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Curso de Especialização em Neuropsicologia

Capacitar Centro Educacional

Psicopatologia
Roteiros, técnicas e escalas de avaliação dos
transtornos mentais.

Professor Msc. Felipe Ornell


Psicólogo
Terapeuta Cognitivo Comportamental
Mestre em Psiquiatria
Especialista em Saúde Mental
Especialista em Dependência Química

Consultório: Av. Itaqui n 89, bairro Petrópolis, Porto Alegre, CEP 90460-140
Fone (51)99940-4411
1. Entrevista psiquiátrica e exame psíquico
2. Semiologia psiquiátrica
3. Rotina de avaliação do estado mental
4. Orientações para o exame psiquiátrico
5. Mini exame do estado mental – meem
6. Mini International Neuropsychiatric Interview
7. Folha de respostas do Mini International Neuropsychiatric Interview
8. Entrevista clínica estruturada para transtornos do eixo i do DSM-IV (SCID I)
9. Folha de respostas da entrevista clínica estruturada para transtornos do eixo I
do DSM-IV (SCID I)
10. SCID-II - Guia de aplicação – versão resumida em português
11. SCID-II - Questionário de personalidade
12. SCID-II - Entrevista clínica estruturada para transtornos de personalidade do
eixo II do DSM-IV
13. SCID-II – Folha de respostas
14. Guia do usuário para a SCID-5-CV (escala não incluída)
15. ASRS - Adult Self-Report Scale (TDAH)
16. ASSIST (álcool e outras drogas)
17. Questionário sobre a imagem corporal (BSQ)
18. Critérios de gravidade da SAA (Síndrome de abstinência do álcool)
19. Escala de doma de Glasgow
20. Escala de depressão de Hamilton (HAM-D)
21. Escala de ansiedade de Hamilton
22. Escala de Fobia Social – Liebowitz
23. Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -SF-36
24. MTA-SNAP (TDAH crianças)
25. Yale-brown obsessive-compulsive scale (Y-BOCS)
26. Escala de gravidade da dependência (ASI-6)
27. Escala de Avaliação de Mania (EAM)
28. Escores das escalas

*Material utilizado para fins educacionais, para utilização dos materiais é imprescindível a
observação dos direitos autorais e das instruções especificadas nos artigos de validação.

Consultório: Av. Itaqui n 89, bairro Petrópolis, Porto Alegre, CEP 90460-140
Fone (51)99940-4411
Entrevista Psiquiátrica e Exame Psíquico

Autor: Daniel Martins de Barros


Médico do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
USP
Supervisor do Núcleo de Psiquiatria Forense (Nufor) do IPq e doutorando na mesma instituição
Última revisão: 20/10/2008
“Qui bene diagnoscit, bene curat”
(Quem bem diagnostica, bem sabe curar)

INTRODUÇÃO

Do ponto de vista científico, o conhecimento aceitável é aquele objetivo,


passível de reprodução; por isso os cientistas gostam tanto de dados
numéricos: eles são os que parecem atingir melhor este ideal. Entretanto,
informações subjetivas, dados intuitivos ou que não possam ser medidos
quantitativamente são usualmente considerados não científicos ou de menor
importância na área médica. Imersa no campo de atuação médico-científico, a
psiquiatria habita, no entanto, um local particular e privilegiado, pois se vale
tanto dos conhecimentos agregados pelas ciências naturais (fisiologia, química,
neuroanatomia) quanto pelas ciências humanas (antropologia, sociologia,
psicologia). Estas últimas, por se referirem ao individual e subjetivo, ocupam
especial valor ao estudarmos componentes e requisitos para a boa prática
da entrevista psiquiátrica e do exame psíquico. Ao utilizarmos o instrumental de
diversas ciências para a análise da entrevista psiquiátrica, portanto, notamos
que uma boa anamnese não é apenas uma questão de bom senso, não
depende só de um conhecimento de fisiopatologia e nem resulta apenas da
experiência; antes, é uma habilidade que pode ser decomposta em partes e
pode ser aprendida.
Este capítulo pretende abordar possíveis caminhos e os principais
obstáculos encontrados pelo médico clínico e também pelo psiquiatra nessa
prática. Ressalta-se, desde já, que alguns estratagemas poderiam enquadrar-
se tanto no subitem destinado à entrevista psiquiátrica quanto naquele que
aborda o exame psíquico. Tal sobreposição é inerente ao tema de estudo, pois,
como poderá perceber o leitor, a entrevista psiquiátrica revela-se o próprio
instrumento de avaliação do estado psíquico do paciente.

A ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA

Além do conhecimento teórico, a sensibilidade e capacidade empática


do médico são componentes fundamentais da sua eficácia durante a entrevista
de um paciente psiquiátrico. Isso não é o mesmo que o oferecimento de um
ouvido compreensivo. Empatia é a capacidade de colocar-se na situação de
uma outra pessoa e então se aproximar do que aquela pessoa sente naquela
situação – é um esforço que vai além da simples compaixão pela infelicidade
do outro. Desta feita, a habilidade de entrevistar não é simplesmente uma
questão de ser gentil com os pacientes ou de aceitar placidamente suas
características e considerar as agruras psicossociais: a comunicação médico–
paciente é praticamente a única ferramenta para a propedêutica e o
diagnóstico psiquiátricos, o que faz dela o centro dessa discussão.
A postura do médico deve ser de suporte e compreensão, garantindo
ao paciente um ambiente seguro em que ele possa se abrir, mesmo quando
houver pouco tempo disponível. Inicialmente se costuma deixar o paciente falar
livremente, expondo sua queixa, enquanto já se avalia seu psiquismo. Num
segundo momento, o médico deve inquirir detalhes e esclarecer pontos que
tenham ficado obscuros; as perguntas devem ser no início de caráter mais
geral, aprofundando-se conforme a entrevista progride. As perguntas mais
dirigidas devem ser preferencialmente feitas de modo confirmatório, evitando a
indução de respostas (por exemplo: “O senhor quer dizer com isso que está
sentindo tristeza?” ao invés de “O senhor está triste?”).
Após formular as hipóteses diagnósticas, deve-se expô-las de forma
clara e inteligível, bem como qual a conduta a ser tomada, sendo útil reservar
um momento final para as inevitáveis dúvidas que surgirão. Tais momentos
devem ser dosados e divididos conforme as características do paciente, do
médico e do contexto em que ocorre a anamnese.

Manejo do Tempo, Setting e Anotações

O tempo utilizado para entrevista costuma variar muito, não apenas de


acordo com o local da entrevista (ambiente hospitalar, pronto-socorro,
consultório), mas também com a dificuldade em estabelecer as hipóteses
diagnósticas e o plano terapêutico. Não obstante as limitações que existam, o
médico deverá cuidar sempre do setting da entrevista, isto é, do ambiente físico
e emocional onde é realizada a avaliação. É de fundamental importância a
privacidade do local (muitas vezes difícil em ambiente hospitalar), pois permite
ao paciente maior tranqüilidade para revelar sentimentos mais íntimos. Deverá
sempre que possível tentar entrevistar o paciente a sós, mesmo quando
acompanhado por familiares íntimos, solicitando que estes retornem à sala
para acrescentar informações que se façam necessárias. Pacientes agressivos
ou potencialmente suicidas merecem atenção especial, como veremos adiante.
Preconiza-se que o entrevistador não faça anotações prolongadas
durante a avaliação, pois poderá comprometer a relação com o paciente e a
observação de suas reações. No entanto, é fundamental o relato completo da
anamnese e das condutas tomadas em documento adequado ao final da
entrevista para fins assistenciais e eventualmente judiciais.

História Psiquiátrica

Como regra geral, a entrevista psiquiátrica segue as mesmas linhas da


entrevista médica. Assim, após a apresentação do entrevistador (nome, função
e objetivo da abordagem) e a identificação do paciente (nome, idade,
proveniência, ocupação, situação conjugal, religião), permite-se o relato ou a
queixa principal, isto é, o motivo pelo qual procura ajuda. Naturalmente, a
entrevista deverá caminhar para a história da doença atual, caracterizando o
início dos sintomas, apresentação, periodicidade e possíveis tratamentos
medicamentosos ou internações prévias. É de fundamental importância, ainda
neste momento, a caracterização dos antecedentes biográficos, como seu
comportamento durante a infância e adolescência, história ocupacional e
conjugal, padrão de relacionamentos interpessoais e características de
personalidade pré-mórbida. Os antecedentes pessoais clínicos (doenças de
base, traumatismos, cirurgias), bem como os hábitos (em especial uso de
drogas), devem ser abordados tal qual em uma entrevista clínica, investigado
possível correlação temporal entre eles (um traumatismo cranioencefálico na
adolescência, por exemplo) e os sintomas da doença. Por último, a história
familiar deve ser investigada, com ênfase na presença de doenças
psiquiátricas e dependência de drogas entre os parentes. Essa etapa da
entrevista é também oportuna para a compreensão do contexto familiar e social
do entrevistado.
Vale lembrar que a vivência subjetiva é de fundamental importância na
história psiquiátrica; pois muitas vezes, o que diferencia o normal do patológico
é a forma como o paciente vivencia a situação, não seu mero relato.

Situações de Entrevista

A despeito da estruturação bem estabelecida da entrevista psiquiátrica,


esta é muitas vezes dificultada pela não-colaboração do paciente ou por sua
dificuldade de prestar informações. Tais situações, contudo, tornam-se por si
só informações sobre o estado mental do paciente, como nível de
consciência ou agitação psicomotora. Para tais pacientes idealmente conta-se
com o auxílio de um informante, que será o responsável pelo fornecimento de
detalhes no que alguns autores denominam história objetiva, em contraponto
à história subjetiva, contada pelo paciente. Ressalta-se que não adotamos tal
nomenclatura por considerarmos que objetivo e subjetivo são termos relativos a
quem narra os fatos, não havendo como se ter certeza da plena objetividade
dos fatos relatados pelo acompanhante, de igual modo.
Dois aspectos potencialmente complicadores da entrevista psiquiátrica
devem ainda ser considerados: a dissimulação e a simulação. A
primeira ocorre quando algum sintoma questionado é negado, apesar de sua
existência. Se o paciente nega a presença de um sintoma por medo ou
embaraço, essa informação só será obtida se o médico conseguir transmitir
confiança e aceitação, sem julgamento. Isso ocorre freqüentemente em
pacientes com pensamentos obsessivos obscenos ou bizarros, sendo comum
que tenham vergonha de relatá-los. Cabe ao médico, se suspeita de
dissimulação, inquirir a presença de tal sintoma por outros meios,
tangencialmente, para se certificar da sua presença ou não. Já na simulação
ocorre o contrário: o paciente procura relatar sintomas que, de fato, não
existem. É freqüente a simulação em casos de pacientes beneficiários de
afastamentos temporários por doença que não queira perder, por exemplo.
Quando há suspeita de simulação, a entrevista deve ser mais refinada,
procurando encontrar inconsistências na história ou na forma como o sintoma
relatado é vivenciado. É de grande importância, contudo, ter em mente que há
sempre a possibilidade de a suspeita de simulação ser infundada e haver, de
fato, a presença dos sintomas referidos.
Por último, e não menos importante, ressaltam-se os cuidados diante de
pacientes potencialmente agressivos ou com ideação suicida. Nos casos em
que o médico se depara com um paciente violento em ambiente hospitalar,
deve decidir se pode ser realizado um contato verbal efetivo com o paciente ou
se seu senso de realidade está tão prejudicado a ponto de impossibilitar uma
entrevista eficaz. Nesse caso, o paciente deverá ser medicado ou mesmo
contido fisicamente até mostrar-se mais calmo, cuidando o médico de manter o
melhor contato possível com o paciente, esclarecendo o motivo de precaução
de danos das atitudes tomadas. Nos casos de pacientes potencialmente
suicidas, deve-se cuidar para que a entrevista se dê em ambiente seguro, com
grades nas janelas e sem materiais pontiagudos. Deverá o paciente ser
hospitalizado ou protegido de outra forma (internação domiciliar, mediante
compromisso escrito dos responsáveis), não podendo jamais ser subestimado
o risco de suicídio por parte da equipe médica e dos familiares.

O EXAME PSÍQUICO

Para facilitar o entendimento de algo tão complexo como o psiquismo


humano, costumeiramente o dividimos em funções, que, embora na prática
funcionem em conjunto, podem ser descritas de forma independente.
À medida que o examinador faz cada pergunta, deve pensar quais
poderiam ser as possíveis respostas de uma pessoa razoável naquele
contexto. No prontuário, o médico pode se abster de usar termos técnicos na
descrição do exame psíquico, valendo-se de descrições pormenorizadas
daquilo que percebeu durante a avaliação. Tal postura costuma prover uma
descrição mais rica e evitar confusões diagnósticas por uso de termos
imprecisos. O mais importante é ser capaz de esboçar um painel aproximado
de como está o psiquismo do paciente no momento da entrevista, lembrando
que ela faz um recorte transversal da apresentação, cabendo à anamnese a
visão longitudinal do caso.
As funções psíquicas principais e os sintomas que podem advir de suas
alterações são listados a seguir de forma relativamente hierarquizada: assim,
em primeiro lugar deve-se avaliar se o paciente está consciente, pois se não o
estiver todas outras funções serão afetadas. De igual modo, se não estiver com
a atenção preservada a memória será prejudicada, e se o afeto estiver muito
deprimido a psicomotricidade estará lentificada, e assim por diante. Dessa
maneira, as funções a seguir elencadas são geralmente atreladas às
anteriores.

Consciência
Para o exame psiquiátrico importa o nível de consciência, de alerta, de
quão desperto e funcionante está o sistema nervoso central. Normalmente vai
do grau de maior alerta, o estado vigil, passando pela sonolência, torpor
(obnubilado), estupor (semicomatoso) e coma, que são graus
de rebaixamento do nível de consciência, quando o paciente é dito confuso. O
paciente sonolento usualmente oscila entre dormindo e acordado, e com algum
esforço desperta e estabelece contato. O torporoso acorda com dificuldade,
não plenamente despertando e permanecendo algo confuso. O estuporoso só
acorda mediante estímulos muito vigorosos, não sendo capaz de se manter
alerta espontaneamente. O comatoso não acorda, apresentando o maior grau
de rebaixamento do nível de consciência.
Além das alterações quantitativas, a qualidade da consciência
eventualmente se encontra alterada. O paciente pode
apresentar estreitamento da consciência, quando o foco fica restrito, quer por
alta ansiedade, intoxicações ou crises epilépticas; dissociação da consciência,
quando vivencia momentos dos quais não se lembra ao retomar a integridade
da consciência. Fazem parte ainda das alterações qualitativas os estados
crepusculares, vistos em quadros orgânicos como epilepsia.

Atenção e Concentração
É a capacidade de focalizar um objeto de maneira intencional. Pode ser
de natureza voluntária (ativa), quando se pretende direcionar a atenção a este
objeto (lendo este texto, por exemplo), ou involuntária (passiva ou
espontânea), dirigida a um foco que não é o principal, denotando a capacidade
de mudar de foco (notar ruídos da rua enquanto continua lendo). Quanto maior
o grau de atenção voluntária, menor o de atenção involuntária e vice-versa.
A concentração reflete a capacidade de manter a atenção voluntária.

Orientação
É a capacidade de um indivíduo estimar precisamente o tempo, o
espaço e as pessoas, inclusive a si mesmo, em seu ambiente corrente.
A orientação temporal (capacidade de se localizar adequadamente quanto a
datas, dias, horários) é facilmente perturbada pela concentração profunda,
emoção forte ou quadros orgânicos. A orientação espacial (saber onde mora,
onde está) é alterada mais tarde no processo mórbido. A orientação
autopsíquica refere-se ao conhecimento do próprio nome e da identidade
pessoal e é prejudicada nos casos avançados de deterioração orgânica.

Memória
Clinicamente é subdividida em memória de longa duração, de curta
duração e imediata. A memória de longa duração, ou remota, refere-se aos
fatos gravados há mais tempo, às recordações antigas, e pode ser avaliada
enquanto o paciente conta sua história; a de curta duração, ou recente, trata de
dados a serem mantidos por pouco tempo, como um número de telefone até
que ele seja discado. A memória imediata, chamada memória de trabalho,
permite, por exemplo, que um leitor entenda a coerência de uma frase, embora
já não lembre exatamente de quais eram as primeiras palavras lidas. Está
intimamente ligada à atenção.
As memórias podem ser medidas com testes simples específicos, como
gravar palavras ou nomes. Os déficits podem dar ensejo a confabulações, que
são falsas memórias criadas pelo paciente para suprir as lacunas abertas na
memória, sendo associadas a quadros de amnésia orgânica, como nas
demências.

Pensamento
A forma de acessar o pensamento do paciente é, sobretudo, por meio do
discurso, cuja avaliação acaba tento, por conseguinte, muitos pontos em
comum com a avaliação do pensamento. Deve-se analisá-lo quanto a forma,
curso e conteúdo.
A forma do pensamento diz respeito à maneira como as idéias são
encadeadas ao longo do raciocínio. As alterações formais ocorrem
principalmente nos quadros psicóticos ou maniformes: afrouxamento de
associações (idéias relacionadas de forma pobre entre si), arboriforme
(tendência à desorganização, mas mantendo ainda a meta do raciocínio), fuga
de idéias (idéias levam a novas idéias, perdendo a meta, típica dos quadros
maniformes) e desagregado (quando há perda completa da relação aparente
entre as idéias).
O curso e a velocidade do pensamento também se alteram, podendo
haver aceleração, principalmente em síndromes maníacas, ou lentificação,
quando o pensamento vai mais devagar, comum em depressões. Outros
fenômenos podem ocorrer, como bloqueio e roubo do pensamento: no primeiro
caso, o fluxo é interrompido abruptamente; no segundo, o paciente interpreta
tal fenômeno como se o pensamento lhe houvesse sido roubado. Inserção de
pensamentos, também típicas de esquizofrenia, é a vivência de um
pensamento não próprio ocorrendo ao paciente, interpretado como inserido por
terceiros. A sonorização do pensamento tem um componente também de
alucinação auditiva, pois o paciente ouve um som que não foi produzido (seu
pensamento).
O conteúdo do pensamento é praticamente ilimitado, pois tudo pode
estar contido no pensamento. Aqui, o que se deve avaliar é se há algum tema
prevalente, que domine e sobrepuje a ocorrência de outros temas. O valor
atribuído ao conteúdo, que pode conferir caráter delirante ao pensamento, é
avaliado em uma função à parte, o juízo, que veremos adiante. O adoecer do
pensamento, embora teoricamente extenso, na prática gravita em torno de
poucos temas: culpa e pecado, religiosidade, sexualidade, morte, riqueza e
poder ou ruína, perseguição ou adoecimento.

Linguagem
Avaliada principalmente em seu componente verbal, devem
considerados também a forma e o conteúdo. Quanto à forma, analisa-se a
velocidade do discurso, que pode estar lentificado, caso em que normalmente
se nota a latência de resposta, definida como uma pausa acima do normal
entre as perguntas feitas pelo entrevistador e a resposta do paciente. É comum
ocorrer nas depressões ou em casos de desorganização do pensamento, pois
o paciente demora-se ao procurar as respostas em meio à desorganização em
que se encontra. Em casos extremos de depressão e em casos de catatonia,
verifica-se mutismo. Entretanto, o discurso pode estar acelerado; quando o
paciente, além de falar rapidamente, fala em grande quantidade, dizemo-no
logorréico; se associada à logorréia houver fala em alto volume e ininterrupta,
fala-se em pressão de discurso, sendo usual ocorrer em mania e em quadros
ansiosos mais graves. Mussitação, verbigeração e ecolalia são automatismos
verbais, semelhantes a uma reza contínua em voz baixa, no primeiro caso; no
segundo, trata-se da repetição sem sentido de frases ou palavras
incessantemente; no último, da repetição automática das palavras
pronunciadas pelo interlucutor. O conteúdo do discurso acompanha
usualmente o conteúdo do pensamento, devendo ser descritos eventuais
temas prevalentes. Ressaltamos a importância de afastar quadros de afasias
com propedêutica adequada no exame da linguagem, que podem confundir o
médico que não considerar a possibilidade de tais quadros.

Sensopercepção
As alucinações são definidas como a presença de uma percepção
sensorial na ausência de um estímulo real. Podem ser visuais, auditivas,
olfativas, gustativas, das sensações corporais, estas últimas subdivididas em
cinestésicas (músculos e articulações), viscerais (órgãos internos) ou
superficiais (hápticas). A investigação de cada uma dessas alucinações passa
pelo conteúdo (por exemplo, o que as vozes falam), duração do fenômeno,
circunstâncias em que ocorrem etc., procurando sempre o maior detalhamento
possível. Quando o paciente vivencia as alucinações mas sabe que não são
reais, percebe que são “coisas da sua cabeça”, costuma-se chamar
de alucinose, comum em síndrome de abstinência alcoólica. Finalmente há que
se diferenciá-las das ilusões, que são distorções da percepção, ou seja, o
estímulo existe, mas é percebido de forma diferente pelo paciente. Chamamos
ainda de pseudo-alucinações aquela que ocorre no espaço subjetivo interno,
isto é, não é percebida pelos órgãos dos sentidos. O paciente relata
ocasionalmente uma experiência “como se”: é “como se estivesse ouvindo uma
voz”, é “como se estivesse vendo uma cobra” etc.

Juízo e Crítica
O juízo é a capacidade de dar valor a fatos e idéias, e apresenta-se
alterado no paciente que tem delírios. Estes são certezas subjetivas de algo,
não encadeadas no fluxo normal de pensamentos, não compartilhadas (não
fazem parte de um conjunto de crenças culturalmente aceitas), irrefutáveis e de
conteúdo improvável. Embora normalmente de conteúdo bizarro, podem ser
plausíveis, como no exemplo do alcoolista traído que tem delírios de ciúme. Por
isso é importante determinar a forma de surgimento da idéia em questão: o
delírio surge por interpretação delirante, quando o paciente interpreta fatos
corriqueiros de forma psicótica; por intuição delirante, caso em que o delírio
simplesmente surge, como uma revelação inquestionável que não carece de
explicação; ou por percepção delirante, quando, ao receber um estímulo
qualquer, o paciente o entende como explicação para os delírios, como
quando, ao ver a garrafa de cerveja na mesa, o paciente descobre que a
mulher o estava traindo. Os delírios podem incluir os mais diversos temas, mas
os mais comuns são os místicos, de persecutoriedade e de grandeza.
Crítica é definida arbitrariamente como a capacidade do paciente de
entender sua condição, ter insight sobre seu estado, podendo estar
preservada, abolida ou ser parcial, quando o paciente entende que algo está
diferente, mas não consegue definir bem o que ocorre.

Afeto e Humor
Afeto é a manifestação da resposta emocional de alguém a eventos
internos e externos, pensamentos, idéias, memórias evocadas e reflexões.
Mostra o momento do indivíduo, podendo, quanto à qualidade, ser de alegria,
raiva, tristeza, ansiedade, interesse, vergonha, culpa, surpresa. No que se
refere ao tônus afetivo, ou seja, ao volume do afeto, pode estar aumentado,
diminuído ou embotado, o que define o estado de quase ausência de afetos ou
de modulação e ressonância afetiva. Modulação é a capacidade de variar entre
afetos; ressonância é a capacidade de sintonizar com o ambiente, reagindo
adequadamente à situação em que se encontra. Ambos podem ser
aumentados ou diminuídos, sendo caracteristicamente menores nas
depressões, maiores na mania e praticamente ausentes na esquizofrenia, daí o
descrever como embotamento afetivo. O humor é o todo da vida emocional, a
disposição afetiva de fundo, algo como a média dos afetos, podendo, portanto,
estar polarizado (para depressão, hipomania ou mesmo mania); se mantém-se
levemente deprimido de forma constante, pode-se considerá-lo distímico.
Hipertímico, por sua vez, é a manutenção de um estado de leve elevação
constante. Finalmente diz-se eutímico do humor sem clara tendência para um
ou outro lado ao longo do tempo.

Volição, Impulso e Prospecção


Vontade é um empenho ou intenção dirigida ao objetivo, com base em
motivação cognitivamente planejada. A redução ou abolição da vontade, em
quadros de grande desânimo, denominam-se hipobulia ou abulia,
respectivamente. Impulso é a inclinação para satisfazer certas necessidades
primárias. Atos impulsivos podem ser esporádicos ou repetidos, com os mais
diversos fins – impulso suicida, impulsos de compra, de roubo, alimentares, de
fuga etc. Prospecção é a capacidade de projetar os desejos para o futuro; fica
limitada em diversas síndromes psiquiátricas.

Psicomotricidade
É a exteriorização comportamental motora dos estados psíquicos;
divide-se entre as síndromes hipercinéticas e hipocinéticas. Nas primeiras, em
que há aumento da atividade motora, o paciente pode se apresentar inquieto –
com dificuldade de permanecer parado, senta-se e levanta-se repetidas vezes,
mexe-se constantemente na cadeira (usual em quadros ansiosos) – ou agitado
– quando já perdeu o controle de seu comportamento, podendo ser desde
agitação leve até grave, em que ocorrem atos agressivos e destrutivos. As
hipocinéticas são caracterizadas por inibição motora, com lentificação, inibição,
até catatonia – quando há total ausência de atividade motora
concomitantemente à flexibilidade cérea (em que o paciente assume a posição
em que é deixado como se fosse um boneco de cêra) –, e catalepsia – em que
há aumento do tônus e rigidez muscular.

Inteligência
Embora algumas vezes possa-se solicitar ao paciente que interprete
provérbios populares para se inferir sua capacidade de abstração (reduzida na
oligofrenia e em algumas formas de esquizofrenia), normalmente
a inteligêncianão é testada de forma estruturada no exame psíquico; uma idéia
do seu nível já é dada no decorrer da própria entrevista, contudo.
As funções mentais também podem ser agrupadas de acordo com o
modo como são acessados durante a entrevista. Assim, a aparência, o nível de
consciência e o comportamento psicomotor serão imediatamente perceptíveis
à observação. Durante a conversação, poderão ser avaliados atenção e
concentração, fala, linguagem e pensamento, orientação, memória e afeto.
Mediante exploração ativa, por fim, serão analisados humor e volição,
percepção, conteúdo do pensamento, crítica e julgamento. Poderão ainda ser
realizados testes breves para melhor avaliação de memória e orientação, bem
como pensamento abstrato e inteligência, quando necessários.

CONCLUSÕES
Após levantar a história do paciente e realizar o exame psíquico, além
de exame físico e neurológico direcionados, poderá o médico determinar as
prováveis síndromes psiquiátricas envolvidas no diagnóstico em questão
(tabela 1).
É necessário lembrar que a entrevista psiquiátrica assume, com maior
freqüência que em outras especialidades, um caráter terapêutico importante.
Os pacientes experimentam algum grau de alívio apenas por expressar e
partilhar seus sentimentos e problemas com um profissional. Além disso, a
tranqüilização de saber que o fenômeno que o vem acometendo, seja ele qual
for, é um diagnóstico médico que pode ser tratado, já é um aspecto na melhora
do paciente e das relações familiares.
Assim, o estabelecimento de uma comunicação médico–paciente
empática e respeitosa, transmitindo as orientações diagnósticas e terapêuticas
com segurança e com veracidade, são os fatores de excelência para a boa
prática médica e psiquiátrica.

Tabela 1: Alterações comuns de exame psíquico

Síndrome Orgânica Demencial Depressiva Maníaca/ Ansiosa Psicótica


Função Hipomaníaca
Consciência Rebaixada Preservada Preservada Preservada Preservada Preservada
Atenção
voluntária Reduzida Prejudicada Reduzida Reduzida Prejudicada Variável
Atenção
espontânea Reduzida Prejudicada Reduzida Aumentada Aumentada Variável
Prejudicada/
Memória Prejudicada confabulações Prejudicada Prejudicada Prejudicada Preservada
Orientação Desorientada Desorientada Preservada Variável Preservada Variável
Pensamento Negativo e Exaltado e Desorganizado
(conteúdo/forma) Confuso Empobrecido lento acelerado Acelerado e delirante
Logorréia/
Linguagem Negativa e pressão de Logorréia/ Desorganizada
(conteúdo/forma) Empobrecida Empobrecida lenta discurso preocupações e delirante
Alegria ou Ansiedade, Variável ou
Tristeza e irritabilidade e medo, humor
Afeto e humor Variável Variável depressão exaltação preocupações delirante
alucinações alucinações
Possíveis Possíveis em casos em casos Sem alucinações
Sensopercepção alucinações alucinações graves graves alterações variadas
Preservado Preservado
(delírios se (delírios se
Juízo e crítica Prejudicado Variável grave) grave) Preservado Delirante
Psicomotricidade Variável Variável Lentificação Aceleração Inquietação Variável
BIBLIOGRAFIA

1. Alonso-Fernandez F. Compendio de psiquiatria. Madrid: Oteo; 1978.


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3. Coulehan J, Block M. A entrevista médica: um guia para estudantes da arte.
Porto Alegre: Artmed; 1989.
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6. Jaspers K. Psicopatologia geral. 8. ed. São Paulo: Atheneu; 2005. v.1.
7. Kaplan HI, Sadock BJ, Grebb JA. Compêndio de psiquiatria: ciências do
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10. Sims A. Sintomas da mente: introdução à psicopatologia descritiva. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed; 2001.
Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: SEMIOLOGIA ESPECIALIZADA
29: 44-53, jan./mar. 1996 Capítulo IV

SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA

PSYCHIATRIC SEMIOLOGY

Antonio Waldo Zuardi, Sonia Regina Loureiro

Docentes do Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universida-
de de São Paulo
CORRESPONDÊNCIA : Antonio Waldo Zuardi - Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto - Campus Universitário - CEP: 14.048-900 - Ribeirão Preto - SP.

ZUARDI AW & LOUREIRO SR. Semiologia psiquiátrica. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 44-53, jan./mar. 1996.

RESUMO: O objetivo principal deste artigo é introduzir o estudante de graduação, especialmente


de Medicina, na prática da semiologia psiquiátrica. Os autores discutem a entrevista psiquiátrica
como a maneira essencial de avaliação do paciente psiquiátrico. O artigo fornece uma visão geral da
história psiquiátrica e das partes componentes do exame do estado mental, incluindo: aparência, fala
e pensamento, distúrbios da percepção, afeto e humor, atenção e concentração, memória, orienta-
ção, consciência, inteligência e julgamento da realidade.

UNITERMOS: Anamnese. Psiquiatria. Relações Médico-Paciente. Entrevista Psiquiátrica.

INTRODUÇÃO A interação entre o entrevistador e o paciente,


não se constitui, necessariamente, numa distorção das
Os dados necessários à História Clínica Psiquiá- condições “naturais” de observação, se considerarmos
trica e ao Exame do Estado Mental, são obtidos, basi- que a conduta humana ocorre sempre “num contexto
camente através da entrevista psiquiátrica, estando de vínculos e relações humanas” e não isoladamente2.
sujeitos à influência de inúmeras variáveis, relaciona- Assim, a situação de entrevista psiquiátrica constitui-se
das ao entrevistador, ao entrevistado (paciente, fami- numa forma particular de interação, que ocorre den-
liar ou outro informante), à interação entre eles e ao tro de um campo delimitado pelos seus objetivos, ad-
ambiente onde o exame está sendo realizado. quirindo características próprias. Um dos integrantes
Características do entrevistador, como suas deste relacionamento é um profissional, que deve usar
crenças, valores, sensibilidade, estado emocional no seus conhecimentos para entender o que está aconte-
momento da entrevista e outras, podem interferir nos cendo com o outro e que deverá interagir de acordo
fenômenos observados. A forma como uma pergunta com esta compreensão. O paciente, por outro lado,
é formulada, o tom de voz utilizado, um olhar, um necessita e, em geral, espera obter auxílio do profissio-
gesto, poderão orientar a resposta do paciente. nal, o que deve estimulá-lo a falar e refletir sobre si
Variáveis do paciente, também interferem na mesmo, ainda que, o paciente psiquiátrico ao mesmo
obtenção dos dados, por exemplo, sua motivação em tempo que está motivado para revelar-se, pode ocul-
relação ao exame. Se o paciente procurou ajuda, es- tar sentimentos íntimos, por conta de suas defesas
pontaneamente, pode-se esperar que tenha uma certa psíquicas3. De qualquer forma, a interação é uma das
preocupação com seu estado e uma predisposição variáveis que influencia a observação, por exemplo, a
maior em colaborar. A situação daquele que foi tra- eclosão de sentimentos de simpatia ou antipatia, pode
zido contra sua vontade é, seguramente bem diversa1. influir no resultado do exame4.

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Semiologia psiquiátrica.

Variáveis do ambiente onde o exame é condu- forma, procura, ativamente, obter dados que lhe per-
zido, também interferem com o mesmo, por exemplo mitam preencher uma história clínica e elaborar um
o local, a duração, a disposição espacial dos partici- exame das funções mentais, seguindo algum roteiro,
pantes e as condições de privacidade. mesmo que não claramente explicitado. Assim, é im-
O conhecimento dessas variáveis e o preparo portante que o psiquiatra tenha sempre presente uma
técnico do entrevistador, contribuem para que ele esti- estrutura de história clínica e exame do estado men-
mule a comunicação do entrevistado com um mínimo tal, que lhe permita dirigir a entrevista, sem perder a
de interferência, permitindo que o campo da entre- dimensão do todo a ser explorado. Um roteiro de ana-
vista seja configurado, fundamentalmente, pela per- mnese e exame psicológico é apresentado na Tabela I.
sonalidade e psicopatologia do entrevistado.
Existem diferentes tipos de entrevistas que, de
uma maneira bastante ampla, poderiam ser agrupadas Tabela I - Tópicos a serem avaliados e registra-
em: abertas, estruturadas e semi-estruturadas. dos na Anamnese Psiquiátrica
Na entrevista aberta, o entrevistador não segue 1. Identificação.
um roteiro rígido e pré-determinado, permitindo que 2. Queixa Principal
o entrevistado fale o mais livremente possível, de tal 3. História da Moléstia Atual.
forma que o curso da entrevista seja por ele determi- 4. Antecedentes - História Médica e Psiquiátrica.
nado2. Este tipo de entrevista permitiria um acesso mais 5. Antecedentes - História Pessoal:
fácil ao material inconsciente, através da observação da a) História Pré-Natal / Nascimento.
ordem em que os assuntos são comunicados, da asso- b) Infância - desenvolvimento.
ciação entre os mesmos, das interrupções, das respos- c) Adolescência.
tas emocionais, etc. Suas principais limitações são: a d) Idade Adulta.
pequena possibilidade de concordância entre diferentes 6. Antecedentes - História Familiar
entrevistadores; a dificuldade para formulação de diag- 7. Personalidade Pré-Mórbida.
nósticos consistentes, em razão da investigação assiste- 8. Exame Físico.
mática dos sintomas; o tempo imprevisível e, muitas 9. Exame Psiquiátrico
Apresentação
vezes, longo para a obtenção de informações.
– Aparência
Nas entrevistas estruturadas, a forma pela qual se – Psicomotricidade
obtém as informações, a seqüência das perguntas e os – Situação da entrevista
registros dos resultados são pré-determinados. Geral- Linguagem e Pensamento
mente, os formulários dessas entrevistas contém glos- – Característica da fala
– Progressão da fala
sários, que procuram descrever, acuradamente, os ter- – Forma do pensamento
mos empregados. A principal vantagem desse tipo de – Conteúdo do pensamento
entrevista é aumentar a confiabilidade do diagnóstico – Capacidade de abstração
psiquiátrico, facilitando a concordância entre diferentes Senso-Percepção
profissionais. Em razão disso, as entrevistas estrutura- Afetividade e Humor
das tem se constituído em importante instrumento para – Tonalidade emocional
– Modulação
as atividades de pesquisa clínica e estudos epidemioló- – Associação pensamento/afeto
gicos5. Pode-se questionar a pequena flexibilidade des- – Equivalentes orgânicos
se tipo de entrevista, o que, em determinadas circuns- Atenção e Concentração
tâncias, poderia prejudicar a colaboração do paciente. – Manutenção
– Focalização
As entrevistas semi-estruturadas, tem um ní- – Desatenção seletiva
vel de estruturação maior ou menor, dependendo da Memória
entrevista, mas permitem sempre uma certa flexibi- – Remota
lidade na seqüência e/ou forma de formular as per- – Recente
guntas. Várias entrevistas semi-estruturadas são pa- – Imediata
dronizadas, estabelecendo os limites dessa flexibili- Orientação
– Autopsíquica
dade. Estas entrevistas, em geral, mantém níveis ele- – Alopsíquica
vados de confiabilidade. Consciência
As entrevistas psiquiátricas habituais, embora Capacidade intelectual
não padronizadas, podem ser consideradas do tipo Juízo Crítico da Realidade
semi-estruturada, porque o entrevistador, de alguma

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A avaliação psiquiátrica começa antes mesmo 2. Queixa principal - origem e motivo do enca-
do início da entrevista, com a observação da expres- minhamento
são facial do paciente, seus trajes, movimentos, ma- Utilizando-se a terminologia do paciente, de-
neira de se apresentar, etc. Como a colaboração do ve-se fazer uma breve descrição sobre o problema atual
paciente é fundamental para a obtenção dos dados, o para o qual ele está buscando ajuda profissional, ou
esforço inicial do entrevistador deve ser no sentido de para o qual foi trazido por outros para o tratamento. É
estabelecer um contacto que permita ao paciente sen- importante observar quem encaminhou, de quem foi a
tir-se à vontade para expor suas dificuldades. O início iniciativa de buscar ajuda e com que objetivo.
da entrevista deve ser pouco diretiva, permitindo a li-
vre expressão do paciente, com interferência mínima 3. História da Moléstia Atual:
do entrevistador e apenas com o objetivo de esclare-
Neste tópico, deve-se avaliar como a doença
cer pontos obscuros do relato. Após a exposição inicial
começou, se existiram fatores precipitantes, como evo-
do paciente, o entrevistador deve adotar um papel mais luiu, qual a gravidade e o impacto da doença sobre a
ativo, conduzindo a entrevista, com tato, para cobrir
vida da pessoa.
todos os aspectos da anamnese. É importante salien-
É importante considerar a descrição detalhada
tar que o entrevistador deve adaptar sua entrevista ao dos sintomas, a freqüência, duração e flutuações dos
paciente e não forçar o paciente a adaptar-se à entre-
mesmos. Ainda, deve-se observar a seqüência crono-
vista6. No decorrer da entrevista, é importante aten-
lógica dos sintomas e eventos relacionados desde as
tar-se não apenas ao que o paciente diz, mas também primeiras manifestações até a situação atual.
à forma como se expressa e ao que faz enquanto fala.
Igualmente importante é a auto-observação do entre-
4. Antecedentes - História Médica e
vistador para suas próprias reações diante do paciente. Psiquiátrica
Na parte final da entrevista, o entrevistador pode fa-
zer perguntas mais diretas para esclarecer os pontos Descrever, em ordem cronológica, as doenças,
que faltem para completar a história psiquiátrica ou o cirurgias e internações hospitalares. Observar o estado
exame do estado mental. Antes de finalizar a entre- atual de saúde, as mudanças recentes de peso, de sono,
vista, o entrevistador deve abrir um espaço para co- hábitos intestinais e problemas menstruais.
mentários adicionais do paciente, esclarecer suas dú- Colher informações sobre medicamentos em uso
vidas e, em seguida, formular sua impressão até aquele e, habitualmente, consumidos verificando dosagem e
momento. Quando necessário, devem ser conduzidas quem prescreveu. Verificar abuso de medicamentos,
entrevistas adicionais e consultas a outras fontes de de drogas e álcool.
informação, tais como, parentes ou conhecidos, sempre Quanto aos antecedentes psiquiátricos levantar
com o prévio conhecimento e anuência do paciente. informações sobre os tratamentos prévios, especifi-
cando há quanto tempo ocorreram, o tipo e a duração
dos mesmos. Verificar a utilização prévia de psicofár-
HISTÓRIA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA macos, especificando tipo e dosagem.
A História Clínica Psiquiátrica ou Anamnese Deve-se incluir, quando for o caso, dados sobre
Psiquiátrica objetiva fornecer elementos para a for- a situação atual de atendimento psiquiátrico, infor-
mulação diagnóstica, incluindo a descrição detalhada mando sobre o tipo de tratamento, duração e a utili-
dos sintomas e a identificação dos fatores predispo- zação de psicofármacos.
nentes, precipitantes e perpetuantes da doença6. Con- É importante estar atento ao significado e aos
siste, ainda, em uma caracterização da personalidade, sentimentos do paciente frente a sua história de doen-
incluindo aspectos relativos ao desenvolvimento, aos ça, o impacto sobre a sua vida, os sistemas de apoio
potenciais e fraquezas1,7. com que conta e as expectativas de recuperação.
Apresentamos, a seguir, uma descrição breve
dos tópicos a serem avaliados e registrados com rela- 5. Antecedentes - História Pessoal:
ção à história. a) História pré-natal/nascimento
1. Identificação: Informações sobre a gestação, o parto e as con-
Nome, sexo, idade, estado civil, grupo étnico, pro- dições do nascimento, incluindo: peso, anoxia, icterí-
cedência, religião, profissão. cia, distúrbio metabólico.

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Semiologia psiquiátrica.

b) Infância e desenvolvimento violação da lei ou dos padrões sociais. Com relação


Descrever: as condições de saúde; os compor- aos irmãos, observar a ordem cronológica de nasci-
tamentos e hábitos com relação ao sono, alimentação; mento. Caso os pais ou irmãos sejam falecidos, espe-
as aquisições de habilidades, incluindo o desenvolvi- cificar a causa da morte e a idade na ocasião.
mento motor, da linguagem e o controle esfincteriano; O ambiente familiar: o nível de interação, os
a vida escolar, abrangendo idade de início da aprendi- padrões de relacionamento dos pais entre si, com os
zagem, o ajustamento, o temperamento, medos, o re- filhos e destes entre si, constitui-se numa informação
lacionamento e interação social. importante.

c) Adolescência 7. Personalidade pré-mórbida


Descrever: os interesses, as aquisições quanto Compreende o conjunto de atitudes e padrões
à vida escolar, a profissionalização ou trabalho, as in- habituais de comportamento do indivíduo, a descri-
terações e o relacionamento com familiares e colegas, ção deve abarcar o modo de ser habitual do paciente,
a sexualidade incluindo a menarca, namoro, a 1ª rela- independente da sua situação de doença. Trata-se de
ção sexual, o uso de drogas ou álcool. É importante uma tarefa complexa e difícil.
observar a atitude frente ao crescimento, os sentimen- Deve englobar os seguintes aspectos: as preo-
tos de isolamento ou depressão e as manifestações de cupações excessivas com ordem, limpeza, pontuali-
delinqüência. dade, o estado de humor habitual, a capacidade de
d) Idade adulta expressar os sentimentos, a maneira como se expressa
habitualmente, o nível de desconfiança e competitivi-
Descrever as situações e as atitudes frente ao
dade, a capacidade para executar planos e projetos e a
trabalho, a vida familiar e conjugal, a sexualidade, os
maneira como reage quando se sente pressionado.
relacionamentos e a situação sócio-econômica.
É importante observar as mudanças de perso-
Quanto ao trabalho é importante observar: o tipo
nalidade com a doença.
de atividade, a evolução, as interrupções, as mudan-
ças, o nível de satisfação e as dificuldades relativas à 8. Exame físico
competência e aos relacionamentos.
A vida familiar e conjugal englobam informa- Deve ser feito de rotina, visando verificar se os
ções sobre os relacionamentos anteriores, as condi- sinais e sintomas estão associados a condições orgâ-
ções do casamento, as características do cônjuge, se- nicas ou psiquiátricas.
parações, a sexualidade, a idade, sexo e as condições
físicas e psicológicas dos filhos.
EXAME DO ESTADO MENTAL
Com relação à sexualidade, colher informações
sobre as experiências sexuais, as dificuldades de rela- O exame do estado mental é uma avaliação do
cionamento, contracepção, gestações e abortos. funcionamento mental do paciente, no momento do
Os relacionamentos englobam a convivência exame, com base nas observações que foram feitas
social nas rotinas de vida, no lazer, na situação fami- durante a entrevista. Assim, ele pode variar de um
liar, de vizinhança e de trabalho. momento para outro, em função de mudanças na
A situação sócio-econômica deve incluir as psicopatologia do paciente. Da mesma forma que o
condições de moradia, as fontes de provisão de recur- exame físico de um paciente com hipertensão arterial,
sos, as dificuldades financeiras e os planos e projetos pode mostrar uma pressão arterial normal, em razão
futuros. do paciente estar medicado, o exame do estado men-
tal de um esquizofrênico pode deixar de apresentar
6. Antecedentes - História Familiar alucinações, pelo mesmo motivo.
Colher informações sobre os pais e irmãos Com o objetivo de facilitar a descrição, o exa-
quanto à idade, sexo, nível educacional, atividade pro- me do estado mental é organizado por áreas (p.ex.,
fissional, características de personalidade, problemas pensamento, senso-percepção, afeto, etc.), embora
de saúde, com destaque aos relacionados com à saúde exista uma grande inter-relação entre estas diferentes
mental. Observar história de adoção, de suicídio e de áreas.

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As partes que compõem o exame do estado men- LINGUAGEM E PENSAMENTO


tal e suas principais alterações, são descritas abaixo:
O examinador tem um acesso indireto ao pen-
samento do paciente, através do discurso do mesmo
APRESENTAÇÃO GERAL
durante a entrevista. Assim, a linguagem e o pensa-
Trata-se de uma descrição da impressão geral mento são avaliadas conjuntamente, nesta parte do
advinda da aparência física, da atitude e conduta do exame, segundo os seguintes aspectos:
paciente na interação com o entrevistador.
1- Características da fala - Deve ser anotado se a
- Aparência - A descrição deve permitir formar uma fala é espontânea, se ocorre apenas em resposta à
imagem sobre o paciente, de forma a reconhecê-lo, estimulação ou não ocorre (mutismo). Descreve-se,
englobando: também, o volume da fala e se ocorre algum defeito
a) aparência quanto à idade e à saúde; na verbalização, tais como: afasia (prejuízo na com-
b) a presença de deformidades e peculiaridades fí- preensão ou transmissão de idéias, através da lin-
sicas; guagem, que é devido à lesões ou doenças nos cen-
c) o modo de vestir-se e os cuidados pessoais, in- tros cerebrais envolvidos com a linguagem8), di-
cluindo ordem, asseio e excentricidades; sartria (incapacidade na articulação das palavras),
d) a expressão facial, através da mímica e en- gagueira, rouquidão, etc.
quanto sinais sugestivos de doença orgânica, de-
pressão, ansiedade, alegria exagerada ou sem mo- 2 - Progressão da fala - Deve ser observada a quanti-
tivo aparente. dade e a velocidade da verbalização do paciente,
durante a entrevista. Algumas alterações possíveis
- Psicomotricidade são listadas abaixo:
a) o comportamento e atividade motora, envolvendo - Linguagem quantitativamente diminuída - o pa-
a velocidade e intensidade da mobilidade geral ciente restringe sua fala ao mínimo necessário,
na marcha, quando sentado e na gesticulação; com respostas monossilábicas ou muito sucin-
b) a atividade motora, incluindo a agitação (hipera- tas, sem sentenças ou comentários adicionais.
tividade) ou retardo (hipoatividade), a presença de - Fluxo lento - são notadas longas pausas entre as
tremores, de acatisia, estereotipias, maneirismos palavras e/ou latência para iniciar uma resposta.
(movimentos involuntários estereotipados), tiques - Prolixidade - o paciente fala muito, discorrendo
(movimentos involuntários e espasmódicos); longamente sobre todos os tópicos, porém ainda
c) a presença de sinais característicos de catatonia dentro dos limites de uma conversação normal.
(anomalias motoras em distúrbios não orgânicos), - Fluxo acelerado - o paciente fala, continuamen-
como flexibilidade cérea (manutenção de postu- te, e com velocidade aumentada. O examinador,
ras impostas por outros), obediência automática, geralmente, encontra dificuldade ou não conse-
resistência passiva e ativa, negativismo (resistên- gue interromper o discurso do paciente.
cia imotivada), estupor (lentificação motora, imo-
3 - Forma do pensamento - neste item, deve ser exa-
bilidade) e catalepsia (manutenção de uma posi-
minada a organização formal do pensamento, sua
ção imóvel).
continuidade e eficácia em atingir um determi-
- Situação da entrevista/interação - Deve-se descre- nado objetivo. Alguns distúrbios observados neste
ver as condições em que a entrevista ocorreu abran- item são:
gendo: - Circunstancialidade - o objetivo final de uma
a) o local; determinada fala é longamente adiado, pela in-
b) a presença de outros participantes e corporação de detalhes irrelevantes e tediosos.
c) intercorrências eventuais - Tangencialidade - o objetivo da fala não chega a
ser atingido ou não é claramente definido. O
Quanto à interação, deve-se descrever a dispo- paciente afasta-se do tema que está sendo dis-
nibilidade e interesse frente à entrevista, destacan- cutido, introduzindo pensamentos aparentemente
do-se: cooperação, oposição, tendência a conduzir a não relacionados, dificultando uma conclusão.
entrevista, indiferença, negativismo frente ao exame. O paciente fala de forma tão vaga, que apesar

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Semiologia psiquiátrica.

da fala estar quantitativamente adequada, pou- B - Logicidade do pensamento, ou o quanto o


ca informação é transmitida (pobreza do con- pensamento pode ser sustentado por dados da reali-
teúdo do pensamento). dade do paciente. Alguns tipos de pensamento ilógico
- Perseveração - o paciente repete a mesma res- são descritos abaixo:
posta à uma variedade de questões, mostrando - Idéias supervalorizadas - o conteúdo do pensa-
uma incapacidade de mudar sua resposta a uma mento centraliza-se em torno de uma idéia parti-
mudança de tópico. cular, que assume uma tonalidade afetiva acen-
- Fuga de idéias - ocorre sempre na presença de tuada, é irracional, porém sustentada com me-
um pensamento acelerado e caracteriza-se pelas nos intensidade que uma idéia delirante.
associações inapropriadas entre os pensamen- - Delírios - crenças que refletem uma avaliação fal-
tos, que passam a serem feitas pelo som ou pelo sa da realidade, não são compartilhadas por ou-
ritmo das palavras (associações ressonantes). tros membros do grupo sócio-cultural do paciente
- Pensamento incoerente - ocorre uma perda na e das quais não pode ser dissuadido, através de
associação lógica entre partes de uma sentença argumentação contrária, lógica e irrefutável1.
ou entre sentenças (afrouxamento de associa- Os delírios podem ser primários, quando não
ções). Numa forma extrema de incoerência, ob- estão associados a outros processos psicológicos,
serva-se uma seqüência incompreensível de fra- p.ex., inserção de pensamento (crê que pensa-
mentos são colocados em sua cabeça), irradia-
ses ou palavras (salada de palavras).
ção de pensamento (acredita que os próprios
- Bloqueio de pensamento - ocorre uma interrup-
pensamentos são audíveis ou captados pelos ou-
ção súbita da fala, no meio de uma sentença.
tros) e secundários, quando vinculados a outros
Quando o paciente consegue retomar o discur-
processos psicológicos( derivados de uma aluci-
so, o faz com outro assunto, sem conexão com a
nação, associados à depressão ou mania)7.
ideação anterior.
Os delírios podem ser descritos em função de seu
- Neologismos - o paciente cria uma palavra nova
grau de organização, em: sistematizados (rela-
e ininteligível para outras pessoas, geralmente
cionados a um único tema, mantendo uma lógica
uma condensação de palavras existentes.
interna, ainda que baseada em premissas falsas,
- Ecolalia - repetição de palavras ou frases ditas
o que pode conferir maior credibilidade) e não
pelo interlocutor, às vezes com a mesma ento- sistematizados (quando envolvem vários temas,
nação e inflexão de voz. são mais desorganizados e pouco convincentes).
4 - Conteúdo do pensamento - Neste item, investi- Os delírios podem ser descritos, também, pelo
gam-se os conceitos emitidos pelo paciente du- seu tema predominante, p. ex., como delírio de
rante a entrevista e sua relação com a realidade. referência (atribuição de um significado pessoal
Deve-se assinalar: a observações ou comentários neutros), perse-
cutório (idéia de que está sendo atacado, inco-
A -Tema predominante e/ou com característi-
modado, prejudicado, perseguido ou sendo ob-
cas peculiares, tais como:-
jeto de conspiração), de grandiosidade (o con-
- Ansiosos - preocupações exageradas consigo mes-
teúdo envolve poder, conhecimento ou importân-
mo, com os outros ou com o futuro.
cia exagerados), somáticos (o conteúdo envolve
- Depressivos - desamparo, desesperança, ideação uma mudança ou distúrbio no funcionamento cor-
suicida, etc. poral), de culpa (acredita ter cometido uma falta
- Fóbico - medo exagerado ou patológico diante ou pecado imperdoável), de ciúmes (acredita na
de algum tipo de estímulo ou situação. infidelidade do parceiro), de controle (acredita
- Obsessivos - pensamentos recorrentes, invasi- que seus pensamentos, sentimentos e ações são
vos e sem sentido, que a pessoa reconhece como controlados por alguma força externa)8.
produtos de sua própria mente e tenta afastá-los
da consciência. Podem ser acompanhados de 5 - Capacidade de abstração - reflete a capacidade
comportamentos repetitivos, reconhecidos como de formular conceitos e generalizações. A inca-
irracionais, que visam neutralizar algum descon- pacidade de abstração é referida como pensamen-
forto ou situação temida (Compulsões)8. to concreto. Este item pode ser avaliado, através

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A. W. Zuardi & S. R. Loureiro

da observação de algumas manifestações espontâ- flutuações do humor e seus componentes somáticos.


neas, durante a entrevista (p.ex., diante da pergunta Considera-se humor a tonalidade de sentimento man-
“como vai” o paciente responde “vou de ônibus”), tido pelo paciente durante a avaliação. Para a avalia-
ou através da solicitação para que o paciente inter- ção desta função considera-se:
prete provérbios habituais para sua cultura. a) o conteúdo verbalizado;
b) o que se observa ou se deduz do tom de voz, da
expressão facial, da postura corporal;
SENSO - PERCEPÇÃO c) a maneira como o paciente relata experimentar os
próprios sentimentos, o que pode requerer um
O examinador deverá avaliar se as sensações e questionamento específico sobre “como os senti-
percepções do paciente resultam da estimulação es- mentos são experimentados”, e
perada dos correspondentes órgãos do sentido. Para d) o relato de oscilações e variações de humor no cur-
isso, pode valer-se de relatos espontâneos de percep- so do dia.
ções alteradas; da observação de comportamentos
sugestivos de percepções, na ausência de estímulos - Tonalidade emocional: avalia-se a tonalidade
externos (conversar consigo mesmo, rir sem motivo, emocional predominante durante a entrevista, ob-
olhar repentinamente em determinada direção, na au- servando-se a presença e a intensidade de manifes-
sência de estímulo aparente); ou, ainda, pode formu- tações de: ansiedade, pânico, tristeza, depressão, apa-
lar perguntas diretas sobre tais alterações (p.ex., “Você tia, hostilidade, raiva, euforia, elação, exaltação,
já teve experiências estranhas, que a maioria das pes- desconfiança, ambivalência, perplexidade, indife-
soas não costumam ter?” “Você já ouviu barulhos rença, embotamento afetivo (virtualmente, sem ex-
ou vozes, que outras pessoas, estando próximas, não pressão afetiva, p. ex. voz monótona, face imóvel8).
conseguiram ouvir?”). As principais alterações da sen-
- Modulação: Refere-se ao controle sobre os afetos,
so-percepção são comentadas abaixo:
deve-se observar a presença de hipomodulação, as-
- Despersonalização: refere-se à sensação de estra-
sociada à rigidez afetiva, caracterizada pela manu-
nheza, como se seu corpo, ou partes dele não lhe
tenção de uma certa fixidez no afeto externalizado,
pertencessem, ou fossem irreais.
e de hipermodulação, associada à labilidade afetiva,
- Desrealização: o ambiente ao redor parece estra-
caracterizada por marcadas oscilações no humor
nho e irreal, como se “as pessoas ao seu redor esti-
manifesto.
vessem desempenhando papéis”.
- Ilusão: interpretação perceptual alterada, resultante - Associação pensamento/afeto: A avaliação da
de um estímulo externo real. relação do conteúdo do pensamento ao afeto mani-
- Alucinações: percepção sensorial na ausência de festo constitui-se em ponto importante, devendo-se
estimulação externa do órgão sensorial envolvido. considerar: o nível de associação / dissociação e a
As alucinações podem ser: auditivas (sons ou vo- adequação / inadequação das manifestações, para tal
zes; as vozes podem dirigir-se ao paciente ou discu- deve-se levar em conta a temática e o contexto na
tirem entre si sobre ele), visuais (luzes ou vultos até qual ela está inserida.
cenas em movimento, nítidas e complexas), táteis - Equivalentes orgânicos: Os equivalentes ou conco-
(toque, calor, vibração, dor, etc.), olfatórias e mitantes orgânicos do afeto devem ser avaliados com
gustativas. As alucinações que ocorrem no estado base nas alterações do apetite, peso, sono e libido.
de sonolência, que precede o sono (hipnagógicas)
É importante observar na avaliação desta a fun-
e no estado semiconsciente, que precede o desper-
ção, a presença de manifestações ou risco de auto e
tar (hipnopômpicas) são associadas ao sono nor-
heteroagressividade, tais como idéias ou planos de
mal e não são, necessariamente, patológicas.
suicídio, ou ainda idéias ou projetos de homicídio ou
agressão voltada para o meio.
AFETIVIDADE E HUMOR Deve-se considerar, ainda, na avaliação desta
função as manifestações relativas a auto-estima, e a
A avaliação do afeto inclui a expressividade, o volição, enquanto a energia que a pessoa está inves-
controle e a adequação das manifestações de senti- tindo e a disposição com a qual está se envolvendo na
mentos, envolvendo a intensidade, a duração, as realização de seus projetos pessoais.

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Semiologia psiquiátrica.

Os sentimentos despertados no avaliador du- ser avaliada, também, através de testes específicos,
rante a entrevista, podem também ser um recurso útil alguns deles bastante simples, e que podem ser intro-
na avaliação do afeto, para tal é necessário que o en- duzidos numa entrevista psiquiátrica habitual. A in-
trevistador seja mais experiente e capaz de perceber vestigação da memória é, particularmente, impor-
os elementos transferenciais. tante quando se suspeita de quadros de etiologia or-
gânica. Habitualmente, divide-se a avaliação da me-
mória em três tipos:
ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO - Memória Remota: avalia a capacidade de recor-
dar-se de eventos do passado, podendo ser avaliada
Na avaliação é considerada a capacidade de durante o relato feito pelo paciente, de sua própria
focalizar e manter a atenção em uma atividade, envol- história.
vendo a atenção/distração, frente aos estímulos exter- - Memória Recente: avalia a capacidade de recor-
nos ou internos. Esta função quando prejudicada in- dar-se de eventos que ocorreram nos últimos dias,
terfere, diretamente, no curso da entrevista, requeren- que precederam a avaliação. Para esta avaliação o
do que o entrevistador repita as perguntas feitas. A examinador pode perguntar sobre eventos verificá-
avaliação pode envolver, além da observação da pró- veis dos últimos dias, tais como: o que o paciente
pria situação de entrevista, a proposição de tarefas/ comeu numa das refeições anteriores, o que viu na
testes simples como: TV na noite anterior, etc.
a) dizer os dias da semana e os meses do ano em uma - Memória Imediata: avalia a capacidade de recor-
dada ordem proposta pelo entrevistador, e dar-se do que ocorreu nos minutos precedentes. Pode
b) realizar cálculos simples. A complexidade das ta- ser testada, pedindo-se ao paciente que memorize
refas deve levar em conta o nível sócio-cultural do os nomes de três objetos não relacionados e depois
paciente avaliado. É importante observar o quanto de 5 minutos, durante os quais se retomou a entre-
a dificuldade está associada à atenção ou relacio- vista normal, solicitando-se que o paciente repita
nada a um distúrbio de ansiedade, do humor ou da esses três nomes.
consciência
- Manutenção prejudicada: dificuldade de manter Ao observar-se uma deficiência de memória é
a atenção focalizada sobre os estímulos mais rele- importante, para alguns diagnósticos diferenciais, ve-
vantes do meio, desviando a atenção para os estí- rificar-se como o paciente lida com ela, ou seja: tem
mulos irrelevantes e exigindo intervenções do en- uma reação catastrófica, diante da deficiência; nega
trevistador para manter a atenção focalizada nos es- ou tenta não valorizar o déficit de memória; preenche
tímulos principais. lacunas de memória com recordações falsas
(confabulação).
- Focalização prejudicada: dificuldade de focali-
zar a atenção sobre os estímulos mais relevantes
do meio, não atendendo às intervenções do entre- ORIENTAÇÃO
vistador.
- Desatenção Seletiva: desatenção frente a temas A avaliação envolve aspectos auto e alopsíquicos.
que geram ansiedade. - Autopsíquica: Os aspectos autopsíquicos se ca-
racterizam pelo reconhecimento de si envolvendo:
a) saber o próprio nome;
MEMÓRIA
b) reconhecer as pessoas do seu meio imediato, atra-
vés de seu nome ou de seu papel social e
A memória começa ser avaliada durante a ob-
tenção da história clínica do paciente, com a verifica- c) saber quem é o entrevistador.
ção de como ele se recorda de situações da vida pre- - Alopsíquica: Com relação aos aspectos alopsiquícos
gressa, tais como, onde estudou, seu primeiro empre- são avaliados:
go, perguntas sobre pessoas significativas de sua vida a) a orientação no tempo, englobando saber infor-
passada, tratamentos anteriores, etc. A memória pode mar - o ano, o mês, o dia da semana, o período do

51
A. W. Zuardi & S. R. Loureiro

dia, ou ainda a estação do ano, ou marcos tempo- ções como pensamento, atenção - concentração, ou
rais como Natal/ Carnaval/ Páscoa; ainda a não aquisição de habilidades, em função de
b) a orientação no espaço envolve saber informar baixa escolaridade ou de experiência em um meio só-
onde se encontra no momento, nomeando o lu- cio-cultural pobre.
gar, a cidade e o estado. Na situação de entrevista deve ser observado:
o vocabulário, sua propriedade e nível de complexi-
dade, e a capacidade de articular conceitos, de abs-
CONSCIÊNCIA trair e generalizar.

Neste item, deve ser registrado o nível de cons- - Prejuízo intelectual: Para a avaliação deste item,
ciência do paciente, dentro do contínuo que vai desde a observação da situação de entrevista, pode ser
o estado de consciência plena (percebe o que ocorre complementada com a proposição de atividades
a sua volta e responde à essa percepção) até o coma como:
(não responde à estimulação em diferentes graus). Esta a) perguntas que avaliam as informações sobre as-
avaliação decorre do contacto com o paciente durante suntos ou temas gerais (por exemplo, quem é o
a entrevista. Algumas alterações de consciência são Presidente da República);
descritas abaixo: b) a resolução de problemas aritméticos (por exem-
- Sonolência: lentificação geral dos processos idea- plo, quanto receber de troco em uma situação de
cionais, com predisposição para dormir, na ausên- compra e venda);
cia de estimulação. c) a leitura de textos escritos comentando a com-
- Obnubilação da consciência: diminuição do ní- preensão dos mesmos. É importante observar o
vel de vigília, acompanhado de dificuldade em fo- nível sócio-cultural do paciente na seleção das
calizar a atenção e manter um pensamento ou com- atividades e na complexidade das mesmas.
portamento objetivo.
- Deterioração: Deve-se estar atento à presença de
- Estupor: permanece em mutismo e sem movimen- uma deterioração global, com prejuízo no funciona-
tos, com preservação relativa da consciência. mento intelectual, sem obnubilação da consciência
- Delirium: quadro agudo caracterizado por diminui- no caso de demência (disfunção cerebral orgânica)
ção do nível de vigília, acompanhado de alterações ou pseudodemência (depressão).
cognitivas (desorientação, déficits de memória) ou A avaliação psicodiagnóstica, através dos tes-
perceptuais (ilusões e alucinações). tes específicos de inteligência, deve ser solicitada
- Estado crepuscular: estreitamento da consciên- quando foi observado na entrevista a presença de
cia, podendo manter comportamentos motores rela- déficits específicos.
tivamente organizados, na ausência de um estado
de consciência plena. Ocorre, predominantemente,
em estados epilépticos. JUÍZO CRÍTICO DA REALIDADE

Esta avaliação deve ser feita durante a obten-


CAPACIDADE INTELECTUAL ção da história do paciente, sendo os testes formais
de pouca utilidade. Objetiva verificar se as ações do
A avaliação desta função, de forma empírica paciente são determinadas por uma avaliação coe-
na situação de entrevista, envolve uma estimativa do rente da realidade, do ponto de vista do funciona-
nível de desempenho intelectual esperado, em fun- mento mental e da capacidade adaptativa, incluindo
ção da escolaridade e do nível sócio-cultural, en- o nível realista dos projetos e da avaliação das pró-
quanto capacidade de compreensão e integração de prias realizações. Considera-se que o juízo crítico
experiências. da realidade está alterado, por exemplo, quando as
Trata-se de uma função complexa, pois seu com- decisões do paciente são determinadas por delírios
prometimento pode refletir o prejuízo de outras fun- ou alucinações.

52
Semiologia psiquiátrica.

ZUARDI AW & LOUREIRO SR. Psychiatric semiology. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 44-53, jan./mar. 1996.

ABSTRACT: The main objective of this article is to introduce undergraduate students, especially
of medicine, in the practice of psychiatric semiology. The authors discuss the psychiatric interview as
the essential way for assessment of the psychiatric patient. The article provides an outline of a psychiatric
history and of the component parts of the mental status examination, including: appearance; speech
and thought; perceptual disturbances; affect and mood; attention and concentration; memory;
orientation; consciousness; intelligence; and reality judgment.

UNITERMS: Medical History Taking. Psychiatry. Physician - Patient Relations. Mental Status

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5 - DEL PORTO JA. Visão geral sobre os instrumentos para
obtenção de informações (entrevistas estruturadas e
1 - KAPLAN HI & SADOCK BJ Compêndio de psiquiatria di- semi-estruturadas). Rev. ABP/APAL, 8 (Supl):18-24,
nâmica. Artes Médicas, Porto Alegre, p. 153-181, 1984: Diag- 1986.
nóstico e psiquiatria: o exame do paciente psiquiátrico.
6 - DRATCU L. O exame do paciente psiquiátrico. In: ALMEIDA
2 - BLEGER J. Temas de psicologia: Entrevista e grupos OP; DRATCU L & LARANJEIRA R ed. Manual de psiquiatria.
7. reimp. Martins Fontes, São Paulo, p. 9-41, 1995: A en- Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, p. 5-21, 1996
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vestigação. 7 - SCHEIBER SC The psychiatric interview, psychiatric history,
and mental status examination. In: HALES RE; YODOESKY
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na prática clínica. Artes Médicas, Porto Alegre, p. 15-62, 1981: of psychiatry. 2th. ed, American Psychiatric Press, Washington,
Princípios gerais da entrevista. p.187-219, 1994.

4 - MUCCHIELLI R. A entrevista não diretiva 2. ed. Martins 8 - AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and
Fontes, São Paulo, p. 30-37, 1994: A situação de entrevista e statistical manual of mental disorders. 4th. ed. American
suas variáveis específicas. Psychiatric Association, Washington, 1994.

Recebido para publicação em 04/03/96

Aprovado para publicação em 14/03/96

53
Rotina de Avaliação
do Estado Mental
Aristides Volpato Cordioli
Heloisa Helena Zimmermann
Félix Kessler

INTRODUÇÃO
O exame do estado mental é a pesquisa sistemática de sinais e sintomas de
alteraões do funcionamento mental, durante a entrevista psiquiátrica. As
informações são obtidas através da observação direta da aparência do
paciente, da anamnese, bem como do relato de familiares e outros informantes
como atendentes, amigos, colegas ou até mesmo autoridades policiais.
O exame do estado mental não deve ser realizado apenas pelos psiquiatras,
mas deve fazer parte do exame clínico do paciente, independente da sua
morbidade. É essencial não só para o diagnóstico de possíveis transtornos
psiquiátricos, como pode também oferecer indícios importantes de transtornos
neurológicos, metabólicos, intoxicações ou de efeitos de drogas.
Para fins didáticos e de forma arbitrária, divide-se o funcionamento mental
em funções na seguinte ordem: Consciência, Atenção, Sensopercepção,
Orientação, Memória, Inteligência, Afetividade, Pensamento, Juízo Crítico,
Conduta e Linguagem. Além da facilidade mnemônica (CASOMI APeJuCoL), esta
ordenação proporciona maior facilidade no diagnóstico de síndromes específicas
através da observação de grupos de funções alteradas. O primeiro grupo,
CASOMI, destaca as Síndromes Cerebrais Orgânicas, por exemplo, nos estados
de delirium estão alteradas as primeiras quatro funções: Consciência, Atenção,
Sensopercepção e Orientação; e nos casos de Demência, a Memória e a
Inteligência. O segundo grupo (APeJuCoL), por sua vez, altera-se nas
Síndromes Psicóticas e nos Transtornos do Humor.
Esta revisão pretende explicar de forma clara e sucinta cada uma das funções
mentais, conceituando-as, descrevendo a forma como avaliá-las bem como
suas alterações. Também serão destacados os transtornos nos quais as funções
mentais quais estão alteradas com mais freqüência.

1 - ASPECTOS DO PACIENTE NA ENTREVISTA


INICIAL
Inicia-se com uma descrição sumária sobre o local onde se realiza a
entrevista (hospital, posto de saúde, consultório particular). Em seguida,
descreve-se o motivo pelo qual está sendo realizada (avaliação para internação
hospitalar ou tratamento ambulatorial, diagnóstico, consultoria), seguindo-se de
impressões sobre o paciente registradas pelo entrevistador:

1.1- APARÊNCIA:

Deve-se observar o modo do paciente de andar, sua postura, roupas, adornos


e maquiagem utilizados, sua higiene pessoal, cabelos alinhados ou em
desalinho, atitude (amigável ou hostil), humor ou afeto predominante,
modulação afetiva, sinais ou deformidades físicas importantes, idade aparente,
as expressões faciais e o contato visual. O ideal é que seja feita uma descrição
precisa, de maneira que o leitor possa visualizar a aparência física do paciente
no momento do exame. Uma postura encurvada pode sugerir afeto triste, assim
como desleixo no modo de vestir-se. Já o uso de roupas estravagantes e o
excesso de adornos fazem pensar em mania ou características histéricas de
personalidade. Uma pessoa com uma doença crônica ou com um grande
sofrimento (por exemplo: depressão) pode aparentar uma idade maior do que a
real, enquanto que pacientes hipomaníacos, histriônicos ou hebefrênicos podem
parecer mais jovens. Pouco contato de olhar pode indicar vergonha, ansiedade
ou dificuldade de relacionamento. É útil a comparação das características de
aparência do paciente com os indivíduos de mesma idade, profissão e condição
socioeconômico, assim como a obtenção de informações com familiares a
respeito de mudanças em relação a aparência anterior da pessoa.

1.2- ATIVIDADE PSICOMOTORA E COMPORTAMENTO:

A atividade psicomotora refere-se a maneira como a atividade física se


relaciona com o funcionamento psicológico, considerando os aspectos
quantitativos e qualitativos do comportamento motor do paciente.Um paciente
em agitação psicomotora caminha constantemente, não consegue ficar quieto e
freqüentemente apresenta pressão para falar e ansiedade. Outros sintomas
comuns são rabiscar, balançar pés ou pernas, cruzar e descruzar
freqüentemente as pernas, roer unhas, ficar enrolando o cabelo, etc, em padrão
acelerado. O retardo psicomotor é caracterizado por uma lentificação geral dos
movimentos, da fala e do curso do pensamento, usualmente acompanhado de
humor deprimido. Também ocorrem: respostas monossilábicas, aumento na
latência das respostas, manutenção da mesma posição por longo tempo, pouca
gesticulação, expressão facial triste ou inexpressiva. A atividade psicomotora
pode ser normal, retardada ou acelerada, assim como podem ocorrer sintomas
catatônicos ou de agitação. Consideram-se, ainda, outras formas de distúrbios
específicos (que ocorrem em estados psicóticos), como movimentos
estereotipados, maneirismos, negativismo (fazer o oposto do que está sendo
requisitado), ecopraxia (imitar os movimentos de outra pessoa) e flexibilidade
cérea (manter certa posição desagradável por horas apesar do aparente
desconforto).É interessante que se descreva o tipo de atividade que o paciente
apresentou durante a entrevista ao invés de apenas classificá-lo, por exemplo,
"o paciente permaneceu imóvel durante toda a sessão" informa melhor do que
apenas "o paciente apresenta grave retardo psicomotor".

1.3- ATITUDE FRENTE AO EXAMINADOR:

Freqüentemente os pacientes são inicialmente reservados, limitando-se a


responder as perguntas do examinador. Alguns são mais abertos, fornecendo
mais dados e informações ricas a partir de menos perguntas. Outros são
reticentes, fechados e até desconfiados, por vergonha, falta de vontade ou
medo de contar suas experiências pessoais. Também podem ser hostis, numa
tentativa de envergonhar ou humilhar o examinador; bajuladores, para agradar
o entrevistador; ou sedutores. Ainda, podem ser ambivalentes, ou seja,
apresentarem simultaneamente emoções aparentemente incompatíveis,
positivas e negativas, em relação ao médico. Assim, a atitude frente ao
examinador pode ser amigável, cooperativa, irônica, hostil, defensiva, sedutora
ou ambivalente. Aqui também é interessante que, além de classificar a atitude
do paciente frente ao examinador, se realize uma descrição sumária da parte
do relato do paciente que fez o médico pensar em tal atitude (dar um exemplo).

1.4- COMUNICAÇÃO COM O EXAMINADOR (atividade verbal):

Devem ser descritas as características da fala do paciente, em termos de


quantidade, velocidade e qualidade de produção. Dessa forma, o tipo de
comunicação pode ser descrito como normalmente responsivo, loquaz,
taciturno, prolixo, volúvel, não espontâneo. A verbalização pode ser rápida,
lenta, tensa, hesitante, emotiva, monótona, forte, sussurrada, indistinta.
Também podem ser incluídos aqui defeitos da fala, como gagueira e tiques
vocais, como ecolalia.

