Você está na página 1de 2

WBA0556_v2.

0
Podcast
Disciplina: Formas alternativas de energia e planejamento
energético
Título do tema: Matriz elétrica brasileira
Autoria: Renato Kazuo Miyamoto
Leitura crítica: Leandro José Cesini da Silva

Abertura:

Olá ouvinte, tudo bem? Você sabe por que o Nordeste brasileiro é o principal
polo de geração de energia eólica? Se esta também é uma curiosidade sua,
então acompanhe este podcast, pois vou te contar os motivos.

A produção de energia elétrica por fonte eólica, atualmente, ocupa um lugar de


destaque no cenário mundial e o Brasil é um dos maiores produtores de
energia elétrica a partir dessa fonte. A maior parte das usinas eólicas em
operação estão instaladas na região nordeste, que representa quase 90% de
toda a potência instalada no país. Em dez anos, segundo a Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL), houve um crescimento de 1770% da capacidade
instalada no Brasil, ou seja, isso representa um salto de 935 MW em 2010 para
17.450 MW em 2020. Dentre essa capacidade instalada em 2020, um total de
90% foi gerada na região nordeste.

Mas então vem a pergunta: por que a região nordeste é o principal polo de
geração de energia eólica? Isso pode ser justificado, devido ao cenário
geográfico que favorece a intensificação dos ventos. Por ser uma região
litorânea, ocorre uma intensificação dos sistemas de alta pressão do oceano
atlântico Sul que sopra o vento do mar em direção a região costeira nordestina.
Só para você ter ideia, na região da bacia amazônica e central, a velocidade
média anual dos ventos é de 3,5 m/s. Na região do planalto central, essa
velocidade é de 6 m/s. Já na região norte e nordeste, as médias são de 9 m/s.

Então, te faço outra pergunta: a fonte eólica vai substituir a geração por fontes
hidráulicas? Embora nos últimos anos, o crescimento da capacidade instalada
tenha crescido consideravelmente, e aliado ao fato de ser uma fonte limpa que
pode contribuir com o abastecimento energético sem agravar problemas
ambientais de aquecimento global e efeito estufa, há algumas preocupações.

Uma delas é relacionada a sua produção irregular, ou seja, a geração de


eletricidade depende do fornecimento contínuo dos ventos. Ainda, há a
preocupação ambiental, relacionado a desocupação da área destinada a
construção de grandes parques eólicos. Temos o impacto relacionado ao ruído
das hélices e ao tamanho das torres eólicas.

Público
Ainda, há o quesito custo: os equipamentos para a implementação de parques
eólicos representam um custo elevado. Essa preocupação tem diminuído com
o passar dos anos, principalmente devido ao fato de empresas nacionais, tais
quais Weg, General Eletric e Siemens entrarem no mercado de equipamentos.
Isso reduz o custo inicial, já que não há a necessidade de importar o produto,
como era feito alguns anos atrás.

E quanto à construção das torres eólicas? Você sabe como funciona? Uma
torre eólica é dividida em: aerogerador, torre e bloco de fundação. O
aerogerador é composto por pás que convertem energia cinética do vento em
energia mecânica. Posteriormente, uma caixa multiplicadora de velocidade
conecta às pás ao eixo de um gerador, geralmente síncrono, que converte
energia mecânica em elétrica. Ainda, existe uma lógica de controle tanto de
frenagem quanto de movimentação das aletas das pás, para a otimização da
produção de energia elétrica. A torre pode ser metálica ou de concreto. As
metálicas geralmente são fabricadas e comercializadas por uma indústria, e
montadas no parque eólico. As de concreto são pré-fabricadas e montadas
diretamente no local. Uma torre eólica pode ter uma altura de até 130 metros,
por isso, há a necessidade de um bloco de fundação.

Bom, esse foi nosso podcast de hoje! Espero ter contribuído com informações
sobre o tema, um grande abraço e até a próxima!

Público

Você também pode gostar