Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sheila-Monografia Diversidade biológica da avifauna em plantações florestais - caso Green Resources
Sheila-Monografia Diversidade biológica da avifauna em plantações florestais - caso Green Resources
Número: 711190184
Número: 711190184
Supervisor:
________________________________
Dr. Dércio Victor Constantino
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... II
RESUMO ....................................................................................................................... IV
ABSTRACT .....................................................................................................................V
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................ 1
1.2 Problematização.......................................................................................................... 2
2.2. Ameaças..................................................................................................................... 7
3
2.2.1.2. Incêndios de superfície ........................................................................................ 8
2.4. Nidificação............................................................................................................... 11
4
Mista ............................................................................................................................... 21
Descritiva ........................................................................................................................ 21
5.1. Conclusão............................................................................................................. 42
5
Referências bibliográficas .............................................................................................. 44
6
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE
Eu, Sheila Tomás Ernesto Tomás, declaro por minha honra que o presente trabalho é
inteiramente de minha autoria, e todas as fontes consultadas estão devidamente citadas
no texto do trabalho, e referenciadas na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição
académica, para obtenção de qualquer grau académico.
A autora
___________________________________
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à:
Meu pai: Tomás Ernesto Tomás
Minha mãe: Maria Nina Jaime
Meus irmãos: Olidio Tomás Ernesto Tomás, Dalva Olivet Tomás Ernesto Tomás e Tomás
Ernesto Tomás Júnior
Meus tios: Pedro Ernesto Tomás, Rahema Momad, Vidal Jaime Fambane, Vanucha
Jaime Fambane, Laura Ernesto Tomás e Manuel Ernesto Tomás
II
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus por cuidar de mim, a graça do senhor me manteve
firme e perseverante ao longo dos 4 anos de minha formação académica.
Ao decorrer deste percurso foram várias as pessoas que com as críticas, encorajamento e
apoio diverso tornaram possível o término da presente monografia. Nesta senda, gostaria
de agradecer especialmente às seguintes pessoas:
Ao meu supervisor Dércio Victor Constantino, por sua entrega incansável na supervisão
desta monografia pela atenção, apoio e paciência demonstrados no decurso deste trabalho,
em especial por me encorajar a seguir com o tema quando pensei em desistir.
Aos meus amigos: Oliveira Adriano Guacha, Edson Mário Máquina, Julito Samuel, Nelo
Samuel Manuel e meus primos Herminio Leonardo Mahoche, Edson da Vânia. Lourenço
Zeferino.
Quero agradecer em especial do fundo meu ser a minha família, sem a qual não estaria
aqui. Meus irmãos Olidio Tomás Ernesto Tomás, Dalva Olivet Tomás Ernesto Tomás e
Tomás Ernesto Tomás Júnior por sempre estarem presentes em minha vida me dando
força e amor incondicionais. Aos meus pais Tomás Ernesto Tomás e Maria Nina Jaime,
a quem palavras não seriam suficientes para minha gratidão pelo amor, apoio, conselhos,
por acreditarem em mim e me ajudar a enfrentar e superar minhas fobias.
E como eu sempre vos digo, “a mim calhou a melhor família do mundo”.
Expressos meus agradecimentos a todos os familiares e amigos cujos nomes não pude
mencionar pelo apoio dispensado.
III
RESUMO
A presente pesquisa versa sobre a Diversidade Biológica da Avifauna em Plantações
Florestais, caso Green Resources. Trata-se de uma pesquisa descritiva realizada em
quatro distritos da província de Niassa (Lago, Sanga, Chimbunila e Lichinga) no período
de 9 meses correspondente a Outubro de 2022 a Maio de 2023. A pesquisa objectiva
compreender os Índices de Biodiversidade de Aves em Plantações Florestais, tendo como
caso a Green Resources e a sua efectivação baseou-se no uso de Contagens por pontos,
Transetos (linetransects), Listas de MacKinnon, Contagens em agregações, Playback e
Camera fotográfica, o que permitiu colectar diversas informações sobre a dispersão de
diversas aves e informações relativas a distribuições e abundâncias de espécies de Aves,
formas de nidificação, sua classificação quanto ao tipo de alimento, o papel das Aves no
processo de dispersão das sementes e o papel das Florestas na Conservação das Aves,
estimavas de riqueza e a composição de Aves em plantações florestais, identificação da
composição de Aves em plantações florestais, o que resultou no registo de 866 aves de
16 ordens, 28 famílias, 45 géneros e 57 espécies. Dos métodos aplicados para
levantamento de Avifauna, a lista de MacKinnon mostrou-se mais eficiente em relação
aos outos metodos. Com a pesquisa realizar foi possível comprovar que as plantações
florestais possuem uma grande diversidade biológica de avifauna, variando elas em
tamanho, cor, sons e outras características peculiares.
Palavras-chaves: Diversidade Biológica, Avifauna, Plantações Florestais, ordem.
IV
ABSTRACT
This research deals with the Biological Diversity of Avifauna in Forest Plantations, in the
case of Green Resources. This is a descriptive research carried out in four districts of the
province of Niassa (Lago, Sanga, Chimbunila and Lichinga) over a period of 9 months
corresponding to October 2022 to May 2023. The research aims to understand the Bird
Biodiversity Indexes in Forest Plantations, taking Green Resources as a case and its
implementation was based on the use of Point Counts, Transects (linetransects),
MacKinnon Lists, Counts in aggregations, Playback and Camera, which allowed
collecting diverse information about dispersion of various birds and information
regarding distributions and abundances of Bird species, nesting forms, their classification
according to the type of food, the role of Birds in the seed dispersal process and the role
of Forests in the Conservation of Birds, estimates of wealth and the composition of Birds
in forest plantations, identification of the composition of Birds in forest plantations, which
resulted in the registration of 866 birds from 16 orders, 28 families, 45 genera and 57
species. Of the methods applied to survey Avifauna, MacKinnon's list proved to be more
efficient compared to other methods. With the research carried out, it was possible to
prove that forest plantations have a great biological diversity of birdlife, varying in size,
color, sounds and other peculiar characteristics.
Keywords: Biological Diversity, Avifauna, Forest Plantations, order.
V
LISTA DE ABREVIATURAS/ ACRÓNIMOS E SÍMBOLOS
∑FA - somatório das frequências absolutas de todas as espécies amostradas.
A -Acústico;
h- Hora
Kg- Quilograma
Km- Quilómetros
P- Pisto ou vestígio;
VI
UC- Unidade de Coleta
V- Visual;
Lista de figuras
VII
Lista de tabelas
VIII
Lista de gráficos
IX
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
A natureza constituiu, desde os primórdios da humanidade, o maior património que se
pode obter. Nela encontramos as mais diversas espécies de seres vivos que se subdividem
em diversas tipologias tendo em conta variadas formas de classificação. É interessante
notar que os animais sofreram metamorfoses ou evolução com o desenrolar da história, o
que significa que nem sempre estiveram da maneira que os conhecemos hoje. Esse
processo de evolução, é explicado por diversas teorias, dentre as quais a mais aclamada é
a teoria evolucionista de Charles Darwin.
Assim como os outros grupos de seres vivos que habitam a terra, as aves não surgiram da
maneira que as vemos actualmente, elas sofreram o efeito da evolução que modificou a
sua estrutura e também os seus hábitos devido as mudanças que se tem operado, tanto por
conta de questões naturais, ou por causas humanas. No entanto, elas sempre tiveram
características distintivas entre os outros grupos animais.
As aves são facilmente distinguidas de outros animais devido às suas características
peculiares pois elas apresentam plumagem que pode ser de diversas colorações e que não
é apenas por questões de estética, mas são funcionais para a sua proteção contra as
condições climáticas, servem também para camuflagem e auxiliam no voo, elas também
têm asas que geralmente as permitem voar e tem também bicos que as facilitam no
processo de alimentação.