1.5- SENTIMENTOS DESPERTADOS:

O entrevistador deve relatar a impressão emocional geral transmitida pelo


paciente, ou seja, os sentimentos despertados em sua pessoa pelo paciente.
Geralmente são sentimentos de tristeza, pena, irritação, desejo de ajudar. Tais
dados podem ser uma importante pista para a psicopatologia subjacente.
Destaca-se, ainda, que este item é intimamente relacionado com a aparência
do paciente.

2 - FUNÇÕES MENTAIS

2.1- CONSCIÊNCIA

a - Conceito:

É o estado de lucidez ou de alerta em que a pessoa se encontra, variando da


vigília até o coma. É o reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo em
determinado momento, e a capacidade de responder aos seus estímulos. Não
se deve confundir com o sentido "moral" da palavra (superego), que envolve o
julgamento de valores; nem com o conceito psicodinâmico (consciente e
inconsciente); nem com o sentido de autocrítica.

b- Avaliação:

Observar as reações do paciente frente aos estímulos, se sua reação é rápida


ou lenta; se se mostra sonolento ou não. No caso de lucidez, percebe-se
através da própria conversa com o paciente, porém, se houver alguma
alteração devem-se utilizar estímulos verbais e/ou táteis. Na clínica geral usa-
se também a escala de Glasgow, a qual avalia alterações no nível de
consciência usando basicamente os parâmetros de: abertura ocular, resposta
verbal e resposta motora a estímulos.

c- Alterações:

Obnubilação/sonolência: está alterada a capacidade de pensar claramente,


para perceber, responder e recordar os estímulos comuns, com a rapidez
habitual. O paciente tende a cair em sono quando não estimulado. Às vezes
é necessário falar alto ou tocá-lo para que compreenda uma pergunta.

Confusão: caracterizada por um embotamento do sensório, dificuldade de


compreensão, atordoamento e perplexidade, juntamente com
desorientação, distúrbios das funções associativas e pobreza ideativa. O
paciente demora a responder aos estímulos e tem diminuição do interesse
no ambiente. A face de um doente confuso apresenta uma expressão
ansiosa, enigmática e às vezes de surpresa. É um grau mais acentuado que
a obnubilação.

Estupor: estado caracterizado pela ausência ou profunda diminuição de


movimentos espontâneos, mutismo. O paciente somente responde a
estímulos vigorosos, após os quais retorna ao estupor.

Coma: há abolição completa da consciência; o paciente não responde


mesmo aos estímulos externos (dolorosos), ou internos (fome, frio,
necessidades fisiológicas, outros).

Hiperalerta: estado no qual o paciente encontra-se ansioso, com


hiperatividade autonômica e respostas aumentadas aos estímulos. Pode
ocorrer em conseqüência ao uso de drogas (anfetaminas, cocaína),
abstinência (benzodiazepínicos), ou no stress pós-traumático.

d- Transtornos mais comuns:

A obnubilação ocorre freqüentemente em pacientes que sofrem traumatismos


cranianos ou processos infecciosos agudos. Pode, ainda, ser efeito colateral de
álcool ou drogas. A confusão ocorre na fase aguda de algumas doenças
mentais, nas doenças associadas a fatores tóxicos, infecciosos ou traumáticos,
na epilepsia, e em situações de grande estresse emocional. Observa-se o
estupor na esquizofrenia (catatônico), em intoxicações, doenças orgânicas,
depressão profunda, reações epilépticas e histéricas.

2.2- ATENÇÃO:

a - Conceito:
A atenção é uma dimensão da consciência que designa a capacidade para
manter o foco em uma atividade. Designa, ainda, o esforço voluntário para
selecionar certos aspectos de um fato, experiência do mundo interno (p.e.
memórias), ou externo, fazendo com que a atividade mental se volte para eles
em detrimento dos demais.

b- Avaliação:

Vigilância: designa a capacidade de voltar o foco da atenção para os


estímulos externos. Pode estar: aumentada - hipervigil - podendo haver,
neste caso, um prejuízo da atenção para outros estímulos; ou diminuída -
hipovigil - quando o paciente torna-se desatento em relação ao meio. A
melhor forma de avaliar a atenção é através da observação durante a
entrevista.

Tenacidade: capacidade de manutenção da atenção ou de uma tarefa


específica. Deve-se observar a capacidade de prestar a atenção às
perguntas durante a entrevista, sem estar constantemente distraíndo-se.
Pode-se pedir ao paciente para bater na mesa toda vez que se diga a letra
A, entre uma série de letras aleatórias como K,D,A,M,X,T,A,F,O,K,L,
E,N,A,... Grava-se o tempo e o número de erros.

Concentração: é a capacidade de manter a atenção voluntária em processos


internos do pensamento ou em alguma atividade mental. O teste formal
para a avaliação da concentração é o da subtração consecutiva do número 7
a partir do número 100. Para pacientes com défcit cognitivo ou QI abaixo de
80 utiliza-se uma série de 3 números a partir de 20. Se o paciente já
realizou o teste muitas vezes, altera-se os números para 101 ou 21, para
evitar que tenham sido decorados.

c- Alterações

Desatenção: incapacidade de voltar o foco para um determinado estímulo.

Distração: incapacidade de manter o foco da atenção em determinado


estímulo.

d- Transtornos mais comuns:

A desatenção ocorre em depressões, demências, delirium, efeito adverso de


medicamentos, Transtornos de Déficit de Atenção. A distração ocorre em
depressões, mania, retardo mental, etc. São comuns os estados: hipo ou
hipervigil e hipo ou hipertenaz.

2.3- SENSOPERCEPÇÃO:
a - Conceito:

Designa a capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se


apresentam aos órgãos dos sentidos. Os estímulos podem ser: auditivos,
visuais, olfativos, táteis e gustativos.

b- Avaliação:

A sensopercepção é investigada através da entrevista com o paciente.

c- Alterações:

Ilusões: ocorrem quando os estímulos sensoriais reais são confundidos ou


interpretados erroneamente; geralmente ocorrem quando há redução de
estímulos ou do nível de consciência (delirium); por exemplo, um cinto é
percebido como uma cobra, miragens no deserto (enxerga-se água nas dunas).
Dismegalopsias: são ilusões nas quais os objetos ou pessoas tomam tamanho
e/ou distâncias irreais; nas macropsias os objetos parecem mais próximos e
maiores; nas micropsias, parecem menores e mais distantes. Ocorrem em
descolamento de retina, distúrbios de acomodação visual, lesão temporal
posterior e intoxicações por drogas.

Alucinações: ocorre a percepção sensorial na ausência de estímulo externo.


Tipos de alucinações:

Visuais: As alucinações visuais são mais características de transtornos


mentais orgânicos, especialmente em estados de delírium e podem ser
amedrontadoras. Podem também ocorrer no luto normal (visão da pessoa
falecida), em depressões psicóticas (ver-se dentro de um caixão).
Hipnagógicas: ocorrem imediatamente antes de dormir e sua ocorrência,
quando ocasional, é normal, porém, experiências repetidas representam
invasões do sono REM na consciência; Hipnopômpicas: precedem o acordar,
geralmente nos estados semicomatosos.

Auditivas: (as mais comuns) são classificadas tanto como elementares


(ruídos) ou complexas (vozes ou palavras). São comumente relatadas por
pacientes psicóticos (transtorno afetivo bipolar (TAB), esquizofrenia), mas
também ocorrem nas Síndromes Cerebrais Orgânicas (SCO). Alguns
pacientes, nos estágios iniciais de surtos psicóticos ouvem seus próprios
pensamentos falando em voz alta ("echo de la pensée"). Mais adiante as
vozes perdem o contato com a pessoa, parecendo vir de fora, fazendo
comentários sobre o comportamento do paciente ou discutindo sobre ele na
terceira pessoa. As alucinações auditivas podem ser congruentes com o
humor como por exemplo: "mate-se", para um paciente depressivo, ou
incongruentes com o humor (Schneiderianas).

Táteis: são geralmente referidas como picadas de insetos na pele


(formigamentos) e ocorrem na intoxicação por cocaína, por anfetaminas,
em psicoses e delirium tremens devido à abstinência do álcool. Pacientes
esquizofrênicos podem apresentar sensações estranhas: orgasmos
produzidos por objetos ou seres invisíveis. Devem ser distinguidas do
aumento da sensibilidade (hiperestesia) e da sua diminuição (hipoestesia).
Podem ocorrer em doenças de nervos periféricos e na histeria.

Vestibulares: alucinações relacionadas com o equilíbrio e localização do


indivíduo no espaço. Ex: sensação de estar voando, comumente vistas em
situações orgânicas, como o delirium tremens e psicoses pelo uso de
alucinógenos.

Olfativas: exemplo: se uma mulher possui baixa auto-estima, pode


preocupar-se com o odor vaginal e interpretar que outras pessoas estão
percebendo seu mau cheiro. Em crises parciais complexas, de origem no
lobo temporal, alucinações olfativas de tinta ou borracha podem representar
auras.

De presença: sensação de presença de outra pessoa ou ser vivo que


permanece invisível. Nas alucinações extra campinas o indivíduo vê objetos
fora do campo sensorial (atrás de sua cabeça), enquanto que na autoscopia,
o paciente visualiza ele próprio projetado no espaço.

Somáticas: experiências sensoriais irreais envolvendo o corpo do paciente


ou seus órgãos internos (sentir o fígado apodrecido).

Tipos específicos de alucinações: Cinestesias: escutar cores, cheirar músicas;


Pseudoalucinações: são reconhecidas, percebidas como irreais;
Despersonalização: esquisita impressão de que o corpo está mudando, perda da
identidade corporal, com sensação de estranheza em relação a ele;
Desrealização: sensação de que o ambiente está mudando ou mudou, parece
irreal, como se fosse um filme, é comum em esquizofrênicos.

d- Transtornos mais comuns: transtornos psicóticos (principalmente


esquizofrenia) e Síndromes Cerebrais Orgânicas.

2.4- ORIENTAÇÃO:

a - Conceito:

Capacidade do indivíduo de situar-se no tempo, espaço ou situação e


reconhecer sua própria pessoa.

b- avaliação:

Tempo: pode-se perguntar ao paciente qual é a hora aproximada, dia


da semana, do mês, mês, ano, estação e há quanto tempo ele está
no hospital.
Espaço: o paciente deve ser capaz de descrever o local onde se
encontra (consultório, nome do hospital), o endereço aproximado, a
cidade, o estado, o país, sabendo também quem são as pessoas à
sua volta.
A própria pessoa: deve-se perguntar dados sobre o paciente, como
nome, data de nascimento, profissão e o que faz no hospital. Estas
informações devem ser conferidas através de uma fonte confiável,
como um familiar hígido.
Demais pessoas: deve ser capaz de identificar seus familiares,
amigos próximos e pessoal que o atende (médicos, enfermeiras,
auxiliares, etc.).

c- Alterações:

Quando um paciente fica desorientado, após um quadro de delirium, por


exemplo, a primeira noção de orientação perdida é em relação ao tempo,
depois espaço e por último (e raramente) em relação a si próprio. A
recuperação se dá de maneira inversa: inicialmente o paciente orienta-se em
relação à própria pessoa, posteriormente em relação ao espaço e por fim ao
tempo.

Desorientação: pode ser influenciada por alterações na atenção e consciência.

d- Transtornos mais comuns:

Síndromes Cerebrais Orgânicas, psicoses afetivas, esquizofrenia.


Pacientes com transtornos psicóticos (por exemplo: TAB ou esquizofrenia) não
são tipicamente desorientados, embora, pela apatia, eles possam ter falhas no
desempenho das rotinas diárias. Já o paciente que sofre de alguma doença
orgânica, caracteristicamente está desorientado. Na Síndrome Cerebral
Orgânica os pacientes freqüentemente mostram flutuação na orientação
conforme a hora do dia (piora à noite), podendo ocorrer total desorientação
com o aumento da gravidade.
Nos Transtornos Dissociativos (fuga) ocorre uma amnésia psicogênica, de
maneira que o indivíduo não sabe o seu nome, ou outros dados de identificação
ou a identidade das pessoas de seu ambiente, nem o local de onde é
proveniente ou reside.

2.5- MEMÓRIA:

a - Conceito:

É a capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar e reconhecer objetos,


pessoas e experiências passadas ou estímulos sensoriais. São fixados na
memória fatos ou situações que quando ocorreram provocaram emoções
associadas: prazer, medo, etc, ou que foram significativas para a pessoa. Ao
ser evocada, a lembrança pode trazer a emoção a ela associada. A memória
fotográfica ou automática é a mais fiel, que reproduz exatamente o registro dos
fatos, mesmo que a pessoa não os tenha compreendido. A memória lógica
recorda o significado essencial das experiências, sem sua reprodução fiel. As
memórias auditiva e visual ocorrem conforme a maior facilidade em reter o que
se vê ou se ouve. A memória é ainda dividida em memória declarativa ou
verbal (de fatos, eventos, nomes de pessoas) ou procedural: de habilidades ou
procedimentos. A primeira é acessível à consciência ao contrário da segunda
que não éexpressa em palavras e é inconsciente, ou implícita.
Funcionalmente as áreas encefálicas responsáveis pela memória podem ser
divididas em: área de registro (córtex cerebral), área de consolidação ou
retenção (hipocampo), área de armazenamento (lobo temporal) e área de
recuperação(dorso medial do tálamo).
Para fins de avaliação divide-se a memória em: sensorial, que recebe a
informação dos órgãos dos sentidos e a retém por breve período de tempo (0,5
segundos); imediata, responsável pelo registro de informações ouvidas nos
últimos 15 a 20 segundos; recente, que divide-se em de curto prazo (5-10min)
e de longo prazo (mais de 30 min); e remota, que é a responsável pela
retenção permanente de informação selecionada. Esta seleção da memória
remota é feita em função do significado emocional e é mais facilmente evocada
quando a pessoa está em situação semelhante à ocasião inicial.

b- Avaliação:

Memória imediata: pode-se pedir ao paciente para repetir uma


seqüência de números com 3, 4, 5, 6 e 7 algarismos, ou mencionar 3
objetos não relacionados, como "pente, rua e azul" do
"MiniMentalState Examination" (MMSE), e pedir para repetir
imediatamente; pode-se fazer o "Span de Palavras".
Memória recente (passado recente): a) de curto prazo: pode-se
solicitar ao paciente que guarde três palavras ("pente, rua e azul" do
MMSE) e que as repita 5 minutos após; b) de longo prazo: indaga-se
ao paciente sobre o que comeu no café da manhã ou na janta na
véspera, ou o que fez no último fim-de-semana. Pode-se usar o teste
Memória remota (passado remoto): solicita-se que o paciente fale de
eventos importantes com a respectiva data no passado (nascimento,
aniversário, casamento, nascimento dos filhos, onde cresceu,
estudou, últimos 3 presidentes).

c- Alterações e Transtornos mais comuns:

Amnésia: incapacidade parcial ou total de evocar experiências


passadas.
Amnésia imediata: geralmente existe um comprometimento cerebral
agudo.
Amnésia anterógrada: o paciente esquece tudo o que ocorreu após
um fato ou acidente importante. Ex: traumatismo craniano, distúrbio
dissociativo (histeria).
Amnésia retrógrada: esquecimento de situações ocorridas
anteriormente a um trauma, doença ou fato importante.
Amnésia lacunar: esquecimento dos fatos ocorridos entre duas datas.
Por exemplo: não se lembra o que fez no ano de 1995, o ano da sua
separação. Eventualmente, o paciente pode preencher estas lacunas
com inverdades ou situações não ocorridas, sem dar-se conta. A isto
se dá o nome de confabulação, freqüente em pacientes com
Demência.
Amnésia remota: esquecimento de fatos ocorridos no passado.
Pacientes idosos com algum grau de demência.

Classificação das Amnésias:

a-pela extensão:

-parciais: esquecimento de um nome, um local, uma língua;

-total: perda total das lembranças;

b-pelo mecanismo:

-de fixação: por falta de reações lógicas, referenciais cronológicos e


memorização;

-de evocação ou psicógena: por inibição emocional da evocação;

-conservação: por extinção definitiva das lembranças antigas demais;

c-paramnésias:

-déjà vu: sensação de familiaridade com uma percepção efetivamente


nova.

-jamais vu: sensação de estranheza em relação a uma situação familiar.

d-hipermnésia: capacidade aumentada de registrar e evocar os fatos.

2.6- INTELIGÊNCIA:

a - Conceito:

Capacidade de uma pessoa de assimilar conhecimentos factuais,


compreender as relações entre eles e integrá-los aos conhecimentos já
adquiridos anteriormente; de raciocinar logicamente e de forma abstrata
manipulando conceitos, números ou palavras. Capacidade de resolver situações
novas com rapidez e com êxito mediante a realização de tarefas que envolvam
a apreensão de relações abstratas entre fatos, eventos, antecedentes e
consequnecias, etc.
Idade Mental é o nível intelectual médio de determinada idade. Binet elaborou
uma equação que permite expressar a capacidade intelectual de um sujeito em
Coeficiente de Inteligência (QI), através da avaliação com testes padronizados.
Segundo a teoria das inteligências múltiplas identificam-se sete tipos de
inteligência: lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésico-
corporal, interpessoal e intrapessoal. Ainda conforme Gardner, cada tipo de
inteligência é um sistema genético ativado por informação interna ou externa
que possui uma certa plasticidade, de modo que certas capacidades intelectuias
podem ser ampliadas a partir de estímulos apropriados. Observam-se pessoas
com níveis diferentes de inteligências, por exemplo "inteligência abstrata"
(lógico-matemática, espacial), em que a pessoa tem habilidade para lidar com
símbolos; "concreta" (cinestésico-corporal), com objetos ou situações; "social",
habilidade com lingüística inter e intrapessoal.

b- Avaliação:

É importante coletar informações sobre o desenvolvimento e rendimento


escolar do paciente: idade de ingresso na escola, se repetiu algum ano,
dificuldades em matérias específicas, dificuldade de leitura e escrita, quando
parou os estudos, por que motivo (se por dificuldade em acompanhar). Para
avaliar ("grosseiramente") o rendimento intelectual, pode-se questionar a
capacidade do paciente de adaptar-se ao meio e a novas situações, aprender
com a experiência, desenvolver atividades coerentes com um objetivo, utilizar
pensamento abstrato (incluindo conceitos abstratos, como liberdade, amor) e
resolver problemas do cotidiano.
A inteligência pode ser inferida através do desempenho intelectual durante o
exame e através de perguntas como: o troco em dinheiro para 6,37 quando se
deu 10,00; multiplicar 2 X12; 2X24;2X48; 2X96; distância aproximada entre
duas capitais; nome do presidente do país e os últimos dois que o
antecederam; informações sobre programas populares de televisão ou esportes.
Além disso, é possível avaliar os conhecimentos gerais com perguntas sobre
geografia ou fatos relevantes da história, estando-se sempre atento ao nível
cultural do paciente. Se a deficiência é grosseiramente aparente, informações
históricas podem ser utilizadas para verificar se ela esteve sempre presente
(deficiência mental) ou desenvolveu-se a partir de certa idade (demência).
Quando houver dúvida sobre o nível de inteligência do paciente, deve-se
encaminhá-lo para a testagem psicológica, onde a padronização das perguntas
e respostas permite uma avaliação acurada do seu QI.
O vocabulário e o desempenho nos testes de abstração dependem não
somente da capacidade intelectual, mas também da idade, ambiente social e
nível educacional. Por exemplo: a presença de bom vocabulário e capacidade
para abstração, apesar de primeiro grau incompleto, indicam inteligência acima
da média. Se o vocabulário e a capacidade para abstração são pobres, deve-se
considerar a privação social. Na ausência deste fator, especialmente se o
entrevistado tem educação universitária, cogita-se comprometimento
intelectual por algum distúrbio orgânico.
A capacidade de abstração deve ser avaliada através da solicitação de
interpretação de provérbios e metáforas ("Quem não tem cão, caça com gato";
"Mais vale um pássaro na mão que dois voando"; Não se tira leite de pedras );
e da comparação de objetos semelhantes e diferentes (maçã e laranja, criança
e anão, mentira e engano).
c- Alterações e Transtornos mais comuns:

Deficiência mental: atraso ou insuficiência de desenvolvimento


intelectual (QI inferior a 70), com interferência no desempenho social
e ocupacional. É classificado como leve (classe espacial), moderado
(escola especial), grave e severo.1
Demência: deterioração global e orgânica do funcionamento
intelectual sem alteração no nível de consciência.1 Freqüentemente é
acompanhada de: distraibilidade; déficit de memória; dificuldade em
cálculos; alteração no humor e afeto; prejuízo no julgamento e
abstração; e dificuldades com a linguagem.
Abstração: interpretação concreta de provérbios, por exemplo:
"Quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras no telhado do
vizinho", resposta: "O vidro quebrará!".

2.7- AFETIVIDADE e HUMOR:

a - Conceito:

É a experiência imediata e subjetiva das emoções sentidas pelo paciente em


relação ao que o cerca, abrangendo desde sentimentos em relação a pessoas e
ambientes até lembranças de fatos, situações, ou pessoas do passado, bem
como expectativas sobre o futuro.
Humor é a tonalidade de sentimento predominante, e mais constante, que
pode influenciar a percepção de si mesmo, e do mundo ao seu redor. Afeto é a
experiência da emoção subjetiva e imediata, ligada a idéias ou representações
mentais e que pode ser observada pelas suas manifestações objetivas: alegre,
triste, embotado, expansivo, lábil, inapropriado. Em outras palavras, humor se
refere à emoção predominante, mais constante, enquanto afeto é a sua
expressão, o que se observa, sendo mais flutuante.
O normal, para qualquer tipo de afeto, é que ocorra uma variação na
expressão facial, tom de voz e gestos, denotando um espectro de intensidade
na emoção expressada (de superficial a profunda). Da mesma forma, é normal
que ocorram variações no humor.
Deve ser descrito o tom predominante durante a entrevista, sendo eutímico o
paciente que está com o afeto/humor normal.

b- Avaliação:

A avaliação da afetividade e do humor é feita ao longo da entrevista,


observando-se a expressão facial do paciente, sua postura, o conteúdo afetivo
predominante no seu relato (tristeza, euforia, irritabilidade, etc), o tipo de afeto
que transmite e que desperta no entrevistador. Fala-se em afeto achatado,
aplainado ou embotado nos casos de severa redução na expressão afetiva, e
grandiosidade ou expansão nos casos de exagero na valorização das próprias
capacidades, posses ou importância. Deve ser observado se o paciente comenta
voluntariamente ou se é necessário pedir para que informe como se sente. É
muito importante considerar a adequação das respostas emocionais do
paciente, sempre levando em conta o contexto do conteúdo do pensamento em
que se inserem (por exemplo: a raiva é adequada em um delírio paranóide).
Em casos de disparidade entre o afeto e o conteúdo do pensamento diz-se que
o afeto está inapropriado ou incongruente.
O entrevistador deve considerar as diferenças culturais na expressão afetiva,
como por exemplo: não considerar um inglês com afeto aplainado nem um
italiano ou grego eufórico ou colérico.2

c- Alterações:

Ansiedade e sintomas autonômicos de ansiedade; medo e tensão;


irritabilidade, raiva, ódio, desprezo, hostilidade; labilidade afetiva (rápidas
alternações de afetos opostos); incontinência emocional (deixar transparecer
todas emoções que sente, geralmente sendo estas intensas); indiferença
afetiva ou "la belle indiference" (ocorre uma restrição importante na saúde ou
vida do paciente, como não conseguir movimentar um membro, e a reação
deste é praticamente indiferente); afeto inapropriado ou incongruente (em
relação ao que está sendo relatado); afeto hipomaníaco e maníaco, exaltado,
expansivo: euforia e êxtase (sendo este sentimento desproporcional às
circunstâncias); afeto deprimido: tristeza, desesperança, baixa auto-estima e
sentimentos de culpa; apatia, afeto achatado ou embotado (resposta emocional
diminuída ou indiferente às alterações dos assuntos).

d- Transtornos mais comuns:

Transtorno Afetivo Bipolar (tristeza e euforia intercaladas); Esquizofrenia


(afeto embotado, inapropriado); Transtornos de Ansiedade (medo e
ansiedade); Demência (labilidade).

2.8- PENSAMENTO:

a - Conceito:

É o conjunto de funções integrativas capazes de associar conhecimentos


novos e antigos, integrar estímulos externos e internos, analisar, abstrair,
julgar, concluir, sintetizar e criar.

O pensamento é avaliado em três aspectos: produção (ou forma), curso e


conteúdo.

A produção refere-se a como o paciente concatena as idéias, em que


seqüência, se segue ou não as leis da sintaxe e da lógica. O normal é que a
produção do pensamento seja lógica (ou coerente), isto é, clara e fácil de seguir
e entender. Diz-se que é ilógica quando a seqüência não segue as leis da lógica
formal, ou seja, ocorrem inferências falsas ou indevidas; e que é mágica
quando não obedece as leis da realidade, tempo e espaço, envolvendo sorte,
misticismo, poder a distância, força do pensamento para provocar ações, etc.
O curso caracteriza-se pela quantidade de idéias que vêm ao pensamento,
podendo ser de abundante a escassa; e pela velocidade com que as idéias
passam pelo pensamento, de modo que o curso pode ser rápido, lentificado ou
estar completamente bloqueado.
O conteúdo do pensamento são as idéias propriamente ditas, sua conexão
ou não com a realidade, refletindo ou não aspectos reais do mundo externo ou
interno. A principal preocupação é a presença de idéias que sugiram que o
paciente possa apresentar um perigo para si ou para outros (por risco de
suicídio, agressão, homicídio), o que reflete prejuízo no teste de realidade e no
juízo crítico. Por isso, em qualquer entrevista inicial deve-se perguntar
ativamente, mas de forma sensível sobre ideação suicida, homicida e de
agressão. O conteúdo do pensamento expressa as preocupações do paciente,
que podem ser idéias supervalorizadas, idéias delirantes, delírios, preocupações
com a própria doença, problemas alheios, obsessões, fobias, etc.

b- Avaliação:

Em uma amostra do discurso do paciente, ou seja, durante a entrevista,


observa-se a produção, o curso e o conteúdo do seu pensamento. Na avaliação
da produção (ou forma) do pensamento observa-se se o paciente tem um
discurso coerente, se segue as leis da sintaxe, se a inferência de conclusões é
lógica, e se as associações entre as idéias fazem sentido. Deve-se considerar a
cultura do paciente ao avaliar-se o conteúdo de seu pensamento, uma vez que
crenças compartilhadas por uma comunidade são vistas como naturais entre
seus membros e não como um sintoma. Por exemplo, acreditar que a
sexualidade de uma pessoa foi enfeitiçada, como por "voodoo", e que um
homem não readquirirá sua potência até que o feitiço seja desfeito não é
necessariamente um delírio. Desta forma é preciso conhecer detalhadamente a
cultura e religião dos pacientes em avaliação para que não se identifiquem
falsos sinais e sintomas.

c- Alterações:

o Produção: ilógica (irreal, difícil ou impossível de seguir a linha de


raciocínio, desagregado); mágica (misticismo, poderes, influência a
distância) DSM;
o Curso: lento; acelerado; com fuga de idéias (associação de palavras de
maneira inapropriada, com base em seu significado, p.e. branco-preto-
caixão); perda de associações (o paciente se perde no meio do discurso,
sem saber sobre o quê vinha falando); tangencialidade (não ocorre
aprofundamento nos assuntos, o paciente detém-se em detalhes e tem
dificuldade de falar sobre o ponto de interesse em si);
circunstancialidade (conta coisas desnecessárias, detalhes, ao invés de
chegar ao ponto em questão); bloqueio do pensamento (parada súbita e
inesperada de seus pensamentos, quando vinham fluindo normalmente,
na ausência de ansiedade; é extremamente raro); perseveração (ocorre
a permanência no mesmo assunto, mesmo que se tente mudar o tópico,
o paciente, sem se dar conta, retoma sempre o determinado assunto);
pobreza do pensamento; associação por rimas (semelhante à fuga de
idéias, porem apenas em relação aos sons, p.e. maquinista-fascista)2, 3,
4,CID;
o Conteúdo: delírio ou idéia delirante (idéia falsa ou crença irreal com
impossibilidade de conteúdo, certeza extraordinária, não compartilhado
por outros com a mesma cultura, religião e na mesma sociedade, e
impossibilidade de remover esta certeza pela lógica; podem ser, p.e., de
inserção, irradiação ou roubo do pensamento); idéias supervalorizadas
(crença exagerada, como desconfiança, implicância gratuita); idéias de
referência (sensação inevitável de que outras pessoas e meios de
comunicação referem-se a si, podendo ser interpretações de palavras ou
ações, com crítica de que este sentimento origina-se no próprio
paciente); pobreza (pouca informação, repetições vazias, vago);
obsessões (idéias, imagens ou impulsos repetitivos desagradáveis que
entram involuntariamente na mente do paciente que não consegue
livrar-se delas). Quanto à temática das idéias supervalorizadas ou
delirantes (e delírios), elas podem ser persecutórias ou paranóides (está
sendo seguido, observado, procurado, vitimizado, traído), de grandeza,
desvalia, ruína, infidelidade, erotomania, controle, etc.Tipos específicos
de delírios: Bizarro (crença absurda, totalmente implausível, estranha e
falsa); Niilista (o próprio paciente ou outros estão mortos, não existem
ou acabaram); Capgras (os familiares foram trocados por impostores);
Cotard (as pessoas são bonecos).

d- Transtornos mais comuns:

Esquizofrenia; mania; hipocondria (preocupação exagerada com a própria


saúde, interpretação exagerada de sinais e sintomas, crença irreal de que é
portador de uma doença grave), TOC (exagerar o risco ou poder do
pensamento).

2.9- JUÍZO CRÍTICO:

a - Conceito:

É a capacidade para perceber e avaliar adequadamente a realidade externa e


separá-la dos aspectos do mundo interno ou subjetivo. Implica separar
sentimentos, impulsos e fantasias próprios, de sentimentos e impulsos de
outras pessoas. Refere-se, ainda, à possibilidade de autoavaliar-se
adequadamente e ter uma visão realista de si mesmo, suas dificuldades e suas
qualidades. A capacidade de julgamento é necessária para todas as decisões
diárias, para estabelecer prioridades e prever conseqüências.
Os distúrbios do julgamento podem ser circunscritos a uma ou mais áreas,
como dinheiro ou sexualidade, mantendo as demais áreas adequadas.
Insight é uma forma mais complexa de juízo. Envolve um grau de
compreensão do paciente sobre si mesmo, seu estado emocional, sua doença e
as conseqüências desta sobre si, pessoas que o cercam e sua vida em geral. O
insight é reconhecido como um importante mecanismo de mudança psíquica
nas psicoterapias em geral e em especial nas psicoterapias de orientação
analítica. O insight emocional leva o paciente a uma mudança em sua
personalidade ou padrão de comportamento, de modo que este conhecimento
altera suas ações e experiências no futuro. Diferentemente, no insight
intelectual não ocorrem alterações na personalidade ou comportamento, o
paciente continua igual, não tira proveito do novo conhecimento para uma
melhora.

b- Avaliação:

A partir da entrevista geralmente tem-se uma boa idéia a respeito da


capacidade de julgamento e insight. Porém, nas ocasiões em que permanecem
dúvidas pode-se fazer perguntas objetivas, como o que o paciente faria se
encontrasse uma carta endereçada e selada na rua, sendo a resposta adequada
a de colocar em uma caixa de correio.

c- Alterações:

Falar coisas inapropriadas; ser inconveniente; gastar mais do que pode; não
medir conseqüências; não se dar conta da gravidade da doença; não
reconhecer limitações.

d- Transtornos mais comuns:

Transtornos de Personalidade; Demência; estados psicóticos (TAB,


Esquizofrenia).

2.10- CONDUTA:

a - Conceito:

São os comportamentos observáveis do indivíduo: comportamento motor,


atitudes, atos, gestos, tiques, impulsos, verbalizações, etc.

b- Avaliação:

A partir da observação do paciente durante a entrevista, de perguntas


objetivas ou de entrevistas com os familiares, pesquisa-se dados sobre os
hábitos do paciente, como o que costuma fazer todos os dias e em situações
especiais (maneira como se diverte, trabalha, convive socialmente); procura-se
observar a movimentação do paciente (lento ou agitado), a forma como se
expressa atavés da anamnese; e procura-se alterações, indagando sobre o uso
de drogas, roubos, tentativa de suicídio, hostilidade, compulsões, impulsos,
comportamentos agressivos, rituais, vida sexual, relacionamentos
interpessoais, etc.

c- Alterações:
Inquietação, agitação (hiperatividade, aumento de energia) ou retardo
(hipoatividade, diminuição do interesse por atividades, lentificação dos
movimentos e da fala) psicomotores; agressividade, sadismo, masoquismo;
comportamento catatônico (ficar parado, sem qualquer movimento durante
horas, mesmo em posição desagradável, podendo alternar-se com
hiperatividade), bizarro (fazer coisas absurdas ou estranhas, como revirar lixo)
ou autista (concentrado em si mesmo e independente do mundo ao seu redor);
negativismo (fazer o contrário do que é solicitado); tiques e cacoetes;
comportamento histriônico (sentimentos expressos de forma exagerada e
dramática); risos imotivados; uso/abuso de álcool e drogas, fissura (ou
"craving", perda do controle em busca do uso de SPA), roubo, vandalismo,
exposição ao perigo; jogo, compras/gastos, comer compulsivos ou excessivos;
mesquinhez; anorexia; tentativa de suicídio, suicídio, homicídio; aumento ou
diminuição da atividade sexual, parafilias; tricotilomania; impulsividade;
compulsões (urgência irresistível de realizar um ato motor aparentemente sem
motivo, repetitivo, estereotipado, reconhecido como sem significado; rituais,
limpeza e ordem exagerados, evitações); somatizações, estados dissociativos
(sintomas físicos persistentes sem explicação plausível), estados de transe;
dimuição das habilidades sociais (não se dar conta que está se comportando
mal em público), piora dos cuidados pessoais (higiene), isolamento social
(evitar encontros com amigos, familiares); aparência excêntrica (diferente do
seu grupo sociocultural, com roupas, ornamentos, postura ou trejeitos muito
discrepantes).1,2,3,4,CID

d- Transtornos mais comuns:

Transtorno de Personalidade Antissocial (conduta impulsiva, uso de SPA, RA,


RH); Depressão (retardo psicomotor, RS, TS, negativismo); Mania (aceleração,
inquietude, RA, gastos excessivos, hiperatividade sexual); Esquizofrenia
(bizarra, catatônica, risos imotivados, RA, RS, RH, piora das habilidades
sociais); "Novelty Seeker"; T Alimentar; TP Borderline, TOC, Fobias.

2.11- LINGUAGEM:

a - Conceito:

É a maneira como a pessoa se comunica, verbal ou não verbalmente,


envolvendo gestos, olhar, expressão facial ou por escrito.

b- Avaliação:

Costuma-se dar mais ênfase à fala, avaliando-se a quantidade (loquaz,


prolixo, taciturno, não-espontâneo ou normal), velocidade ou fluxo
(verbalização rápida, lenta, hesitante, monótona) e qualidade (gagueira,
ecolalia). Também é interessante se observar o volume (alto ou baixo), a
gramática e sintaxe, e o vocabulário ou escolha de palavras, o que possibilita a
realização de inferências sobre a organização do pensamento e cognição.
c- Alterações:

Podem ser encontradas na comunicação oral, escrita e mímica, espontânea


ou em resposta.Exemplos: disartria (dificuldade na articulação da palavra),
gagueira, bradilalia (falar muito devagar), taquilalia (falar muito rápido),
ecolalia (repetir as últimas palavras do interlocutor), afasia (não conseguir
falar), logorréia (não parar de falar), mutismo (ficar completamente quieto),
vulgaridade (usar vocabulário de baixo calão), coprolalia (uso de palavras
obcenas); disgrafia (escrever palavras incorretamente); alterações da mímica
facial (ausência, exagero, tiques). Neologismos (invenção de palavras com
significados particulares para o paciente), salada de palavras e associação por
rimas refletem um processo de pensamento desgregado.

d- Transtornos mais comuns:

Gilles de la Tourette, Esquizofrenia, SCO e intoxicação por drogas (afasia,


disartria), Mania (taquilalia e logorréia).

3 - FUNÇÕES PSICOFISIOLÓGICAS

3.1- SONO: Insônia inicial, terminal, ou no meio da noite; hipersonia;


sonambulismo; terror noturno; apnéia do sono; alterações do ciclo sono-vigília
(SCO, Demência), diminuição da necessidade de sono (Mania).1,DSM,CID

3.2- APETITE: Aumento ou diminuição, com ou sem alteração no peso


(considerar variações maiores que 5% do peso usual). 1,DSM,CID

3.3- SEXUALIDADE: diminuição ou aumento do desejo ou da excitação


(depressão e mania); incapacidade de atingir o orgasmo; parafilias; ejaculação
precoce, retardada, vaginismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

O1-Osório, CMS. Semiologia, Psicopatologia e Diagnóstico.


Manuscrito não publicado, Porto Alegre, 1991.

1-KAPLAN, HI; SADOCK, BJ. Comprehensive Textbook of


Psychiatry IV. vI, 6th ed, Williams & Wilkins, USA, 1995.
2-MACKINNON, RA; YUDOFSKY, SC. A Avaliação Psiquiátrica na
Prática Clínica. Cap 2: O Exame Clínico do Paciente. p48-93. Artes
Médicas, Porto Alegre, 1988.

3-AKISKAL, HS. Diagnosis in Psychiatry and the Mental Status


Examination. In:WINOKUR, G; CLAYTON, P eds. The Medical Basis
of Psychiatry. WB Saunders, USA, 1986.

4-FLAHERTY, JA; CHANNON, RA; DAVIS, JM. Psiquiatria -


Diagnóstico e Tratamento. Artes Médicas, Porto Alegre, 1990.

5-BROPHY, JJ. Psychiatric Disorders. in SCHROEDER, SA;


TIERNEY, LM; McPHEE, SJ; KRUPP, MA, EDS. Current - Medical
Diagnosis and Treatment. Appleton and Lange, USA, 1992.

6-OTHMER, E; OTHMER, SC. The Clinical Interview using DSM-III-


R. American Psychiatric Press, 1984, USA.

7-HALES, RE; YUDOFSKY, SC; TALBOTT, JA. Talbott - Textbook of


Psychiatry. American Psychiatric Press, 1994, USA.

8-Glossário de Definições dos Sintomas - PSE. Londres, 1983.

CID-ICD-10 Simptom Glossary for Mental Disorders. Division of


Mental Health - World Health Organization, Geneva, 1994.

DSM- American Psychiatric Association : Diagnostic and Statistical


Manual of Mental Disorders. 4th ed, Washington DC, APA, 1994.

K1-KAPLAN, HI; SADOCK, BJ. Comprehensive Glossary of


Psychiatry and Psychology. Williams & Wilkins, USA, 1991.

F1-Mielnik, I. Dicionário de Termos Psiquiátricos.


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ORIENTAÇÕES PARA O Nome do paciente:

EXAME PSIQUIÁTRICO
Registro: Sexo: Data de Nasc:

PROCEDIMENTOS
1. Coleta de dados sóciodemográficos, histórico de saúde e biografia do paciente
2. Exame do Estado Mental
a) A avaliação geral da pessoa (Aspecto, Postura/atitudes, Nível de consciência)
b) O exame clínico das funções mentais
3. A avaliação de funções psicofisiológicas

1. Dados sóciodemográficos, histórico de saúde e biografia do paciente

Identificação: nome, sexo, idade, estado civil, grupo étnico, procedência, religião;
Queixa Principal: motivo do atendimento; acrescentar a descrição na linguagem do paciente;
História da Moléstia atual: início dos sintomas, frequencia, duração e flutuações dos mesmos. Descrever na
sequencia cronológica dos sintomas e eventos;
Pré- Natal/ Nascimento: gestação, parto, condições do nascimento (incluindo peso, anóxia, icterícia, distúrbio
metabólico);
Desenvolvimento na Infância, Adolescência e Idade Adulta: condições de saúde; desenvolvimento motor, da
linguagem e o controle esfincteriano, vida escolar, relacionamentos, sexualidade, relacionamento conjugal, etc.
História Médica e Psiquiátrica: internações, cirurgias, doenças, tratamentos, medicamentos utilizados;
Histórico Familiar: fazer genograma e ecomapa, descrever histórico de doenças, histórias de suicídio, violação da lei,
funcionamento social;
Personalidade Pré-Mórbida: atitudes e padrões de comportamento (ex.; competitividade, preocupações com
limpeza, humor habitual, capacidade de expressar sentimentos, etc.);
Situação sócio-econômica: classe alta, média alta, média baixa, baixa, pobreza absoluta;
Condições de habitação (moradia): água encanada, energia elétrica, esgoto sanitário e coleta de lixo;
Estrutura e funcionamento familiar: equilibrada, conflitos freqüentes, apoio;
Grau de sociabilidade: lazer e atividades sociais;
Escolaridade:
Trabalho: ocupação/profissão;
Tabagismo, Etilismo e outras drogas: Tipo, quantidade, início, motivação para parar, quando parou;
Atenção a situações especiais:
- Luto: Tristeza por uma perda importante. Tem curso previsível (cerca de um ano) no ser humano saudável.
- Transtornos de adaptação: angústia, desconforto emocional depressão e estresse reativos à necessidade de
adaptação por mudanças importantes e impactantes de vida (Ex.: divórcio, separação dos filhos, mudança de casa,
escola, país, etc.). São mais intensos nas crianças, adolescentes e idosos, pessoas adultas intolerantes às
frustrações e imaturas. Tem início em até 30 dias após o evento perturbador/modificador da vida da pessoa.
Cursa com humor lábil, impaciência, irritabilidade, desgaste emocional, sensação de desânimo. Pode causar
alterações na atividade laboral.
ORIENTAÇÕES PARA O Nome do paciente:

EXAME PSIQUIÁTRICO
Registro: Sexo: Data de Nasc:

2. Exame do Estado Mental

A. Avaliação geral da pessoa


 Aparência: modo de andar, o tipo das roupas, adornos, maquiagem utilizados, higiene pessoal, cabelos alinhados
ou em desalinho.
 Posturas e atitudes na situação do exame: relação e a atitude perante o entrevistador. (Ex.: cooperante,
indiferente, passivo, fóbico, agressivo, petulante, cabisbaixo, dissimulado, inseguro, histriônico, sedutor, dentre
outros). Deve existir fundamentação sobre o que levou à conclusão.

B. Exame das funções mentais


Para o completo exame clínico das funções mentais deve ser observado:

Avaliação do
Funções mentais Características e funções mentais a serem avaliadas
paciente
NÍVEL DE É o estado de lucidez em que a pessoa se encontra. Inclui o
CONSCIÊNCIA reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo em determinado
momento, e a capacidade de responder a estímulos.
- Vigil: Apresenta abertura ocular espontânea, estado alerta e
responsivo.
- Sonolência: Lentificação dos processos ideacionais.
- Torpor: Está dormindo, exceto quando estimulado.
- Coma: não pode ser acordado.
ESTADO ORIENTAÇÃO: avaliar
COGNITIVO: - Orientação autopsíquica: em relação à Pessoa: Pergunte a respeito de
- orientação, seus dados pessoais e investigue se reconhece familiares e as pessoas
- atenção, com as quais esta em contato.
- memória - Orientação alopsíquica: orientação quanto ao Tempo e Espaço
-inteligência. ATENÇÃO: capacidade para centrar-se em uma atividade. O seu exame
envolve observar: a vigilância, a tenacidade e a concentração.
- Vigilância: compreende a manutenção de um foco de atenção para
estímulos externos. Pode estar aumentada (hipervigilante) e
diminuída (hipovigilante).
- Tenacidade: capacidade de manter-se em uma tarefa específica.
- Concentração capacidade de manter a atenção voluntária, em
processos internos de pensamento ou em alguma atividade mental.
Para a sua observação, pode-se pedir que se subtraia,
consecutivamente, o número 7, a partir do 100 (Mini Exame do
Estado Mental - MEEM).
MEMÓRIA: capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar e reconhecer
objetos, pessoas, experiências ou estímulos sensoriais. Sua análise
engloba a avaliação das memórias imediata, recente e remota.
- Memória imediata: que cobre os últimos 5 minutos.
- Memória recente: engloba os últimos dias e horas.
- Memória remota: desde os primeiros anos de vida.
ORIENTAÇÕES PARA O Nome do paciente:

EXAME PSIQUIÁTRICO
Registro: Sexo: Data de Nasc:

INTELIGÊNCIA: conjunto de habilidades cognitivas resultante dos


diferentes processos intelectivos. Inclui raciocínio, planejamento,
resolução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de idéias
complexas, aprendizagem rápida e aprendizagem a partir da
experiência.Para avaliação, utiliza-se de comparação com a média
esperada para o grupo sócio-cultural e para a faixa etária do indivíduo.
Avaliar:
- Raciocínio lógico;
- Capacidade de fazer contas;
- Dificuldades em estudar;
- Capacidade de abstração: capacidade de formular conceitos e idéias,
compará-los, relacioná-los. Observe se o paciente recorre a analogias
e metáforas. (pode ser avaliada a compreensão de provérbios);
- Capacidade de generalização: perguntar sobre grupos de coisas,
animais.
- Juízo crítico: capacidade de perceber e avaliar adequadamente a
realidade externa e separá-la dos aspectos do mundo interno ou
subjetivo. Inclui a aptidão para auto-avaliação adequada e uma visão
realista de si mesmo.
PENSAMENTO Conjunto de funções integrativas capazes de associar conhecimentos
novos e antigos, integrar estímulos externos e internos, analisar,
abstrair, julgar, concluir, sintetizar e criar. O pensamento é avaliado, por
meio da linguagem, nos seguintes aspectos:
- FORMA: Relação e nexo das idéias entre si. Avalie:
- Coerência: construção das frases em relação à sintaxe;
- Logicidade: pensamento fundado na realidade.
- Circunstancialidade: alteração na qual há expressão do
pensamento por meio de detalhes irrelevantes e redundantes,
porém paciente consegue chegar ao objetivo;
- Tangencialidade: o objetivo nunca é alcançado, ou não é
claramente definido; embora o paciente fique sempre próximo ao
que seria sua meta;
- Fuga de idéias: associações tênues ou livres
- FLUXO: velocidade com que as idéias passam pelo pensamento
(acelerado, lentificado, adequado, ou bloqueado).
- CONTEÚDO: neste item investiga-se os conceitos emitidos pelo
paciente e sua relação com a realidade. Avaliar:
- Conteúdo predominante
- Preocupações;
- Obsessões;
- Ideação suicida ou homicida;
- Presença de delírios (falsa crença não compartilhada por membros
do grupo sócio-cultural).nestes casos, deve ser elucidado o
conteúdo do delírio.
LINGUAGEM É o modo de se comunicar. Envolve linguagem verbal, gestos, olhar,
ORIENTAÇÕES PARA O Nome do paciente:

EXAME PSIQUIÁTRICO
Registro: Sexo: Data de Nasc:

expressão facial e escrita. A linguagem falada é o principal ponto de


observação.
- Quantidade: pode demonstrar um indivíduo em mutismo,
monossilábico, prolixo, não espontâneo, etc.
- Velocidade: pode ser rápida, lenta, hesitante, latência para iniciar
respostas.
- Qualidade: conteúdo do discurso (pobre, elaborado), alterações na
articulação das palavras, neologismo (criação de novas palavras),
ecolalia (repetição da última ou das últimas palavras dirigidas ao
paciente).
- Volume: alto ou baixo.
SENSOPERCEPÇÃO Designa a capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se
apresentam aos órgãos dos cinco sentidos. Quando alterada pode
manifestar-se através de:
- Ilusões: Ocorrem quando os estímulos sensoriais reais são
confundidos ou interpretados erroneamente. Ex.: confundir a
imagem de uma pessoa com outra.
- Alucinações: Ocorrem quando há percepção sensorial na ausência de
estímulo externo (percepção sem objeto). Ex.: ouvir vozes sem que
haja estímulo auditivo. Obs: Estar atento a sinais sugestivos de
alucinações, mesmo quando o cliente as nega.
- Despersonalização: alteração na percepção de si próprio,
manifestada por sentimentos de estranheza ou irrealidade.
- Desrealização: alteração na percepção do meio ambiente.
HUMOR / AFETO - HUMOR: estado emocional de longa duração, interno, não dependente
de estímulos externos. É a tonalidade de sentimento predominante.
Pode influenciar a percepção de si mesmo, e do mundo ao seu redor.
- AFETO: experiência imediata e subjetiva das emoções sentidas em
relação à situação. Inclui a manifestação externa da resposta
emocional do paciente a eventos.
Avalia-se o humor/afeto pela expressão facial, gestos, tonalidade
afetiva da voz, conteúdo do discurso e psicomotricidade, choro fácil,
risos imotivados, etc.
Avaliar:
- Qualidade do afeto: tristeza, culpa, alegria, vergonha, etc.
- Modulação do afeto: hipermodulação, hipomodulação,
embotamento, rigidez;
- Tonalidade afetiva: hipotimia (sintomas depressivos), hipertimia
(euforia), disforia (tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada).
PSICOMOTRICIDADE Integração das funções motrizes e mentais sob o efeito da educação e
do desenvolvimento do sistema nervoso. Avaliar:
- Velocidade e intensidade da mobilidade geral na marcha, quando
sentado e na gesticulação.
- Agitação ou retardo
- Acatisia (movimento de “amassar barro”);
ORIENTAÇÕES PARA O Nome do paciente:

EXAME PSIQUIÁTRICO
Registro: Sexo: Data de Nasc:

- Maneirismos (movimentos involuntários estereotipados);


- Tiques (movimentos involuntários e espasmódicos).
- Presença de sinais de catatonia (obediência automática, flexibilidade
cérea).

3. Avaliação de funções psicofisiológicas

Sono: número de horas/dia, satisfação, sono diurno, insônia (demora a ser iniciado, sono intercalado, período curto
de sono), hipersonia, sonambulismo, etc.
Apetite/ dieta: avaliar:
Alimentação quantitativa e qualitativamente
Avaliar aumento ou diminuição de peso
Sexualidade: avaliar:
diminuição ou aumento do desejo sexual; incapacidade de experimentar o prazer; ejaculação precoce ou retardada,
necessidade de obter informações sobre o assunto, sexo seguro, planejamento familiar, etc.
Exame Físico

4. REFERIR A IMPRESSÃO SOBRE A FIDELIDADE DAS INFORMAÇÕES


Descrever as condições nas quais a entrevista foi realizada:
- local, privacidade, duração;
- colaboração do paciente na entrevista;
- presença de outras pessoas na entrevista;
- referir impressões sobre possíveis simulações.

5. EVOLUÇÃO DURANTE O SEGUIMENTO


Anotações de evolução do paciente devem contemplar os seguintes aspectos:
- Dias de Internação ou número do atendimento;
- Avaliação do estado geral do paciente, queixas objetivas e aspectos subjetivos observados;
- Intercorrências;
- Intervenções propostas e realizadas;
- Discussão em equipe e/ou orientações médicas;
- Evolução dos sintomas relatados pelo paciente por ocasião da admissão ou inicio do seguimento; (evidenciar se há
incidência novos sintomas ou remissão de sintomas anteriormente apresentados);

6. REFERÊNCIAS
ZUARDI, A. W.; LOUREIRO, S. R.; Semiologia Psiquiátrica. Medicina, Ribeirão Preto. 29: 44-53. Jan/mar. 1996.
TABORDA, J. G. V; Rotinas em Psiquiatria. Ed. ARTMED (Biomedicina).
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008, 440p.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Serviço de Neurologia
Ambulatório de Neurologia Geriátrica e Demências

Instruções de Aplicação

Mini Exame do Estado Mental – MEEM

(Mini Mental State Exam – Folstein et al, 1975)


MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)

ORIENTAÇÃO
* Qual é o (ano) (estação) (dia/semana) (dia/mês) e (mês). 5
* Onde estamos (país) (estado) (cidade) (rua ou locala) (andar). 5
REGISTRO
* Dizer três palavras: PENTE RUA AZUL. Pedir para 3
prestar atenção pois terá que repetir mais tarde. Pergunte
pelas três palavras após tê-las nomeado. Repetir até que
evoque corretamente e anotar número de vezes: ____
ATENÇÃO E CÁLCULO
5
* Subtrair: 100-7 (5 tentativas: 93 – 86 – 79 – 72 – 65)
Alternativo1: série de 7 dígitos (5 8 2 6 9 4 1)
EVOCAÇÃO
* Perguntar pelas 3 palavras anteriores (pente-rua-azul) 3
LINGUAGEM 2
*Identificar lápis e relógio de pulso 1
* Repetir: “Nem aqui, nem alí, nem lá”. 3
* Seguir o comando de três estágios: “Pegue o papel com a
mão direita, dobre ao meio e ponha no chão”. 1
* Ler ‘em voz baixa’ e executar: FECHE OS OLHOS 1
* Escrever uma frase (um pensamento, idéia completa) 1
* Copiar o desenho:

TOTAL:

a Rua é usado para visitas 1Alternativo é usado quando o entrevistado erra JÁ na primeira tentativa, OU
domiciliares. acerta na primeira e erra na segunda. SEMPRE que o alternativo for utilizado, o
Local para consultas no escore do item será aquele obtido com ele. Não importa se a pessoa refere ou
Hospital ou outra instituição! não saber fazer cálculos – de qualquer forma se inicia o teste pedindo que faça
a subtração inicial. A ordem de evocação tem que ser exatamente à da
apresentação!
1. ORIENTAÇÃO
* Qual é o (ano) (estação) (dia/semana) (dia/mês) e (mês).
* Onde estamos (país) (estado) (cidade) (rua ou local) (andar).

Instrução: Pedir ao paciente que diga o ano, estação do ano, o dia da semana, o dia do mês e o mês no qual

nos encontramos. Não dar dicas. Quanto às estações do ano, nos estados do Sul do Brasil, é possível utilizar

estações do ano, já que estas são bem marcadas e há forte influência na cultura para as datas que separam

todas as estações do ano. Nas demais regiões do Brasil, há versão publicada por pesquisadores de São Paulo

com item substituto.

*** Utilizamos rua para visitas domiciliares (quando espera-se que o paciente saiba realmente seu endereço) e

local para visitas hospitalares ou em outras instituições.

Não há necessidade de confirmar ao paciente se está correto ou não, apenas passe ao próximo item.

2. REGISTRO
* Dizer três palavras: PENTE RUA AZUL. Pedir para prestar atenção, pois terá que repetir mais tarde. Pergunte pelas
três palavras após tê-las nomeado. Repetir até que evoque corretamente e anotar número de vezes: ____

Instrução: Dizer as 03 palavras pausadamente e com dicção clara. Estas palavras devem ser sempre as

mesmas. O estudo de validação diagnóstica (sensibilidade) desta versão para demência, feito com outros

testes cognitivos, verificou várias características lingüísticas das palavras até chegar nestas três, mantendo-se

fiel aos critérios de escolha das encontradas na versão original do Mini Mental em inglês.

O paciente deve repetir após. Registrar o número de palavras evocadas. Quando o paciente não evoca as 03

palavras, deve-se repetir pedindo que o mesmo preste bem atenção e repita novamente. Não se registra o

escore desta vez (o escore do item é o da 1ª evocação). Quando o paciente não evoca as 3 palavras nesta 2ª

tentativa, deve-se repetir novamente as 3 palavras para que ele as repitas. Fazer isto até 5 vezes e registrar o

número de repetições (é preciso ter certeza que o paciente adquiriu as 3 palavras para a evocação tardia!!).
3. ATENÇÃO E CÁLCULO
* Subtrair: 100-7 (5 tentativas: 93 – 86 – 79 – 72 – 65)
Alternativo1: série de 7 dígitos (5 8 2 6 9 4 1)

Instrução: No alternativo não se deve utilizar o original “soletrar a palavra ”MUNDO” de trás para frente”.

Os brasileiros não têm treinamento cultural no soletrar e por outro lado têm muito mais familiaridade com

números e cálculos matemáticos simples (soma e subtração). Desta forma, a alternativa de repetição de série

de dígitos NÃO avalia exatamente as mesmas funções, apenas memória operacional (e atenção), no entanto

não há outra prova correspondente de mesma velocidade de aplicação.

EVOCAÇÃO
* Perguntar pelas 3 palavras anteriores (pente-rua-azul)
Instrução:

LINGUAGEM
*Identificar lápis e relógio de pulso
* Repetir: “Nem aqui, nem alí, nem lá”.
* Seguir o comando de três estágios: “Pegue o papel com a mão direita, dobre ao meio e ponha no chão”.
* Ler ‘em voz baixa’ e executar: FECHE OS OLHOS
* Escrever uma frase (um pensamento, idéia completa)
* Copiar o desenho:
FECHE OS OLHOS
M.I.N.I.
MINI INTERNATIONAL NEUROPSYCHIATRIC
INTERVIEW

Brazilian Version 5.0.0

USA: D. Sheehan, J. Janavs, R. Baker, K.Harnett-Sheehan, E. Knapp, M. Sheehan


University of South Florida - Tampa

FRANCE: Y. Lecrubier, E. Weiller, T. Hergueta, P. Amorim, L.I. Bonora, J.P. Lépine


Hôpital Salpétrière - Paris

Tradução para o português (Brasil) :

© 1994, 1998, 2000, Sheehan DV & Lecrubier Y.

Todos os direitos são reservados. Este documento não pode ser reproduzido, todo ou em parte,
ou cedido de qualquer forma, incluindo fotocópias, nem armazenado em sistema informático,
sem a autorização escrita prévia dos autores. Os pesquisadores e os clínicos que trabalham em
instituições públicas (como universidades, hospitais, organismos governamentais) podem
solicitar* uma versão do M.I.N.I. (mediante cadastro), para utilização no contexto estrito de suas
atividades clínicas e de investigação.
UM TREINAMENTO PRÉVIO* É OBRIGATÓRIO, PARA QUALQUER UTILIZAÇÃO DO M.I.N.I.

* versões brasileiras do M.I.N.I. - cadastro, cópias e treinamentos : pat.amorim@terra.com.br

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002)


MINI 5.0.0 / Versão Brasileira / DSM-IV / Atual
Nome do(a) entrevistado(a): Número do protocolo:
Data de nascimento: Hora de início da entrevista:
Nome do(a) entrevistador(a): Hora do fim da entrevista:
Data da entrevista: Duração total da entrevista:

PERÍODO CRITÉRIOS
MÓDULOS EXPLORADO PREENCHIDOS DSM-IV ICD-10

A EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR (EDM) Atual (2 semanas) 1 296.20-296.26 Único F32.x


Recorrente 1 296.30-296.36 Recorrente F33.x

EDM COM CARACTERÍSTICAS MELANCÓLICAS Atual (2 semanas) 1 296.20-296.26 Single F32.x


(opcional) 296.30-296.36 Recurrent F33.x

B TRANSTORNO DISTÍMICO Atual (Últimos 2 anos) 1 300.4 F34.1


Passado 1 300.4 F34.1

C RISCO DE SUICÍDIO Atual (Último mês) 1 nenhum nenhum


Risco: 1 Baixo 1 Médio 1 Alto

D EPISÓDIO MANÍACO Atual 1 296.00-296.06 F30.x-


F31.9
Passado 1

EPISÓDIO HIPOMANÍACO Atual 1 296.80-296.89 F31.8-


F31.9/F34.0
Passado 1

E TRANSTORNO DE PÂNICO Atual (Último mês) 1 300.01/300.21 F40.01-


F41.0
Vida inteira 1

F AGORAFOBIA Atual 1 300.22 F40.00

G FOBIA SOCIAL Atual (Último mês) 1 300.23 F40.1

H TRANSTORNO OBSSESSIVO-COMPULSIVO (TOC) Atual (Último mês) 1 300.3 F42.8

I TRANTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO Atual (Último mês) 1 309.81 F43.1

J DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL (Últimos 12 meses) 1 303.9 F10.2x


ABUSO DE ÁLCOOL (Últimos 12 meses) 1 305.00 F10.1

K DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIA (Não álcool) (Últimos 12 meses) 1 304.00-.90/305.20-.90 F11.0-F19.1


ABUSO DE SUBSTÂNCIA (Não álcool) (Últimos 12 meses) 1 304.00-.90/305.20-.90 F11.0-F19.1

L SÍNDROME PSICÓTICA Vida inteira 1


Atual 1
TRANSTORNO DO HUMOR COM
CARACTERÍSTICAS PSICÓTICAS Vida inteira 1 296.24 F32.3/F33.3

M ANOREXIA NERVOSA Atual (Últimos 3 meses) 1 307.1 F50.0

N BULIMIA NERVOSA Atual (Últimos 3 meses) 1 307.51 F50.2


ANOREXIA NERVOSA, TIPO COMPULSÃO
PERIÓDICA PURGATIVO Atual 1 307. 1 F50.0

O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Atual (Últimos 6 meses) 1 300.02 F41.1

P TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL Vida inteira 1 301.7 F60.2


(opcional)

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 2


INSTRUÇÕES GERAIS

O M.I.N.I. (DSM IV) é uma entrevista diagnóstica padronizada, de aplicação rápida (em torno de 15 minutos),
que explora os principais Transtornos Psiquiátricos do Eixo I do DSM IV (American Psychiatric Association,
1994). O M.I.N.I. pode ser utilizado por clínicos, após uma formação breve. Os entrevistadores não clínicos
necessitam de uma formação mais intensiva.

• Entrevista:
Com o objetivo de reduzir o mais possível a duração da entrevista deve-se preparar o(a) entrevistado(a) para este
enquadramento clínico pouco habitual, informando que lhe serão feitas perguntas precisas sobre os seus
problemas psicológicos e que se espera dele(a) respostas “sim” ou “não”.

• Apresentação:
O MINI está dividido em módulos identificados por letras, cada um correspondendo a uma categoria diagnóstica.
• No início de cada um dos módulos diagnósticos (exceto o módulo “L” que explora os sintomas
psicóticos), uma ou várias questões/filtros que correspondem aos critérios principais do Transtorno são
apresentadas num quadro com fundo acinzentado.
• No final de cada módulo, um ou vários quadros diagnósticos permite(m) ao clínico indicar se os
critérios de diagnóstico foram ou não preenchidos.

• Convenções:
As frases escritas em “letras minúsculas” devem ser lidas “palavra por palavra” para o(a) entrevistado(a) de modo
a padronizar a exploração de cada um dos critérios diagnósticos.
As frases escritas em “MAÍUSCULAS” não devem ser lidas para o(a) entrevistado(a). São instruções às quais o
clínico deve-se referenciar de modo a integrar os algoritmos diagnósticos ao longo de toda a entrevista.
As frases escritas em “negrito” indicam o período de tempo a explorar. O clínico deve lê-las tantas vezes quanto
necessário, ao longo da exploração dos sintomas e só levar em conta aqueles presentes ao longo desse
período.
As frases escritas entre (parêntesis) são exemplos clínicos que descrevem o sintoma avaliado. Podem ser lidos de
modo a clarificar a questão.
Quando os termos são separados por uma barra ( / ) o clínico deve considerar apenas o termo que corresponde ao
sintoma apresentado pelo(a) entrevistado(a) e que foi explorado anteriormente.
As respostas com uma seta sobreposta ( ) indicam que um dos critérios necessários ao estabelecimento do
diagnóstico explorado não é preenchido. O clínico deve ir diretamente para o fim do módulo, cotar “NÃO”
no(s) quadro(s) diagnóstico(s) correspondente(s) e passar ao módulo seguinte.

• Instruções de cotação :
Todas as perguntas feitas devem ser cotadas. A cotação faz-se à direita de cada uma das questões, envolvendo
com um círculo a resposta correspondente do(a) entrevistado(a), seja “SIM” ou “NÃO”.
O clínico deve se assegurar que cada um dos termos formulados na questão foi, de fato, considerado pelo(a)
entrevistado(a) na sua resposta (em particular, os critérios de duração, de frequência e as alternativas “e / ou”).
Não levar em conta os sintomas imputáveis a uma doença física, ou ao uso de medicamentos, droga ou álcool.

Se tem questões ou sugestões, SE DESEJA SER TREINADO(A) NA UTILIZAÇÃO DO M.I.N.I.


ou informado(a) das atualizações, pode contactar:
Yves LECRUBIER, M.D. / Thierry HERGUETA, M.S. David V Sheehan, M.D., Patrícia AMORIM, M.D., PhD
Inserm U302 M.B.A. Instituto HUMUS
Hôpital de la Salpétrière University of South Florida Rua 89 nº 225 Setor Sul
47, boulevard de l’Hôpital Institute for Research in Psychiatry
74093-140 – Goiânia - Goiás
F. 75651 PARIS 3515 East Fletcher Avenue
FRANCE TAMPA, FL USA 33613-4788 BRASIL
Tel: + 55 241 41 74
tel: +33 (0) 1 42 16 16 59 ph: +1 813 974 4544 fax: + 55 241 41 74
fax: +33 (0) 1 45 85 28 00 fax: +1 813 974 4575
e-mail : hergueta@ext.jussieu.fr e-mail: pat.amorim@terra.com.br
e-mail :
dsheehan@com1.med.usf.edu

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 3


A. EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

A1 Nas duas últimas semanas, sentiu-se triste, desanimado(a), deprimido(a), durante a maior
parte do dia, quase todos os dias? NÃO SIM 1
A2 Nas duas últimas semanas, quase todo tempo, teve o sentimento de não ter mais gosto por
nada, de ter perdido o interesse e o prazer pelas coisas que lhe agradam habitualmente? NÃO SIM 2

A1 OU A2 SÃO COTADAS SIM ? NÃO SIM

A3 Durante as duas últimas semanas, quando se sentia deprimido(a) / sem interesse pela
maioria das coisas:

a O seu apetite mudou de forma significativa, ou o seu peso aumentou ou diminuiu sem que
o tenha desejado ? (variação de + 5% ao longo do mês, isto é, + 3,5 Kg, para uma pessoa
de 65 Kg) NÃO SIM 3
COTAR SIM, SE RESPOSTA SIM NUM CASO OU NO OUTRO

b Teve problemas de sono quase todas as noites (dificuldade de pegar no sono, acordar no
meio da noite ou muito cedo, dormir demais)? NÃO SIM 4

c Falou ou movimentou-se mais lentamente do que de costume ou pelo contrário, sentiu-se


agitado(a) e incapaz de ficar sentado quieto(a), quase todos os dias? NÃO SIM 5

d Sentiu-se a maior parte do tempo cansado(a), sem energia, quase todos os dias? NÃO SIM 6

e Sentiu-se sem valor ou culpado(a), quase todos os dias? NÃO SIM 7

f Teve dificuldade de concentrar-se ou de tomar decisões, quase todos os dias? NÃO SIM 8

g Teve, por várias vezes, pensamentos ruins como, por exemplo, pensar que seria melhor
estar morto(a) ou pensar em fazer mal a si mesmo(a) ? NÃO SIM 9

A4 HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM A3 ? NÃO SIM *


(ou 4 se A1 OU A2 = “NÃO”)
EPISÓDIO
DEPRESSIVO MAIOR
SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR ATUAL: ATUAL

A5a Ao longo da sua vida, teve outros períodos de 2 semanas ou mais, em que se sentiu
deprimido (a) ou sem interesse pela maioria das coisas e durante os quais teve os
problemas dos quais falamos [ SINTOMAS EXPLORADOS DE A3a à A3g ]? NÃO SIM 10

b Entre esses períodos de depressão que apresentou ao longo de sua vida, alguma vez teve
um intervalo de pelo menos 2 meses em que não apresentou nenhum problema de NÃO SIM 11
depressão ou de perda de interesse ?

A5b É COTADA SIM ? NÃO SIM

EPISÓDIO DEPRESSIVO
MAIOR RECORRENTE

* SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR, COTAR AS QUESTÕES CORRESPONDENTES (A6d, A6e) NA PÁGINA 5

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 4


A’. EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR COM CARACTERÍSTICAS MELANCÓLICAS (opcional)

SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR ATUAL (A4 = SIM), EXPLORAR O SEGUINTE:

A6 a A2 É COTADA SIM ? NÃO SIM 12

b Durante este último período de depressão, quando sentiu-se pior, perdeu a capacidade de
reagir às coisas que antes lhe agradavam ou o (a) alegravam? NÃO SIM 13

SE NÃO: Quando acontecia alguma coisa agradável, era incapaz de sentir-se melhor,
mesmo temporariamente?

A6a OU A6b SÃO COTADAS SIM ? NÃO SIM

Durante as duas últimas semanas, quando se sentia deprimido (a) e sem interesse pela
maioria das coisas:

A7 a Os sentimentos depressivos que tinha eram diferentes daqueles que se pode sentir quando se
perde uma pessoa querida? NÃO SIM 14

b Quase todos os dias, sentia-se, em geral, pior pela manhã ? NÃO SIM 15

c Acordava pelo menos duas horas mais cedo do que o habitual, e tinha dificuldade
para voltar a dormir, quase todos os dias? NÃO SIM 16

d A3c É COTADA SIM (ALTERAÇÕES PSICOMOTORAS)? NÃO SIM 17

e A3a É COTADA SIM (ALTERAÇÕES DO APETITE / DO PESO)? NÃO SIM 18

f Sentia-se excessivamente culpado(a) ou sentia uma culpa exagerada em relação à


situação que vivia? NÃO SIM 19

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM A7 ? NÃO SIM

EPISÓDIO DEPRESSIVO
MAIOR
com Características
Melancólicas
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 5


B. TRANSTORNO DISTÍMICO
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

NÃO EXPLORAR ESTE MÓDULO SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR ATUAL.

B1 Durante os últimos 2 anos, sentiu-se triste, desanimado(a), deprimido(a), a maior parte


do tempo ? NÃO SIM 20

B2 Ao longo desse período, sentiu-se bem durante 2 meses ou mais ? NÃO SIM 21

B3 Desde que se sente deprimido(a) a maior parte do tempo:

a O seu apetite mudou de forma significativa ? NÃO SIM 22

b Tem problemas de sono ou dorme demais ? NÃO SIM 23

c Sente-se cansado ou sem energia ? NÃO SIM 24

d Perdeu a auto-confiança ? NÃO SIM 25

e Tem dificuldade de concentrar-se ou de tomar decisões ? NÃO SIM 26

f Sente-se sem esperança ? NÃO SIM 27

HÁ PELO MENOS 2 RESPOSTAS “SIM” EM B3? NÃO SIM

B4 Esses problemas causam - lhe um sofrimento importante ou perturbam


de maneira significativa seu trabalho, suas relações sociais, ou outras
áreas importantes ? NÃO SIM 28

B4 É COTADA SIM? NÃO SIM

TRANSTORNO DISTÍMICO
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 6


C. RISCO DE SUICÍDIO

Durante o último mês:


Pontos

C1 Pensou que seria melhor estar morto (a) ou desejou estar morto (a) ? NÃO SIM 1

C2 Quis fazer mal a si mesmo (a) ? NÃO SIM 2

C3 Pensou em suicídio ? NÃO SIM 6

C4 Pensou numa maneira de se suicidar ? NÃO SIM 10

C5 Tentou o suicídio ? NÃO SIM 10

Ao longo da sua vida:

C6 Já fez alguma tentativa de suicídio ? NÃO SIM 4

HÁ PELO MENOS UM "SIM" DE C1 À C6 ? NÃO SIM

RISCO DE SUICÍDIO
ATUAL
SE SIM, SOMAR O NÚMERO TOTAL DE PONTOS DAS QUESTÕES
COTADAS SIM DE C1 - C6 E ESPECIFICAR
O RISCO DE SUICÍDIO ATUAL COMO SE SEGUE: 1-5 pontos Baixo 1
6-9 pontos Moderado 1
≥ 10 pontos Alto 1

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 7


D. EPISÓDIO (HIPO)MANÍACO
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

D1 a Alguma vez teve um período em que se sentia tão eufórico(a) ou cheio(a) de energia
que isso lhe causou problemas, ou em que as pessoas à sua volta pensaram que não
estava no seu estado habitual ? NÃO SIM 1
(NÃO CONSIDERAR PERÍODOS QUE OCORREM APENAS SOB O EFEITO DE DROGAS OU ÁLCOOL)

SE O(A) ENTREVISTADO(A) NÃO COMPREENDE O SIGNIFICADO DE “EUFÓRICO” OU “CHEIO


DE ENERGIA”, EXPLICAR DA SEGUINTE MANEIRA: Por eufórico ou cheio de energia, quero
dizer estar excessivamente ativo(a), excitado(a), ter menos necessidade de dormir, ter
pensamentos rápidos, estar cheio(a) de idéias ou extremamente motivado(a) ou
criativo(a) ou extremamente impulsivo(a). NÃO SIM 2
SE D1a = SIM:
b Sente-se, atualmente, eufórico (a) ou cheio (a) de energia?

