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ELETROENCEFALOGRAMA: O QUE É, COMO É REALIZADO E

POR QUE FAZER

Entender o eletroencefalograma e como é realizado é importante para obter


registros de qualidade a partir do exame, evitando que ele precise ser repetido.

Interferências, artefatos e falhas no preparo podem comprometer os


resultados do teste, exigindo um novo procedimento e atrasando o
diagnóstico.
Porém, a partir de capacitação e conhecimento sobre as boas práticas na
condução do EEG, médicos e técnicos de enfermagem se tornam aptos a
obter gráficos fidedignos, apoiando a tomada de decisões assertivas.
Se busca aprofundar os conhecimentos sobre a eletroencefalografia, suas
fases e finalidades, este artigo é para você.

Além de saber mais sobre o teste, você ficará por dentro de maneiras para
agilizar os laudos médicos do EEG, com o auxílio da telemedicina.

O que é o eletroencefalograma?
Eletroencefalograma (EEG) ou eletroencefalografia é um exame que permite o
estudo do registro gráfico das correntes elétricas espontâneas emitidas no
cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície
encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica.
Esse teste começou a ser usado após 1929, depois da descoberta de Hans
Berger (psiquiatra alemão) de que o cérebro gera atividade elétrica passível de
registro.
Presente no aparelho de EEG, um poderoso amplificador de corrente elétrica é
capaz de aumentar milhares de vezes os sinais elétricos gerados no cérebro, a
fim de que sejam detectados por eletrodos.

Em seguida, por meio de um dispositivo chamado galvanômetro, eles são


registrados sobre uma tira deslizante de papel, em forma de ondas, se o EEG
for analógico.

Já a versão digital envia os registros a um software que os transforma em


gráficos, mostrando as ondas mentais.

A eletroencefalografia vinha perdendo terreno para outros métodos de


diagnóstico, mas a união com a informática e tecnologia concedeu novo
impulso ao exame.

Atualmente, o teste conquistou um lugar proeminente no diagnóstico de vários


problemas cerebrais e contribui com outras técnicas terapêuticas.

Isso tornou possível, inclusive, o eletroencefalograma com mapeamento


cerebral colorido, que viabiliza o estudo detalhado dos estímulos elétricos
gerados pelo cérebro.
Como o paciente deve se preparar para o exame de
eletroencefalograma?
Como o paciente deve se preparar para o exame de eletroencefalograma?
De forma geral, não há restrição alimentar para a realização do EEG.

Mas, dependendo da modalidade do exame, pode ser necessário dormir


durante o procedimento.

Nesses casos, o paciente deve evitar a ingestão de substâncias estimulantes,


como a cafeína.

A seguir, confira outras recomendações comuns:


 Lavar bem os cabelos usando um sabonete neutro (como sabão de coco), mas
com tempo suficiente para que estejam secos ao início do procedimento
 Não utilizar nenhum cosmético no cabelo (laquê, gel, condicionador, cremes,
óleos, tinturas). Esses produtos dificultam a aderência dos eletrodos ao couro
cabeludo
 Não é necessário suspender os medicamentos de uso contínuo, mas eles
devem ser informados ao médico

Como é feito o eletroencefalograma?
Simples, indolor e não invasivo, o EEG tem raras contraindicações.
Geralmente, o exame é restrito a pessoas com alergias no couro cabeludo,
devido ao risco de ferimentos durante a retirada dos eletrodos.

Para realizar o procedimento, o paciente é orientado a retirar objetos de


metal, como brincos e bijuterias.
Em seguida, deve se sentar ou deitar em posição confortável, favorecendo o
relaxamento.
Antes de começar o eletroencefalograma, o profissional responsável separa o
cabelo do paciente em mechas e marca os pontos onde os eletrodos serão
colocados.
Mais à frente, trago detalhes sobre essa etapa.
Com os eletrodos posicionados corretamente, o aparelho de EEG é ligado,
dando início aos registros da atividade elétrica cerebral.
Normalmente, o procedimento começa com o paciente acordado, com os
olhos parcialmente fechados e em um ambiente de penumbra.
Será solicitado a ele que fique imóvel, relaxe o máximo que conseguir e, se
possível, até durma.
Dependendo da orientação no pedido médico, serão feitas algumas manobras
para captar reações cerebrais diferenciadas.

