquanto temperaturas
médias superiores a 20°C são mais propícias. Durante o período de florescimento, é essencial
que a temperatura média seja superior a 18°C para garantir uma boa fecundação das flores.
No que diz respeito à água, o sorgo requer um suprimento adequado durante todo o
ciclo, especialmente durante as fases críticas de germinação e florescimento. Como destacado
por Maneira (2020), a necessidade média de água para o sorgo é de 300 a 350 mm ao longo
do ciclo, com uma distribuição específica durante as diferentes fases de desenvolvimento da
planta. Mecanismos de adaptação, como o sincronismo de polinização, o enrolamento natural
das folhas e a síntese de sílica, ajudam o sorgo a lidar com o estresse hídrico e as altas
temperaturas.
No contexto brasileiro, o cultivo do sorgo tem ganhado importância, especialmente em
regiões como o Estado de Goiás. Conforme apontado por Borghi et al. (2016), o cultivo do
sorgo após a colheita da soja tem se mostrado vantajoso, especialmente devido à sua maior
tolerância à seca em comparação com o milho. Isso permite que o sorgo seja uma opção
viável em regiões onde o volume de chuvas pode ser limitado para o cultivo do milho.
Em suma, entender os aspectos morfológicos e os componentes da produção do sorgo
é fundamental para seu cultivo bem-sucedido, garantindo sua adaptação às condições
específicas de cada região e época do ano.
2.3 Melhoramento do sorgo

O melhoramento do sorgo granífero no Brasil tem como objetivo principal o


desenvolvimento de cultivares adaptadas às condições específicas de cultivo, especialmente
na segunda safra nas regiões do Cerrado, em sucessão à soja. Para alcançar esse fim, é
essencial considerar uma série de características que visam aumentar a produtividade e a
resistência da cultura. Dentre essas características, destacam-se a tolerância a estresses
abióticos, como seca, acidez do solo e baixas temperaturas, bem como a resistência a estresses
bióticos, como doenças e pragas que afetam a planta.
Os métodos de melhoramento do sorgo visam atender tanto a objetivos de curto
quanto de longo prazo, buscando aumentar a produtividade e manter a diversidade genética.
Apesar de ser uma planta autógama, a macho-esterilidade no sorgo possibilita a utilização de
métodos semelhantes aos empregados no melhoramento de plantas alógamas, incluindo
melhoramento populacional e desenvolvimento de híbridos.
A expansão do cultivo de sorgo no Brasil nas últimas décadas tem sido significativa,
impulsionada por diversos fatores, como a demanda crescente da indústria de proteínas
alternativas e a busca por alternativas ao milho. Especialistas debateram sobre esse cenário
durante o XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo (CONGRESSO..., 2022), destacando
o potencial promissor do sorgo no mercado agrícola brasileiro.
O sorgo apresenta uma série de vantagens competitivas, como maior resistência à
escassez de chuva e tolerância a temperaturas mais altas em comparação com o milho, o que o
torna uma opção atrativa para os produtores, especialmente na segunda safra. Além disso, o
custo de produção do sorgo é consideravelmente menor, entre 20% e 30% em comparação
com o milho, o que contribui para sua crescente adoção pelos agricultores.
No entanto, apesar das vantagens, alguns desafios ainda precisam ser superados. Por
exemplo, há relatos de uma possível diminuição da produtividade da soja em áreas de
sucessão com sorgo na segunda safra, o que pode impactar a decisão dos produtores sobre
qual cultura cultivar. Ainda assim, a perspectiva para o sorgo é de forte evolução nos
próximos anos, com investimentos em tecnologia e um mercado cada vez mais favorável.
No Brasil, existem vários tipos de sorgo cultivados, cada um com características
específicas que os tornam adequados para diferentes usos. Aqui estão alguns dos principais
tipos de sorgo:

● SORGO SACARINO
É um tipo de sorgo de porte alto, altura de planta superior a dois metros caracterizado,
principalmente, por apresentar colmo doce e suculento como o da cana-de-açúcar. A panícula
(cacho) é aberta e produz poucos grãos (sementes). Na região Centro-Oeste pode ser utilizado
como sorgo forrageiro, na forma de silagem e de corte. Todo sorgo sacarino pode ser
forrageiro.

● SORGO VASSOURA
É um tipo de sorgo que apresenta como característica principal a panícula (cacho) na
forma de vassoura. Não é largamente plantado no Centro-Oeste. Tem importância
regionalizada, principalmente no Rio Grande do Sul, onde é principalmente usado na
fabricação de vassouras, como o nome já sugere. A vassoura de sorgo é uma alternativa
ecológica e ainda possibilita que seus resíduos sejam utilizados na alimentação animal.