D2 a Alguma vez teve um período em que, por vários dias, estava tão irritável que insultava
as pessoas, gritava ou chegava até a brigar com quem não era de sua família? Você
mesmo ou alguém achou que você estava mais irritável ou hiperativo(a), comparado(a) a
outras pessoas, mesmo em situações em que isso lhe parecia justificável ? NÃO SIM 3
(NÃO CONSIDERAR OS PERÍODOS QUE OCORREM APENAS SOB O EFEITO DE DROGAS OU ÁLCOOL)

SE D2a = SIM:
b Sente-se, continuamente irritável atualmente? NÃO SIM
4

D1a OU D2a SÃO COTADAS “SIM” ? NÃO SIM

D3 SE D1b OU D2b = “SIM”: EXPLORAR O EPISÓDIO ATUAL


SE D1b E D2b = “NÃO” : EXPLORAR O EPISÓDIO MAIS GRAVE

Quando se sentiu mais eufórico(a), cheio(a) de energia ou mais irritável :

a Tinha a sensação que podia fazer coisas que os outros seriam incapazes de fazer ou que
você era alguém especialmente importante? NÃO SIM 5

b Tinha menos necessidade de dormir do que costume (por ex., sentia-se repousado(a)
com apenas poucas horas de sono) ? NÃO SIM 6

c Falava sem parar ou tão rapidamente que as pessoas não conseguiam


compreendê-lo(a) ? NÃO SIM 7

d Os pensamentos corriam tão rapidamente na sua cabeça que não conseguia acompanhá-
los ? NÃO SIM 8

e Distraía-se com tanta facilidade que a menor interrupção o fazia perder o fio daquilo
que estava fazendo ou pensando ? NÃO SIM 9

f Estava tão ativo(a) e agitado(a) que as outras pessoas se preocupavam por sua causa ? NÃO SIM 10

g Desejava tanto fazer coisas que lhe pareciam agradáveis ou tentadoras que não pensava
nos riscos ou nos problemas que isso poderia causar (gastar demais, dirigir de forma
imprudente, ter uma atividade sexual pouco habitual para você...) ? NÃO SIM 11

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM D3


OU 4 SE D1a = “NÃO” (EPISÓDIO PASSADO) OU D1b = “NÃO” (EPISÓDIO ATUAL) ? NÃO SIM

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 8


D4 Esses problemas dos quais acabamos de falar já duraram pelo menos uma semana E lhe
causaram dificuldades em casa, no trabalho / na escola ou nas suas relações sociais
OU você foi hospitalizado(a) por causa desses problemas? NÃO SIM 12
COTAR SIM, SE SIM NUM CASO OU NO OUTRO

D4 É COTADA “NÃO” ? NÃO SIM

SE SIM, ESPECIFICAR SE O EPISÓDIO É ATUAL OU PASSADO EPISÓDIO HIPOMANÍACO


Atual
Passado

D4 É COTADA “SIM” ? NÃO SIM

SE SIM, ESPECIFICAR SE O EPISÓDIO É ATUAL OU PASSADO EPISÓDIO MANÍACO


Atual
Passado

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 9


E. TRANSTORNO DE PÂNICO
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE PARA E5, ASSINALAR NÃO E P ASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

E1 a Alguma vez teve episódios repetidos durante os quais se sentiu subitamente muito
ansioso(a), muito desconfortável ou assustado(a), mesmo em situações em que a
maioria das pessoas não se sentiria assim ? NÃO SIM 1

b SE SIM: Estes episódios de ansiedade atingiam sua intensidade máxima em menos de


10 minutos? NÃO SIM 2

E2 Alguns desses episódios de ansiedade, mesmo há muito tempo, foram imprevisíveis ou


ocorreram sem que nada os provocasse/ sem motivo ? NÃO SIM 3

E3 Após um ou vários desses episódios, já houve um período de pelo menos um mês


durante o qual teve medo de ter outros episódios ou estava preocupado(a) com as suas
possíveis consequências ? NÃO SIM 4

E4 Durante o episódio em que se sentiu pior :


a Teve palpitações ou o seu coração bateu muito rápido ? NÃO SIM 5
b Transpirou ou ficou com as mãos úmidas ? NÃO SIM 6
c Teve tremores ou contrações musculares ? NÃO SIM 7
d Teve dificuldade para respirar ou sentiu-se abafado(a) ? NÃO SIM 8
e Teve a impressão de sufocar ou de ter um nó na garganta ? NÃO SIM 9
f Sentiu dor ou aperto ou desconforto no peito ? NÃO SIM 10
g Teve náuseas, problemas de estômago ou diarréia repentina ? NÃO SIM 11
h Sentiu-se tonto(a), com vertigens ou ao ponto de desmaiar ? NÃO SIM 12
i Teve a impressão que as coisas à sua volta eram estranhas ou irreais ou sentiu-se
como que desligado (a) do todo ou de uma parte do seu corpo ? NÃO SIM 13
j Teve medo de enlouquecer ou de perder o controle ? NÃO SIM 14
k Teve medo de morrer ? NÃO SIM 15
l Teve dormências ou formigamentos no corpo ? NÃO SIM 16
m Teve ondas de frio ou de calor ? NÃO SIM 17

E5 E3 = SIM E HÁ PELO MENOS 4 RESPOSTAS "SIM" EM E4 ? NÃO SIM


Transtorno de Pânico
Vida inteira

E6 SE E5 = “NÃO”, HÁ PELO MENOS UMA RESPOSTA "SIM" EM E4 ? NÃO SIM


Ataques Pobres em
SE E6 = “SIM”, PASSAR A F1. Sintomas Vida inteira

E7 Durante o último mês, teve pelo menos 2 desses episódios de ansiedade, seguidos de
um medo constante de ter outro episódio ? NÃO SIM 18
Transtorno de Pânico
Atual

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 10


F. AGORAFOBIA

F1 Sente-se particularmente ansioso(a) ou desconfortável em lugares ou em situações das


quais é difícil ou embaraçoso escapar ou, ainda, em que é difícil ter ajuda como estar
numa multidão, esperando numa fila, longe de casa ou sozinho (a) em casa,
atravessando uma ponte, dentro de um ônibus, de um carro ou de um avião? NÃO SIM 19

SE F1 = “NÃO”, COTAR “NÃO” EM F2.

F2 Tem tanto medo dessas situações que na prática, evita-as, sente um intenso mal-estar
quando as enfrenta ou procura estar acompanhado(a) ao ter que enfrentá-las ? NÃO SIM 20
Agorafobia
Atual

F2 (Agorafobia Atual) É COTADA “NÃO” NÃO SIM


e
E7 (Transtorno de Pânico Atual) É COTADA “SIM” ? TRANSTORNO DE
PÂNICO sem Agorafobia
ATUAL

F2 (Agorafobia Atual) É COTADA “SIM” NÃO SIM


e
E7 (Transtorno de Pânico Atual) É COTADA “SIM” ? TRANSTORNO DE
PÂNICO com Agorafobia
ATUAL

F2 (Agorafobia Atual) É COTADA “SIM” NÃO SIM


e
E5 (Transtorno de Pânico Vida Inteira) É COTADA “NÃO” ? AGORAFOBIA
sem história de
Transtorno de Pânico
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 11


G. FOBIA SOCIAL (Transtorno de Ansiedade Social)
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

G1 Durante o último mês, teve medo ou sentiu-se incomodado(a) por estar no centro das
atenções, teve medo de ser humilhado(a) em algumas situações sociais; por exemplo,
quando devia falar diante de um grupo de pessoas, ou comer com outras pessoas ou
em locais públicos, ou escrever quando alguém estava olhando ? NÃO SIM 1

G2 Acha que esse medo é excessivo ou injustificado ? NÃO SIM 2

G3 Tem tanto medo dessas situações sociais que, na prática, as evita ou sente um intenso
mal-estar quando as enfrenta ? NÃO SIM 3

G4 Esse medo causa-lhe um sofrimento importante ou perturba de forma significativa seu


trabalho ou suas relações sociais? NÃO SIM 4

G4 É COTADA “SIM” ? NÃO SIM

FOBIA SOCIAL
(Transtorno de Ansiedade Social)
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 12


H. TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

H1 Durante o último mês, teve, com freqüência, pensamentos/idéias ou impulsos ou


imagens desagradáveis, inapropriados ou angustiantes que voltavam repetidamente à
sua mente, mesmo não querendo? (por exemplo, a idéia de que estava sujo(a) ou que
tinha micróbios ou medo de contaminar os outros ou de agredir alguém mesmo
contra a sua vontade ou de agir impulsivamente ou medo ou superstição de ser
responsável por coisas ruins ou ainda de ser invadido por idéias/ imagens sexuais ou
religiosas repetitivas, dúvidas incontroláveis ou uma necessidade de colecionar ou NÃO SIM
ordenar as coisas? ) passar a H4 1

NÃO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO PREOCUPAÇÕES EXCESSIVAS COM PROBLEMAS REAIS


DA VIDA COTIDIANA, NEM AS OBSESSÕES LIGADAS À PERTURBAÇÃO DO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR, DESVIOS SEXUAIS, JOGO PATOLÓGICO, ABUSO DE
DROGAS OU ÁLCOOL, PORQUE O(A) ENTREVISTADO(A) PODE TER PRAZER COM ESSAS
EXPERIÊNCIAS E DESEJAR RESISTIR A ELAS APENAS POR SUAS CONSEQÜÊNCIAS
NEGATIVAS.

H2 Tentou, mas não conseguiu resistir a algumas dessas idéias, ignorá-las ou livrar-se NÃO SIM
delas ? passar a H4 2

H3 Acha que essas idéias são produto de seus próprios pensamentos e que não lhe são
impostas do exterior ? NÃO SIM 3
obsessões

H4 Durante o último mês, teve, com freqüência, a necessidade de fazer certas coisas
sem parar, sem poder impedir-se de fazê-las, como lavar as mãos muitas vezes, NÃO SIM 4
contar ou verificar as coisas sem parar, arrumá-las, colecioná-las ou fazer rituais compulsões
religiosos?

H3 OU H4 SÃO COTADAS “SIM” ? NÃO SIM

H5 Pensa que essas idéias invasivas e/ou comportamentos repetitivos são irracionais,
absurdos(as) ou exagerados(as) ? NÃO SIM 5

H6 Essas idéias invasivas e/ou comportamentos repetitivos perturbam de forma


significativa seu trabalho, suas atividades cotidianas, suas relações sociais ou tomam
mais de uma hora por dia do seu tempo ? NÃO SIM 6

H6 É COTADA “SIM” ? NÃO SIM

TRANSTORNO
OBSESSIVO-COMPULSIVO
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 13


I. TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (opcional)
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

I1 Alguma vez viveu ou presenciou ou teve que enfrentar um acontecimento extremamente


traumático, no decorrer do qual morreram pessoas, ou você mesmo e/ou outros foram
ameaçados de morte ou foram gravemente feridos ou atingidos na sua integridade física?
NÃO SIM 1
EXEMPLOS DE CONTEXTOS TRAUMÁTICOS: ACIDENTE GRAVE, AGRESSÃO, ESTUPRO, ASSALTO
A MÃO ARMADA, SEQÜESTRO, RAPTO, INCÊNDIO, DESCOBERTA DE CADÁVER, MORTE SÚBITA
NO MEIO EM QUE VIVE, GUERRA, CATÁSTROFE NATURAL...

I2 Durante o último mês, pensou freqüentemente nesse acontecimento de forma penosa ou


sonhou com ele ou freqüentemente teve a impressão de revivê-lo? NÃO SIM 2

I3 Durante o último mês:


a Tentou não pensar nesse acontecimento ou evitou tudo o que pudesse fazê-lo(a) lembrar-se
dele? NÃO SIM 3
b Teve dificuldades de lembrar-se exatamente do que se passou? NÃO SIM 4
c Perdeu o interesse pelas coisas das quais gostava antes? NÃO SIM 5
d Sentiu-se desligado(a) de tudo ou teve a impressão de se ter tornado um(a) estranho(a) em
relação aos outros? NÃO SIM 6
e Teve dificuldade de sentir as coisas, como se não fosse mais capaz de amar? NÃO SIM 7
f Teve a impressão de que a sua vida não seria nunca mais a mesma, ou que morreria mais NÃO SIM 8
cedo do que as outras pessoas ?

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS “SIM” EM I3 ? NÃO SIM

I4 Durante o último mês:

a Teve dificuldade de dormir ? NÃO SM 9


b Estava particularmente irritável, teve explosões de raiva facilmente? NÃO SIM 10
c Teve dificuldades de se concentrar ? NÃO SIM 11
d Estava nervoso(a), constantemente alerta? NÃO SIM 12
e Ficava sobressaltado(a) por quase nada? NÃO SIM 13

HÁ PELO MENOS 2 RESPOSTAS “SIM” EM I4 ? NÃO SIM


I5 Durante o último mês, esses problemas perturbaram de forma significativa seu trabalho,
suas atividades cotidianas ou suas relações sociais? NÃO SIM 14

I5 É COTADA SIM? NÃO SIM

TRANSTORNO DE
ESTRESSE
PÓS- TRAUMÁTICO
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 14


J. DEPENDÊNCIA / ABUSO DE ÁLCOOL
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

J1 Nos últimos 12 meses, em três ou mais ocasiões você bebeu pelo menos cinco
latas de cerveja ou uma garrafa de vinho ou três doses de uma bebida alcoólica NÃO SIM
forte (pinga, caipirinha, conhaque, vodka, whisky...), num período de três horas ? 1
J2 Nos últimos 12 meses:
a Constatou que precisava de quantidades cada vez maiores de álcool para obter o
mesmo efeito ? NÃO SIM 2
b Quando bebia menos, as suas mãos tremiam, transpirava ou sentia-se agitado (a) ?
Alguma vez bebeu uma dose para evitar esses problemas ou evitar uma ressaca?
NÃO SIM 3
COTAR “SIM”, SE RESPOSTA “SIM” NUM CASO OU NO OUTRO
c Quando começava a beber, com frequência bebia mais do que pretendia ? NÃO SIM 4
d Tentou, mas não conseguiu diminuir seu consumo de álcool ou parar de beber ? NÃO SIM 5
e Nos dias em que bebia, passava muito tempo procurando bebida, bebendo ou se
recuperando dos efeitos do álcool ? NÃO SIM 6
f Reduziu suas atividades (lazer, trabalho, cotidianas) ou passou menos tempo com
os amigos ou a família por causa da bebida ? NÃO SIM 7
g Continuou a beber mesmo sabendo que isso lhe causava problemas de saúde ou
problemas psicológicos? NÃO SIM 8

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM J2 ? NÃO SIM

DEPENDÊNCIA DE
ÁLCOOL
ATUAL

J3 Durante os últimos 12 meses:

a Ficou embriagado ou de “ressaca” várias vezes, quando tinha coisas para fazer no
trabalho (/ na escola) ou em casa ? Isso lhe causou problemas? NÃO SIM 9
COTAR "SIM" SOMENTE SE A EMBRIAGUEZ / RESSACA CAUSOU PROBLEMAS
b Por várias vezes esteve sob o efeito do álcool em situações em que isso era
fisicamente arriscado como dirigir, utilizar uma máquina ou um instrumento NÃO SIM 10
perigoso... ?
c Por várias vezes teve problemas legais como uma interpelação ou uma condenação
ou uma detenção porque tinha bebido? NÃO SIM 11
d Continuou a beber mesmo sabendo que a bebida lhe causava problemas com seus
familiares ou com outras pessoas ? NÃO SIM 12

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM J2 ? NÃO SIM

ABUSO DE ÁLCOOL
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 15


K. DEPENDÊNCIA / ABUSO DE SUBSTÂNCIAS (NÃO ALCOÓLICAS)
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

K1 Agora, vou lhe mostrar / ler (MOSTRAR A LISTA DAS SUBSTÂNCIAS / LER A LISTA ABAIXO)
uma lista de drogas e de medicamentos e gostaria que me dissesse se, durante os últimos
12 meses, usou várias vezes uma destas substâncias para se sentir melhor, para mudar o
seu estado de humor ou para ficar “ de cabeça feita / chapado(a)”? NÃO SIM

ENVOLVER COM UM CÍRCULO CADA SUBTÂNCIA CONSUMIDA

ESTIMULANTES : anfetaminas, “bolinha”, “rebite”, ritalina, pílulas anorexígenas ou tira-fome.


COCAÍNA: “coca”, pó, “neve”, “branquinha”, pasta de coca, merla, crack, pedra
OPIÁCEOS: heroína, morfina, pó de ópio (Tintura de ópio®, Elixir Paregórico®, Elixir de Dover®), codeína
(Belacodid®, Belpar®, Pambenyl®), meperidina (Dolantina®, Demerol®), propoxifeno (Algafan®, Doloxene
A®), fentanil (Inoval®)
ALUCINOGÉNEOS: L.S.D., “ácido”, mescalina, PCP, êxtase (MDMA), cogumelos, “vegetal” (Ayhuaska, daime,
hoasca), Artane®.
SOLVENTES VOLÁTEIS: “cola”, éter, “lança perfume”, “cheirinho”, “loló”
CANABINÓIDES: cannabis, “erva”, maconha, “baseado”, hasish, THC, bangh, ganja, diamba, marijuana,
marihuana
SEDATIVOS: Valium®, Diazepam®, Dienpax®, Somalium®, Frisium®, Psicosedin®, Lexotan®, Lorax®,
Halcion®, Frontal®, Rohypnol®, Urbanil®, Sonebon®, barbitúricos
DIVERSOS: Anabolisantes, esteróides, remédio para dormir ou para cortar o apetite sem prescrição médica.

Toma outras substâncias?

ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA (S) MAIS CONSUMIDA (S): ____________________________________________


___________ _____________________________________________________________________________

ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA (S) A SER(EM) EXPLORADA(S) SEGUNDO OS CRITÉRIOS ABAIXO INDICADOS:

• SE HÁ CONSUMO DE VÁRIAS SUBSTÂNCIAS (AO MESMO TEMPO OU SEQUENCIALMENTE):


CADA SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS) SEPARADAMENTE
SOMENTE A SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS) MAIS CONSUMIDA

• SE HÁ CONSUMO DE UMA SÓ SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS):


SOMENTE UMA SUBSTÂNCIA (OU CLASSE DE SUBSTÂNCIAS)

K2 Considerando o seu consumo de [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS


SELECCIONADA], durante os últimos 12 meses:

a Constatou que precisava de quantidades cada vez maiores de [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE


DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA] para obter o mesmo efeito ? NÃO SIM 1

b Quando usava menos ou parava de consumir [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE


SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA], tinha problemas como dores, tremores, febre, fraqueza,
diarréia, náuseas, suores, aceleração do coração, dificuldade de dormir ou sentir-se
agitado(a), ansioso (a), irritável ou deprimido (a) )?
Ou você tomava qualquer outra coisa para evitar esses problemas ou para se sentir
melhor ? NÃO SIM 2
COTAR “SIM”, SE RESPOSTA “SIM” NUM CASO OU NO OUTRO

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 16


c Quando começava a usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA],
freqüentemente consumia mais do que pretendia ? NÃO SIM 3
d Tentou, sem conseguir, diminuir ou parar de usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE
SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA]? NÃO SIM 4

e Nos dias em que usava [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA],


passava mais de 2 horas tentando conseguir a(s) droga(s), se drogando, ou se
recuperando dos efeitos do(a) [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS NÃO SIM 5
SELECCIONADA], ou ainda pensando nessas drogas ?

f Reduziu as suas atividades (lazer, trabalho, cotidianas) ou passou menos tempo com os
amigos ou a família por causa da(s) droga(s) ? NÃO SIM 6

g Continuou a usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA] mesmo


sabendo que esta(s) lhe causava(m) problemas de saúde ou problemas psicológicos?
NÃO SIM 7

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM K2 ?


NÃO SIM
ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA(S):
DEPENDÊNCIA DE
______________________________________________________
SUBSTÂNCIA(S)
ATUAL

K3 Durante os últimos 12 meses:

a Por várias vezes ficou intoxicado ou “ de cabeça feita / chapado(a)” com [SUBSTÂNCIA
OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA], quando tinha coisas para fazer no
trabalho (/ na escola) ou em casa ? Isso lhe causou problemas? NÃO SIM 8
COTAR "SIM" SOMENTE SE A INTOXICAÇÃO CAUSOU PROBLEMAS

b Por várias vezes esteve sob o efeito de [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS


SELECCIONADA] em situações em que isso era fisicamente arriscado como dirigir,
utilizar uma máquina ou um instrumento perigoso, etc.? NÃO SIM 9

c Por várias vezes teve problemas legais como uma interpelação ou uma condenação ou
uma detenção porque tinha usado [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS NÃO SIM 10
SELECCIONADA]?

d Continuou a usar [SUBSTÂNCIA OU A CLASSE DE SUBSTÂNCIAS SELECCIONADA] mesmo


sabendo que esta(s) droga(s) lhe causava(m) problemas com os seus familiares ou com
outras pessoas ? NÃO SIM 11

HÁ PELO MENOS 1 "SIM" EM K3 ? NÃO SIM

ESPECIFICAR A(S) SUBSTÂNCIA(S) : ABUSO DE SUBSTÂNCIA(S)


_______________________________________________________ ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 17


L. SÍNDROME PSICÓTICA
PARA TODAS AS QUESTÕES DESTE MÓDULO, PEDIR UM EXEMPLO EM CASO DE RESPOSTA POSITIVA.
SÓ COTAR SIM SE OS EXEMPLOS MOSTRAM CLARAMENTE UMA DISTORÇÃO DO PENSAMENTO E / OU DA PERCEPÇÃO OU
SE SÃO CULTURALMENTE INAPROPRIADOS OU DISTOANTES.
AVALIAR SE OS SINTOMAS DESCRITOS APRESENTAM OU NÃO CARACTERÍSTICAS “BIZARRAS" E COTAR A ALTERNATIVA
APROPRIADA..

DELÍRIOS BIZARROS : SÃO AQUELES CUJO CONTEÚDO É MANIFESTAMENTE ABSURDO, IMPLAUSÍVEL,


INCOMPREENSÍVEL E QUE NÃO PODE ESTAR BASEADO EM EXPERIÊNCIAS HABITUAIS DA VIDA.

ALUCINAÇÕES BIZARRAS: VOZES QUE COMENTAM OS PENSAMENTOS OU OS ATOS DO(A) ENTREVISTADO(A) OU


DUAS OU MAIS VOZES QUE CONVERSAM ENTRE SI.

Agora vou fazer-lhe algumas perguntas sobre experiências pouco comuns ou


estranhas que algumas pessoas podem ter.
BIZARRO
L1a Alguma vez acreditou que alguém o(a) espionava ou estava conspirando contra
você ou tentando lhe fazer mal ? NÃO SIM SIM 1

b SE SIM : Atualmente acredita nisso ? NÃO SIM SIM 2


L6a

L2a Alguma vez acreditou que alguém podia ler ou ouvir os seus pensamentos ou que
você podia ler ou ouvir os pensamentos de outra (s) pessoa (s) ? NÃO SIM 3

b SE SIM : Atualmente acredita nisso ? NÃO SIM 4


L6a

L3a Alguma vez acreditou que alguém ou alguma força exterior colocava, dentro da
sua cabeça, pensamentos estranhos que não eram os seus ou o(a) fazia agir de uma
maneira diferente do seu jeito habitual ? Alguma vez acreditou que estava NÃO SIM SIM 5
possuído(a) ?

b SE SIM : Atualmente acredita nisso ? NÃO SIM SIM 6


L6a

L4a Alguma vez acreditou que estava recebendo mensagens especiais através da
televisão, do rádio ou do jornal ou teve a impressão de que alguém que não
conhecia pessoalmente estava particularmente interessado em você? NÃO SIM SIM 7

b SE SIM : Atualmente acredita nisso ? NÃO SIM SIM 8


L6a

L5a Alguma vez teve idéias que os seus familiares ou amigos achavam estranhas ou
fora da realidade e que eles não compartilhavam com você ? NÃO SIM SIM 9
COTAR “SIM” APENAS SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA CLARAMENTE IDÉIAS
DELIRANTES HIPOCONDRÍACAS OU DE POSSESSÃO, DE CULPA , DE RUÍNA, DE
GRANDEZA OU OUTRAS NÃO EXPLORADAS PELAS QUESTÕES DE L1 A L4

b SE SIM : Atualmente eles acham suas idéias estranhas ? NÃO SIM SIM 10

L6a Alguma vez ouviu coisas que outras pessoas não podiam ouvir, como, por
exemplo, vozes? NÃO SIM 11
COTAR “SIM” “BIZARRO” UNICAMENTE SE O(A) ENTREVISTADO(A) RESPONDE SIM
À QUESTÃO: Estas vozes comentavam os seus pensamentos ou atos ou ouvia duas
ou mais vozes falando entre elas? SIM
b SE SIM : Ouviu essas coisas/ vozes no último mês? NÃO SIM SIM 12
L8a

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 18


L7a Alguma vez viu alguma coisa ou alguém que outras pessoas presentes não podiam
ver, isto é, teve visões quando estava completamente acordado? NÃO SIM 13
COTAR “SIM” SE AS VISÕES SÃO CULTURALMENTE INAPROPRIADAS OU
DESTOANTES.
14
b SE SIM : Teve essas visões no último mês? NÃO SIM
OBSERVAÇÕES DO CLÍNICO:
L8b ATUALMENTE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM DISCURSO CLARAMENTE
INCOERENTE OU DESORGANIZADO OU APRESENTA UMA PERDA EVIDENTE DAS NÃO SIM 15
ASSOCIAÇÕES ?

L9b ATUALMENTE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM COMPORTAMENTO


CLARAMENTE DESORGANIZADO OU CATATÔNICO?
NÃO SIM 16

L10b OS SINTOMAS NEGATIVOS TIPICAMENTE ESQUIZOFRÊNICOS (EMBOTAMENTO


AFETIVO, POBREZA DO DISCURSO, FALTA DE ENERGIA OU DE INTERESSE PARA
INICIAR OU TERMINAR AS ATIVIDADES) SÃO PROEMINENTES DURANTE A
ENTREVISTA?
NÃO SIM 17

L11 DE L1 A L10 HÁ PELO MENOS :


NÃO SIM
UMA QUESTÃO « b » COTADA “SIM” BIZARRO
OU SÍNDROME PSICÓTICA
DUAS QUESTÕES « b » COTADAS “SIM” (NÃO BIZARRO) ?
ATUAL

L12 DE L1 A L7 HÁ PELO MENOS:


NÃO SIM
UMA QUESTÃO « a » COTADA “SIM” BIZARRO
OU
DUAS QUESTÕES « a » COTADAS “SIM” (NÃO BIZARRO) ?
(VERIFICAR SE OS SINTOMAS OCORRERAM AO MESMO TEMPO) SÍNDROME PSICÓTICA
OU VIDA INTEIRA
L11 É COTADA “SIM” ?

L13a SE L12 É COTADA “SIM” E SE HÁ PELO MENOS UM “SIM” DE L1 A L7:

O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA


UM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR ATUAL (A4 = SIM) OU PASSADO (A5b = SIM)
OU
UM EPISÓDIO MANÍACO ATUAL OU PASSADO (D4 = SIM) ?
NÃO SIM

b SE L13a É COTADA “SIM”:


Você me disse, há pouco, que teve um (vários) período(s) em que se sentiu
deprimido (a) / eufórico(a) / continuamente irritável.
Ao longo da sua vida, as idéias ou experiências das quais acabamos de falar, como
(CITAR OS SINTOMAS COTADOS "SIM" DE L1 À L7) ocorreram somente durante esse(s)
período(s) em que se sentia deprimido (a) /eufórico (a) / continuamente irritável ? NÃO SIM 18

c SE L13a É COTADA “SIM”: NÃO SIM


ATUALMENTE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISÓDIO TRANSTORNO DO HUMOR
DEPRESSIVO MAIOR (A4) OU UM EPISÓDIO MANÍACO (D4) com características psicóticas
ASSOCIADO A UMA SÍNDROME PSICÓTICA (L11) ?
ATUAL

d L13b OU L13c SÃO COTADAS “SIM”? NÃO SIM


TRANSTORNO DO HUMOR
com características psicóticas
VIDA INTEIRA

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 19


M. ANOREXIA NERVOSA
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

M1a Qual é a sua altura ? |__|__|__| cm

b Nos últimos 3 meses, qual foi seu peso mais baixo ? |__|__|__| kg

c O PESO DO(A) ENTREVISTADO(A) É INFERIOR AO LIMITE CRÍTICO


INDICADO PARA A SUA ALTURA ? (Ver TABELA DE CORRESPONDÊNCIA ABAIXO) NÃO SIM 1

Durante os últimos 3 meses:

M2 Tentou não engordar , embora pesasse pouco ? NÃO SIM 2

M3 Teve medo de ganhar peso ou de engordar demais, mesmo estando abaixo do seu
peso normal ? NÃO SIM 3

M4a Achou que era muito gordo(a) ou pensou que uma parte do seu corpo era muito
gorda ? NÃO SIM 4

b Sua opinião sobre si mesmo(a) ou a sua auto-estima foram muito influenciadas pelo
seu peso ou por suas formas corporais ? NÃO SIM 5

c Achou que o seu peso era normal ou até excessivo ? NÃO SIM 6

M5 HÁ PELO MENOS 1 "SIM" EM M4 ? NÃO SIM

M6 APENAS PARA AS MULHERES: Nos últimos três meses sua menstruação não veio
quando normalmente deveria ter vindo ( na ausência de uma gravidez) ? NÃO SIM 7

PARA AS MULHERES: M5 E M6 SÃO COTADAS "SIM" ?


PARA OS HOMENS: M5 É COTADA "SIM" ? NÃO SIM

ANOREXIA NERVOSA
ATUAL

TABELA DE CORRESPONDÊNCIA ALTURA - LIMITE CRÍTICO DE PESO


(SEM SAPATOS, SEM ROUPA)

Mulheres altura/ peso


cm 145 147 150 152 155 158 160 163 165 168 170 173 175 178
kgs 38 39 39 40 41 42 43 44 45 46 47 49 50 51

Homens altura/ peso


cm 155 156 160 163 165 168 170 173 175 178 180 183 185 188 191
kgs 47 48 49 50 51 51 52 53 54 55 56 57 58 59 61

Os limites de peso acima correspondem a uma redução de 15% em relação ao peso normal, segundo o gênero, como
requerido pelo DSM-IV. Essa tabela reflete pesos 15% menores que o limite inferior do intervalo da distribuição normal
da Tabela de Peso da Metropolitan Life Insurance.

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 20


N. BULIMIA NERVOSA
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

N1 Nos últimos 3 meses, teve crises de “comer descontroladamente” durante as quais


ingeriu quantidades enormes de alimentos num espaço de tempo limitado, isto é,
em menos de 2 horas? NÃO SIM 8

N2 Durante os últimos 3 meses, teve crises de “comer descontroladamente” pelo


menos duas vezes por semana ? NÃO SIM 9

N3 Durante essas crises de “comer descontroladamente” tem a impressão de não poder


parar de comer ou de não poder limitar a quantidade de alimento que come ? NÃO SIM 10

N4 Para evitar engordar depois das crises de “comer descontroladamente”, faz coisas
como provocar o vômito, dietas rigorosas, praticar exercícios físicos importantes,
tomar laxantes, diuréticos ou medicamentos para tirar a fome ? NÃO SIM 11

N5 Sua opinião sobre si mesmo(a) ou a sua auto-estima são muito influenciadas pelo
seu peso ou pelas suas formas corporais ? NÃO SIM 12

N6 O (A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UMA ANOREXIA NERVOSA NÃO SIM 13


(MÓDULO “M”)? ↓
passar a N8

N7 Estas crises de “comer descontroladamente” ocorrem sempre que o seu peso é


inferior a ____ Kg* ? NÃO SIM 14

* RETOMAR O PESO CRÍTICO DO(A) ENTREVISTADO(A) EM FUNÇÃO DA SUA ALTURA E


SEXO.NA TABELA DO MÓDULO “M” (ANOREXIA NERVOSA)

N8 N5 É COTADA "SIM" E N7 COTADA “NÃO” (OU NÃO COTADA)? NÃO SIM

BULIMIA NERVOSA
ATUAL

N7 É COTADA "SIM" ? NÃO SIM

ANOREXIA NERVOSA
tipo Compulsão Periódica / Purgativa
ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 21


O. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

O1 a Durante os últimos 6 meses, sentiu-se excessivamente preocupado (a), inquieto (a),


ansioso (a) com relação a vários problemas da vida cotidiana ( trabalho / escola,
casa, familiares / amigos), ou teve a impressão ou lhe disseram que se preocupava NÃO SIM 1
demais com tudo ?

b Teve essas preocupações quase todos os dias? NÃO SIM 2

A ANSIEDADE DESCRITA É RESTRITA EXCLUSIVAMENTE A, OU MELHOR EXPLICADA POR


QUALQUER OUTRO TRANSTORNO JÁ EXPLORADO ATÉ AQUI ? [POR EX, MEDO DE TER
UM ATAQUE DE PÂNICO (TRANSTORNO DE PÂNICO), DE SER HUMILHADO EM PÚBLICO
(FOBIA SOCIAL), DE SER CONTAMINADO (TOC), DE GANHAR PESO (ANOREXIA NÃO SIM 3
NERVOSA), ETC]..

O2 Tem dificuldade em controlar essas preocupações (/ essa ansiedade) ou ela (s) o(a)
impede(m) de se concentrar no que tem que fazer? NÃO SIM 4

DE O3 A O3f COTAR “NÃO” SE OS SINTOMAS OCORREM EXCLUSIVAMENTE NO


CONTEXTO DE QUALQUER OUTRO TRANSTORNO JÁ EXPLORADO ANTERIORMENTE

O3 Nos últimos seis meses, quando se sentia excessivamente preocupado(a),


inquieto(a), ansioso(a), quase todo o tempo:

NÃO SIM 4
a Sentia –se agitado(a), tenso(a), com os nervos à flor da pele?

b Tinha os músculos tensos? NÃO SIM 5

c Sentia-se cansado (a), fraco(a) ou facilmente exausto(a)? NÃO SIM 6

d Tinha dificuldade de se concentrar ou tinha esquecimentos / “brancos” ? NÃO SIM 7

e Sentia-se particularmente irritável ? NÃO SIM 8

f Tinha problemas de sono (dificuldade de pegar no sono, acordar no meio da noite NÃO SIM 9
ou muito cedo, dormir demais)?

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS “SIM” EM O3 ? NÃO SIM

TRANSTORNO DE
ANSIEDADE
GENERALIZADA ATUAL

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 22


P. TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL (opcional)
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNÓSTICO(S), ASSINALAR NÃO EM CADA UM E PASSAR AO MÓDULO SEGUINTE

P1 Antes dos 15 anos:

a Freqüentemente faltou à escola ou passou a noite fora de casa ? NÃO SIM 1

b Freqüentemente mentiu, passou a perna/ enganou os outros ou roubou ? NÃO SIM 2

c Provocou, ameaçou ou intimidou os outros ? NÃO SIM 3

d Destruiu ou incendiou coisas de propósito ? NÃO SIM 4

e Fez sofrer animais ou pessoas de propósito? NÃO SIM 5

f Forçou alguém a ter relações sexuais com você? NÃO SIM 6

HÁ PELO MENOS 2 RESPOSTAS “SIM” EM P1? NÃO SIM

NÃO COTAR “SIM” NAS QUESTÕES ABAIXO SE OS COMPORTAMENTOS DESCRITOS


ACONTECEM UNICAMENTE EM CONTEXTOS POLÍTICOS OU RELIGIOSOS ESPECÍFICOS.

P2 Depois dos 15 anos:

a Freqüentemente teve comportamentos que os outros achavam irresponsáveis, como


não pagar as dívidas, agir impulsivamente ou não querer trabalhar para se sustentar NÃO SIM
? 7

b Fez coisas ilegais (mesmo que não tenha sido preso/a), como destruir a propriedade
alheia, roubar, vender droga ou cometer um crime? NÃO SIM 8

c Freqüentemente foi violento(a) fisicamente, inclusive com seu(sua) companheiro (a) NÃO SIM 9
ou seus filhos ?

d Freqüentemente mentiu, passou a perna ou enganou os outros para obter dinheiro


ou prazer ou mentiu apenas para se divertir ? NÃO SIM 10

e Expôs pessoas a perigos sem se preocupar com elas? NÃO SIM 11

f Não sentiu nenhuma culpa depois de ter mentido, ferido, maltratado ou roubado
alguém, ou destruído a propriedade alheia? NÃO SIM 12

HÁ PELO MENOS 3 RESPOSTAS "SIM" EM P2 ? NÃO SIM

TRANSTORNO DA
PERSONALIDADE
ANTI-SOCIAL
VIDA INTEIRA

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 23


REFERÊNCIAS
Lecrubier Y, Sheehan D, Weiller E, Amorim P, Bonora I, Sheehan K, Janavs J, Dunbar G. The Mini International Neuropsychiatric Interview
(M.I.N.I.), a short diagnostic interview : Reliability and validity according to the CIDI. European Psychiatry, 1997 ; 12 : 232-241.
Sheehan DV, Lecrubier Y, Harnett Sheehan K, Janavs J, Weiller E, Keskiner A, Schinka J, Knapp E, Sheehan MF, Dunbar GC. Reliability and
validity of the Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.) according to the SCID-P. European Psychiatry, 1997 ; 12 : 232-241.
Sheehan DV, Lecrubier Y, Harnett Sheehan K, Amorim P, Janavs J, Weiller E, Hergueta T, Baker R, Dunbar G. The Mini International
Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.), : The development and validation of a structured diagnostic psychiatric interview. Journal of Clinical
Psychiatry, 1998 ; 59 [suppl 20] : 22-33.
Amorim P, Lecrubier Y, Weiller E, Hergueta T, Sheehan D. DSM-III-R Psychotic disorders : procedural validity of the Mini International
Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.). Concordance and causes for discordance with the CIDI. European Psychiatry, 1998 ; 13 : 26-34.
Amorim P. “ Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.): desenvolvimento e validação de entrevista diagnóstica breve para avaliação
dos Transtornos Mentais.” Revista Brasileira de Psiquiatria 2000: 22 (3): 106-115.

Traduções M.I.N.I. 4.4 e versões anteriores M.I.N.I. 4.6/5.0, M.I.N.I. Plus 4.6/5.0,
M.I.N.I. Screen 5.0:
Afrikaans R. Emsley
Alemão I. van Denffer, M. Ackenheil, R. Dietz-Bauer G. Stotz, R. Dietz-Bauer, M. Ackenheil
Árabe O. Osman, E. Al-Radi
Basco Em preparação
Bengali H. Banerjee, A. Banerjee
Búlgaro L.G. Hranov
Catalão Em preparação
Checo P. Zvolsky
Chinês L. Carroll, K-d Juang
Croata Em preparação
Dinamarquês P. Bech P. Bech, T. Scütze
Esloveno M. Kocmur M. Kocmur
Espanhol L. Ferrando, J. Bobes-Garcia, J. Gilbert-Rahola, Y. Lecrubier L. Ferrando, L. Franco-Alfonso, M. Soto, J. Bobes-
Garcia, O. Soto, L. Franco, G, Heinze
Estonian J. Shlik, A. Aluoja, E. Kihl
Farsi/Persa K. Khooshabi, A. Zomorodi
Finlandês M. Heikkinen, M. Lijeström, O. Tuominen M. Heikkinen, M. Lijeström, O. Tuominen
Francês Y. Lecrubier, E. Weiller, P. Amorim, L. Bonora, J.P. Lepine Y. Lecrubier, E. Weiller, P. Amorim, T. Hergueta
Grego S. Beratis T. Calligas, S. Beratis
Gujarati M. Patel, B. Patel
Hebreu J. Zohar, Y. Sasson R. Barda, I. Levinson
Hindi C. Mittal, K. Batra, S. Gambhir
Holandês/ Flamenco I.Van Vliet, H. Leroy, H. van Megen E. Griez, K. Shruers, T. Overbeek, K. Demyttenaere

Húngaro I. Bitter, J. Balazs I. Bitter, J. Balazs


Inglês D. Sheehan, J. Janavs, R. Baker, K. Harnett-Sheehan, D. Sheehan, R. Baker, J. Janavs, K. Harnett-
E. Knapp, M. Sheehan Sheehan, M. Sheehan
Islandês J.G. Stefansson
Italiano L. Bonora, L. Conti, M. Piccinelli, M. Tansella, G. Cassano, Y. L. Conti, A. Rossi, P. Donda
Lecrubier, P. Donda, E. Weiller
Japonês T. Otsubo, H. Watanabe, H. Miyaoka, K. Kamijima,
J. Shinoda, K. Tanaka, Y. Okajima
Letão V. Janavs, J. Janavs, I. Nagobads V. Janavs, J. Janavs
Norueguês G. Pedersen, S. Blomhoff K.A. Leiknes , U. Malt, E. Malt, S. Leganger
Polaco M. Masiak, E. Jasiak M. Masiak, E. Jasiak
Português P. Amorim P. Amorim, T. Guterres, P. Levy
Português - Brasil P. Amorim P. Amorim
Punjabi A. Gahunia, S. Gambhir
Romeno O. Driga
Russo A. Bystitsky, E. Selivra, M. Bystitsky
Sérvio I. Timotijevic I. Timotijevic
Setswana K. Ketlogetswe
Sueco M. Waern, S. Andersch, M. Humble C. Allgulander, M. Waern, A. Brimse, M. Humble,
H.Agren
Turco T. Örnek, A. Keskiner, I. Vahip T. Örnek, A. Keskiner
Urdu A. Taj, S. Gambhir

O desenvolvimento e a validação do M..I.N.I. foram possíveis graças, em parte, a fundos cedidos pel os laboratórios SmithKline Beecham e pela Comissão
Européia Os autores agradecem a Dra Pauline Pawers por suas contribuições nos módulos Anorexia e Bulimia Nervosa.

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2002) 24


LISTA DE SUBSTÂNCIAS

ANFETAMINA ÊXTASE MORFINA


BRANQUINHA ERVA ÓPIO
CANNABIS ÉTER DAIME
BASEADO GASOLINA PÓ
COCAÍNA HASHISH RITALINA
CODEÍNA HEROÍNA COGUMELO
COLA L.S.D. VEGETAL
CRACK MARIJUANA REBITE
MACONHA CHEIRINHO LOLÓ
MERLA BOLINHA MESCALINA
ARTANE ESTERÓIDES PÍLULAS TIRA-FOME
CALMANTES DOLANTINA ALGAFAN
AYHUASCA PEDRA TARJA PRETA
ANABOLISANTES LANÇA REMÉDIO PARA DORMIR

M.I.N.I. 5.0.0 Versão Brasileira / DSM IV / Atual (Junho, 2001) 25


FOLHA(S) DE RESPOSTAS
INSTRUÇÕES
Nenhuma modificação em relação às instruções de aplicação do M.I.N.I. pode
ser realizada para o preenchimento das Folhas de Respostas. Este é um instrumento de
facilitação da computação de respostas. As respostas SIM são representadas nas Folhas
de Respostas por um S e as respostas NÃO com um N. Deve-se circular o S nas
respostas cotadas como SIM e N nas respostas cotadas como NÃ(Â)O.

O padrão visual da Folha de Respostas do M.I.N.I. segue o mesmo padrão das


folhas de entrevista. Desta forma, as marcações que seriam feitas nas Folhas de
Entrevista são transportadas para as Folhas de Cotação de Respostas mediante fácil
visualização:

- São mantidos os módulos identificados por letras. O espaço para a cotação dos
principais critérios do transtorno a ser avaliado mantém-se no quadro com fundo
acinzentado.
- Os quadros diagnósticos, que apontam se os critérios foram ou não
preenchidos, encontram-se em negrito ao final de cada Seção (módulo).
- As respostas com setas sobrepostas foram substituídas pelas seguintes
sinalizações: N e S. E indicam que você deverá ir para um critério ou seção
seguinte.
- É importante relembrar que todas as perguntas devem ser cotadas, mediante
asseguramento de que todos os critérios apresentados (termos formulados) nas questões
foram considerados pelo(a) entrevistador(a) e pelo(a) entrevistado(a) em sua resposta.
- Caso os critérios principais para uma determinada Seção não sejam
preenchidos (→ N), lembre-se de marcar o resultado ao final, na célula em negrito,
antes de passar para a próxima seção.

Algumas observações importantes:

- Atentar para a necessidade de preenchimento de no mínimo 5 critérios


(somados) em A1, A2 e A3 presentes em A4 para constatar um Episódio Depressivo
Maior Atual.
- Atentar para a necessidade de preenchimento de no mínimo 5 critérios
somados em D1 e D3 para descartar ou não a ocorrência de Episódio Hipomaníaco.
- No módulo K, os nomes das substâncias para verificação de consumo foram
abreviadas nas Folhas de Respostas por suas três primeiras letras. Exemplo:
Estimulantes = EST.
- No módulo L, a coluna destacada como Bizarro também apresenta-se com
fundo acinzentado.
- No módulo N, em N6 foi utilizada a representação  N, sinalizando a passagem
para N8 em caso de resposta Não.
FOLHA PARA COTAÇÃO DE RESPOSTAS

A C E4.f N S I3.e N S
A1 N S C1 N S E4.g N S I3.f N S
A2 N S C2 N S E4.h N S →N S
→N S C3 N S E4.i N S I4.a N S
A3.a N S C4 N S E4.j N S I4.b N S
A3.b N S C5 N S E4.k N S I4.c N S
A3.c N S C6 N S E4.l N S I4.d N S
A3.d N S C N S E4.m N S I4.e N S
A3.e N S Ligeiro E5 N S →N S
A3.f N S Médio E6 N S I5 N S
A3.g N S Elevado E7 N S I N S
A4 N S D F J
A – (A) N S D1.a N S F1 N S J1 →N S
A5.a →N S D1.b N S F2 N S J2.a N S
A5.b N S D2.a N S E N S J2.b N S
A – (P) N S D2.b N S E com F N S J2.c N S
A’ →N S F N S J2.d N S
A6.a N S D3.a N S G J2.e N S
A6.b N S D3.b N S G1 →N S J2.f N S
→N S D3.c N S G2 →N S J2.g N S
A7.a N S D3.d N S G3 →N S J2(min 3) N S
A7.b N S D3.e N S G4 N S N →S
A7.c N S D3.f N S G N S J3.a N S
A7.d N S D3.g N S H J3.b N S
A7.e N S →N S H1 N S J3.c N S
A7.f N S D4 N S H2 N S J3.d N S
A’ N S D- Hipo N S H3 N S J3(min 1) N S
B Atual Passado H4 N S K
B1 →N S D- Mani N S →N S K1 →N S
B2 N →S Atual Passado H5 →N S Subst. Consumidas:
B3.a N S E H6 N S EST N S
B3.b N S E1 N S H N S COC N S
B3.c N S E2 N S I OPI N S
B3.d N S E3 N S I1 →N S ALU N S
B3.e N S E4.a N S I2 →N S SOL N S
B3.f N S E4.b N S I3.a N S CAN N S
→N S E4.c N S I3.b N S SED N S
B4 →N S E4.d N S I3.c N S DIV N S
B-(A) N S E4.e N S I3.d N S Cont. a seguir */**
*Seção K - Especificar a(s) substância(s) mais consumida(s): ____________________
_____________________________________________________________________.
**Seção K - Especificar a(s) droga(s) a serem exploradas segundo os critérios abaixo
indicados:
Se há consumo de várias substâncias (ao mesmo tempo ou seqüencialmente) [ ].

Se há consumo de uma só substância (ou classe de substâncias) [ ].

SEÇÃO K (cont.) L7.a N S O


K2.a N S L7.b N S O1.a →N S
K2.b N S L8.b N S O1.b →N S
K2.c N S L9.b N S O2 →N S
K2.d N S L10.b N S O3.a N S
K2.e N S L11 N S O3.b N S
K2.f N S L12 N S O3.c N S
K2.g N S L13.a →N S O3.d N S
K2 (3) N S L13.b N S O3.e N S
Especificar Substâncias: L13 N S O3.f N S
M O N S
M1.a cm P
N →S M1.b kg P1.a N S
K3.a N S M1.c →N S P1.b N S
K3.b N S M2 →N S P1.c N S
K3.c N S M3 →N S P1.d N S
K3.d N S M4.a N S P1.e N S
K3 (1) N S M4.b N S P1.f N S
Especificar Substâncias: M4.c N S →N S
M5 →N S P2.a N S
M6 →N S P2.b N S
L M N S P2.c N S
L1.a N S S N P2.d N S
L1.b N S S→L6.a N1 →N S P2.e N S
L2.a N S S N2 →N S P2.f N S
L2.b N S S→L6.a N3 →N S P N S
L3.a N S N4 →N S
L3.b N S→L6.a N5 →N S
L4.a N S N6 N S
L4.b N S→L6.a N7 N S
L5.a N S S N8(N5) N S
L5.b N S S N8(N7) N S
L6.a N S S
L6.b N S S→L8.a
ENTREVISTA CLÍNICA ESTRUTURADA
PARA TRANSTORNOS DO EIXO I
DO DSM-IV

Versão Clínica

SCID - I
Autores:
Michael B. First
Robert L. Spitzer
Miriam Gibbon
Janet B. W. Williams

Tradução e Adaptação para o português:


Cristina Marta Del Ben
Antônio Waldo Zuardi
José Antônio Alves Vilela
José Alexandre de Souza Crippa
ENTREVISTA CLÍNICA ESTRUTURADA PARA O
DSM-IV
TRANSTORNOS DO EIXO I

SCID - I
VERSÃO CLÍNICA

Michael B. First, M.D.


Robert L. Spitzer, M.D.
Miriam Gibbon, M.S.W.
Janet B. W. Williams, D.S.W.

Biometrics Research Department


New York State Psychiatric Institute
Department of Psychiatry
New York, New York
SCID - I
VERSÃO CLÍNICA

Tradução e Adaptação para o Português realizada por:

Cristina Marta Del Ben


Antônio Waldo Zuardi
José Antônio Alves Vilela
José Alexandre de Souza Crippa

Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica


Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo
Ribeirão Preto, São Paulo
SCID - I
Versão Clínica

Livro de Administração

(Traduzido e Adaptado para o Brasil)


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

A. EPISÓDIOS DE HUMOR

EPISÓDIO DEPRESSIVO CRITÉRIOS PARA EPISÓDIO


MAIOR DEPRESSIVO MAIOR

Agora eu vou lhe fazer mais algumas perguntas NOTA: Critério B (isto é., não preenche
sobre o seu humor. critérios para um Episódio Misto) foi omitido
da SCID.

A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas


estiveram presentes durante o mesmo
período de 2 semanas e representam uma
alteração a partir do funcionamento anterior;
pelo menos um dos sintomas é (1) humor
deprimido ou (2) perda do interesse ou
prazer.

No mês passado… (1) humor deprimido na maior parte do dia, ? - +


A1 …houve um período em que você se sentia quase todos os dias, indicado por relato A1
deprimido ou triste a maior parte do dia, quase subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio)
todos os dias? (Como era isso?) ou observação feita por outros (por ex.,
chora muito). Nota: Em crianças e
SE SIM: Quanto tempo isso durou? adolescentes, pode ser humor irritável.
(Pelo menos 2 semanas?)

…e quanto a perder o interesse ou o prazer em (2) interesse ou prazer acentuadamente


A2 coisas das quais você geralmente gostava?
? - + A2
diminuídos por todas ou quase todas as
atividades na maior parte do dia, quase todos
SE SIM: Isso era quase todos os dias? os dias (indicado por relato subjetivo ou
Quanto tempo durou? (Pelo menos 2 observação feita por outros)
semanas?)

Se nem A1 ou A2 for codificado como “+” durante o mês atual, avalie Episódio Depressivo Maior, perguntando as
questões A1 e A2 novamente, procurando por episódios ao longo da vida, e começando com “Você já teve…”
SE PELO MENOS UM PERÍODO DEPRESSIVO PASSADO: Você já esteve mais do que uma vez assim? Qual desses
período foi o pior?
Se nem A1 ou A2 já foi codificado como “+”, vá para A16, pág. 08 (Episódio Maníaco).

PARA AS SEGUINTES QUESTÕES,


FOCALIZE NO PIOR PERÍODO DE 2
SEMANAS:

Durante [PERÍODO DE 2 SEMANAS]…

…você perdeu ou ganhou peso? (Quanto? Você (3) perda ou ganho significativo de peso sem
A3 estava tentando emagrecer?)
? - + A3
estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso
corporal em 1 mês), ou diminuição ou
SE NÃO: Como estava o seu apetite? aumento do apetite quase todos os dias.
(E em comparação ao seu apetite Nota: Em crianças, considerar falha em
habitual? Você teve que se forçar a apresentar os ganhos de peso esperados.
comer? Comia (mais/menos) que o
seu normal? Isso ocorria quase todos
os dias?)
…como estava o seu sono? (Dificuldade em (4) insônia ou hipersonia quase todos os dias
A4 pegar no sono, despertar frequente, dificuldade
? - + A4
em se manter dormindo, acordar cedo demais,

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 5


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

OU dormir demais? Quantas horas por noite,


comparado com o seu habitual? Isso ocorria
quase todos os dias?)

…você estava tão agitado ou impaciente que era (5) agitação ou retardo psicomotor quase todos
A5 incapaz de ficar quieto? (Era tão intenso que as
? - + A5
os dias (observáveis por outros, não
pessoas percebiam? O que elas percebiam? Isso meramente sensações subjetivas de
ocorria quase todos os dias?) inquietação ou de estar mais lento)

SE NÃO: E quanto ao contrário - falar ou


mover-se mais lentamente do que o seu NOTA: CONSIDERAR TAMBÉM O
normal? (Era tão intenso que as outras COMPORTAMENTO DURANTE A
pessoas percebiam? O que elas ENTREVISTA.
percebiam? Isso ocorria quase todos os
dias?)

…como estava a sua disposição? (Cansado o (6) fadiga ou perda de energia quase todos os
A6 tempo todo? Quase todos os dias?
? - + A6
dias

…como você se sentia sobre você mesmo? (7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva
A7 (Inútil? Quase todos os dias?)
? - + A7
ou inadequada (que pode ser delirante),
quase todos os dias (não meramente auto-
SE NÃO: E quanto a se sentir recriminação ou culpa por estar doente)
culpado a respeito de coisas que
você fez ou deixou de fazer? (Quase NOTA: CODIFIQUE COMO “-” SE APENAS
todos os dias?) BAIXA AUTO-ESTIMA.

…você teve dificuldades em pensar ou em se (8) capacidade diminuída de pensar ou


A8 concentrar? (Com que tipo de coisas isso
? - + A8
concentrar-se, ou indecisão, quase todos os
interfiria? Quase todos os dias?) dias (por relato subjetivo ou observação
feita por outros)
SE NÃO: Era difícil tomar decisões
sobre coisas cotidianas?

…as coisas estavam tão ruins que você pensava (9) pensamentos recorrentes de morte (não
A9 muito na morte, ou que seria melhor morrer? E
? - + A9
apenas medo de morrer), ideação suicida
quanto a pensar em se matar? recorrente sem um plano específico,
tentativa de suicídio ou plano específico
SE SIM: Você fez alguma coisa para cometer suicídio
para se matar?

PELO MENOS 5 DE A(1)-A(9) SÃO


A10 CODIFICADOS COMO “+” E PELO
? - + A10
MENOS UM DESTES É O ITEM A(1) OU
A(2).

Se A10 for codificado como “-” (isto é, menos que cinco são codificados como “+”) pergunte o seguinte se não souber:

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 6


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

Já houve outras vezes em que você estava deprimido e teve alguns destes sintomas sobre os quais acabamos de conversar?

Se “sim”, volte para A1, pág. 04, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A16, pág. 08 (Episódio Maníaco).

SE NÃO ESTIVER CLARO: A depressão C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente


A11 atrapalhou o seu trabalho, os cuidados com a sua
? - + A11
significativo ou prejuízo no funcionamento
casa ou o seu relacionamento com as outras social ou ocupacional ou em outras áreas
pessoas? importantes da vida do indivíduo.

Se A11 for codificado como “-” (isto é, os sintomas não são clinicamente significativos) pergunte o seguinte, se ainda não
souber:

Já houve outras vezes em que você estava deprimido e isso atrapalhou sua vida?

Se “sim”, volte para A1, pág. 04, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A16, pág. 08 (Episódio Maníaco).

Um pouco antes disso começar, você estava D. Os sintomas não se devem aos efeitos
A12 fisicamente doente?
? - + A12
fisiológicos diretos de uma substância (por
ex., droga de abuso ou medicamento) ou de
Um pouco antes disso começar, você estava uma condição médica geral (por ex.,
tomando algum remédio? hipotiroidismo).

SE SIM: Houve alguma mudança na Condições médicas gerais etiologicamente


quantidade que você estava tomando? relacionadas com depressão maior incluem
doença neurológica degenerativa (por ex., mal de
Um pouco antes disso começar, você estava Parkinson), doença cerebrovascular (por ex.,
bebendo ou usando alguma droga? AVC), condições metabólicas (por ex.,
deficiência de vitamina B12), condições
endócrinas (por ex., hiper- e hipotireoidismo,
hiper- e hipoadrenalismo), infecções virais ou
outras (por ex., hepatite, mononucleose, HIV), e
certos tipos de câncer (por ex., carcinoma de
pâncreas)
Se houver alguma indicação de que a depressão
possa ser secundária (isto é, devido aos efeitos Substâncias etiologicamente relacionadas com
fisiológicos diretos de uma condição médica depressão maior incluem álcool, anfetaminas,
geral ou substância), vá para pág. 18 e retorne cocaína, alucinógenos, inalantes, opióides,
aqui para codificar como “-” ou “+”. fenciclidina, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos.
Medicações incluem anti-hipertensivos,
contraceptivos orais, corticosteróides,
esteróides anabólicos, agentes antineoplásicos,
analgésicos, anticolinérgicos, medicações
cardíacas.
Se A12 for codificado como “-” (isto é, o transtorno de humor é devido a substância ou condição médica geral), pergunte o
seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava deprimido e isso não era por causa de [CONDIÇÃO MÉDICA GERAL / USO
DE SUBSTÂNCIA]?

Se “sim”, volte para A1, pág. 04, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A16, pág. 08 (Episódio Maníaco).

SE NÃO SOUBER: Isso começou logo após E. Os sintomas não são melhor explicados por
A13 alguém que lhe era próximo Ter morrido?
? - +
Luto, ou seja, após a morte de um ente
querido, os sintomas persistem por mais de

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 7


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

2 meses ou são caracterizados por acentuado


prejuízo funcional, preocupação mórbida A13
com desvalia, ideação suicida, sintomas
psicóticos ou retardo psicomotor.

Se A13 for codificado como “-” (isto é, o transtorno de humor é melhor explicado por Luto), pergunte o seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava deprimido e isso não era devido à perda de um ente querido?

Se “sim”, volte para A1, pág. 04, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A16, pág. 08 (Episódio Maníaco).

SE NÃO SOUBER: Você teve (SINTOMAS CRITÉRIOS A, C, D e E SÃO


A14 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA) no CODIFICADOS COMO “+”
? - + A14
último mês? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE EPISÓDIO
DEPRESSIVO MAIOR)

Por quantas vezes diferentes você esteve Número total de Episódios Depressivos
A15 [deprimido / PALAVRAS DO PACIENTE] Maiores, incluindo o atual (CODIFIQUE 99 se A15
quase todos os dias, por pelo menos duas muito numerosos ou se desconhecido)
semanas e teve vários dos sintomas que você
descreveu, tais como [SINTOMAS DO PIOR
EPISÓDIO]?

EPISÓDIO MANÍACO CRITÉRIOS PARA EPISÓDIO


MANÍACO

NOTA: Critério C (isto é, não preenche


critérios para um Episódio Misto) foi omitido
da SCID.

Já houve um período em que você estava se A. Um período distinto de humor anormal e


A16 sentindo tão bem ou alegre, que as outras
? - + A16
persistentemente elevado, expansivo ou
pessoas acharam que você não estava no seu irritável…

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 8


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

normal, ou você estava tão alegre que teve


problemas por isso? (Alguém disse que você
estava acelerado? Era mais do que apenas se
sentir bem?)

Como era isso?

SE NÃO: E Quanto a um período em


que você estava tão irritadiço, que
você gritava com as pessoas, ou
começava brigas ou discussões? (Você
se percebia gritando com pessoas
as quais você nem conhecia?)

Se A16 for codificado como “-” (isto é, nunca houve qualquer episódio de humor elevado ou irritável), vá para A45, pág.
15 (Transtorno Distímico)

Quanto tempo durou? (Pelo menos 1 semana? …durando pelo menos 1 semana (ou qualquer
A17 Você teve que ser internado?) duração, se a hospitalização é necessária).
? - + A17

Se A17 for codificado como “-” (isto é, duração menor que uma semana), vá para A30, pág. 12 (Episódio
Hipomaníaco).

Você esteve mais de uma vez assim? Em qual


vez você esteve mais [eufórico / irritado /
PALAVRAS DO PACIENTE]?

PARA OS ITENS A18-A27 NAS


PÁG. 09-11 FOCALIZE NO EPISÓDIO MAIS
EXTREMO.

SE NÃO SOUBER: Durante este período,


quando você esteve mais [PALAVRAS DO
PACIENTE para euforia ou irritabilidade]?
B. Durante o período de perturbação do
Durante [PERÍODO DE PIORES SINTOMAS humor, três (ou mais) dos seguintes
MANÍACOS]… sintomas persistiram (quatro, se o humor é

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 9


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

apenas irritável) e estiveram presentes em


um grau significativo:

…como você se sentia a respeito de si mesmo? (1) auto-estima inflada ou grandiosidade


A18 ? - + A18
(Mais confiante em si mesmo do que o habitual?
Algum poder ou habilidade especial?)

…você precisava de menos sono do que o (2) necessidade de sono diminuída (por ex.,
A19 habitual?
? - + A19
sente-se repousado depois de apenas 3 horas
de sono)
SE SIM: Ainda assim se sentia
descansado?

…você estava mais falante do que o normal? (3) mais falante do que o habitual ou pressão
A20 (As pessoas tinham dificuldade de interromper
? - + A20
por falar
ou entender você? As pessoas tinham
dificuldades de dizer uma palavra?)

…os seus pensamentos passavam rápido pela (4) fuga de idéias ou experiência subjetiva de
A21 sua cabeça?
? - + A21
que os pensamentos estão alterados

…você se distraía facilmente com as coisas à (5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada
A22 sua volta ou tinha dificuldades em se
? - + A22
com excessiva facilidade para estímulos
concentrar? externos insignificantes ou irrelevantes)

…como você passava o seu tempo? (Trabalho, (6) aumento da atividade dirigida a objetivos
A23 amigos, passatempos? Você estava tão ativo que
? - + A23
(socialmente, no trabalho, na escola ou
seus amigos ou familiares ficaram preocupados sexualmente) ou agitação psicomotora
com você?)

SE NÃO HOUVER AUMENTO DE ATI-


VIDADE: Você estava fisicamente irri-quieto?
(Quanto isto era desagradável?)
…você fez alguma coisa que poderia ter causado (7) envolvimento excessivo em atividades
A24 problemas para você ou para sua família?
? - + A24
prazerosas com um alto potencial para
(Comprar coisas das quais não precisava? conseqüências dolorosas (por ex.,
Qualquer comportamento sexual que não era envolvimento em surtos incontidos de
normal para você? Dirigir de maneira compras, indiscrições sexuais ou
imprudente?) investimentos financeiros tolos)

PELO MENOS TRÊS DE B(1)-B(7) SÃO


A25 CODIFICADOS COMO “+” (OU 4, SE O
? - + A25
HUMOR FOR APENAS IRRITÁVEL E
NÃO ELEVADO)

Se A25 for codificado como “-” (isto é, menos que 3 são codificados como “+”), pergunte o seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava [eufórico/irritado / PALAVRAS DO PACIENTE] e teve algum destes sintomas
sobre os quais acabamos de conversar?

Se “sim”, volte para A16, pág. 08, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A45, pág. 15 (Transtorno Distímico).

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 10


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

SE NÃO SOUBER: Naquele período, você teve D. A perturbação do humor é suficientemente


A26 problemas graves na sua casa ou no trabalho
? - + A26
severa para causar prejuízo acentuado no
(escola), por que você estava [SINTOMAS], ou funcionamento ocupacional, nas atividades
precisou ser internado? sociais ou relacionamentos costumeiros com
outros, ou para exigir a hospitalização, como
um meio de evitar danos a si mesmo e a
outros, ou existem aspectos psicóticos.

Se A26 for codificado como “-” (isto é, não suficientemente grave), pergunte o seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava [eufórico/irritado / PALAVRAS DO PACIENTE] e teve problemas com as
pessoas ou foi hospitalizado?

Se “sim”, volte para A16, pág. 08, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A39, pág. 13 (Critério C para Episódio Hipomaníaco).

Um pouco antes disso começar, você estava E. Os sintomas não se devem aos efeitos
A27 fisicamente doente?
? - + A27
fisiológicos diretos de uma substância (por
ex., droga de abuso ou medicamento) ou de
Um pouco antes disso começar, você estava uma condição médica geral.
tomando algum remédio?
Nota: Episódios maniatiformes que são
claramente causados por tratamento
SE SIM: Houve alguma mudança na
antidepressivo somático (por ex., medicação,
quantidade que você estava tomando?
ECT, fototerapia) não devem ser incluídos no
diagnóstico de Transtorno Bipolar I, e sim
Um pouco antes disso começar, você estava
Transtornos de Humor induzidos por
bebendo ou usando alguma droga?
Substância.
Se houver alguma indicação de que a mania Condições médicas gerais etiologicamente
possa ser secundária (isto é, devido aos relacionadas com episódios maníacos incluem
efeitos fisiológicos diretos de uma condição doença neurológica degenerativa (por ex., doença
médica geral ou substância), vá para pág. 18 e de Huntington, esclerose múltipla), doença
retorne aqui para codificar como “-” ou “+”. cerebrovascular (por ex., AVC), condições
metabólicas (por ex., deficiência de vitamina B12,
doença de Wilson), condições endócrinas (por
ex., hipertireoidismo), infecções virais ou outras,
e certos tipos de câncer (por ex., neoplasias
cerebrais).
Substâncias etiologicamente relacionadas com

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 11


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

episódios maníacos incluem álcool, anfetaminas,


cocaína, alucinógenos, inalantes, opióides,
fenciclidina, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos.
Medicações incluem medicações psicotrópicas
(por ex., antidepressivos), corticosteróides,
esteróides anabólicos, isoniazida, medicação
antiparkinsoniana (por ex., levodopa), e
descongestionantes simpaticomiméticos.

Se A27 for codificado como “-” (isto é, a mania é devido a uma substância ou condição médica geral), pergunte o seguinte:
Já houve outras vezes em que você estava [eufórico/irritado / PALAVRAS DO PACIENTE] e não estava [fisicamente
doente / tomando remédios / usando SUBSTÂNCIA]?
Se “sim”, volte para A16, pág. 08, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A45, pág. 15 (Transtorno Distímico).

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, C, D e E SÃO


A28 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA] no CODIFICADOS COMO “+”
? - + A28
último mês? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE EPISÓDIO
MANÍACO)

Por quantas vezes diferentes você esteve Número total de Episódios Maníacos, incluindo
A29 [EUFÓRICO / PALAVRAS DO PACIENTE] o atual (CODIFIQUE 99 se muito numerosos ou A29
e teve [SINTOMAS MANÍACOS desconhecido)
RECONHECIDOS] por pelo menos 1 semana
(ou foi internado)?

VOCÊ TERMINOU A AVALIAÇÃO DE EPISÓDIOS DE HUMOR. VÁ PARA O MÓDULO B (SINTOMAS


PSICÓTICOS E ASSOCIADOS), B1 (PÁG. 23)

EPISÓDIO HIPOMANÍACO CRITÉRIOS PARA EPISÓDIO


HIPOMANÍACO

SE NÃO SOUBER: Quando você esteve A. Um período distinto de humor


A30 [eufórico/irritado / PALAVRAS DO
? - + A30
persistentemente elevado, expansivo ou
PACIENTE], isto durou pelo menos 4 dias? irritável, durando todo o tempo ao longo de
pelo menos 4 dias, nitidamente diferente do
Você já esteve por mais de uma vez assim? (Em humor habitual não-deprimido.
qual vez você esteve mais [eufórico/ irritado /
PALAVRAS DO PACIENTE]?

PARA OS ITENS A31-A37 NAS PÁG. 12-13,


FOCALIZE NO EPISÓDIO MAIS
EXTREMO.

Se A30 for codificado como “-” (isto é, nunca houve qualquer período de humor elevado ou irritável durando pelo menos 4
dias), vá para A45, pág. 15 (Transtorno Distímico)

Durante [PERÍODO MAIS EXTREMO DE B. Durante o período da perturbação do


SINTOMAS HIPOMANÍACOS]… humor, três (ou mais) dos seguintes
sintomas persistiram (quatro se o humor é
apenas irritável) e estiveram presentes em
um grau significativo:

…como você se sentia a respeito de si mesmo? (1) auto-estima inflada ou grandiosidade


A31 ? - + A31

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 12


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

(Mais confiante em si mesmo do que o habitual?


Algum poder ou habilidade especial?)

…você precisava de menos sono do que o (2) necessidade de sono diminuída (por ex.,
A32 habitual?
? - + A32
sente-se repousado depois de apenas 3 horas
de sono)
SE SIM: Ainda assim se sentia
descansado?

…você estava mais falante do que o normal? (3) mais falante do que o habitual ou pressão
A33 (As pessoas tinham dificuldade de interromper
? - + A33
por falar
ou entender você? As pessoas tinham
dificuldades de dizer uma palavra?)

…os seus pensamentos passavam rápido pela (4) fuga de idéias ou experiência subjetiva de
A34 sua cabeça?
? - + A34
que os pensamentos estão alterados

…você se distraía facilmente com as coisas à (5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada
A35 sua volta ou tinha dificuldades em se concentrar?
? - + A35
com excessiva facilidade para estímulos
externos insignificantes ou irrelevantes)

…como você passava o seu tempo? (Trabalho, (6) aumento da atividade dirigida a objetivos
A36 amigos, passatempos? Você estava tão ativo que
? - + A36
(socialmente, no trabalho, na escola ou
seus amigos ou familiares ficavam preocupados sexualmente) ou agitação psicomotora
com você?)

SE NÃO HOUVER AUMENTO DE


ATIVIDADE: Você estava
fisicamente irrequieto? (Quanto isto
era desagradável?)

…você fez alguma coisa que poderia ter causado (7) envolvimento excessivo em atividades
A37 problemas para você ou para sua família?
? - + A37
prazerosas com um alto potencial para
(Comprar coisas das quais não precisava? conseqüências dolorosas (por ex.,
Algum comportamento sexual que não era envolvimento em surtos incontidos de
habitual para você? Dirigir de maneira compras, indiscrições sexuais ou
imprudente?) investimentos financeiros tolos)

PELO MENOS TRÊS DE B(1)-B(7) SÃO


A38 CODIFICADOS COMO “+” (OU 4, SE O
? - + A38
HUMOR FOR APENAS IRRITÁVEL E
NÃO ELEVADO)

Se A38 for codificado como “-” (isto é, menos que 3 são codificados como “+”), pergunte o seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava [eufórico/irritado / PALAVRAS DO PACIENTE] e teve alguns destes sintomas
sobre os quais acabamos de conversar?

Se “sim”, volte para A30, pág. 12, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A45, pág. 15 (Transtorno Distímico).

SE NÃO SOUBER: Isto é muito diferente do C. O episódio está associado com uma
A39 jeito que você costuma ser? (Diferente como?
? - + A39
inequívoca alteração no funcionamento, que
No trabalho? Com os amigos?) não é característica da pessoa quando

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 13


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

assintomática.

Se A39 for codificado como “-” (isto é, caracteristicamente “hipomaníaco”), pergunte o seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava [eufórico/irritado / PALAVRAS DO PACIENTE] e estava realmente diferente do
jeito que você costuma ser?

Se “sim”, volte para A30, pág. 12, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A45, pág. 15 (Transtorno Distímico).

SE NÃO SOUBER: As outras pessoas notaram D. A perturbação do humor e a alteração no


A40 esta mudança em você? (O que elas disseram?)
? - + A40
funcionamento são observáveis por outros.

Se A40 for codificado como “-” (isto é, não observável pelos outros), pergunte o seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava [eufórico/irritado / PALAVRAS DO PACIENTE] e as outras pessoas notavam a
mudança no jeito que você estava agindo?

Se “sim”, volte para A30, pág. 12, e pergunte sobre aquele episódio.
Se “não”, vá para A45, pág. 15 (Transtorno Distímico).
SE NÃO SOUBER: Naquela vez, você teve E. O episódio não é suficientemente severo
A41 sérios problemas em casa ou no trabalho (escola)
? - + A41
para causar prejuízo acentuado no
por que você estava [SINTOMAS] ou teve que funcionamento social ou ocupacional, ou
ser internado? para exigir a hospitalização, nem existem
aspectos psicóticos.

Se A41 for codificado como “-” (isto é, suficientemente severo para causar prejuízo acentuado), volte para A26, pág. 10,
codifique como “+” para aquele item, e continue com A27, pág. 11.

Um pouco antes disso começar, você estava F. Os sintomas não se devem aos efeitos
A42 fisicamente doente?
? - + A42
fisiológicos diretos de uma substância (por
ex., droga de abuso ou medicamento) ou de
Um pouco antes disso começar, você estava uma condição médica geral.
tomando algum remédio?
Nota: Episódios com características
SE SIM: Houve alguma mudança hipomaníacas que são claramente causados por
na quantidade que você estava tomando? tratamento antidepressivo somático (p.ex.,
medicação, ECT, fototerapia) não devem ser
Um pouco antes disso começar, você estava incluídos no diagnóstico de Transtorno Bipolar
bebendo ou usando alguma droga? II, e sim Transtornos de Humor induzidos por
Substância.
Se houver alguma indicação de que a hipomania
possa ser secundária (isto é, devido aos Consulte a lista de condições médicas gerais e
efeitos fisiológicos diretos de uma condição substâncias possivelmente etiológicas incluída
médica geral ou substância), vá para pág. 18 e no item A27 (pág. 11).
retorne aqui para codificar como “-” ou “+”.

Se A42 for codificado como “-” (isto é, a hipomania é devido a uma substância ou condição médica geral), pergunte o
seguinte:

Já houve outras vezes em que você estava [eufórico/irritado / PALAVRAS DO PACIENTE] e não estava [fisicamente
doente / tomando remédios / usando SUBSTÂNCIA]?

Se “sim”, volte para A30, pág. 12, e pergunte sobre aquele episódio.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 14


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

Se “não”, vá para A45, pág. 15 (Transtorno Distímico).

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, C, D e E SÃO


A43 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA] no CODIFICADOS COMO “+”
? - + A43
último mês? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE EPISÓDIO
MANÍACO)
Por quantas vezes diferentes você esteve Número total de Episódios Hipomaníacos,
A44 [EUFÓRICO / PALAVRAS DO PACIENTE] incluindo o atual (CODIFIQUE 99 se muito A44
e teve [SINTOMAS HIPOMANÍACOS numerosos ou desconhecido)
RECONHECIDOS] por um determinado
período?

VOCÊ TERMINOU A AVALIAÇÃO DE EPISÓDIOS DE HUMOR. VÁ PARA O MÓDULO B (SINTOMAS


PSICÓTICOS E ASSOCIADOS), B1 (PÁG. 23).

TRANSTORNO DISTÍMICO CRITÉRIOS PARA


TRANSTORNO DISTÍMICO

NOTA: Para apresentações nas quais haja


uma história de múltiplos Episódios
Depressivos Maiores recorrentes, o clínico
pode preferir pular a avaliação de Transtorno
Distímico (isto é, vá para B1, pág. 23).