Um exemplo é a hiperventilação, alcançada por meio da respiração acelerada


durante a eletroencefalografia.
Outra dinâmica de interesse é a fotoestimulação, capaz de desencadear
mudanças nos padrões das ondas cerebrais e até crises convulsivas – caso o
paciente tenha uma doença de fundo.
Para tanto, são colocadas luzes extremamente brilhantes para piscar na frente
do paciente, em diferentes velocidades, usando um aparelho
chamado estroboscópio.
Vale citar também o registro de ondas cerebrais durante o sono (EEG em
sono), que dá suporte à detecção de diversas patologias.
Distúrbios como apneia, narcolepsia e insônia são investigados com o auxílio
desse recurso.
Os estímulos elétricos coletados passam por um amplificador de potenciais,
que permite a elaboração de um gráfico das ondulações cerebrais, analógico
ou digital, dependendo do equipamento usado.

A partir da comparação a padrões de normalidade, o médico especialista é


capaz de medir as alterações existentes e fazer as correlações necessárias
com dados clínicos do paciente, levando a um diagnóstico.
Ao final do exame, o aparelho de EEG é desligado, e o paciente, liberado.

Quem pode fazer eletroencefalograma?


Diferentes profissionais que compõem a equipe médica e de
enfermagem podem realizar o EEG.

A principal condição para que obtenham gráficos com qualidade é que


estejam treinados para conduzir o eletroencefalograma.

Posição dos eletrodos no eletroencefalograma


A forma de montagem mais popular para os eletrodos do EEG é o Sistema
Internacional 10-20%
A nomenclatura tem origem na lógica de posicionamento, que coloca os
eletrodos a uma distância igual uns dos outros.
O que significa que o segundo eletrodo é 20% mais espaçado que o
primeiro, e assim por diante.
Com exceção do eletrodo terra, colocado na testa ou násion, e dos dois
eletrodos referência, fixados no lóbulo das orelhas.
Conforme a Recomendação da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia
Clínica (SBNC) para a localização de eletrodos e montagens de EEG, outras
orientações são:
 O posicionamento dos eletrodos deve ser baseado em medidas específicas
feitas a partir de pontos de referências do crânio, sendo proporcionais ao
tamanho e formato dele, na medida do possível
 Toda a superfície encefálica deve estar adequadamente coberta
 As designações dos eletrodos deverão ser expressas conforme as áreas
cerebrais subjacentes (frontal, parietal, temporal, etc.), com o objetivo de
facilitar a compreensão por não especialistas e a comunicação entre os
diferentes laboratórios
 Cada eletrodo tem uma denominação padrão composta por uma letra e por
um número
 A letra designa a região cerebral coberta por este eletrodo, e o número, sua
lateralização. Ou seja: Fp para fronto-polar, F para frontal, C para central, P
para parietal, T para temporal e O paraoccipital
 Para diferenciar hemisférios cerebrais, os números pares ficam do
lado direito (Fp2, F4, F8, C4, P4, T4, T6 e O2) e os ímpares, no
esquerdo (Fp1, F3, F7, C3, P3, T3, T5 e O1)
 Eletrodos da linha média são identificados pela letra Z, de zero (Fz,
Cz e Pz)
 Eletrodos auriculares são denominados A1 (a esquerda) e A2 (a direita).
Quanto tempo demora o eletroencefalograma?

O EEG pode durar de 20 minutos a algumas horas, conforme a indicação


clínica e fases realizadas.
Quando só há necessidade do registro com o paciente acordado, o
eletroencefalograma é mais curto, sendo concluído em cerca de meia hora.