Outro aspecto interessante a respeito delas é a oviparidade que é obviamente vantajosa
para criaturas que voam, pois, as fêmeas não enfrentam o problema de carregar os filhotes
pesados durante o voo. Os seus ovos são protegidos e chocados em um ninho, que pode
ser desde uma simples depressão no solo até estruturas elaboradas e bem acabadas,
construídas com materiais diversos. Cavidades escavadas na terra e ocos de árvores
também podem ser utilizados para a nidificação.
Quando uma floresta é plantada em área de vegetação natural ou seminatural, isso
certamente acarretará algum efeito sobre a fauna e a flora da região, pois, como apontam
Poore & Fries (1985), isso pode gerar competição entre as espécies por abrigos, pela água
e nutrientes entre outros.
Em função do exposto o trabalho em alusão, traz como contributo, informações referentes
a distribuições de abundâncias de espécies de aves, quantas espécies de aves podem ser
encontradas, formas de nidificação esta informação é de grande relevância para a
1
manutenção dos ecossistemas, classificação das aves quanto ao tipo de alimento, o papel
das aves no processo de dispersão das sementes e o papel das florestas na conservação
das aves, estimar a riqueza e a composição de aves em plantações florestais.
Em suma, este trabalho poderá permitir que outros pesquisadores da área tenham uma
base ou diretrizes para o desenvolvimento de pesquisas similares, pois ainda há muito por
se explorar sobre este grupo de vertebrados na província do Niassa e noutros pontos.
1.2 Problematização
A redução da biodiversidade é causada maioritariamente pela fragmentação e conversão
dos habitats naturais das espécies o que influi de maneira directa na sua distribuição e
abundância (Saunders, Hobbs, & Margules, 1991; Wiens & Crist, 1996).
Embora as aves sejam importantes para os processos ecológicos na natureza tais como
equilíbrio da cadeia alimentar, disseminação de sementes entres outros papéis
desempenhados na natureza, poucos são os estudos realizados sobres elas nas plantações
florestais em Moçambique e, a maior parte das informações registadas são de origem
estrangeira (em maioria brasileira). Não obstante, os manuais de identificação de aves
africanas existentes têm conteúdo exposto de forma superficial.
Em Moçambique, na província do Niassa, no caso específico das plantações florestais da
Green Resources, poucos estudos foram realizados sobre as aves ali existentes. Este facto
acarreta severas consequências pois, a falta de dados ou registos sobre as aves como
índice de abundância, densidade, ocorrência e/ou ocupação, estimativas de tamanho
populacional, distribuições de abundâncias de espécies de aves, estado de conservação,
dificulta no desenvolvimento de estratégias eficazes para a sua preservação e aumenta o
risco de extinção pela degradação de seus habitats ou pela caça furtiva.
A falta de estudos sobre este grupo de vertebrados nas plantações florestais tem
contribuído bastante para a desatenção a respeito do papel importante desempenhado
pelas aves na natureza como ajudar no processo de decomposição de animais mortos,
dispersão de sementes, equilíbrio ecológico e desempenham um papel importante na
cadeia alimentar. Bem como dificulta na realização de pesquisas académicas ou mesmo
para conhecimento geral auxiliado a redução, modificação de habitat e isolamento sobre
a avifauna.
A escassez de informações sobre a riqueza e composição da avifauna nas plantações da
Green Resources, parece ser um problema bastante profundo pois, nem mesmo os
Serviços do Ambiente têm dados ou registos sobre as espécies de aves que predominam
2
na província de forma detalhada. Diante dos factos observados, coloca-se a seguinte
questão como ponto de partida: “Qual é a diversidade biológica de Avifauna em
plantações florestais da Green Resources?”
1.3 Objectivo
1.3.1 Objectivo Geral
Compreender os índices de biodiversidade de aves em plantações florestais, caso
da Green Resources.
1.3.2 Objectivos específicos
Identificar a composição das aves através dos métodos de levantamento da
avifauna;
Estimar a riqueza e a composição de aves em plantações florestais, caso da Green
Resources;
Comparar a distribuição da biodiversidade de aves em plantações florestais, caso
da Green Resources.
1.5. Hipóteses
H1: As plantações florestais da Green Resources possuem uma grande diversidade
biológica da avifauna.
H2: As plantações florestais não possuem uma diversidade biológica da avifauna.
1.6. Justificativa/Relevância
A presente pesquisa objetiva trazer informações inerente a distribuições de abundâncias
de espécies de aves, formas de nidificação, sua classificação quanto ao tipo de alimento,
o papel das aves no processo de dispersão das sementes e o papel das florestas na
conservação das aves, estimavas de riqueza e a composição de aves em plantações
florestais, identificação da composição de aves em plantações florestais. Pois, as aves
desempenham um papel importante na propagação da vegetação e na recuperação de
ambientes degradados.
3
1.7.4. Relevância Académica
O desenvolvimento desta pesquisa trará subsídios sobre Índices de abundância,
densidade, ocorrência ou ocupação, estimativas de tamanho populacional, distribuições
das abundâncias de avifauna, para além de identificar quais espécies de aves ocorrem em
plantações florestais, o estado de conservação dessas aves.
Para Accordi (2003)
Um dos instrumentos mais importantes para promover a conservação de espécies e seus
habitats é, sem dúvida, a informação. Ela possibilita formar uma consciência mais ampla
sobre o que, por que, onde e como queremos conservar. Além disso, é essencial que as
ações de conservação estejam fundamentadas em bases científicas (p. 21).
Documentar as espécies de aves e seus hábitos não é uma tarefa simples. A informação
joga um papel fulcral no processo de produção de conhecimento sobre as aves e nos
permite criar uma consciência adequada sobre a conservação das espécies. No entanto, é
necessário que essas informações colectadas sejam organizadas de maneira que possam
ser utilizáveis e acções práticas sejam tomadas para a conservação da avifauna.
Nesse contexto, esta pesquisa pode servir de norte para outros pesquisadores que
procurem dados sobre a avifauna existente ou predominante na província de Niassa para
o desenvolvimento de outras pesquisas.
5
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dentre as diversas teorias acerca da origem das aves, a mais aceite e difundida hoje é a
que defende que os animais evoluíram a partir de algumas espécies de dinossauros1. Esta
teoria foi fundamentada na descoberta de um fóssil de dinossauro em 1861 na Alemanha
cuja presença de penas chamou atenção.
1
A ideia da evolução das aves a partir dos dinossauros ou répteis, foi defendida inicialmente pelo biólogo
Thomas Henry Huxley. Essa ideia é bem desenvolvida no artigo de Favretto M. A. (2009) Sobre a origem
das aves. Atualidades Ornitológicas. Brasília. Disponível em Sobre a origem das aves (Theropoda: Aves)
(conhecer.org.br).
6
10. Sexos separados, testículos pares, com vasos deferentes abrindo-se na cloaca;
fêmeas com apenas ovário e oviduto esquerdos, poucas aves apresentam órgão
copulatório (patos, gansos, ratitas e outras).
11. Fertilização interna, ovos amnióticos com grande reserva vitelina e casca rígida
calcária, presença de membranas embrionárias durante o desenvolvimento,
incubação externa; jovens ativos (percócias) ou inativos e desplumados
(altriciais), determinação sexual pelas fêmeas (fêmeas heterogenéticas).
2.2. Ameaças
Os caçadores utilizam pios (apitos) para atrair as aves ou guiam-se pela vocalização e
pelo forte barulho de asas que fazem ao decolarem em direção ao poleiro noturno para
localizá-las à noite, quando então se tornam alvos fáceis (Sick, 1997), este método
consiste em atrair as aves através dos pios a uma emboscada. Esta é uma técnica de caça
para emboscar as aves através da vocalização.
A caça por pios provavelmente incide mais fortemente sobre as fêmeas, que defendem
territórios, o que pode desequilibrar a razão entre os sexos e diminuir o sucesso
reprodutivo e a vitalidade das populações. A caça ainda é comum em várias partes da
província ocorre inclusive dentro das plantações florestais.