● SORGO FORRAGEIRO
É um tipo de sorgo de porte alto, altura de planta superior a dois metros, muitas folhas,
panículas abertas, com poucas sementes, elevada produção de forragem e adaptado ao agreste
e sertão de Pernambuco. Existe sorgo forrageiro que possui colmo doce. Nesse caso, pode ser
chamado também de sorgo sacarino.

● SORGO GRANÍFERO
É um tipo de sorgo de porte baixo, altura de planta até 170cm, que produz na
extremidade superior uma panícula compacta de grãos. Nesse tipo de sorgo o produto
principal é o grão. Todavia, após a colheita, como o resto da planta ainda se encontra verde,
pode ser usada também como feno ou pastejo.

● SORGO BIOMASSA
É uma cultura de sorgo que é cultivada especificamente para a produção de biomassa,
ou seja, material orgânico usado para a geração de energia, produção de biocombustíveis, ou
outros fins industriais. O sorgo biomassa é valorizado por sua alta produtividade, capacidade
de crescimento em condições adversas e seu potencial para produzir uma quantidade
significativa de biomassa por área cultivada.

A produção de sorgo no Brasil é significativa, destacando-se como um dos principais


produtores mundiais desse cereal. Cultivado principalmente nas regiões do Centro-Oeste,
Nordeste e Sudeste, onde as condições climáticas são favoráveis, o sorgo tem apresentado um
aumento expressivo na área plantada e na produção, conforme revelado pelo Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola (IBGE, 2023).
Segundo os dados do levantamento, a área plantada com sorgo aumentou de 1.030.866
hectares em 2022 para 1.260.355 hectares em 2023, representando um aumento de 22,3%.
Paralelamente, a produção passou de 2.850.368 toneladas para 3.818.734 toneladas no mesmo
período, refletindo um crescimento de 34% em relação ao ano anterior. Esse desempenho
evidencia um avanço significativo na produtividade do cereal, com um aumento de 9,6% na
relação entre produção e área plantada.
A produção de sorgo em grãos no Brasil tem dois principais destinos. Parte
significativa é consumida internamente, especialmente na composição de sistemas de
produção integrados, enquanto outra parcela é destinada ao mercado consumidor, onde é
utilizada na fabricação de ração e processos industriais (IBGE, 1996).
Embora haja uma demanda latente por cereais para alimentação animal, a
comercialização do sorgo em grãos enfrenta desafios, especialmente devido à predominância
de outros cereais, como milho e soja, nos canais de comercialização. No entanto, o sorgo
possui potencial para substituir parte desses cereais na produção de ração animal, oferecendo
vantagens nutricionais e contribuindo para a redução de custos (SINDIRAÇÕES, 2014).
Apesar das perspectivas promissoras para o sorgo, questões culturais e estruturais do
mercado agrícola brasileiro ainda representam obstáculos para sua ampla adoção. A
dependência do desempenho do milho e a falta de infraestrutura adequada para o
armazenamento e comercialização do sorgo são alguns dos desafios que precisam ser
superados para que o potencial desse cereal seja plenamente explorado.

3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento transcorreu no campo na área experimental da UNiRV Universidade de