Já o teste que inclui registros durante o sono precisa de um período maior, pois
compreende três fases distintas: com o paciente em vigília (acordado), durante
a sonolência e dormindo.

Essa modalidade de eletroencefalograma permite um estudo mais completo


dos impulsos elétricos emitidos pelo cérebro, que sofrem variações de acordo
com o estado, idade, estímulos e condições de saúde do paciente.

As variações formam as chamadas ondas mentais, que estão relacionadas a


diferentes atividades dos neurônios.

De forma resumida, um EEG normal detecta o padrão a seguir:

EEG em vigília
No início, é comum a presença de ondas beta (com frequência entre 13 e 30
Hertz), pois o paciente está concentrado na realização do exame.

Conforme ele relaxa, aparecem ondas alfa (de 7 e 13 Hertz), indicando um


estado de repouso.

EEG durante a sonolência


Quando o paciente está quase dormindo, o ritmo da atividade cerebral diminui,
gerando ondas teta, com frequência de 4 a 7 Hertz.

Caso as ondas sejam assimétricas ou constantes fora do período de


sonolência, isso pode indicar disfunção em alguma área do cérebro.

EEG em sono
Por fim, o paciente adormece, possibilitando o registro de padrões durante o
sono.

Nessa etapa, a presença de ondas delta (com frequência entre 4 e 0 Hertz)


designa um estado de sono profundo.

Tipos de eletroencefalograma
Mencionei antes que existem diferentes tipos de eletroencefalograma.
Eles podem incluir fases distintas, atender a medidas de saúde
ocupacional e até disponibilizar imagens detalhadas dos estímulos cerebrais.

Confira as três principais modalidades de EEG a seguir.

1. Eletroencefalograma clínico para rastreio de doenças


O EEG clínico é realizado a partir de solicitação médica, como suporte
ao diagnóstico de doenças neurológicas.
Tumores, crises epiléticas e infecções como a encefalite podem ser
identificadas a partir desse tipo de eletroencefalograma.
Além da confirmação de coma e morte encefálica.
O eletroencefalograma clínico costuma incluir fases em sono e vigília, e
utilizar maiores quantidades de eletrodos que a versão ocupacional.
2. Eletroencefalograma ocupacional
Requerido como parte do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), costuma ser simplificado.
No EEG ocupacional, são empregados menos eletrodos e a duração é
reduzida, uma vez que não há suspeita de anormalidades.
Seu propósito é evitar acidentes decorrentes de crises neurológicas
súbitas durante o trabalho em locais perigosos, como em altura ou na
operação de máquinas.
3. Eletroencefalograma com mapeamento cerebral
O eletroencefalograma com mapeamento cerebral é a modalidade mais
completa do exame, que oferece imagens coloridas que mostram quais áreas
do cérebro estão coordenando determinadas funções do organismo.
O nível profundo de detalhamento permite avaliar patologias que interferem nos
padrões cerebrais, como epilepsia e doenças neurodegenerativas.

Para que serve o eletroencefalograma?

Geralmente, o exame é pedido quando há suspeita de epilepsia ou em casos


em que a doença já é conhecida, para diagnosticar o seu tipo.
Pode-se, ainda, solicitar o EEG para avaliação de:

 Coma
 Morte encefálica
 Intoxicações
 Encefalites diversas
 Síndromes demenciais
 Crises não epilépticas devido a distúrbios metabólicos
 Tumores cerebrais.
Em alguns casos, o neurologista pode observar descargas de ondas anormais
em forma de pontas, por exemplo (picos de onda), complexos ponta-ondas ou
atividades lentas focais ou generalizadas de diferentes significados.

As técnicas mais avançadas de eletroencefalograma quantitativo (com


mapeamento cerebral) permitem determinar, também, a localização precisa de
tumores cerebrais e de doenças focais do cérebro, como a epilepsia,
alterações vasculares e derrames.