A construção de estradas, os frequentes desmatamentos para dar lugar aos campos
agrícolas, produção de carvão vegetal e o corte seletivo em florestas ameaçam romper a
continuidade de habitats seguros para as aves. A baixa tolerância a alterações no ambiente
e o fato de necessitar condições específicas para sobreviver fazem com que algumas
espécies particularmente sensíveis aos efeitos da degradação e fragmentação do habitat
reduzam sua ocorrência.
Incêndio florestal é o termo utilizado para definir um fogo incontrolado que se propaga
livremente e consome os diversos tipos de materiais combustíveis existentes em uma
floresta. Apesar de não ser muito apropriado, o termo “incêndio florestal” é, muitas vezes,
generalizado para definir incêndios em outros tipos de vegetação, tais como capoeiras,
campos e pradarias (p. 53).
7
Segundo Ribeiro (2002),
A classificação mais adequada para definir os tipos de incêndios se baseia no grau de
envolvimento de cada estrato do combustível florestal, desde o solo mineral até o topo
das árvores, no processo da combustão. Nesse caso, os incêndios são classificados em
subterrâneos, superficiais e de copa, (p. 37).
A classificação dos incêndios pode ser feita tendo em conta três aspectos básicos, tendo
em conta o envolvimento de cada extracto combustível. No entanto, alguns outros
aspectos podem causar diferenciação dentro dos substratos de sua classificação.
8
Soares e Batista (2007)
Denominam incêndios superficiais como os que ocorrem na superfície do piso florestal,
consumindo as plantas e demais componentes da serapilheira em diferentes estágios de
decomposição, tais como folhas, galhos, estruturas de reprodução, enfim, todo o material
combustível até cerca de 1,80 m de altura (p. 132).
Ainda a este respeito, Ribeiro (2002) acrescenta que “o material presente até a altura de
1,80 m normalmente é composto por material de pequena espessura, geralmente bastante
inflamável”. Essa característica do material combustível, aliada a outras características
como, por exemplo, a direção e intensidade do vento, ou ainda o grau de inclinação do
terreno, podem proporcionar incêndios florestais superficiais com uma propagação
relativamente rápida, abundância de chamas e muito calor.
Esses incêndios são os mais comuns de todos os tipos, podendo existir em todas as regiões
onde ocorra vegetação; é também a forma pela qual começam quase todos os incêndios,
isto é, praticamente todos iniciam como fogos superficiais. Havendo situações favoráveis,
tais como tipo de vegetação, material combustível, intensidade de fogo, condições
atmosféricas, os incêndios superficiais podem dar origem tanto a incêndios de copa como
subterrâneos, quer as condições favoreçam a um ou outro tipo. Como aponta Gabriel, et
al., (2013), em condições normais, nas plantações de Eucalyptusssp., geralmente
desenvolvem-se incêndios superficiais, devido às características do material combustível
existente no sub-bosque e das próprias árvores, nas quais é difícil o fogo subir até as
copas.
O autor ressalva que isso não significa que as copas não possam queimar, pois um fogo
intenso poderá secá-las através do calor irradiado, e num segundo estágio destruí-las
totalmente. A maneira de queimar, a forma final da área incendiada, a rapidez de
propagação e a intensidade do fogo dependem das características e quantidade de material
inflamável, topografia e condições atmosféricas, que serão analisadas mais adiante.
9
Esses incêndios propagam-se rapidamente, liberando grande quantidade de calor, e são
sempre seguidos por um incêndio superficial. Isso porque o incêndio de copa espalha
fagulhas em outros materiais, que acesos irão gradativamente queimando a vegetação
rasteira e demais materiais combustíveis na superfície do solo.
Em todos os incêndios de copa, o fator que influi na sua propagação é o vento, de tal
maneira que quando este inexiste, dificilmente o fogo atinge e se expande pela copa das
árvores.
É interessante notar a abordagem de Cianciulli (1981), segundo ele:
Normalmente, o fogo avança a uma velocidade de 3 a 4 km h-1, dependendo das espécies
que caracterizam o bosque incendiado. As coníferas e outras espécies resinosas queimam
mais rapidamente do que as folhosas. Em condições favoráveis, a velocidade de avanço
do fogo pode atingir até 15 km/h-1 (p. 54).
10
91,6% das aves. É o sistema de acasalamento mais comum entre as aves. As aves
neste sistema o macho e a fêmea formam um par pelo menos durante o período
reprodutivo, em algumas espécies de aves o sistema monogâmico é permanente,
ou seja, formam um par por toda vida, independentemente do período reprodutivo
como é o caso de algumas aves pertencentes a família anseriformes;
Poligamia neste sistema de acasalamento tanto o macho quanto a fêmea podem
possuir vários parceiros reprodutivos durante o período de reprodução;
Poligenia neste sistema de reprodução, um macho pode acasalar com mais de uma
fêmea em cerca de 2% das aves;
Poliandria sistema em que uma fêmea acasala com mais de um macho, tem uma
ocorrência de cera de 0,4% das aves;
Promiscuidade os machos e a fêmea acasalam com mais de um indivíduo,
representando cerca 6% das aves.
2.4. Nidificação
Nidificação é a ação de nidificar, de construir um ninho, falando especialmente de certas
aves que constroem seus ninhos durante o período de incubação pelo qual passam seus
ovos (Dicio, 2023). Os ninhos não são necessidades uma exclusividade dos ovíparos,
estas construções são feitas por aves, mas também por alguns insetos e alguns peixes fazem para
depositar os ovos, chocá-los e criar os filhotes.
Segundo Trajano (2012), os ninhos podem ser divididos em dois grandes grupos, que
consistem de ninhos abertos, geralmente com forma de taça, e os ninhos fechados,
geralmente encontrados em cavidades.
11
Esse ninho consiste em um grupo de gravetos amontoados e mal-arranjados, onde,
algumas vezes, pode-se observar até mesmo o número de ovos postos. Entre os
Apodiformes as andorinhas observam-se uma diversidade de formas de ninhos. Muitas
espécies de andorinhas constroem o ninho apenas com saliva, que endurece em contacto
com o ar.
As aves nidificam em árvores ou penhascos e muita das vezes nas proximidades da água.
Elas colocam de um a três ovos, que são chocados por cerca de 30 dias; e depois dos ovos
eclodirem os filhotes permanecem dentro do ninho por mais quarenta dias
aproximadamente e a sua incubação e alimentação normalmente é realizada pelas fêmeas
principalmente (del Hoyo, Elliott , & Sargatal, 1994).
Ao que parece, constrói um ninho de gravetos forrado internamente com capins, pondo
quatro ovos (de la Peña, 1992).
Em relação à reprodução, T. alba coloca os ovos diretamente no substrato, A. Clamator
em meio ao capim ou no solo e a A. Cunicularia se instala em tocas no chão, forrando o
ninho com esterco ou capim seco (Sick, 1997).
O mesmo autor refere que Tyto alba incuba os ovos por um mês e os filhotes abandonam
o ninho com mais ou menos dois meses de idade, sendo o tempo de incubação de A.
Cunicularia é menor.
Segundo Fry & Harwin (1988), os Caprimungida e, em geral, nidificam sempre em solos,
com pouco ou nenhum arranjo de folhas secas junto aos ovos, enquanto os demais
Caprimungiformes da Subordem Caprimungiformes (Nyctibiidae, Podargidae e
Aegothelidae) o fazer sempre sobre as arvores.
12
Podemos então dizer que o sucesso do processo reprodutivo das aves é influenciado por
diversos factores, alguns externos como a presença de outras espécies parasitas que
podem afectar negativamente e, outros factores referentes aos hábitos das próprias aves
como a monogamia por exemplo que pode aumentar a dance de sobrevivência dos filhotes
pois estes têm maior protecção por parte de seus progenitores.
2.5. Migração
As aves migratórias são um grupo de aves que realizam migrações. Migração é o
movimento direccional em massa de indivíduos de uma determinada espécie que se
desloca da área de reprodução para áreas de alimentação e descanso em uma determinada
época do ano.