Nos últimos dois anos, você se sentiu A. Humor deprimido na maior parte do dia, na
A45 incomodado por humor deprimido, a maior parte
? - + A45
maioria dos dias, indicado por relato
dos dias, mais dias presentes do que ausentes? subjetivo ou observação feita por outros,
(Mais que a metade do tempo?) por pelo menos 2 anos. Nota: Em crianças e
adolescentes, o humor pode ser irritável, e a
SE SIM: Como era isso? duração deve ser de no mínimo 1 ano.

Se A45 for codificado como “-” (isto é, sem humor depressivo crônico…), vá para B1, pág. 23 (Sintomas Psicóticos e
Associados).

Durante estes períodos de [PALAVRAS DO B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou


PACIENTE PARA DEPRESSÃO CRÔNICA], mais) das seguintes características:
você acha que na maior parte do tempo, você…

perde o apetite? (E quanto a comer demais?) (1) apetite diminuído ou hiperfagia


A46 ? - + A46
…tem dificuldades em pegar no sono, ou dorme (2) insônia ou hipersonia
A47 demais?
? - + A47
…tem pouca disposição para fazer as coisas ou (3) baixa energia ou fadiga
A48 se sente muito cansado?
? - + A48

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 15


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

…se sente desapontado consigo mesmo? (Sente- (4) baixa auto-estima


A49 se inútil ou um fracasso?)
? - + A49
…tem dificuldades em se concentrar ou em (5) dificuldade de concentração ou
A50 tomar decisões? dificuldade em tomar decisões
? - + A50
…sente-se sem esperança? (6) sentimentos de desesperança
A51 ? - + A51
PELO MENOS DOIS SINTOMAS “B”
A52 SÃO CODIFICADOS COMO “+”
? - + A52

Se A52 for codificado como “-” (isto é, menos que dois sintomas são “+”), vá para B1, pág. 23 (Sintomas Psicóticos e
Associados).

Durante este período de depressão de longa C. Durante o período de 2 anos (1 ano, para
A53 duração, qual o período mais longo em que você
? - + A53
crianças ou adolescentes) da perturbação,
se sentiu bem? (SEM SINTOMAS jamais a pessoa esteve sem os sintomas dos
DISTÍMICOS) Critérios A e B por um período maior que 2
meses.

Se A53 for codificado como “-” (isto é, mais que dois meses sem sintomas), vá para B1, pág. 23 (Sintomas Psicóticos e
Associados).

Há quanto tempo você vem se sentindo assim? Idade em que se iniciou o Transtorno Distímico
A54 (Quando isso começou?) atual (CODIFIQUE 99 SE DESCONHECIDA) A54
________
SE NÃO SOUBER: Isto começou gradualmente D. Ausência de Episódio Depressivo Maior
A55 ou com um período significativo de depressão?
? - + A55
durante os primeiros 2 anos de perturbação
(1 ano para crianças e adolescentes); isto é, a
perturbação não é melhor explicada por um
Transtorno Depressivo Maior crônico ou
Transtorno Depressivo Maior, Em
Remissão Parcial.

Nota: Pode ter ocorrido um Episódio


Depressivo Maior anterior, desde que tenha
havido remissão completa (ausência de sinais ou
sintomas significativos por 2 meses) antes do
desenvolvimento do Transtorno Distímico.
Além disso, após os 2 anos iniciais (1 ano para
crianças e adolescentes) de Transtorno
Distímico, pode haver episódios sobrepostos de
Transtorno Depressivo Maior e, neste caso,
ambos os diagnósticos podem ser dados quando
são satisfeitos os critérios para um Episódio
Depressivo Maior.

Se A55 for codificado como “-” (isto é, houve Episódio Depressivo Maior durante os 2 primeiros anos), vá para B1, pág.
23 (Sintomas Psicóticos e Associados).

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 16


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

A56 E. Jamais houve um Episódio Maníaco, um ? - + A56


Episódio Misto ou um Episódio
Hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os
critérios para Transtorno Ciclotímico.

Se A56 for codificado como “-” (isto é, houve Episódios Maníaco, Misto ou Hipomaníaco passados ou preenchem-se
critérios para Transtorno Ciclotímico), vá para B1, pág. 23 (Sintomas Psicóticos e Associados).

A CODIFICAÇÃO DESTE CRITÉRIO PODE F. A perturbação não ocorre exclusivamente


A57 NECESSITAR SER ADIADA ATÉ QUE
? - + A57
durante o curso de um Transtorno Psicótico
TRANSTORNOS PSICÓTICOS TENHAM crônico, como Esquizofrenia ou Transtorno
SIDO EXCLUÍDOS. Delirante.

Se A57 for codificado como “-” (isto é, ocorre durante um Transtorno Psicótico), vá para B1, pág. 23 (Sintomas
Psicóticos e Associados).

Um pouco antes disso começar, você estava G. Os sintomas não se devem aos efeitos
A58 fisicamente doente?
? - + A58
fisiológicos diretos de uma substância (por
ex., droga de abuso ou medicamento) ou de
Um pouco antes disso começar, você estava uma condição médica geral.
tomando algum remédio?
Condições médicas gerais etiologicamente
SE SIM: Houve alguma mudança relacionadas com distimia incluem doença
na quantidade que você estava tomando? neurológica degenerativa (por ex., mal de
Parkinson), doença cerebrovascular (por ex.,
Um pouco antes disso começar, você estava AVC), condições metabólicas (por ex.,
bebendo ou usando alguma droga? deficiência de vitamina B12), condições
endócrinas (por ex., hiper- e hipotireoidismo,
hiper- e hipoadrenalismo), infecções virais ou
outras (por ex., hepatite, mononucleose, HIV), e
certos tipos de câncer (por ex., carcinoma de
pâncreas)

Substâncias etiologicamente relacionadas com


Se houver alguma indicação de que a distimia distimia incluem álcool, anfetaminas, cocaína,
possa ser secundária (isto é, devido aos alucinógenos, inalantes, opióides, fenciclidina,
efeitos fisiológicos diretos de uma condição sedativos, hipnóticos, ansiolíticos. Medicações
médica geral ou substância), vá para pág. 18 e incluem anti-hipertensivos, contraceptivos orais,
retorne aqui para codificar como “+” ou “-”. corticosteróides, esteróides anabólicos, agentes
“-” ou “+”. antineoplásicos, analgésicos, anticolinérgicos,
medicações cardíacas.

Se A58 for codificado como “-” (isto é, devido a uma condição médica geral crônica ou uso crônico de substância), vá para
B1, pág. 23 (Sintomas Psicóticos e Associados).

SE NÃO ESTIVER CLARO: Quanto H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente


A59 [SINTOMAS EM A e B] interferem em sua
? - + A59
significativo ou prejuízo no funcionamento
vida? social ou ocupacional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.

Se A59 for codificado como “-” (isto é, clinicamente não significativo), vá para B1, pág. 23 (Sintomas Psicóticos e
Associados).

CRITÉRIOS A, B, C, D, E, F, G e H SÃO
A60 CODIFICADOS COMO “+” (FAÇA O
? - + A60

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 17


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO
DISTÍMICO)

Vá para B1, pág. 23 (Sintomas Psicóticos e Associados).

CONSIDERE O PAPEL ETIOLÓGICO DE


UMA CONDIÇÃO MÉDICA GERAL OU
USO DE SUBSTÂNCIA

Se os sintomas de humor não são associados cronologicamente com uma condição médica geral, vá para A65, pág. 20
(Transtorno de Humor Induzido por Substância).

TRANSTORNO DE HUMOR CRITÉRIOS PARA


DEVIDO A UMA CONDIÇÃO TRANSTORNO DE HUMOR
MÉDICA GERAL DEVIDO A UMA CONDIÇÃO
MÉDICA GERAL

NOTA: Critério D (isto é, não ocorre durante


delirium) foi omitido da SCID.

CODIFIQUE BASEADO EM A. Uma perturbação proeminente e persistente


A61 INFORMAÇÕES JÁ OBTIDAS
? - + A61
do humor predomina no quadro clínico e se
caracteriza por um dos seguintes quesitos
(ou ambos):
(1) humor deprimido, ou interesse ou prazer
acentuadamente diminuídos por todas ou
quase todas as atividades
(2) humor elevado, expansivo ou irritável

Você acha que seus [SINTOMAS DE B/C. Existem evidências, a partir da história,
A62 HUMOR] estavam de alguma forma
? - + A62
do exame físico ou de achados
relacionadas a sua [CONDIÇÃO MÉDICA laboratoriais, de que a perturbação é a
GERAL COMÓRBIDA]? conseqüência fisiológica direta de uma
condição médica geral, e a perturbação
SE SIM: Conte-me como. não é melhor explicada por outro
transtorno mental (por ex.,
Os [SINTOMAS DE HUMOR] começaram ou Transtorno de Ajustamento com
pioraram imediatamente após a [CONDIÇÃO Humor Deprimido em resposta ao
MÉDICA GERAL COMÓRBIDA] ter estresse de ter uma condição médica
começado? geral).

SE SIM E A CONDIÇÃO
MÉDICA GERAL FOI
RESOLVIDA: Os [SINTOMAS
DE HUMOR] melhoraram após a
[CONDIÇÃO MÉDICA GERAL

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 18


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SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

COMÓRBIDA] ter melhorado?

Se A62 for codificado como “-” (isto é, não há condição médica geral etiológica), vá para A65, pág. 20 (Transtorno de
Humor Induzido por substância).

SE NÃO ESTIVER CLARO: Quanto E. Os sintomas causam sofrimento clinicamente


A63 [SINTOMAS DE HUMOR] interferem em sua
? - + A63
significativo ou prejuízo no funcionamento
vida? social ou ocupacional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, B/C e E SÃO


A64 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA] no CODIFICADOS COMO “+”
? - + A64
último mês? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE
TRANSTORNO DE HUMOR DEVIDO A
UMA CONDIÇÃO MÉDICA GERAL)

Se sintomas de humor não são cronologicamente associados com uso de substância, retorne para que o episódio seja
avaliado:
A12 para Episódio Depressivo maior (pág. 06)
A27 para Episódio Maníaco (pág. 11)
A42 para Episódio Hipomaníaco (pág. 14)
A58 para Transtorno Distímico (pág. 17)
D11 para Outros Transtornos Bipolares (pág. 41)
D18 para Transtorno Depressivo SOE (pág. 43)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 19


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

TRANSTORNO DE HUMOR CRITÉRIOS PARA


INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA TRANSTORNO DE HUMOR
INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA

NOTA: Critério D (isto é, não ocorre durante


delirium) foi omitido da SCID.

CODIFIQUE BASEADO EM A. Uma perturbação proeminente e persistente


A65 INFORMAÇÕES JÁ OBTIDAS
? - + A65
do humor predomina no quadro clínico e se
caracteriza por um dos seguintes sintomas (ou
ambos):
(1) humor depressivo ou diminuição acentuada
do interesse ou prazer por todas ou quase
todas as atividades
(2) humor elevado, expansivo ou irritável

SE NÃO SOUBER: Quando os [SINTOMAS B. Existem evidências, a partir da história, exame


A66 DE HUMOR] começaram? Você já estava
? - + A66
físico ou achados laboratoriais, de (1) ou (2):
usando [SUBSTÂNCIA] ou tinha acabado de (1) os sintomas no Critério A desenvolveram-se
parar ou diminuído o seu uso? durante ou dentro de 1 mês após Intoxicação
com Substância ou Abstinência de Substância
(2) o uso de um medicamento está
etiologicamente relacionado com a perturbação

Se sintomas de humor não são cronologicamente associados com uso de substância, retorne para que o episódio seja
avaliado:
A12 para Episódio Depressivo maior (pág. 06)
A27 para Episódio Maníaco (pág. 11)
A42 para Episódio Hipomaníaco (pág. 14)
A58 para Transtorno Distímico (pág. 17)
D11 para Outros Transtornos Bipolares (pág. 41)
D18 para Transtorno Depressivo SOE (pág. 43)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 20


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

Você acha que [SINTOMAS DE HUMOR] C. A perturbação não é melhor explicada por um
A67 estão de alguma forma relacionados ao uso de
? - + A67
Transtorno de Humor não induzido por
[SUBSTÂNCIA]? substância. As evidências de que os sintomas
são melhor explicados por um Transtorno de
SE SIM: Conte-me como. Humor não induzido por substância podem
incluir as seguintes características:
PERGUNTE QUALQUER DAS SEGUINTES
QUESTÕES SE NECESSÁRIO PARA
DESCARTAR UMA ETIOLOGIA NÃO
RELACIONADA À SUBSTÂNCIA.

SE NÃO SOUBER: O que veio primeiro, o uso (1) os sintomas precedem o início do uso da
[SUBSTÂNCIA] ou os [SINTOMAS DE substância (ou do medicamento)
HUMOR]?

SE NÃO SOUBER: Houve um período de


tempo em que você parou de usar
(2) os sintomas persistem por um período
substancial de tempo (por ex., cerca de 1 mês)
[SUBSTÂNCIA]?
após a cessação da abstinência ou intoxicação
aguda
SE SIM: Após ter parado de usar
[SUBSTÂNCIA], os [SINTOMAS
DE HUMOR] melhoraram?

SE NÃO SOUBER: Qual a quantidade de


[SUBSTÂNCIA] você estava usando, quando (3) os sintomas psicóticos excedem
começou a ter [SINTOMAS DE HUMOR]? substancialmente o que seria esperado, tendo
em vista o tipo ou a quantidade da substância
usada ou a duração do uso
SE NÃO SOUBER: Você teve outros
episódios de [SINTOMAS DE HUMOR]? (4) existem outras evidências sugerindo a
existência de um Transtorno de Humor
SE SIM: Quantas vezes? Você estava independente, não induzido por substância
usando [SUBSTÂNCIA] nestes episódios? (por ex., uma história de episódios recorrentes
não relacionados a substâncias)

Se A67 for codificado como “-” (isto é, a perturbação é melhor explicada por um Transtorno de Humor não induzido por
substância), retorne para que o episódio seja avaliado:
A12 para Episódio Depressivo maior (pág. 06)
A27 para Episódio Maníaco (pág. 11)
A42 para Episódio Hipomaníaco (pág. 14)
A58 para Transtorno Distímico (pág. 17)
D11 para Outros Transtornos Bipolares (pág. 41)
D18 para Transtorno Depressivo SOE (pág. 43)

SE NÃO ESTIVER CLARO: Quanto E. Os sintomas causam sofrimento clinicamente


A68 [SINTOMAS DE HUMOR] interferem em sua
? - +
significativo ou prejuízo no funcionamento

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 21


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SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

vida? social ou ocupacional ou em outras áreas


importantes da vida do indivíduo. A68

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, B, C e E SÃO


A69 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA] no CODIFICADOS COMO “+”
? - + A69
último mês? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE
TRANSTORNO DE HUMOR INDUZIDO
POR SUBSTÂNCIA).

Retorne para que o episódio seja avaliado:


A12 para Episódio Depressivo maior (pág. 06)
A27 para Episódio Maníaco (pág. 11)
A42 para Episódio Hipomaníaco (pág. 14)
A58 para Transtorno Distímico (pág. 17)
D11 para Outros Transtornos Bipolares (pág. 41)
D18 para Transtorno Depressivo SOE (pág. 43)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 22


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SCID-CV A. EPISÓDIOS DE HUMOR

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 23


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SCID-CV B. SINTOMAS PSICÓTICOS E ASSOCIADOS

B. SINTOMAS PSICÓTICOS E ASSOCIADOS

PARA CADA SINTOMA PSICÓTICO, DESCREVA NA FOLHA DE RESPOSTA O CONTEÚDO ATUAL E INDIQUE A
ÉPOCA DURANTE A QUAL O SINTOMA ESTEVE PRESENTE.

Agora eu vou lhe fazer algumas perguntas sobre DELÍRIOS


experiências pouco comuns que às vezes as Falsas crenças pessoais baseadas em uma
pessoas podem ter. inferência incorreta da realidade externa,
sustentadas firmemente, apesar daquilo que a
maioria das pessoas acredita, e apesar daquilo
que constitui prova ou evidência irrefutável e
óbvia do contrário. A crença não é
habitualmente aceita por outros membros da
cultura ou subcultura da pessoa. Não considere
como delírios, crenças irracionais e mantidas,
que são sustentadas com intensidade menor que
a delirante (idéias supervalorizadas).

Já lhe pareceu que as pessoas estavam falando a Delírios de referência, isto é, eventos,
B1 seu respeito, ou que o observavam de maneira objetos ou outras pessoas no ambiente do
? - + B1
especial? indivíduo, tem um significado particular ou
incomum que é claramente injustificado.
SE SIM: Você estava convencido de que elas
estavam falando a seu respeito, ou você achou
que poderia ter sido sua imaginação?

E quanto a existir alguém se esforçando para lhe Delírios persecutórios, isto é, o indivíduo
B2 causar problemas, ou tentando prejudicar você? (ou o seu grupo) está sendo atacado,
? - + B2
incomodado, prejudicado, perseguido ou sendo
objeto de uma conspiração.

Você já achou que era especialmente importante Delírios de grandiosidade, isto é, o conteúdo
B3 de alguma maneira, ou que teria poderes de fazer envolve poder, conhecimento ou importância
? - + B3
coisas que as outras pessoas não poderiam exagerados, ou um relacionamento especial com
fazer? uma divindade ou uma pessoa famosa.

Você já sentiu que algo estava muito errado com Delírios somáticos, isto é, o conteúdo
B4 sua saúde física, mesmo após seu médico ter envolve uma mudança ou um distúrbio na
? - + B4
dito que não havia nada de errado… como ter aparência ou funcionamento corporal.
câncer ou outra doença grave?

Você já esteve convencido de que algo estava


muito errado com a aparência de uma parte ou
de várias partes do seu corpo?

(Você já sentiu que algo estranho estava


acontecendo com partes do seu corpo?)

(Você já teve alguma experiência religiosa Outros delírios, isto é, religiosos, de ciúmes,
B5 incomum?) de culpa, de controle, irradiação do pensamento,
? - +
inserção e roubo do pensamento.
(Você já achou que tinha cometido um crime ou
feito alguma coisa terrível pela qual deveria ser
punido?)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 24


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV B. SINTOMAS PSICÓTICOS E ASSOCIADOS

(Você já achou que alguém ou alguma coisa fora B5


de você estava controlando seus pensamentos
ou suas ações, contra a sua vontade?)

(Você já acreditou que alguém poderia ler sua


mente?)

(Você já achou que certos pensamentos que não


eram seus foram colocados em sua cabeça? E
quanto a serem tirados da sua cabeça?)

ALUCINAÇÕES
Percepções sensoriais que apresentam a
sensação de realidade de uma percepção
verdadeira, mas que ocorrem sem estimulação
externa do órgão sensorial relevante.

Você já escutou coisas que as outras pessoas Alucinações auditivas quando totalmente
B6 não podiam ouvir, como barulhos, ou vozes de acordado e escutadas dentro ou fora da cabeça.
? - + B6
pessoas cochichando ou conversando?

SE SIM: O que você ouvia? Com que frequência


você escutava isso?

Você já teve visões ou viu coisas que as outras Alucinações visuais.


B7 pessoas não podiam ver? (Você estava acordado
? - + B7
neste momento?)

E quanto a sensações estranhas no seu corpo ou Alucinações táteis, por exemplo, eletricidade.
B8 na sua pele?
? - + B8

E quanto a sentir o cheiro ou o gosto de coisas Outras alucinações, por exemplo, gustativa,
B9 que outras pessoas não poderiam sentir? olfativa.
? - + B9

O RESTANTE DOS ITENS NESTA SEÇÃO


SÃO BASEADOS NA OBSERVAÇÃO OU
NA HISTÓRIA.

Agora eu preciso parar um pouco para fazer


algumas anotações.

Comportamento catatônico, por exemplo,


B10 catalepsia, estupor, agitação catatônica,
? - + B10
negativismo, mutismo, rigidez, movimentos
estereotipados, ecolalia, ecopraxia.
Comportamento grosseiramente
B11 desorganizado, por exemplo, aparência
? - + B11
marcantemente desmazelada, comportamento
sexual grosseiramente inapropriado, agitação
imprevisível e imotivada.

Afeto grosseiramente inapropriado, por


B12 exemplo, sorri enquanto discute ser perseguido.
? - + B12
Fala desorganizada, por exemplo,
B13 descarrilhamento frequente (afrouxamento das
? - +
associações) ou incoerência.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 25


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV B. SINTOMAS PSICÓTICOS E ASSOCIADOS

Sintomas negativos, por exemplo, afeto B13


B14 embotado, alogia, avolição.
? - + B14
SE DELÍRIOS OU ALUCINAÇÕES
B15 ESTIVERAM PRESENTES EM ALGUM
? - + B15
MOMENTO, PREENCHA A SESSÃO DE
CRONOLOGIA.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 26


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

Se nenhum sintoma psicótico do Módulo B jamais esteve presente, vá para o Módulo D, pág. 38.

Sintomas psicóticos ocorrem em outros momentos que não durante Episódios Depressivo Maior,
C1 Maníaco e Misto.
? - + C1
A seguinte questão pode ser perguntada para esclarecimento: SE UM EPISÓDIO
DEPRESSIVO MAIOR, MANÍACO OU MISTO JÁ ESTEVE PRESENTE: Já houve algum
período em que você teve [SINTOMAS PSICÓTICOS] e você não estava [DEPRIMIDO /
MANÍACO]?

Transtorno do Humor com sintomas psicóticos - Vá para


Módulo D (Transtornos do Humor), pág. 38.

CRITÉRIOS PARA ESQUIZOFRENIA

NOTA: Os critérios para Esquizofrenia estão apresentados em uma ordem diferente daquela no DSM-IV.

A. Dois (ou mais) dos seguintes, presentes por uma porção significativa de tempo durante um período de
C2 1 mês (ou menos, se tratados com sucesso):
? - + C2
(1) delírios
(2) alucinações
(3) discurso desorganizado (por ex., freqüente descarrilamento ou incoerência)
(4) comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico
(5) sintomas negativos, isto é, embotamento afetivo, alogia ou avolição

[Nota: Apenas um sintoma do Critério A é necessário se os delírios são bizarros ou as alucinações


consistem de vozes que comentam o comportamento ou os pensamentos da pessoa, ou duas ou mais vozes
conversando entre si.]

Vá para C21, pág. 32.

C3

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 27


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

C3 D. Transtorno Esquizoafetivo e Transtorno do Humor com Aspectos Psicóticos foram descartados, ? - + C3


porque:
(1) nenhum Episódio Depressivo Maior, Maníaco ou Misto ocorreu concomitantemente aos sintomas da
fase ativa (isto é, sintomas do critério A listados em C2).
A seguinte questão pode ser perguntada para esclarecimento: Já houve um período no
qual você teve [SINTOMAS PSICÓTICOS] ao mesmo tempo em que você estava
[deprimido/eufórico/irritável / PALAVRAS DO PACIENTE]

(2) Se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua


duração total foi breve com relação à duração dos períodos ativo e residual.
Questão para esclarecimento: Durante quanto tempo quando você estava [SINTOMAS DAS
FASES ATIVA E RESIDUAL] você diria que também estava [deprimido/eufórico/irritável /
PALAVRAS DO PACIENTE]?

NOTA: Codifique como “+” se nunca houve quaisquer Episódios Depressivo Maior, Maníaco ou Misto,
se todos estes episódios ocorreram durante a fase prodrômica ou residual, ou se sintomas de humor foram
breves em relação à duração total da perturbação. Codifique como “-” se quaisquer episódios de humor
coincidiram com sintomas psicóticos E o transtorno de humor esteve presente durante parte significante do
tempo total da perturbação.

Vá para C16, pág. 31.

C4 C. Sinais contínuos da perturbação persistem por pelo menos 6 meses. Este período de 6 meses deve ? - + C4
incluir pelo menos 1 mês de sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que satisfazem o critério A
(isto é, sintomas da fase ativa) e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante
esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por
sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados no Critério A presentes de uma forma
atenuada (por ex., crenças estranhas, experiências perceptuais incomuns).

Questão para esclarecimento: Entre [EPISÓDIOS MÚLTIPLOS], você voltou ao seu normal?
Quanto tempo cada episódio durou?

Vá para C13, pág. 30.

C5 D. Por uma porção significativa do tempo desde o início da perturbação, uma ou mais áreas importantes ? - + C5
do funcionamento, tais como trabalho, relações interpessoais ou cuidados pessoais, estão
acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início do transtorno (ou, quando o início dá-se na
infância ou adolescência, fracasso em atingir o nível esperado de aquisição interpessoal, acadêmica ou
ocupacional).
Questão para esclarecimento: Quando você estava com [SINTOMAS DO CRITÉRIO A],
você teve dificuldades no trabalho ou para cuidar de você mesmo?

Vá para C39, pág. 37.


C6

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 28


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

C6 E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de ? - + C6
abuso, um medicamento) ou a uma condição médica geral.

Questão para esclarecimento: Você estava tomando algum tipo de droga ou remédio durante
aquele período? Você estava doente fisicamente naquele período?

Se há qualquer indicação de que os sintomas psicóticos podem ser secundários (isto é, uma
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral ou substância), vá para pág. 34, e
retorne aqui para codificar como “sim” ou “não”.

Condições médicas gerais etiologicamente relacionadas com transtorno psicótico incluem condições
neurológicas (por ex., neoplasias, doença cerebrovascular, doença de Huntington, epilepsia, lesão do nervo
auditivo, surdez, enxaqueca, infecções do SNC), condições endócrinas (por ex., hiper- e hipotireoidismo,
hiper- e hipoparatireoidismo, hipocortisolismo), condições metabólicas (por ex., hipóxia, hipercapnia,
hipoglicemia), distúrbios hidro-eletrolíticos, doenças hepática ou renal, e distúrbios auto-imunes com
envolvimento do SNC (por ex., LES).
Substâncias etiologicamente relacionadas com transtorno psicótico incluem álcool, anfetaminas, cannabis,
cocaína, alucinógenos, inalantes, opióides (meperidina), fenciclidina, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, e
outras substâncias ou substâncias desconhecidas.

Vá para C2, pág. 26, se existem outros sintomas psicóticos não devidos a uma substância
ou condição médica geral; senão, vá para Módulo D, pág. 38.

CRITÉRIOS A, B, C, D, e E SÃO PREENCHIDOS (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE


C7 ESQUIZOFRENIA).
? - + C7
SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS PSICÓTICOS OU OUTROS SINTOMAS CODIFICADOS
COMO “+”] no último mês?

Considerar Tipo Paranóide: Atualmente (ou mais recentemente): ? - + C8


C8
A. Preocupação com um ou mais delírios ou alucinações auditivas freqüentes.
B. Nenhum dos seguintes sintomas é proeminente: discurso desorganizado, comportamento
desorganizado ou catatônico, ou afeto embotado ou inadequado.

Vá para o Módulo D, pág. 38. Esquizofrenia, Tipo Paranóide

Considerar Tipo Catatônico: Atualmente (ou mais recentemente) o quadro clínico é


C9 predominantemente caracterizado por pelo menos dois dos seguintes:
? - + C9
(1) imobilidade motora evidenciada por cataplexia (incluindo flexibilidade cérea ou estupor)
(2) atividade motora excessiva (aparentemente desprovida de propósito e não influenciada por estímulos
externos)
(3) extremo negativismo (uma resistência aparentemente imotivada a qualquer instrução, ou manutenção
de uma postura rígida contra tentativas de mobilização) ou mutismo
(4) peculiaridades do movimento voluntário evidenciadas por posturas (adoção voluntária de posturas
inadequadas ou bizarras, movimentos estereotipados, maneirismos proeminentes ou trejeitos faciais
proeminentes)
(5) ecolalia ou ecopraxia

Vá para o Módulo D, pág. 38. Esquizofrenia, Tipo Catatônico

C1
0
(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 29
First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

Considerar Tipo Desorganizado: Atualmente (ou mais recentemente) os seguintes critérios são
C1 preenchidos:
? - + C1
0 A. Todos os seguintes sintomas são proeminentes: 0
(1) discurso desorganizado
(2) comportamento desorganizado
(3) afeto embotado ou inadequado
B. Não são satisfeitos os critérios para Tipo Catatônico.

Vá para o Módulo D, pág. 38. Esquizofrenia, Tipo Desorganizado

Considerar Tipo Indiferenciado: Atualmente (ou mais recentemente) os sintomas do critério A para
C1 Esquizofrenia estão presentes, mas os critérios não são preenchidos para Tipos Paranóide, Catatônico ou
? - + C1
1 Desorganizado. 1

Vá para o Módulo D, pág. 38. Esquizofrenia, Tipo Indiferenciado

Considerar Tipo Residual: Atualmente (ou mais recentemente) os seguintes critérios são preenchidos:
C1 ? - + C1
A. Ausência de delírios e alucinações, discurso desorganizado e comportamento amplamente
2 desorganizado ou catatônico proeminentes.
B. Existem evidências contínuas da perturbação, indicadas pela presença de sintomas negativos ou por
dois ou mais sintomas relacionados no Critério A para Esquizofrenia, presentes de forma atenuada
(por ex., crenças estranhas, experiências perceptuais incomuns).

Vá para o Módulo D, pág. 38. Esquizofrenia, Tipo Residual

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 30


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME

C1 B. Um episódio do transtorno (incluindo as fases prodrômica, ativa e residual) dura no mínimo 1 mês, ? - + C1
mas menos de 6 meses.
3
Questão para esclarecimento: Por quanto tempo duraram [SINTOMAS PSICÓTICOS]?

Vá para C27, pág. 33.

C1 A. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de ? - + C1
abuso, um medicamento) ou a uma condição médica geral.
4
Questão para esclarecimento: Você estava tomando algum tipo de droga ou remédio durante
aquele período? Você estava fisicamente doente naquele período?

Consulte a lista de condições médicas gerais e substâncias no item C6, pág. 28.

Se há qualquer indicação de que os sintomas psicóticos podem ser secundários (isto é, uma
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral ou substância), vá para pág. 34 e
retorne aqui para codificar o critério.

Volte para C2, pág. 26, se existem outros sintomas psicóticos não devidos a uma substância
ou condição médica geral; do contrário, vá para Módulo D, pág. 38.

CRITÉRIOS A E B SÃO PREENCHIDOS (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO


C1 ESQUIZOFRENIFORME).
? - + C1
5
SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CODIFICADOS COMO “+”] no último mês?

Vá para Módulo D, pág. 38

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 31


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO

A. Um período ininterrupto de doença durante o qual, em algum momento, existe um Episódio


C1 Depressivo Maior (o qual deve incluir o critério A1: humor deprimido), um Episódio Maníaco ou um
? - + C1
6 Episódio Misto, concomitante com sintomas que satisfazem o Critério A para Esquizofrenia.

Vá para C39, pág. 37.

B. Durante o mesmo período de doença, ocorreram delírios ou alucinações por pelo menos 2 semanas,
C1 na ausência de sintomas proeminentes de humor.
? - + C1
7
Questão para esclarecimento: Houve alguma vez em que você teve [SINTOMAS
PSICÓTICOS], sem estar [MANÍACO OU DEPRIMIDO]?

Vá para C39, pág. 37.

C. Os sintomas que satisfazem os critérios para um episódio de humor estão presentes por uma porção
C1 substancial da duração total dos períodos ativo e residual da doença.
? - + C1
8
Vá para C39, pág. 37.

C1 D. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de ? - + C1
abuso, um medicamento) ou a uma condição médica geral. NOTA: Consulte a lista de condições
9 médicas gerais e substâncias no item C6, pág. 28.
Questão para esclarecimento: Você estava tomando alguma droga ou remédio durante aquele
período? Você estava fisicamente doente naquele período?

Se há qualquer indicação de que os sintomas psicóticos podem ser secundários (isto é, uma
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral ou substância), vá para pág. 34 e
retorne aqui para codificar como “sim” ou “não”.

Volte para C2, pág. 26, se existem outros sintomas psicóticos


não devidos a uma substância ou condição médica geral; do
contrário, vá para Módulo D, pág. 38.

CRITÉRIOS A, B, C e D SÃO PREENCHIDOS (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO


C2 ESQUIZOAFETIVO).
? - + C2
0
SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CODIFICADOS COMO “+”] no último mês?

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 32


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

Vá para Módulo D, pág. 38.

CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO DELIRANTE

A. Delírios não-bizarros (isto é, envolvendo situações que ocorrem na vida real, tais como ser seguido,
C2 envenenado, infectado, amado a distância, traído por cônjuge ou parceiro romântico ou ter uma
? - + C2
1 doença) com duração mínima de 1 mês.

Vá para C27, pág. 33.

B. O critério A para Esquizofrenia jamais foi satisfeito. Nota: alucinações táteis e olfativas podem estar
C2 presentes no Transtorno Delirante, se relacionadas ao tema dos delírios.
? - + C2
2
Vá para C39, pág. 37.

C. Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de suas ramificações, o funcionamento não está
C2 acentuadamente prejudicado, e o comportamento não é visivelmente esquisito ou bizarro.
? - + C2
3
Vá para C39, pág. 37.

D. Se episódios de humor ocorreram durante os delírios, sua duração total foi breve em relação à
C2 duração dos períodos delirantes.
? - + C2
4
Questão para esclarecimento: Já houve um período no qual você acreditava [DELÍRIOS], ao
mesmo tempo em que você estava [deprimido/exaltado/irritável / PALAVRAS DO PACIENTE]?
Durante quanto tempo em que você acreditava [DELÍRIOS], você diria que, ao mesmo tempo,
estava [deprimido/exaltado/irritável / PALAVRAS DO PACIENTE]?

NOTA: Codifique como “+” se 1) nunca houve qualquer episódio de humor, 2) episódios de humor
ocorreram outras vezes que não durante o período delirante, ou 3) episódios de humor foram breves em
relação à duração total do período delirante. Codifique como “-” se os sintomas que preenchem os
critérios para episódios de humor estiveram presentes por uma porção substancial da duração total da
perturbação.
Vá para C39, pág. 37.

E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de
C2 abuso, um medicamento) ou de uma condição médica geral.
? - + C2
5 NOTA: Consulte a lista de condições médicas gerais e substâncias no item C6, pág. 28.

Questão para esclarecimento: Você estava tomando alguma droga ou remédio durante aquele
período? Você estava fisicamente doente durante aquele período?

Se há qualquer indicação de que os sintomas psicóticos podem ser secundários (isto é, uma
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral ou substância), vá para pág. 34 e
retorne aqui codificar este critério.

Volte para C2, pág. 26, se existem outros sintomas psicóticos não devidos a uma substância ou
condição médica geral; do contrário, vá para Módulo D, pág. 38.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 33


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

C2 CRITÉRIOS A, B, C, D e E SÃO PREENCHIDOS (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO ? - + C2


DELIRANTE).
6
SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CODIFICADOS COMO “+”] no último mês?

Vá para Módulo D, pág. 38.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 34


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE

A. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas:


C2 (1) delírios
? - + C2
7 (2) alucinações
(3) discurso desorganizado (por ex., descarrilamento ou incoerência freqüentes)
(4) comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.

Vá para C39, pág. 37.

B. A duração de um episódio da perturbação é de, no mínimo, 1 dia, mas menos de 1 mês, com um
C2 eventual retorno completo ao nível de funcionamento pré-mórbido.
? - + C2
8
Vá para C39, pág. 37.

C(1). A perturbação não é melhor explicada por Transtorno do Humor com Aspectos Psicóticos,
C2 Transtorno Esquizoafetivo ou Esquizofrenia.
? - + C2
9
Vá para C39, pág. 37.

C(2). A perturbação não é devida a efeitos diretos de uma substância (p.ex., uma droga de abuso, uma
C3 medicação) ou uma condição médica geral. NOTA: Consulte a lista de condições médicas gerais e
? - + C3
0 substâncias no item C6, pág. 28.

Questão para esclarecimento: Você estava tomando alguma droga ou remédio durante aquele
período? Você estava fisicamente doente durante aquele período?

Se há qualquer indicação de que os sintomas psicóticos podem ser secundários (isto é, uma
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral ou substância), vá para pág. 34 e
retorne aqui para codificar este critério.

Volte para C2, pág. 26, se existem outros sintomas psicóticos não devidos a uma substância ou
condição médica geral; do contrário, vá para Módulo D, pág. 38.

CRITÉRIOS A, B e C SÃO PREENCHIDOS (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO


C3 PSICÓTICO BREVE).
? - + C3
1
SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CODIFICADOS COMO “+”] no último mês?

Vá para Módulo D, pág. 38.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 35


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

CONSIDERAR O PAPEL ETIOLÓGICO DE UMA CONDIÇÃO MÉDICA GERAL OU


USO DE SUBSTÂNCIA

Se sintomas psicóticos não estão temporalmente associados com uma condição médica geral, vá para C35, pág. 35 (Transtorno
Psicótico Induzido por Substância).

TRANSTORNO PSICÓTICO CRITÉRIOS P/ TRANSTORNO


DEVIDO A UMA CONDIÇÃO PSICÓTICO DEVIDO A UMA
MÉDICA GERAL CONDIÇÃO MÉDICA GERAL

NOTA: Critério D (isto é, não ocorre durante


delirium) foi omitido na SCID.

CODIFIQUE BASEADO EM A. Alucinações ou delírios proeminentes.


C3 INFORMAÇÕES JÁ OBTIDAS
? - + C3

Você acha que seus [DELÍRIOS / B/C. Existem evidências, a partir da história,
C3 ALUCINAÇÕES] estavam de alguma forma do exame físico ou de achados
? - + C3
relacionadas a sua [CONDIÇÃO MÉDICA laboratoriais, de que a perturbação é
GERAL COMÓRBIDA]? conseqüência fisiológica direta de uma
condição médica geral, e a perturbação
SE SIM: Conte-me como. não é melhor explicada por outro
transtorno mental.
Os [DELÍRIOS/ALUCINAÇÕES] começaram
ou pioraram imediatamente após a
[CONDIÇÃO MÉDICA GERAL
COMÓRBIDA] ter começado?

SE SIM E A CONDIÇÃO MÉDICA


GERAL FOI RESOLVIDA: Os
[DELÍRIOS /ALUCINAÇÕES]
melhoraram após a [CONDIÇÃO
MÉDICA GERAL COMÓRBIDA]
ter melhorado?

Se C33 for codificado como “-” (condição médica geral não é etiologicamente relacionada ao transtorno psicótico), vá para C35,
pág. 35 (Transtorno Psicótico Induzido por Substância).

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A e B/C SÃO PREENCHIDOS


C3 CODIFICADOS COMO “+”] no último mês? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO
? - + C3
PSICÓTICO DEVIDO UMA CONDIÇÃO
MÉDICA GERAL).

Se os sintomas psicóticos não estão temporalmente associados com o uso de substância, retorne a transtorno sendo avaliado:
C6 para Esquizofrenia (pág. 28)
C14 para Transtorno Esquizofreniforme (pág. 30)
C19 para Transtorno Esquizoafetivo (pág. 31)
C25 para Transtorno Delirante (pág. 32)
C30 para Transtorno Psicótico Breve (pág. 33)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 36


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

TRANSTORNO PSICÓTICO CRITÉRIOS P/ TRANSTORNO


INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA PSICÓTICO INDUZIDO POR
SUBSTÂNCIA

NOTA: Critério D (isto é, não ocorre durante


delirium) foi omitido na SCID.

CODIFIQUE BASEADO EM A. Alucinações ou delírios proeminentes. Nota:


C3 INFORMAÇÕES JÁ OBTIDAS Não inclua alucinações se a pessoa possui insight
? - + C3
(enquanto as está experienciando) de que elas são
induzidas por uma substância.

SE NÃO SOUBER: Quando os B. Existem evidências, a partir da história, exame


C3 [DELÍRIOS/ALUCINAÇÕES] começaram? físico ou achados laboratoriais, de (1) ou (2):
? - + C3
Você já estava usando [SUBSTÂNCIA] ou (1) os sintomas no Critério A desenvolveram-se
tinha parado ou diminuído o seu uso, durante ou dentro de 1 mês após Intoxicação
recentemente? com Substância ou Abstinência de Substância
(2) o uso de um medicamento está
etiologicamente relacionado com a perturbação

Se C36 for codificado como “-” (isto é, não etiologicamente relacionado a uma substância), retorne ao transtorno, sendo avaliado:
C6 para Esquizofrenia (pág. 28)
C14 para Transtorno Esquizofreniforme (pág. 30)
C19 para Transtorno Esquizoafetivo (pág. 31)
C25 para Transtorno Delirante (pág. 32)
C30 para Transtorno Psicótico Breve (pág. 33)

Você acha que [DELÍRIOS / C. A perturbação não é melhor explicada por um


C3 ALUCINAÇÕES] estão de alguma forma
? - +
Transtorno Psicótico não induzido por
relacionados ao uso de [SUBSTÂNCIA]? substância. As evidências de que os sintomas
são melhor explicados por um Transtorno
SE SIM: Conte-me como.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 37


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

Psicótico não induzido por substância podem


PERGUNTE QUALQUER UMA DAS incluir as seguintes características: C3
SEGUINTES QUESTÕES SE NECESSÁRIO
PARA DESCARTAR UMA ETIOLOGIA
NÃO RELACIONADA À SUBSTÂNCIA.

SE NÃO SOUBER: O que veio primeiro, o uso


[SUBSTÂNCIA] ou os [DELÍRIOS /
(1) os sintomas precedem o início do uso da
substância (ou do medicamento)
ALUCINAÇÕES]?

SE NÃO SOUBER: Houve um período de


(2) os sintomas persistem por um período
tempo em que você parou de usar
substancial de tempo (por ex., cerca de 1 mês)
[SUBSTÂNCIA]?
após a cessação da abstinência ou intoxicação
SE SIM: Após ter parado de usar aguda
[SUBSTÂNCIA], os [DELÍRIOS/
ALUCINAÇÕES] melhoraram?

SE NÃO SOUBER: Qual a quantidade de (3) os sintomas psicóticos excedem


[SUBSTÂNCIA] você estava usando, quando substancialmente o que seria esperado, tendo
começou a ter [DELÍRIOS / em vista o tipo ou a quantidade da substância
ALUCINAÇÕES]? usada ou a duração do uso
SE NÃO SOUBER: Você teve outros (4) existem outras evidências sugerindo a
episódios de [DELÍRIOS / ALUCINAÇÕES]? existência de um Transtorno Psicótico
SE SIM: Quantas vezes? Você estava independente, não induzido por substância
usando [SUBSTÂNCIA] nestes episódios? (por ex., uma história de episódios recorrentes
não relacionados a substâncias)

Se C37 for codificado como “-” (isto é, a perturbação é melhor explicada por um transtorno psicótico não induzido por substância),
retorne ao transtorno que está sendo avaliado:
C6 para Esquizofrenia (pág. 28)
C14 para Transtorno Esquizofreniforme (pág. 30)
C19 para Transtorno Esquizoafetivo (pág. 31)
C25 para Transtorno Delirante (pág. 32)
C30 para Transtorno Psicótico Breve (pág. 33)

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, B e C SÃO PREENCHIDOS


C3 CODIFICADOS (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO
? - + C3
COMO “+”] no último mês? PSICÓTICO INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA)

Retorne ao transtorno que está sendo avaliado:


C6 para Esquizofrenia (pág. 28)
C14 para Transtorno Esquizofreniforme (pág. 30)
C19 para Transtorno Esquizoafetivo (pág. 31)
C25 para Transtorno Delirante (pág. 32)
C30 para Transtorno Psicótico Breve (pág. 33)

TRANSTORNO PSICÓTICO SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO

Esta categoria deve ser usada para diagnosticar sintomatologia psicótica (isto é, delírios, alucinações,
C3 discurso desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico) acerca da qual há
? - +
informações inadequadas para fazer um diagnóstico específico ou sobre a qual existem informações
contraditórias, ou transtornos com sintomas psicóticos que não satisfazem os critérios para qualquer
Transtorno Psicótico específico, definidos acima.

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS PSICÓTICOS] no último mês?


(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 38
First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV C. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

C3

Vá para Módulo D, pág. 38.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 39


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV D. TRANSTORNOS DE HUMOR

D. TRANSTORNOS DE HUMOR

Se nunca houve quaisquer sintomas de humor clinicamente significativos, vá para Módulo E, pág. 44.

CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO BIPOLAR I

História de um ou mais Episódios Maníacos ou Mistos (veja A28, pág. 11).


D1 NOTA: Em um episódio misto, preenchem-se os critérios tanto para Episódio Maníaco quanto para
? - + D1
Episódio Depressivo Maior (exceto pela duração), quase todos os dias, durante um período mínimo de
uma semana.
Vá para D5, pág. 40.

Pelo menos um Episódio Maníaco ou Misto não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição
D2 médica geral ou uso de substância.
? - + D2
NOTA: Os episódios maniatiformes nitidamente causados por um tratamento antidepressivo somático
(por ex., medicamentos, ECT e fototerapia) não devem ser incluídos em um diagnóstico de Transtorno
Bipolar I.
Vá para D5, pág. 40.

Pelo menos um Episódio Maníaco ou Misto não é melhor explicado por Transtorno Esquizoafetivo e nem
D3 está sobreposto a Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno
? - + D3
Psicótico SOE.

Vá para D5, pág. 40.


TRANSTORNO BIPOLAR I

Selecione o código diagnóstico baseado no episódio atual (ou mais recente) (quinto dígito baseado na gravidade).
D4 D4

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS MANÍACOS OU DEPRESSIVOS] no último mês?


296.40 Transtorno Bipolar I, Episódio mais recente Hipomaníaco
296.0x Transtorno Bipolar I, Episódio Maníaco Único
296.4x Transtorno Bipolar I, Episódio mais recente Maníaco
1-Leve: Satisfaz os critérios sintomatológicos mínimos para um Episódio Maníaco.
2-Moderado: Extremo aumento da atividade ou prejuízo no julgamento.
3-Severo Sem Aspectos Psicóticos: Supervisão quase contínua é necessária para evitar danos
físicos ao próprio indivíduo e a outras pessoas.
4-Severo Com Aspectos Psicóticos: Delírios ou alucinações. Se possível, especificar se os aspectos
psicóticos são congruentes ou incongruentes com o humor:
Aspectos Psicóticos Congruentes com o Humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo é
inteiramente coerente com os temas maníacos típicos de aumento do valor, poder, conhecimentos
ou identidade, ou relacionamento especial com uma divindade ou pessoa famosa.
Aspectos Psicóticos Incongruentes com o Humor: delírios ou alucinações cujo conteúdo não envolve os
temas maníacos típicos de aumento do valor, poder, conhecimentos ou identidade, ou relacionamento especial com
uma divindade ou pessoa famosa. São incluídos sintomas tais como delírios persecutórios (não diretamente
relacionados com idéias ou temas grandiosos), inserção de pensamentos e delírios de ser controlado.
5-Em Remissão Parcial: Presença de sintomas de um Episódio Maníaco, mas não são satisfeitos
todos os critérios, ou existe um período sem quaisquer sintomas significativos de Episódio
Maníaco que dura menos de 2 meses após o término do Episódio Maníaco.
6-Em Remissão Completa: Durante os últimos 2 meses, ausência de sinais ou sintomas
significativos da perturbação.
0-Inespecificado.
296.6x Transtorno Bipolar I, Episódio mais recente Misto
1-Leve : Satisfaz não mais que os critérios sintomatológicos mínimos para um Episódio Maníaco e

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 40


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

D4
SCID-CV D. TRANSTORNOS DE HUMOR D4
um Episódio Depressivo.
2-Moderado: Sintomas ou prejuízo funcional entre "leve" e "severo".
3-Severo Sem Aspectos Psicóticos: Supervisão quase contínua é necessária para evitar danos
físicos ao próprio indivíduo e a outras pessoas.
4-Severo com Aspectos Psicóticos: Delírios ou alucinações. Se possível, especificar se os aspectos
psicóticos são congruentes ou incongruentes com o humor:
Aspectos Psicóticos Congruentes com o Humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo é
inteiramente coerente com os temas maníacos ou depressivos típicos.
Aspectos Psicóticos Incongruentes com o Humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo não
envolve os temas maníacos ou depressivos típicos. São incluídos sintomas tais como delírios
persecutórios (não diretamente relacionados aos temas grandiosos ou depressivos), inserção de
pensamentos, irradiação de pensamentos e delírios de ser controlado.
5-Em Remissão Parcial: Presença de sintomas de um Episódio Misto, mas não são satisfeitos todos
os critérios, ou existe um período sem quaisquer sintomas significativos de um Episódio Misto que
dura menos de 2 meses após o término do Episódio Misto.
7-Em Remissão Completa: Durante os últimos 2 meses, ausência de sinais ou sintomas
significativos da perturbação.
8-Inespecificado.

296.5x Transtorno Bipolar I, Episódio mais recente Depressivo


1-Leve : Poucos sintomas (se existem) excedendo aqueles exigidos para o diagnóstico, e os sintomas
resultam apenas em pequeno prejuízo no funcionamento ocupacional, em atividades sociais
habituais ou relacionamentos com outros.
2-Moderado: Sintomas ou prejuízo funcional entre "leve" e "severo".
3-Severo Sem Aspectos Psicóticos: Diversos sintomas excedendo aqueles necessários para fazer o
diagnóstico e os sintomas interferem acentuadamente no funcionamento ocupacional, em
atividades habituais ou relacionamentos com outros.
4-Severo com Aspectos Psicóticos: Delírios ou alucinações. Se possível, especificar se os aspectos
psicóticos são congruentes ou incongruentes com o humor.
Aspectos Psicóticos Congruentes com o Humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo é
inteiramente coerente com os temas depressivos típicos de inadequação pessoal, culpa, doença,
morte, niilismo ou punição merecida.
Aspectos Psicóticos Incongruentes com o Humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo
não envolve os temas depressivos típicos de inadequação pessoal, culpa, doença, morte, niilismo
ou punição merecida. Estão incluídos sintomas tais como delírios persecutórios (não diretamente
relacionados aos temas depressivos), inserção de pensamentos, irradiação de pensamentos e
delírios de controle.
5-Em Remissão Parcial: Presença de sintomas de um Episódio Depressivo Maior, porém não são
satisfeitos todos os critérios ou existe um período sem quaisquer sintomas significativos de
Episódio Depressivo Maior que dura menos um Episódio Depressivo Maior. (Se o Episódio
Depressivo Maior esteve sobreposto a um Transtorno Distímico, o diagnóstico isolado de
Transtorno Distímico é dado apenas quando não mais são satisfeitos todos os critérios para um
Episódio Depressivo Maior.)
7-Em Remissão Completa: Durante os últimos 2 meses, ausência de sinais ou sintomas
significativos da perturbação.
8-Inespecificado.

296.7 Transtorno Bipolar I, Episódio mais recente Não Especificado (os critérios, exceto pela duração, são
atualmente [ou foram mais recentemente] satisfeitos para um Episódio Maníaco, Episódio Hipomaníaco, Episódio
Misto ou Episódio Depressivo Maior.

Vá para Módulo E, pág. 44.

CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO BIPOLAR II

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 41


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV D. TRANSTORNOS DE HUMOR

Pelo menos um Episódio Hipomaníaco não é devido aos efeitos fisiológicos de uma condição médica geral
D5 ou uso de substância (incluindo tratamento antidepressivo somático) (veja A43, pág. 14)
? - + D5

Vá para D10, pág. 41.

Pelo menos um Episódio Depressivo Maior não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição
D6 médica geral ou uso de substância. (veja A14, pág. 07)
? - + D6

Vá para D10, pág. 41.

Jamais houve um Episódio Maníaco ou um Episódio Misto.


D7 ? - + D7
Vá para D10, pág. 41.

Os Transtornos de Humor não são melhor explicados por Transtorno Esquizoafetivo nem estão
D8 sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno
? - + D8
Psicótico SOE.

Vá para D10, pág. 41.

TRANSTORNO BIPOLAR II

Especifique o episódio atual (ou mais recente):


D9 SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS D9
296.89 Transtorno Bipolar II, Hipomaníaco HIPOMANÍACOS OU DEPRESSIVOS] no último mês?
296.90 Transtorno Bipolar II, Depressivo

Vá para Módulo E, pág. 44.

CRITÉRIOS PARA OUTROS TRANSTORNOS BIPOLARES

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 42


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV D. TRANSTORNOS DE HUMOR

Sintomas Maníacos ou Hipomaníacos clinicamente significativos.


D1 ? - + D1
0 Vá para D13, pág. 42.

Não devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral ou uso de substância.
D1 ? - + D1
1 Se houver alguma indicação de que os sintomas de humor sejam secundários (isto é, uma
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral ou substância), vá para pág. 18 e
retorne aqui para codificar este critério.

Vá para D13, pág. 42.

D1 SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS MANÍACOS OU DEPRESSIVOS] no último mês? ? - + D1


2
Indicar o tipo:
1- 301.13 Transtorno Ciclotímico (deve preencher todos os critérios seguintes):
A. Por 2 anos, pelo menos, presença de numerosos períodos com sintomas hipomaníacos e numerosos
períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para um Episódio Depressivo
Maior. Nota: Em crianças e adolescentes, a duração deve ser de pelo menos 1 ano.
B. Durante o período de 2 anos estipulado acima (1 ano para crianças e adolescentes), a pessoa não ficou
sem os sintomas do Critério A por mais de 2 meses consecutivos.
C. Nenhum Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco ou Episódio Misto esteve presente durante
os 2 primeiros anos da perturbação.

2 - 296.80 Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação (para transtornos com características
bipolares que não satisfazem os critérios para qualquer transtorno bipolar específico.

Vá para Módulo E, pág. 44.

CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 43


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV D. TRANSTORNOS DE HUMOR

Pelo menos um Episódio Depressivo Maior não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição
D1 médica geral ou uso de substância. (veja A14, pág. 07)
? - + D1
3
Vá para D17, pág. 43.

Pelo menos um Episódio Depressivo Maior não é melhor explicado por Transtorno Esquizoafetivo, nem
D1 estão sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno
? - + D1
4 Psicótico SOE

Vá para D17, pág. 43.

Jamais houve um Episódio Maníaco, um Episódio Misto, ou um Episódio Hipomaníaco.


D1 ? - + D1
NOTA: Em um Episódio Misto, satisfazem-se os critérios tanto para Episódio Maníaco, quanto para
5 Episódio Depressivo Maior, quase todos os dias, durante um período mínimo de uma semana.

Vá para D17, pág. 43.


TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

Selecione o código diagnóstico baseado no número de episódios e severidade do episódio atual:


D1 D1
SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS DEPRESSIVOS] no último mês?

296.2x Transtorno Depressivo, Episódio Único


296.4x Transtorno Depressivo, Recorrente (para serem considerados episódios separados, deve haver um
intervalo de pelo menos 2 meses consecutivos, em que os critérios para Episódio Depressivo Maior não são
satisfeitos)
1-Leve : Poucos sintomas, se existem, excedendo aqueles exigidos para o diagnóstico, e os sintomas
resultam apenas em pequeno prejuízo no funcionamento ocupacional, em atividades sociais
habituais ou nos relacionamentos com outros.
2-Moderado: Sintomas ou prejuízo funcional entre "leve" e "severo".
3-Severo Sem Aspectos Psicóticos: Diversos sintomas excedendo aqueles necessários para fazer o
diagnóstico e os sintomas interferem acentuadamente no funcionamento ocupacional, em
atividades habituais ou nos relacionamentos com outros.
4-Severo com Aspectos Psicóticos: Delírios ou alucinações. Se possível, especificar se os aspectos
psicóticos são congruentes ou incongruentes com o humor.
Aspectos Psicóticos Congruentes com o Humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo é
inteiramente coerente com os temas depressivos típicos de inadequação pessoal, culpa, doença,
morte, niilismo ou punição merecida.
Aspectos Psicóticos Incongruentes com o Humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo não
envolve os temas depressivos típicos de inadequação pessoal, culpa, doença, morte, niilismo ou
punição merecida. Estão incluídos sintomas tais como delírios persecutórios (não diretamente
relacionados aos temas depressivos), inserção de pensamentos, irradiação de pensamentos e
delírios de controle.
5-Em Remissão Parcial: Presença de sintomas de um Episódio Depressivo Maior, porém não são
satisfeitos todos os critérios ou existe um período sem quaisquer sintomas significativos de
Episódio Depressivo Maior que dura menos de 2 meses após o término de um Episódio Depressivo
Maior. (Se o Episódio Depressivo Maior esteve sobreposto a um Transtorno Distímico, o
diagnóstico isolado de Transtorno Distímico é dado apenas quando não mais são satisfeitos todos
os critérios para um Episódio Depressivo Maior.)
7-Em Remissão Completa: Durante os últimos 2 meses, ausência de sinais ou sintomas
significativos da perturbação.
8 - Inespecificado.

Vá para Módulo E, pág. 44.


CRITÉRIOS PARA TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR SOE

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 44


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV D. TRANSTORNOS DE HUMOR

Sintomas depressivos clinicamente significantes que não satisfazem os critérios para um Transtorno
D1 Depressivo específico ou Transtorno de Ajustamento e não são melhor explicados por um Luto.
? - + D1
7
Vá para Módulo E, pág. 44.

Não devido a efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral ou substância (incluindo
D1 tratamento antidepressivo somático).
? - + D1
8
Se houver qualquer indicação de que os sintomas de humor possam ser secundários (isto é, uma
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral ou substância), vá para pág. 18, e volte
aqui para codificar este critério.

Vá para Módulo E, pág. 44.

311 Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação


D1 ? - + D1
9 SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS DEPRESSIVOS] no último mês?

Vá para Módulo E, pág. 44.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 45


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS


Como são seus hábitos de beber? (Quanto você bebe?) (Com que frequência?) (O que você bebe?)

SE ATUALMENTE NÃO BEBE PESADAMENTE: Já houve um período na sua vida em que você bebia muito? (Com que
frequência você bebia?) (O que você bebia? Quanto? Quanto tempo aquele período durou?)

(Atualmente / Durante aquele período…)


…o álcool causa (causou) problemas para você?
…alguém faz (fez) objeção ao seu jeito de beber?

Se Dependência ao Álcool é sugestiva, vá para E7 (pág. 46).

já houve um período em que bebeu


E1 excessivamente OU já teve qualquer evidência
? - + E1
de problemas relacionados ao álcool.

Se E1 for codificado como “-” (isto é, nunca bebeu excessivamente ou nunca teve problemas relacionados ao álcool), vá para E17,
Transtornos de Uso de Substâncias Não-Álcool, pág. 48.

ABUSO DE ÁLCOOL CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS


PARA ABUSO DE ÁLCOOL
Deixe-me perguntar mais algumas questões Um período mal-adaptativo de uso de
sobre [PERÍODO EM QUE BEBEU MAIS / substância levando a prejuízo ou sofrimento
PERÍODO COM MAIS PROBLEMAS]. clinicamente significativo, manifestado por um
Durante aquele período… (ou mais) dos seguintes critérios, ocorrendo
dentro de um período de 12 meses:

Você já faltou ao trabalho ou à escola por que (1) Uso recorrente de álcool resultando em um
E2 estava intoxicado, “bêbado” ou “de ressaca”?
? - + E2
fracasso em cumprir obrigações importantes
(Com que frequência?) E quanto a fazer mal- relativas a seu papel no trabalho, na escola
feito seu trabalho ou ir mal na escola, devido ao ou em casa (p.ex., repetidas ausências ou
seu hábito de beber? fraco desempenho ocupacional relacionados
ao uso do álcool; ausências, suspensões ou
SE NÃO: E quanto a não manter sua expulsões da escola, relacionadas ao álcool;
casa limpa ou não tomar conta direito negligência dos filhos ou dos afazeres
de seus filhos devido ao hábito de domésticos)
beber? (Com que frequência?)

Você já bebeu numa situação na qual poderia ser (2) Uso recorrente de álcool em situações nas
E3 perigoso beber? (Você já dirigiu enquanto estava
? - + E3
quais isto representa perigo físico (p.ex.,
muito bêbado para fazê-lo?) dirigir um veículo ou operar uma máquina
quando prejudicado pelo uso do álcool
SE SIM: Quantas vezes? (Quando?)

O seu hábito de beber trouxe-lhe problemas com (3) Problemas legais recorrentes relacionados ao
E4 a justiça? (Fale-me sobre isto.)
? - + E4
álcool (p.ex., detenções por conduta
desordeira relacionada ao álcool)
SE SIM: Quantas vezes? (Quando?)

SE AINDA NÃO SOUBER: O seu hábito de (4) Uso contínuo de álcool, apesar de
E5 beber lhe causou problemas com outras pessoas,
? - + E5
problemas sociais ou interpessoais
como parentes, amigos ou pessoas no trabalho? persistentes ou recorrentes, causados ou
(Você já brigou fisicamente após ter bebido? E exacerbados pelos efeitos do álcool (p.ex.,
quanto a ter discussões por causa do seu hábito discussões com o cônjuge em consequência

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 46


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

de beber?) da intoxicação, lutas corporais)

SE SIM: Mesmo assim, você


continuou a beber?

PELO MENOS UM ITEM DE ABUSO É


E6 CODIFICADO COMO “+”
? - + E6

Se E6 for codificado como “-” (isto é, nenhum item de abuso é codificado como “+”), vá para E17, pág. 48 (Transtornos do Uso de
Substância Não-Álcool).

Se E6 for codificado como “+” (isto é, pelo menos um item de abuso é codificado como “+”) E já foi checada Dependência (isto é,
avaliados E7-E13 nas págs. 46-47), vá para E16, pág. 47, e faça o diagnóstico de Abuso de Álcool.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 47


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS


PARA DEPENDÊNCIA AO
ÁLCOOL

Agora eu gostaria de perguntar-lhe mais algumas Um padrão mal-adaptativo de uso de álcool,


questões sobre seu hábito de beber (durante levando a prejuízo ou sofrimento clinicamente
aquele período). significativo, manifestado por três (ou mais) dos
seguintes critérios, ocorrendo a qualquer
momento no mesmo período de 12 meses:

NOTA: Critérios para dependência estão


apresentados em ordem diferente daquela no
DSM-IV.

Frequentemente você notava que quando (3) Frequentemente o álcool é consumido em


E7 começava a beber, acabava bebendo muito mais
? - + E7
maiores quantidades OU por um período
do que havia planejado? mais longo do que o pretendido

SE NÃO: E quanto a beber por um


período muito maior do que você havia
planejado?

Você já tentou diminuir ou parar de beber? (4) Desejo persistente ou esforços fracassados
E8 ? - + E8
em reduzir ou controlar o uso do álcool

Você passava muito tempo bebendo, embriagado (5) Muito tempo é gasto em atividades
E9 ou “de ressaca”?
? - + E9
necessárias para obter, utilizar o álcool, ou
na recuperação de seus efeitos

Houve épocas em que você bebia com tanta (6) Importantes atividades sociais,
E10 frequência que passou a beber ao invés de
? - + E10
ocupacionais ou recreativas são abandonadas
trabalhar, ficar com sua família ou amigos, ou ou reduzidas em virtude do uso do álcool
ocupar-se com outras atividades de lazer?

SE AINDA NÃO SOUBER: O seu hábito de (7) Uso do álcool, apesar do reconhecimento de
E11 beber já lhe causou problemas psicológicos,
? - + E11
estar tendo problemas físicos ou
como ficar deprimido ou ansioso, dificultar seu psicológicos persistentes ou recorrentes que
sono ou causar “brancos”? são causados ou exacerbados pelo álcool
(p.ex., consumo mantido de bebidas
SE AINDA NÃO SOUBER: O seu hábito de alcoólicas, embora o indivíduo reconheça
beber já lhe causou problemas físicos que uma úlcera piorou pelo consumo de
significativos, ou piorou um problema físico já álcool)
existente?

SE SIM PARA QUALQUER UMA DAS


QUESTÕES ACIMA: Mesmo assim você
continuou bebendo?

Você notou que precisava beber muito mais para (1) Tolerância, definida por qualquer um dos
E12 conseguir a sensação desejada, do que quando
? - + E12
seguintes:
começou a beber? a) necessidade de quantidades
SE SIM: Quanto mais? progressivamente maiores de álcool para

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 48


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SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

adquirir a intoxicação ou o efeito desejado


SE NÃO: E quanto a perceber que
quando você bebia a mesma b) acentuada redução do efeito com o uso
quantidade, ela fazia menos efeito do continuado da mesma quantidade de álcool
que antes?

Você já teve sintomas de abstinência, quando (2) Abstinência, manifestada por um dos
E13 diminuiu a Quantidade de bebida ou parou de
? - + E13
seguintes:
beber, tais como… a) pelo menos dois dos seguintes sintomas,
…sudorese ou coração acelerado? desenvolvendo-se dentro de várias horas a
…tremores nas mãos? alguns dias após cessação (ou redução) do
…dificuldades para dormir? uso prolongado de álcool:
…sentir náuseas ou vomitar?
n hiperatividade autonômica (por ex., sudorese
…sentir-se agitado?
ou taquicardia)
…ou sentir-se ansioso?
n tremor grosseiro
(E quanto a ter uma convulsão, ou ver, sentir ou
ouvir coisas que não existiam realmente?)
n insônia
n náuseas ou vômitos
SE NÃO: Você já começou seu dia n agitação psicomotora
bebendo, ou frequentemente bebe ou toma n ansiedade
outras drogas ou remédios para evitar ter n convulsões de grande mal
tremores ou sentir-se mal? n alucinações ou ilusões visuais, táteis ou
auditivas transitórias
b) álcool (ou uma substância da classe
ansiolítica/hipnótica/sedativa) é consumido
para aliviar ou evitar sintomas de abstinência

SE NÃO SOUBER: Quando os sintomas PELO MENOS 3 ITENS DE


E14 [SINTOMAS CODIFICADOS COMO “+” DEPENDÊNCIA (E7-E13) SÃO
? - + E14
ACIMA] ocorreram? (Eles todos ocorreram CODIFICADOS COMO “+” E
mais ou menos ao mesmo tempo?) OCORRERAM DENTRO DO MESMO
PERÍODO DE 12 MESES.

Se E14 for codificado como “-” (menos que 3 itens de dependência são codificados como “+”) E você previamente pulou E2-E5 (por que
dependência parecia provável), retorne a E2, pág. 44, e cheque Abuso de Álcool.

Se E14 for codificado como “-” (menos que 3 itens de dependência são codificados como “+”) E E6 for codificado como “+” (preenche
critérios para Abuso de Álcool) vá para E16 (abaixo).

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS FAÇA DIAGNÓSTICO DE


E15 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA) no DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL
? - + E15
último mês?

Vá para E17, pág. 48 (Transtornos do Uso de Substância Não-Álcool).

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS FAÇA DIAGNÓSTICO DE ABUSO DE


E16 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA) no ÁLCOOL
? - + E16
último mês?

Vá para E17, pág. 48 (Transtornos do Uso de Substância Não-Álcool).


TRANSTORNO DO USO DE
SUBSTÂNCIA NÃO-ÁLCOOL

Agora eu vou ler uma lista de drogas e


medicamentos e você vai me dizer se já tomou
alguma dessas substâncias para “dar barato”,
dormir melhor, perder peso, ou mudar o seu

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 49


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SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

humor.

LISTA DE DROGAS

Sedativos-Hipnóticos-Ansiolíticos (“depressores”): Valium, Diazepam, Frontal, Lorax,


Dalmadorm, Dormonid, Lexotan, Olcadil, Sonebom, Librium, Psicosedin, Rohypnol,
Gardenal, Hidantal.
Cannabis: maconha (baseado), marijuana, erva, haxixe, THC.
Estimulantes: anfetaminas, pílulas de emagrecimento, bolinha.
Opióides: heroína, morfina, ópio, Metadone, codeína (xarope para tosse), Demerol,
Dolantina.
Cocaína: inalante (pó), EV (na veia), base livre, crack.
Alucinógenos (“psicodélicos”): LSD (“ácido”), mescalina, chá de cogumelo, Extasy.
PCP (fenciclidina)
Outras: esteróides, cola, tinta, inalantes/solventes (benzina, gasolina, éter, lança-perfume), óxido
nitroso, solventes

Qual delas lhe causou maiores problemas? INDICAR NA FOLHA DE RESPOSTA A


E17 CLASSE DE DROGA DE USO MAIS E17
SE NEGAR PROBLEMAS: Qual PESADO OU QUE CAUSOU MAIORES
delas você usou mais? PROBLEMAS, OU “NENHUMA” SE NÃO
HÁ USO PESADO DE DROGAS E
PROBLEMAS RELACIONADOS A
DROGAS.

Se Dependência a Substância Não-Álcool parece provável, vá para E23, pág. 46.

Se “NENHUMA” foi codificada para E17, vá para Módulo F, pág. 54 (Ansiedade e Outros Transtornos).

ABUSO DE SUBSTÂNCIA NÃO- CRITÉRIOS PARA ABUSO DE


ÁLCOOL SUBSTÂNCIA NÃO-ÁLCOOL

Agora eu gostaria de perguntar-lhe mais algumas Um padrão mal-adaptativo de uso de


questões sobre seu hábito de usar [DROGA substância, levando a prejuízo ou sofrimento
? - +
MAIS USADA OU QUE CAUSOU clinicamente significativo, manifestado por um

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 50


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

MAIORES PROBLEMAS] (ou mais) dos seguintes critérios, ocorrendo a


qualquer momento no mesmo período de 12
meses:

Você já faltou ao trabalho ou à escola por que (1) uso recorrente da substância resultando em
E18 estava intoxicado (sob o efeito da droga), ou “de
? - + E18
um fracasso em cumprir obrigações
ressaca”? (Com que frequência?) E quanto a importantes relativas a seu papel no
fazer mal-feito seu trabalho ou ir mal na escola, trabalho, na escola ou em casa (por ex.,
por que estava usando [DROGA]. repetidas ausências ou fraco desempenho
SE NÃO: E quanto a não manter sua ocupacional relacionados ao uso de
casa limpa ou não tomar conta direito substância; ausências, suspensões ou
de seus filhos por que estava usando expulsões da escola relacionadas a
[DROGA]? (Com que frequência?) substância; negligência dos filhos ou dos
afazeres domésticos)

Você já usou [DROGA] numa situação na qual (2) Uso recorrente de substância em situações
E19 isso poderia ser perigoso? (Você já dirigiu
? - + E19
nas quais isto representa perigo físico (por
enquanto estava muito alterado pela droga para ex., dirigir um veículo ou operar uma
fazê-lo?) máquina quando prejudicado pelo uso da
substância)
SE SIM: Quantas vezes? (Quando?)

O uso de [DROGA] trouxe-lhe problemas com a (3) Problemas legais recorrentes relacionados à
E20 justiça? (Fale-me sobre isto.)
? - + E20
substância (p.ex., detenções por conduta
desordeira relacionado à substância)
SE SIM: Quantas vezes? Quando?

SE AINDA NÃO SOUBER: O uso de (4) Uso contínuo de substância, apesar de


E21 [DROGA] lhe causou problemas com outras
? - + E21
problemas sociais ou interpessoais
pessoas, como parentes, amigos ou pessoas no persistentes ou recorrentes, causados ou
trabalho? (Você já brigou fisicamente após ter exacerbados pelos efeitos da substância (por
usado [DROGA]? E quanto a ter discussões por ex., discussões com o cônjuge acerca das
causa do uso de [DROGA]?) consequências da intoxicação, lutas
SE SIM: Mesmo assim, você corporais)
continuou usando [DROGA]?
PELO MENOS UM ITEM DE ABUSO É
E22 CODIFICADO COMO “+”
? - + E22

Se E22 for codificado como “-” (isto é, nenhum item de abuso é codificado como “+”), volte para E17, pág. 48, se o uso de qualquer
outra classe de droga pode também ter sido problemático ou excessivo, ou então vá para Módulo F, pág. 54 (Ansiedade e Outros
Transtornos).

Se E22 for codificado como “+” (isto é, pelo menos um item de abuso é codificado como “+”) E já foi checada Dependência (isto é,
avaliada E23-E29 nas págs. 50-51), e considerou-se que menos que 3 foram codificados como “+”, vá para E32, pág. 52, e faça o
diagnóstico de Abuso de Substância Não-Álcool.

DEPENDÊNCIA A CRITÉRIOS PARA


SUBSTÂNCIA NÃO-ÁLCOOL DEPENDÊNCIA A
SUBSTÂNCIA NÃO-ÁLCOOL

Agora eu gostaria de perguntar-lhe mais algumas Um padrão mal-adaptativo de uso de


questões sobre seu hábito de usar [DROGA]. substância, levando a prejuízo ou sofrimento
clinicamente significativo, manifestado por três

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 51


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

(ou mais) dos seguintes critérios, ocorrendo a


qualquer momento no mesmo período de 12
meses:

NOTA: Critérios para dependência estão


apresentados em ordem diferente daquela no
DSM-IV.

Frequentemente você notava que quando (3) A substância é frequentemente consumida


E23 começava a usar [DROGA], acabava usando
? - + E23
em maiores quantidades OU por um período
muito mais do que havia planejado? mais longo do que o pretendido

SE NÃO: E quanto a usá-la por um


período muito maior do que você havia
planejado?

Você já tentou diminuir ou parar de usar (4) Existe um desejo persistente ou esforços
E24 [DROGA]?
? - + E24
mal-sucedidos no sentido de reduzir ou
controlar o uso de substância
SE SIM: Você já realmente parou
completamente de usar [DROGA]?
(Quantas vezes você tentou diminuir
ou parar totalmente?)

SE NÃO: Você queria parar ou diminuir?


(Você ficava preocupado com isso?)

Você gastava muito tempo usando [DROGA] (5) Muito tempo é gasto em atividades
E25 ou fazendo qualquer coisa para consegui-la?
? - + E25
necessárias para obter a substância (por ex.,
Levava muito tempo para você voltar ao procurar vários médicos ou dirigir por
normal? grandes distâncias), utilizar a substância, ou
na recuperação de seus efeitos

Houve épocas em que você usava [DROGA] (6) Importantes atividades sociais,
E26 com tanta frequência que passou a usar
? - + E26
ocupacionais ou recreativas são abandonadas
[DROGA] ao invés de trabalhar, de ficar com ou reduzidas em virtude do uso da
sua família ou amigos, ou de ocupar-se com substância
outras atividades de lazer?