Rio Verde, sobre sistema de plantio direto. Foi conduzido na safrinha de 2023 após a colheita
da cultura de soja na safra 2022/2023. Avaliou-se um total de 14 híbridos de sorgo granífero
dos quais 11 são experimentais, desenvolvidos pelo Programa de Melhoramento Genético da
EMBRAPA Milho, em fase de avaliação de Valor de Cultivo e Uso. Além disso, três híbridos
comerciais, considerados padrão, foram incluídos no experimento, a saber: (BRS 373,
BRS3318 e AG1085).
O experimento foi feito em no delineamento experimental em blocos casualizados,
com três repetições e um total de 14 tratamentos. Cada parcela experimental consistiurá em
duas fileiras de sorgo granífero, espaçamento de 0,5 metros e com um comprimento de cinco
metros. A densidade de semeadura foi de 200 mil plantas por hectare para todos os genótipos
após o desbaste.
A semeadura foi realizada utilizando uma semeadora de uma linha, conhecida como
“bicicleta”. A área experimental foi preparada previamente com a aplicação de glifosato para
dessecar as plantas daninhas existentes (DOSE DO INGREDIENTE ATIVO). Os sulcos
foram abertos e adubados por uma semeadora tratorizada. A adubação de semeadura e de
cobertura teve as recomendações com base na interpretação da análise química do solo.
O manejo de plantas daninhas aconteceu por meio da aplicação de herbicida pós-
emergente atrazina (DOSE DO INGREDIENTE ATIVO) e capinas manuais. O manejo
fitossanitário, incluindo o controle de pragas e doenças, seguiram as recomendações técnicas
específicas para cultura do sorgo, baseadas em levantamentos sistemáticos de níveis de dano.
No decorrer do experimento, foram avaliadas as seguintes características:
● Dados de florescimento (data) essa abordagem permite determinar o tempo médio de
florescimento em condições específicas de cultivo, observando diariamente as plantas
em uma parcela e definição do florescimento quando mais de 50% das plantas
apresentarem flores abertas no terço médio da panícula;
● Número de plantas por parcela a análise do stand envolve a contagem
precisa do número de plantas em várias parcelas amostradas e a posterior interpretação
dos dados para avaliar a densidade de plantas na área do cultivo;
● Alturas de planta em (cm), para avaliar a altura das plantas, foram medidos a altura de
cada planta do solo até o ponto mais alto, usando uma régua ou fita métrica;
● Comprimento de panícula em (cm) a medição do comprimento da panícula envolve a
seleção aleatória de várias panículas, a medição precisa do comprimento de cada uma
com uma régua ou fita métrica, e o registro dos dados.
● Umidade dos grãos (%) para medir a umidade de grãos, será selecionado uma amostra
representativa, homogeneamente, um medidor de umidade calibrado, que fornecerá as
leituras em porcentagem;
● Peso de grãos por parcelas (g) a medição do peso de grãos por parcela envolve a
colheita cuidadosa dos grãos das plantas em áreas selecionadas, seguida de pesagem
de precisão;
● Peso de 1000 grãos (g) o cálculo do peso de 1000 grãos é uma técnica útil para obter
uma estimativa rápida do tamanho médio dos grãos em uma amostra, o que pode ser
útil para fins de classificação, seleção de sementes ou controle de qualidade;
Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e posteriormente foi
aplicado o teste de comparação de médias de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Todas as
análises foram realizadas com auxílio do software estatístico SISVAR.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A avaliação do desempenho dos híbridos de sorgo granífero na região de Rio Verde,


Goiás, visou fornecer insights sobre como esses híbridos se comportaram nas condições
específicas da região, abrangendo desde o crescimento e desenvolvimento até a resistência a
práticas culturais e doenças, bem como sua adaptação ao clima local.
O estudo buscou identificar e descrever as principais características das cultivares de
sorgo granífero, incluindo o tamanho das espigas, teor de grãos e resistência a estresses
ambientais. Essas informações foram cruciais para orientar os agricultores locais na escolha
das variedades mais adequadas às suas necessidades e às condições da região.
Além disso, a pesquisa visou proporcionar uma oportunidade para que os estudantes e
pesquisadores adquirirem conhecimentos e experiência na área de pesquisa agrícola,
contribuindo para o desenvolvimento de recursos humanos capacitados. Dessa forma foi
possível gerar oportunidades de aprimoramento acadêmico, como programas de doutorado,
mestrado e iniciação científica.
Alguns híbridos se destacaram significativamente em termos de desempenho e
características desejáveis, existindo a possibilidade de considerar seu lançamento no mercado.
Essa iniciativa poderia representar uma inovação importante para o agronegócio local,
promovendo o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade na região de Rio Verde,
Goiás.

TABELA 1: Análise de variância para Ciclo ao florescimento (CF), altura de planta (AP), comprimento da
panícula (CP), peso de mil grãos (PMG) e produtividade de grãos (PROD) de 14 híbridos de
sorgo granífero, em Rio Verde – GO, safrinha de 2023
QUADRADO MÉDIO
FV GL
CF AP CP PMG PROD
Híbrido 13 0,00** 0,00** 0,77ns 0,00** 0,00**
Erro 26 3,29 116,6 7,64 7,34 145544
CV (%) 3,15 8,22 10,53 13,97 7,63
**, * Significativo a 1% e 5% de probabilidade, respectivamente pelo teste F. ns não significativo.
TABELA 2: Valores médios de Ciclo ao Florescimento (CF), altura de planta (AP), comprimento da panícula
(CP), peso de mil grãos (PMG) e produtividade de grãos (PROD) de 14 híbridos de sorgo granífero em Rio
Verde – GO, safrinha de 2023
CF AP CP PMG PROD
Híbrido
(dias) (cm) (cm) (g) (kg ha-1)
AG1085 65a 128,3 27,00 22,37a 6027
BRS373 58a 127,6 26,00 16,74a 5590
CMSXS3002 56a 123,0 26,66 23,11a 5397
BRS3318 61a 131,0 28,33 17,79a 5362
CMSXS3019 58a 127,6 26,66 15,67a 5055
CMSXS3015 57a 128,0 27,66 17,75a 5052
CMSXS3020 57a 112,6 25,33 21,17a 5048
HE-1621057 52a 136,0 24,66 21,49a 5028
CMSXS3023 57a 133,3 25,33 16,66a 4968
HE-2220034G 56a 160,3 23,66 17,23a 4862
CMSXS3021 59a 124,3 27,33 17,01a 4738
CMSXS3004 58a 131,0 25,66 17,48a 4707
HE-1822048 52a 132,6 27,66 24,12a 4237
HE-1822053 56a 143,3 25,66 23,01a 3900
Médias seguidas por mesma letra na coluna, não diferem significativamente entre si ao nível
de 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