Estes deslocamentos, que podem cobrir metade do globo terrestre, exigem resistência e
habilidade. Antes da migração, as aves passam por um período de alimentação intensa e
de engorda pré-migratória. A gordura é o principal estoque energético para os animais
nesse período, e seus depósitos na cavidade do corpo e nos tecidos subcutâneos aumentam
dez vezes, alcançando de 20% a 50% da massa corpórea não gordurosa (p. 56)
Maria (2007) refere que a orientação e navegação necessárias para que esses animais
encontrem o caminho são complexas e baseiam-se em muitas indicações sensoriais, como
localização pela luz do sol, diferentes odores do ar, magnetismo e o movimento das
estrelas.
A mesma autora acrescenta que:
As distâncias percorridas variam de acordo com cada espécie, sendo que podem ocorrer
variações no comportamento migratório. Se ao longo das movimentações ocorrem
eventos que possam causar grandes mortalidades, como a descaracterização da área por
drenagem, contaminação por óleos combustíveis ou redução da quantidade e
acessibilidade aos recursos alimentares, as populações rapidamente respondem de forma
negativa (p. 42).
13
As migrações fazem parte dos hábitos de muitas espécies aves que se movimentam de um
ponto para o outro por conta das condições de vida por razoes naturais como a busca por
alimentos e locais com temperaturas mais adequadas. No entanto, a acção humana sobre
a natureza como a poluição dos solos e da água, assim como as queimadas como
apontamos anteriormente, podem também causar a sua movimentação migratória.
2.6.2. Omnívoras
Refere se às aves que cujos alimentos são de origem animal e vegetal. Exemplo: Corvo,
Codornas e Galinha.
2.6.3. Granívoras
São aquelas aves cujo alimento principal ou exclusivo são as sementes de plantas ou
grãos. As espécies granívoras agem como predadoras de sementes e podem ter um
impacto considerável no sucesso reprodutivo das plantas (Janzen, 1969; Galetti &
Rodrigues, 1992; Figueiredo, Girnos, & Santos, 2008). Exemplo: a Galinha de mato e o
Corvo.
2.6.4. Carnívoras
Refere se as aves que alimentam se de animas que capturam, tal como é o exemplo da
Águia e do Mocho, bem como também das corujas que se alimentam predominantemente
de insectos, pequenos vertebrados como roedores, anfíbios, répteis e pequenas aves (Sick,
1997).
14
2.6.5. Necrófagas
Refere se às aves que se alimentam de cadáveres, ou seja, alimentam se dos restos de
alimentos capturados por outros animais.
2.6.6. Frugívoras
São aquelas aves que se alimentam exclusivamente de frutas, sem danificar as sementes,
depositando deste modo as no ambiente em condições viáveis de germinação. Exemplo:
Pardal.
15
maneira mais particular pois estas propiciam condições para o seu desenvolvimento e
reprodução.
Dos Anjos, (1996), acrescenta que não existe metodologia perfeita para ser aplicada no
levantamento quantitativo de aves. Cada uma apresenta pontos favoráveis e desfavoráveis que
devem se ponderadas, para a realização deste trabalho foram aplicados os métodos de
levantamento de aves de forma combinada para obter maior precisão dos dados. De acordo com
Almeida (1981), a obtenção de dados quantitativos para populações de aves é problemática e
pouco precisa.
Como apontam Ralph & Scott, 1981; Ralph, Geupel, Pyle, Martin, & da Sant (1993) e
Bibby, Burgess, Hill, & Mustoe (2000), no método de transições são estabelecidas trilhas
ao longo da área de estudo, onde o pesquisador irá percorrer realizando a identificação e
a contagem das aves observado. Neste, a preocupação está principalmente focada na
alocação das trilhas e dos pontos e, como apontam Kepler & Scott (1981), na habilidade
do observador em identificar as espécies.
Ao falar sobre o método de ponto fixo, Reynalds, Scott, & Nusssbaum (1980), afirma
que,
Um observador em um ponto fixo dispõe de mais tempo para observar as aves, não
perdendo tempo olhando o chão durante seu deslocamento, o que é muito importante em
se tratando de vegetação alta e densa, ou em terreno acidentado; afirmam ainda que esse
método propicia ao observador maior probabilidade de contatos visuais e auditivos com
as espécies de aves do que um observador caminhando (p. 67).
16
Anderson et al, (1979) reforçam essa ideia ao referir que,
O fato de o observador fixo dispor de mais tempo para observar as aves de uma
comunidade do que um observador em movimento, e a afirmativa que os pontos fixos
cobrem uma maior uniformidade da área estudada, são os argumentos mais fortes
daqueles que defendem o uso de censos por pontos fixos (p. 45).
Ambos os métodos permitem a reunião de dados qualitativos, ou seja, saber quais espécies
ocorrem no ponto, e permitem também a reunião de dados quantitativos, ou seja, levantar
a abundância relativa das espécies observadas. A coleta de dados qualitativos foca a
reunião de espécies novas e a frequência em que tais espécies são observadas, por este
motivo, este tipo de levantamento é menos exigente quanto a cuidados a serem tomados
durante a amostragem.
Bibby, Burgess, Hill, & Mustoe (2000), chamam a atenção na sua utilização ao referir
que, para a reunião de dados quantitativos, ambos os métodos exigem cuidados extras a
fim de evitar sub ou super estimativas de abundância das aves observadas, já que se corre
o risco de serem feitas recontagens de indivíduos. Ralph & Scott, (1981), sugerem que os
métodos devem ser usados com cuidado e preferencialmente associados a outros,
possibilitando a obtenção de dados mais seguros.
Em relação ao método dos Trajetos Lineares, estes são muito aplicados em ecologia
vegetal, mas para estimativa de populações animais podem ser desaconselháveis,
principalmente devido à sua locomoção. Burham, Anderson, & Laake, (1980), explicam
a maneira prática para utilização do método e afirmaram que, se o animal em estudo é
muito móvel, uma ave, por exemplo, essa movimentação pode acarretar sérios problemas,
tornando o método inviável, pois ela poderá ser registada mais de uma vez. Para a
aplicação do método, os autores partiram da concepção de uma área com divisas e
tamanhos conhecidos, com o objetivo de estimar a abundância de determinada população
biológica.
Diversos autores Almeida (1981), dos Anjos (1992), Barbosa (1992) e Machado (1997)
são unanimes em afirmar que o grau de conspicuidade das espécies é fator relevante nas
análises e possível fonte de erro. Quanto mais agitada a espécie maior o risco de ser
registada mais de umas vezes o mesmo individuo.
17
2.10. Riqueza e a composição de aves em plantações florestais
2.10.1. Frequência
Frequência indica a uniformidade de distribuição de uma espécie sobre uma determinada
área, ou seja, a sua dispersão média. Pode também ser entendida como a percentagem de
ocorrência de uma espécie em um número de áreas de igual tamanho, dentro de uma
comunidade (Moscovich, 2010).
𝐹𝐴 = 𝑝𝑖𝑃∗ 100
Frequência Relativa (FR) é segundo Mueller-Dombois & Ellenberg (1974), a relação entre
a frequência absoluta de determinada espécie com a soma das frequências absolutas de
todas as espécies.
18
podem apresentar 100% de frequência por seus indivíduos encontrarem-se distribuídos
em todas as parcelas amostradas (Alteff, 2009).
Colquhoun (1940) afirmou que a frequência de ocorrência de espécies pode ser expressa
através de uma lista de espécies observadas em cada visita ao habitat, podendo ser
indicada pelo número de vezes que a espécie ocorre, multiplicando-se por 100 e
dividindo-se pelo número de visitas. O autor acredita que, em amostragens de florestas, a
unidade de tempo é preferível à de espaço, com uma movimentação lenta durante as
observações, as quais, sendo feitas ao acaso, são melhores que um curso fixo.
2.10.4. Diversidade
Segundo a Alcock (2009), diversidade significa variedade, diferença e multiplicidade
entre diferentes objectos ou realidades. A diversidade compreende uma mistura colectiva
de todas as diferenças e semelhanças existentes entre as espécies.