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 52


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

SE AINDA NÃO SOUBER: O uso de (7) O uso da substância continua, apesar da


E27 [DROGA] já lhe causou problemas
? - + E27
consciência de ter um problema físico ou
psicológicos, como ficar deprimido ou ansioso, psicológico persistente ou recorrente que
dificultar seu sono ou causar “brancos”? tende a ser causado ou exacerbado pela
substância (por ex., uso atual de cocaína,
SE AINDA NÃO SOUBER: O uso de embora o indivíduo reconheça que sua
[DROGA] já lhe causou problemas físicos depressão é induzida por ela)
significativos, ou piorou um problema físico já
existente?

SE SIM PARA QUALQUER UMA


DAS QUESTÕES ACIMA: Mesmo
assim você continuou a usar?

Você notou que precisava usar muito mais (1) Tolerância, definida por qualquer um dos
E28 [DROGA] para conseguir a sensação desejada,
? - + E28
seguintes aspectos:
do que quando começou a usá-la? a) uma necessidade de quantidades
progressivamente maiores da substância
SE SIM: Quanto mais? para adquirir a intoxicação ou o efeito
desejado
SE NÃO: E quanto a perceber que
quando você usava a mesma
b) acentuada redução do efeito com o uso
continuado da mesma quantidade de
quantidade, ela fazia menos efeito do
substância
que antes?

OS ITENS SEGUINTES PODEM NÃO SE (2) abstinência, manifestada por qualquer dos
E29 APLICAR PARA CANNABIS,
? - + E29
seguintes aspectos:
ALUCINÓGENOS E FENCICLIDINA. a) síndrome de abstinência característica
para a substância (veja pág. 53)
Você já teve sintomas de abstinência, ou seja,
sentiu-se mal quando diminuiu ou parou de usar b) a mesma substância (ou uma substância
[DROGA]? estreitamente relacionada) é consumida para
aliviar ou evitar sintomas de abstinência
SE SIM: Que sintomas você teve?
[REFIRA-SE À LISTA DE
SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA
NA PÁG. 53]

SE TEVE SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA:


Depois de algumas horas ou mais sem usar
[DROGA], frequentemente você usava a droga
para evitar se sentir mal com [SINTOMAS DE
ABSTINÊNCIA]?
E quanto a usar [DROGA DO MESMO
GRUPO] quando você se sentia mal, para tentar
melhorar?

SE NÃO SOUBER: Quando os [SINTOMAS PELO MENOS 3 ITENS DE


E30 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA] DEPENDÊNCIA (E23-E29) SÃO
? - + E30
ocorreram? (Eles todos ocorreram mais ou CODIFICADOS COMO “+” E
menos ao mesmo tempo?) OCORRERAM DENTRO DO MESMO

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 53


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

PERÍODO DE 12 MESES.

Se E30 for codificado como “-” (menos que 3 itens de dependência são codificados como “+”) E você previamente pulou E18-E21, pág.
49 (por que dependência parecia provável), retorne a E18, pág. 49, e cheque Abuso de Substância Não-Álcool.

Se E30 for codificado como “-“ (menos que 3 itens de dependência são codificados como “+”) E E22, pág. 49, é codificado como “+”
(preenche critérios para Abuso de Substância Não-Álcool) vá para E32 (abaixo).

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS FAÇA DIAGNÓSTICO DE


E31 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA) no DEPENDÊNCIA A SUBSTÂNCIA NÃO-
? - + E31
último mês? ÁLCOOL

Vá para MÓDULO F, pág. 54 (Ansiedade e Outros Transtornos).

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS FAÇA DIAGNÓSTICO DE ABUSO DE


E32 CODIFICADOS COMO “+” ACIMA) no SUBSTÂNCIA NÃO-ÁLCOOL
? - + E32
último mês?

Vá para MÓDULO F, pág. 54 (Ansiedade e Outros Transtornos).

LISTA DE SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA (DOS CRITÉRIOS DO DSM-IV)

Estão listados abaixo os sintomas característicos de abstinência para aquelas classes de substância para quais uma síndrome de
abstinência pode ser identificada. (NOTA: Uma síndrome de abstinência específica não foi identificada para CANNABIS e

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 54


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV E. TRANSTORNOS DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

ALUCINÓGENOS). Sintomas de abstinência podem ocorrer, seguindo à cessação de uso prolongado, moderado ou pesado, de
uma substância, ou à redução na quantidade usada.

SEDATIVOS, HIPNÓTICOS E ANSIOLÍTICOS: Dois (ou mais) dos seguintes sintomas desenvolvendo-se dentro de
algumas horas a alguns dias após cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos:

(1) hiperatividade autonômica (por ex., sudorese ou freqüência cardíaca acima de 100 bpm)
(2) tremor das mãos
(3) insônia
(4) náusea ou vômitos
(5) alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias
(6) agitação psicomotora
(7) ansiedade
(8) convulsões de grande mal

ESTIMULANTES/COCAÍNA: Humor disfórico e duas (ou mais) das seguintes alterações fisiológicas, desenvolvendo-se de
algumas horas a alguns dias após cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de cocaína ou estimulante:

(1) fadiga
(2) sonhos vívidos e desagradáveis
(3) insônia ou hipersonia
(4) aumento do apetite
(5) retardo ou agitação psicomotora

OPIÓIDES: Três (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvendo-se dentro de alguns minutos a alguns dias após cessação (ou
redução) do uso pesado e prolongado de opióides (algumas semanas ou mais) ou administração de um antagonista de opióides
após um período de uso de opióides:

(1) humor disfórico


(2) náusea ou vômito
(3) dores musculares
(4) lacrimejamento ou rinorréia
(5) dilatação das pupilas, piloereção ou sudorese
(6) diarréia
(7) bocejos
(8) febre
(9) insônia

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 55


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

TRANSTORNO DE PÂNICO CRITÉRIOS PARA


TRANSTORNO DE PÂNICO

Você já teve um ataque de pânico, no qual você A. (1) Ataques de Pânico recorrentes e
F1 repentinamente ficou assustado ou ansioso ou
? - + F1
inesperados
desenvolveu vários sintomas físicos?

SE SIM: Esses ataques sempre vêm


completamente de forma inesperada -
em situações nas quais você não esperava
ficar nervoso ou desconfortável?

SE NÃO ESTIVER CLARO: Quantos


desses ataques você já teve? (Pelo menos
dois?)

Se F1 for codificado como “-” (isto é, não há ataques recorrentes e inesperados), vá para F25, pág. 59 (verifique Transtorno
Obsessivo-Compulsivo).

Após alguns desses ataques… (2) Pelo menos um dos ataques foi seguido por
F2 ? - + F2
1 mês (ou mais) de uma (ou mais) das
seguintes características:
Você ficou preocupado achando que havia algo (b) preocupação acerca das implicações do
terrível com você, como se estivesse tendo um ataque ou suas conseqüências (por ex.,
ataque cardíaco ou estivesse ficando louco? (Por perder o controle, ter um ataque cardíaco,
quanto tempo você se preocupou? Pelo menos "ficar louco")
por um mês?)

SE NÃO: Você ficou muito (a) preocupação persistente acerca de ter


preocupado se teria outro ataque? ataques adicionais
(Por quanto tempo você se
preocupou? Pelo menos por um
mês?)

SE NÃO: Você fez algo diferente por (c) uma alteração comportamental significativa
causa desses ataques, como evitar relacionada aos ataques
certos lugares ou não sair sozinho? (E
quanto a evitar certas atividades, como
exercitar-se? E quanto a procurar estar
sempre próximo a um banheiro ou a uma
saída?)

Se F2 for codificado como “-” (isto é, não há preocupação persistente acerca dos ataques ou de suas implicações e não há mudança no
estilo de vida), vá para F25, pág. 59 (verifique Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 56


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

Quando foi o último ataque significativo? Qual


foi a primeira coisa que você notou? E depois?

SE NÃO SOUBER: Todos os sintomas vieram Os sintomas do ataque de pânico desenvolvem-


F3 de repente? se abruptamente e atingem um pico dentro de 10
? - + F3
minutos.
SE SIM: Quanto tempo passou entre o
início do ataque e os sintomas
tornarem-se realmente ruins? (Menos
que 10 minutos?)

Se F3 for codificado como “-” (isto é, os sintomas não se desenvolveram abruptamente ou não alcançaram um pico dentro de 10
minutos), vá para F25, pág. 59 (verifique Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

Durante esse ataque…

…o seu coração acelerou, bateu forte ou falhou (1) palpitações ou ritmo cardíaco acelerado
F4 em algumas batidas?
? - + F4

…você suava? (2) sudorese


F5 ? - + F5
…você teve tremores ou estremecimentos? (3) tremores ou abalos
F6 ? - + F6
…você teve falta de ar? (Teve dificuldades de (4) sensações de falta de ar ou sufocamento
F7 respirar?)
? - + F7
…parecia que você estava asfixiado? (5) sensações de asfixia
F8 ? - + F8
…você sentiu dor ou pressão no peito? (6) dor ou desconforto torácico
F9 ? - + F9
…você teve náuseas ou mal-estar no estômago (7) náusea ou desconforto abdominal
F10 ou sensação de que teria uma diarréia?
? - + F10
…você se sentiu tonto, sem equilíbrio, ou que (8) sensação de tontura, instabilidade, vertigem
F11 iria desmaiar? ou desmaio
? - + F11
…as coisas ao seu redor pareciam estranhas ou (9) desrealização (sensações de irrealidade) ou
F12 você se sentia longe delas ou como se estivesse despersonalização (estar distanciado de si
? - + F12
separado de uma parte do seu corpo? mesmo)

…você teve medo de ficar louco ou de perder o (10) medo de perder o controle ou enlouquecer
F13 controle?
? - + F13
…você teve medo de morrer? (11) medo de morrer
F14 ? - + F14
…você teve formigamentos ou dormências em (12) parestesias (anestesia ou sensações de
F15 alguma parte do seu corpo? formigamento)
? - + F15
…você teve ondas de calor ou de frio? (13) calafrios ou ondas de calor
F16 ? - + F16

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 57


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

PELO MENOS QUATRO DE F4-F16 SÃO


F17 CODIFICADOS COMO “+”
? - + F17

Se F17 for codificado como “-” (isto é, três ou menos sintomas de ataque de pânico estão presentes), vá para F25, pág. 59 (verifique
Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

Um pouco antes disso começar, você estava C. Os sintomas não se devem aos efeitos
F18 fisicamente doente?
? - + F18
fisiológicos diretos de uma substância (por
ex., droga de abuso ou medicamento) ou de
Um pouco antes disso começar, você estava uma condição médica geral (por ex.,
tomando algum remédio? hipotiroidismo).

SE SIM: Houve alguma mudança na Condições médicas gerais etiologicamente


quantidade que você estava tomando? relacionadas com ataques de pânico incluem
hipertireoidismo, hiperparatiroidismo,
Um pouco antes disso começar, você estava feocromocitoma, disfunções vestibulares,
bebendo ou usando alguma droga? convulsões e condições cardíacas (por ex.,
arritmias, taquicardia supraventricular).
Se houver alguma indicação de que os ataques
de pânico possam ser secundários (isto é, Substâncias etiologicamente relacionadas com
devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma ataques de pânico incluem intoxicação com
condição médica geral ou substância), vá para estimulantes do SNC (p.ex., cocaína,
pág. 72 e retorne aqui para codificar como “-” anfetaminas, cafeína) ou cannabis ou abstinência
ou “+”. de depressores do SNC (p.ex., álcool,
barbitúricos) ou de cocaína.

Se F18 acima for codificado como “-” (isto é, os ataques de pânico são devido a uma condição médica geral), pergunte o seguinte:

Houve alguma outra vez em que você tenha tido ataques de pânico e eles não foram por causa de [CONDIÇÃO MÉDICA GERAL /
USO DE SUBSTÂNCIA]?

Se “sim”, volte para F1, pág. 54, e pergunte sobre esses ataques.
Se “não”, vá para F25, pág. 59 (verifique Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

D. Os Ataques de Pânico não são melhor ? - + F19


F19 explicados por outro transtorno mental,
como Fobia Social (por ex., ocorrendo
quando da exposição a situações sociais
temidas), Fobia Específica (por ex., quando
da exposição a uma situação fóbica
específica), Transtorno Obsessivo-
Compulsivo (quando da exposição à sujeira,
em alguém com uma obsessão de
contaminação), Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (por ex., em resposta a
estímulos associados a um estressor severo)
ou Transtorno de Ansiedade de Separação
(por ex., em resposta a estar afastado do lar
ou de parentes queridos).

Se F19 for codificado como “-” (isto é, os ataques de pânico são melhor explicados por outro transtorno mental), vá para F25, pág. 59
(verifique Transtorno Obsessivo-Compulsivo).
CRITÉRIOS PARA
TRANSTORNO DE PÂNICO
COM AGORAFOBIA

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 58


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SE NÃO FOR ÓBVIO NA REVISÃO B. Presença de agorafobia:


F20 GERAL.: Existem situações que deixam você
? - + F20
nervoso por temer que poderia ter um ataque? (1) Ansiedade acerca de estar em locais ou
situações de onde possa ser difícil (ou
SE SIM: Fale-me sobre isso… embaraçoso) escapar ou onde o auxílio pode
não estar disponível, na eventualidade de ter
SE NÃO PUDER ESPECIFICAR: um Ataque de Pânico inesperado ou
E quanto a…. predisposto pela situação, ou sintomas tipo
pânico. Os temores agorafóbicos
…ficar desconfortável se você está há tipicamente envolvem agrupamentos
uma certa distância de casa? característicos de situações, que incluem:
…estar num lugar com muitas pessoas estar fora de casa desacompanhado; estar em
como numa loja cheia, cinema ou meio a uma multidão ou permanecer em uma
restaurante? fila; estar em uma ponte; viajar de ônibus,
…permanecer em uma fila? trem ou automóvel
…estar em uma ponte?
…usar transporte público - como
ônibus, trem ou metrô - ou dirigir um
carro?

Se F20 for codificado como “-” (isto é, não há ansiedade acerca de estar em locais associados com ataque de pânico), vá para F24, pág.
58.

(2) As situações agorafóbicas são evitadas (por ? - + F21


F21 ex., viagens são restringidas) ou suportadas
com acentuado sofrimento ou com ansiedade
acerca de ter um Ataque de Pânico ou
sintomas tipo pânico, ou exigem companhia

Se F21 for codificado como “-” (isto é, as situações agorafóbicas não são evitadas e não há sofrimento), vá para F24, pág. 58.

Você evita essas situações? (3) A ansiedade ou esquiva agorafóbica não é


F22 ? - + F22
melhor explicada por um outro transtorno
SE NÃO: Quando você está em uma mental, como Fobia Social (por ex., a esquiva
destas situações, você se sente muito se limita a situações sociais pelo medo do
desconfortável ou como se poderia ter embaraço), Fobia Específica (por ex., a
um ataque de pânico? esquiva se limita a uma única situação, como
elevadores), Transtorno Obsessivo-
(Você pode ir a uma dessas situações somente Compulsivo (por ex., esquiva à sujeira, em
se você está com alguém conhecido?) alguém com uma obsessão de
contaminação), Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (por ex., esquiva de estímulos
associados com um estressor severo) ou
Transtorno de Ansiedade de Separação (por
ex., esquiva a afastar-se do lar ou de
parentes).

Se F22 for codificado como “-” (isto é, esquiva é melhor explicada por um outro transtorno mental), vá para F24, pág. 58.

SE NÃO SOUBER: Você teve [ATAQUES DE AGORAFOBIA ESTÁ PRESENTE COM


F23 PÂNICO OU SINTOMAS DE TRANSTORNO DE PÂNICO. (FAÇA O
? - + F23
AGORAFOBIA] no último mês? DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE
PÂNICO COM AGORAFOBIA)

Vá para F25, pág. 59 (verifique Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 59


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

SE NÃO SOUBER: Você teve algum ataque de AGORAFOBIA NÃO ESTÁ PRESENTE
F24 pânico no último mês? COM TRANSTORNO DE PÂNICO
? - + F24
(FAÇA O DIAGNÓSTICO DE
TRANSTORNO DO PÂNICO SEM
AGORAFOBIA).

Vá para F25, pág. 59 (verifique Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

TRANSTORNO OBSESSIVO- CRITÉRIOS PARA


COMPULSIVO TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO

Agora eu gostaria de lhe perguntar se você já foi Obsessões, definidas por (1), (2), (3) e (4):
F25 incomodado por pensamentos que não faziam
? - + F25

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 60


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

sentido e que voltavam à sua cabeça, mesmo se (1) pensamentos, impulsos ou imagens
você tentasse evitá-los. recorrentes e persistentes que, em algum
momento durante a perturbação, são
(Como eram eles?) experimentados como intrusivos e
inadequados e causam acentuada ansiedade
SE O PACIENTE NÃO ESTIVER ou sofrimento
CERTO DO SIGNIFICADO:
…Pensamentos ruins como machucar
realmente alguém, mesmo não querendo
fazê-lo, ou ser contaminado por germes ou
sujeiras?

Se F25 for codificado como “-” (isto é, não há pensamentos recorrentes que são intrusivos e inadequados), vá para F30, pág. 60.

(2) os pensamentos, impulsos ou imagens não ? - + F26


F26 são meras preocupações excessivas com
problemas da vida real

Se F26 for codificado como “-” (isto é, os pensamentos são meras preocupações com problemas da vida real), vá para F30, pág. 60.

Quando você tinha esses pensamentos, você (3) a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais
F27 tentava de todas as maneiras tirá-los de sua
? - + F27
pensamentos, impulsos ou imagens, ou
cabeça? (O que você tentava fazer?) neutralizá-los com algum outro pensamento
ou ação

Se F27 for codificado como “-” (isto é, não tenta ignorar ou suprimir os pensamentos), vá para F30, pág. 60.

SE NÃO ESTIVER CLARO: De onde você (4) a pessoa reconhece que os pensamentos,
F28 achava que esses pensamentos vinham?
? - + F28
impulsos ou imagens obsessivas são
produto de sua própria mente (não
impostos a partir de fora, como na inserção
de pensamento)

Se F28 for codificado como “-” (isto é, a pessoa sente que os pensamentos são impostos a partir de fora), vá para F30, pág. 60.

OBSESSÕES: (1), (2), (3) E (4) SÃO


F29 CODIFICADOS COMO “+”
? - + F29

Já houve alguma coisa que você tinha que fazer Compulsões, definidas por (1) e (2):
F30 repetidamente e não podia deixar de fazer, como
? - + F30
lavar as mãos várias vezes, contar até um certo (1) comportamentos repetitivos (por ex., lavar
número, ou checar algo várias vezes até ter as mãos, organizar, verificar) ou atos
certeza de que tinha feito certo? mentais (por ex., orar, contar ou repetir
palavras em silêncio) que a pessoa se sente
(O que você tinha que fazer?) compelida a executar em resposta a uma
obsessão ou de acordo com regras que
devem ser rigidamente aplicadas.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 61


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

Se F30 for codificado como “-” (isto é, não há comportamentos repetitivos ou atos mentais em resposta a obsessão ou de acordo com
regras), vá para F33, abaixo.

SE NÃO ESTIVER CLARO: Por que você tinha (2) os comportamentos ou atos mentais visam a
F31 que fazer [ATO COMPULSIVO]? O que
? - + F31
prevenir ou reduzir o sofrimento ou evitar
aconteceria se você não fizesse isso? algum evento ou situação temida; entretanto,
esses comportamentos ou atos mentais não
SE NÃO ESTIVER CLARO: Quantas têm uma conexão realista com o que visam a
vezes você tinha que fazer [ATO neutralizar ou evitar ou são claramente
COMPULSIVO]? Quanto tempo do excessivos.
dia você gastava fazendo isso?
Se F31 for codificado como “-” (isto é, comportamentos ou atos não visam prevenir sofrimento ou algum evento temido e não são
excessivos), vá para F33, abaixo.

COMPULSÕES (1) e (2) SÃO “+”


F32 F32
OU F29 OU F32 É CODIFICADO COMO A. Obsessões ou compulsões.
F33 “+”
? - + F33

Se F33 for codificado como “-” (isto é, nem obsessões nem compulsões estão presentes), vá para F39, pág. 62 (verifique Transtorno
de Estresse Pós-Traumático).

Você (pensava em [PENSAMENTOS B. Em algum ponto durante o curso do


F34 OBSESSIVOS] / fazia [ATOS
? - + F34
transtorno, o indivíduo reconheceu que as
COMPULSIVOS] mais do que deveria (ou faria obsessões ou compulsões são excessivas ou
sentido)? irracionais. Nota: Isso não se aplica a
crianças.
SE NÃO: E quanto à época em que
esse problema começou?

Se F34 for codificado como “-” (isto é, nunca reconheceu que obsessões ou compulsões são irracionais), vá para F39, pág. 62 (verifique
Transtorno de Estresse Pós-Traumático).

Quais efeitos que essa [OBSESSÃO OU C. As obsessões ou compulsões causam


F35 COMPULSÃO] teve na sua vida? (Você se
? - + F35
acentuado sofrimento, consomem tempo
incomodava muito com [OBSESSÃO OU (tomam mais de 1 hora por dia) ou
COMPULSÃO]? Quanto tempo você gastava interferem significativamente na rotina,
com [OBSESSÃO OU COMPULSÃO]?) funcionamento ocupacional (ou acadêmico),
atividades ou relacionamentos sociais
habituais do indivíduo.

Se F35 for codificado como “-” (isto é, obsessões e compulsões não são clinicamente significativas), vá para F39, pág. 62 (verifique
Transtorno de Estresse Pós-Traumático).

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 62


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

D. Se um outro transtorno do Eixo I está ? - + F36


F36 presente, o conteúdo das obsessões ou
compulsões não está restrito a ele (por ex.,
preocupação com alimentos na presença de
um Transtorno Alimentar; puxar os cabelos
na presença de Tricotilomania; preocupação
com a aparência na presença de Transtorno
Dismórfico Corporal; preocupação com
drogas na presença de um Transtorno por
Uso de Substância; preocupação com ter
uma doença grave na presença de
Hipocondria; preocupação com anseios ou
fantasias sexuais na presença de uma
Parafilia; ruminações de culpa na presença
de um Transtorno Depressivo Maior).

Se F36 for codificado como “-” (isto é, o conteúdo das obsessões e compulsões é restrito a outro transtorno do Eixo I), vá para F39,
pág. 62 (verifique Transtorno de Estresse Pós-Traumático).

Um pouco antes do começo das [OBSESSÕES E. A perturbação não se deve aos efeitos
F37 OU COMPULSÕES] você estava usando
? - + F37
fisiológicos diretos de uma substância (por
drogas ou remédios? ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma
condição médica geral.
Um pouco antes das [OBSESSÕES OU
COMPULSÕES] iniciarem-se, você estava Condições médicas gerais etiologicamente
doente fisicamente? relacionadas com transtorno de pânico incluem
certas neoplasias do sistema nervoso central.
Se houver alguma indicação de que as
obsessões ou compulsões possam ser Substâncias etiologicamente relacionadas com
secundárias (isto é, devido aos efeitos transtorno de pânico incluem intoxicação com
fisiológicos diretos de uma condição médica estimulantes do sistema nervoso central (p.ex.,
geral ou substância), vá para pág. 72 e retorne cocaína, anfetaminas).
aqui para codificar como “-” ou “+”.
Se F37 for codificado como “-” (isto é, as obsessões e compulsões são devidas a uma condição médica geral ou substância), vá para
F39, pág. 62 (verifique Transtorno de Estresse Pós-Traumático).

SE NÃO SOUBER: Você teve [OBSESSÕES CRITÉRIOS A, B, C, D e E SÃO “+”


F38 OU COMPULSÕES] no mês passado? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE
? - + F38
TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO)
TRANSTORNO DE ESTRESSE
PÓS-TRAUMÁTICO

Algumas coisas que acontecem com as pessoas ANOTE EVENTOS TRAUMÁTICOS NA


F39 são extremamente perturbadoras - coisas como FOLHA DE RESPOSTA F39
estar em uma situação ameaçadora à vida, como
um desastre grave, acidente muito sério ou
incêndio; ser fisicamente agredido ou violentado
sexualmente, ver outra pessoa ser assassinada ou
morrer, ser gravemente ferido, ou receber a
notícia sobre algo terrível que aconteceu a
alguém que é próximo a você. Alguma vez
durante a sua vida, algo deste tipo aconteceu
com você?

SE ALGUM EVENTO É CITADO:

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 63


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

Às vezes essas coisas ficam voltando


à cabeça em pesadelos, lampejos ou
pensamentos que a pessoa não consegue
se livrar. Isso já aconteceu com você?

SE NÃO: E quanto a ficar muito


transtornado em uma situação que lhe
lembrava uma dessas coisas terríveis?

Se não há eventos citados ou a resposta para ambas as perguntas acima é não, vá para F65, pág. 66.

PARA AS PERGUNTAS SEGUINTES, CRITÉRIOS PARA TEPT


FOCALIZE NO(S) EVENTO(S)
TRAUMÁTICO(S) MENCIONADO NA
A. Exposição a um evento traumático no qual
QUESTÃO ACIMA.
os seguintes quesitos estiveram presentes:

SE MAIS DE UM TRAUMA É RELATADO: (1) a pessoa vivenciou, testemunhou ou foi


F40 Quais dessas situações você acha que mais lhe
? - + F40
confrontada com um ou mais eventos que
afetou? envolveram morte ou grave ferimento, reais
ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade
física, própria ou de outros

Se F40 for codificado como “-” (isto é, nenhum estressor qualificante), vá para F65, pág. 66.

SE NÃO ESTIVER CLARO: Como você reagiu (2) a resposta da pessoa envolveu intenso
F41 quando [TRAUMA] aconteceu? (Você ficou
? - + F41
medo, impotência ou horror
com muito medo ou se sentiu aterrorizado ou
impotente?) Nota: Em crianças, isto pode ser expressado por
um comportamento desorganizado ou agitado.

Se F41 for codificado como “-” (isto é, a pessoa não reagiu com medo, impotência ou horror), vá para F65, pág. 66.

Agora eu gostaria de perguntar sobre formas B. O evento traumático é persistentemente


específicas de como isso possa ter afetado você. revivido em uma (ou mais) das seguintes
maneiras:
Por exemplo…

…você pensava sobre [TRAUMA] quando (1) recordações aflitivas, recorrentes e


F42 você não queria ou pensamentos sobre
? - + F42
intrusivas do evento, incluindo imagens,
[TRAUMA] vinham subitamente quando você pensamentos ou percepções
não queria?
Nota: Em crianças pequenas, podem ocorrer
jogos repetitivos, com expressão de temas ou
aspectos do trauma.

…e quanto a ter sonhos sobre [TRAUMA]? (2) sonhos aflitivos e recorrentes com o evento
F43 ? - + F43
Nota: Em crianças podem ocorrer sonhos
amedrontadores sem um conteúdo identificável.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 64


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

…e quanto a agir ou sentir como se estivesse de (3) agir ou sentir como se o evento traumático
F44 volta na situação?
? - + F44
estivesse ocorrendo novamente (inclui um
sentimento de revivência da experiência,
ilusões, alucinações e episódios de
flashbacks dissociativos, inclusive aqueles
que ocorrem ao despertar ou quando
intoxicado)

…e quanto a ficar muito transtornado quando (4) sofrimento psicológico intenso quando da
F45 alguma coisa lembra [TRAUMA]?
? - + F45
exposição a indícios internos ou externos
que simbolizam ou lembram algum aspecto
do evento traumático

Nota: Em crianças pequenas pode ocorrer


reencenação específica do trauma.

…e quanto a ter sintomas físicos - como ficar (5) reatividade fisiológica na exposição a
F46 molhado de suor, respirar com dificuldade ou
? - + F46
indícios internos ou externos que
sentir o coração bater forte ou acelerado? simbolizam ou lembram algum aspecto do
evento traumático

PELO MENOS UM SINTOMA “B” É


F47 CODIFICADO COMO “+”
? - + F47

Se F47 for codificado como “-” (isto é, nenhum sintoma “B” é “+”), vá para F65, pág. 66.

C. Esquiva persistente de estímulos associados


com o trauma e entorpecimento da
responsividade geral (não presente antes do
trauma), indicados por três (ou mais) dos
seguintes quesitos:
Desde [TRAUMA]…

…você fez um esforço especial para evitar (1) esforços no sentido de evitar pensamentos,
F48 pensar ou falar sobre o que aconteceu?
? - + F48
sentimentos ou conversas associadas com o
trauma

…você se afastou das coisas ou pessoas que (2) esforços no sentido de evitar atividades,
F49 lembravam do [TRAUMA]?
? - + F49
locais ou pessoas que ativem recordações do
trauma

…você consegue recordar alguma parte (3) incapacidade de recordar algum aspecto
F50 importante do que aconteceu?
? - + F50
importante do trauma

…você ficou muito menos interessado em fazer (4) redução acentuada do interesse ou da
F51 coisas que costumam ser importantes para você,
? - + F51
participação em atividades significativas
como ver amigos, ler livros, ou assistir televisão?

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 65


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

…você se sentiu afastado ou distante dos (5) sensação de distanciamento ou afastamento


F52 outros?
? - + F52
em relação a outras pessoas

…você se sentiu “entorpecido” ou como se (6) faixa de afeto restrita (por ex., incapacidade
F53 fosse incapaz de ter sentimentos sobre qualquer
? - + F53
de ter sentimentos de carinho)
coisa ou sentimentos de carinho por alguém?

…você observou uma mudança no jeito que (7) sentimento de um futuro abreviado (por ex.,
F54 você pensa ou nos planos para o futuro?
? - + F54
não espera ter uma carreira profissional,
casamento, filhos ou um período normal de
vida)

PELO MENOS TRÊS SINTOMAS “C”


F55 SÃO CODIFICADOS COMO “+”
? - + F55

Se F55 for codificado como “-” (isto é, menos que três sintomas “C” são codificados como “+”), vá para F65, pág. 66.

D. Sintomas persistentes de excitabilidade


aumentada (não presentes antes do trauma),
indicados por dois (ou mais) dos seguintes
Desde [TRAUMA]… quesitos:

…você teve problemas de sono? (Que tipo de (1) dificuldade em conciliar ou manter o sono
F56 problema?)
? - + F56

…você tem estado incomumente irritável? E (2) irritabilidade ou surtos de raiva


F57 quanto a crises de raiva?
? - + F57

…você teve dificuldades de concentração? (3) dificuldade em concentrar-se


F58 ? - + F58

…você fica alerta ou de guarda mesmo quando (4) hipervigilância


F59 não há razão?
? - + F59
…você tem sobressaltados ou se assusta (5) resposta de sobressalto exagerada
F60 facilmente, com barulhos inesperados, por
? - + F60
exemplo?

PELO MENOS DOIS SINTOMAS “D”


F61 SÃO CODIFICADOS COMO “+”
? - + F61

Se F61 for codificado como “-” (isto é, menos que dois sintomas “D” são codificados como “+”), vá para F65, pág. 66.

Por quanto tempo esses problemas, como E. A duração da perturbação (sintomas dos
F62 [SINTOMAS DE TEPT] duraram?
? - + F62
Critérios B, C e D) é superior a 1 mês.

Se F62 for codificado como “-” (isto é, a duração é de 1 mês ou menos), vá para F65, pág. 66.

F. A perturbação causa sofrimento ? - + F63


F63 clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social ou ocupacional ou em
outras áreas importantes da vida do
indivíduo.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 66


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

Se F63 for codificado como “-” (isto é, a perturbação não é clinicamente significativo), vá para F65, pág. 66.

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, B, C, D, E e F SÃO


F64 CODIFICADOS CODIFICADOS COMO “+”
? - + F64
COMO “+”] no mês passado? (FAÇA O DIAGNÓSTICO DE
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO)

OUTROS TRANSTORNOS DE
ANSIEDADE

SE TRANSTORNO DO PÂNICO AINDA SE SIM, Considerar: Agorafobia Sem


F65 NÃO FOI DIAGNOSTICADO: Você já teve História de Transtorno do Pânico.
? - + F65
medo de sair de casa sozinho, ficar sozinho no Agorafobia relacionada ao medo de desenvolver
meio de muitas pessoas, ficar em uma fila ou sintomas tipo pânico (p.ex., tontura ou diarréia)
viajar de ônibus ou de trem? sem uma história de Transtorno do Pânico.

Há alguma coisa que você já teve medo de fazer SE SIM, Considerar: Fobia Social. Medo
F66 ou se sentiu desconfortável em fazer na frente de acentuado e persistente de uma ou mais
? - + F66
outras pessoas, como falar, comer ou escrever? situações sociais (ou de desempenho), que
interfere significativamente na rotina normal da
pessoa, no funcionamento ocupacional, nas
atividades sociais ou nos relacionamentos (ou há
sofrimento acentuado por ter a fobia).

Há alguma coisa em particular de que você tem SE SIM, Considerar: Fobia Específica.
F67 medo, como voar, ver sangue, levar um tiro, Medo acentuado e persistente que é excessivo e
? - + F67
alturas, lugares fechados, ou certos tipos de irracional, e que interfere significativamente na
animais ou insetos? rotina normal da pessoa, no funcionamento
ocupacional, nas atividades sociais ou nos
relacionamentos (ou há sofrimento acentuado
por ter a fobia).

Nos últimos 6 meses, você esteve SE SIM, Considerar: Transtorno de


F68 particularmente nervoso ou ansioso? Ansiedade Generalizada. Ansiedade e
? - + F68
preocupação excessivas ocorrendo na maioria

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 67


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

dos dias por pelo menos 6 meses, não devido a


uma condição médica geral ou substância,
causando sofrimento ou prejuízo significativos.
NOTA: Um diagnóstico de Transtorno de
Ansiedade Generalizada requer que a ansiedade
ocorra em períodos outros que exclusivamente
durante um Transtorno Psicótico ou de Humor.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE
SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO
Ansiedade ou esquiva fóbica clinicamente
F69 significativas que não satisfazem os critérios
? - + F69
para qualquer Transtorno de Ansiedade
específico, Transtorno de Ajustamento Com
Ansiedade ou Transtorno de Ajustamento Misto
de Ansiedade e Depressão.

Se F69 for codificado como “-” (isto é, ausência de sintomas de ansiedade clinicamente significativos não preenchendo critérios para um
Transtorno de Ansiedade específico), vá para F72, pág. 68. (Transtornos Somatoformes)

Um pouco antes disso começar, você estava Não é devido a efeitos fisiológicos diretos de
F70 fisicamente doente? uma substância (p.ex., droga de abuso,
? - + F70
medicação) ou a uma condição médica geral.
Um pouco antes disso começar, você estava
tomando remédios? Condições médicas gerais etiologicamente
relacionadas com transtorno de ansiedade
SE SIM: Houve alguma mudança incluem hiper- e hipotireoidismo, hipoglicemia,
na quantidade que você estava tomando? hiperparatiroidismo, feocromocitoma, ICC,
arritmias, embolismo pulmonar, DPOC,
Um pouco antes disso começar, você estava pneumonia, hiperventilação, deficiência de
bebendo ou usando drogas? vitamina B12, porfiria, neoplasias do SNC,
disfunção vestibular e encefalite.

Se houver alguma indicação de que os sintomas Substâncias etiologicamente relacionadas com


de ansiedade possam ser secundários (isto é, transtorno de ansiedade incluem intoxicação com
uma consequência fisiológica direta de uma estimulantes do SNC (p.ex., cocaína,
condição médica geral ou substância), vá para anfetaminas, cafeína) ou cannabis, alucinógenos,
pág. 72, e retorne aqui para codificar PCP, ou álcool, ou abstinência de depressores
como “-” ou “+”. do SNC (por ex., álcool, sedativos, hipnóticos).

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 68


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

Se F70 for codificado como “-” (isto é, devido a substância ou condição médica geral), vá para F72, pág. 68.

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS FAÇA O DIAGNÓSTICO DE


F71 DE ANSIEDADE] no mês passado? TRANSTORNO DE ANSIEDADE SEM
? - + F71
OUTRA ESPECIFICAÇÃO

TRANSTORNOS SOMATOFORMES

Durante os últimos anos, como esteve a sua Se houver queixas físicas inexplicadas,
F72 saúde física? considerar:
? - + F72
Com que frequência você precisou procurar um Transtorno de Somatização. Pelo menos oito
médico por que não estava se sentindo bem? queixas físicas inexplicadas ocorrendo por um
(Por que motivo?) período de vários anos, começando antes dos 30
anos OU
SE FREQUENTE: O médico sempre
foi capaz de descobrir o que estava Transtorno Somatoforme Indiferenciado.
errado? (Fale-me sobre isto.) Houve Queixas físicas inexplicadas que não preenchem
vezes em que o médico disse não critérios para Transtorno de Somatização.
haver nada de errado com você, mas
mesmo assim, você continuava
convencido de que alguma coisa estava
errada?

Você se preocupa muito com a sua saúde física? SE SIM, Considerar: Hipocondria.
F73 O seu médico acha que você se preocupa muito? Preocupação com temores de ter uma doença
? - + F73
grave, que persiste apesar de avaliação e
garantias médicas apropriadas.

Algumas pessoas são muito incomodadas com o SE SIM, Considerar: Transtorno


F74 modo como aparentam. Isto é um problema para Dismórfico Corporal. Preocupação com um
? - + F74
você? defeito imaginado na aparência.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 69


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

TRANSTORNOS ALIMENTARES

Já houve uma época em que as outras pessoas SE SIM, Considerar: Anorexia Nervosa.
F75 achavam que você pesava muito menos do que Recusa em manter o peso corporal em um nível
? - + F75
deveria? igual ou acima do peso mínimo normal,
acompanhado por um medo intenso de tornar-se
gordo.

Você muitas vezes teve episódios em que sua SE SIM, Considerar: Bulimia Nervosa.
F76 maneira de comer estava fora de controle? Episódios recorrentes de compulsão periódica
? - + F76
com comportamento compensatório inadequado.
Fale-me sobre esses episódios.

CONTINUE COM O RESTANTE DA SCID SOMENTE SE HOUVER UM TRANSTORNO ATUAL QUE NÃO SATISFAZ OS
CRITÉRIOS PARA UM TRANSTORNO ESPECÍFICO DO EIXO I DO DSM-IV. DO CONTRÁRIO, FIM DA SCID.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 70


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

TRANSTORNOS DE CRITÉRIOS PARA


AJUSTAMENTO TRANSTORNO DE
AJUSTAMENTO

SE NÃO SOUBER: Alguma coisa aconteceu A. Desenvolvimento de sintomas emocionais ou


F77 com você logo antes [INÍCIO DO
? - + F77
comportamentais em resposta a um
TRANSTORNO ATUAL]? estressor (ou múltiplos estressores),
ocorrendo dentro de 3 meses após o início
SE SIM: Você acha que o [ESTRESSOR] tem do estressor (ou estressores).
alguma relação com seus [SINTOMAS]?

Se F77 for codificado como “-” (isto é, não há sintomas em resposta a um estressor), FIM DA SCID.

(Quais efeitos os [SINTOMAS] tiveram sobre a B. Esses sintomas ou comportamentos são


F78 sua capacidade de fazer as coisas? Quão
? - + F78
clinicamente significativos, como
transtornado você estava? Isto tornou difícil evidenciado por qualquer um dos seguintes
para você trabalhar ou ficar com seus amigos?) quesitos:
(1) sofrimento acentuado, que excede o que
seria esperado da exposição ao estressor
(2) prejuízo significativo no funcionamento
social ou profissional (acadêmico)

Se F78 for codificado como “-” (isto é, os sintomas não são clinicamente significativos), FIM DA SCID.

(Você já teve este tipo de reação muitas vezes C. A perturbação relacionada ao estresse não
F79 antes?
? - + F79
satisfaz os critérios para outro transtorno
específico do Eixo I, nem é meramente uma
(Você tinha esses [SINTOMAS] mesmo antes exacerbação de um transtorno preexistente
de o [ESTRESSOR] acontecer? do Eixo I ou do Eixo II.

Se F79 for codificado como “-” (isto é, uma exacerbação de um transtorno preexistente), FIM DA SCID.

SE NÃO SOUBER: Alguém próximo a você D. Os sintomas não representam Luto.


F80 morreu logo antes [INÍCIO DO
? - + F80
TRANSTORNO ATUAL]?

Se F80 for codificado como “-” (isto é, representa Luto), FIM DA SCID.

(Quanto tempo se passou entre [ESTRESSOR E E. Cessado o estressor (ou suas


F81 COMPLICAÇÕES DECORRENTES DO
? - + F81
conseqüências), os sintomas não persistem
ESTRESSOR] terminarem? por mais de 6 meses.

Se F81 for codificado como “-” (isto é, os sintomas persistiram por mais de seis meses após o término do estressor), faça o diagnóstico
apropriado de Sem Outra Especificação (isto é, vá para D17, pág. 43, se sintomas depressivos ou F65, pág. 66, se sintomas de
ansiedade).

Faça o diagnóstico de Transtorno de Ajustamento baseado nos sintomas predominantes:


F82 n Transtorno de Ajustamento com Humor Deprimido F82
n Transtorno de Ajustamento com Ansiedade
n Transtorno de Ajustamento com Misto de Ansiedade e Depressão

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 71


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

n Transtorno de Ajustamento com Perturbação Mista das Emoções e Conduta


n Transtorno de Ajustamento Inespecificado

FIM DA SCID.

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 72


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

CONSIDERAR O PAPEL ETIOLÓGICO DE UMA CONDIÇÃO


MÉDICA GERAL OU USO DE SUBSTÂNCIA

Se ataques de pânico, obsessões, compulsões, ou outros sintomas de ansiedade não são cronologicamente associados a uma condição
médica geral, vá para F87, pág. 74 (Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância).

TRANSTORNO DE CRITÉRIOS PARA


ANSIEDADE DEVIDO A UMA TRANSTORNO DE
CONDIÇÃO MÉDICA GERAL ANSIEDADE DEVIDO A UMA
CONDIÇÃO MÉDICA GERAL

CODIFIQUE BASEADO NA A. Ansiedade proeminente, ataques de pânico,


F83 INFORMAÇÃO JÁ OBTIDA
? - + F83
obsessões ou compulsões predominam no
quadro clínico.

Você acha que seus [ATAQUES DE PÂNICO / B/C. Existem evidências, a partir da história,
F84 OBSESSÕES / COMPULSÕES / SINTOMAS
? - + F84
exame físico ou achados laboratoriais, de
DE ANSIEDADE] estavam de alguma maneira que a perturbação é a conseqüência
relacionados com a sua [CONDIÇÃO fisiológica direta de uma condição
MÉDICA GERAL COMÓRBIDA]? médica geral e a perturbação não é explicada
por outro transtorno mental (por ex.,
SE SIM: Diga-me como. Transtorno de Ajustamento Com
Ansiedade, no qual o estressor é
(Os [ATAQUES DE PÂNICO / OBSESSÕES / uma séria condição médica geral).
COMPULSÕES / SINTOMAS DE
ANSIEDADE] começaram ou pioraram muito
somente após [CONDIÇÃO MÉDICA
GERAL COMÓRBIDA] começar?)

SE SIM E A CONDIÇÃO MÉDICA


GERAL SE RESOLVEU: Os
[ATAQUES DE PÂNICO /
OBSESSÕES / COMPULSÕES /
SINTOMAS DE ANSIEDADE]
melhoraram uma vez que
[CONDIÇÃO MÉDICA GERAL
COMÓRBIDA] melhorou?

Se F84 for codificado como “-” (isto é, não há uma condição médica geral etiológica), vá para F87, pág. 74 (Transtorno de
Ansiedade Induzido por Substância).

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 73


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SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

SE NÃO ESTIVER CLARO: Quanto os E. A perturbação causa sofrimento


F85 [ATAQUES DE PÂNICO / OBSESSÕES /
? - + F85
clinicamente significativo ou prejuízo no
COMPULSÕES / SINTOMAS DE funcionamento social ou ocupacional ou em
ANSIEDADE] interferiram na sua vida? outras áreas importantes da vida do
indivíduo.

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, B/C e E SÃO


F86 DE ANSIEDADE] no mês passado? CODIFICADOS COMO “+”
? - + F86
(FAÇA O DIAGNÓSTICO DE
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DEVIDO
A UMA CONDIÇÃO MÉDICA GERAL)

Se ataques de pânico, obsessões, compulsões ou outros sintomas de ansiedade não são cronologicamente associados ao uso de substância,
retorne ao transtorno, sendo avaliado:
F18 para Transtorno do Pânico (pág. 56)
F37 para Transtorno Obsessivo-Compulsivo (pág. 61)
F70 para Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação (pág. 67)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 74


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

TRANSTORNO DE CRITÉRIOS PARA


ANSIEDADE INDUZIDO POR TRANSTORNO DE
SUBSTÂNCIA ANSIEDADE INDUZIDO POR
SUBSTÂNCIA

CODIFIQUE BASEADO NA A. Ansiedade proeminente, Ataques de Pânico,


F87 INFORMAÇÃO JÁ OBTIDA
? - + F87
obsessões ou compulsões predominam no
quadro clínico.

SE NÃO SOUBER: Quando os [ATAQUES DE B. Existem evidências, a partir da história,


F88 PÂNICO / OBSESSÕES / COMPULSÕES /
? - + F88
exame físico ou achados laboratoriais, de: (1)
SINTOMAS DE ANSIEDADE] começaram? os sintomas no Critério A desenvolveram-se
Você já estava usando [SUBSTÂNCIA] ou durante ou dentro de um mês após a
tinha parado ou diminuído o uso? Intoxicação ou Abstinência de Substância;
ou (2) o uso de um medicamento está
etiologicamente relacionado com a
perturbação

Se F88 for codificado como “-” (isto é, não etiologicamente relacionado a uma substância), retorne para o transtorno, sendo avaliado:
F18 para Transtorno do Pânico (pág. 56)
F37 para Transtorno Obsessivo-Compulsivo (pág. 61)
F70 para Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação (pág. 67)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 75


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

Você acha que seus [ATAQUES DE PÂNICO / C. A perturbação não é melhor explicada por
F89 OBSESSÕES / COMPULSÕES / SINTOMAS
? - + F89
um Transtorno de Ansiedade não induzido
DE ANSIEDADE] são de alguma maneira por substância. As evidências de que os
relacionados a seu [USO DE SUBSTÂNCIA]? sintomas são melhor explicados por um
SE SIM: Diga-me como. Transtorno de Ansiedade não induzido por
substância podem incluir as seguintes:
PERGUNTE QUALQUER UMA DAS
SEGUINTES QUESTÕES CONFORME
NECESSÁRIO PARA EXCLUIR UMA
ETIOLOGIA NÃO INDUZIDA POR
SUBSTÂNCIA:
SE NÃO SOUBER: O que veio primeiro, (1) os sintomas precedem o início do uso da
o [USO DE SUBSTÂNCIA] ou os substância (ou medicamento)
[ATAQUES DE PÂNICO / OBSESSÕES /
COMPULSÕES / SINTOMAS DE
ANSIEDADE]?

SE NÃO SOUBER: Você teve (2) os sintomas persistem por um período


uma época em que parou de usar substancial de tempo (por ex., cerca de 1
[SUBSTÂNCIA]? mês) após a cessação da abstinência aguda
ou severa intoxicação
SE SIM: Após você parar de usar
{SUBSTÂNCIA] os [ATAQUES DE
PÂNICO / SINTOMAS DE
ANSIEDADE] melhoraram?

SE NÃO SOUBER: Qual a


(3) os sintomas de ansiedade excedem
quantidade de [SUBSTÂNCIA] você
substancialmente os que seriam esperados,
estava usando quando você começou
tendo em vista o tipo ou a quantidade da
a ter [ATAQUES DE PÂNICO /
substância usada ou a duração de seu uso
OBSESSÕES / COMPULSÕES /
SINTOMAS DE ANSIEDADE]?

SE NÃO SOUBER: Você já teve


algum outro episódio de (4) existem outras evidências sugerindo a
[ATAQUES DE PÂNICO / existência de um Transtorno de Ansiedade
OBSESSÕES / COMPULSÕES / independente, não induzido por substância
SINTOMAS DE ANSIEDADE]? (por ex., uma história de episódios
SE SIM: Quantos? Você estava usando recorrentes não relacionados à substância)
[SUBSTÂNCIA] nestas vezes?

Se F89 for codificado como “-” (isto é, a perturbação é melhor explicado por um Transtorno de Ansiedade não induzido por substância),
retorne para o transtorno, sendo avaliado:
F18 para Transtorno do Pânico (pág. 56)
F37 para Transtorno Obsessivo-Compulsivo (pág. 61)
F70 para Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação (pág. 67)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 76


First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW Del Ben, CM, Zuardi AW, Vilela JAA, Crippa JAS

SCID-CV F. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E OUTROS TRANSTORNOS

SE NÃO SOUBER: Quanto os [ATAQUES DE E. A perturbação causa sofrimento


F90 PÂNICO / OBSESSÕES / COMPULSÕES /
? - + F90
clinicamente significativo ou prejuízo no
SINTOMAS DE ANSIEDADE] interferiram na funcionamento social ou ocupacional ou em
sua vida? outras áreas importantes da vida do
indivíduo.

Se F90 for codificado como “-” (isto é, clinicamente não significativo), retorne para o transtorno, sendo avaliado:
F18 para Transtorno do Pânico (pág. 56)
F37 para Transtorno Obsessivo-Compulsivo (pág. 61)
F70 para Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação (pág. 67)

SE NÃO SOUBER: Você teve [SINTOMAS CRITÉRIOS A, B, C e E SÃO


F91 DE ANSIEDADE] no mês passado? CODIFICADOS COMO “+”
? - + F91
(FAÇA O DIAGNÓSTICO DE
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA)

Retorne para o transtorno, sendo avaliado:


F18 para Transtorno do Pânico (pág. 56)
F37 para Transtorno Obsessivo-Compulsivo (pág. 61)
F70 para Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação (pág. 67)

(?): Informação Inadequada (-): Ausente (ou sub-limiar) (+): Presente 77


SCID-II
Guia de Aplicação – versão resumida em Português
Versão Brasileira: 1.0

Autores (USA):
Michael B.First, M.D.; Miriam Gibbon, M.S.W.; Robert L.Spitzer, M.D.; Janet B. W.Williams, D.S.W.
Biometrics Research Department / New York State Psychiatric Institute / Department of Psychiatry /
Columbia University / New York, New York, USA.
Lorna Smith Benjamin, PhD.
Department of Psychology / University of Utah / Salt Lake City, Utah, USA.

Tradução para o Português (Brasil):


Nivea Melo
Supervisão: Bernard Rangé, Doutor em Psicologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Psicologia / Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

© 1997, First, M.B. et al.

Todos os direitos são reservados. Este documento não pode ser reproduzido, todo ou em parte, ou cedido de
qualquer forma, incluindo fotocópias, nem armazenado em sistema informático, sem a autorização escrita
prévia dos autores. Os pesquisadores e os clínicos que trabalham em instituições públicas (como
universidades, hospitais, organismos governamentais) podem solicitar uma versão da SCID-II* para
utilização no contexto estrito de suas atividades clínicas e de pesquisa, sem fins lucrativos.

UM TREINAMENTO PRÉVIO É OBRIGATÓRIO, PARA QUALQUER UTILIZAÇÃO DA SCID-II

* versões brasileiras da SCID-II - cadastro, cópias e treinamentos:


bernard.range@gmail.com e melo.nivea@gmail.com

SCID-II (1.0) / Versão Brasileira / DSM-IV / Atual (setembro, 2008)


ÍNDICE

GUIA DE APLICAÇÃO SCID-II* – RESUMO:

GUIA DE APLICAÇÃO SCID-II* 1

Investigação de transtornos do eixo I 1

Questionário de personalidade (QP) – opcional desejável 1

SCID-II entrevista estruturada 2

Questionário de personalidade + SCID-II 2

SCID-II Entrevista Estruturada (sem aplicação do QP): 3

Escores da SCID-II entrevista estruturada 3

Comentários item por item da SCID-II* 6


Transtorno evitativo de personalidade: 6
Transtorno de personalidade dependente 7
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo 9
Transtorno de personalidade passivo-agressiva 11
Transtorno de personalidade depressivo 12
Transtorno de personalidade paranóide 13
Transtorno de personalidade esquizotípica 14
Transtorno de personalidade esquizóide 16
Transtorno de personalidade histriônico 17
Transtorno de personalidade narcisista 18
Transtorno de personalidade borderline 20
Transtorno de personalidade antisocial 22

Exemplo de aplicação da SCID-II-DSM-IV: 25

Perguntas do questionário de personalidade (QP) associados aos TPs e mínimo de


critérios: 29

ANEXOS

QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE

SCID-II ENTREVISTA ESTRUTURADA

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
1

GUIA DE APLICAÇÃO SCID-II* – RESUMO:

Para aplicar a SCID-II são necessários 2 instrumentos:


1) Questionário de Personalidade com 119 perguntas, opcional bastante desejável (pode ser auto-
aplicado).
2) Entrevista estruturada SCID-II.

Observações:
1) Antes de aplicar a SCID-II para investigar transtornos do eixo II, fazer uma entrevista para
investigar transtornos do eixo I (ex.: MINI, ADIS-IV, SCID-I etc.).
2) Não é recomendado que o Questionário de Personalidade seja utilizado sozinho, pois tem
intencionalmente uma taxa alta de falsos positivos. Ele serve apenas para um mapeamento
inicial após o qual deve-se aplicar a SCID-II.
3) Recomenda-se a leitura cuidadosa deste resumo, em especial a sessão “Comentários sobre os
Transtornos de Personalidade” e a leitura do próprio instrumento SCID-II antes da efetiva
aplicação dele.

Investigação de transtornos do eixo I (ex.: MINI)


A necessidade de investigar transtornos do eixo I antes de aplicar a SCID-II, serve a 2
propósitos:
1) ajudar a identificar qualquer período circunscrito em que um transtorno do eixo I pode ter
ocorrido. Este episódio pode ter sido associado com comportamentos específicos daquele
período, que não devem ser associados com o funcionamento da personalidade em longo termo.
2) Obter informação de fundo que será útil para a avaliação das repostas da SCID-II.

Questionário de Personalidade (QP) – opcional desejável


Este questionário é opcional e diminui consideravelmente o tempo de aplicação do teste.
O Questionário de Personalidade requer um certo nível de leitura e todas as suas 119
questões correspondem a uma questão da entrevista inicial da SCID-II (identificados pela
numeração na coluna à esquerda em ambos).
Depois que o(a) entrevistado(a) preencheu sozinho o Questionário de Personalidade
(geralmente em torno de 20 minutos), o(a) avaliador(a) circula os números à esquerda da SCID-II
que correspondem às respostas “sim” do questionário.
Caso o(a) entrevistado(a) não marque nem “sim” nem “não”, o(a) entrevistador(a) também
assinala o número daquela pergunta e acrescenta uma interrogação.
Quando a SCID-II for aplicada, o(a) pesquisador(a) pode questionar apenas sobre as
questões que foram assinaladas “sim” ou “?” no Questionário de Personalidade, sem levar em conta
as respostas “não”, salvo em situações especiais que detalharemos adiante.
A principal razão para não haver aprofundamento nas questões que foram marcadas “não”
no Questionário de Personalidade é que ou o sintoma não é apresentado ou o(a) entrevistado(a) não
está predisposto a falar sobre ele, o que em ambos os casos torna inútil pedir exemplos.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
2

Na maioria dos casos a pergunta do Questionário de Personalidade tem um limiar de


resposta positiva consideravelmente menor do que o critério da SCID-II, por exemplo, na questão
66 “você geralmente gosta de ser o centro das atenções?” a maioria do(a)s entrevistado(a)s marca
“sim”, mas um questionamento posterior com a SCID-II mostra ao(a) avaliador(a) que o critério
“desconfortável a menos que seja o centro das atenções” não é alcançado.
Não é recomendado que o Questionário de Personalidade seja utilizado sozinho, pois tem uma
taxa alta de falsos positivos intencional. Ele serve apenas para um mapeamento inicial.

SCID-II Entrevista estruturada


Questionário de Personalidade + SCID-II
Depois que todas as questões do Questionário de Personalidade são respondidas, levando-se
em conta apenas os “sim” e os pontos de interrogação, o(a) entrevistador(a) deve proceder com a
SCID-II da seguinte forma:
1) Para todas as questões com números circulados (respostas “sim”), ele(a) deve ler a pergunta da
SCID-II, omitindo o texto em itálico.
2) Para todas as questões sem número circulado (respostas “não”), não ler a pergunta e dar o
escore “1” (obs.: o(a) entrevistador(a) deve estar confiante de que realmente é um “não”, pois
pode haver falsos negativos, como veremos em exemplos abaixo).
3) Para todos os números circulados e com um ponto de interrogação (respostas em branco, nem
sim nem não), ler a pergunta da SCID-II incluindo o texto em itálico, sem a primeira frase.
Obs.:
a) Alguns itens (critérios) da SCID-II têm mais de uma questão correspondente no Questionário de
Personalidade. Nestes casos o critério deve ser explorado caso qualquer destas questões tenha
recebido um “sim” ou for deixada em branco. Em alguns casos é útil perguntar de novo as
questões que receberam “não”.
Exemplo: o primeiro item do transtorno de personalidade narcisista (senso grandioso de
auto-importância) tem 2 questões correspondentes no Questionário de Personalidade (73 e
74). Se a 73 for respondida “não” e a 74 for respondida “sim”, o critério 1 deve ser mais
explorado perguntando ao(à) entrevistado(a) sobre exemplos. Se ainda assim restarem
dúvidas se deve ou não ser marcado escore “3”, então se deve perguntar de novo usando o
texto em itálico para ter absoluta certeza da negativa.
b) Existem 2 situações em que os itens que receberam “não” no Questionário de Personalidade
devem ser mais explorados na entrevista SCID-II:
- Quando existe uma suspeita clínica de base de que o item seja verdadeiro.
Exemplo: mesmo que o(a) entrevistado(a) tenha respondo “não” a todos os itens do
transtorno narcisista de personalidade, se ele(a) se apresenta durante a entrevista de
maneira grandiosa, ou age dessa maneira, o(a) entrevistador(a) deve averiguar todos
os itens deste transtorno.
- Quando número de itens da SCID-II codificados como “3” estiver a um item do limiar
de diagnóstico para um determinado transtorno.
Exemplo: se 3 itens para o transtorno evitativo de personalidade forem marcados “3”
falta um item para alcançar o limiar de diagnóstico (no caso 4 itens para ser
diagnosticado o transtorno). Neste caso todos os itens restantes devem ser
averiguados na SCID-II mesmo que tenham sido negados no questionário.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
3

SCID-II Entrevista Estruturada (sem aplicação do QP):


Se o(a) entrevistador(a) preferir, pode aplicar oralmente toda a SCID-II entrevista
estruturada, sem aplicação inicial do Questionário de Personalidade, pois todas as 119 perguntas do
QP estão contidas na SCID-II, na coluna da esquerda.
Para isto, ler a pergunta contida na coluna esquerda da SCID-II incluindo o texto em itálico,
sem a primeira frase. Se a resposta for “sim” ou o(a) entrevistado(a) ficar em dúvida, aprofunda-la
com outras perguntas, exemplos e observações, conforme descrito na SCID-II e neste Guia de
Aplicação.

N.T.: foi elaborada uma “Folha de Respostas”, de uso opcional, para ser apresentada ao(à)
paciente junto ao “Questionário de Personalidade”. Cada coluna da “Folha de Respostas”
equivale a uma página do QP. O(a) paciente pode ser orientado(a) a marcar suas respostas na
“Folha de Respostas” e não diretamente no “Questionário de Personalidade”.
Também foi elaborada uma folha de respostas com um resumo dos escores da entrevista
estruturada SCID-II, para uso opcional pelos terapeutas.

Escores da SCID-II entrevista estruturada:


(1) Ausente ou falso.
(2) Sublimiar ou subclínico (ex.: dificuldades atuais mais não no passado, traço está presente mas
não é severo o suficiente para causar prejuízo ou desconforto).
(3) Limiar ou verdadeiro.
- Limiar. O limiar para o critério foi alcançado (o(a) entrevistado(a) relata o traço e descreve
um exemplo convincente) ou foi mais do que alcançado (diversos exemplos convincentes
em múltiplos contextos são relatados).
- Verdadeiro. O critério é verdadeiro (o número especificado de itens para o diagnóstico do
transtorno é codificado como 3).
Obs.:
a) Se a primeira pergunta for 3 não há necessidade de explorar as outras 2, mas se a resposta à
primeira questão numerada é negativa ou se o(a) paciente não provê exemplos convincentes,
as outras questões devem ser exploradas.
b) Muitas questões no Questionário de Personalidade serão respondidas como “sim” por
entrevistado(a)s que não tem o traço, por essa razão as questões de follow up eliciam
evidências para estabelecer se o critério é válido ou não. Se mesmo depois das questões de
follow up o(a) avaliador(a) não estiver seguro, é encorajado a fazer quantas outras perguntas
forem necessárias.
c) Muitas vezes o(a) entrevistado(a) vai responder “sim”, mas o julgamento clínico do(a)
avaliador(a) vai colocá-lo(a) como 1 ou 2. O escore “3” só será dado se houver clara
evidência devido a comportamentos durante a entrevista, exemplos ou elaborações
convincentes, ou por outras fontes. A diferenciação entre um traço normal e um traço de
transtorno de personalidade pode ser difícil.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
4

Para clarear isso o DSM-IV inclui critérios diagnósticos gerais, quais sejam:
- A. Um padrão persistente de experiência interna ou comportamento que desvie marcadamente
das expectativas culturais do indivíduo. Os traços de personalidade ocorrem num continuum.
Por definição um traço de transtorno de personalidade deve estar no extremo final deste
continuum para ser considerado “3”. Por exemplo, um certo grau de ansiedade social está
presente em todos, mas o item “ansiedade social excessiva” deve ser marcado no tipo
esquizóide apenas se descrever exemplos de ansiedade social que claramente são extremas. Este
critério também leva em conta características culturais, pois o que pode ser considerado
histriônico numa cultura mais contida, pode não o ser em outra que valorize a espontaneidade.
Algumas perguntas que ajudam:
- Como é que isso se parecia? (Como era isso?)
- Me dê seu exemplo mais extremo.
- Você acha que é mais assim desse jeito do que a maioria das pessoas que você conhece?

- B. O padrão persistente é inflexível e invasivo através de um largo espectro de situações sociais


e pessoais. O(a) avaliador(a) deve procurar evidências de que o traço tem um impacto invasivo
em todas ou na maioria das áreas de funcionamento da personalidade e não está restrito a uma
relação interpessoal apenas (ex.: apenas com um(a) chefe e não com todo(a)s o(a)s outro(a)s
supervisores(as)), o que pode representar um problema interpessoal ou problemas de adaptação
do que um traço de personalidade. Perguntas que podem ajudar:
- Isso acontece em muitas situações?
- Isto acontece com muitas pessoas diferentes?

- C. O padrão persistente leva a desconforto ou incapacidade clinicamente significativa na área


social, ocupacional ou outras importantes áreas de funcionamento do sujeito? Os traços podem
ser egossintônicos. Perguntar:
- Que problemas isso trouxe para você?
- Isso incomoda outras pessoas?

- D. O padrão é estável e de longa duração e seu início pode ser visto desde a adolescência ou
início da adultidade? (início dos 20 ou por volta dos 18 anos) Perguntar:
- Você está assim há muito tempo?
- Com que freqüência isso acontece?
- Quando foi a primeira vez que se lembra de ter se comportado desse jeito?

- E. O padrão persistente não é mais bem explicado por outro transtorno. É preciso diferenciar o
traço persistente de personalidade de algum comportamento devido a algum transtorno do eixo
I. Para isso perguntar:
- Sei que aconteceram algumas vezes de você sentir-se (deprimido(a), ansioso(a), com medo
etc.), não estou falando dessas vezes. Tente se lembrar de como você é normalmente quando
não está (deprimido(a), ansioso(a), com medo etc.). Tem alguma pergunta sobre isso?
- Você é sempre desse jeito, mesmo quando não está se sentindo (deprimido(a), ansioso(a)
etc.).
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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- Quando o traço do eixo I é crônico, fica quase impossível diferenciá-lo do traço do eixo II e
é perda de tempo. Atribua ao eixo I e marque 3 na SCID-II.

- F. O padrão persistente não é mais bem explicado pelos efeitos fisiológicos de uma substância
(abuso de drogas, medicação, exposição à toxina) ou de uma condição médica (ex.: trauma
cerebral). A relação entre alguns transtornos de personalidade e uso de substâncias pode ser
difícil de avaliar (ex.: transtorno de personalidade anti-social e borderline) pois os traços podem
ser indicativos da impulsividade característica dos transtornos ou serem secundários aos efeitos
fisiológicos do uso de substâncias (ex.: labilidade afetiva, atitudes anti-sociais para obter
dinheiro para conseguir as substâncias etc.). Nessas situações uma cuidadosa avaliação sobre
como são os traços de personalidade e o padrão de uso da substância podem ser úteis para
avaliar esta relação.

Sobre as diferenças entre o traço de personalidade e alguma condição médica que possa mudar a
personalidade, na prática geralmente são muito fáceis, uma vez que o padrão do transtorno de
personalidade geralmente começa na juventude (ex.: aos 18 anos) e as mudanças devidas a
alguma condição médica podem acontecer em qualquer idade. Isso fica difícil apenas quando a
condição médica começou na infância (ex.: criança que teve trauma cerebral e apresenta
posteriormente comportamento anti-social).

Além de tudo isso, é importante levar em conta que o(a)s avaliadores(as) também tem seus
traços de personalidade que podem afetar a maneira como avaliam os traços de personalidade
alheios. Podem existir idéias preconcebidas devido à idade, gênero, cultura etc. Avaliadores(as)
com traços obsessivos compulsivos ou de culturas mais contidas podem achar avaliando(a)s de
culturas mais espontânea mais histriônicos ou vice-versa, por exemplo. O(a) avaliador(a)
precisa ter em mente que seus próprios prejulgamentos e diversos estereótipos também podem
interferir na correta avaliação.

Para escore “3” estar atento ao traço ser:


Patológico Persistente Invasivo
o traço tem que ser diferente o traço tem que estar presente o traço tem que estar presente
da cultura desde o final da adolescência em vários contextos da vida
ou início da adultidade do indivíduo

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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Comentários item por item da SCID-II* (para tirar qualquer dúvida sobre os transtornos):

TRANSTORNO EVITATIVO DE PERSONALIDADE:

(1) evita atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de
críticas, desaprovação ou rejeição

Comentário: Devido ao medo de rejeição ou de dizer ou fazer algo errado, pessoas com o transtorno
evitativo de personalidade tipicamente evitam trabalhos ou atividades escolares que os coloquem
em contato com outras pessoas (ex.: atividades de recepção ou projetos de grupo). Preferem
trabalhar por si mesmos e podem recusar promoções porque a nova posição os tornaria mais
visíveis – e por isso mais vulneráveis a críticas ou humilhações.

(2) reluta a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de sua estima.

Comentário: muitas pessoas hesitam em iniciar interações sociais por medo de serem rejeitadas.
Pessoas com este transtorno tendem a observar pelos cantos até estarem certas de serem aceitas.
Este se difere do próximo item, que envolve por limites à intimidade em relações próximas.

(3) mostra-se reservado(a) em relacionamentos íntimos, em razão do medo de ser envergonhado(a)


ou ridicularizado(a).

Comentário: Embora pessoas com este transtorno possam estabelecer relações íntimas quando há
certeza de aceitação sem críticas, têm dificuldades de falar de si mesmas e sonegam sentimentos
íntimos por medo de serem expostas, ridicularizadas ou envergonhadas.

(4) preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais

Comentário: pessoas com transtorno de personalidade evitativo ou transtorno de personalidade


narcisista pode ser hipersensíveis a críticas, reagindo às menores críticas com sentimentos de mágoa
ou embaraço. Indivíduos com transtorno de personalidade narcisista não esperam ser criticados e
ficam surpresos, indignados e ultrajados quando isso acontece; pessoas com transtorno de
personalidade evitativo, entretanto, operam com a suposição de que vão ser criticadas. Porque
qualquer pessoa pode ser magoada por críticas severas, é importante estabelecer que a quantidade
de desconforto está além da resposta da maioria das pessoas a críticas similares e que a pessoa está
constantemente em guarda contra a possibilidade de ser criticada e ele ou ela gasta muito tempo
pensando sobre isso.

(5) inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de inadequação

Comentário: pessoas com este transtorno de personalidade tendem a ser silenciosas e “invisíveis”,
particularmente em situações novas, porque sentem que qualquer coisa que disserem será “errada”
ou revelará sua inadequação.

(6) vê a si mesmo como socialmente inepto(a), sem atrativos pessoais ou inferior

Comentário: a baixa auto-estima invasiva de pessoas com este transtorno é evidente nas várias
maneiras com que se colocam para baixo. Elas podem acreditar irrealisticamente que são feias,
estúpidas e que sempre fazem ou falam algo errado em situações sociais.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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(7) extraordinariamente reticente em assumir riscos pessoais ou envolver-se em quaisquer novas


atividades, porque estas poderiam ser embaraçosas.

Comentário: em algumas pessoas com transtorno de personalidade evitativo a evitação se torna um


fenômeno tão generalizado que se recusam a fazer qualquer coisa fora de suas rotinas normais. Eles
podem ver quaisquer novos projetos ou atividades apenas como oportunidades para revelar quão
ineptos, feios ou de algum jeito não merecedores eles são. Eles podem então evitar entrevistas, salas
de aula ou aprender coisas novas, desde esquiar até programação de computadores, por medo de
fazerem errado.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE

(1) dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de conselhos e
reasseguramento da parte de outras pessoas

Comentário: Pessoas com o transtorno de personalidade dependente precisam de outras para tomar
decisões por elas. Este item se refere a uma inabilidade de tomar decisões do dia-a-dia (por
exemplo, decidir qual roupa usar de manhã, escolher um item do menu) mais do que a decisões
principais (se vai se casar, aonde morar), que são cobertas pelo próximo item. Este traço de
personalidade deve ser diferenciado da indecisão (traço do transtorno depressivo maior), no qual a
principal patologia é a falta de habilidade para tomar decisões, mais do que a necessidade de apoiar-
se em outros que o ajudem a toma-las.

(2) necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida

Comentário: pessoas com transtorno de personalidade dependente tipicamente permitem e


encorajam outras para tomar decisões sobre áreas importantes de suas vidas por elas. Tais decisões
incluem selecionar amigos, escolas, carreira, empregos, esposos, lugares para morar, e outros.
Buscar conselhos sobre tais decisões é normal e por si só não constitui evidência suficiente para
garantir uma codificação “3”. A pessoa precisa claramente transferir a decisão para outra pessoa.
Use cuidadoso julgamento clínico quando considerar esta questão em relação a adolescentes e
adultos jovens, dando descontos para dependência aos pais ou responsáveis apropriada pela idade.
Da mesma forma, tenha certeza de levar em conta normas subculturais (ex.: casamentos arranjados)
ao dar o escore deste item.

(3) dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder o apoio ou aprovação.
Nota: Não incluir temores realistas de retaliação.

Comentário: Passividade e estar sendo subjugado são muitas vezes características do transtorno de
personalidade dependente; elas podem se manifestar de maneira a concordarem excessivamente,
com o objetivo de serem queridas. Para garantir um escore “3”, este comportamento não deve ser
limitado a interação com pessoas de maior status ou cargo (ex.: chefes, professore(a)s).

(4) dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (em vista de uma falta de
autoconfiança em seu julgamento ou capacidades, não por falta de motivação ou energia).

Comentário: Devido à excessiva dependência do conselho e suporte de outrem, pessoas com


transtorno dependente de personalidade evitam trabalhar sozinhas ou tomar a iniciativa em iniciar
projetos ou tarefas. Evidencias de apoio a uma resposta “SIM” devem ser restritas a tarefas que

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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geralmente poderiam ser levadas a cabo sem a ajuda de outra pessoa. Tenha certeza de estabelecer
que esta superdependência de outros não está restrita a períodos de depressão.

(5) vai a extremos para obter carinho e apoio de outro(a)s, a ponto de voluntariar-se para fazer
coisas desagradáveis.

Comentário: pessoas com o transtorno dependente de personalidade usualmente subjugam suas


próprias necessidades às necessidades dos outros para serem queridas/gostadas. Este
comportamento pode ser tão extremo que elas podem inclusive se voluntariar para fazer coisas
desagradáveis ou humilhantes – por exemplo: se oferecer para limpar banheiros ou acordar de
madrugada para esperar na fila de ingressos de um show.

(6) sente desconforto ou desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser incapaz de
cuidar de si próprio(a).

Comentário: em casos severos de transtorno de personalidade dependente, a dependência de outros


se torna tão extrema que a pessoa fica desconfortável quando está sozinha até mesmo por poucas
horas e por isso fará grandes esforços para evitar ficar só. Quando forçada a ficar sozinha, ele ou
ela pode fazer repetidas chamadas telefônicas de urgência aos “cuidadores”. Note que pessoas com
transtorno de personalidade borderline também podem ficar desconfortáveis quando sozinhas. A
diferença é que no transtorno de personalidade dependente, a principal preocupação da pessoa é que
ele ou ela não tenha as habilidades necessárias para cuidar de si mesma, enquanto nas pessoas com
transtorno borderline de personalidade a preocupação maior é que vão “cair em pedaços” se
estiverem sozinhas.

(7) busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um
relacionamento íntimo é rompido

Comentário: embora a maioria das pessoas sintam-se chateadas quando um relacionamento


íntimo termina, pessoas com transtorno de personalidade dependente sentem-se esmagadas pela
perda e muitas vezes procuram urgentemente uma substituição imediata da pessoa perdida. Elas
podem se tornar rápida e indiscriminadamente ligadas a outra pessoa porque sentem-se incapazes
de cuidar de si mesmas. (Uma falta de habilidade de funcionar devido a uma depressão causada
por um rompimento ou diminuição da capacidade durante um período de perda não constituem
evidências que suportem um escore “3” neste item).

(8) preocupação irrealista com temores de ser abandonado(a) à sua própria sorte

Comentário: pessoas com o transtorno de personalidade dependente muitas vezes se tornam


preocupadas com o medo de serem abandonadas devido a seus sentimentos de que não poderiam
agüentar por si mesmas, mesmo quando não há risco real de abandono. Este item não deve ser
codificado como “3” se a evidência é limitada a circunstâncias particulares, como a morte eminente
de um ente querido, ou se o medo de abandono for uma preocupação realista (ex.: uma pessoa idosa
com nenhum familiar ou amigo sobrevivente, ou uma pessoa com doença física incapacitante).