Quais são as complicações que podem ocorrer durante o exame?


Em geral, não ocorrem complicações durante o eletroencefalograma.

Contudo, pacientes epilépticos podem, raramente, sofrer crises ao longo do


exame, principalmente quando é feita fotoestimulação.

Se as convulsões ocorrem, elas servem como indicação diagnóstica e o


paciente receberá assistência de uma equipe de saúde prontamente.

Quais cuidados o paciente deve ter pós-exame?


Depois que os eletrodos são retirados, é comum que um pouco do gel condutor
de eletricidade permaneça no couro cabeludo do paciente.

Para retirar essas sobras, basta lavar o cabelo normalmente.

Caso tenha recebido sedação, o paciente não deverá ir para casa sozinho, e
sim junto a um acompanhante.

Se tiver passado por privação de sono, a recomendação é ir para casa e


descansar o resto do dia.

Já as pessoas que só tiverem sido submetidas ao EEG em vigília podem


realizar as atividades diárias normalmente.

Como interpretar o resultado do eletroencefalograma?


Para interpretar o EEG, é preciso ter conhecimentos sobre padrões
cerebrais, tipos de onda e alterações na frequência.
Nesse cenário, apenas médicos neurofisiologistas clínicos (ou
eletroencefalografistas) estão aptos a laudar o exame.
Quando o resultado é normal, o estado de concentração é sinalizado por
ondas beta (13 -30 HZ), junto a ondas alfa (7-13 HZ) assim que o paciente
começa a relaxar.
Na fase de sonolência, ondas teta (4-7 HZ) são observadas, indicando
redução na atividade cerebral.
Por fim, o sono profundo (ou REM) é evidenciado através de ondas delta (4-0
HZ).
Alterações e desorganização no traçado do eletroencefalograma podem
indicar, por exemplo, inflamações ou intoxicação por drogas.

A telemedicina como auxiliar na interpretação do


eletroencefalograma
Como expliquei acima, a realização do EEG é simples, porém,
sua interpretação pede conhecimentos profundos sobre o funcionamento do
cérebro e neurônios.
Por isso, o Conselho Federal de Medicina permite que médicos generalistas e
técnicos em enfermagem treinados conduzam o teste, mas restringe sua
interpretação a neurologistas qualificados.

O problema é que esses especialistas não estão disponíveis em todas as


cidades brasileiras, o que dificulta a assistência em locais afastados dos
grandes centros urbanos.

Para atender a essa demanda, surgiram empresas especializadas em


telemedicina, que emitem laudos médicos a distância para exames
neurológicos, como a eletroencefalografia.
O serviço funciona por meio de uma plataforma em nuvem, ou seja, qualquer
clínica, consultório ou hospital pode acessar o sistema a partir de um
dispositivo conectado à internet, login e senha.

A dinâmica para pedir os laudos é simples e ágil, e os documentos são


liberados em poucos minutos na plataforma de telemedicina.

Benefícios do eletroencefalograma à distância


Por revelar anormalidades na atividade cerebral, o eletroencefalograma tem um
papel relevante no diagnóstico de distúrbios da consciência e doenças
neurológicas, como a epilepsia.

Quando realizado a distância, esse teste democratiza o acesso a resultados de


qualidade, com rapidez e segurança.

Veja, abaixo, as principais vantagens do laudo remoto para EEG.

1. O eletroencefalograma é interpretado por neurologistas


Apenas neurologistas com CRM ativo e qualificados para analisar os gráficos
do exame produzem e assinam digitalmente o laudo online.
Desse modo, o documento emitido a distância tem a mesma validade dos
resultados em papel.

2. Disponibilidade de uma segunda opinião médica quando solicitada


A interpretação do eletroencefalograma é uma tarefa complexa, que envolve a
análise de ondas mentais e sua comparação a padrões de normalidade.