O conceito de diversidade de espécie envolve o conhecimento da riqueza e da abundância
das espécies no local, enquanto riqueza é o número de espécies de plantas presentes em
uma área.
Diversidade é relativa ao número de espécies e suas abundâncias em uma comunidade ou
habitat. Com a finalidade de fazer distinção entre a diversidade encontrada dentro de uma
comunidade e a diversidade de uma paisagem ou região na qual observa-se uma mistura
de habitats, Whittaker sugeriu os seguintes conceitos de diversidade (Magurran, 1988).
19
A Diversidade se refere à heterogeneidade florística da área em questão. As medidas de
diversidade mais amplamente usadas são os índices da teoria da informação. Estes índices
baseiam-se na lógica de que a diversidade ou a informação em um sistema natural pode
ser medida de um modo similar à informação contida em um código ou mensagem
(Magurran1989).
Shannon e Wiener obtiveram a função conhecida como Índice de Diversidade de Shannon
(H’)2. Este índice considera que os indivíduos são amostrados ao acaso, a partir de uma
população indefinidamente grande, isto é, uma população efetivamente infinita
(Felfilietal. 2011). O índice também assume que todas as espécies estão representadas na
amostra e seu valor vária de 1,5 a 3,5 (raramente passa de 4,5). De acordo com Boligon
(2005), o índice de Shannon é o mais usado, pois combina o número de espécies presentes
e a densidade relativa da espécie em um único valor.
2
O Índice de Diversidade de Shannon-Wiener (H'), que é também chamado de Índice de Shannon-Weaver,
baseado na teoria da informação, foi desenvolvido entre 1948-1949, por Claude Elwood Shannon, e
constitui um dos índices mais utilizados para medir diversidade em dados categóricos.
20
CAPÍTULO III: ASPECTOS METODOLÓGICOS
As metodologias constituem os caminhos e meios pelos quais a pesquisa deve enveredar
com vista a alcançar os objectivos para si desenhados. Não obstante, elas são
imprescindíveis na produção de conhecimento científico pois permitem, de maneira
mensurável, perceber a extensão do problema proposto ou mesmo a eficácia de sua
solução, se for esse o caso.
Para atribuirmos uma classificação a uma pesquisa, existem diversos aspectos que devem
ser observados, como aponta Gil (2008), existem várias formas de classificar as
pesquisas, podendo ser feita sob ponto de vista de abordagem do problema, dos
objectivos, de sua natureza e do ponto de vista dos procedimentos técnicos.
Por outro lado, o método qualitativo, que segundo Gil (2008), na pesquisa qualitativa, o
pesquisador busca compreender os aspectos que vão além dos números, pois estes podem
ser influenciados por diversos outros factores, no nosso caso de estudo, o número de aves
presentes e suas variedades podem ser influenciadas pela disposição dos recursos que
garantem a sua subsistência e outros aspectos interessantes para a sua compreensão.
Deste modo, esta constitui-se uma pesquisa mista pois concilia aspectos das duas
metodologias apresentadas anteriormente.
21
No caso da nossa pesquisa que procuramos compreender e descrever a extensão da
avifauna nas plantações da Green Resources onde não há muitos dados que apontam de
maneira específica para os diferentes tipos de aves ali existentes, aspecto que
procuraremos desenvolver na nossa pesquisa.
22
3.3.Caracterização da área de estudo
Legenda
Distrito de Sanga
Distrito de Lago
Distrito de Lichinga
Distrito de Chimbunila
23
3.3.1. Sanga
Segundo o Ministério da Administração Estatal (2016), o Distrito de Sanga está
localizado na parte Norte da Província do Niassa a 60 Km da capital provincial –
Lichinga, e tem os seus limites a Norte com a República da Tanzânia, a Sul com o distrito
de Lichinga, a Leste com os distritos de Muembe e Mavago e a Oeste com o distrito de
3.3.2.Lago
O Distrito tem uma superfície total de 12.185 km2 e, segundo dados do Instituto Nacional
de Estatística (2023) a sua população é de 90.516 habitantes, 4,5% da população da
província de Niassa. Com uma densidade populacional aproximada de 7,4 hab/km2,
prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 80 mil habitantes.
3.3.3. Chimbunila
Segundo MAE (2016), é localizado a norte da cidade de Lichinga, a sul com Distrito de
Ngaúma, através do Chinenge, a oeste com a República do Malawi através da Localidade
de Chala Posto Administrativo de Lione e este com distrito de Majune através do rio
Icuvi.
3.3. 4.Lago
Está localizado na parte Norte da Província do Niassa, confinando a Norte com a
República Unida da Tanzânia, a Sul com o Distrito de Lichinga, a Este com o distrito de
Sanga e a Oeste com o Lago Niassa, fronteira com a República do Malawi (MAE, 2016).
24
A superfície do distrito é de 6.528 km2 e a sua população está estimada em 128.204
habitantes em 2021 segundo dados do INE (2023). Com uma densidade populacional
aproximada de 19 hab/km2.
3.3.5. Lichinga
Segundo MAE (2016) “Esta localizado na parte oeste da província de Niassa, confinado
a Norte pelos distritos de Sanga, Lago e Muembe, a Sul com o distrito de Ngaúma, a Leste
com o distrito de Majune e a Oeste coma República de Malawi.
25
3.4. Quanto ao procedimento
Trabalho de campo
O trabalho de campo é caracterizado, segundo Gil (2008), pela investigação realizada
junto ao objecto de estudo. No caso de nossa pesquisa, apesar de tomar este método como
base devido a natureza do estudo, ele foi consubstanciado pela pesquisa bibliográfica que
nos forneceu dados sobre a avifauna existentes em outros pontos e os factores que a
influenciam e, por termos uma circunscrição territorial com características especificas de
interesse para o desenvolvimento da avifauna de maneira particular, desenvolvemos um
estudo particularizado a que designamos como estudo de caso.
Sendo este um estudo pioneiro sobre riqueza e composição de aves realizado na faculdade
optou se por aplicar todos os métodos de identificação das aves visto que cada um
apresentam vantagem e desvantagem que podem se acentuar conforme o meio.
26
FICHA DA LISTA com a data, horário, espécie e tipo de registo (acústico = A, visual =
V, pisto ou vestígio = P).
Na utilização das listas de Mackinnon, Herzog, Kessler, & Cahill (2002), recomendam
que (1) a coleta de dados seja realizada por pessoa experiente e familiarizada com as aves
daquela região, (2) uso de gravação, indispensável para identificação posterior de
indivíduos com vocalização não familiar e bandos mistos, (3) utilizar horários distintos
de amostragem para contemplar o período de todas as atividades (inclusive noturnas), (4)
não amostrar a mesma trilha na mesma expedição, (5) não considerar espécies de
passagem que não são comuns àquele ambiente, (6) caso encontre alguma espécie não
anotada nesta trilha, pode anotar na Lista.
A vantagem da Lista de Mackinnon é a melhoria na qualidade dos dados, quando
comparada à lista simples, além do controle no tamanho das amostras, o que permite a
comparação mais confiável entre locais diferentes. Outra vantagem é a liberdade de
interromper a amostragem a qualquer momento sem prejuízo à qualidade dos dados.
Segundo Herzog, Kessler, & Cahill (2002), o método de lista de Mackinnon, combinado
com a estimativa estatística de riqueza, é sem dúvida muito mais padronizado e válido
para comparações simples de lista de espécies e representa uma ferramenta compatível
para a avaliação de conservação e estudos de padrões de aves no neotrópico.
Para padronizar o esforço sugere-se utilizar em campo o estimador Jackniffe, para
comparar o número estimado e observado de espécies (idem). Os produtos obtidos neste
método serão a lista de aves da UC, com indicação da localidade e tipo de registo, além
do valor observado e estimado de espécies.
3.5.3. Play back
Em cada ponto de escuta foram investidas diariamente quatro horas das quais, 10 minutos
aplicados para observação, escuta e gravação de cantos de espécies por meio do uso de
Play Back em cada ponto. Este método serve para gravar som de aves para posterior
reconhecimento.