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVO

(1) preocupação tão extensa, com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, que o
ponto principal da atividade é perdido.

Comentário: pessoas com o transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo são super


preocupadas com detalhes, processos ou métodos de completar uma tarefa. Quando isso é extremo,
tanto tempo é gasto focando estes detalhes que estes se tornam fins em si mesmos e a tarefa é
prolongada, completada apenas parcialmente ou não completada. Embora este padrão geralmente
seja mais relevante em ocupações situacionais (ex.: projetos de trabalho) ou trabalhos de casa, pode
ocorrer em outros ambientes; um indivíduo pode tornar-se tão preocupado com o planejamento dos
detalhes minuciosos de uma viagem que ele ou ela ficarão incapazes de aproveitar a viagem em si
mesma.

(2) perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (por ex., é incapaz de completar um projeto
porque não consegue atingir seus próprios padrões demasiadamente rígidos)

Comentário: perfeccionismo é um traço que muitas vezes resulta em produtividade ocupacional e


sucesso. Este item deve ser codificado como “3” apenas se existe evidência de que o
perfeccionismo é tão pronunciado que interfere com a finalização da tarefa: ou as tarefas não são
completadas nunca devido a insistência de fazer as coisas exatamente certas ou elas são
significativamente atrasadas. Este item difere do anterior na medida em que a incapacidade em
funcionar está relacionada ao perfeccionismo preferivelmente a (ou em adição a) se perder nos
detalhes.

(3) devotamento excessivo ao trabalho e à produtividade, em detrimento de atividades de lazer e


amizades (não explicado por uma óbvia necessidade econômica).

Comentário: este item deve ser codificado como “3” se a pessoa é tão dedicada a seu trabalho que
não há virtualmente mais tempo disponível para atividades de lazer (ex.: não há hobbies e nunca vai
a esportes, concertos, cinema etc.) ou relacionamento interpessoal (ex.: nunca passa tempo com a
esposa, filhos ou amigos). A pessoa pode dar racionalizações para seu comportamento (ex.: amo
meu trabalho, é importante para eu ir em frente, eu não consigo terminar meu trabalho durante o
dia), mas as únicas explicações que deveriam resultar em um escore “1” seriam aquelas envolvendo
necessidades econômicas óbvias (ex.: trabalhar em um segundo emprego para providenciar o básico
para a família) ou circunstâncias especiais de curto prazo (como um curto período de longas horas
de trabalho devido a um prazo final ou a um plantão médico).

(4) excessiva conscienciosidade, escrúpulos e inflexibilidade em assuntos de moralidade, ética ou


valores (não explicados por identificação cultural ou religiosa)

Comentário: esta questão se refere à tendência das pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo de
personalidade estender sua natureza inflexível e preocupação com altos padrões morais à arena da
moralidade e da ética. Muitas pessoas acreditam que tem padrões morais mais altos que as outras.
Este item deve ser codificado como “3” apenas se existe evidência de que a pessoa é super
conscienciosa, rígida ou escrupulosa ou santarrona. Tais indivíduos têm uma preocupação excessiva
sobre fazer o que é certo e podem ficar seriamente preocupadas em terem feito algo errado. É
importante considerar o histórico cultural e religioso da pessoa, porque este comportamento muitas
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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vezes ocorre em contexto religioso – o item deve receber escore “3” apenas se a pessoa é
consideravelmente mais inflexível ou conscienciosa do que outras que compartilham o mesmo
histórico cultural ou religioso. Um exemplo poderia ser alguém que castiga seus amigos por terem
feito fofocas inofensivas.

(5) incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não têm valor
sentimental.

Comentário: porque as pessoas usualmente guardam coisas em caso de serem úteis no futuro, este
item deve receber escore “3” apenas se o comportamento é claramente patológico. Pessoas com este
traço guardam coisas que são extremamente improváveis de serem usadas de novo (ex.: numerosas
vasilhas plásticas, muitos anos de jornais e revistas etc.). Dificuldade de jogar fora apenas coisas
que tem alguma importância pessoal (como cadernos do colegial) não são evidências de que o traço
está presente. Além disso, para justificar um escore “3” o resultado final deste comportamento deve
causar um problema para a pessoa (ex.: o traço deve resultar em um ambiente entulhado, que torna
difícil a pessoa encontrar as coisas de que precisa, ou o comportamento é incômodo para outras
pessoas que dividem o ambiente).

(6) relutância em delegar tarefas ou ao trabalho em conjunto com outras pessoas, a menos que estas
se submetam a seu modo exato de fazer as coisas.

Comentário: pessoas com o transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo caracteristicamente


insistem em que as coisas sejam feitas do jeito delas. Devido a extensa racionalização, estabelecer
que a insistência da pessoa é realmente “irracional” pode ser difícil; a pessoa pode providenciar
explicações plausíveis que dê crédito a sua argumentação de que seu jeito é realmente o melhor.
Nestes casos, a evidência deve ser colhida da teimosia da pessoa em atividades na qual “o melhor
jeito” é discutível, como por exemplo tarefas de limpeza da casa. Muitas vezes existirão
reclamações das outras pessoas sobre o jeito mandão da pessoa, freqüentemente a pessoa com esta
característica termina fazendo coisas ela mesma para se assegurar de que estarão sendo feitas “do
jeito certo”.

(7) adoção de um estilo miserável quanto a gastos pessoais e com outras pessoas; o dinheiro é visto
como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras.

Comentário: o traço de personalidade da generosidade manifesta-se em um continuum, desde o


auto-sacrifício ao mesquinho. Este item deve se codificado como “3” apenas se a pessoa é
claramente muito menos generosa do que a maioria das outras em circunstâncias favoráveis.

(8) rigidez e teimosia

Comentário: totalmente envolvidas em suas próprias perspectivas, pessoas com este transtorno tem
dificuldade de reconhecer o ponto de vista de outras pessoas ou concordar com as idéias delas.
Mesmo quando reconhecem que pode ser do interesse delas entrar em acordo, podem recusar-se
teimosamente em fazê-lo, argumentando que “é uma questão de princípios”.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PASSIVO-AGRESSIVA

(1) resistência passiva à realização de tarefas sociais e ocupacionais rotineiras

Comentário: O comportamento descrito aqui é a essência da natureza passivo-agressiva; impulsos


agressivos tomam a forma de resistência passiva quando há demandas por performance adequada.
Resistência passiva pode tomar várias formas e ocorrer tanto em ambientes sociais quanto
ocupacionais: ex.: dizer “sim” quando a pessoa quer dizer “não”; “esquecer” de fazer tarefas ou
atribuições que a pessoa não quer fazer; fazer atribuições de má vontade ou mal feitas e se
intencionalmente pouco eficiente; chegar cronicamente atrasado em solenidades familiares; não
aparecer em encontros sociais depois de dizer que iria aparecer. Em alguns casos, estas pessoas
podem se esconder atrás do perfeccionismo, atribuindo sua baixa performance nas tarefas em
preocupações acerca de fazê-las corretamente.

(2) queixas de ser incompreendido(a) e desconsiderado(a) pelos outros.

Comentário: pessoas com este traço superestimam seu papel em qualquer empreendimento e não
entendem porque outras pessoas não lhes dão mais crédito. Para justificar um escore “3”, a pessoa
deve ter reclamado ativamente a outras pessoas acerca disso.

(3) mau humor e propensão a discussões.

Comentário: pessoas com este traço sentem-se oprimidas e resignadas, e muitas vezes são
silenciosamente ressentidas, irritáveis, impacientes, céticas ou do contra. Qualquer pedido comum é
percebido como um fardo excessivo em seu tempo e energia e pode iniciar um argumento. Outras
pessoas podem simplesmente parar de pedir qualquer coisa desta pessoa porque conseguir que
participem ou contribuam não vale o trabalho da discussão.

(4) Críticas irracionais e desprezo pela autoridade.

Comentário: pessoas com este traço raramente sentem respeito por figuras de autoridade, vendo-as
como exigentes, incompetentes, negligentes ou inconsideradas. Devido a sua tendência de
externalizar culpa, vão criticar figuras de autoridade com a mínima provocação.

(5) inveja e ressentimento para com aqueles que aparentemente são mais afortunados.

Comentário: esta característica é muitas vezes expressas em ladainhas de reclamações sobre como
aqueles que são melhores de alguma maneira não merecerem isso (ex.: mais ricos ou mais
proeminentes).

(6) queixas exageradas e persistentes de infortúnio pessoal.

Comentário: devido a dificuldade de determinar se uma queixa particular é de fato exagerada, um


escore “3” deve ser dado apenas se a pessoa reclama de azar pessoal persistente e por toda a vida.

(7) alternância entre desafio hostil e arrependimento.

Comentário: após expressar desafio hostil, a pessoa então se protege da retaliação com desculpas
apologéticas e promessas de fazer melhor no futuro.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPRESSIVO

Comentário: o critério B do diagnóstico de pesquisa de transtorno de personalidade depressivo


indica que o diagnóstico deve ser feito apenas se as cognições ou comportamentos depressivos “não
ocorrerem exclusivamente durante episódios depressivos maiores e não são melhor encaixados em
transtorno distímico.” Este critério foi incluído para prevenir o uso excessivo deste diagnóstico de
pesquisa e encorajar ao invés disso o uso de um diagnóstico estabelecido, por exemplo, transtorno
distímico. Devido a relação entre o transtorno distímico e o transtorno depressivo de personalidade
ser uma questão de pesquisa, pesquisadores podem desejar suspender o critério e diagnosticar tanto
o transtorno de personalidade depressivo quanto o transtorno distímico se o critério para ambos for
satisfeito. Alternativamente, o transtorno de personalidade depressiva pode ser diagnosticado em
comorbidade com o transtorno distímico se o critério for satisfeito para transtorno de personalidade
depressivo em algumas vezes mais do que quando os critérios completos são satisfeitos para
transtorno distímico (ex.: períodos em que sintomas vegetativos como comer demais ou insônia não
estão presentes).

(1) humor habitual dominado por abatimento, tristeza, desânimo, descontentamento e infelicidade.

Comentário: Este item é equivalente ao critério A para o transtorno depressivo maior (ex.: humor
deprimido, ou marcante diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades),
expresso como um traço que durou toda a vida. Pessoas com este traço são exageradamente sérias,
mau humoradas e incapazes de aproveitar a vida ou ter um bom momento.

(2) autoconceito centralizado em crenças de inadequação, inutilidade e baixa auto-estima.

Comentário: a maioria das pessoas tem períodos de dúvidas sobre si mesmas. Para justificar um
escore “3” a pessoa deve identificar a si mesma como inadequada, sem valor ou uma falha.

(3) críticas, acusações e autodepreciação.

Comentário: este item é uma versão mais severa do anterior. Além de ter sentimentos de desvalia, a
pessoa se repreende ativamente por suas falhas, inadequações ou por não viver de acordo com os
padrões.

(4) meditações (ruminações) e preocupações.

Comentário: pessoas com este traço se estendem em seus pensamentos negativos e pessimistas e se
preocupam com conseqüências negativas antecipadas. A fonte destes sentimentos pode ser as
dúvidas da pessoa sobre sua habilidade de tomar decisões corretas.

(5) negativismo, críticas e preconceitos quanto aos outros.

Comentário: pessoas com este transtorno muitas vezes voltam seu hipercriticismo contra o mundo
exterior e julgam outras pessoas tão severamente quanto julgam a si mesmas.

(6) pessimismo.

Comentário: este item reflete uma distorção fundamental comum na percepção de si mesmo e do
mundo. Pessoas com este traço sempre percebem o copo “meio vazio” ao invés de “meio cheio”.
Elas muitas vezes racionalizam suas perspectivas pessimistas como sendo “realistas”.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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(7) propensão a sentir culpa ou remorso.

Comentário: pessoas com este traço se dão crédito por tudo que jamais deu errado com elas e
terminam sentindo-se culpadas e com remorsos.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANÓIDE

(1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado(a), maltratado(a) ou enganado(a)
por terceiros.

Este item expressa a característica nuclear deste transtorno – a saber, uma expectativa fundamental
de que outros irão explorá-lo(a), levar vantagem sobre ele(a) ou machucá-lo(a). Quando tentamos
fazer uma avaliação deste item, o foco deve se em estabelecer uma orientação paranóide geral, além
de procurar exemplos específicos de ideação paranóide.

(2) preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas.

Comentário: devido a frequentemente ser muito difícil determinar se uma falta de confiança é
injustificada em um caso particular, este item deve receber escore “3” somente se a pessoa é
preocupada com este tipo de dúvidas em quase todos os relacionamentos. Este item difere do
anterior na medida em que o item 1 reflete uma perspectiva paranóide geral sobre o meio, enquanto
que este item reflete as expectativas de traição até mesmo pela família, amigos e colegas de
trabalho.

(3) reluta em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações possam ser
maldosamente usadas contra si.

Comentário: é importante determinar se a razão pela relutância do indivíduo de confiar em outros é


medo de algum malefício resultante de ter confiado a informação, mais do que simplesmente o
medo de rejeição (que é característica do transtorno evitativo de personalidade). Adicionalmente,
este item não deve ser codificado como “3” se a relutância em confiar em uma pessoa específica for
justificada baseada em experiência prévia com aquela pessoa.

(4) interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador em observações ou


acontecimentos benignos.

Comentário: esta característica consiste em interpretações idiossincráticas personalizadas de


comportamentos inócuos como tendo intento malevolente. Este traço é a versão “paranóide” do
item 1 do transtorno de personalidade esquizotípica, na qual o evento ou objeto no meio ambiente
da pessoa tem um significado particular ou pouco usual. Para ser codificado como “3” para
transtorno de personalidade paranóide, as idéias de referência devem ter um conteúdo ameaçador
ou desmerecedor.

(5) guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou deslizes.

Comentário: para ser qualificado como “rancor” a reação da pessoa deve ser claramente
desproporcional à severidade ou intensidade do insulto ou injúria. Por exemplo, uma vida inteira de
rancor contra uma pessoa por ter matado um(a) amigo(a) não seria desproporcional, mas recusar-se
a falar com um(a) amigo(a) por muitos anos depois de uma discussão menor, sim.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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(6) percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente
com raiva ou contra-ataque.

Comentário: existem 2 partes deste item. Primeiro, a pessoa tem que ser hipersensível a insultos
menores, indignidades ou omissões. Segundo (e distinguindo este item do “é preocupado com
críticas” do transtorno de personalidade evitativo), a pessoa é rápida em reagir com raiva ou contra-
ataques.

(7) tem suspeita recorrente, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceira sexual.

Comentário: a dificuldade usual em avaliar este item é determinar se a inveja é “patológica” – ou


seja, persistente e injustificada. Isto muitas vezes requer questionamento cuidadoso ou estabelecer
ocasiões freqüentes da inveja ocorrendo em diferentes tipos de relacionamentos. Comportamento
excessivo e inapropriado muitas vezes é associado com a inveja, como negligenciar outras
responsabilidades para monitorar as atividades do(a) esposo(a) ou parceiro(a).

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA

(1) idéias de referência (excluindo delírios de referência).

Comentário: idéias de referência (também conhecidas como pensamento referente) são típicos da
ideação que é característica deste transtorno de personalidade. Uma pessoa com uma idéia de
referência tem a crença de que um evento, objeto ou outra pessoa nos arredores imediatos tem um
especial ou incomum significado para ele ou ela. Um exemplo comum é a pessoa que muitas vezes
tem o sentimento de que quando vê um grupo de estranhos falando uns com os outros, estão falando
sobre ele(a). Muito menos comum é a pessoa que acredita que objetos no ambiente contenham uma
mensagem especial. Por exemplo, uma mulher chamada Glória interpreta uma placa na loja de
nozes (“nuts”) que diz “Nozes da Glória” (Gloria´s nuts) como uma mensagem de que ela é louca
(“nuts” em inglês significa nozes, mas também significa louco, maluco). Uma idéia de referência
deve ser distinguida de um delírio de referência, no qual a idéia de referência é mantida com uma
intensidade de delírio (ex.: a pessoa firmemente acredita que o delírio de referência é verdadeiro e
não irá pensar com seriedade em explicações alternativas). Nos casos em que o pensamento
referencial atinge proporções delirantes, um diagnóstico de transtorno psicótico (eixo I) deve ser
seriamente considerado.

(2) crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes
com as normas da subcultura do indivíduo (por ex., superstições, crença em clarividência, telepatia
ou "sexto sentido"; em crianças e adolescentes, fantasias e preocupações bizarras).

Comentário: algumas superstições e outras crenças que não são consistentes com as leis da
natureza e da física são comuns em muitas sociedades e culturas. Para satisfazer este item, a pessoa
tem que fazer mais do que reconhecer ter estas crenças e reportar algumas influências destas
crenças em seu comportamento. Por exemplo, a pessoa que apenas diz acreditar na existência de
Experiências Extrasensoriais não deve ser codificada como “3” neste item; por outro lado, a pessoa
deve relatar experiências pessoais com experiências extrasensoriais que influenciaram seu
comportamento. Além disso, este critério deve ser considerado apenas para crenças que desviam
consideravelmente das normas da subcultura da pessoa. Pensamento mágico é um tipo particular de
‘crença esquisita’ na qual a pessoa acredita que suas palavras, pensamentos ou ações vão fazer
alguma coisa acontecer ou prevenir alguma coisa de acontecer de um jeito que viola as leis da física
de causa e efeito. Um exemplo é a pessoa acreditar que seu intenso desejo de ganhar na loteria foi
responsável por ter ganhado. Note que por definição, pensamento mágico não é delirante, ou seja
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não é delirante na medida em que a pessoa pode entreter idéias de explicações alternativas. (O
requisito de que a crença seja menos intensa do que um delírio se aplica a todo este critério).

(3) experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões somáticas.

Comentário: este item deve ser codificado como “3” se existem experiências perceptuais incomuns,
exceto alucinações não passageiras, que sugeririam a presença de transtorno psicótico. Além disso,
experiências perceptuais incomuns que são devidas a drogas (ex.: alucinógenos), transtornos físicos
(ex.: encefalopatia metabólica), ou fenômenos naturais (ex.: alucinações hipnagógicas ou
hipnopômpicas que ocorrem quando estamos caindo no sono ou acordando) não devem ser
consideradas evidencias deste critério.

(4) pensamento e discurso bizarros (por ex., vago, circunstancial, metafórico, superelaborado ou
estereotipado).

Comentário: este comportamento é observado durante a entrevista. Outros exemplos de discurso


esquisito incluem uso de palavras peculiares, neologismos, fala sem conteúdo, com estilo, super
concreta ou discurso super tangencial. Note que o discurso que é tão desorganizado que é
classificado como “perdendo as associações” ou “incoerência” sugerem um diagnóstico de
esquizofrenia.

(5) desconfiança ou ideação paranóide.

Comentário: este item deve ser codificado como “3” se qualquer critério de transtorno de
personalidade paranóide 1, 2, 3, 4 ou 7 tiver sido codificado como “3”. Os itens relevantes do
transtorno de personalidade paranóide são: (1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo
explorado(a), maltratado(a) ou enganado(a) por terceiros, (2) preocupa-se com dúvidas infundadas
acerca da lealdade ou confiabilidade de amigo(a)s ou colegas; (3) reluta em confiar nos outros por
um medo infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si; (4)
interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou
acontecimentos benignos; (7) tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do
cônjuge ou parceiro(a) sexual.

(6) afeto inadequado ou constrito.

Comentário: este comportamento é observado durante a entrevista. Afeto inapropriado é definido


como uma incongruência entre o conteúdo do que a pessoa está falando e suas inflexões vocais e
faciais. É muitas vezes expressado como uma animação não apropriada (ex.: sorrir brilhantemente
enquanto conta alguma coisa terrível que aconteceu). Não incluir risos inapropriados devidos a
ansiedade. Evidências de afeto constrito incluem expressões faciais que não mudam, inflexão vocal
monótona ou sem variação, ausência de gestos de expressão, manter uma postura rígida e contato
ocular pobre. Qualquer evidência de afeto constrito deve estar presente por um tempo prolongado e
deve claramente não ser causado por humor depressivo ou efeitos médicos (ex.: neurolépticos).

(7) aparência ou comportamento esquisito, peculiar ou excêntrico.

Comentário: este comportamento ou aparência é observado durante a entrevista. Exemplos de


comportamento esquisito devem estar presentes por um período prolongado de tempo e não ser
causado por outros transtornos mentais (ex.: episódio maníaco ou esquizofrenia). Exemplos devem
incluir falar sozinho na rua, vestir roupas que não combinam ou vestir várias camadas de roupas em

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um dia quente. Este item não se aplica a indivíduos que se vestem de maneira incomum apenas para
serem “estilosos”.

(8) não tem amigos íntimos ou confidentes, exceto parentes em primeiro grau.

Comentário: pessoas com transtorno de personalidade esquizóide ou esquizotípica tipicamente têm


poucos amigos e confidentes; elas tendem a evitar relacionamentos próximos com outras pessoas,
embora por razões diferentes. Pessoas com transtorno esquizóide de personalidade evitam amigos
íntimos porque tem pouco interesse em relacionamentos com outras pessoas. Aquelas com
transtorno de personalidade esquizotípica sentem-se desconfortáveis em relacionamentos devido a
excessiva ansiedade social e inabilidade social, e portanto os evitam.

(9) ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar associada com
temores paranóides, ao invés de julgamentos negativos acerca de si próprio.

Comentário: um escore “3” para este item requer que a pessoa esteja muito mais desconfortável do
que a maioria das pessoas em situações sociais, até mesmo com familiares. A ansiedade social no
transtorno esquizotípico de personalidade é enraizada numa inabilidade fundamental em ter relação
com outras pessoas. Por esta razão a familiaridade não traz reasseguramento e conforto. Em
contraste, no transtorno de personalidade evitativo, a familiaridade reduz a ansiedade porque alivia
o medo de humilhação e rejeição que é mais relevante nos estágios iniciais de uma relação.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE

(1) não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, incluindo fazer parte de uma família.

Comentário: esta falta de fortes desejos de relacionamentos é a marca registrada do transtorno de


personalidade esquizóide e o que o diferencia do transtorno de personalidade evitativo, no qual a
falta de relacionamentos íntimos da pessoa se deve a excessiva ansiedade social.

(2) quase sempre opta por atividades solitárias.

Comentário: devido a pessoa com este transtorno ter pouco interesse por relacionamentos, segue-se
que ela irá quase sempre escolher atividades solitárias do que atividades que envolvam outras
pessoas. Esta preferência deve ser invasiva e estender-se tanto ao trabalho quanto a atividades de
lazer.

(3) manifesta pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa.

Comentário: a falta de desejo de ter experiências sexuais com outra pessoa deve ter estado presente
desde a adolescência e deve não ser motivada por simples medo de rejeição.

(4) tem prazer em poucas atividades, se alguma.

Comentário: embora algumas pessoas com este transtorno possam obter prazer de atividades
intelectuais solitárias (ex.: coleção de selos ou resolver problemas matemáticos), elas geralmente
não tem a habilidade de obter prazer em atividades interpessoais ou experiências sensórias (ex.:
comer ou ter sexo).

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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(5) não tem amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro grau.

[JÁ FOI CODIFICADO NO ITEM 8 PARA TRANSTORNO DE PERSONALIDADE


ESQUIZOTÍPICO].

(6) mostra-se indiferente a elogios ou críticas de outros.

Comentário: pessoas com este traço têm pouco interesse em relacionamentos com outras pessoas e
conseqüentemente não se importam com o que outras pessoas pensem delas.

(7) demonstra frieza emocional, distanciamento ou afetividade embotada.

Comentário: comportamento que pode ser diretamente observado deve ser a base primária para a
codificação deste item. Pessoas com este traço raramente mostram qualquer expressão de emoção,
falarão em tons monótonos sem variação em sua inflexão vocal e mostrarão pouca ou nenhuma
mudança na expressão facial. O(a) entrevistador(a) deve averiguar se a pessoa caracteristicamente
aparece deste jeito (tanto perguntado para a pessoa quanto checando outro(a)s informantes) e que
este afeto constrito não é devido a humor deprimido ou efeitos de medicação (ex.: neurolépticos).

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICO

(1) sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções.

Comentário: o desejo de ser notado e que as outras pessoas nos prestem atenção é normal. No
transtorno de personalidade histriônico este desejo por atenção é tão extremo que se torna
insaciável. Devido a pessoa sentir-se desconfortável quando não é o centro das atenções, ele ou ela
fará grandes esforços para garantir ser e permanecer no centro, como monopolizar conversações em
um grupo de pessoas ou dramatizando vistosamente história depois de história.

(2) a interação com os outros freqüentemente se caracteriza por um comportamento inadequado,


sexualmente provocante ou sedutor.

Comentário: este item deve ser codificado como “3” se existem exemplos gritantes de
comportamento sedutor que é compulsivo ou indiscriminado – ou seja, em momentos ou situações
não relacionados com encontros, paquera e romance. Um exemplo é alguém que flerta com garçons,
garçonetes, caixa de supermercado, entregadores, entre outros.

(3) exibe mudança rápida e superficialidade na expressão das emoções.

Comentário: este comportamento é observado durante a entrevista. Este item se refere a rápidas
mudanças nas expressões de humor que refletem uma fundamental superficialidade do afeto. Por
exemplo, a pessoa pode ficar muito animada com alguma coisa ou alguém e depois rapidamente
perder o interesse ou ter um chilique que imediatamente se dissipa quando a atenção da pessoa se
volta para outra coisa. As emoções da pessoa são ligadas e desligadas tão rapidamente que outros
podem acusa-la de fingir sentimentos. Isto se distingue do item 6 do transtorno de personalidade
borderline (“instabilidade afetiva”) no que as mudanças de humor no transtorno de personalidade
borderline são mais profundas e mais sustentadas (ex.: durar por horas ou dias).

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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(4) usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si próprio(a).

Comentário: este item refere-se ao uso da aparência física ou vestuário como um meio de definição
própria e destacar-se da multidão. Não incluir pessoas com aparência física pouco comum
exclusivamente por natureza de oposição (ex.: usar vários anéis no nariz como um jeito de rejeitar
valores parentais).

(5) tem um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes.

Comentário: este comportamento é observado durante a entrevista. Junto com uma apresentação
muito dramática, a pessoa com transtorno de personalidade histriônica pode usar um estilo de
linguagem que é excessivamente impressionista e é caracterizado por freqüente uso de afirmações
amplas, extensas, globais e carentes de detalhes. Por exemplo a pessoa pode descrever alguém
como “horrível” ou “maravilhoso” sem ser capaz de providenciar quaisquer fatos ou detalhes que
apóiem esta descrição.

(6) exibe autodramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada.

Comentário: pessoas com este transtorno tendem a ser muito dramáticas ao contar histórias sobre si
mesmas ou ao expressar suas emoções. Elas podem embaraçar amigos e conhecidos por uma mostra
excessiva de emoções em público (ex.: embaraçando conhecidos casuais com ardor excessivo,
choro descontrolado em ocasiões pouco sentimentais, ter chiliques). Esta questão muitas vezes pode
ser respondida observando o comportamento da pessoa durante a entrevista. Seja cuidadoso(a) em
não incluir comportamento que ocorrem apenas durante episódios maníacos ou hipomaníacos.

(7) é sugestionável, ou seja, é facilmente influenciado(a) pelos outros ou pelas circunstâncias.

Comentário: pessoas com esta característica tendem a seguir a última moda, adotar facilmente
novas convicções e rapidamente desenvolver novos “heróis”. Suas opiniões e valores são super
influenciados por seus pares, colegas de trabalho, família e mídia. Elas parecem não ter um núcleo
estável em suas próprias crenças e valores.

(8) considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente são.

Comentário: esta característica pode estar evidente quando o sujeito descreve como “amigos
íntimos” as pessoas que ele(a) acabou de conhecer, ou teve apenas uma única conversa.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA

(1) sentimento grandioso da própria importância (por ex., exagera realizações e talentos, espera ser
reconhecido como superior sem realizações comensuráveis).

Comentário: procure por discrepâncias entre as expectativas de reconhecimento da pessoa e sua


disposição em trabalhar ou passar por obstáculos comuns (ex.: conseguir o grau necessário ou subir
na hierarquia).

(2) preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência, beleza ou amor ideal.

Comentário: Em algumas pessoas, esta característica pode estar manifestada por constantes
devaneios ou outras atividades não produtivas que ocorrem em lugar de fazer os passos concretos
em prol de conseguir suas aspirações de sucesso, poder ou amor: por exemplo, a pessoa pode ficar
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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horas sentada numa cafeteria falando sobre um dia ser um(a) grande escritor(a) ao invés de gastar
este tempo escrevendo. Em outros, pode haver preocupação com atividades que são inúteis devido à
natureza inalcançável das fantasias (ex.: a pessoa ir todas as noites a bares de solteiro em busca do
romance perfeito).

(3) crença de ser "especial" e único(a) e de que somente pode ser compreendido(a) ou deve
associar-se a outras pessoas (ou instituições) especiais ou de condição elevada.

Comentário: pessoas com transtorno de personalidade narcisista consideram a si mesmas especiais,


únicas e superiores às outras e muitas vezes limitarão seus contatos a outros(as) que considerem
comparavelmente especiais ou talentosas. Por exemplo, uma pessoa com transtorno de
personalidade narcísica pode ir a uma festa apenas depois de lhe terem garantido que outras pessoas
“especiais” iriam participar também. Como conseqüência de seu senso grandioso de auto-
importância e o senso de que merecem apenas o melhor, pessoas com o transtorno de personalidade
narcisista muitas vezes insistem em ver apenas a pessoa mais importante (médico, advogado,
cabeleireiro, professor) ou aqueles das instituições mais prestigiadas.

(4) exigência de admiração excessiva.

Comentário: a auto-estima do indivíduo com transtorno de personalidade narcísica invariavelmente


é muito frágil e deve ser constantemente escorado pela atenção e admiração dos outros. Pessoas
com este traço podem relatar ficar preocupadas com inquietações sobre quão bem estão indo e
como outros as percebem ou podem relatar sentimentos de disforia quando não são objeto de
atenção e admiração.

(5) sentimento de intitulação, ou seja, possui expectativas irracionais de receber um tratamento


especialmente favorável ou obediência automática às suas expectativas.

Comentário: certifique-se de que as expectativas de tratamento especial são realmente irracionais,


levando em conta o status real da pessoa. Tipicamente, a pessoa sente-se no direito de ter tratamento
especial devido a sua “especialidade” intrínseca. Por exemplo, pessoas com transtorno narcisista de
personalidade podem supor que não devem esperar na fila devido ao fato de suas necessidades
serem tão importantes que outras pessoas tenham que se submeter a elas.

(6) é explorador(a) em relacionamentos interpessoais, isto é, tira vantagem de outros para atingir
seus próprios objetivos.

Comentário: a combinação de sentir-se no direito e a falta de sensibilidade às necessidades dos


outros muitas vezes levam a exploração dos outros. Pessoas com transtorno narcisista de
personalidade sentem que são tão importantes que suas necessidades merecem ser satisfeitas
independente das conseqüências para os outros. Eles podem estabelecer amizades ou
relacionamentos românticos com outras pessoas apenas se estes relacionamentos são passíveis de
aumentar sua auto-estima ou facilitar seus objetivos.

(7) ausência de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e necessidades


alheias.

Comentário: pessoas com transtorno narcisista de personalidade geralmente são cegas às


preocupações, necessidades e bem estar de outras pessoas. Tendem a dominar as conversas, discutir
suas próprias preocupações e interesses nos mínimos detalhes sem preocupar-se com os sentimentos
ou necessidades dos outros. Elas podem ter a capacidade de demonstrar empatia (ex.: um terapeuta
de sucesso com transtorno de personalidade narcisista) mas apenas se isso serve a seus propósitos.
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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(8) freqüentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia.

Comentário: pessoas com transtorno narcisista de personalidade estão constantemente julgando


quão bem estão em comparação com outras. Elas muitas vezes desmerecem ou denigrem o sucesso
das outras, acreditando que elas próprias merecem admiração ou privilégios. Em alguns casos,
podem supor que as outras pessoas tenham inveja delas.

(9) comportamentos e atitudes arrogantes e insolentes.

Comentário: O(a) entrevistador(a) deve procurar por evidências de atitudes ou comportamentos


esnobes ou condescendentes. Estar atitudes muitas vezes são evidentes durante a entrevista – por
exemplo, a pessoa comenta desdenhosamente sobre o estilo e aparência do(a) avaliador(a) ou da
própria avaliação (ex.: quem pensou nestas perguntas estúpidas?).

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

(1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado. (Nota: Não incluir
comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5).

Comentário: este item se refere a ações frenéticas que a pessoa faz para evitar que alguém com
quem estão envolvidas, ligadas ou dependentes possam deixa-las. Exemplos incluem implorar à
pessoa para não ir embora ou restringir fisicamente a pessoa.

(2) um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância


entre extremos de idealização e desvalorização.

Comentário: estes são três componentes necessários neste critério. Primeiro, deve haver um padrão
instável de relacionamentos caracterizado por freqüentes conflitos e ameaças de separação (ou
períodos reais de separação). Segundo, estes relacionamentos devem ser intensos: emoções fortes
devem estar presentes (ex.: euforia, enamoramento, raiva, ressentimento ou desespero). Finalmente,
a pessoa deve ligar-se a outra pessoa no relacionamento com superidealização algumas vezes (“meu
namorado é a pessoa mais maravilhosa, cuidadosa e forte que eu já encontrei”) e outras vezes
desvalorização (“ele é um lixo”). Em termos analíticos, estes indivíduos geralmente usam a
clivagem como um mecanismo de defesa.

(3) perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do


sentimento de self.

Comentário: identidade é um senso estável de self que providencia a unidade da personalidade ao


longo do tempo. O tipo de distúrbio que é característico do transtorno de personalidade borderline
consiste em extremas mudanças no senso de quem a pessoa é, o que é muitas vezes manifesto em
mudanças abruptas de trabalhos ou objetivos de carreira, relatos de orientação sexual, valores
pessoais, amigos ou o senso fundamental de self da pessoa (ex.: como má ou boa). Note que este
item deve receber escore “3” apenas se o distúrbio de personalidade não é apropriado ao
desenvolvimento e idade (ex.: mudanças normais adolescentes não devem ser consideradas).

(4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex.,
gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente).
Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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Comentário: a principal característica deste critério é a inabilidade da pessoa de exercer controle


sobre seus impulsos de se engajar em comportamentos que podem ser gratificantes em curto prazo
mas potencialmente destrutivos em longo prazo. Note que os comportamentos descritos nas
perguntas da entrevista são meramente exemplos; eles não têm a intenção de serem exaustivos.
Nesta lista, “gastar” refere-se a compras impulsivas de coisas, com que a pessoa não tem condições
de arcar, e “sexo” refere-se a decidir impulsivamente ter sexo com alguém (ou ter “sexo inseguro”)
sem considerar as potenciais conseqüências prejudiciais a si mesmo.

(5) recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante.

Comentário: não dê escore “3” a uma pessoa que simplesmente fala com outras sobre ideação
suicida passiva (“eu gostaria de estar morta”). “Comportamento automutilante” refere-se a
comportamento auto infligido sem intenção suicida. Exemplos comuns incluem cortar os pulsos ou
arranhar-se ou queimar a si mesmo com um cigarro.

(6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa
disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de
alguns dias).

Comentário: instabilidade afetiva refere-se a qualidade mutável, instável do humor da pessoa.


Embora a mudança de humor muitas vezes seja abrupta, o súbito acesso de mudança de humor não
é um requisito. Ao invés disso, este critério especifica mudanças de humor freqüentes, de larga
magnitude e com duração relativamente breve – horas, mais do que dias e semanas.

(7) sentimentos crônicos de vazio.

Comentário: sentimentos crônicos de vazio muitas vezes são associados com sentir-se entediado(a),
vazio(a), sozinho(a) ou sem definição.

(8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações
freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes).

Comentário: “raiva inapropriada” denota que a intensidade da raiva da pessoa é fora de proporção
em relação à causa. Perda de controle da raiva pode ser evidenciada por extremas manifestações
físicas, como bater nas pessoas ou jogar objetos. A raiva é muitas vezes expressa no contexto de
real ou imaginária falta de cuidados, privação ou abandono.

(9) ideação paranóide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos.

Comentário: durante períodos de stress, algumas pessoas com o transtorno de personalidade


borderline desenvolvem sintomas dissociativos ou paranóides temporários que raramente são
severos o suficiente para garantir um diagnóstico adicional (ex.: transtorno psicótico breve). O
estressor muitas vezes é uma real, percebida ou antecipada retirada de carinho ou atenção de um(a)
cuidador(a) (ex.: amante, parente, terapeuta). Nessas situações, o retorno real ou percebido dos
cuidados do(a) cuidador(a) pode resultar em remissão dos sintomas. Sintomas dissociativos incluem
períodos de amnésia dissociativa (ex.: ter o sentimento desligamento ou estranhamento de si
mesmo(a)) ou desrealização (ex.: o sentimento de que o mundo externo é irreal ou estranho). Estes
episódios comumente duram minutos ou horas.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISOCIAL

Critério B: a pessoa tem que ter mais de 18 anos...

Critério C:

(1) (antes dos 15) freqüentemente provoca, ameaça ou intimida outros.

Comentário: a ameaça implícita deve ser de machucado físico e não simplesmente de retirada da
amizade.

(2) (antes dos 15) freqüentemente inicia lutas corporais.

Comentário: este item deve ser codificado como “3” apenas se há evidências de que a pessoa
começou brigas, ao invés de simplesmente ser arrastado para elas.

(3) (antes dos 15) utilizou uma arma capaz de causar sério dano físico a outros (por ex., bastão,
tijolo, garrafa quebrada, faca, arma de fogo).

Comentário: qualquer uso de arma garante o escore “3” – desde usar uma arma em uma luta ou usar
uma arma para ameaçar, intimidar, roubar ou atacar sexualmente alguém.

(4) (antes dos 15) foi fisicamente cruel com pessoas.

Comentário: isso se refere a torturar ou infligir dor e sofrimento em outros, mais do que
machucados provocados por brigas. Também pode incluir situações em que dor física não foi
realmente infligida (ex.: trancar uma criança em um armário).

(5) (antes dos 15) foi fisicamente cruel com animais.

Comentário: ser “fisicamente cruel” implica infligir de propósito dor e sofrimento ao animal.

(6) (antes dos 15) roubou com confronto com a vítima (por ex., bater carteira, arrancar bolsa,
extorsão, assalto à mão armada).

Comentário: este item requer confrontação cara-a-cara, desde ameaças verbais até violência real.

(7) (antes dos 15) forçou alguém a ter atividade sexual consigo.

este item refere-se a qualquer atividade sexual coerciva, incluindo estupro, forçar a pessoa a toca-
lo(a) sexualmente, forçar a pessoa a se despir ou forçar alguém a assistir um ato sexual.

(8) (antes dos 15) envolveu-se deliberadamente na provocação de incêndio com a intenção de
causar sérios danos.

Comentário: o elemento crítico é a intenção, mais do que se o fogo causou ou não prejuízo severo.

(9) (antes dos 15) destruiu deliberadamente a propriedade alheia (diferente de provocação de
incêndio).

Comentário: este item refere-se a vandalismo contra propriedade com a intenção de destruir, mais
do que puramente como uma forma de expressão (ex.: pichar muros não se qualifica, mas quebrar
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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janelas, destruir uma casa, colocar sujeira no tanque de gasolina ou furar pneus se qualificam).
Atear incêndios está excluído deste item por ter sido coberto no item anterior.

(10) (antes dos 15) arrombou residência, prédio ou automóvel alheio.


--

(11) mente com freqüência para obter bens ou favores ou para evitar obrigações legais (isto é,
ludibria outras pessoas)

Comentário: esta questão refere-se a mentiras manipulativas. Não inclui mentir por outros motivos,
como evitar punições severas, colocar outra pessoa em apuros ou manter os pais a distância.

(12) roubou objetos de valor sem confronto com a vítima (por ex., furto em lojas, mas sem arrombar
e invadir; falsificação).

Comentário: este item não fala de roubar coisas triviais (ex.: doces) ou forjar assinaturas para coisas
que não sejam roubos.

(13) fugiu de casa à noite pelo menos duas vezes, enquanto vivia na casa dos pais ou lar adotivo (ou
uma vez, sem retornar por um extenso período).
--

(14) freqüentemente permanece na rua à noite, apesar de proibições dos pais, iniciando antes dos 13
anos de idade.
--

(15) freqüentemente gazeteia à escola, iniciando antes dos 13 anos de idade.


--

Critério A

(1) fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado
pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção.

Comentário: note que este item se refere a normas da sociedade em geral (como definido pelas leis
existentes), em oposição a algum subgrupo que possa fechar os olhos para certos comportamentos
ilegais. Os atos, todavia, devem ser anti-sociais em sua natureza – não atos de desobediência civil
(ex.: invadir durante protestos).

(2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os
outros para obter vantagens pessoais ou prazer.

Comentário: indivíduos com esta característica não têm consideração pela verdade e mentem para
explorar outras pessoas ou manter controle sobre elas. Este item não deve abranger mentir para
proteger a si mesmo(a) de algum mal (ex.: violência doméstica por parte do marido).

(3) impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.

Comentário: este traço envolve tomar importantes decisões sem qualquer prudência ou
consideração das implicações para si mesmo(a) ou outras pessoas. Exemplos incluem viajar de
lugar para lugar sem um emprego pré-arranjado ou finanças adequadas, ou a falta de um endereço

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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fixo por um período prolongado. Note que um escore “3” requer que a falta de planejamento seja
claramente irresponsável, não mera evidência de espontaneidade.

(4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas.

Comentário: atos agressivos que são necessários para defender a si mesmo ou alguém mais ou atos
que são necessários ao trabalho da pessoa não são incluídos como evidência deste traço.

(5) desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia.

Comentário: este item inclui situações em que a pessoa ignora a segurança de outras. Por exemplo,
a pessoa pode ser tão negligente quando cuida de uma criança que esta fica em situação perigosa
(ex.: permitir que uma criança perambule numa via movimentada).

(6) irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento


de trabalho consistente ou honrar obrigações financeiras.

Comentário: deve haver evidência de comportamento irresponsável no trabalho ou


irresponsabilidade financeira. Comportamento irresponsável no trabalho pode se indicado por
períodos significativos de desemprego a despeito de haver oportunidades de trabalho disponíveis,
abandono de vários trabalhos sem um plano realista de conseguir outro trabalho, ou repetidas
ausências do trabalho não explicadas por doença. Irresponsabilidade financeira pode ser indicada
por repetidamente descuidar-se de dívidas, recusa de pagar alimento ou suporte para crianças, ou
repetidamente desperdiçar em itens pessoais o dinheiro que era necessário para a comida da casa ou
outras necessidades.

(7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou
roubado outra pessoa.

Comentário: pessoas com este traço não têm qualquer remorso acerca das conseqüências de seus
atos anti-sociais, muitas vezes culpando as vítimas de serem estúpidas, desamparadas ou
merecedoras de seu destino ou também minimizando as conseqüências maléficas.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
25

EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA SCID-II-DSM-IV:

I- Sujeito: Nick (preenche critérios para TP Narcisista e TP Histriônico).


Principal foco de atenção clínica: TP Narcisista (preenche o maior número de critérios).

Duração da entrevista: 30 minutos.

“Questionário de Personalidade” (QP-SCID-II) auto-aplicado:


Resposta Número da pergunta
SIM 8, 14, 19, 21, 23, 26, 27, 30, 42, 47, 48, 49, 51, 66, 67, 69, 70, 73, 74, 75, 77, 78,
79, 80, 81, 84, 87, 88, 90, 91, 96, 97, 99
EM BRANCO -

Perguntas iniciais da SCID-II Entrevista Estruturada:


Se descreve como: talentoso, bonito.
Como pensa que as pessoas o descreveriam: amigável, amável.
Quem tem sido as pessoas importantes em sua
mãe, alguns amigos e amantes.
vida:
Como tem se dado com eles? Ok.
Acha que o jeito normal com que reage às coisas
ou se comporta com as pessoas já lhe causou
Não.
problemas com alguém? (em casa, no trabalho,
na escola?) (de que jeito?)
Que tipo de coisas fez que as outras pessoas
Algumas vezes sou honesto demais.
podem ter considerado irritantes?
Como passa o seu tempo livre? Aulas de teatro e fã-clube.
Se pudesse mudar sua personalidade de algum
Seria mais decidido.
jeito, como seria diferente?

Aprofundamento dos critérios na SCID-II Entrevista Estruturada:

TP Evitativa – escore 1 (ausente ou falso).


Respostas de 1 a 7 NÃO pulou-se este transtorno

TP Dependente – escore 1 (ausente ou falso).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
8 2 Algumas vezes – o que vestir.
14 2 Com a primeira amante – voltei para casa, para morar com minha mãe.
Não foi necessário aprofundamento em nenhuma outra pergunta, pois todas eram NÃO.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
26

TP Obsessivo-compulsivo – escore 1 (ausente ou falso).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
19 1 Sobre a minha aparência e minhas roupas.
Quero que as coisas pareçam simplesmente certas.
21 3
Por exemplo: jantares e festas, tenho que fazer tudo eu mesmo.
Em questões de gosto.
23 1
Eu simplesmente tenho um olho clínico para o que é bonito.
Preencheu 1 critério, eram necessários 4.
Não foi necessário aprofundamento em nenhuma outra pergunta, pois todas eram NÃO.

TP Passivo-Agressivo – escore 1 (ausente ou falso).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
Algumas vezes é mais fácil dizer que esqueceu.
26 2
Por exemplo: eu não senti vontade de ir à inauguração da galeria.
27 1 As pessoas não reconhecem o quanto sou talentoso.
Algumas pessoas simplesmente não merecem.
30 1
Minha hora vai chegar.
Não foi necessário aprofundamento em nenhuma outra pergunta, pois todas eram NÃO.

TP Depressiva – escore 1 (ausente ou falso).


Respostas 33 a 40 NÃO pulou-se este transtorno

TP Paranóide – escore 1 (ausente ou falso).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
Não com amigos – mas tenho que ser cuidadoso com pessoas do
42 2
show business – É cada um por si.
Eu tenho temperamento.
47 1 Por exemplo: fiquei realmente irritado quando aquele agente me
disse para cair fora.
48 1 Ele estava me traindo com todo mundo.
Não foi necessário aprofundamento em nenhuma outra pergunta, pois todas eram NÃO.

TP Esquizotípico – escore 1 (ausente ou falso).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
As pessoas me notam porque eu tenho boa aparência
49
1 e me visto com estilo.
51
1, 1,
- Critérios 4, 5, 6 e 7 - Observações durante a entrevista
1, 1
Não foi necessário aprofundamento em nenhuma outra pergunta, pois todas eram NÃO.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
27

TP Esquizóide – escore 1 (ausente ou falso).


Respostas 60 a 65 NÃO pulou-se este transtorno
Critério 5 já foi visto no item 8 do TP Esquizotípico e teve escore “1”

TP Histriônico – escore 3 (limiar ou verdadeiro).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
66 3 Sou um artista – tenho que estar no palco.
Por observações na entrevista (também disse que todos os seus
67 3
amantes ficavam chateados com isso).
68 1 [Checada apesar de ter sido NÃO]
69 3 É o meu estilo (também observado durante a entrevista).
- 3 Critério 5 observado durante a entrevista
É meu estilo – Não sou insípido – Sou excitante
70 3
– Deixo meus sentimentos à mostra.
71 -
Foram respondidas NÃO
72 -
Preencheu 5 critérios, eram necessários 5.

TP Narcisista – escore 3 (limiar ou verdadeiro).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
73
3 Algum dia terei meu próprio fã-clube.
74
75
3 Algumas vezes devaneia em ser um grande astro.
76
77
“Alguém especial para entender meus problemas”.
78
79 3 Eu preciso que as pessoas reconheçam meu talento.
80 Quer tratamento gratuito
3
81 Artistas não deviam se preocupar com pequenas regras.
82
83 1 Eles deviam reconhecer que sou uma pessoa de talento.
84
85
1 -
86
87 Eu invejo os grandes astros
3
88 Muita gente inveja minha boa aparência, meu estilo.
89 3 Observado durante a entrevista
Preencheu 7 critérios, eram necessários 5.

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
28

TP Borderline – escore 1 (ausente ou falso).


N°. da
resp. Escore Aprofundamento das respostas com as perguntas da SCID-II
“SIM”
Acontece toda vez que um relacionamento está acabando
90 3
– telefona repetidamente para o ex-amante.
91 3 Sempre tive relacionamentos tempestuosos
92 1 NÃO
Sempre com dívidas no cartão de crédito - Bebendo e se drogando -
96 3
Sexo
97
2 Apenas uma vez.
98
99 3 Sempre com humor extremamente instável
100 1 NÃO
101 1 NÃO
102 1 NÃO
103 1 NÃO
104 1 NÃO
Preencheu 4 critérios, eram necessários 5.

TP Anti-social – escore 1 (ausente ou falso).


Respostas NÃO pulou-se este transtorno
105 a 119

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
29

Perguntas do Questionário de Personalidade (QP) associados aos TPs e mínimo de critérios:

Perguntas do QP Critérios Transtorno de Personalidade Mínimo de critérios

1a7 7 Evitativo 4

8 a 15 8 Dependente 5

16 a 24 8 Obsessivo-compulsivo 4

25 a 32 7 Passivo- agressivo 4

33 a 40 7 Depressivo 5

41 a 48 7 Paranóide 4

49 a 59 9 Esquizotípico 5

60 a 65 7 Esquizóide 4

66 a 72 8 Histriônico 5

73 a 89 9 Narcisista 5

90 a 104 9 Borderline 5

105 a 119 15 +7 Anti-social 2+3

- - Sem outra especificação -

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II
QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE
(Para ser usado em conjunto com a Entrevista Estruturada SCID-II)

Versão Brasileira: 1.0


Autores (USA):
Michael B.First, M.D.; Miriam Gibbon, M.S.W.; Robert L.Spitzer, M.D.; Janet B. W.Williams, D.S.W.
Biometrics Research Department / New York State Psychiatric Institute / Department of Psychiatry / Columbia University / New York, New York, USA.
Lorna Smith Benjamin, PhD.
Department of Psychology / University of Utah / Salt Lake City, Utah, USA.

Tradução para o Português (Brasil):


Nivea Melo e Andrea Jannotti
Supervisão: Bernard Rangé, Doutor em Psicologia.
Universidade Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Psicologia / Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

© 1997, First, M.B. et al.


Todos os direitos são reservados. Este documento não pode ser reproduzido, todo ou em parte, ou cedido de qualquer forma, incluindo fotocópias, nem armazenado em sistema informático, sem a
autorização escrita prévia dos autores. Os pesquisadores e os clínicos que trabalham em instituições públicas (como universidades, hospitais, organismos governamentais) podem solicitar uma versão
do SCID-II* para utilização no contexto estrito de suas atividades clínicas e de pesquisa, sem fins lucrativos. Um treinamento prévio é obrigatório, para qualquer utilização do SCID-II.
Versões brasileiras do SCID-II - cadastro, cópias e treinamentos: bernard.range@gmail.com e melo.nivea@gmail.com

Suas Iniciais: _________________________________________

Data de hoje: _________ _________ _________ (PQ1)


Dia Mês Ano

Avaliação N°: ___________________________ (PQ2)

ID N°: ___________________________ (PQ3)

(Quadro preenchido pela equipe de avaliação)

SCID-II (1.0) / Versão Brasileira / DSM-IV / Atual (setembro, 2008).


SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 1

Instruções:

Estas perguntas são sobre o tipo de pessoa que você geralmente é – ou seja, como você geralmente
se sentiu ou se comportou nos últimos anos. Circule “SIM” caso a pergunta se aplique a você
completamente ou em sua maioria. Circule “NÃO” caso a pergunta não se aplique a você. Se não
entender a pergunta ou não estiver seguro de sua resposta, deixe em branco.

01) Você tem evitado trabalhos ou tarefas que fazem com que NÃO SIM PQ4
tenha que lidar com muita gente?
02) Você evita se envolver com pessoas a menos que tenha certeza NÃO SIM PQ5
de que vão gostar de você?
03) Você acha difícil “se abrir” mesmo com pessoas de quem você NÃO SIM PQ6
é íntimo(a)?
04) Você muitas vezes se preocupa em ser criticado(a) ou NÃO SIM PQ7
rejeitado(a) em situações sociais?
05) Você geralmente é quieto(a) quando conhece pessoas novas? NÃO SIM PQ8

06) Você acredita que não é tão bom (boa), inteligente ou atraente NÃO SIM PQ9
quanto a maioria das outras pessoas?
07) Você tem medo de tentar coisas novas? NÃO SIM PQ10

08) Você precisa de muitos conselhos ou garantias de outras NÃO SIM PQ11
pessoas antes de poder tomar as decisões do dia-a-dia, como o
que vestir ou o que pedir num restaurante?
09) Você depende de outras pessoas para lidar com importantes NÃO SIM PQ12
áreas de sua vida, tais quais finanças, cuidado com crianças, ou
moradia?
10) Você acha difícil discordar das pessoas mesmo quando acha NÃO SIM PQ13
que elas estão erradas?
11) Você acha difícil começar ou trabalhar em tarefas quando não NÃO SIM PQ14
há alguém para lhe ajudar?
12) Você muitas vezes se ofereceu como voluntário(a) para fazer NÃO SIM PQ15
coisas desagradáveis?
13) Você normalmente se sente desconfortável quando está NÃO SIM PQ16
sozinho(a)?
14) Quando um relacionamento íntimo termina, você sente que NÃO SIM PQ17
tem que achar imediatamente outra pessoa para tomar conta de
você?
15) Você se preocupa muito em ser deixado(a) sozinho(a) ou ter NÃO SIM PQ18
que tomar conta de si mesmo(a)?

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 2

16) Você é o tipo de pessoa que se foca em detalhes, em ordem, NÃO SIM PQ19

organização ou gosta de fazer listas ou agendas?


17) Você tem dificuldades de terminar trabalhos porque gasta NÃO SIM PQ20

muito tempo tentando fazer as coisas ficarem exatamente


certas?
18) Você ou outras pessoas sentem que você é tão devotado(a) ao NÃO SIM PQ21

trabalho (ou escola) que não tem mais tempo para outras
pessoas ou para simplesmente se divertir?
19) Você tem padrões muito elevados sobre o que é certo e o que é NÃO SIM PQ22

errado?
20) Você tem problemas em jogar coisas fora, por que elas podem NÃO SIM PQ23

ser úteis algum dia?


21) É difícil para você deixar outras pessoas lhe ajudarem a menos NÃO SIM PQ24

que elas concordem em fazer as coisas exatamente do jeito que


você quer?
22) É difícil gastar dinheiro com você mesmo(a) ou com outras NÃO SIM PQ25

pessoas, mesmo quando você tem o suficiente para isso?


23) Você muitas vezes tem tanta certeza de estar certo(a) que não NÃO SIM PQ26

se importa com o que as outras pessoas dizem?


24) Alguém já lhe disse que você é teimoso(a) ou rígido(a)? NÃO SIM PQ27

25) Quando alguém lhe pede para fazer um trabalho do qual não NÃO SIM PQ28

gosta, você responde “sim”, mas trabalha bem devagar ou faz


um trabalho ruim?
26) Quando você não quer fazer alguma coisa, muitas vezes você NÃO SIM PQ29

“esquece” de fazer?
27) Você muitas vezes sente que outras pessoas não lhe entendem NÃO SIM PQ30

ou não apreciam o tanto que você faz?


28) Você muitas vezes fica mal humorado(a) ou mais propenso(a) NÃO SIM PQ31

a começar a discutir?
29) Você descobriu que a maioria dos seus chefes, professores, NÃO SIM PQ32

supervisores, doutores, e outros que deveriam saber o que estão


fazendo, realmente não sabem?
30) Você muitas vezes pensa que não é justo que outras pessoas NÃO SIM PQ33

tenham mais do que você tem?

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 3

31) Você muitas vezes reclama que já passou por mais coisas ruins NÃO SIM PQ34

na vida do que o que seria normal?

32) Você muitas vezes se recusa irritadamente a fazer o que os NÃO SIM PQ35

outros pedem e depois se sente mal e pede desculpas?

33) Você normalmente se sente triste ou sente que a vida não tem NÃO SIM PQ36

graça?

34) Você acredita que basicamente é uma pessoa inadequada e NÃO SIM PQ37

muitas vezes não se sente bem com você mesmo(a)?

35) Você muitas vezes se põe para baixo? NÃO SIM PQ38

36) Você fica pensando sobre as coisas ruins que aconteceram no NÃO SIM PQ39

passado ou se preocupa com coisas ruins que possam acontecer


no futuro?

37) Você muitas vezes julga severamente outras pessoas e vê NÃO SIM PQ40

defeitos nelas com facilidade?

38) Você acha que a maioria das pessoas basicamente não é boa? NÃO SIM PQ41

39) Você quase sempre espera que as coisas dêem errado? NÃO SIM PQ42

40) Você muitas vezes sente culpa por coisas que fez ou deixou de NÃO SIM PQ43

fazer?

41) Você muitas vezes tem que ficar de olhos abertos para impedir NÃO SIM PQ44

as pessoas de usarem você ou machucarem você?

42) Você gasta muito tempo pensando se pode ou não confiar nos NÃO SIM PQ45

seus amigos ou nas pessoas que trabalham com você?

43) Você acha que é melhor não deixar outras pessoas saberem NÃO SIM PQ46

muito a seu respeito, pois elas poderiam usar isso contra você?

44) Você muitas vezes detecta insultos ou ameaças escondidas em NÃO SIM PQ47

coisas que as pessoas dizem ou fazem?

45) Você é o tipo de pessoa que guarda rancores ou demora muito NÃO SIM PQ48

tempo para perdoar pessoas que lhe insultaram ou lhe


desconsideraram?

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 4

46) Tem muita gente que você não consegue perdoar por que NÃO SIM PQ49

disseram ou fizeram algo a você há muito tempo atrás?


47) Você muitas vezes fica zangado(a) ou ataca verbalmente NÃO SIM PQ50

quando alguém critica ou insulta você de algum jeito?

48) Você muitas vezes suspeita que seu cônjuge ou parceiro(a) NÃO SIM PQ51

esteja sendo infiel?

49) Quando você está em público e vê pessoas conversando, você NÃO SIM PQ52

muitas vezes acha que elas estão falando de você?

50) Você muitas vezes tem a sensação de que coisas que não têm NÃO SIM PQ53

qualquer significado especial para a maioria das outras pessoas


na verdade estão lhe dando uma mensagem?

51) Quando você está com outras pessoas, você muitas vezes tem a NÃO SIM PQ54

sensação de estar sendo observado(a) ou encarado(a)?

52) Você já sentiu que pode fazer as coisas acontecerem apenas NÃO SIM PQ55

fazendo um pedido ou pensando nelas?

53) Você já teve experiências pessoais com o sobrenatural? NÃO SIM PQ56

54) Você acredita ter um “sexto sentido” que permite que você NÃO SIM PQ57

saiba de coisas ou prediga coisas que as outras pessoas não


conseguem?

55) Você muitas vezes vê que objetos e sombras são na verdade NÃO SIM PQ58

animais ou pessoas, ou que barulhos são na verdade vozes


humanas?

56) Você já teve a sensação de que alguma pessoa ou força está ao NÃO SIM PQ59

seu redor, mesmo não conseguindo ver alguém?

57) Você muitas vezes vê auras ou campos de energia ao redor das NÃO SIM PQ60

pessoas?
58) Existem muito poucas pessoas das quais você seja realmente NÃO SIM PQ61

íntimo(a) fora da sua família imediata?


59) Você muitas vezes se sente nervoso(a) quando está com outras NÃO SIM PQ62

pessoas?

60) Não é importante para você ter relacionamentos íntimos? NÃO SIM PQ63

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 5

61) Você prefere fazer as coisas quase sempre sozinho(a) do que NÃO SIM PQ64

com outras pessoas?

62) Você poderia estar feliz sem nunca estar sexualmente NÃO SIM PQ65

envolvido(a) com alguém?

63) Existem realmente muito poucas coisas que lhe dão prazer? NÃO SIM PQ66

64) Você NÃO se importa com o que as pessoas pensam sobre NÃO SIM PQ67

você?

NÃO SIM PQ68


65) Você acha que nada o faz muito feliz ou muito triste?

NÃO SIM PQ69


66) Você gosta de ser o centro das atenções?

67) Você flerta muito? NÃO SIM PQ70

68) Você freqüentemente se percebe “dando em cima” das NÃO SIM PQ71

pessoas?

69) Você tenta chamar a atenção para você mesmo(a) através da NÃO SIM PQ72

forma com que você se veste ou pela sua aparência?

70) Você freqüentemente faz questão de ser dramático(a) ou NÃO SIM PQ73

colorido(a)?

NÃO SIM PQ74


71) Você freqüentemente muda de opinião sobre algo dependendo
das pessoas com que você está ou do que você acabou de ler
ou ver na TV?

NÃO SIM PQ75


72) Você tem muitos amigos dos quais você é íntimo(a)?

73) As pessoas freqüentemente não apreciam seus talentos ou NÃO SIM PQ76

realizações muito especiais?

74) As pessoas já lhe falaram que você tem uma opinião muito NÃO SIM PQ77

elevada sobre si mesmo(a)?

75) Você pensa muito sobre o poder, fama ou reconhecimento que NÃO SIM PQ78

algum dia terá?

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 6

76) Você pensa muito no romance perfeito que será em algum dia NÃO SIM PQ79

seu?
77) Quando você tem um problema, você quase sempre insiste em NÃO SIM PQ80
ser atendido(a) pela pessoa de maior prestígio (mais
importante)?
78) Você sente que é importante passar tempo com pessoas que NÃO SIM PQ81

tem prestígio ou são influentes?

79) É muito importante para você que as pessoas prestem atenção NÃO SIM PQ82

em você ou lhe admirem de algum modo?

80) Você pensa que não é necessário seguir certas regras ou NÃO SIM PQ83

convenções sociais quando elas estão no seu caminho?

81) Você acredita que é o tipo de pessoa que merece tratamento NÃO SIM PQ84

especial?

82) Você freqüentemente acha necessário passar por cima dos NÃO SIM PQ85

outros para conseguir o que você quer?

83) Você freqüentemente tem que colocar as suas necessidades na NÃO SIM PQ86

frente das de outras pessoas?

84) Você freqüentemente espera que as outras pessoas façam o que NÃO SIM PQ87

você manda sem questionar devido a quem você é?

85) Você realmente NÃO se interessa (é desinteressado) pelos NÃO SIM PQ88

problemas ou sentimentos de outras pessoas?

86) As pessoas já reclamaram com você por não ouvi-las nem se NÃO SIM PQ89

preocupar com os sentimentos delas?

87) Você freqüentemente sente inveja de outras pessoas? NÃO SIM PQ90

88) Você sente que os outros freqüentemente lhe invejam? NÃO SIM PQ91

89) Você acha que muito poucas pessoas merecem seu tempo e sua NÃO SIM PQ92

atenção?

90) Você muitas vezes ficou fora de si quando pensou que alguém NÃO SIM PQ93

de quem gostava realmente estava deixando você?

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 7

91) Os seus relacionamentos com pessoas de quem gosta muito NÃO SIM PQ94
tem muitos altos e baixos extremos?

92) Você repentinamente mudou seu senso de quem você é e seu NÃO SIM PQ95
rumo?

93) O seu senso de quem você é freqüentemente muda NÃO SIM PQ96
drasticamente?

94) Você age diferente com pessoas ou situações diferentes, de NÃO SIM PQ97
maneira que às vezes você não sabe quem realmente você é?

95) Houve muitas mudanças súbitas em suas metas, planos de NÃO SIM PQ98
carreira, convicções religiosas, e assim por diante?

96) Você tem muitas vezes feito coisas impulsivamente? NÃO SIM PQ99

97) Já tentou se machucar ou se matar, ou ameaçou fazer isso? NÃO SIM PQ100

98) Você alguma vez se cortou, se queimou ou se arranhou de NÃO SIM PQ101
propósito?

99) Você tem muitas mudanças de humor súbitas? NÃO SIM PQ102

100) Você freqüentemente se sente vazio(a) por dentro? NÃO SIM PQ103

101) Você tem freqüentemente explosões de temperamento ou fica NÃO SIM PQ104
tão bravo(a) que perde o controle?

102) Você bate nas pessoas ou joga coisas quando fica nervoso(a)? NÃO SIM PQ105

103) Até mesmo as pequenas coisas o(a) deixam bravo(a)? NÃO SIM PQ106

104) Quando você está em momentos de muita tensão ou stress, NÃO SIM PQ107
você fica desconfiado(a) de outras pessoas ou especialmente
distraído(a)?
105) Antes de fazer 15 anos, você tiranizava ou ameaçava outras NÃO SIM PQ108
crianças?

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 8

106) Antes dos 15, você começava brigas? NÃO SIM PQ109

107) Antes de você fazer 15 anos, você machucou ou ameaçou NÃO SIM PQ110
alguém com uma arma, tal qual um bastão, tijolo, garrafa
quebrada, faca ou revólver?

108) Antes dos seus 15, você deliberadamente torturou alguém, ou NÃO SIM PQ111
causou a alguém algum sofrimento físico ou dor?

109) Antes dos seus 15 anos, você torturou ou machucou animais NÃO SIM PQ112
de propósito?

110) Antes dos seus 15 anos, você roubou, assaltou ou tirou NÃO SIM PQ113
violentamente algo de alguém ameaçando essa pessoa?

111) Antes dos seus 15 anos, você forçou alguém a fazer sexo com NÃO SIM PQ114
você, a tirar a roupa na sua frente, ou a tocar você
sexualmente?

112) Antes dos seus 15 anos, você já provocou incêndios? NÃO SIM PQ115

113) Antes dos seus 15 anos, você deliberadamente destruiu coisas NÃO SIM PQ116
que não eram suas?

114) Antes dos seus 15 anos, você arrombou casas, edifícios ou NÃO SIM PQ117
carros?

115) Antes dos seus 15 anos, você mentiu muito ou trapaceou NÃO SIM PQ118
outras pessoas?

116) Antes dos seus 15 anos, você às vezes roubava, furtava coisas NÃO SIM PQ119
ou falsificava assinaturas de alguém?

117) Antes dos seus 15 anos, você fugiu de casa e permaneceu fora NÃO SIM PQ120
a noite toda?

118) Antes dos seus 13 anos, você muitas vezes ficou até muito NÃO SIM PQ121
tarde fora de casa, muito tempo depois do tempo em que
deveria estar em casa?

119) Antes dos 13 anos, você muitas vezes matou aula? NÃO SIM PQ122

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 1

FOLHA DE RESPOSTAS**

Marque as respostas às perguntas do questionário nas colunas abaixo. Suas Iniciais: __________________________________
Se tiver qualquer dúvida, fale com o(a) entrevistador(a) Data de hoje: ____________________

1. NÃO SIM 16. NÃO SIM 31. NÃO SIM 46. NÃO SIM 61. NÃO SIM 76. NÃO SIM 91. NÃO SIM 106. NÃO SIM

2. NÃO SIM 17. NÃO SIM 32. NÃO SIM 47. NÃO SIM 62. NÃO SIM 77. NÃO SIM 92. NÃO SIM 107. NÃO SIM

3. NÃO SIM 18. NÃO SIM 33. NÃO SIM 48. NÃO SIM 63. NÃO SIM 78. NÃO SIM 93. NÃO SIM 108. NÃO SIM

4. NÃO SIM 19. NÃO SIM 34. NÃO SIM 49. NÃO SIM 64. NÃO SIM 79. NÃO SIM 94. NÃO SIM 109. NÃO SIM

5. NÃO SIM 20. NÃO SIM 35. NÃO SIM 50. NÃO SIM 65. NÃO SIM 80. NÃO SIM 95. NÃO SIM 110. NÃO SIM

6. NÃO SIM 21. NÃO SIM 36. NÃO SIM 51. NÃO SIM 66. NÃO SIM 81. NÃO SIM 96. NÃO SIM 111. NÃO SIM

7. NÃO SIM 22. NÃO SIM 37. NÃO SIM 52. NÃO SIM 67. NÃO SIM 82. NÃO SIM 97. NÃO SIM 112. NÃO SIM

8. NÃO SIM 23. NÃO SIM 38. NÃO SIM 53. NÃO SIM 68. NÃO SIM 83. NÃO SIM 98. NÃO SIM 113. NÃO SIM

9. NÃO SIM 24. NÃO SIM 39. NÃO SIM 54. NÃO SIM 69. NÃO SIM 84. NÃO SIM 99. NÃO SIM 114. NÃO SIM

10. NÃO SIM 25. NÃO SIM 40. NÃO SIM 55. NÃO SIM 70. NÃO SIM 85. NÃO SIM 100. NÃO SIM 115. NÃO SIM

11. NÃO SIM 26. NÃO SIM 41. NÃO SIM 56. NÃO SIM 71. NÃO SIM 86. NÃO SIM 101. NÃO SIM 116. NÃO SIM

12. NÃO SIM 27. NÃO SIM 42. NÃO SIM 57. NÃO SIM 72. NÃO SIM 87. NÃO SIM 102. NÃO SIM 117. NÃO SIM

13. NÃO SIM 28. NÃO SIM 43. NÃO SIM 58. NÃO SIM 73. NÃO SIM 88. NÃO SIM 103. NÃO SIM 118. NÃO SIM

14. NÃO SIM 29. NÃO SIM 44. NÃO SIM 59. NÃO SIM 74. NÃO SIM 89. NÃO SIM 104. NÃO SIM 119. NÃO SIM

15. NÃO SIM 30. NÃO SIM 45. NÃO SIM 60. NÃO SIM 75. NÃO SIM 90. NÃO SIM 105. NÃO SIM
**Adaptação: Nivea Melo

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade do Eixo II do DSM-IV

SCID-II Versão Brasileira: 1.0

Autores (USA):
Michael B.First, M.D.; Miriam Gibbon, M.S.W.; Robert L.Spitzer, M.D.; Janet B. W.Williams, D.S.W.
Biometrics Research Department / New York State Psychiatric Institute / Department of Psychiatry / Columbia
University / New York, New York, USA.
Lorna Smith Benjamin, PhD.
Department of Psychology / University of Utah / Salt Lake City, Utah, USA.

Tradução para o Português (Brasil):


Nivea Melo
Supervisão: Bernard Rangé, Doutor em Psicologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro / Instituto de Psicologia / Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

© 1997, First, M.B. et al.

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* versões brasileiras do SCID-II - cadastro, cópias e treinamentos:


bernard.range@gmail.com e melo.nivea@gmail.com

Avaliação: __________________________________ Avaliação N°: _________________

Sujeito: __________________________________ Identificação N°: ______________

Avaliador(a): ____________________________ N° do avaliardor(a): ____________

Data da avaliação: _____________________________

Fontes de informação: Sujeito


(marcar as que se aplicam) Família, amigos ou associados
Profissional de saúde / tabela / notas de referência
Questionário de Personalidade do SCID-II

Editado e revisado por: ____________________________ Data: ________________________


SCID-II (1.0) / Versão Brasileira / DSM-IV / Atual (setembro, 2008)
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 1

SUMÁRIO TABELA DE ESCORES DO SCID-II – DSM-IV - ENTREVISTA

Qualidade global e o quanto as informações estão completas:

1 = pobre, 2 = regular, 3 = bom, 4 = excelente.

Duração da entrevista (minutos) _____________

Número de itens codificado como “3”


Transtorno de Personalidade
(números em quadrados indicam o limiar de diagnóstico)
1. Evitativo 1 2 3 4 5 6 7
2. Dependente 1 2 3 4 5 6 7 8
3. Obsessivo-compulsivo 1 2 3 4 5 6 7 8
4. Passivo-agressivo 1 2 3 4 5 6 7
5. Depressivo 1 2 3 4 5 6 7
6. Paranóide 1 2 3 4 5 6 7
7. Esquizotípico 1 2 3 4 5 6 7 8 9
8. Esquizóide 1 2 3 4 5 6 7
9. Histriônico 1 2 3 4 5 6 7 8
10. Narcisista 1 2 3 4 5 6 7 8 9
11. Borderline 1 2 3 4 5 6 7 8 9
12. Anti-social 1 2 3 4 5 6 7
13. Sem outra especificação 1

Principal diagnóstico do Eixo II (o transtorno de personalidade que é – ou deveria ser – o principal foco de atenção
clínica):

Entre o código do número à esquerda do diagnóstico acima: __________________

Obs.: entre 99 se não houver transtorno do eixo II

* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 2

Visão geral para transtornos de personalidade

Agora vou lhe perguntar sobre o tipo de pessoa que você é, ou seja, como você geralmente se sente
ou se comporta.

SE UM TRANSTORNO DO EIXO I ESTEVE PRESENTE: eu sei que algumas vezes você


[SINTOMAS DO EIXO I]. Não estou perguntado sobre essas vezes, tente pensar em como você
geralmente é quando não está [SINTOMAS DO EIXO I]. Tem alguma pergunta?

Como você se descreve como pessoa (antes [SINTOMAS DO EIXO I])?

Quem são as pessoas importantes na sua vida?

(SE MENCIONA APENAS A FAMÍLIA: e amigos?)

Como você tem se dado com eles?

Você acha que o jeito normal com que reage às coisas ou se comporta com as pessoas já te causou
problemas com alguém? (em casa, no trabalho, na escola?) (de que jeito?)

Que tipo de coisas você fez que as outras pessoas podem ter considerado irritantes?

Como você passa o seu tempo livre?

Se pudesse mudar sua personalidade de algum jeito, como você seria diferente?

SE O QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE FOI RESPONDIDO: agora eu quero lhe


perguntar sobre as questões a que respondeu “SIM” no questionário.

SE O QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE NÃO FOI RESPONDIDO: agora eu gostaria de


lhe fazer algumas perguntas mais específicas.