Portanto, não é raro haver dúvidas quanto aos laudos desse exame, que são
esclarecidas pelos especialistas da empresa de telemedicina através
da segunda opinião médica.

3. Os laudos de EEG ocupacional ficam salvos na nuvem


A plataforma da Telemedicina Morsch proporciona o armazenamento
automático dos laudos e outras informações médicas na nuvem, um local
seguro na internet.
Dessa forma, os arquivos ficam protegidos de intempéries e invasões, uma vez
que o sistema possui mecanismos de segurança, como criptografia e senhas.

Os dados também podem ser localizados facilmente no futuro, através de


pesquisas no portal.

EEG Ocupacional: o que é?


O eletroencefalograma (EEG) ocupacional é um teste de diagnóstico que
monitora a atividade elétrica cerebral do trabalhador, a fim de descartar
distúrbios neurológicos ou de consciência.
Trata-se de um teste simples, rápido, indolor e não invasivo, que avalia os
impulsos elétricos durante alguns minutos e gera gráficos de linha.

O procedimento é realizado com a fixação de eletrodos no couro cabeludo do


empregado, que colhem dados sobre as ondas mentais e os enviam a um
monitor, que pode ser analógico ou digital.

Aparelhos analógicos imprimem o traçado em um papel especial, enquanto os


digitais formam arquivos digitais com os gráficos, facilitando seu
compartilhamento.

É a partir da análise dos gráficos que um neurologista poderá interpretar o


eletroencefalograma e elaborar o laudo médico.

Para fins de medicina do trabalho, o laudo é chamado de atestado de saúde


ocupacional (ASO), pois confirma a aptidão do funcionário para a função
exercida.

Para que serve o eletroencefalograma ocupacional?


O EEG ocupacional auxilia no diagnóstico de males neurológicos e da
consciência, dando suporte na proteção de trabalhadores que desenvolvem
atividades de risco.

Por isso, o exame costuma integrar Programas de Controle Médico de Saúde


Ocupacional (PCMSO) de trabalhadores que têm em sua rotina atividades em
altura, com operação de máquinas perigosas ou com potencial de provocar
danos à sua segurança e de outras pessoas.
Limpadores de fachadas de prédios e motoristas profissionais são exemplos de
colaboradores que podem se beneficiar da realização periódica de
eletroencefalogramas com finalidade ocupacional.

Caso eles sofram de doenças que provocam crises repentinas, como


a epilepsia, colocam em risco não apenas sua vida, como a de colegas,
clientes e outros indivíduos que estejam nas proximidades.
Mas é preciso cautela antes de recomendar esse exame.

Conforme explica este estudo assinado pelos especialistas Juliana Midori


Hayashide e José Tarcísio Penteado Buschinelli, a indicação de EEG deve ser
feita aos pacientes que apresentem sintomas e/ou histórico que sugira
alterações no funcionamento do cérebro.
Ou seja, é essencial que o trabalhador passe por entrevista (anamnese) e
avaliação física antes do EEG, a fim de determinar a necessidade do teste.

Qual a diferença entre EEG ocupacional e clínico?


Qual a diferença entre eletroencefalograma clínico e ocupacional?
Basicamente, o EEG clínico tende a ser mais detalhado que o ocupacional,
pois os testes seguem propostas diferentes.

Enquanto o exame para fins clínicos dá suporte para a confirmação de


suspeitas do médico solicitante, o ocupacional é feito periodicamente para
prevenir agravos à saúde do trabalhador.

Confira, a seguir, as principais características de cada modalidade do EEG.

Eletroencefalograma Clínico
Este exame é realizado para investigação e acompanhamento de doenças
cerebrais em consultórios de neurologistas ou clínicos gerais

Normalmente, é solicitado quando há queixas relacionadas ao sistema nervoso


central, como epilepsia, convulsões, crise parcial complexa, ataques em que o
paciente fica se debatendo.

Eletroencefalograma Ocupacional
Já o EEG ocupacional é feito em colaboradores saudáveis que assumem
atividades de risco nas empresas.