27
3.5.5. Contagem em Agregados
Este método consiste em registar aves que vivem em conjunto ou simplesmente registar
o conjunto de indivíduos.
3.5.5. Jackknife
O Jackk1 leva em consideração as espécies raras. Ou seja, as que ocorrem em apenas uma
∑𝑛 ∗
𝑗=1 𝑆−𝑗
∗
amostra (uniques). 𝑆−1 = 𝑛 ∙ 𝑆 − (𝑛 − 1) ∙ 𝑆−1 e 𝑆̂ = 𝑛
Onde:
S*= riqueza estimada
n = número de amostras
S= número total de espécies
S-1= número de espécies menos uma UA
28
3.6. Universo/População
O estudo teve como universo avifauna da província do Niassa, tendo como amostra as
aves das plantações florestais da empresa de exploração florestal Green Resource nos
distritos de Lago, Chimbunila, Sanga e Lichinga.
29
3.10. Modelo de Analise de dados
A análise quantitativa envolve a aplicação de modelos estatísticos e matemáticos usados
para problemas financeiros, de negócios e de gerenciamento de riscos. Os modelos usados
especificamente para realização dentre trabalho foram: o Excel e o Rstudio. Onde os
dados foram processados no Excel, e posteriormente colocados no Rstudio como forma
de comprovar a veracidade dos resultados obtidos. E foi observado que os resultados
obtidos não alteram independentemente do programa usados para o processamento dos
mesmos.
Que são uma importante ferramenta orientada por dados, usada por analistas financeiros,
cientistas e pesquisadores por conta da sua facilidade de compreensão de conceitos e
desafios complexos, além da sua eficiência na análise e processamento de dados.
30
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Identificar a composição das aves através dos métodos de levantamento da
avifauna
O total de aves registadas do somatório das unidades amostrais é de 866 aves no período
de 9 meses correspondente a 864 horas das quais 4 horas de observação diariamente, em
um total de 6.480 pontos gerados. Deste modo o distrito de Sanga com 202 aves, o
Lichinga com 203 aves, Chimbunila 258 aves e Lago 203 aves registadas.
31
africano), Columba guinea (Pombo-malhado), Schoutedenapusmyoptilus (Andorinhão-
de-shoa), Francolinussephaena (Francolim-de-crista), Ptemistisswainsonii (Francolim de
Swainson), Coturnixdelegorguei (Cordona), Alopochenaegyptiaca (Ganso do Egipto),
Anas sparsa (Pato preto africano), Indicatorindicator (Indicador grande), Indicatorminor
(Indicador menor), Cloropicusnamaquus (Pica-pau barbudo), Cuculuscanorus (Cuco
comum), Ceuthmocharesaereus (Cuco azul), Cuculusgularis (Cuco africano),
Telacanthuraussheri (Rato-de-espinho manchado), Neafrapusboehmi (Rabo-espinhoso-
de-bohm), Cypsiurusparvus (Andorinhão palmeira africana), Tauracoporphyreolophus
(Taruco de crista roxa), Corythaixoides concolor (Pássaro cinzento), Tyto alba (Mocho
das torres),Bubo africanus (Mocho bufo-real), Strixwoodfordii (Coruja africana),
Glaucidiumperlatum (Corujinha), Caprimulguspectoralis (Frasco noturno) e
Streptopeliacapicola (Pomba do pescoço anelado).
32
Tabela 1: Lista da avifauna encontrada nas plantações- Green Resources
33
Coliusstriatus, Gmelin, JF 1789 Rato Salpicado LC
Clamador jacobinus, Boddaert, 1783 Cuco-jacobino LC
Cuculuscanorus, Linnaeus, 1758 Cuco comum LC
Ceuthmocharesaereus, Vieillot, LJP 1817 Cuco azul LC
Cuculusgularis, Stephens, 1815 Cuco africano LC
Telacanthura ussheri, Sharpe, RB 1870 Rabo-de-espinho manchado LC
Neafrapus boehmi, Schalow, H 1882 Rabo-espinhoso-de-bohm LC
Cypsiurusparvus, Lichtenstein, MHC LC
1823 Andorinhão palmeira africana
Tauracoporphyreolophus, Vigors, NA LC
1831 Taruco de crista roxa
Corythaixoides concolor, Smith, A 1833 Pássaro cinzento LC
Tyto alba, Scopoli, 1769 Mocho das torres LC
Bubo africanus, Temminck, CJ 1821 Mocho bufo-real LC
Strixwoodfordii, Vieillot, 1817 Coruja africana LC
Glaucidiumperlatum, Vieillot, 1817 Corujinha LC
Caprimulguspectoralis, Cuvier, 1816 Frasco noturno LC
Streptopeliacapicola, Sundevall, 1857 Pomba do pescoço anelado LC
Crexcrex, Linnaeus, C1758 Codornizão LC
Accipiterovampensis, Gurney, 1875 Gavião-do-ovambo LC
Laniariusaethiopicus, Gmelin, JF1788 Boubou tropical LC
Motacillaaguimp, Temminck, CJ 1829 Alvéola-aranha africana LC
Ardeamelanocephala Garça-real LC
Fonte: adaptado pela autora
Foram registadas 57 espécies de aves e o seu estado de conservação segundo a IUCN é
pouco preocupante.
10
9
8 9 9
7
6
5
4 5 5
3 4 4 4 4
2
1 2 1 1 2 2 1 2 2
0
34
Em relação à alimentação das Ordens supracitadas, é possível afirmar que elas possuem
gostos e preferências bem semelhantes. Em geral, os alimentos preferidos variam entre as
sementes, frutos, invertebrados menores, peixes, roedores, insetos entre outros. (Alves,
2023)
As ordens Strigiformes e Cuculiformes apresentam o segundo valor mais alto de números
de espécies com cinco (5) espécies cada seguido pelas ordens Columbiformes,
Apodiformes, Galliformes e Coraciiformes com quatro (4) espécies de aves cada ordem.
As ordens Anseriformes, Musophagiformes, Caprimulgiformes, Accipitriformes e
Pelecaniformes foram registadas duas (2) espécies de aves para cada.
As ordens com os valores mais baixo de espécies registadas são Bucerotiformes e
Coliiformes com uma (1) espécie para cada. As espécies da ordem Bucerotiformes são
insectívoras e com comportamento sazonal não migratório, estes fatores explicam a sua
baixa ocorrência tendo sido registados apenas em duas unidades amostrais em
Chimbunila e Lago.
6 5
5 4 4 4
4 3 3 3
3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1
Caprimulg…
Calyptom…
Musophag…
Ramphasti…
Malaconot…
Phoeniculi…
0
Ardeidae
Coraciidae
Meropidae
Rallidae
Fringillidae
Corvidae
Tytonidae
Coliidae
Motacillidae
Numididae
Phasianidae
Cuculidae
Indicatoridae
Columbidae
Apodidae
Lybiidae
Passeridae
Ploceidae
Accipitridae
Strigidae
Anatidae
Picidae
35
3,5
3
2,5 3
2
1,5 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
1
0,5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0
Na pesquisa realizada por Barbosa & de Almeida (2008), intitulada “Avifauna de uma
mata de Araucaria e Podocarpus do Parque Estatual de Campos do Jordão” percebeu
que as aves da Ordem Passeriformes foram os dominantes com 74 espécies e 64 gêneros,
sendo que as famílias que dominaram em número de espécies foram Tyrannidae, com 18
espécies e 17 gêneros e Furnariidae, com 10 espécies e 14 gêneros.
A diferença e semelhança das ordens registadas nos dois estudos devem de os hábitos
alimentares das espécies, distribuição geográfica, formas de nidificação, regimes de
acasalamento, fragmentação e o tempo de pesquisa.
36
Comparar a distribuição da biodiversidade de aves em plantações florestais, caso
da Green Resources.
