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ELETROENCEFALOGRAFIA

DESENVOLVIMENTO
A eletroencefalografia (EEG) é uma técnica que
analisa atividades elétricas do cérebro a partir da captação
de sinais elétricos, ou seja, dos sinais bioelétricos na
superfície do couro cabeludo de maneira não–invasiva,
sem a inserção de agulhas ou aparatos dentro da superfície
da pele (CAPERELLI, 2007). Com baixa amplitude, a
captação desses sinais possui a finalidade de registrar as
atividades elétricas do córtex cerebral (CARVALHO,
2008). Deste modo, a EEG consiste de um sistema
composto por eletrodos, amplificadores (contendo filtros
compatíveis), dispositivo para aquisição de dados e um
sistema de processamento de sinais (PEREIRA, 2003).
Referência: CAPERELLI, B. T. Projeto de desenvolvimento de um Sistema multicanal de biotelemetria para
detecção de sinais ECG, EEG e EMG. 2007. Dissertação (Mestre em Ciências) – Universidade Federal De Uberlândia,
Uberlândia. CARVALHO, L. C. Instrumentação Médico Hospitalar. Barueri: Manole, SP. 2008. PEREIRA, M. C. M.
Avaliação De Técnicas de PréProcessamento De Sinais Do EEG Para Detecção De Eventos Epileptogênicos Utilizando
Redes Neurais Artificiais. 2003. Dissertação (Doutorado em Engenharia Elétrica) – Universidade Federal De Santa
Catarina, Florianópolis.

O EEG é o registro elétrico contínuo da superfície do cérebro, onde a


intensidade e os padrões dessa atividade contínua são determinadas, em
grande parte, pelo nível global de excitação resultante do sono, da vigília e
sintomas como epilepsia. A intensidade elétrica da onda pode variar de 0 a 200
mV, e sua freqüência pode variar de 1 a 50 Hz[1]. As ondas cerebrais,
normalmente, são classificadas segundo a sua freqüência, sendo nomeadas
como : alfa, beta, teta e delta.
referência: Dr. Malcon Anderson Tafner
ENTENDENDO O CAMINHO: DO NEURÔNIO ATÉ
O ELETRODO
Esse sinal formado por vários potenciais pós-sinápticos cria uma voltagem
extracelular próxima aos neurônios pós-sinápticos, pois o influxo de íons para
dentro da célula torna essa região externa mais negativa (ou positiva) do que
qualquer outra região nas proximidades deste neurônio. Quando esses íons
deixarem a célula, em uma outra extremidade desse neurônio, haverá a
concentração de suas cargas na região extracelular mais próxima a essa
extremidade. A esse efeito, de concentração de cargas opostas em regiões
distantes da mesma célula, damos o nome de dipolo (Esses dipolos são
formados em todos os neurônios e, caso ocorram ao mesmo tempo em
centenas, milhares, ou até mesmo milhões de neurônios próximos ao mesmo.
Assim, o EEG permite acompanhar de forma simples a atividade rítmica de
grupos de neurônios.
Referência: Manual do Técnico em EEG Por Lisiane Seguti Ferreira, Fabio Viegas Caixeta, André Gustavo Fonseca
Ferreira, Paulo Emidio Lobão Cunha

Importância da Interpretação do EEG na Prática


Clínica: Considerações e Aplicações:
O papel crucial da interpretação do EEG (eletroencefalograma) é evidente na
prática clínica, particularmente em condições neurológicas como epilepsia,
demência, lesões encefálicas neonatais, status epilepticus não-convulsivos,
encefalopatias metabólicas e comas. Neste trabalho, é abordada a importância
de compreender os aspectos práticos do EEG para evitar conclusões erradas e
realçar sua relevância diagnóstica e prognóstica em várias condições.
Compreender alguns aspectos práticos na rotina da interpretação do EEG é
essencial para evitar conclusões equivocadas. No caso de epilepsia, é crucial
usar as montagens corretamente para interpretar com precisão o traçado, já que
o EEG é fundamental para diagnosticar as síndromes. Em demências, é
frequente observar diferentes padrões no EEG, porém sem descobertas
patognomônicas. Distinguir variantes benignas de anormalidades verdadeiras é
importante. A presença de atividade epileptiforme no EEG, sem história de
epilepsia, além disso, não justifica o tratamento.
O EEG é um exame fundamental para o diagnóstico e previsão de evolução das
lesões cerebrais em recém-nascidos. O EEG tem um papel fundamental nos
diagnósticos diferenciais de status epilepticus não-convulsivos. No caso das
encefalopatias metabólicas, é possível avaliar o grau da encefalopatia por meio
do EEG. O EEG pode ser útil para determinar o prognóstico e confirmar o
diagnóstico de morte encefálica em pacientes em coma. É importante destacar
que o mapeamento cerebral, um exame feito depois da interpretação do EEG
digital, não é considerado uma prática comum.
A habilidade crucial na prática clínica neurológica é a interpretação do EEG. É
fundamental conhecer os aspectos práticos do EEG a fim de evitar conclusões
errôneas e assegurar um diagnóstico preciso, bem como manejar
adequadamente condições neurológicas. O EEG desempenha um papel central,
fornecendo insights valiosos para o tratamento e prognóstico dos pacientes
desde o diagnóstico da epilepsia até a avaliação de lesões encefálicas
neonatais e encefalopatias metabólicas. (SILVA, D.F. & LIMA, M.M. – Aspectos
Gerais e Práticos do EEG Rev. Neurociências 6(3): 137-146, 1998).
Referência: (LUÍS, Otávio Caboclo. Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC). 2013.) (SILVA, D.F. & LIMA,
M.M. – Aspectos Gerais e Práticos do EEG Rev. Neurociências 6(3): 137-146, 1998).

CONCLUSÃO
O EEG tem se mostrado cada vez mais importante no auxílio de diagnósticos de
doenças do cérebro e psiquiátricas. O avanço dos estudos relacionados a essa
área vem abrindo um grande leque para sistemas de aquisição de sinais, de
processamento, de classificação e suas melhorias. É possível observar que o
EEG ganhou espaço, não só para análise e diagnóstico de doenças, mas na
área de tecnologias em geral. A aquisição de sinais e as melhorias possíveis
hoje vêm crescendo, pois existem várias técnicas de filtragem e softwares
sendo Seminário de Eletrônica e Automação – SEA 2016 – 19 a 21 de Setembro
de 2016 5 desenvolvidos para os melhores resultados no momento das leituras
dos sinais obtidos a partir do EEG.
Referência: https://www.researchgate.net/profile/Jose-Mendes-Junior-2/publication/
308400572_FUNDAMENTOS_DA_MEDICAO_DO_EEG_UMA_INTRODUCAO/links/57e2c45d08aecd0198dd808b/
FUNDAMENTOS-DA-MEDICAO-DO-EEG-UMA-INTRODUCAO.pdf

A falta de higiene das mãos é uma das principais formas de propagação de infecções e deve
ser realizada antes e depois de qualquer procedimento. Além do equipamento utilizado para o
exame, os exames de EEG também podem apresentar riscos de contaminação e infecção do
couro cabeludo. A falta de protocolos estabelecidos no trabalho com pacientes pode impactar
na disseminação de microrganismos e até na contaminação cruzada do couro cabeludo.

Referência: Amanda dos Santos Cecilio Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019

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