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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


EVITATIVO PERSONALIDADE EVITATIVO
A. Um padrão pervasivo de inibições
sociais, sentimentos de inadequação e
hipersensibilidade a avaliações
negativas, começando no início da idade
adulta e presente em uma variedade de
contextos, como indicado por 4 ou mais
dos seguintes:

1. Você disse que [você] tem evitado (1) evita atividades ocupacionais que ? 1 2 3
trabalhos ou tarefas que fazem com que envolvam contato interpessoal
tenha que lidar com muita gente. significativo por medo de crítica,
desaprovação ou rejeição.

Me dê alguns exemplos. Qual foi a razão


pela qual você evitou [LISTA DE
TRABALHOS OU TAREFAS] 3 = pelo menos 2 exemplos

(você já evitou uma promoção por que


esta envolveria ter que lidar com mais
pessoas do que você consideraria
confortável?)

2. Você disse que [você] evita se (2) reluta a envolver-se com pessoas, a ? 1 2 3
envolver com pessoas a menos que menos que tenha certeza de sua estima
tenha certeza de que vão gostar de você.

Se você não souber se a pessoa gosta de 3 = quase nunca toma a iniciativa de se


você ou não, você dá o primeiro passo? envolver em um relacionamento social.

3. Você disse que [você] acha difícil “se (3) mostra-se reservado em ? 1 2 3
abrir” mesmo com pessoas de quem relacionamentos íntimos, em razão do
você é íntimo(a). medo de ser envergonhado ou
ridicularizado.

Por que isso? (você tem medo de rirem 3 = verdadeiro para quase todos os
de você ou de ser envergonhado(a)?) relacionamentos

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


EVITATIVO PERSONALIDADE EVITATIVO
4. Você disse que [você] muitas vezes (4) preocupação com críticas ou rejeição
fica preocupado em ser criticado(a) ou em situações sociais
rejeitado(a) em situações sociais.

Me dê alguns exemplos. 3 = gasta muito tempo se preocupando ? 1 2 3


com situações sociais.

Você passa muito tempo se


preocupando com isso?

5. Você disse que [você] normalmente ? 1 2 3


(5) inibição em novas situações
é quieto(a) quando conhece pessoas interpessoais, em virtude de sentimentos
novas.
de inadequação
Por que isso? 3 = reconhece o traço e dá muitos
exemplos

(É porque de algum jeito você se sente


muito inadequado(a) ou que não é
bom(boa) o suficiente?)

6. Você disse que [você] acredita que (6) vê a si mesmo como socialmente ? 1 2 3
não é tão bom (boa), inteligente ou inepto, sem atrativos pessoais ou
atraente quanto a maioria das outras inferior
pessoas.

Me fale mais sobre isso. 3 = reconhece a crença

7. Você disse que [você] tem medo de (7) extraordinariamente reticente em ? 1 2 3


tentar coisas novas. assumir riscos pessoais ou envolver-se
em quaisquer novas atividades, porque
estas poderiam ser embaraçosas..
É porque você tem medo de ficar
envergonhado(a)?

Me dê alguns exemplos 3 = vários exemplos de evitação de


atividades por medo de sentir-se
embaraçado

PELO MENOS 4 (QUATRO) ITENS 1 3


SÃO CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Evitativo

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


DEPENDENTE PERSONALIDADE DEPENDENTE
A. Uma necessidade invasiva e
excessiva de ser cuidado, que leva a um
comportamento submisso e aderente e a
temores de separação, que começa no
início da idade adulta e está presente em
uma variedade de contextos, indicado
por pelo menos cinco dos seguintes
critérios:

8. Você disse que [você] precisa de (1) dificuldade em tomar decisões do ? 1 2 3


muitos conselhos ou garantias de outras dia-a-dia sem uma quantidade excessiva
pessoas antes de poder tomar as decisões de conselhos e reasseguramento da parte
do dia-a-dia, como o que vestir ou o que de outras pessoas.
pedir num restaurante.

Pode me dar alguns exemplos sobre que 3 = vários exemplos


tipos de decisão você pediria conselhos
ou garantias?

(Isso acontece na maior parte do


tempo?)

9. Você disse que [você] depende de (2) necessidade de que os outros ? 1 2 3


outras pessoas para lidar com assumam a responsabilidade pelas
importantes áreas de sua vida, tais quais principais áreas de sua vida
finanças, cuidado com crianças, ou
moradia.

Me dê alguns exemplos. (É mais do que [Obs.: não incluir apenas pedir


apenas pedir conselhos para as pessoas?) conselhos aos outros ou comporta-
mentos esperados subculturalmente]

(Isso aconteceu com você na MAIORIA 3 = vários exemplos


das áreas importantes da sua vida?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


DEPENDENTE PERSONALIDADE DEPENDENTE
10. Você disse que [você] acha difícil (3) dificuldade em expressar ? 1 2 3
discordar das pessoas mesmo quando discordância de outros, pelo medo de
acha que estão erradas. perder o apoio ou aprovação.
Nota: Não incluir temores realistas de
retaliação

Me dê alguns exemplos de quando você 3 = reconhece o traço ou dá vários


achou difícil discordar? exemplos

(Isso acontece na maior parte do


tempo?)

11. Você disse que [você] acha difícil (4) dificuldade em iniciar projetos ou ? 1 2 3
começar ou trabalhar em tarefas quando fazer coisas por conta própria (em vista
não há alguém para te ajudar. de uma falta de autoconfiança em seu
julgamento ou capacidades, não por falta
de motivação ou energia)

Me dê alguns exemplos. [Obs.: não incluir apenas pedir


conselhos aos outros ou comporta-
mentos esperados subculturalmente]

Por que isso acontece? (É porque você 3 = reconhece o traço


não fica seguro(a) de que possa fazer
direito?)

12. Você disse que você [você] muitas (5) vai a extremos para obter carinho e ? 1 2 3
vezes se ofereceu como voluntário(a) apoio de outros, a ponto de voluntariar-
para fazer coisas desagradáveis. se para fazer coisas desagradáveis

Me dê alguns exemplos desse tipo de [Obs.: não inclui comportamentos que


coisas. objetivem outras metas que não ser
querido, como por exemplo melhorar no
emprego].

Por que isso? 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

13.Você disse que [você] geralmente se (6) sente desconforto ou desamparo ? 1 2 3


sente desconfortável quando está quando só, em razão de temores
sozinho(a). exagerados de ser incapaz de cuidar de
si próprio
Por que isso? (É porque você precisa de
que alguém tome conta de você?) 3 = reconhece o traço

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


DEPENDENTE PERSONALIDADE DEPENDENTE
14. Você disse que quando um (7) busca urgentemente um novo ? 1 2 3
relacionamento íntimo termina relacionamento como fonte de carinho e
[Quando um relacionamento íntimo amparo, quando um relacionamento
termina você] sente que tem que achar íntimo é rompido
imediatamente outra pessoa para tomar
conta de você.

Me fale sobre isso. 3 = acontece quando a maioria dos


relacionamentos íntimos acaba

(Você reagiu dessa maneira quase


sempre quando os relacionamentos
íntimos acabaram?)

15. Você disse que [você] se preocupa (8) preocupação irrealista com temores ? 1 2 3
muito em ser deixado(a) sozinho(a) de ser abandonado à sua própria sorte
para cuidar de si mesmo(a).

Muitas vezes você fica se preocupando 3 = preocupação irrealista persistente


com isso?

Você tem períodos em que fica se


preocupando com isso o tempo todo?

PELO MENOS 5 (CINCO) ITENS 1 3


SÃO CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Dependente

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


OBSESSIVO-COMPULSIVO PERSONALIDADE OBSESSIVO-
COMPULSIVO
A. Um padrão invasivo de preocupação
com organização, perfeccionismo e
controle mental e interpessoal, às custas
da flexibilidade, abertura e eficiência,
que começa no início da idade adulta e
está presente em uma variedade de
contextos, indicado por pelo menos
quatro dos seguintes critérios:

16. Você disse que [você] é o tipo de (1) preocupação tão extensa, com ? 1 2 3
pessoa que se foca nos detalhes, detalhes, regras, listas, ordem,
organização ou gosta de fazer listas e organização ou horários, que o ponto
agendas. principal da atividade é perdido

Dê-me alguns exemplos.


3 = reconhece o traço e dá pelo menos 1
exemplo

(você às vezes fica tão absorvido(a) com


[EXEMPLOS] que perde de vista o que
estava tentando fazer? (...como não
conseguir ver a floresta devido
às árvores?)

(Isso acontece muitas vezes?)

17.Você disse que [você] tem (2) perfeccionismo que interfere na ? 1 2 3


dificuldades em terminar trabalhos conclusão de tarefas (por ex., é incapaz
porque gasta muito tempo tentando fazer de completar um projeto porque não
as coisas ficarem exatamente certas. consegue atingir seus próprios padrões
demasiadamente rígidos)

Dê-me alguns exemplos. 3 = vários exemplos de tarefas não


completadas ou significativamente
atrasadas devido ao perfeccionismo.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


OBSESSIVO-COMPULSIVO PERSONALIDADE OBSESSIVO-
COMPULSIVO
18. Você disse que você ou outras (3) devotamento excessivo ao trabalho e ? 1 2 3
pessoas sentem que você [você ou à produtividade, em detrimento de
outras pessoas sentem que você] é tão atividades de lazer e amizades (não
devotado(a) ao trabalho (ou escola) que explicado por uma óbvia necessidade
não tem mais tempo para outras econômica)
pessoas ou para simplesmente se
divertir.

Me fale mais sobre isso. [Obs.: também não levar em conta se


for por necessidades temporárias de
trabalho.]

3 = reconhece o traço ou isto lhe foi dito


por outras pessoas.

19. Você disse que [você] tem padrões (4) excessiva conscienciosidade, ? 1 2 3
muito elevados sobre o que é certo e o escrúpulos e inflexibilidade em assuntos
que é errado. de moralidade, ética ou valores (não
explicados por identificação cultural ou
religiosa)
Me dê alguns exemplos desses seus
altos padrões.

(você segue as regras literalmente, 3 = vários exemplos de manter a si


independente de qualquer outra coisa?) mesmo ou a outros em altos padrões
morais.

SE DÁ UM EXEMPLO RELIGIOSO:
Até mesmo as pessoas da sua religião
dizem que você é muito rígido(a) sobre
o que é certo e o que é errado?

20. Você disse que [você] tem (5) incapacidade de desfazer-se de ? 1 2 3


problemas em jogar coisas fora porque
objetos usados ou inúteis, mesmo
elas poderiam ser úteis algum dia. quando não têm valor sentimental.
Me dê alguns exemplos de coisas que 3 = o resultado é um ambiente
você não é capaz de jogar fora. abarrotado

(Quão abarrotada fica sua casa porque


você não joga coisas fora?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


OBSESSIVO-COMPULSIVO PERSONALIDADE OBSESSIVO-
COMPULSIVO
21. Você disse que é [é] difícil para (6) relutância em delegar tarefas ou ao ? 1 2 3
você deixar outras pessoas lhe trabalho em conjunto com outras
ajudarem a menos que elas concordem pessoas, a menos que estas se submetam
em fazer as coisas exatamente do jeito a seu modo exato de fazer as coisas.
que você quer.

Me fale sobre isso (isso acontece 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


muitas vezes?) um exemplo

(Você muitas vezes termina fazendo as


coisas você mesmo(a) para ter certeza
de que serão feitas direito?)

22. Você disse que é [é] difícil gastar (7) adoção de um estilo miserável ? 1 2 3
dinheiro com você mesmo(a) ou com quanto a gastos pessoais e com outras
outras pessoas, mesmo quando você pessoas; o dinheiro é visto como algo
tem o suficiente para isso. que deve ser reservado para catástrofes
futuras

Porquê? (É porque você se preocupa 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


em não ter dinheiro suficiente no futuro um exemplo.
quando você realmente precisar dele?)

Me fale de algumas coisas em que você


não gastou dinheiro porque tinha que
poupar para o futuro.

23. Você disse que você [você] muitas (8) rigidez e teimosia ? 1 2 3
vezes tem tanta certeza de estar certo(a)
que não se importa com o que as outras 3 = reconhece o traço ou isso lhe foi dito
pessoas dizem. por outras pessoas.

Me fale mais sobre isso.

24. você disse que outras pessoas lhe


disseram [outras pessoas lhe disseram]
que você era teimoso(a) ou rígido(a)?

Me fale mais sobre isso

PELO MENOS 4 (QUATRO) ITENS 1 3


SÃO CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Obsessivo-
Compulsivo

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


PASSIVO-AGRESSIVO PERSONALIDADE PASSIVO-AGRESSIVO
A. Um padrão global de atitudes
negativistas e resistência passiva às
exigências de um desempenho
adequado, começando no início da idade
adulta e presente em uma variedade de
contextos, como indicado por pelo
menos 4 dos seguintes critérios:

25. Você disse que quando alguém lhe (1) resistência passiva à realização de ? 1 2 3
pede para fazer um trabalho do qual não tarefas soc8ais e ocupacionais rotineiras.
gosta, [quando alguém lhe pede para fazer
um trabalho do qual não gosta,] você
responde “sim”, mas trabalha bem devagar
ou faz um trabalho ruim.

Me dê alguns exemplos. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

26. Você disse que quando você não


quer fazer alguma coisa [se você não
quer fazer alguma coisa], muitas vezes
você “esquece” de fazer.

Me dê alguns exemplos.

27) Você disse que [você] muitas vezes (2) queixas de ser incompreendido e ? 1 2 3
sente que outras pessoas não lhe desconsiderado pelos outros.
entendem ou não apreciam o tanto que
você faz.

Me fale mais sobre isso. (você reclama 3 = reconhece o traço


com outras pessoas sobre isso?)

28) Você disse que [você] muitas vezes (3) mau humor e propensão a ? 1 2 3
fica mal humorado(a) ou mais discussões.
propenso(a) a começar a discutir.

Me diga quando isso acontece 3 = reconhece o traço.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


PASSIVO-AGRESSIVO PERSONALIDADE PASSIVO-AGRESSIVO
29) Você disse que [você] descobriu que (4) Críticas irracionais e desprezo pela ? 1 2 3
a maioria dos seus chefes, professores, autoridade.
supervisores, doutores, e outros que
deveriam saber o que estão fazendo,
realmente não sabem.

Fale mais sobre isso. 3 = Vários exemplos

30) Você disse que [você] muitas vezes (5) inveja e ressentimento para com ? 1 2 3
pensa que não é justo que outras pessoas aqueles que aparentemente são mais
tenham mais do que você tem. afortunados.

Fale mais sobre isso. 3 = exemplos de inveja e ressentimento.

31) Você disse que [você] muitas vezes (6) queixas exageradas e persistentes de ? 1 2 3
reclama que já passou por mais coisas infortúnio pessoal.
ruins na vida do que o que seria normal.

Olhando para trás em sua vida, você 3 = diz que coisas ruins sempre
sente que coisas ruins estão sempre acontecem (não limitado a maus
acontecendo com você? momentos particulares na vida da
pessoa).

32. Você disse que [você] muitas vezes (7) alternância entre desafio hostil e ? 1 2 3
se recusa irritadamente a fazer o que arrependimento.
os outros pedem e depois se sente mal
e pede desculpas.

Me fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

PELO MENOS 4 (QUATRO) ITENS 1 3


SÃO CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Passivo-
Agressivo
? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


DEPRESSIVO PERSONALIDADE DEPRESSIVO
O critério do DSM-IV exclui o A. Um padrão global de cognições e
diagnóstico de Transtono de comportamentos depressivos, que se
Personalidade depressivo se o manifesta no início da idade adulta e
comportamento ocorre apenas durante está presente em uma variedade de
episódios depressivos maiores ou é mais contextos, indicado por pelo menos
bem explicado por transtorno distímico. cinco dos seguintes critérios:
Ver as “observações” do guia do usuário
para opções de operacionalização deste
critério.

33. Você disse que [você] normalmente (1) humor habitual dominado por ? 1 2 3
se sente triste ou sente que a vida não abatimento, tristeza, desânimo,
tem graça. descontentamento e infelicidade.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço.

34) Você disse que [você] acredita que (2) autoconceito centralizado em crenças ? 1 2 3
basicamente é uma pessoa inadequada e de inadequação, inutilidade e baixa auto-
muitas vezes não se sente bem com você estima.
mesmo(a).

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço.

35) Você disse que [você] muitas vezes (3) críticas, acusações e autodepreciação ? 1 2 3
se põe para baixo.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço

(Você muitas vezes se culpa por coisas


que não deram certo?)

36) Você disse que [você] fica (4) meditações (ruminações) e ? 1 2 3


pensando sobre as coisas ruins que preocupações.
aconteceram no passado ou se
preocupa com coisas ruins que possam
acontecer no futuro.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 14

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


DEPRESSIVO PERSONALIDADE DEPRESSIVO
37) Você disse que [você] muitas vezes (5) negativismo, críticas e preconceitos ? 1 2 3
julga severamente outras pessoas e vê quanto aos outros.
defeitos nelas com facilidade.

Me dê alguns exemplos do tipo de 3 = admite o traço e dá pelo menos um


coisas que você critica. exemplo.

38) Você disse que [você] acha que a


maioria das pessoas basicamente não é
boa.

Fale mais sobre isso.

39) Você disse que [você] quase sempre (6) pessimismo. ? 1 2 3


espera que as coisas dêem errado.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço

40) Você disse que [você] muitas vezes (7) propensão a sentir culpa ou remorso. ? 1 2 3
sente culpa por coisas que fez ou deixou
de fazer.

Que tipo de coisas? 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

PELO MENOS 5 (CINCO) ITENS SÃO 1 3


CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Depressivo

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 15

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


PARANÓIDE PERSONALIDADE PARANÓIDE
Obs.: O comportamento não pode ser A. Um padrão global de desconfiança e
considerado uma característica do suspeitas em relação aos outros, de
transtorno paranóide de personalidade modo que nas intenções são
caso ocorra exclusivamente durante o interpretadas como maldosos, que se
curso de esquizofrenia, transtorno do manifesta no início da idade adulta e
humor com características psicóticas ou está presente em uma variedade de
outro transtorno psicótico, nem é contextos, indicado por, no mínimo,
decorrente dos efeitos fisiológicos quatro dos seguintes critérios:
diretos de uma condição médica geral.
41. Você disse que [você] muitas vezes (1) suspeita, sem fundamento suficiente, ? 1 2 3
tem que ficar de olhos abertos para de estar sendo explorado, maltratado ou
impedir as pessoas de usarem você ou enganado por terceiros.
machucarem você.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

42) Você disse que [você] gasta muito (2) preocupa-se com dúvidas infundadas ? 1 2 3
tempo pensando se pode ou não confiar acerca da lealdade ou confiabilidade de
nos seus amigos ou nas pessoas que amigos ou colegas.
trabalham com você.

Me descreva situações aonde você 3 = reconhece que isto é característico


sentiu isso. de quase todos os relacionamentos.

Você se sente assim muitas vezes?

43) Você disse que [você] acha que é (3) reluta em confiar nos outros por um ? 1 2 3
melhor não deixar outras pessoas medo infundado9 de que essas
saberem muito a seu respeito, pois elas informações possam ser maldosamente
poderiam usar isso contra você. usadas contra si.

Quando isso aconteceu? Fale mais sobre 3 = reconhece que a relutância em


isso. confiar nos outros é devida a
desconfiança (e não meramente medo de
ser rejeitado).

44) Você disse que [você] muitas vezes (4) interpreta significados ocultos, de ? 1 2 3
detecta insultos ou ameaças escondidas caráter humilhante ou ameaçador em
em coisas que as pessoas dizem ou observações ou acontecimentos
fazem. benignos.

Me dê alguns exemplos 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


PARANÓIDE PERSONALIDADE PARANÓIDE
45) Você disse que [você] é o tipo de (5) guarda rancores persistentes, ou seja, ? 1 2 3
pessoa que guarda rancores ou demora é implacável com insultos, injúrias ou
muito tempo para perdoar pessoas que deslizes.
lhe insultaram ou lhe desconsideraram.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

46) Você disse que tem [tem] muita


gente que você não consegue perdoar
por que disseram ou fizeram algo a você
há muito tempo atrás.

Fale mais sobre isso.

47) Você disse que [você] muitas vezes (6) percebe ataques a seu caráter ou ? 1 2 3
fica zangado(a) ou ataca verbalmente reputação que não são visíveis pelos
quando alguém critica ou insulta você de outros e reage rapidamente com raiva ou
algum jeito. contra-ataque.

Me dê alguns exemplos. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.
(Outras pessoas acreditam que você
muitas vezes fica ofendido(a) com muita
facilidade?)

48) Você disse que [você] muitas vezes (7) tem suspeitas recorrentes, sem ? 1 2 3
suspeita que seu cônjuge ou parceiro(a) justificativa, quanto à fidelidade do
esteja sendo infiel. cônjuge ou parceiro sexual.

Fale mais sobre isso. 3 = exemplos de suspeitas infundadas


com vários parceiros ou em diversas
Que indícios você tinha? O que você fez ocasiões com o mesmo parceiro,
a respeito disso? Você estava certo(a)? OU reconhece o traço.

PELO MENOS 4 (QUATRO) ITENS 1 3


SÃO CODIFICADOS COMO “3”
Transtorno de
Personalidade
Paranóide

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


ESQUIZOTÍPICA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
Obs.: O Transtorno da Personalidade A.Um padrão invasivo de déficits
Esquizotípica não deve ser sociais e interpessoais, marcado por
diagnosticado se o padrão de desconforto agudo e reduzida
comportamento ocorre exclusivamente capacidade para relacionamentos
durante o curso de Esquizofrenia, íntimos, além de distorções cognitivas
Transtorno do Humor Com Aspectos ou perceptivas e comportamento
Psicóticos, outro Transtorno Psicótico excêntrico, que começa no início da
ou um Transtorno Invasivo do idade adulta e está presente em uma
Desenvolvimento. variedade de contextos, como indicado
por pelo menos cinco dos seguintes
critérios:

49. Você disse que quando você está em (1) idéias de referência (excluindo ? 1 2 3
público e vê pessoas conversando delírios de referência)
[quando está em público e vê pessoas
conversando, você] muitas vezes acha
que elas estão falando de você.

Me fale mais sobre isso. 3 = vários exemplos

50. Você disse que [você] muitas vezes


tem a sensação de que coisas que não
têm qualquer significado especial para a
maioria das outras pessoas na verdade
estão lhe dando uma mensagem.

Fale mais sobre isso.

51. Você disse que quando está com


outras pessoas, você [quando está com
outras pessoas, você] muitas vezes tem
a sensação de estar sendo observado(a)
ou encarado(a)?

Fale mais sobre isso.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


ESQUIZOTÍPICA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
52. Você disse que [você já] sentiu que (2) crenças bizarras ou pensamento ? 1 2 3
pode fazer as coisas acontecerem apenas mágico que influenciam o comporta-
fazendo um pedido ou pensando nelas. mento e são inconsistentes com as
normas da subcultura do indivíduo (por
ex., superstições, crença em
clarividência, telepatia ou "sexto
sentido"; em crianças e adolescentes,
fantasias e preocupações bizarras)

Me fale mais sobre isso.

(Como isso afeta você?) 3 = vários exemplos de tais fenômenos


que influenciou comportamento e são
inconsistentes com normas subculturais.

53. Você disse que [você] já teve


experiências pessoais com o
sobrenatural.

Fale mais sobre isso

(Como isso afetou você?)

54) Você disse que [você] acredita ter


um “sexto sentido” que permite que
você saiba de coisas ou prediga coisas
que as outras pessoas não conseguem.

Fale mais sobre isso

(Como isso afetou você?)

55) Você disse que [você] muitas vezes (3) experiências perceptivas incomuns, ? 1 2 3
vê que objetos e sombras são na verdade incluindo ilusões somáticas.
animais ou pessoas, ou que barulhos são
na verdade vozes humanas.

Me dê alguns exemplos. 3 = diversos exemplos de experiência


incomuns não devidas a drogas ou
(Você estava bebendo ou tomando condições médicas gerais.
drogas na época?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


ESQUIZOTÍPICA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
56) Você disse que [você] já teve a
sensação de que alguma pessoa ou força
está ao seu redor, mesmo não
conseguindo ver alguém.

Fale mais sobre isso.

(Você estava bebendo ou tomando


drogas na época?)

57) Você disse que [você] muitas vezes


vê auras ou campos de energia ao redor
das pessoas.

Fale mais sobre isso.

(Você estava bebendo ou tomando


drogas na época?)

OBSERVADO DURANTE A (4) pensamento e discurso bizarros (por ? 1 2 3


ENTREVISTA ex., vago, circunstancial, metafórico,
superelaborado ou estereotipado).

CODIFICAR COMO “3” SE (5) desconfiança ou ideação paranóide. ? 1 2 3


QUALQUER DOS CRITÉRIOS DE
PARANÓIDE (1), (2), (3), (4) OU (7)
FOREM CODIFICADOS COMO “3”.

OBSERVADO DURANTE A (6) afeto inadequado ou constrito ? 1 2 3


ENTREVISTA

OBSERVADO DURANTE A (7) aparência ou comportamento ? 1 2 3


ENTREVISTA esquisito, peculiar ou excêntrico.

58) Você disse que existem [existem] (8) não tem amigos íntimos ou ? 1 2 3
muito poucas pessoas das quais você confidentes, exceto parentes em
seja realmente íntimo(a) fora da sua primeiro grau.
família imediata.

Quantos amigos íntimos você tem? 3 = não tem amigos íntimos (além dos
parentes em primeiro grau).

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


ESQUIZOTÍPICA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
59) Você disse que [você] muitas vezes (9) ansiedade social excessiva que não ? 1 2 3
se sente nervoso(a) quando está com diminui com a familiaridade e tende a
outras pessoas. estar associada com temores paranóides,
ao invés de julgamentos negativos
acerca de si próprio.

Com o que você fica nervoso(a)?

(Você continua ansioso(a) mesmo 3 = reconhece ansiedade excessiva


depois de conhece-los por algum relacionada a suspeitas sobre a
tempo?) motivação das outras pessoas.

PELO MENOS 5 (CINCO) ITENS SÃO 1 3


CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Esquizotípico

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


ESQUIZÓIDE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE
Nota: O comportamento não deve ser A. Um padrão invasivo de
considerado característica de transtorno distanciamento das relações sociais e
de personalidade esquizóide quando uma faixa restrita de expressão
ocorre exclusivamente durante o curso emocional em contextos interpessoais,
de Esquizofrenia, Transtorno do Humor que começa no início da idade adulta e
Com Aspectos Psicóticos, outro está presente em uma variedade de
Transtorno Psicótico ou um Transtorno contextos, como indicado por pelo
Invasivo do Desenvolvimento, nem é menos quatro dos seguintes critérios:
decorrente dos efeitos fisiológicos
diretos de uma condição médica geral.

60) Você disse que Não [não] é (1) não deseja nem gosta de ? 1 2 3
importante para você ter relacionamentos íntimos, incluindo fazer
relacionamentos íntimos. parte de uma família.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço.

(E com a sua família?)

61) Você disse que [você] prefere fazer ? 1 2 3


(2) quase sempre opta por atividades
as coisas quase sempre sozinho(a) do
solitárias.
que com outras pessoas.

(Isso é verdade tanto no trabalho quanto


3 = reconhece o traço.
no seu tempo livre?)

62) Você disse que [você] poderia estar (3) manifesta pouco, se algum, interesse ? 1 2 3
feliz sem nunca estar sexualmente em ter experiências sexuais com outra
envolvido(a) com alguém. pessoa.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço.

(Você sempre teve pouco interesse em


fazer sexo?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


ESQUIZÓIDE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE
63) Você disse que existem [existem] (4) tem prazer em poucas atividades, se ? 1 2 3
realmente muito poucas coisas que lhe alguma.
dão prazer.
[Obs.: ausência de prazer se aplica
especialmente a experiências sensoriais,
corporais e interpessoais].

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço.

(E sobre coisas físicas, como comer uma


refeição muito boa ou fazer sexo?)

JÁ CODIFICADO NO ÍTEM (8) DO (5) não tem amigos íntimos ou ? 1 2 3


TRANSTORNO ESQUIZOTÍPICO DE confidentes, outros que não parentes em
PERSONALIDADE primeiro grau.

64) Você disse que [você] NÃO se ? 1 2 3


(6) mostra-se indiferente a elogios ou
importa com o que as pessoas pensam
críticas de outros.
sobre você.

Como você se sente quando as pessoas 3 = proclama indiferença a elogios ou


elogiam ou criticam você? críticas.

65) Você disse que [você] acha que nada (7) demonstra frieza emocional, ? 1 2 3
o faz muito feliz ou muito triste. distanciamento ou afetividade embotada.

Fale mais sobre isso.

(CONSIDERAR TAMBÉM 3 = ocorre não exclusivamente durante


um transtorno do humor.
O COMPORTAMENTO DURANTE
A ENTREVISTA)

PELO MENOS 4 (QUATRO) ITENS 1 3


SÃO CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Esquizóide

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


HISTRIÔNICA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
A. Um padrão invasivo de excessiva
emocionalidade e busca de atenção, que
começa no início da idade adulta e está
presente em uma variedade de
contextos, como indicado por cinco (ou
mais) dos seguintes critérios:

66) Você disse que [você] gosta de ser o (1) sente desconforto em situações nas ? 1 2 3
centro das atenções. quais não é o centro das atenções

Como você se sente quando você não é? 3 = sente-se desconfortável quando não
é o centro das atenções.

67) Você disse que [você] flerta muito. (2) a interação com os outros ? 1 2 3
freqüentemente se caracteriza por um
comportamento inadequado,
sexualmente provocante ou sedutor

Alguém já reclamou disso? 3 = reconhece reclamações, descreve


comportamento inapropriado ou foi
(TAMBÉM CONSIDERAR observado comportamento
O COMPORTAMENTO DURANTE inapropriadamente sedutor.
A ENTREVISTA)

68) Você disse que [você]


freqüentemente se percebe “dando em
cima” das pessoas.

Fale mais sobre isso

(TAMBÉM CONSIDERAR
O COMPORTAMENTO
DURANTE A ENTREVISTA)

OBSERVAR O COMPORTAMENTO (3) exibe mudança rápida e ? 1 2 3


DURANTE A ENTREVISTA superficialidade na expressão das
emoções

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


HISTRIÔNICA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
69) Você disse que [você] tenta chamar (4) usa consistentemente a aparência ? 1 2 3
a atenção para si mesmo(a) através da física para chamar a atenção sobre si
forma com que você se veste ou pela próprio.
sua aparência.

Como você faz isso? 3 = dá exemplo e reconhece que este


comportamento acontece o tempo todo.
Você faz isso o tempo todo?

OBSERVADO DURANTE (5) tem um estilo de discurso ? 1 2 3


A ENTREVISTA excessivamente impressionista e carente
de detalhes

70) Você disse que [você] disse que ? 1 2 3


(6) exibe autodramatização, teatralidade
[você] freqüentemente faz questão de ser
e expressão emocional exagerada
dramático(a) ou colorido(a).

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.
(TAMBÉM CONSIDERAR
O COMPORTAMENTO
DURANTE A ENTREVISTA)
(Você gosta de mostrar suas emoções –
por exemplo, abraçar pessoas mesmo
quando você não as conhece muito bem
ou chorar com muita facilidade?)

71) Você disse que [você] (7) é sugestionável, ou seja, é facilmente ? 1 2 3


freqüentemente muda de opinião sobre influenciado pelos outros ou pelas
algo dependendo das pessoas com que circunstâncias.
você está ou do que você acabou de ler
ou ver na TV. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos
um exemplo.
Fale mais sobre isso.

72) Você disse que [você] tem muitos (8) considera os relacionamentos mais ? 1 2 3
amigos dos quais você é íntimo(a). íntimos do que realmente são.

Quantos? Quem são ele(a)s? 3 = proclama ter muito mais relações


íntimas do que pode ser crível.
PELO MENOS 5 (CINCO) ITENS SÃO 1 3
CODIFICADOS COMO “3” Transtorno de
Personalidade
Histriônica

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


NARCISISTA PERSONALIDADE NARCISISTA
A. Um padrão invasivo de grandiosidade
(em fantasia ou comportamento),
necessidade de admiração e falta de
empatia, que começa no início da idade
adulta e está presente em uma variedade
de contextos, indicado por pelo menos
cinco dos seguintes critérios:

73) Você disse que as pessoas [as (1) sentimento grandioso da própria ? 1 2 3
pessoas] freqüentemente não apreciam importância (por ex., exagera
seus talentos ou realizações muito realizações e talentos, espera ser
especiais. reconhecido como superior sem
realizações comensuráveis)
Me dê um exemplo.

74) Você disse que as pessoas [as 3 = pelo menos um exemplo de


pessoas] já lhe falaram que você tem grandiosidade.
uma opinião muito elevada sobre si
mesmo(a).

Me dê alguns exemplos disso.

75) Você disse que [você] pensa muito (2) preocupação com fantasias de ? 1 2 3
sobre o poder, fama ou reconhecimento ilimitado sucesso, poder, inteligência,
que algum dia terá. beleza ou amor ideal

Fale mais sobre isso.

(quanto tempo você passa pensando 3 = muito tempo despendido em


nessas coisas?) devaneios ou busca de objetivos não
realistas.

76) Você disse que [você] pensa muito


no romance perfeito que será em algum
dia seu.

Fale mais sobre isso.

(quanto tempo você passa pensando


nisso?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


NARCISISTA PERSONALIDADE NARCISISTA
77) Você disse que quando você (3) crença de ser "especial" e único e de ? 1 2 3
[quando você] tem um problema, você que somente pode ser compreendido ou
quase sempre insiste em a ver a pessoa deve associar-se a outras pessoas (ou
de maior prestígio (mais importante). instituições) especiais ou de condição
elevada
Me dê alguns exemplos.

(Por que você tem que ver a pessoa mais 3 = reconhece o traço e dá pelo menos
importante?) um exemplo.

78) Você disse que [você] sente que é


importante passar tempo com pessoas
que tem prestígio ou são influentes.

Por que isso?

79) Você disse que é [é] muito (4) exigência de admiração excessiva. ? 1 2 3
importante para você que as pessoas
prestem atenção em você ou lhe 3 = reconhece o traço e dá pelo menos
admirem de algum modo. um exemplo.

Fale mais sobre isso.

80) Você disse que você [você] pensa (5) sentimento de intitulação, ou seja, ? 1 2 3
que não é necessário seguir certas regras possui expectativas irracionais de
ou convenções sociais quando elas estão receber um tratamento especialmente
no seu caminho. favorável ou obediência automática às
suas expectativas.
Me dê alguns exemplos.
3 = vários exemplos.
Por que você se sente desse jeito?

81) Você disse que você [você] acredita


que é o tipo de pessoa que merece
tratamento especial.

Fale mais sobre isso.


82) Você disse que [você] (6) é explorador em relacionamentos ? 1 2 3
freqüentemente acha necessário passar interpessoais, isto é, tira vantagem de
por cima dos outros para conseguir o outros para atingir seus próprios
que você quer. objetivos.

Me dê alguns exemplos disso. 3 = vários exemplos em que outra


(Isso acontece muitas vezes?) pessoa é explorada.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 27

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


NARCISISTA PERSONALIDADE NARCISISTA
83) Você disse que [você]
freqüentemente tem que colocar as suas
necessidades na frente das de outras
pessoas.

Me dê alguns exemplos de quando isso


acontece.

84) Você disse que [você]


freqüentemente espera que as outras
pessoas façam o que você manda sem
questionar devido a quem você é.

Isso acontece muitas vezes?

85) Você disse que [você] realmente (7) ausência de empatia: reluta em ? 1 2 3
NÃO se interessa (é desinteressado) reconhecer ou identificar-se com os
pelos sentimentos de outras pessoas. sentimentos e necessidades alheias

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço OU vários


exemplos.

86) Você disse que as pessoas [as


pessoas] já reclamaram com você por
não ouvi-las nem se preocupar com os
sentimentos delas.

Fale mais sobre isso.

87) Você disse que [você] 8) freqüentemente sente inveja de outras ? 1 2 3


freqüentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja
pessoas. alheia

Fale mais sobre isso. (Com que 3 = reconhece o traço e dá pelo menos
freqüência você se sente deste jeito?) um exemplo.

88) Você disse que [você] sente que os


outros freqüentemente lhe invejam.

O que eles invejam em você

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 28

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


NARCISISTA PERSONALIDADE NARCISISTA
89) Você disse que [você] acha que (9) comportamentos e atitudes ? 1 2 3
muito poucas pessoas merecem seu arrogantes e insolentes.
tempo e sua atenção.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço ou este é


observado durante a entrevista.

(TAMBÉM CONSIDERAR
O COMPORTAMENTO DURANTE
A ENTREVISTA)

PELO MENOS 5 (CINCO) ITENS SÃO 1 3


CODIFICADOS COMO “3”.

Transtorno de
Personalidade
Narcisista

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 29

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS - TRANSTORNO DE


BORDERLINE PERSONALIDADE BORDERLINE
Um padrão invasivo de instabilidade dos
relacionamentos interpessoais, auto-
imagem e afetos e acentuada
impulsividade, que começa no início da
idade adulta e está presente em uma
variedade de contextos, como indicado
por cinco (ou mais) dos seguintes
critérios:

90) Você disse que [você] muitas vezes (1) esforços frenéticos para evitar um ? 1 2 3
ficou fora de si quando pensou que abandono real ou imaginado. (Nota: Não
alguém de quem gostava realmente incluir comportamento suicida ou
estava deixando você. automutilante, coberto no Critério 5).

O que você fez? 3 = vários exemplos.

(Você ameaçou a pessoa ou suplicou


para ela?)

91) Você disse que os seus (2) um padrão de relacionamentos ? 1 2 3


relacionamentos [os seus relaciona- interpessoais instáveis e intensos,
mentos] com pessoas de quem gosta caracterizado pela alternância entre
muito tem muitos altos e baixos extremos de idealização e
extremos. desvalorização.

Fale mais sobre isso. 3 = Tanto um relacionamento longo


quanto vários relacionamentos breves
nos quais o padrão alternado ocorreu
pelo menos duas vezes.

(Houve épocas em que achou que eles


eram tudo que você queria e outras
épocas em que pensou que eles eram
terríveis? Quantos relacionamentos
foram desse jeito?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


BORDERLINE PERSONALIDADE BORDERLINE
92) Você disse que [você] (3) perturbação da identidade: ? 1 2 3
repentinamente mudou seu senso de instabilidade acentuada e resistente da
quem você é e o seu rumo. auto-imagem ou do sentimento de self.

Me dê alguns exemplos disso. [Nota. Não incluir incertezas normais de


adolescentes].

93) Você disse que o seu senso [o seu 3 = reconhece o traço.


senso] de quem você é freqüentemente
muda drasticamente.

Fale mais sobre isso.

94) Você disse que [você] age diferente


com pessoas ou situações diferentes, de
maneira que às vezes você não sabe
quem realmente você é.

Me dê alguns exemplos disso (você se


sente deste jeito muitas vezes?)

95) Você disse que houve [houve]


muitas mudanças súbitas em suas metas,
planos de carreira, convicções religiosas,
e assim por diante.

Fale mais sobre isso.

96) Você disse que [você] tem muitas (4) impulsividade em pelo menos duas ? 1 2 3
vezes feito coisas impulsivamente. áreas potencialmente prejudiciais à
própria pessoa (por ex., gastos
Que tipo de coisas? financeiros, sexo, abuso de substâncias,
direção imprudente, comer
(E sobre... compulsivamente). Nota: Não incluir
comportamento suicida ou
... comprar coisas que realmente não automutilante, coberto no Critério 5
conseguiria pagar?
3 = vários exemplos indicando um
... fazer sexo com pessoas que mal padrão de comportamento impulsivo
conhecia ou fazer sexo “inseguro”. (não necessariamente limitados aos
exemplos à esquerda).
... beber muito ou usar drogas?

... dirigir com imprudência?

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 31

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


BORDERLINE PERSONALIDADE BORDERLINE
SE SIM PARA QUALQUER UM DOS
EXEMPLOS ACIMA: Fale mais sobre
isso. Com que freqüência isso acontece?
Que tipo de problemas isso causou?

97) Você disse que já tentou [já tentou] (5) recorrência de comportamento, ? 1 2 3
se machucar ou se matar, ou ameaçou gestos ou ameaças suicidas ou de
fazer isso. comportamento automutilante.

98) Você disse que [você] alguma vez 3 = dois ou mais eventos (quando não
se cortou, se queimou ou se arranhou de ocorrem durante um episódio depressivo
propósito. maior).

Fale mais sobre isso.

99) Você disse que [você] tem muitas (6) instabilidade afetiva devido a uma ? 1 2 3
mudanças de humor súbitas. acentuada reatividade do humor (por
ex., episódios de intensa disforia,
Fale mais sobre isso. irritabilidade ou ansiedade geralmente
durando algumas horas e apenas
(Por quanto tempo o “mal humor” dura? raramente mais de alguns dias).
Com que freqüência as mudanças de
humor acontecem? Quão subitamente 3 = reconhece o traço.
seu humor muda?)

100) Você disse que [você] (7) sentimentos crônicos de vazio ? 1 2 3


freqüentemente se sente vazio(a) por
dentro.

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço.

101) Você disse que [você] tem (8) raiva inadequada e intensa ou ? 1 2 3
freqüentemente explosões de dificuldade em controlar a raiva (por ex.,
temperamento ou fica tão bravo(a) que demonstrações freqüentes de irritação,
perde o controle. raiva constante, lutas corporais
recorrentes)

Fale mais sobre isso. 3 = reconhece o traço e dá pelo menos


um exemplo.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


BORDERLINE PERSONALIDADE BORDERLINE
102) Você disse que [você] bate nas
pessoas ou joga coisas quando fica
nervoso(a).

Fale mais sobre isso.

(Isto acontece muitas vezes?)

103) Você disse que até mesmo [até


mesmo] as pequenas coisas o(a) deixam
bravo(a).

Quando isso acontece?

(Isso acontece muitas vezes?)

104) Você disse que quando [quando] (9) ideação paranóide transitória e ? 1 2 3
está em momentos de muita tensão ou relacionada ao estresse ou severos
stress, você fica desconfiado(a) de sintomas dissociativos.
outras pessoas ou especialmente
distraído(a). 3 = vários exemplos que não ocorrem
exclusivamente durante um transtorno
Fale mais sobre isso. psicótico ou transtorno do humor com
características psicóticas.

PELO MENOS 5 (CINCO) ITENS SÃO 1 3


CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Borderline

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
Nota. O comportamento não deve ser B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos ? 1 2 3
considerado característica de transtorno de idade.
anti-social se ocorrer exclusivamente
durante o curso de Esquizofrenia ou
Episódio Maníaco.

C. Existem evidências de Transtorno da


Conduta com início antes dos 15 anos de
idade [conforme evidenciam pelo menos
dois dos critérios abaixo]:

105) Você disse que antes [antes] de (1) (antes dos 15) freqüentemente ? 1 2 3
fazer 15 anos, você tiranizava ou provoca, ameaça ou intimida outros.
ameaçava outras crianças.

Fale mais sobre isso

106) Você disse que antes [antes] dos (2) (antes dos 15) freqüentemente inicia ? 1 2 3
15, você começava brigas. lutas corporais

Com que freqüência?

107) Você disse que antes [antes] de (3) (antes dos 15) utilizou uma arma ? 1 2 3
você fazer 15 anos, você machucou ou capaz de causar sério dano físico a outros
ameaçou alguém com uma arma, tal qual (por ex., bastão, tijolo, garrafa quebrada,
um bastão, tijolo, garrafa quebrada, faca faca, arma de fogo).
ou revólver.

Fale mais sobre isso

108) Você disse que antes [antes] dos (4) (antes dos 15) foi fisicamente cruel ? 1 2 3
seus 15, você deliberadamente torturou com pessoas
alguém, ou causou a alguém algum
sofrimento físico ou dor.

O que você fez?

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
109) Você disse que antes [antes] dos (5) (antes dos 15) foi fisicamente cruel ? 1 2 3
seus 15 anos, você torturou ou machucou com animais
animais de propósito.

O que você fez?

110) Você disse que antes [antes] dos (6) (antes dos 15) roubou com confronto ? 1 2 3
seus 15 anos, você roubou, assaltou ou com a vítima (por ex., bater carteira,
tirou violentamente algo de alguém arrancar bolsa, extorsão, assalto à mão
ameaçando essa pessoa. armada)

Fale mais sobre isso.

111) Você disse que antes [antes] dos (7) (antes dos 15) forçou alguém a ter ? 1 2 3
seus 15 anos, você forçou alguém a fazer atividade sexual consigo
sexo com você, a tirar a roupa na sua
frente, ou a tocar você sexualmente.

Fale mais sobre isso.

112) Você disse que antes [antes] dos (8) (antes dos 15) envolveu-se ? 1 2 3
seus 15 anos, você já provocou incêndios. deliberadamente na provocação de
incêndio com a intenção de causar sérios
danos

Fale mais sobre isso.

113) Você disse que antes [antes] dos (9) (antes dos 15) destruiu ? 1 2 3
seus 15 anos, você deliberadamente deliberadamente a propriedade alheia
destruiu coisas que não eram suas. (diferente de provocação de incêndio).

O que você fez?

114) Você disse que antes [antes] dos (10) (antes dos 15) arrombou residência, ? 1 2 3
seus 15 anos, você arrombou casas, prédio ou automóvel alheios
edifícios ou carros?

Fale mais sobre isso.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
115) Você disse que antes [antes] dos (11) mente com freqüência para obter ? 1 2 3
seus 15 anos, você mentiu muito ou bens ou favores ou para evitar obrigações
trapaceou outras pessoas. legais (isto é, ludibria outras pessoas)

Sobre o que você mentia?

116) Você disse que antes [antes] dos (12) roubou objetos de valor sem ? 1 2 3
seus 15 anos, você às vezes roubava, confronto com a vítima (por ex., furto em
furtava coisas ou falsificava assinaturas lojas, mas sem arrombar e invadir;
de alguém. falsificação)

Fale mais sobre isso.

117) Você disse que antes [antes] dos (13) fugiu de casa à noite pelo menos ? 1 2 3
seus 15 anos, você fugiu de casa e duas vezes, enquanto vivia na casa dos
permaneceu fora a noite toda? pais ou lar adotivo (ou uma vez, sem
retornar por um extenso período)
Isso foi mais de uma vez?

(Com quem você vivia nessa época?)

118) Você disse que antes [antes] dos (14) freqüentemente permanece na rua à ? 1 2 3
seus 13 anos, você muitas vezes ficou até noite, apesar de proibições dos pais,
muito tarde fora de casa, muito tempo iniciando antes dos 13 anos de idade.
depois do tempo em que deveria estar em
casa.

(Com que freqüência?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
119) Você disse que antes [antes] dos 13 (15) freqüentemente gazeteia à escola, ? 1 2 3
anos, você muitas vezes matou aula. iniciando antes dos 13 anos de idade.

Com que freqüência?

PELO MENOS 2 (DOIS) ITENS SÃO 1 3


CODIFICADOS COMO “3”
(por exemplo: alguma evidência de
transtorno de conduta)

Critério C do
Vá para Transtorno de
transtorno de Personalidade
personalidade Anti-Social
sem outra satisfeito.
especificação na Continue na
próxima
página: 41
página.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
Agora desde que você fez 15 anos... A. Um padrão invasivo de desrespeito e
violação dos direitos dos outros, que
ocorre desde os 15 anos, como indicado
por pelo menos três dos seguintes
critérios:

Você já fez coisas que eram contra a lei – (1) fracasso em conformar-se às normas ? 1 2 3
mesmo se você não foi pego(a) – como sociais com relação a comportamentos
roubar, usar ou vender drogas, passar legais, indicado pela execução repetida
cheques sem fundos ou outras? de atos que constituem motivo de
detenção.

Se NÃO: você já foi preso(a) alguma vez 3 = vários exemplos


por qualquer coisa?

Você muitas vezes descobre que tem que (2) propensão para enganar, indicada por ? 1 2 3
mentir para conseguir o que você quer? mentir repetidamente, usar nomes falsos
ou ludibriar os outros para obter
vantagens pessoais ou prazer

(Você alguma vez utilizou um codinome 3 = vários exemplos.


ou fingiu que era outra pessoa?)

(Você muitas vezes trapaceou outras


pessoas para conseguir o que queria?)

Você muitas vezes faz coisas no calor do (3) impulsividade ou fracasso em fazer ? 1 2 3
momento sem pensar em como isso irá planos para o futuro
afetar a você mesmo ou a outras pessoas?

Que tipo de coisas? 3 = vários exemplos

Houve um tempo em que você não tinha


um lugar fixo para morar?

Por quanto tempo?

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
(Desde que você tinha 15 anos, você se (4) irritabilidade e agressividade, ? 1 2 3
envolveu em brigas?) indicadas por repetidas lutas corporais ou
agressões físicas
Quão freqüentemente?

Você alguma vez jogou coisas ou bateu


na sua esposo(a) ou parceiro(a)?

(Com que freqüência?)

Alguma vez você bateu numa criança,


sua ou de alguém – tão forte que ela ficou
com manchas roxas ou teve que ficar de
cama ou ir ao médico?

Fale mais sobre isso.

Você alguma vez já ameaçou fisicamente


ou machucou alguém?

Fale mais sobre isso.


(Com que freqüência?)

Você já dirigiu um carro quando estava (5) desrespeito irresponsável pela ? 1 2 3


bêbado(a) ou drogado(a)? segurança própria ou alheia.

Quantas multas por excesso de 3 = vários exemplos.


velocidade ou acidentes de carro você
teve?

Você sempre usa proteção quando faz


sexo com uma pessoa que não conhece
muito bem?

(alguém alguma vez disse que você


deixou uma criança de que você estava
cuidando ficar numa situação perigosa?)

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
Quanto tempo nos últimos 5 anos você (6) irresponsabilidade consistente, ? 1 2 3
ficou sem trabalhar? indicada por um repetido fracasso em
manter um comportamento laboral
consistente ou honrar obrigações
financeiras.

SE FOR POR UM PERÍODO 3 = vários exemplos.


PROLONGADO: Porquê?
(Havia trabalho disponível?)

Quando você estava trabalhando, você


faltava muito ao trabalho?

CASO SIM: Porquê?

Você já se demitiu de um trabalho sem


ter outro para onde ir?

CASO SIM:
Quantas vezes isso aconteceu?

Alguma vez você deveu dinheiro para


alguém e não pagou (Com que
freqüência?)

Alguma vez você não pagou a pensão de


uma criança ou não deu dinheiro para
crianças ou alguém mais que dependia de
você?

SE HÁ EVIDÊNCIA DE ATOS (7) ausência de remorso, indicada por ? 1 2 3


ANTISOCIAIS E NÃO É CLARO indiferença ou racionalização por ter
SE HÁ REMORSO: ferido, maltratado ou roubado outra
Como você se sente sobre [LISTA DE pessoa.
ATOS ANTISOCIAIS]

(Você acha que o que você fez foi errado 3 = não sente remorso acerca de diversos
de algum jeito?) atos antisociais.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


ANTI-SOCIAL PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
PELO MENOS 3 (TRES) ITENS SÃO 1 3
CODIFICADOS COMO “3”

Critério para
Transtorno de
Personalidade
Anti-social
satisfeito.

CRITÉRIO A, B e C SÃO 1 3
CODIFICADOS COMO “3”

Transtorno de
Personalidade
Anti-social

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE CRITÉRIOS – TRANSTORNO DE


SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO PERSONALIDADE SEM OUTRA
ESPECIFICAÇÃO

Esta categoria é para transtornos do 1 3


funcionamento da personalidade que não
satisfazem os critérios para qualquer
transtorno da personalidade específico.
Um exemplo disto é a presença de
características de mais de um transtorno
de personalidade específico que não
satisfazem todos os critérios para
qualquer transtorno de personalidade
(personalidade mista), mas que juntas,
causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo em uma ou mais
áreas importantes do funcionamento (por
exemplo: social ou ocupacional). Esta
categoria também pode ser usada quando
se julga que seria apropriado diagnosticar
um transtorno de personalidade
específico não incluído na classificação.
Transtorno de
Personalidade
sem outra
especificação.

? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro


* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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**
FOLHA DE RESPOSTAS

TP EVITATIVO TP DEPEND. TP OBS.COMP. TP ANTISOCIAL


1 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3 Critério B: N S
2 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3 V
3 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3 Critério C:
4 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3
5 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3
6 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3
7 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3
4 ou + são 3? 8 ? 1 2 3 8 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3
Evitativo N S 5 ou + são 3? 4 ou + são 3? 6 ? 1 2 3
Depend. N S Obs.Com. N S 7 ? 1 2 3
8 ? 1 2 3
TP PAS.AGRES. TP DEPRESSIVO TP PARANÓIDE 9 ? 1 2 3
1 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3 10 ? 1 2 3
2 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3 11 ? 1 2 3
3 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3 12 ? 1 2 3
4 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3 13 ? 1 2 3
5 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3 14 ? 1 2 3
6 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3 15 ? 1 2 3
7 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3 2 ou + são 3?
4 ou + são 3? 5 ou + são 3? 4 ou + são 3? Critério C: N S
Pas.Agres. N S Depress. N S Paranóide N S V
Critério A:
TP ESQUIZOT. TP ESQUIZÓIDE TP HISTRIÔNICO 1 ? 1 2 3
1 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3
2 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3
3 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3
4 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3
5 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3
6 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3
7 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3 3 ou + são 3?
8 ? 1 2 3 4 ou + são 3? 8 ? 1 2 3 Antisocial N S
9 ? 1 2 3 Esquizóide N S 5 ou + são 3?
5 ou + são 3? Histriônico N S
Esquizotíp. N S TP S/ OUT. ESP.
1 ? 1 2 3
TP NARCISISTA TP BORDERLINE
1 ? 1 2 3 1 ? 1 2 3
2 ? 1 2 3 2 ? 1 2 3 Iniciais do(a) Paciente:
3 ? 1 2 3 3 ? 1 2 3
4 ? 1 2 3 4 ? 1 2 3
5 ? 1 2 3 5 ? 1 2 3 Data da entrevista:
6 ? 1 2 3 6 ? 1 2 3
7 ? 1 2 3 7 ? 1 2 3
8 ? 1 2 3 8 ? 1 2 3 Entrevistador(a):
9 ? 1 2 3 9 ? 1 2 3
5 ou + são 3? 5 ou + são 3?
Narcisista N S Borderline N S
**Adaptação de Nívea Melo.
? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID-5-CV
1. Introdução
A Entrevista Clínica Estruturada para os Transtornos do DSM-5 (SCID-5) é um guia de en-
trevista para a realização dos principais diagnósticos do DSM-5 (anteriormente diagnos-
ticados no Eixo I). Ela é aplicada por um clínico ou por um profissional da saúde mental
treinado que esteja familiarizado com a classificação e com os critérios diagnósticos do
DSM-5 (American Psychiatric Association, 2013). Os sujeitos da entrevista podem ser
pacientes psiquiátricos ou de outras especialidades médicas – ou indivíduos que não se
identificam como pacientes, como sujeitos de um levantamento comunitário de doenças
mentais ou familiares de pacientes psiquiátricos. A linguagem e a cobertura diagnóstica
fazem a SCID-5 ser mais adequada para o uso com adultos (com idade de 18 anos ou
mais); contudo, com uma ligeira modificação na redação das perguntas, ela pode ser
usada com adolescentes. O indivíduo mediano deve ser capaz de compreender a lingua-
gem da SCID-5. Alguns indivíduos com prejuízo cognitivo grave, agitação ou sintomas
psicóticos graves não poderão ser entrevistados com a SCID-5. Isso ficará evidente nos
primeiros 10 minutos da aplicação da seção Visão Geral, e, nesses casos, a SCID-5 pode
ser utilizada como uma lista de verificação diagnóstica e como uma árvore de decisão,
com informações diagnósticas obtidas de outras fontes.
A SCID-5 pode ser usada de várias maneiras:
• Para assegurar que todos os principais diagnósticos do DSM-5 sejam sistema-
ticamente avaliados. Por exemplo, a SCID é frequentemente usada como parte
de procedimentos de admissão em contextos clínicos e para ajudar a assegurar
uma avaliação diagnóstica forense abrangente.
• Para selecionar uma população de estudo. Por exemplo, em um estudo sobre
a eficácia de um tratamento para a depressão, a SCID-5 pode ser usada para
assegurar que todos os sujeitos do estudo tenham sintomas que satisfaçam os
critérios do DSM-5 para Transtorno Depressivo Maior e que todos os sujeitos
com uma história de qualquer Transtorno por Uso de Substâncias nos últimos
12 meses sejam excluídos.
• Para caracterizar uma população de estudo em termos de diagnósticos psi-
quiátricos atuais e passados. Por exemplo, os dados diagnósticos obtidos por
meio da entrevista SCID-5 podem ser usados por pesquisadores, profissionais,
legisladores, entre outros, que estejam interessados na prevalência e nas estima-
tivas de incidência de transtornos psiquiátricos entre certas populações (p. ex.,
adultos nos Estados Unidos).
• Para melhorar as habilidades de entrevista dos estudantes das profissões re-
lacionadas à saúde mental, incluindo psiquiatria, psicologia, serviço social psi-
quiátrico e enfermagem psiquiátrica. Por exemplo, a SCID-5 pode proporcionar
aos estudantes/estagiários um repertório de perguntas úteis para extrair infor-
mações de um paciente, as quais serão a base para fazer julgamentos sobre os
critérios diagnósticos. Por meio das repetidas aplicações da SCID-5, os estudan-
tes/estagiários se familiarizam com os critérios do DSM-5 e, ao mesmo tempo,
incorporam perguntas úteis ao repertório de entrevista.
Para as últimas informações sobre a SCID-5, incluindo traduções disponíveis,*
versões assistidas por computador, materiais de treinamento que incluem vídeos e

* N. de R.T. A tradução da SCID-5-RV foi realizada pelo grupo de pesquisadores do Departamento de Neurociên-
cias e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Riberão Preto da Universidade de São Paulo, sob
a liderança dos Professores Doutores Flávia de Lima Osório, José Alexandre de Souza Crippa e João Paulo Macha-
do de Sousa com a autorização da American Psychiatric Association. Este grupo está desenvolvendo, no momento
da publicação desta obra, o estudo de confiabilidade desta versão para o contexto brasileiro.

Livro_SCID-5-VC.indb 1 12/06/17 16:56


2 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

testes de conhecimento da SCID, bem como revisões/correções de erros, visite o site


da SCID: www.scid5.org.

2. História da SCID
A publicação do DSM-III, em 1980, revolucionou a psiquiatria ao incluir critérios
diagnósticos específicos para praticamente todos os transtornos mentais (American
Psychiatric Association, 1980). Antes disso, havia diversos conjuntos de critérios
diagnósticos, como os Critérios Feighner (Feighner et al., 1972) e os Critérios Diag-
nósticos de Pesquisa (RDC; Spitzer et al., 1978), alem de entrevistas estruturadas
projetadas para a realização de diagnósticos de acordo com esses sistemas (Endicott
e Spitzer 1978; Helzer et al., 1981). Em 1983, começou-se a trabalhar na elaboração da
SCID como um instrumento para fazer diagnósticos do DSM-III em resposta à ado-
ção dos critérios do DSM-III como a linguagem-padrão para a descrição de temas
de pesquisa. A SCID incorporou diversos recursos que não estavam presentes em
instrumentos anteriores e que facilitariam seu uso na pesquisa psiquiátrica, como a
inclusão de uma seção de Visão Geral, a qual permite que o paciente descreva o de-
senvolvimento do episódio atual da doença, e uma estrutura modular, a qual permi-
te que os pesquisadores eliminem a consideração de classes diagnósticas principais
que sejam irrelevantes aos seus estudos.
Em 1983, o National Institute of Mental Health reconheceu a necessidade de um
procedimento clínico de avaliação diagnóstica para a realização de diagnósticos do
DSM-III e publicou uma Solicitação de Proposta para desenvolver esse procedimento.
Com base no trabalho-piloto com a SCID, foi feito um contrato para desenvolver ainda
mais o instrumento. Em abril de 1985, o Biometrics Research Department (Departa-
mento de Pesquisas Biométricas) do New York State Psychiatric Institute (Instituto
Psiquiátrico do Estado de Nova York) recebeu uma subvenção de dois anos para fa-
zer testes de campo com a SCID e determinar sua confiabilidade em diversos grupos
diferentes de sujeitos clínicos e não clínicos (Spitzer et al., 1992; Williams et al., 1992).
Depois da publicação do DSM-III revisado (DSM-III-R; American Psychiatric Associa-
tion, 1987), a SCID para o DSM-III-R foi publicada pela American Psychiatric Press,
em maio de 1990 (Spitzer et al., 1990a, 1990b).
O trabalho para a revisão da SCID para o DSM-IV (American Psychiatric As-
sociation, 1994) começou no outono de 1993. As versões preliminares da revisão fo-
ram testadas por pesquisadores interessados durante o segundo semestre de 1994.
A versão final da SCID para o DSM-IV foi produzida em fevereiro de 1996. Diversas
revisões da SCID se sucederam; a mais abrangente delas foi feita em fevereiro de
2001, quando a SCID foi atualizada para o DSM-IV: Texto Revisado (DSM-IV-TR;
American Psychiatric Association, 2000).
O trabalho de revisão da SCID para o DSM-5 começou em 2012. A multi-
plicidade de mudanças nos conjuntos de critérios do DSM-5 (American Psychia-
tric Association, 2013) exigiu o desenvolvimento de muitas perguntas novas para a
SCID, bem como ajustes para o algoritmo desse instrumento. Também, aproveitou-
-se a oportunidade para revisitar todas as perguntas e fazer modificações até mesmo
na redação dos itens de critério que não mudaram no DSM-5. As revisões das ver-
sões preliminares foram realizadas pelos membros do Grupo de Trabalho do DSM-5
e experimentadas por usuários experientes da SCID durante a primeira metade de
2013, e os testes de campo da SCID-5 começaram no final de 2013. A versão final da

Livro_SCID-5-VC.indb 2 12/06/17 16:56


VERSÕES DA SCID 3

SCID para o DSM-5 foi submetida para publicação na American Psychiatric Associa-
tion Publishing em agosto de 2014.*

3. Versões da SCID
A SCID foi originalmente elaborada para ser um documento único que pudesse ser
usado tanto por pesquisadores quanto por clínicos. Isso implicou torná-la detalhada o
bastante para atender às necessidades da comunidade de pesquisa, mas de modo que
ainda seja suficientemente fácil de ser usada pelos clínicos, a fim de aprimorar a con-
fiabilidade e a validade de suas avaliações diagnósticas. Essa dualidade de propósito
acabou criando problemas para os pesquisadores, porque uma grande quantidade de
informações potencialmente úteis foi deixada de fora da versão da SCID para o DSM-
-III-R, com o intuito de evitar que ela se tornasse complicada demais (p. ex., a maio-
ria dos subtipos). Entretanto, muitos clínicos acharam que a quantidade de detalhes
incluída na SCID deixou-a longa e complexa demais. Além disso, também ficou claro
que, para os ensaios clínicos em que ela foi usada a fim de determinar se as condições
dos sujeitos potenciais satisfaziam os critérios de inclusão e exclusão de diagnósticos
para protocolos particulares, a versão de pesquisa-padrão incluía muitas informações
pouco relevantes. Assim, surgiu também a necessidade de uma versão da SCID que
pudesse ser adaptada especificamente para os critérios de inclusão/exclusão relativos
aos ensaios clínicos.
Para atender a essas necessidades divergentes, a SCID-5 foi dividida em três
versões separadas: a Versão Clínica (SCID-5-CV), que foi racionalizada para uso em
contextos clínicos; a Versão de Pesquisa (SCID-5-RV), que inclui uma quantidade
de recursos destinados a facilitar seu uso em estudos de pesquisa; e a Versão de
Ensaios Clínicos (SCID-5-CT), que está disponível para personalização conforme os
critérios de inclusão/exclusão para os ensaios clínicos. Detalhes sobre as três versões
são apresentados a seguir.

3.1 Versão Clínica da SCID (SCID-5-CV)


Este Guia do Usuário se aplica especificamente à Versão Clínica da SCID
(SCID-5-CV). A SCID-5-CV é publicada pela American Psychiatric Association
Publishing e é uma versão abreviada e reformatada da SCID-5-RV, cobrindo os diagnós-
ticos que são mais comumente vistos em contextos clínicos. Apesar da designação “clí-
nica”, a SCID-5-CV pode ser usada em contextos de pesquisa, contanto que os transtor-
nos que interessam ao pesquisador estejam entre os que foram incluídos na SCID-5-CV.
A SCID-5-CV difere da SCID-5-RV de diversas maneiras. Primeiro, os especi-
ficadores inclusos na SCID-5-CV estão limitados àqueles que têm um impacto na
codificação diagnóstica. Assim, apenas os especificadores de gravidade, psicótico
e remissão para Transtorno Bipolar e Transtorno Depressivo Maior estão inclusos
na SCID-5-CV, porque afetam a escolha do código diagnóstico. De forma semelhan-
te, os tipos de apresentação do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
(TDAH) (i. e., predominantemente desatenta, predominantemente hiperativa/im-
pulsiva e combinada) estão incluídos porque também são exigidos para determinar

* N. de R. T. No Brasil, o grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (Faculdade de Medicina de Ri-


beirão Preto – Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento) iniciou as atividades de tradução,
adaptação transcultural e estudos psicométricos da SCID-5-CV e da SCID-5-RV em janeiro de 2015.

Livro_SCID-5-VC.indb 3 12/06/17 16:56


4 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

o código diagnóstico. Segundo, os conjuntos de critérios para diversos transtornos


(p. ex., Anorexia Nervosa, Transtorno de Acumulação) incluídos na SCID-5-RV não
aparecem na SCID-5-CV, em vez disso, são substituídos por perguntas de rastrea-
mento para esses transtornos no Módulo I (“Rastreamento de Outros Transtornos
Atuais”). Se o paciente responder afirmativamente a uma dessas perguntas, o clínico
precisa dar prosseguimento com uma avaliação clínica não estruturada das exigên-
cias diagnósticas para o transtorno em questão. (Para facilitar esse processo, este
Guia do Usuário inclui os conjuntos de critérios do DSM-5 para esses transtornos no
Apêndice A, e a entrevista inclui referências tanto aos números das páginas dos con-
juntos de critérios correspondentes no Apêndice A quanto aos números das páginas
no DSM-5.) Por fim, embora a maioria dos transtornos na SCID-5-RV seja avaliada
com relação aos períodos de tempo atual e ao longo de toda a vida, a SCID-5-CV se
concentra sobretudo em se os critérios são satisfeitos atualmente, porque a condição
clínica atual de um transtorno é mais importante para as decisões de tratamento. Os
únicos transtornos na SCID-5-CV que também incluem uma avaliação de toda a vida
são o Transtorno Depressivo Maior, o Transtorno Bipolar Tipo I e Tipo II, os Trans-
tornos do Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos Especificados,
o Transtorno de Pânico e o Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT).

3.2 Versão de Pesquisa da SCID (SCID-5-RV)


Sendo a versão mais abrangente da SCID, a SCID-5-RV contém mais transtornos do
que a Versão Clínica e inclui todos os subtipos e especificadores de curso e gravidade
do DSM-5. Além disso, uma característica particularmente importante da SCID-5-RV
é a sua adaptabilidade, a qual permite que o instrumento seja adaptado para satisfa-
zer os requisitos de um estudo em particular.
A SCID-5-RV vem com uma configuração-padrão “básica/central”, que inclui
aqueles transtornos que a maioria dos pesquisadores provavelmente desejará ava-
liar de forma rotineira na maior parte dos estudos, bem como uma configuração
“expandida/aprimorada”, que também inclui a avaliação de diversos transtornos
opcionais. Para facilitar a personalização, a SCID-5-RV não é publicada como um vo-
lume encadernado; em vez disso, os módulos diagnósticos são disponibilizados ape-
nas eletronicamente, na forma de 18 arquivos PDF (que podem ser impressos pelo
pesquisador e “encadernados” em um único volume para facilitar sua utilização) ou
de 18 documentos de texto Microsoft (MS) Word, que podem ser modificados pelo
pesquisador para remover elementos desnecessários (p. ex., certos especificadores),
alterar o fluxo ao longo da entrevista ou acrescentar escalas adicionais (p. ex., escalas
de classificação de gravidade) à escolha do pesquisador.

3.3 Versão de Ensaios Clínicos da SCID (SCID-5-CT)


Desenvolvida originalmente em parceria com a i3 Research, a SCID-5-CT é uma ver-
são modificada da SCID-5-RV que foi reformatada, racionalizada e otimizada para
uso em ensaios clínicos que incorporam critérios típicos de inclusão e exclusão. Os
modelos da SCID-CT foram desenvolvidos para ensaios clínicos relacionados a tra-
tamentos de Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Bipolar, Esquizofrenia, Trans-
torno de Ansiedade Generalizada, TEPT e TDAH. Uma SCID-5-CT adicional “de
exclusão” também foi desenvolvida para situações em que a SCID é usada, princi-
palmente para excluir indivíduos com transtornos listados nos critérios de exclusão

Livro_SCID-5-VC.indb 4 12/06/17 16:56


COBERTURA DIAGNÓSTICA E PERÍODO DE TEMPO DA SCID 5 CV 5

para o estudo (p. ex., quando o sujeito encontra-se em tratamento farmacológico para
transtornos não incluídos na SCID, como o Transtorno Neurocognitivo Maior).
Para produzir uma SCID-CT específica a um dado protocolo, o modelo apropriado
deve ser personalizado para que se conforme aos seus critérios de inclusão/exclu-
são. Visite www.scid5.org para mais informações sobre a obtenção de uma licença
comercial e para preparar uma personalização específica de protocolo da SCID-CT.

4. Cobertura Diagnóstica e Período de Tempo da SCID-5-CV


A SCID-5-CV é dividida em 10 módulos diagnósticos relativamente independentes.
A Tabela 4–1 indica os sintomas, os episódios e os transtornos que estão incluídos em
cada um dos módulos. Conforme observado na coluna à direita da tabela, há vários
períodos de tempo que se aplicam à avaliação dos transtornos na SCID-5-CV. A fim
de simplificar a SCID para o uso clínico, muitos transtornos na SCID-5-CV são ava-
liados apenas para o período de tempo atual, porque é provável que esse período de
tempo seja clinicamente mais relevante para os propósitos de seleção e manejo do
tratamento. Esses transtornos “apenas atuais” incluem Transtorno Depressivo Per-
sistente, Transtornos por Uso de Substâncias, Agorafobia, Transtorno de Ansiedade
Social, Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno Obsessivo-compulsivo
(TOC), TDAH e Transtorno de Adaptação. Outras condições são avaliadas por sua
presença ao longo da vida do paciente e são acompanhadas por perguntas adicio-
nais para determinar se os critérios também foram satisfeitos durante o mês atual.
Essas patologias incluem Transtorno Bipolar Tipo I, Transtorno Bipolar Tipo II, Ou-
tro Transtorno Bipolar Especificado/Não Especificado, Transtorno Depressivo Maior,
Outro Transtorno Depressivo Especificado/Não Especificado, todos do Espectro da
Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos, Transtorno de Pânico e TEPT. A maio-
ria desses transtornos é definida de acordo com sintomas ou eventos que ocorreram
durante a vida do indivíduo (p. ex., exposição a evento traumático no TEPT, história
de ataques de pânico inesperados e recorrentes no Transtorno de Pânico).
Em contraste com os transtornos mencionados, que envolvem o fornecimento,
por parte do clínico, de uma classificação para cada critério diagnóstico, os transtor-
nos mentais devidos a outra condição médica (p. ex., Transtorno Bipolar e Transtor-
no Relacionado Devido a Outra Condição Médica) e induzidos por substância/me-
dicamento (p. ex., Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento)
são diagnosticados na SCID-5-CV sem a avaliação de seus critérios diagnósticos. Em
vez disso, os diagnósticos de Transtorno Mental Devido a Outra Condição Médica
e Transtorno Mental Induzido por Substância/Medicamento são feitos no curso da
avaliação dos critérios nos transtornos primários que excluem uma condição médica
geral (CMG) ou etiologia de substância/medicamento – por exemplo, “a perturba-
ção não é atribuível aos efeitos fisiológicos de alguma substância (p. ex., drogas de
abuso, medicamentos) ou outra condição médica”. Naqueles casos em que o clínico
exclui um diagnóstico psiquiátrico primário por causa de uma CMG ou de etiolo-
gia de medicamento/substância, ele é instruído a diagnosticar o Transtorno Mental
Devido a Outra Condição Médica ou Transtorno Mental Induzido por Substância/
Medicamento apropriado, bem como registrar o diagnóstico e o seu código diagnós-
tico da CID-10-MC na Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico da SCID-5-CV.
Além disso, as perguntas de entrevista correspondentes aos critérios diagnósticos
individuais não são fornecidas para os transtornos listados no Módulo I (a maioria
dos quais são avaliados na versão “aprimorada” da SCID-5-RV). Em vez disso, ape-

Livro_SCID-5-VC.indb 5 12/06/17 16:56


6 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

nas perguntas de rastreamento da SCID-5-RV são apresentadas e, caso sejam respon-


didas de modo afirmativo pelo paciente, o profissional precisa avaliar clinicamente
a sua potencial presença, com base na consulta dos conjuntos de critérios correspon-
dentes do DSM-5.