120
100
97
80 84
60
55
40 49
45
39
20 29
26
23
12 9 5 8 11 10 3 6 6 2 8 12 9 2 8 2 8 14 5 4 6 12 17 7 7 10 10 4 17 121414 7 6 1011151115141011 7 3 11 7 6 1
Tauraco…
Pogoniulus…
Alopochen…
Caprimulgus…
Crithagra…
Schoutedenapus…
Coracias garrulus
Caprimulgus fossil
Cuculus canorus
Euplectes axillaris
Cuculus gularis
Numida meleagris
Ptemistis swainsonii
Lybius melanopterus
Tyto alba
Merops hirundineus
Streptopelia capicola
Ardea purpurea
Indicator indicator
Cloropicus namaquus
Colius striatus
Neafrapus boehmi
Crex crex
Stactolaema leucotis
Smithornis capensis
Nilaus afer
Strix woodfordii
Laniarius aethiopicus
Ardea melanocephala
Gráfico 4: Frequência absoluta
Fonte: A autora
A frequência fornece uma informação a respeito da dispersão das espécies, diante disto
as espécies que se destacaram com maior frequência são Corvosalbus com 97 indivíduos,
Passerdomesticus com 84 indivíduos, Columba livia com 55 indivíduos, Euplectesaedens
com 49 indivíduos, Motacillaaguimp com 45 indivíduos, Numidameleagris com 39
indivíduos, Streptopeliacapicola com 29 indivíduos, Stactolaemaleucotis com 26
indivíduos, Coraciasgarrulus com 23 indivíduos, Pogoniuluschrysoconus
Meropspersicus com 17 indivíduos. Estas foram observadas nas 4 unidades amostrais,
excepto a Meropspersicus que não foi registada em Lichinga.
As espécies de aves com menor frequência obtiveram número de indivíduos que variou
de 1a 10 indivíduos. Ardea melanocéfala com 1 individuo.
“A frequência absoluta é a quantidade de vezes que ocorre cada item de uma pesquisa
estatística. Esse número representa quantas vezes uma variável foi respondida ou
observada”. (Asth, 2023)
37
18%
16%
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57
Para Lichinga Corvus albus 15%, Passer domesticus 13% e Euplectes aedens 8%,
Motacilla aguimp 7% e as menores frequências variaram de 1 a 6%.
Para Sanga a espécie com maior frequência são Corvus albus 14%, Passer domesticus
9% as menores variam de 1 a 4%.
Para Chimbunila Columba livia 9%, Passer domesticus, Euplectes aedens e Corvus albus
7%, Numida meleagris 6% Motacilla aguimp 5% e as menores frequências variaram de
1 e 3%.
Para Lago Passer domesticus 10%, Corvus albus 9%, Columba livia 7%, as menores
frequências variam de 1 a 5%.
Barbosa (1992)
38
outras em meio específicos e característicos esta adaptação pode ser condicionada pela
alimentação, reprodução e refúgio.
Sanga
9,0 Lichinga
Chimbunila
8,0 Lago
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57
As espécies de aves com índice de abundância mediana obtiveram índice de 0,3 a 1,4.
60,5
60
59,5
59
58,5
58
57,5
57
56,5
56
55,5
Sanga Lichinga Chimbunila Lago
“Biodiversidade e Conservação dos vales dos Rios Jaquitinhonha e Mecuri“ obra escrita
pelos autores Ribon, Mattos, Luiz, Morares, & Morais, (2006) retratam que no Brasil, em
uma área de floresta tropical de 934 há em Salto de Divisa, MG as estimativas variaram
ente 208,7 (± 7,1) pelo Jacknife 2, sendo conferenciadas 68 listas de 10- espécies, obtidas
40
em aproximadamente 40 horas de observação”. “O desvio padrão aprestado pelo
estimador de jackknife é de 5,83 ” na obra Estimativa de riqueza, composição de espécies
e conservação da avifauna na Estacão Ecológica do Panga de Alteff (2009).
Esta diferença nos resultados deve - se ao número de espécies raras de cada região, visto
que o estimador de riqueza de Jackknife refere - se a quantidade de espécie de uma
determinada área, outro aspecto que pode justificar a diferença nos resultados obtidos e a
distribuição geográfica das espécies em relação a sua especificidade biológica.
3,6
3,5
3,4
3,3
3,2
3,1
3
2,9
Sanga Lichinga Chimbunila Lago
41
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO
5.1. Conclusão
É um facto que dentre os sons aleatórios que ouvimos no decorrer dos dias um deles é o
de pássaros que se diferem uns dos outros, uns mais agudos e outros mais graves e que
variam de lugar para lugar. Uma nossa pesquisa, ao procurar identificar as espécies que
ocorrem em Niassa, encontrou-se uma vasta variedade de espécies. No entanto, nem todas
as espécies que identificou-se ou a quantidade de aves é regular uma vez que a sua
ocorrência ou abundância é influenciada por diversos factores. Há aves que são por
natureza “viajantes” e outras que são mais permanentes no local.
A pesquisa identificou um total 16 ordens de aves, cada uma com diversas espécies, o que
nos conduz a concluir que há uma grande diversidade avifauna nas plantações da Green
Resources, o que comprova a primeira hipótese de nosso trabalho.
Deste modo importa referir que sobre a diversidade biológica de Avifauna em Plantações
Florestais caso Green Resources foi realizado em 4 distritos da província do Niassa
nomeadamente, Lago, Sanga, Chimbunila e Lichinga. Obtendo-se o resultado de 866 aves
em um período de 9 meses que corresponde a 864 horas das quais 4 horas de observação
diariamente, de um total de 6 480 pontos gerados deste modo Sanga 202, Lichinga 203,
Chimbunila 258 e Lago 203 aves registadas. Foram observadas 16 ordens, 28 Famílias,
45 géneros e 57 espécies. Contagens por pontos 5, Trajectos (linetransects) 11, Listas de
MacKinnon 29, Contagens em agregações 1, Playback 3, Camera fotográfica 7 espécies.
A frequência fornece uma informação a respeito da dispersão das espécies, diante disto
as espécies que se destacaram com maior frequência 97 a 17 indivíduos, frequências
medianas variou de 11 a 15 indivíduos e as menores frequências obtiveram número de
indivíduos que variou de 1 a 10 indivíduos. Para Lichinga 15% a 7% e as menores
frequências variaram de 1 a 6%. Para Sanga as maiores frequências variam de 14% a 9%
as menores variam de 1 a 4%. Para Chimbunila 9% a 5% e as menores frequências
variaram de 1 e 3%. Para Lago 10% a 7%, as menores frequências variam de 1 a 5%.
Foram aplicadas 4h de observação em cada unidade amostral para obter índices de
abundância. Em termos de riqueza obteve-se 57 para Sanga e Lago e 60 para Chimbunila
e Lichinga, a média é de 59 espécies (media 59 ± desvio padrão 2). Lichinga apresentou
o menor índice de diversidade com 3,1, seguido de Sanga com 3,4 e os índices de
diversidade mais altos foram registados em Chimbunila e Lago com 3,5.
42
5.2. Recomendações
Recomendamos para a Green Resources:
A realização regular de pesquisas para controlar o desenvolvimento da avifauna;
Monitoramento das espécies com vista a reduzir o risco de esticão;
A criação de um organismo que vele pela protecção da avifauna.
43
Referências bibliográficas
Accordi, I. A. (2003). Contribuição ao conhecimento ornitológico da Campanha gaúcha.
. Atualidades Orn.
Alves, M. (05 de Novembro de 2023). Passeriformes é uma ordem comum da classe das
aves. Obtido de www.agro20.com.br/passeriformes/:
https://www.agro20.com.br/passeriformes/
Anderson, D. R., & et al. (1979). Guidelines for line transect sampling of biological
populations. Washington, D.C.,: Journal of Wildlife Management,.
44
Belton, W. (1994). Aves do Rio Grande do Sul, distribuição e biologia. São Leopoldo:
Ed. Unisinos.
Bencke, G. A. (2001). Lista de referência das aves do Rio Grande do Sul. Porto Alegre:
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (Publicações Avulsas FZB, 10.
