Você está na página 1de 3

ALUNO: Marcos Vinicius Bizerra de Souza MATRÍCULA: 01323851

TURMA: 10° Período – Direito

ATIVIDADE 01 - PRÁTICA TRIBUTÁRIA

João, residente e domiciliado no Município Alfa, interior do Estado Beta (não sendo sede de
nenhuma Vara de Juizado Especial), aderiu a um Programa de Incentivo à Demissão
Voluntária (PDV) da empresa em que trabalhava. No momento da rescisão contratual, além
do valor que receberia pela adesão ao PDV, foi apurado que também lhe era devido o
pagamento de férias proporcionais e o respectivo adicional. Ao receber os valores em
20/12/2021, João verificou que fora retido na fonte Imposto sobre a Renda de Pessoa Física
(IRPF) incidente sobre todos os valores acima elencados, bem como fora aplicada nova
alíquota majorada de IRPF, instituída por lei federal publicada em 10/12/2021. Passado um
ano de tal retenção de IRPF, João consulta você, como advogado(a), acerca da legalidade da
incidência do Imposto sobre a Renda. Sua resposta é de que houve tributação indevida no
caso, de modo que João o(a) contrata como advogado(a) para tutelar seus interesses em
juízo. Diante desse cenário, como advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida
judicial adequada para condenar o ente federado competente a restituir, em espécie, o
tributo reputado indevido.

AO JUÍZO DA … VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO MUNICÍPIO ALFA


DO ESTADO ALFA

João, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF nº…, RG nº …, e-mail, residente e


domiciliado no município Alfa, no estado Beta, devidamente representado por seu advogado
legalmente constituído com procuração nos autos do processo e escritório profissional
localizado na…, onde receberá as intimações, vem à presença de Vossa Excelência com
fundamento no art. 165, I e art. 166 do CTN ajuizar
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

Em face da União Federal, pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu
representante legal, com endereço no local de sua repartição, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos.

I - DOS FATOS

João, residente e domiciliado no município Alfa, interior do estado Beta, aderiu ao Plano de
demissão voluntária da empresa em que trabalhava. No momento da rescisão contratual, além
do valor que receberia pela adesão ao Plano Demissão Voluntária, foi apurado que também era
devido o pagamento de férias e o respectivo adicional. Ao receber os valores em
20/12/2021, João verificou que fora retido imposto de renda pessoa física (IRPF) incidente
sobre todos os valores acima elencados, bem como fora aplicada nova alíquota
majorada de IRPF, instituída por lei federal publicada em 10/12/2021.
II - DO CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE

A presente ação é cabível pois houve o pagamento de IRPF de forma indevida


de forma indevida quando este ficou retido na fonte - art .165, I e art. 166 do CTN - sendo
tempestiva por sido apresentada no prazo de 5 anos - art .168, I do CTN.

III - JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA

A correção monetária sempre será contada da data do pagamento da data do pagamento


indevido - Súmula 162 do STJ e os juros, neste caso, na data do pagamento indevido para
impostos federais, conforme o art. 39, § 4 º da lei 9265/95.

IV - DO DIREITO

a) Da cobrança indevida do IRPF sobre PDV


A cobrança de IRPF é sobre a indenização recebido pelo Plano de Demissão Voluntária de João
pela empresa que trabalhava é indevida, pois não incide IRPF em Plano de Demissão
Voluntária por ser de natureza indenizatória. - Súmula 215 do STJ;
b) Da cobrança indevida do IRPF sobre as férias e adicional
A cobrança de IRPF sobre as férias de João e seu respectivo adicional não deve prosperar,
pois não incide férias IRPF sobre as férias e adicional por serem de natureza indenizatórias -
súmula 386 do STJ;
c) Da violação ao princípio da anterioridade anual
A cobrança da majoração da alíquota instituída no dia 10/10/2021 pelo fisco viola o princípio
da anterioridade anual, o qual só poderia ser aplicada a fatos geradores que ocorrerem a
partir de 01/01/2022- art. 150, III, b e art. 150, §1º da CF.

V - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que seja:

a) citada a parte contraria para apresentar contestação (defesa) no prazo legal;


b) Cabível em face do pagamento indevido de IRPF sobre o PDV, bem como as
férias
e seu respectivo adicional que foram retidos na font e (art .165, I e art. 166 do CTN), sendo
tempestivo por sido apresentado em 5 anos - art .168, I do CTN.
c) procedente o pedido para a condenação da parte contrária (União) para restituir os valores por
ser indevida a cobrança de IRPF sobre o PDV pois não incide I RPF em Plano de Demissão
Voluntária por ser de natureza indenizatória. - Súmula 215 do STJ, bem como ser
indevida a cobrança de IRPF sobre as férias e seu adicional, por serem de natureza
indenizatórias - súmula 386 do STJ, além da violação do princípio anterioridade anual, o qual só
poderia ser aplicada a fatos geradores que ocorrerem a partir de 01/01/2022- art. 150, III, b e art.
150, §1º da CF;
d) condenada a parte contrária ao pagamento de custas e honorários advocatícios -
art.85, §3º do CPC;
e) deferido provar o alegado por meio de todas as provas em direito admitidas - art. 319, VI do
CPC;
f) dispensada a audiência de conciliação - art. 319, VII do CPC;
g) intimada no endereço do advogado - art. 106, I CPC;

Valor da causa em R$…


Nestes Termos, pede-se deferimento
local / data
ADVOGADO / OAB

Você também pode gostar