É importante notar que a tabela fornece informações sobre a significância estatística


das diferenças entre as médias dos híbridos. As médias seguidas pela mesma letra na coluna
não diferem significativamente entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Scott-
Knott. Isso sugere que, para algumas variáveis, como PMG e PROD, algumas diferenças
observadas entre os híbridos podem ser estatisticamente significativas, enquanto para outras
variáveis, como AP e CP, as diferenças podem não ser tão pronunciadas.
Os valores médios de ciclo ao florescimento, altura de planta, comprimento da
panícula, peso de mil grãos e produtividade de grãos são muito importantes para avaliar o
desempenho desses híbridos.
O híbrido BRS373 teve um ciclo ao florescimento de 58 dias, uma altura de planta de
127,6 cm, um comprimento de panícula de 26,00 cm, um peso de mil grãos de 16,74 g e uma
produtividade de grãos de 93sc/hectare. Esses dados são muito úteis para os agricultores e
pesquisadores que trabalham com sorgo granífero.
Ao analisar esses dados, podemos observar que o híbrido CMSXS3002 teve um ciclo
ao florescimento de 56 dias, altura de planta de 123,0 cm, comprimento da panícula de 26,66
cm, peso de mil grãos de 23,11 g e produtividade de grãos de 90sc/hectare. Esses números
indicam um desempenho promissor para esse híbrido em particular.
Além disso, podemos comparar as diferentes características em todos os híbridos para
identificar quais são os mais promissores em termos de ciclo ao florescimento, altura da
planta, comprimento da panícula, peso de mil grãos e produtividade de grãos.
Em última análise, a escolha do híbrido mais adequado dependerá das características
específicas do ambiente de cultivo, das práticas de manejo disponíveis e dos objetivos do
produtor, como maximização da produtividade, adaptação a condições adversas ou
preferência por certas características dos grãos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGHI, E.; GONTIJO NETO, M. M.; RESENDE, A. V. de; PEREIRA FILHO, I. A.;
CORREA, L. V. T. Importância econômica, análise conjuntural, estratégias de manejo e
recomendações técnicas para o cultivo de sorgo granífero no Estado de Goiás. Sete
Lagoas: EMBRAPA/Milho e Sorgo, 2016. 45p. (EMBRAPA. Documentos, 198).

CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. 2023. Disponível em:


https://www.conab.gov.br/ Acesso em: 20 novembro 2023.

CONGRESSO – XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo. 2022. Disponível em:


https://www.abms.org.br/cnms/ Acesso em: 20 novembro 2023.

FERREIRA, D.F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, v.


35, n. 6, p. 1039-1042, 2011.

IBGE. (1996). Censo Agropecuário. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IBGE. (2023). Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística.

MANEIRA, R. Manejo do sorgo para altas produtividades. Arapongas: NORTOX, 2020.


4p. (NORTOX. Informativo Técnico 31).

Maneira, B. G. (2020). Sorgo: do passado ao presente. Embrapa Milho e Sorgo.

MENEZES, C.B.; SILVA, K.J.; SANTOS, C.V. Melhoramento genético de sorgo granífero.
In: MENEZES, C.B. (Ed.) Melhoramento genético de sorgo. Brasília: EMBRAPA/Milho e
Sorgo, 2021. Cap. 8, pp. 217-240.

Menezes, C. B., Silva, L. O. B., & Santos, F. S. (2021). Sorgo: Cultivo, Utilização e
Benefícios para a Pecuária. Boletim Técnico Embrapa.

SINDIRAÇÕES. (2014). Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal.

SCOT – Scot Consultoria. Mercado sem rodeios. 2023. Disponível em:


https://www.scotconsultoria.com.br/ Acesso em: 20 novembro de 2023.

VIANA, G. Produção de sorgo no Brasil sobe mais de 36% em apenas uma safra. 2022.
Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/73811127/producao-de-
sorgo-no-brasil-sobe-mais-de-36-em-apenas-uma-safra Acesso em: 18 novembro 2023.

Você também pode gostar