Bibby, C. J., Burgess, N. D., Hill, D. A., & Mustoe, S. H. (2000). Tecnicas de censo de
aves. São Diego: Academic imprensa.
Brower, J. E., & Zar, J. H. (1997). Field and laboratory for general ecology. Dubuque:
W. M. C. Brown Company Publishers.
Burham, K. P., Anderson, D. R., & Laake, J. L. (1980). Estimation of Density from Line
Transect Samplina on Biological Populations. Wildlife Monographs.
Case, T. J. (1978). On the evolution and adaptive significance of postnatal growth rates
in terrestrial vertebrates. Quarterly review of biology.
45
Dawson, D. G. (1981). Counting birds for a relative measure (index) of density. Em C. J.
Ralph, & J. M. Scott, Estimating numbers of terrestrial birds. Lawrence:: Allen
Press.
de la Peña, M. R. (1992). Guia de aves argentinas (incluye nidos y huevos). Buenos Aires:
L.O.L.A.
del Hoyo, J. A., Elliott , J. A., & Sargatal, J. (1994). Handbook of the birds of the world.
Barcelona: Lynx Edicions.
Fry, C. H., & Harwin, R. M. (1988). Order Caprimulgiformes. London: Academic Press.
Gabriel, V. d., Vasconcelos, A. A., de Lima, E. F., Cassola, H., Barretto, K. D., & de
Brito, M. C. (2013). A importância das plantações de eucalipto na conservação
da biodiversidade. Casa da Floresta Assessoria Ambiental Ltda: Monte Alegre.
46
Galetti, M., & Rodrigues, M. (1992). Comparative seed predation on pods by parrots in
Brazil. Biotropica 24.
Gardner, , T. A., Barlow, , J., Araujo, , I. S., & et al.,. (2008). A relação custo-efetividade
dos levantamentos de biodiversidade em florestas tropicais. Ecology Letters.
Herzog, S. K., Kessler, M., & Cahill, T. M. (2002). Estimating species richness of tropical
bird communities from rapid assessment data. Auk.
Howe, H. F., & Miriti, M. N. (2004). When seed dispersal matters. . BioScience.
Janzen, D. H. (1969). Aves e a interação formiga x acácia na América Central, com notas
sobre aves e outros mirmecófitos. Condor .
Krebs, J. R., & Davies, N. B. (1996). Introducao a Ecologia Comportamental (3 ed.). Sao
Paulo: Atheneu Editora.
Larsen, T., & Grundetjen, S. (1997). Optimal choice of neighbour: predator protection
among tundra birds. Journal of Avian Biology.
47
Mackinnon, J., & Phillips, K. (1993). A field guide to the birdes of borneo, sumatra, java
and bali. Oxiford: Oxiford University Press.
Martin, T. E. (1996). Life history evolution in tropical and south temperate birds: what
do we really know. Journal of Avian Biology.
Martin, T. E., & Li, P. (1992). Life history tranits of open-versus cavity-nesting birds.
Ecology.
Martin, T. E., & Roper, J. J. (1988). Nest predation and nest-site selection of a western
populations of the Hermit Thrush. Condor.
Mernoz, M. E., & Reboreda, J. C. (1996). New host for specialized brood parasite, the
screaming cowbird. Condor.
Mueller-Dombois, D., & Ellenberg, H. (1974). Aims and Methods of Vegetation Ecology.
New York.: Wiley.
48
Nunes, A. P., & Tomas, W. T. (2008). Aves migratórias e nômades ocorrentes no
Pantanal. Corumbá: MS.
Poore, M. E., & Fries, C. (1985). The Ecological Effects of Eucalyptus. FAO Forestry
Paper. Roma: Organização para Agricultura e Alimentação.
Pough, F. H., Janis, C. M., & Heiser, J. B. (2008). A vida dos vertebrados. Sao Paulo:
Atheneu Editora.
Ralph, C. J., & Scott, J. M. (1981). Estimativa de Aves terestres . Lourenço: Estudos em
Aviario Biologia.
Ralph, C. J., Geupel, G. R., Pyle, P., Martin, T. E., & da Sante, D. F. (1993).
Manualdemétodos de campo para monitoramento de aves terrestres. Albany:
Departamento de Agricultura, FlorestasServiço, Estatística de Pesquisa do
Sudoeste do Pacíficoíon.
Ralph, C. J., Sauer, J. R., & Droege, S. (1995). Manejo e monitoramento de aves usando
pontoscontagens: padrões e aplicações. Em C. J. Ralph, S. Droege, & J. Sauer,
Monitoramento de aves terrestres com contagem de pontos. (pp. 261-268).
Albany: Departamento deAgricultura, FlorestaServiço, PacificSouthwest
Research.
Reynalds, R. T., Scott, J. M., & Nusssbaum, R. A. (1980). A variable circular-plot method
for estimating bird numbers. . Berkeley,: The Condor, .
49
Ribon, R., Mattos, G. T., Luiz, E. R., Morares, L. L., & Morais, F. C. (2006). Aves das
Areas Prioritarias dos Rios Jaquitinhonha e Mecuri. Em L. P. Souza, & L. C. Bede,
Biodiversidade e Conservacao dos vales dos Rios Jaquitinhonha e MEcuri.
Brasilia: Ministerio do MAio Ambiente.
Ribon, R., Simon, J. E., & de Mattos, G. T. (2003). Bird Extinctions in Atlantic Forest
Fragments of the Vic¸osa Region, Southeastern Brazil.
Schumacher, M. V., & et al. (2013). Incêndios Florestais (2 ed.). Santa Maria: Editora
UFSM.
Stutchbury, B. J., & Morton, E. S. (2001). Behavioral ecology of tropical birds. San
Diego: Academic Press.
Wang, B. C., & Smith, T. B. (2002). Closing the seed dispersal loop. Trends in Ecology
& Evolution.
50
Wenny, D. G., De Vault, T. L., Johnson, M. D., Kelly, D., Sekercioglu , C. H., Tomback,
D. F., & Whelan, C. J. (2011). The need to quantify ecosystem services provided
by birds. Auk.
Wenny, D. G., Sekercioglu, C., Cordeiro, N. J., Rogers, H. S., & Kelly, D. (2016). Seed
dispersal by fruit-eating birds. Why birds matter: avian ecological function and
ecosystem services.
Whelan, C. J., Wenny, D. G., & Marquis, R. J. (2008). Ecosystem services provided by
birds.
51
Glossário
Acasalamento é o ato de união de um indivíduo macho e uma fêmea de uma dada espécie
animal, com a finalidade de possibilitar a junção das gametas e a geração de um novo ser
daquela espécie gerando assim novos descendentes.
Acústico1. Relativo à acústica ou à parte da física que se ocupa dos sons (ex.: estudo
acústico). 2. Relativo à propagação do som num espaço (ex.: isolamento acústico;
verificaram as condições acústicas da sala).
Côndilo occipital é uma formação óssea da base do crânio que apresenta forma oval e se
articula com a 1ª vértebra cervical.
52
Fusiforme - um objeto ou organismo em forma de fuso (antigo instrumento usado para
fiar), ou seja, alongado e com as extremidades mais estreitas que o centro; elipsoide
alongado.
Ovíparas - são aqueles que fazem postura de ovos. O embrião se desenvolve no interior
dessas estruturas, as quais não têm nenhuma ligação com o corpo da mãe.
Turfa - material de solo não consolidado, constituído em grande parte por matéria
orgânica (resíduos de carbono) não decomposta ou em ligeiro estado de decomposição
sob condições de umidade excessiva.
53
Anexos
54
Anexo 1: Desenho esquemático de um incêndio subterrâneo
55
Anexo3: Desenho esquemático de um incêndio de copa
56
Apêndices
57
Apêndice A: Forno de carvão vegetal - plantação no Distrito de Lichinga (Lulimile) –
ameaça a Avifauna
58
Apêndice C: Ninho de Pardal Lichinga (Lulimile)
59
Apêndice E: Ficha de Campo
Lista de Mackinnon
Espécie Data Local Coordenada Período Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
60