Como exemplos, podemos citar os motoristas, trabalhadores em altura como


pintores, serventes, auxiliares da construção civil, pilotos de aviões.

O exame é indicado pelo médico do trabalho coordenador do PCMSO, visando


evitar acidentes de trabalho decorrentes de crises neurológicas súbitas, como
convulsões e perda de consciência.

Uma das recomendações mais comuns ocorre na liberação para trabalhos em


altura, que deve seguir as exigências da Norma Regulamentadora 35 da
Secretaria do Trabalho.
A norma afirma que as avaliações precisam ser feitas periodicamente e que
seja realizado exame médico para identificar patologias que poderão originar
mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.

Quais as vantagens do EEG ocupacional?


Com o surgimento da medicina do trabalho, foram implementados diversos
exames preventivos para preservar a saúde do trabalhador.
A fim de acompanhar trabalhadores que realizam atividades de risco como
trabalho em altura, foram estabelecidos testes complementares de avaliação
neurológica, a exemplo do eletroencefalograma ocupacional.

A ideia é minimizar o risco de males súbitos e doenças que impactam no


funcionamento do cérebro, o que impediria o candidato de assumir um posto de
trabalho de risco.

É de inteira responsabilidade do médico do trabalho avaliar constantemente o


trabalhador em sua função, sendo que algumas empresas realizam o EEG
desde a admissão do funcionário.

O eletroencefalograma ocupacional é um exame simplificado, com uma


montagem dos eletrodos mais compacta e manobras de tempo mais rápidas
que o exame clínico.

São poucas as companhias que dispõem de estrutura para fazer esse e outros
testes ocupacionais, por isso, eles são constantemente delegados a clínicas de
medicina do trabalho.

Como ter laudos rápidos de eletroencefalograma?


Segundo determinações do Conselho Federal de Medicina, testes simples
como o EEG podem ser conduzidos por técnicos de enfermagem que recebam
o devido treinamento.

Porém, a interpretação e elaboração do laudo médico ou ASO fica restrita a


especialistas qualificados na área do exame.

O problema é que nem sempre há neurologistas disponíveis para as clínicas de


saúde ocupacional, o que inviabiliza a oferta do EEG em locais afastados de
grandes centros urbanos.

Visando solucionar essa questão, a tecnologia digital propiciou o


desenvolvimento de plataformas de telemedicina, que garantem a troca de
informações de forma prática e segura.

Através desses portais, estabelecimentos em qualquer lugar do Brasil podem


compartilhar os registros do EEG ocupacional e solicitar sua análise a
distância, otimizando o serviço de laudos.

Diversas clínicas em locais remotos já estão aproveitando essa vantagem da


telemedicina, que agrega agilidade aos exames realizados nos funcionários de
empresas.

Parceiros da Telemedicina, utilizam um sistema em nuvem completo, intuitivo e


que permite a entrega de atestados de saúde ocupacional (ASO) em minutos.
Importância da telemedicina na saúde ocupacional
A combinação entre telemedicina e equipamentos portáteis, a exemplo de
alguns tipos de aparelho de EEG, viabiliza a realização do exame em locais
afastados, sem perder a agilidade.

Como o eletroencefalógrafo armazena os gráficos do EEG, esses dados


podem ser transmitidos assim que houver internet, e laudados em seguida
pelos neurologistas da telemedicina.

Dessa forma, não é preciso esperar dias pelos ASO e a liberação do


trabalhador para suas atividades profissionais.

Além do eletroencefalograma, plataformas completas oferecem ASO para


outros testes de diagnóstico em saúde ocupacional, como raio-X de tórax
padrão OIT, eletrocardiograma (ECG) e espirometria ocupacional.
Assim, as clínicas de medicina do trabalho podem ofertar serviços completos
ao cliente, sem arcar com os custos para a contratação, salários e benefícios
de uma equipe de especialistas.

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