TABELA 4–1 Cobertura diagnóstica da SCID-5-CV (com períodos de tempo aplicáveis)


Módulo Conteúdos Período de tempo
Módulo A Episódio Depressivo Maior Atual (último mês) e Anterior
Episódios de Humor Episódio Maníaco Atual (último mês) e Anterior
Episódio Hipomaníaco Atual (último mês) e Anterior
Transtorno Depressivo Persistente (antigo Atual (últimos dois anos)
Transtorno Distímico)
Módulo B Delírios Ao longo da vida
Sintomas Psicóticos e as- Alucinações Ao longo da vida
sociados Discurso desorganizado Ao longo da vida
Comportamento desorganizado Ao longo da vida
Comportamento catatônico Ao longo da vida
Sintomas negativos Atual (último mês) e Anterior
Módulo C Esquizofrenia Atual (último mês) e Anterior
Diagnóstico Diferencial de Transtorno Esquizofreniforme Atual (último mês) e Anterior
Transtornos Psicóticos Transtorno Esquizoafetivo Atual (último mês) e Anterior
Transtorno Delirante Atual (último mês) e Anterior
Transtorno Psicótico Breve Atual (último mês) e Anterior
Outro Transtorno Psicótico Especificado/ Atual (último mês) e Anterior (remissão)
Não Especificado
Transtorno Psicótico Devido a Outra Condi- Ao longo da vida
ção Médica (OCM)
Transtorno Psicótico Induzido por Substân- Ao longo da vida
cia/Medicamento
Módulo D Transtorno Bipolar Tipo I Atual (último mês) e Anterior (remissão)
Diagnóstico Diferencial de Transtorno Bipolar Tipo II Atual (último mês) e Anterior (remissão)
Transtornos do Humor Outro Transtorno Bipolar Especificado/Não Atual (último mês) e Anterior (remissão)
Especificado
Transtorno Bipolar Devido a OCM Ao longo da vida
Transtorno Bipolar Induzido por Substância/ Ao longo da vida
Medicamento
Transtorno Depressivo Maior Atual (último mês) e Anterior (remissão)
Outro Transtorno Depressivo Especificado/ Atual (último mês) e Anterior (remissão)
Não Especificado
Transtorno Depressivo Devido a OCM Ao longo da vida
Transtorno Depressivo Induzido por Subs- Ao longo da vida
tância/Medicamento
(continua)

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COBERTURA DIAGNÓSTICA E PERÍODO DE TEMPO DA SCID 5 CV 7

TABELA 4–1 Cobertura diagnóstica da SCID-5-CV (com períodos de tempo aplicáveis) (continuação)
Módulo Conteúdos Período de tempo
Módulo E Transtorno por Uso de Álcool Atual (nos últimos 12 meses)
Transtornos por Uso de Transtorno por Uso de Sedativos, Hipnóti- Atual (nos últimos 12 meses)
Substâncias cos ou Ansiolíticos
Transtorno por Uso de Cannabis Atual (nos últimos 12 meses)
Transtorno por Uso de Estimulantes Atual (nos últimos 12 meses)
Transtorno por Uso de Opioides Atual (nos últimos 12 meses)
Transtorno por Uso de Fenciclidina e de Atual (nos últimos 12 meses)
Substâncias Relacionadas
Transtorno por Uso de Outros Alucinógenos Atual (nos últimos 12 meses)
Transtorno por Uso de Inalantes Atual (nos últimos 12 meses)
Transtorno por Uso de Outra Substância (ou Atual (nos últimos 12 meses)
Substância Desconhecida)
Módulo F Transtorno de Pânico Atual (último mês) e Anterior
Transtornos de Ansiedade Agorafobia Atual (nos últimos seis meses)
Transtorno de Ansiedade Social Atual (nos últimos seis meses)
Transtorno de Ansiedade Generalizada Atual (nos últimos seis meses)
Transtorno de Ansiedade Devido a OCM Ao longo da vida
Transtorno de Ansiedade Induzido por Subs- Ao longo da vida
tância/Medicamento
Módulo G Transtorno Obsessivo-compulsivo Atual (último mês)
Transtorno Obsessivo- Transtorno Obsessivo-compulsivo e Trans- Ao longo da vida
compulsivo e Transtorno torno Relacionado Devido a OCM
de Estresse Pós-traumá- Transtorno Obsessivo-compulsivo e Ao longo da vida
tico Transtorno Relacionado Induzido por
Substância/ Medicamento
Transtorno de Estresse Pós-traumático Atual (último mês) e Anterior
Módulo H Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperati- Atual (nos últimos seis meses)
Transtorno de Déficit de vidade
Atenção/Hiperatividade
em Adultos
Módulo I Transtorno Disfórico Pré-menstrual Nota: Embora a avaliação seja para os
Rastreamento de Outros Fobia Específica transtornos atuais, os critérios diagnósti-
Transtornos Atuais Transtorno de Ansiedade de Separação cos não são fornecidos para esses trans-
Transtorno de Acumulação tornos na SCID-5-CV.
Transtorno Dismórfico Corporal
Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o
Cabelo)
Transtorno de Escoriação (Skin-picking)
Transtorno de Insônia
Transtorno de Hipersonolência
Anorexia Nervosa
Bulimia Nervosa
Transtorno de Compulsão Alimentar
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo
Transtorno de Sintomas Somáticos
Transtorno de Ansiedade de Doença
Transtorno Explosivo Intermitente
Transtorno do Jogo
Módulo J Transtorno de Adaptação Atual (nos últimos seis meses)
Transtorno de Adaptação

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8 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

5. Características Básicas da SCID-5-CV


5.1 Visão geral
A SCID começa com uma Visão Geral aberta do transtorno atual e de episódios an-
teriores de psicopatologia, antes de levar o clínico a questionar sistematicamente so-
bre a presença ou a ausência de itens de critérios particulares do DSM-5. Essa Visão
Geral fornece oportunidades para ouvir o paciente descrever quaisquer dificuldades
com as suas próprias palavras e coletar informações que podem não ser tratadas no
curso da avaliação de critérios diagnósticos específicos (p. ex., história de tratamen-
to, funcionamento ocupacional e social, contexto dos sintomas em desenvolvimen-
to). Ao final da Visão Geral, o clínico deve ter reunido informação suficiente para for-
mular uma lista de diagnósticos provisórios, que serão excluídos ou substanciados
pelos módulos diagnósticos.

5.2 Fluxo diagnóstico


A sequência de perguntas na SCID-5-CV é elaborada para aproximar-se do proces-
so de diagnóstico diferencial de um clínico experiente. À medida que a entrevista
avança e os critérios diagnósticos do DSM-5 incorporados à SCID são avaliados, o
clínico está, na prática, testando continuamente as hipóteses diagnósticas. Observe
que, para alguns transtornos, os critérios diagnósticos não estão listados na mesma
ordem do DSM-5: eles foram reordenados para tornar a entrevista mais eficiente ou
fácil de usar. Por exemplo, o Critério D para Esquizofrenia está listado logo após
do Critério A para permitir que o clínico descarte imediatamente essa doença se a
relação temporal entre os sintomas psicóticos e de humor não for consistente com tal
diagnóstico.

5.3 Classificações
Embora perguntas estruturadas específicas sejam fornecidas para ajudar a extrair
informações diagnósticas, é importante ter em mente o fato de que as classifica-
ções na SCID-5-CV refletem a presença ou a ausência dos critérios diagnósticos do
DSM-5, e não necessariamente as respostas do paciente às perguntas da SCID. As
classificações na SCID-5-CV são descritas a seguir e definidas mais detalhadamente
na Seção 7.4 “Classificações dos itens de critério”:
— = Ausente/sublimiar (para um critério sintomático em um continuum).
NÃO = Uma afirmação de critério dicotômica é claramente falsa.
+ = Limiar (para um critério sintomático em um continuum).
SIM = Uma afirmação de critério dicotômica é claramente verdadeira.
A maioria das perguntas da SCID pode ser respondida com um simples “SIM”
ou “NÃO”; contudo, uma resposta “SIM”, sem elaboração, raramente representa in-
formação suficiente para determinar se um critério é satisfeito. Geralmente é neces-
sário pedir ao paciente que elabore ou forneça exemplos específicos para se fazer uma
classificação diagnóstica válida. Por exemplo, uma das questões para um Episódio
Depressivo Maior pergunta se o indivíduo tem tido “problemas para pensar ou se
concentrar”. Se o paciente relata este item como um problema, o clínico deve fazer
investigações subsequentes antes de classificar o critério como “+” para garantir que
as experiências do paciente correspondem ao critério respectivo (i.e., “Tem sido difícil

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA SCID 5 CV 9

tomar decisões sobre coisas cotidianas? [Isso tem interferido em que tipos de coisas?
Quase todos os dias?]”). Uma classificação de “+” deve ser feita apenas após o clínico
considerar que as respostas do paciente satisfazem o critério. Às vezes, isso implica a
reformulação ou a paráfrase da redação do critério para tornar o conceito mais claro
ao paciente. Em outros momentos, o clínico pode achar necessário buscar informações
corroborativas de outras fontes (p. ex., membros da família, registros anteriores).
Lembre-se de que não é necessário que o paciente reconheça a presença do sin-
toma para justificar a classificação de “+” ou a sua ausência para justificar uma clas-
sificação de “–”. (Ver a Seção 7.4: “Classificações dos itens de critério”, para mais
informações sobre como fazer classificações.) A classificação depende, em última
instância, de que o médico faça um julgamento clínico sobre se o critério diagnósti-
co é satisfeito ou não. Se o clínico está confiante de que um sintoma particular está
presente, apesar de o paciente negá-lo, ele pode desafiar sutilmente a resposta ou
até codificar o sintoma como presente (“+”) caso tenha evidências suficientes que
permitam fazê-lo (p. ex., um paciente que afirma que passar duas horas por dia em
um ritual de lavar as mãos não é excessivo ou irracional). Em contrapartida, se o
clínico duvidar de que um sintoma está presente, mesmo depois de ouvir o paciente
descrevê-lo, o item deve ser classificado como ausente ou subclínico (“–”).

5.4 Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico


Enquanto a SCID-5-CV é aplicada, o clínico preenche a Ficha de Pontuação do Sumário
Diagnóstico (páginas 160-165), indicando aqueles diagnósticos do DSM-5 feitos durante
a entrevista. A Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico inclui os códigos diagnósti-
cos correspondentes da CID-10-MC para cada diagnóstico. Os diagnósticos do DSM-5
são listados, em geral, na ordem em que são feitos durante o curso da avaliação da
SCID-5-CV. O clínico indica os diagnósticos relevantes do DSM-5, os especificadores/
subtipos codificados e se os critérios são satisfeitos atualmente ou apenas no passado ao
marcar a caixa adequada na Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico da SCID-5-CV.
Para aqueles transtornos precedidos por duas caixas de seleção (p. ex., Esquizo-
frenia, Transtorno de Pânico, TEPT), a caixa da esquerda (“Atual”) deve ser marcada
se os critérios foram satisfeitos atualmente, e a da direita (“História anterior”) deve
ser marcada se os critérios foram satisfeitos apenas no passado. Para os transtornos
de humor episódicos (i.e., Transtorno Bipolar Tipo I, Transtorno Bipolar Tipo II, Trans-
torno Depressivo Maior), a caixa da esquerda (“Atual”) deve ser marcada para aque-
les especificadores de gravidade que estão atualmente presentes (i.e., leve, moderado,
grave, com características psicóticas), e a caixa da direita (“História anterior”) deve
ser marcada para aqueles diagnósticos em remissão parcial ou em remissão completa.
Para aqueles transtornos precedidos por uma única caixa na coluna à esquerda (i.e.,
“Atual”, ou “Nos últimos 12 meses”), esta deve ser marcada se os critérios são atual-
mente satisfeitos durante o período de tempo indicado (p. ex., os últimos 12 meses).
Para aqueles transtornos (p. ex., Transtorno Psicótico Devido a Outra Condição Médi-
ca ou Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento) precedidos por
uma única caixa (“Ao longo da vida”) na coluna à direita, esta deve ser marcada se o
transtorno esteve presente ao longo da vida do paciente. Observe que, por causa da
complexidade dos códigos diagnósticos para os transtornos mentais induzidos por
substância/medicamento, os quais dependem da classe da substância e da gravidade
de um transtorno comórbido por uso de substâncias, o código diagnóstico aplicável
deve ser inscrito pelo clínico depois de consultar a tabela de codificação apropriada,

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10 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

na página 165, conforme mencionado na nota de rodapé correspondente. Por exem-


plo, para indicar um Transtorno Depressivo que julga-se ser devido ao uso de cocaí-
na em um indivíduo com um transtorno grave por uso dessa substância, o clínico
marcaria a caixa “Ao longo da vida” que precede o Transtorno Depressivo Induzido
por Substância/Medicamento e indicaria que a substância etiológica foi a cocaína e o
código diagnóstico foi F14.24, de acordo com a tabela de codificação da página 165.

5.5 Fontes de informação


O clínico deve usar todos os recursos de informação disponíveis sobre o paciente ao
fazer as classificações. Isso pode incluir notas de encaminhamento e as observações
de membros da família e amigos. Em alguns casos, o clínico talvez necessite desafiar
sutilmente um paciente com relação a discrepâncias entre o seu relato e o de ou-
tras fontes de informação. Se o indivíduo não oferece uma história adequada (p. ex.,
um paciente hospitalizado com sintomas psicóticos agudos e agitação, um paciente
crônico com prejuízo cognitivo), muitas das informações podem precisar ser extraí-
das dos registros médicos ou de outras fontes. Antes de começar a entrevistar um
indivíduo assim, o clínico deve revisar seus registros médicos, anotar os sintomas
e as datas de hospitalizações anteriores no tópico História de Tratamento na seção
Visão Geral (página 166) e registrar os sintomas pertinentes na seção apropriada da
SCID-5-CV (p. ex., registrar sintomas psicóticos no Módulo B).
Em casos assim, a SCID não é tanto um guia de entrevista quanto um lugar para
registrar sistematicamente sintomas que tenham sido documentados nos registros
do paciente.

6. Aplicação da SCID-5-CV
Habitualmente, a SCID-5-CV é aplicada em uma única sessão e, em geral, leva de
45 a 90 minutos, dependendo da complexidade da história psiquiátrica e da capaci-
dade do paciente de descrever a sua psicopatologia de forma sucinta. Casos parti-
cularmente complexos podem levar até 3 horas. Em algumas situações, pode haver
a necessidade de a SCID-5-CV ser aplicada ao longo de múltiplas sessões. Se infor-
mações adicionais se tornarem disponíveis após a entrevista ser concluída, o clínico
deve modificar os dados da SCID de acordo.
A aplicação da SCID por videoconferência foi comparada à avaliação face a face
dentro de uma comunidade indígena estadunidense em um estudo realizado por Sho-
re e colaboradores (2007).* O estudo constatou que a avaliação da SCID por meio da
videoconferência interativa ao vivo não difere significativamente daquela feita face a
face.

* N. de R.T. No Brasil, Crippa e colaboradores (2008) realizaram um estudo que avaliou a confiabilidade da SCID
(DSM-IV) aplicada “ao vivo e por telefone" em pacientes com ansiedade social, evidenciando excelente nível de
acordo. Crippa JA, de Lima Osório F, Del-Ben CM, Filho AS, da Silva Freitas MC, Loureiro SR. Comparability
between telephone and face-to-face structured clinical interview for DSM-IV in assessing social anxiety disorder.
Perspect Psychiatr Care. 2008; 44(4):241-7.

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CONVENÇÕES E UTILIZAÇÃO DA SCID 5 CV 11

7. Convenções e Utilização da SCID-5-CV


Nota: Recomenda-se que você tenha uma cópia da SCID-5-CV à sua frente enquanto
estiver revisando as próximas seções.

7.1 Rótulos de item


Cada item classificado na SCID-5-CV recebeu um rótulo que consiste em uma letra
maiúscula (indicando o módulo da SCID-5-CV) e um número. Esses rótulos, que
aparecem à esquerda e à direita de cada item na SCID-5-CV, servem a diversos pro-
pósitos.
• Antes de qualquer coisa, são usados para controlar o fluxo diagnóstico ao longo
da SCID-5-CV. Todas as instruções para pular partes da SCID-5-CV usam esses
rótulos de item como locais de destino para informar o clínico sobre onde con-
tinuar a entrevista. No exemplo a seguir, que mostra as perguntas e a classifica-
ção para o Critério A no Episódio Hipomaníaco Atual (rótulo de item A41), se
o clínico faz uma classificação “–”, ele é instruído a pular para a página 181 da
entrevista e continuar com a avaliação do Episódio Maníaco Anterior (começan-
do com o rótulo de item A54).

O período em que você estava se senndo (elevado/irritável/ A. Um período disnto de humor anormal e — + A41
A41 TERMOS PRÓPRIOS DO PACIENTE) durou mais do que quatro persistentemente elevado, expansivo ou irritável e
dias? Isso durou a maior parte do dia, quase todos os dias? aumento anormal e persistente da avidade ou
Connue com A54
energia, com duração mínima de quatro dias
(Episódio Maníaco
Você teve mais de um período como esse (UM MÊS consecuvos e presente na maior parte do dia,
Anterior), página 181.
ATRÁS)? (Qual foi o mais extremo?) quase todos os dias.

• Os rótulos são frequentemente usados com o objetivo de referenciar as loca-


lizações de itens nas instruções da SCID-5-CV para o clínico. Por exemplo, a
instrução para a avaliação dos itens do Critério B no Episódio Maníaco Anterior
informa o clínico de que “PARA A56 a A62, CONCENTRE-SE NO PERÍODO
MAIS GRAVE DO EPISÓDIO SOBRE O QUAL VOCÊ ESTÁ INQUIRINDO”.
Os rótulos de item A56–A62 referenciados correspondem aos critérios do episó-
dio maníaco específico em questão.
• As classificações para uma variedade de critérios diagnósticos, especialmente
aqueles dos Módulos C e D, dependem das classificações dos itens anteriores.
Por exemplo, o Critério A para Esquizofrenia no Módulo C (dois ou mais dos
seguintes: delírios, alucinações...) depende das classificações dos sintomas psi-
cóticos no Módulo B. Consequentemente, cada componente do Critério A para
Esquizofrenia leva o clínico de volta às classificações relevantes feitas no Módu-
lo B (p. ex., “1. Delírios [B1–B13], 2. Alucinações [B14–B19]...”).
• Por fim, os rótulos de item podem ser úteis nas situações em que os dados da
SCID-5-CV estão sendo inseridos em uma base de dados computadorizada. Ao
se adotar esses rótulos de item como nomes de variáveis no programa compu-
tacional, os dados da SCID podem ser mais facilmente comparados a outras
bases de dados da SCID que foram configuradas com o uso dessa convenção de
nomenclatura para os campos de dados.

Livro_SCID-5-VC.indb 11 12/06/17 16:56


12 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

7.2 Formato de três colunas para os Módulos A, B, E, F, G, H e J


Nos Módulos A, B, E, F, G, H e J, a coluna à esquerda de cada página consiste em per-
guntas de entrevista da SCID-5-CV (em negrito) e orientações (em letras maiúsculas)
para o clínico. Os critérios diagnósticos do DSM-5 aos quais as perguntas de entrevista
se referem estão na coluna central da página. A coluna à direita de cada página contém
os códigos para a classificação dos critérios. Na extrema esquerda e na extrema direita,
em pequenas caixas, estão os rótulos de item descritos na Seção 7.1, “Rótulos de item”.

7.3 Perguntas da SCID


7.3.1 Perguntas feitas de forma literal
As perguntas da SCID que não estão entre parênteses devem ser feitas de forma
literal a cada paciente. A única exceção a essa regra básica da SCID está naqueles
exemplos em que o indivíduo já forneceu as informações necessárias na entrevista
SCID-5-CV. Por exemplo, se durante a Visão Geral o paciente afirma que a razão de
ter vindo à clínica é o fato de que tem andado muito deprimido nos últimos meses,
o clínico, então, não faria a pergunta inicial do Módulo A de forma literal: “...você já
teve um período de tempo em que se sentiu deprimido ou abatido pela maior parte
do dia, quase todos os dias?”. Nesses exemplos, entretanto, o clínico NÃO deveria
simplesmente assumir que o sintoma está presente e codificar o item como “+” sem
pedir confirmação, porque algum aspecto do critério pode não ter sido explorado de
maneira adequada (p. ex., sua duração ou persistência pela maior parte do dia, quase
todos os dias). Em vez disso, o profissional deveria confirmar as informações já obti-
das parafraseando a pergunta original. Por exemplo, ele pode dizer: “Você já me disse
que vem se sentindo deprimido nos últimos meses. Houve um período de duas se-
manas em que você esteve deprimido pela maior parte do dia, quase todos os dias?”.

7.3.2 Perguntas colocadas entre parênteses


A convenção da SCID é a de que as perguntas entre parênteses devem ser feitas
quando for necessário esclarecer as respostas e podem ser puladas se o clínico já sabe
a sua resposta ou se tem informações suficientes para classificar o critério como “+”.
Por exemplo, a pergunta inicial para o item “aumento da atividade dirigida a obje-
tivos” (Critério B6, rótulo de item A36) no Episódio Maníaco questiona o paciente
sobre como ele passou o seu tempo. Se o indivíduo fornece um relato detalhado de
comportamento que satisfaz claramente esse critério, não há necessidade de fazer as
perguntas adicionais entre parênteses, como “Você ficou mais sociável durante esse
período, ligou para os amigos, saiu com eles mais do que o habitual ou fez muitas
amizades novas?”. Se, entretanto, a resposta do paciente à pergunta inicial não for
suficientemente detalhada para determinar se o critério é satisfeito ou não, o clínico
deve fazer quantas perguntas entre parênteses forem necessárias para conseguir rea-
lizar a classificação.
O fato de a pergunta estar entre parênteses não implica que a informação que
ela visa extrair seja menos crucial. Por exemplo, o primeiro item (Critério A1, rótulo
de item A1) no Episódio Depressivo Maior inclui a indagação “Cerca de duas se-
manas?” entre parênteses. A não ser que o paciente mencione a duração do humor
deprimido, o clínico deve perguntar se o episódio durou cerca de duas semanas,
porque essa duração de humor deprimido é uma exigência crucial para classificar
esse sintoma como presente.

Livro_SCID-5-VC.indb 12 12/06/17 16:56


CONVENÇÕES E UTILIZAÇÃO DA SCID 5 CV 13

7.3.3 “TERMOS DO PRÓPRIO PACIENTE” (e outras expressões em maiúsculas,


como “SINTOMAS AGORAFÓBICOS”)
Muitas das questões da SCID contêm expressões inteiramente em maiúsculas entre
parênteses, como “(TERMOS DO PRÓPRIO PACIENTE)”, “(SINTOMAS AGORA-
FÓBICOS)” e assim por diante. Essa convenção indica que o clínico deve modificar a
pergunta e inserir palavras específicas do paciente no lugar dessas designações. Para
“TERMOS DO PRÓPRIO PACIENTE”, o profissional deveria inserir as palavras que
o indivíduo vem utilizando para descrever o sintoma particular. Por exemplo, se o
paciente se refere ao Episódio Maníaco como “quando eu estava ligado”, então o clí-
nico deve reformular a pergunta “quando você ficou mais (elevado/irritável/TER-
MOS PRÓPRIOS DO PACIENTE)?” para “quando você ficou mais ligado?”. Para
expressões como “(SINTOMAS AGORAFÓBICOS)”, o profissional deveria inserir
os sintomas particulares que o paciente relatou durante o curso da entrevista. Por
exemplo, a pergunta correspondente ao Critério G (o critério de relevância clínica;
rótulo de item F29) para Agorafobia questiona: “Que efeito os (SINTOMAS AGORA-
FÓBICOS) tiveram em sua vida?”. Nessa circunstância, o clínico deveria inserir os
sintomas agorafóbicos já reconhecidos na pergunta (p. ex., “Que efeito teve em sua
vida o fato de não ser capaz de dirigir sobre pontes ou ir a lojas lotadas?”).

7.3.4 “UM MÊS ATRÁS” (e outros intervalos de tempo inteiramente


em letras maiúsculas)
Os estudos sobre memória e recordação demonstraram que os indivíduos são mais
precisos em seus relatos de eventos se as perguntas forem ancoradas em datas pas-
sadas específicas, em vez de ancorá-las a intervalos de tempo gerais. Por essa razão,
as perguntas que indagam sobre a presença de um sintoma durante um intervalo
de tempo particular (p. ex., “Durante o último mês”) foram aumentadas ou substi-
tuídas por uma expressão como “desde (UM MÊS ATRÁS)”, exigindo que o clínico
use a data exata na pergunta. Por exemplo, ao determinar se os critérios para Episó-
dio Maníaco no Transtorno Bipolar Tipo I são atualmente satisfeitos (rótulo de item
D17), a pergunta da SCID é “Durante o último mês, desde (UM MÊS ATRÁS), você
teve (SINTOMAS MANÍACOS CLASSIFICADOS COMO “+”)?”. Para uma entre-
vista SCID sendo realizada em 15 de dezembro, o clínico traduziria isso dessa forma:
“Durante o último mês, desde a metade de novembro, você teve sintomas como não
precisar dormir, ser muito loquaz, ter muita energia, ter pensamentos acelerados ou
ser distraído facilmente?”.

7.4 Classificações dos itens de critério


A maioria dos critérios do DSM-5 exige que um sinal, um sintoma ou um achado
psiquiátrico esteja presente em um nível suficiente de gravidade, persistência ou
duração a fim de ser contabilizado para o diagnóstico. Para esses itens, a SCID-5-CV
oferece duas classificações possíveis: “– = ausente/sublimiar” e “+ = limiar”. En-
tretanto, outros critérios, como aqueles que invocam regras de exclusão diagnós-
tica (p. ex., “não é mais bem explicada por outro transtorno mental”), bem como
enunciados algorítmicos (p. ex., “PELO MENOS TRÊS ITENS DO CRITÉRIO A SÃO
CODIFICADOS COMO “+”), têm apenas duas classificações possíveis disponíveis:
“NÃO” e “SIM”. As classificações da SCID-5-CV são explicadas da seguinte maneira:

Livro_SCID-5-VC.indb 13 12/06/17 16:56


14 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

– = ausente/sublimiar: O sintoma descrito no critério está claramente au-


sente (p. ex., sem perda ou ganho significativo de peso, ou diminui-
ção ou aumento no apetite) ou é sublimiar (p. ex., o paciente esteve
deprimido por apenas sete dias, em vez do mínimo exigido de duas
semanas; o paciente relata perda de interesse em apenas algumas ativi-
dades, mas não em “quase todas as atividades”, como é o exigido).
NÃO = A afirmação de critério é claramente falsa (p. ex., para um critério na
forma de “a perturbação não é mais bem explicada por outro transtor-
no mental”, use o código “NÃO” para situações em que o clínico deci-
de que a condição é mais bem explicada por outro transtorno mental).
+ = limiar: O limiar para o critério é apenas satisfeito (p. ex., o paciente re-
lata que esteve deprimido por duas semanas) ou mais do que satisfeito
(p. ex., o paciente relata que esteve deprimido por vários meses).
SIM = A afirmação do critério é claramente verdadeira (p. ex., ao menos três
sintomas do Critério B são classificados como “+”).

7.5 Formato das notas


A formatação das notas dentro da SCID-5-CV transmite significados particulares.
“Nota”, em negrito, reflete a inclusão de tais notas conforme o que está contido
nos critérios do DSM-5. Outras notas ao longo de toda a SCID-5-CV estão em itá-
lico, com “NOTA” em letras maiúsculas; essas notas indicam instruções ou orien-
tação específicas para a classificação dos critérios ou para a condução da entrevista
SCID-5-CV.

7.6 Registrando informações descritivas


Para a maior parte dos itens, o clínico deve pedir ao paciente que forneça detalhes
específicos de pensamentos, sentimentos e comportamentos para apoiar as classifi-
cações do critério. Essas informações devem ser registradas na SCID a fim de docu-
mentar aquelas que foram usadas para justificar a classificação do profissional. Para
aqueles critérios em que a documentação de informações específicas é particular-
mente importante, a palavra “DESCREVA” aparece abaixo do critério. O clínico deve
rotular claramente as informações na SCID que foram obtidas de fontes que não o
paciente (p. ex., prontuários, informante).

7.7 Pular instruções


Ao transitar pela entrevista SCID, a regra é sempre ir para o próximo item, salvo
quando há instruções em contrário. Esse fluxo sequencial de “um item de cada vez”
é alterado por instruções que tornam mais fácil pular critérios diagnósticos que não
precisam mais ser avaliados (i.e., porque os critérios para o transtorno não podem
mais ser satisfeitos) ou não são mais relevantes (p. ex., pular a avaliação de Transtor-
no Depressivo Persistente porque os critérios já foram satisfeitos para um Episódio
Maníaco ou Hipomaníaco).
Essas instruções para pular aparecem em três formatos básicos:
1. No início de uma seção: Muitas seções têm instruções que informam o clínico
das condições sob as quais a seção inteira pode ser pulada. Por exemplo, a ava-

Livro_SCID-5-VC.indb 14 12/06/17 16:56


CONVENÇÕES E UTILIZAÇÃO DA SCID 5 CV 15

liação do Transtorno Depressivo Persistente no Módulo A, página 188, começa


com a seguinte instrução:

SE: JÁ HOUVE UM EPISÓDIO MANÍACO OU HIPOMANÍACO (não decorrente de uma CMG ou substância/medicamento), PULE A AVALIAÇÃO
DE TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE E CONTINUE COM B1 (SINTOMAS PSICÓTICOS), página 190.

O clínico avalia o enunciado condicional (i.e., se houve quaisquer Episódios


Maníacos ou Hipomaníacos) e, se for verdadeiro, ele continua a SCID-5-CV com o
rótulo de item B1, o primeiro item na avaliação do Módulo B (Sintomas psicóticos e
associados).
2. Sob um conjunto de classificações: Nesses casos, uma instrução para pular é
indicada na coluna à direita, onde as classificações são feitas, mais comumente
em uma caixa de texto suspensa a partir da classificação de “–”. Essa conven-
ção é usada para permitir que o clínico pule uma seção diagnóstica quando o
critério em avaliação é julgado como ausente/sublimiar ou falso. O clínico deve
seguir a linha vertical até a caixa que contém a instrução para pular, que diz
para pular para o rótulo de item especificado na página especificada e continuar
a entrevista daquele ponto em diante.

F25 Você quase sempre se sente amedrontado ou ansioso C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam — + F25
quando está nas (SITUAÇÕES EVITADAS)? medo ou ansiedade.
Vá para F32
(Transtorno de
Ansiedade Social),
página 227.

No exemplo acima, tirado da página 225 da avaliação da Agorafobia, se


uma classificação de “–” é dada para o Critério C, o clínico deve pular para o
rótulo de item F32 na página 227 e retomar as perguntas a partir desse ponto.
Observe que isso não indica o diagnóstico de transtorno de Ansiedade So-
cial, apenas dirige o clínico para a avaliação dessa condição. Se uma classifi-
cação de “+” for dada, o clínico deve prosseguir para o próximo item (i.e., o
rótulo de item F26, Critério D em Agorafobia), atendo-se à regra da SCID de
que, a não ser que haja uma instrução em contrário, se deve sempre continuar
com o próximo item.
Em alguns casos, em vez de haver uma caixa de texto (com uma instru-
ção para pular) suspensa a partir de uma classificação de “–”, há uma seta que
aponta para uma caixa que contém uma pergunta adicional. Esse mecanismo
é utilizado com frequência na avaliação de transtornos episódicos (p. ex., Epi-
sódios Depressivos Maiores, Episódios Maníacos, Episódios Hipomaníacos ao
longo da vida) como uma maneira de fazer o clínico considerar se há episódios
diferentes daquele que foi inicialmente selecionado para a avaliação e que de-
vam ser avaliados uma vez que os critérios não foram satisfeitos pelo episódio
selecionado. Por exemplo, na avaliação do Episódio Depressivo Maior Anterior
(rótulo de item A25), se o clínico classifica com um “–” no critério de relevância
clínica (indicando que o episódio anterior selecionado não causou sofrimento
ou prejuízo significativos), ele deve seguir a seta a partir de baixo da classifi-
cação “–”, que leva à pergunta adicional sobre a existência de quaisquer outros
episódios que causaram ainda mais sofrimento ou prejuízo.

Livro_SCID-5-VC.indb 15 12/06/17 16:56


16 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

SE NÃO ESTIVER CLARO: Que efeito os (SINTOMAS B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente — +
A25 DEPRESSIVOS) veram em sua vida? significavo ou prejuízo no funcionamento social, A25
profissional ou em outras áreas importantes do
FAÇA AS SEGUINTES PERGUNTAS APENAS QUANDO
funcionamento.
FOR NECESSÁRIO:

Houve alguma outra vez que você esteve (deprimido/TERMOS PRÓPRIOS DO PACIENTE) e isso causou ainda mais Connue
problemas do que a vez sobre a qual acabei de perguntar? com A26
(Critério C),
SE A RESPOSTA FOR SIM: Volte para A15, página 172, e avalie os sintomas para esse episódio. a seguir.

SE A RESPOSTA FOR NÃO: Connue com A29 (Episódio Maníaco Atual), página 176.

3. Como uma instrução no meio da avaliação de um transtorno: Instruções para


pular são, às vezes, indicadas por letras maiúsculas no meio de uma avaliação
diagnóstica de um transtorno. Por exemplo, na conclusão da avaliação de his-
tória de consumo de drogas (rótulos de item E15a–E22a), na página 216, há a
seguinte instrução:

SE QUALQUER CLASSE DE DROGAS ILEGAIS OU RECREATIVAS FOI USADA POR PELO MENOS SEIS VEZES NOS ÚLTIMOS 12 MESES, OU
HOUVE ABUSO DE MEDICAMENTOS PRESCRITOS/VSPM DURANTE OS ÚLTIMOS 12 MESES (P. EX., TOMAR MAIS DO QUE O PRESCRITO
OU RECOMENDADO, CONSULTAR VÁRIOS MÉDICOS PARA OBTER PRESCRIÇÕES), VÁ PARA E23 (Transtorno por Uso de Substâncias Não
Alcoólicas nos úlmos 12 meses), página 217.
DO CONTRÁRIO (I. E., NENHUMA DROGA FOI USADA PELO MENOS SEIS VEZES E NÃO HÁ EVIDÊNCIAS DE ABUSO DE MEDICAMENTOS
PRESCRITOS/VSPM), vá para F1 (Transtorno de Pânico), página 222.

Nesse caso, o clínico revisa a história de uso para cada uma das classes de
drogas e considera se uma droga ilegal ou recreativa foi usada pelo menos seis
vezes nos últimos 12 meses, ou se o paciente abusou de qualquer medicamen-
to prescrito ou vendido sem prescrição médica. Do contrário, o profissional é
instruído a pular para a avaliação de Transtorno de Pânico, começando com o
rótulo de item F1, na página 222.

7.8 Formato da árvore de decisão para os Módulos C e D


O Módulo C (Diagnóstico Diferencial de Transtornos Psicóticos) e o Módulo D
(Diagnóstico Diferencial de Transtornos do Humor) usam um formato de árvore de
decisão, em contraste com outros módulos, que usam o formato de três colunas an-
teriormente descrito. Cada critério está contido em uma caixa de decisão, com duas
setas, uma rotulada “SIM” e a outra rotulada “NÃO”, que conduzem para fora dela.
O clínico avalia o critério na caixa com base nas informações sobre sintomas obtidas
nos Módulos A e B. Em alguns casos, informações adicionais podem ser necessárias
para avaliar os critérios, e perguntas de entrevistas adicionais são fornecidas para
maior esclarecimento. Se o critério estiver presente, o profissional classifica o item
com “SIM” circulando a palavra “SIM” na SCID-5-CV, e segue a seta “SIM”, até a
próxima caixa; se o critério estiver ausente, o clínico classifica o item com “NÃO”,
circulando a palavra “NÃO” na SCID-5-CV, e segue a seta “NÃO” até a próxima
caixa.
O exemplo a seguir vem da avaliação do Transtorno Delirante e ilustra a avalia-
ção do Critério B, rótulo de item C14, na página 199:

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CONVENÇÕES E UTILIZAÇÃO DA SCID 5 CV 17

C14 B. O Critério A para Esquizofrenia [C2] jamais foi atendido.


Nota: Alucinações, quando presentes, não são proeminentes e têm relação com o tema do delírio (p. ex., a sensação de estar
infestado de insetos associada a delírios de infestação).

SIM NÃO Vá para C22 (Outro Transtorno Psicóco C14


Especificado), página 201.

O clínico avalia o Critério B após fazer uma classificação “SIM” do Critério A


(rótulo de item C13). Se o Critério B for verdadeiro (i.e., o Critério A para Esquizofre-
nia jamais foi satisfeito), o clínico circula a classificação “SIM” para o rótulo de item
C14 e continua com a avaliação do Critério C no rótulo de item C15. Se o Critério B
for falso (i.e., o Critério A para Esquizofrenia foi satisfeito), o profissional circula a
classificação “NÃO” para o rótulo de item C14 e continua com o rótulo de item C22
(Outro Transtorno Psicótico Especificado), na página 201.

7.9 Múltiplas frases em conjuntos de critérios


Muitos dos critérios diagnósticos do DSM-5 contêm múltiplas frases que são unidas
por “OU” (p. ex., existe um desejo persistente OU esforços malsucedidos no sentido
de reduzir ou controlar o uso de álcool). Uma classificação de “+” para o critério é
feita se QUALQUER UMA das frases for julgada presente. Normalmente, há múlti-
plas perguntas de entrevista SCID para esses critérios, com questões subsequentes
após a pergunta inicial precedidas por “SE A RESPOSTA FOR NÃO”. Entretanto,
para maximizar a eficiência da entrevista, o clínico necessita apenas fazer as pergun-
tas adicionais se a primeira parte do critério for considerada ausente. No exemplo
a seguir, se o paciente responde “SIM” à primeira pergunta e fornece exemplos que
apoiam a sua resposta, o item pode ser classificado como “+” sem que o clínico tenha
de perguntar se o paciente estava bebendo por um período de tempo maior que o
pretendido.

E2 Durante os úlmos 12 meses...

...depois de começar a beber, você achou que acabou 1. Álcool é frequentemente consumido em maiores — + E2
bebendo muito mais do que pretendia? Por exemplo, você quandades OU por um período mais longo do que o
planejava tomar apenas uma ou duas doses, mas acabou pretendido.
bebendo muito mais. (Conte-me sobre isso. Com que
frequência isso aconteceu?)

SE A RESPOSTA FOR NÃO: E quanto a beber por um


período de tempo muito maior do que você estava
pretendendo?

Observe que, para alguns critérios, particularmente aqueles em que cada um


dos subcomponentes do critério é de importância clínica (p. ex., aqueles no conjunto
de critérios do Episódio Depressivo Maior), o clínico deve fazer todas as perguntas
correspondentes aos componentes dos critérios, independentemente de a pergunta
correspondente à parte inicial do critério ter sido respondida com “SIM” ou “NÃO”.
Por exemplo, embora o Critério A7 do Episódio Depressivo Maior (rótulo de item
A7) exija sentimentos de inutilidade OU culpa excessiva ou inapropriada, as per-
guntas são fornecidas para avaliar ambos os componentes por causa da importância
clínica dos dois sintomas.

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18 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

A7 ...você tem do senmentos de inulidade? 7. Senmentos de inulidade ou culpa excessiva ou — + A7


inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos
E tem se sendo culpado em relação às coisas que você fez os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa
ou deixou de fazer? por estar doente).
SE A RESPOSTA FOR SIM: Que pos de coisas? (E isso é
apenas porque você não consegue tomar conta das
coisas, já que tem estado doente?)
SE A RESPOSTA FOR SIM PARA UMA DAS PERGUNTAS
ACIMA: Quase todos os dias?

7.10 Colchetes que indicam perguntas mutuamente excludentes


Os pares de perguntas mutuamente excludentes são indicados por um colchete co-
nectando o par de questões no lado esquerdo da página. Em tais situações, o clí-
nico decide qual das perguntas do par deve ser lida em seguida, ao examinar os
enunciados condicionais em maiúsculas, para ver qual das duas questões se aplica.
Por exemplo, na avaliação do Episódio Depressivo Maior (rótulo de item A2, pá-
gina 169), a pergunta para o item perda de interesse (Critério A2) começa com o
seguinte par de perguntas mutuamente excludentes:

SE O ITEM ANTERIOR FOI CLASSIFICADO COMO “+”: 2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em — +
A2 Durante esse período, você senu menos interesse ou todas, ou quase todas, as avidades na maior parte A2
prazer com coisas de que normalmente gosta? do dia, quase todos os dias (conforme indicado por
(Como foi isso?) relato subjevo ou por observação feita por outras
SE O ITEM ANTERIOR FOI CLASSIFICADO COMO “—”: pessoas).
E houve algum período desde (UM MÊS ATRÁS) em que
você perdeu o interesse ou o prazer por coisas de
que normalmente gosta? (Como foi isso?)

Nesse caso, a seleção da versão particular da pergunta sobre a perda de interes-


se depende da classificação dada ao item humor deprimido do Critério A1 (rótulo de
item A1). Se o item humor deprimido for classificado como “+”, a primeira seleção
é feita (i.e., determina-se se houve ou não perda de interesse durante o período de
duas semanas de humor deprimido). Se o item humor deprimido for classificado
como “–” (indicando que não houve período de duas semanas de humor deprimi-
do), então a versão alternativa da pergunta sobre a perda de interesse deveria ser
feita, estabelecendo se houve ou não um período de duas semanas de interesse ou
prazer diminuído durante o último mês.

7.11 Devido a condição médica geral, induzido por substância/


medicamento ou primário
A maioria dos diagnósticos tratados na SCID-5-CV inclui um critério que exige que
o clínico decida se a psicopatologia é ou não causada pelos efeitos diretos de uma
condição médica geral (CMG) ou do uso de substância/medicamento sobre o siste-
ma nervoso central (p. ex., “a perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de
uma substância [p. ex., uma droga de abuso, um medicamento] ou a outra condição
médica”). Se o clínico determina que a perturbação não se deve aos efeitos fisioló-
gicos diretos de uma CMG ou do uso de substância/medicamento, os sintomas são
considerados primários, e o profissional passa para o próximo item (o que, mais

Livro_SCID-5-VC.indb 18 12/06/17 16:56


CONVENÇÕES E UTILIZAÇÃO DA SCID 5 CV 19

comumente, resulta em fazer o diagnóstico, pois o critério de “exclusão orgânica”


costuma ser o último item no conjunto de critérios). Se, em vez disso, o clínico julgar
que os sintomas são de fato devidos aos efeitos diretos de uma CMG ou do uso de
substância/medicamento, ele é instruído a pular a avaliação e diagnosticar o Trans-
torno Mental Devido a Outra Condição Médica ou Transtorno Mental Induzido por
Substância/Medicamento apropriado, bem como indicar o transtorno correspon-
dente (e o código diagnóstico da CID-10-MC correspondente) na Ficha de Pontuação
do Sumário Diagnóstico. (Ver Seção 9, “Diferenciando Etiologias Médica Geral e de
Substância/Medicamento de Transtornos Primários” para diretrizes sobre como o
clínico deve fazer essa determinação.)
Por exemplo, ao avaliar os critérios para um Episódio Depressivo Maior, o profis-
sional vai até o rótulo de item A12, Critério C (“não atribuível aos efeitos fisiológicos
de uma substância [p. ex., uma droga de abuso, um medicamento] ou a outra condição
médica”). Se o clínico decide que a depressão é secundária em relação ao uso de cocaí-
na que ocorre no contexto de um transtorno grave por uso dessa substância, então um
diagnóstico de Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento é feito,
a caixa “Ao longo da vida” é marcada, em frente ao Transtorno Depressivo Induzido
por Substância/Medicamento na Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico, e o clí-
nico ainda indicaria que a substância específica é a cocaína e que o código diagnóstico
é F14.24. Em contrapartida, se o profissional decide que a depressão é primária (ou
independente de substância/medicamento ou de CMG), ele continua com o rótulo de
item A13, na página seguinte (i.e., “Início da depressão (mês/ano)”).

ATENÇÃO USUÁRIOS NOVATOS DA SCID: A dupla negativa neste critério é uma fon-
te comum de confusão; o critério de exclusão É SATISFEITO (classificado como “SIM”)
se a perturbação NÃO se deve a substância/medicamento ou CMG (i.e., ela é primária) –
diga para si mesmo: “SIM, não há substância/medicamento ou CMG que esteja causando
os sintomas psiquiátricos”. O critério NÃO É SATISFEITO (classificado como “NÃO”) se
NÃO É VERDADE que a perturbação não se deve a um(a) substância/medicamento ou
CMG – diga para si mesmo: “NÃO, há um(a) substância/medicamento ou CMG que está
causando os sintomas psiquiátricos”.

Observe que, ao longo da SCID-5, o termo condição médica geral do DSM-IV foi
mantido para fazer referência a condições médicas não psiquiátricas, em vez do
termo outra condição médica do DSM-5. O termo CMG foi escolhido para evitar que
qualquer confusão surgisse a partir do fato de que o termo “outra condição médica”
poderia ser interpretado como algo que inclui condições psiquiátricas, assim como
condições médicas. Um transtorno psiquiátrico é, na verdade, uma “outra condição
médica” de acordo com a perspectiva do DSM-5, que considera todos os transtor-
nos psiquiátricos como condições médicas. O termo outra condição médica é usado
na SCID-5 apenas quando se refere ao nome de um transtorno do DSM-5 (p. ex.,
Transtorno Depressivo Devido a Outra Condição Médica) ou quando aparece dentro
de um critério diagnóstico do DSM-5 (p. ex., “o episódio não é atribuível aos efeitos
fisiológicos de uma substância [p. ex., uma droga de abuso, um medicamento] ou
outra condição médica”). Instruções mais específicas para determinar se uma pertur-
bação é devida a uma CMG, é induzida por substância/medicamento ou é primária
são encontradas na Seção 9: “Diferenciando Etiologias Médica Geral e de Substân-
cia/Medicamento de Transtornos Primários”.

Livro_SCID-5-VC.indb 19 12/06/17 16:56


20 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

7.12 Consideração de efeitos do tratamento


Os sintomas devem ser codificados como presentes ou ausentes sem quaisquer su-
posições sobre o que estaria presente caso o paciente não estivesse recebendo trata-
mento. Assim, se um indivíduo com Esquizofrenia está tomando 12 mg/dia de ris-
peridona e não está mais delirante ou ouvindo vozes, os sintomas são considerados
como atualmente ausentes para os propósitos de se determinar se o diagnóstico de
Esquizofrenia é “atual”, mesmo se o clínico acredita que, sem o medicamento, as alu-
cinações provavelmente estariam presentes. De maneira semelhante, se um paciente
está tomando um medicamento hipnótico todas as noites e não tem mais problemas
para dormir, a insônia deveria ser codificada como atualmente ausente (“–”) na ava-
liação do Episódio Depressivo Maior Atual.

7.13 Relevância clínica


A maioria dos transtornos da SCID-5 inclui um critério que exige a existência de
prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo antes que um diagnóstico do
DSM-5 possa ser feito. Observe que há dois componentes, prejuízo e sofrimento, e
cada um deles indica relevância clínica. Em geral, é mais direto determinar o que
constitui prejuízo clinicamente significativo do que sofrimento clinicamente signi-
ficativo; portanto, as perguntas da SCID-5 sobre prejuízo vêm primeiro. Assim, o
sofrimento precisa ser avaliado apenas naquelas circunstâncias relativamente in-
comuns, nas quais há sofrimento sem qualquer prejuízo. (Muitas vezes, é conve-
niente pensar no componente “sofrimento” em termos de quanto o paciente está
incomodado pelo fato de ter os sintomas.) A pergunta inicial questiona sobre como
os sintomas têm afetado a vida do indivíduo. Geralmente, a resposta para essa
pergunta é suficiente para determinar a relevância clínica dos sintomas. Contudo,
se o impacto na vida do paciente permanecer obscuro, há uma variedade de per-
guntas opcionais incluídas para avaliar o impacto dos sintomas no funcionamento
profissional e escolar, no funcionamento social, nas atividades de lazer e em outras
áreas do funcionamento. O DSM-5 não fornece quaisquer diretrizes com relação
a quanto prejuízo é necessário para ser considerado “clinicamente significativo”,
deixando o julgamento para o profissional. Certamente, a busca por tratamento é
evidência de prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, mas mesmo essa
regra de ouro pode não ser útil para determinar se os sintomas comórbidos que são
descobertos durante o processo de avaliação devem ser considerados clinicamente
significativos.

7.14 Outros Transtornos Especificados e Não Especificados


O DSM-5 substituiu a designação “sem outra especificação” (SOE) do DSM-IV por
duas opções para uso clínico: Outro Transtorno Especificado e Transtorno Não Espe-
cificado. De acordo com o DSM-5 (p. 15–16)
A categoria outro transtorno especificado foi fornecida para permitir que o clínico co-
munique o motivo específico pelo qual a apresentação não satisfaz os critérios para
nenhuma das categorias dentro da classe de diagnóstico. Isso ocorre ao se registrar o
nome da categoria, seguido do motivo específico. Por exemplo, para um indivíduo com
sintomas depressivos clinicamente significativos com duração de quatro semanas, mas
cuja sintomatologia não se encaixa no limiar diagnóstico para um Episódio Depressivo

Livro_SCID-5-VC.indb 20 12/06/17 16:56


CONVENÇÕES E UTILIZAÇÃO DA SCID 5 CV 21

maior, o clínico registraria “outro transtorno depressivo especificado, episódio depres-


sivo com sintomas insuficientes”. Caso o clínico opte por não especificar o motivo pelo
qual os critérios não são satisfeitos para um transtorno específico, então deve diagnosti-
car “transtorno depressivo não especificado”.
A SCID-5-CV inclui três categorias de outro especificado/não especificado:
a) Outro Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno Psicótico Es-
pecificado ou Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno Psicótico
Não Especificado, b) Outro Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Especifica-
do/Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Não Especificado e c) Outro Trans-
torno Depressivo Especificado/Não Especificado. Como no DSM-5, as categorias
de outro especificado/não especificado devem ser diagnosticadas para apresenta-
ções nas quais sintomas característicos de um Espectro da Esquizofrenia e Outro
Transtorno Psicótico, Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado ou Transtorno
Depressivo predominam, mas não satisfazem todos os critérios para quaisquer dos
transtornos na classe diagnóstica respectiva.
Observe que, ao longo da entrevista SCID-5-CV, as categorias de Outro Trans-
torno Especificado e Transtorno Não Especificado do DSM-5 estão combinadas em
uma única categoria: Outro Transtorno Especificado. A diferença depende inteira-
mente de questões de codificação e registro (i.e., “Outro Especificado” é aplicado
se o clínico escolhe indicar a razão pela qual a apresentação não satisfez os critérios
para um transtorno especificado na classe diagnóstica, e “Não Especificado” é apli-
cado se o profissional escolhe não indicar a razão). O clínico irá diferenciar entre as
categorias “Outro Especificado” e “Não Especificado” apenas na Ficha de Pontuação
do Sumário Diagnóstico, que também inclui o código diagnóstico correspondente
para cada diagnóstico. Assim, se o clínico registra a presença de Outro Transtorno
Especificado na Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico, espera-se que ele es-
creva a razão pela qual os critérios de um transtorno específico não são satisfeitos.
A Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico oferece espaço para que a razão seja
fornecida.
Conforme observado na Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico, uma ex-
ceção na codificação se aplica a outro Transtorno Bipolar Especificado. As apresenta-
ções que satisfazem os critérios para o Transtorno Ciclotímico (que está incluído na
SCID-5-RV, mas não na SCID-5-CV) devem receber o código diagnóstico F34.0 para
Transtorno Ciclotímico, em vez de F31.89, o código diagnóstico para Outro Transtor-
no Bipolar Especificado.

7.15 Desvios dos critérios do DSM-5


A coluna central da SCID-5-CV geralmente contém os critérios do DSM-5 reimpres-
sos de modo integral. Há diversas circunstâncias em que os critérios diagnósticos
desviam do texto integral do DSM-5. No decurso da revisão da SCID, nós descobri-
mos diversos erros e ambiguidades aparentes nos critérios do DSM-5, bem como
inconsistências entre os critérios do DSM-5 e o texto explicativo que o acompanha.
Nessas situações, após consultarmos os membros dos Grupos de Trabalho do DSM-5
a fim de confirmar que esses eram de fato erros e para chegar à melhor solução, fi-
zemos mudanças nos conjuntos de critérios do DSM-5 que refletissem o resultado
dessas discussões. Em outros casos, mudanças foram realizadas para aprimorar a
entrevista SCID. Por exemplo, os exemplos ilustrativos que acompanhavam os crité-
rios do DSM-IV para dependência de substância e abuso de substância, e que foram

Livro_SCID-5-VC.indb 21 12/06/17 16:56


22 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

omitidos do DSM-5, foram incluídos na SCID. Uma explicação desses ajustes para a
redação dos critérios do DSM-5 e a justificativa para nossas correções estão incluídas
nas anotações dos critérios individuais na Seção 10: “Instruções Especiais para Mó-
dulos Individuais”.
Sempre que os critérios do DSM-5 na SCID diferirem do que está no DSM-5 ofi-
cial, nós anotamos as mudanças colocando o texto entre colchetes:
• Expressões adicionadas aos critérios diagnósticos do DSM-5 estão colocadas en-
tre colchetes (p. ex., rótulo de item F41, Critério J, em Transtorno de Ansiedade
Social: “Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, des-
figuração por queimaduras ou ferimentos) [ou transtorno mental potencialmen-
te constrangedor] está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não
relacionado ou é excessivo”.
• Palavras que foram omitidas estão indicadas com sinal de reticências entre col-
chetes (p. ex., rótulo de item D3, Critério B para Transtorno Bipolar Tipo I, em
que as palavras “espectro da esquizofrenia e outro não especificado” foram
omitidas, conforme a discussão na Seção 7.14, “Outros transtornos especifica-
dos e não especificados”: “A ocorrência do(s) episódio(s) maníaco(s) e depres-
sivo(s) maior(es) não é mais bem explicada por Transtorno Esquizoafetivo, Es-
quizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Outro [...]
Transtorno Psicótico Especificado”).
Por razões editoriais, mantivemos a convenção do DSM-IV de usar maiúsculas
nos nomes dos transtornos e dos especificadores, de modo a destacar mais esses
construtos diagnósticos em relação ao resto de texto. Por razões similares, também
decidimos manter o termo do DSM-IV “condição médica geral” (CMG) ao longo
das instruções da SCID-5 para fazer referência às condições médicas listadas fora do
capítulo dos transtornos mentais da Classificação internacional de doenças (CID), em
vez de usar o termo do DSM-5 “outra condição médica”. Entretanto, mantivemos o
uso de “outra condição médica” (ou “OCM”) quando esse termo aparece dentro de
um critério diagnóstico do DSM-5 e quando ele ocorre como parte do nome do trans-
torno (p. ex., a Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico da SCID-5-CV se refere
ao “Transtorno Depressivo Devido a Outra Condição Médica”).

Livro_SCID-5-VC.indb 22 12/06/17 16:56


O QUE FAZER E NÃO FAZER NA SCID 5 CV 23

8. O Que Fazer e Não Fazer na SCID-5-CV


O QUE FAZER O QUE NÃO FAZER
DÊ ao paciente uma breve explicação do propó- NÃO peça desculpas pelas perguntas que está
sito da entrevista antes começar. fazendo ou pela extensão da entrevista. A maio-
ria dos pacientes aprecia a minuciosidade da
SCID e saúda a oportunidade de descrever seus
sintomas em detalhes.
USE a Visão Geral para estabelecer a relação e NÃO deixe que os pacientes desafiadores to-
dar o tom para a entrevista. Esteja presente com mem o controle da entrevista:
o paciente, demonstrando uma postura não jul- • NÃO deixe os indivíduos serem desnecessa-
gadora, ao mesmo tempo que mostra profissio- riamente tangenciais. Redirecione aqueles
nalismo e limites adequados. que fornecem informações desnecessárias
para a conclusão da entrevista diagnóstica.
• NÃO seja defensivo com pacientes que são
irritados ou hostis. Use declarações reflexi-
vas para demonstrar empatia.
NÃO ignore os relatos de sofrimento do pacien-
te. Demonstre empatia enquanto mantém uma
postura objetiva.
USE a Visão Geral para coletar informações so- NÃO faça perguntas detalhadas, na Visão Geral,
bre os sintomas e o funcionamento do paciente sobre sintomas específicos que são tratados em
e para informar sobre as perguntas que você seções posteriores da SCID.
fará nos módulos diagnósticos.
OBTENHA uma Visão Geral suficiente da doença NÃO faça perguntas específicas sobre sintomas
atual no começo da entrevista para entender o após uma visão geral superficial de uma doença
contexto no qual a condição se desenvolveu. atual.
USE perguntas abertas para capturar as percep- NÃO faça perguntas tendenciosas. Mantenha-se
ções que o paciente tem do problema nas pró- aberto para formular hipóteses. Use perguntas
prias palavras dele. fechadas de forma moderada.
ATENHA-SE às perguntas iniciais, conforme es- NÃO invente suas próprias questões iniciais por-
tão escritas, exceto por pequenas modificações que você acha que tem um jeito melhor de ob-
necessárias para se levar em conta o que o pa- ter a mesma informação. Sua pequena melhoria
ciente já disse. pode ter um grande efeito indesejado sobre o
significado da questão. Tomou-se muito cuidado
na elaboração da redação exata de cada ques-
tão, e as perguntas funcionam em quase todos
os casos.
FAÇA perguntas adicionas com intuito de escla- NÃO use a entrevista como uma lista de verifica-
recimento para extrair detalhes nas palavras do ção ou um teste de falso ou verdadeiro.
próprio paciente, como “Você pode me falar so-
bre isso?” ou “Você quer dizer que...?”.

Livro_SCID-5-VC.indb 23 12/06/17 16:56


24 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

O QUE FAZER O QUE NÃO FAZER


PRESTE atenção na consistência dos relatos dos NÃO tenha medo de ofender o paciente ao fazer
pacientes e no que se sabe sobre os sintomas. mais perguntas adicionais. De fato, quando você
DESAFIE sutilmente as discrepâncias. busca esclarecer as respostas, é mais provável
que os pacientes sintam que estão sendo ouvi-
dos de verdade.
CERTIFIQUE-SE de que você e o paciente estão NÃO presuma que os sintomas ocorrem juntos
focando no mesmo (e apropriado) período de no mesmo momento, a não ser que você tenha
tempo em cada pergunta. esclarecido o período de tempo. Por exemplo, o
paciente pode estar falando sobre um sintoma
que ocorreu há um ano e outro sintoma que
apareceu na semana passada, quando você está
se concentrando em sintomas que ocorreram
conjuntamente durante um período de duas se-
manas de possível Episódio Depressivo Maior.
CONCENTRE-SE na obtenção das informações NÃO se concentre apenas em obter uma respos-
necessárias para julgar todos os requisitos de ta “SIM” ou “NÃO” para a pergunta da SCID.
um critério que está sendo considerado. Con-
forme já observado, isso pode exigir perguntas
adicionais.
DÊ ao paciente o benefício da dúvida sobre qual- NÃO chame uma crença religiosa subcultural-
quer sintoma psicótico questionável, classifican- mente aceita ou uma ideia supervalorizada de
do-o como “–”. delírio.
NÃO confunda ruminações ou obsessões com
alucinações auditivas.
CERTIFIQUE-SE de que cada sintoma anotado NÃO presuma que um sintoma é relevante do
como presente é relevante do ponto de vista do ponto de vista do diagnóstico apenas porque
diagnóstico. ele é confirmado. Por exemplo, se um paciente
diz que “SIM”, ele teve dificuldades para dormir,
mas sempre teve esse tipo de dificuldades, en-
tão esse sintoma não deve ser anotado como
presente na parte da SCID que trata dos diag-
nósticos de um Episódio Depressivo Maior, a não
ser que a dificuldade no sono tenha sido pior
durante o período que está sendo examinado.
Isso é particularmente importante quando uma
condição episódica (como um Episódio Depressi-
vo Maior) é sobreposta a uma condição crônica
(como o Transtorno Depressivo Persistente).
PRESTE atenção em duplas negativas, especial- NÃO use o código “NÃO” para um critério de
mente nos critérios de exclusão. exclusão que exija a ausência de fatores etiológi-
Por exemplo, se o paciente nega usar drogas ou cos quando o que você quer indicar é que os fa-
medicamentos ou estar doente durante o início tores etiológicos excluídos não estão presentes
de uma perturbação, “SIM”, é verdade que ne- (e, assim, o critério deve ser classificado como
nhuma condição médica ou uso de substância “SIM”). Por exemplo, se o critério diz “não atri-
está causando a perturbação. buível aos efeitos fisiológicos de uma substância
ou outra condição médica”, então uma classifi-
cação de “NÃO” quer dizer que a perturbação é
secundária (i.e., devido a uma CMG ou substân-
cia/medicamento), e uma classificação de “SIM”
quer dizer que a perturbação é primária – NÃO é
devida a uma CMG ou substância/medicamento.

Livro_SCID-5-VC.indb 24 12/06/17 16:56


DIFERENCIANDO ETIOLOGIAS MÉDICA GERAL E DE SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO... 25

9. Diferenciando Etiologias Médica Geral e de Substância/


Medicamento de Transtornos Primários
Esta seção descreve o processo de avaliação do critério de exclusão orgânica que está
incluído nos critérios diagnósticos para a maioria dos transtornos avaliados na SCID,
em geral, como um dos últimos itens em cada conjunto de critérios diagnósticos.
Esse critério comumente ocorre da seguinte forma: “A perturbação não é atribuível
aos efeitos fisiológicos de alguma substância (p. ex., drogas de abuso, medicamen-
tos) ou outra condição médica”. A primeira consideração ao avaliar esse critério é se,
na época do início ou da piora dos sintomas, o paciente estava fisicamente doente
com uma CMG (tanto grave como crônica), tomando um medicamento ou usando
quantidades significativas de álcool ou alguma droga de abuso. Consequentemente,
as perguntas da SCID-5-CV que correspondem a esse critério começam conforme
a seguir: “Você estava fisicamente doente logo antes de isso ter começado?”, “Você
estava tomando medicamentos logo antes de isso ter começado?” e “Você estava
bebendo ou usando drogas vendidas nas ruas logo antes de isso ter começado?”. Se
não há doença médica, uso de medicamentos ou uso de substância coincidente com
o início ou a piora dos sintomas (i.e., as respostas a essas três perguntas é “NÃO”),
então, esse critério é automaticamente satisfeito, e o clínico deve classificar o item
como “SIM”, indicando que a perturbação é primária. É importante entender que o
período de tempo da indagação NÃO é, necessariamente, o período de tempo arti-
ficialmente restrito sendo focado na avaliação diagnóstica (p. ex., as piores duas se-
manas do último mês para um potencial Episódio Depressivo Maior Atual ou a pior
semana de um potencial Episódio Maníaco anterior), mas, sim, o ponto no tempo
em que os sintomas começaram ou pioraram significativamente. É, portanto, crucial
saber nesse ponto da SCID-5-CV quando o período sintomático começou. Por essa
razão, as três perguntas referidas são precedidas por uma pergunta como: “SE FOR
DESCONHECIDO: Quando esse período de (SINTOMAS) começou?”.
A próxima consideração é se a doença médica, o medicamento ou a droga de
abuso tem o potencial de causar os sintomas em questão. Para auxiliar o clínico a fa-
zer essa determinação, uma lista de CMGs etiológicas de sintoma específico e subs-
tâncias/medicamentos etiológicos, que na sua maior parte foi adaptada a partir do
texto do DSM-5, está incluída no critério.*
As duas seções a seguir discutem as questões que precisam ser consideradas
ao se determinar se os sintomas psiquiátricos são causados pelos efeitos diretos da
CMG ou do uso de substância/medicamento no sistema nervoso central. Se o clí-
nico conclui que os sintomas são de fato causados por uma CMG ou por substân-
cia/medicamento, o diagnóstico adequado (i.e., Transtorno Mental Devido a Outra
Condição Médica ou Transtorno Mental Induzido por Substância/Medicamento
apropriado) é indicado na seção da Ficha de Pontuação do Sumário Diagnóstico da
SCID-5-CV. Por exemplo, considere a avaliação de um paciente com ataques de pâ-
nico recorrentes e inesperados. O Critério C para Transtorno de Pânico (rótulo de
item F20) pede que o clínico considere se os ataques de pânico são atribuíveis aos
efeitos fisiológicos de uma substância ou CMG. Se o paciente reconhecesse que bebe
cinco xícaras de café por dia, o clínico deveria considerar a possibilidade de que os

* O texto do DSM-5 para Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados não fornecia uma lista assim, e nós gos-
taríamos de agradecer a Ariel Gildengers, M.D., e Antoine Doualhy, M.D., do University of Pittsburgh Medical
Center, por seu auxílio com essa lista.

Livro_SCID-5-VC.indb 25 12/06/17 16:56


26 GUIA DO USUÁRIO PARA A SCID 5 CV

ataques estão etiologicamente relacionados à ingestão pesada de cafeína e indagar


sobre a relação temporal entre tal ingestão e os ataques. Se o clínico viesse a desco-
brir que os ataques de pânico ocorrem apenas durante períodos de consumo pesado
de cafeína, então classificaria como “NÃO” esse critério (i.e., NÃO é verdade que os
sintomas NÃO são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância), faria um
diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Induzido por Cafeína e, então, pularia para
F23 (Agorafobia), conforme instruído. Em seguida, ao concluir a entrevista, o clínico
indicaria a presença de Transtorno de Ansiedade Induzido por Cafeína selecionando
a caixa “Ao longo da vida”, que precede o Transtorno de Ansiedade Induzido por
Substância/Medicamento, e escreveria a substância (i.e., cafeína) e o código diagnós-
tico da CID-10-MC (F15.980).

9.1 Diretrizes para determinar se os sintomas são devidos a uma


condição médica geral
Esta seção oferece diretrizes para ajudar o clínico a avaliar o componente “devido
a uma condição médica geral” do critério de exclusão orgânica, que é baseado nos
critérios diagnósticos do DSM-5 para Transtornos Mentais Devidos a Outra Con-
dição Médica. Uma vez que a presença de uma CMG com potencial de causar os
sintomas psiquiátricos é estabelecida, o próximo passo é determinar se há uma
relação temporal próxima entre o curso dos sintomas psiquiátricos e o curso da
CMG. Por exemplo, os sintomas psiquiátricos começam após o início da CMG,
melhoram ou pioram com as oscilações da condição e entram em remissão quando
esta é atenuada?
Observe que demonstrar uma relação temporal próxima não implica necessa-
riamente que a causalidade está em um nível fisiológico, o que é uma característica
essencial de um Transtorno Mental Devido a Outra Condição Médica. Uma reação
psicológica à condição médica, como seria o caso do diagnóstico de um Transtorno
de Adaptação, provavelmente seria caracterizada, também, por uma relação tem-
poral próxima. Por exemplo, uma depressão que ocorre imediatamente após um
acidente vascular cerebral paralisante poderia refletir o dano a estruturas cerebrais
subjacentes responsáveis pela regulação do humor (causalidade em um nível fisioló-
gico) ou talvez fosse uma reação psicológica à perda devastadora da capacidade de
movimentar parte do corpo (causalidade em um nível psicológico). Além disso, a fal-
ta de uma relação temporal não necessariamente elimina a causalidade. Em alguns
exemplos, os sintomas psiquiátricos podem ser o primeiro prenúncio de uma CMG
e preceder em meses ou anos quaisquer manifestações físicas (p. ex., hipotireoidis-
mo, baixa testosterona, tumor cerebral). Em contrapartida, os sintomas psiquiátricos
podem ser uma manifestação relativamente tardia, ocorrendo meses ou anos após o
início de uma CMG (p. ex., depressão na doença de Parkinson).
Outro fator que pode sugerir uma relação etiológica entre a CMG e os sintomas
psiquiátricos está, atipicamente, na apresentação do sintoma. Por exemplo, a perda
de peso grave face a uma depressão relativamente leve, ou o início de mania em um
paciente idoso, são apresentações incomuns e devem alertar o clínico para a possi-
bilidade de que uma CMG comórbida seja a causa. Deve-se reconhecer, contudo,
que a atipicidade não é necessariamente uma evidência convincente, pois, por sua

Livro_SCID-5-VC.indb 26 12/06/17 16:56


ASRS - Adult Self-Report Scale
DATA: _____ / _____ / _____
AVALIADOR: _______________

Nunca

Raramente

Algumas vezes

Frequentemente

Frequentemente
Muito
Por favor, responda as perguntas abaixo se
avaliando de acordo com os critérios do lado
direito da página. Após responder cada uma as
perguntas, circule o número correspondente a
como você se sentiu e se comportou nos últimos
seis meses.

1. Com que freqüência você comete erros por falta


de atenção quando tem de trabalhar num projeto
chato ou difícil? 0 1 2 3 4
2. Com que freqüência você tem dificuldade para
manter a atenção quando está fazendo um trabalho
chato ou repetitivo? 0 1 2 3 4
3. Com que freqüência você tem dificuldade para se
concentrar no que as pessoas dizem, mesmo quando
elas estão falando diretamente com você? 0 1 2 3 4
4. Com que freqüência você deixa um projeto pela
metade depois de já ter feito as partes mais difíceis? 0 1 2 3 4
5. Com que freqüência você tem dificuldade para
fazer 0 1 2 3 4
um trabalho que exige organização?
6. Quando você precisa fazer algo que exige muita
concentração, com que freqüência você evita ou adia
o início? 0 1 2 3 4
7. Com que freqüência você coloca as coisas fora do
lugar ou tem de dificuldade de encontrar as coisas em
casa ou no trabalho? 0 1 2 3 4
8. Com que freqüência você se distrai com atividades
ou barulho a sua volta? 0 1 2 3 4
9. Com que freqüência você tem dificuldade para
lembrar de compromissos ou obrigações? 0 1 2 3 4

Parte A - Total
Nunca

Raramente

Algumas vezes

Frequentemente

Frequentemente
Muito
Por favor, responda as perguntas abaixo se
avaliando de acordo com os critérios do lado
direito da página. Após responder cada uma as
perguntas, circule o número correspondente a
como você se sentiu e se comportou nos últimos
seis meses.

1. Com que freqüência você fica se mexendo na


cadeira ou balançando as mãos ou os pés quando
precisa ficar sentado (a) por muito tempo? 0 1 2 3 4
2. Com que freqüência você se levanta da cadeira
em
reuniões ou em outras situações onde deveria ficar 0 1 2 3 4
sentado (a)?
3. Com que freqüência você se sente inquieto (a) ou
agitado (a)? 0 1 2 3 4
4. Com que freqüência você tem dificuldade para
sossegar e relaxar quando tem tempo livre para você? 0 1 2 3 4
5. Com que freqüência você se sente ativo (a)
demais
e necessitando fazer coisas, como se estivesse “com 0 1 2 3 4
um motor ligado”?
6. Com que freqüência você se pega falando demais
em situações sociais? 0 1 2 3 4

7. Quando você está conversando, com que


freqüência você se pega terminando as frases das
pessoas antes delas? 0 1 2 3 4
8. Com que freqüência você tem dificuldade para
esperar nas situações onde cada um tem a sua vez? 0 1 2 3 4
9. Com que freqüência você interrompe os
outros 0 1 2 3 4
quando eles estão ocupados?

Parte B - Total
Nome:_______________________________________ Registro _____________
Entrevistador: _____ DATA:___/___/____
ASSIST - OMS QUESTIONÁRIO PARA TRIAGEM DO USO
DE ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS
SUBSTÂNCIAS.
1. Na sua vida qual(is)
dessa(s) substâncias
NÃO SIM 2. Durante os três últimos
você já usou? meses, com que

QUASE TODOS OS
DIARIAMENTE OU
(somente uso não freqüência você utilizou

MENSALMENTE

SEMNALMENTE
prescrito pelo médico)

1 OU 2 VEZES
essa(s) substância(s)
a. derivados do tabaco 0 3 que mencionou?

NUNCA
b. bebidas alcoólicas 0 3 (primeira droga, depois a

DIAS
c. maconha 0 3 segunda droga, etc)
d. cocaína, crack 0 3 a. derivados do tabaco 0 2 3 4 6
e. anfetaminas ou êxtase 0 3 b. bebidas alcoólicas 0 2 3 4 6
f. inalantes 0 3
c. maconha 0 2 3 4 6
g.hipnóticos/sedativos 0 3
h. alucinógenos 0 3 d. cocaína, crack 0 2 3 4 6
i. opióides 0 3 e. anfetaminas ou êxtase 0 2 3 4 6
j. outras, especificar 0 3 f. inalantes 0 2 3 4 6
g.hipnóticos/sedativos 0 2 3 4 6
• SE "NÃO" em todos os itens investigue: h. alucinógenos 0 2 3 4 6
Nem mesmo quando estava na escola?
i. opióides 0 2 3 4 6
• Se "NÃO" em todos os itens, pare a
entrevista j. outras, especificar 0 2 3 4 6

• Se "SIM" para alguma droga, continue com • Se "NUNCA" em todos os itens da


as demais questões questão 2 pule para a questão 6, com
outras respostas continue com as
demais questões
3. Durante os três últimos 4. Durante os três últimos meses,

QUASE TODOS OS
meses, com que com que freqüência o seu

DIARIAMENTE OU
QUASE TODOS OS
DIARIAMENTE OU

MENSALMENTE

SEMNALMENTE
freqüência você teve um consumo de (primeira droga,
MENSALMENTE

SEMNALMENTE

1 OU 2 VEZES
1 OU 2 VEZES

forte desejo ou urgência depois a segunda droga, etc)


resultou em problema de saúde,
em consumir?

NUNCA
social, legal ou financeiro?
NUNCA

DIAS
(primeira droga, segunda
DIAS

droga, etc))
a. derivados do tabaco 0 4 5 6 7
a. derivados do tabaco 0 3 4 5 6
b. bebidas alcoólicas 0 4 5 6 7
b. bebidas alcoólicas 0 3 4 5 6
c. maconha 0 4 5 6 7
c. maconha 0 3 4 5 6
d. cocaína, crack 0 4 5 6 7
d. cocaína, crack 0 3 4 5 6
e. anfetaminas ou êxtase 0 4 5 6 7
e. anfetaminas ou êxtase 0 3 4 5 6
f. inalantes 0 4 5 6 7
f. inalantes 0 3 4 5 6
g.hipnóticos/sedativos 0 4 5 6 7
g.hipnóticos/sedativos 0 3 4 5 6
h. alucinógenos 0 4 5 6 7
h. alucinógenos 0 3 4 5 6
i. opióides 0 4 5 6 7
i. opióides 0 3 4 5 6
j. outras, especificar 0 4 5 6 7
j. outras, especificar 0 3 4 5 6

NOMES POPULARES OU COMERCIAIS DAS DROGAS

a. produtos do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, fumo de corda)


b. bebidas alcóolicas (cerveja, vinho, champagne, licor, pinga uísque, vodca, vermutes, caninha, rum tequila, gin)
c. maconha (baseado, erva, liamba, diamba, birra, fuminho, fumo, mato, bagulho, pango, manga-rosa, massa,
haxixe, skank, etc)
d. cocaína, crack (coca, pó, branquinha, nuvem, farinha, neve, pedra, caximbo, brilho)
e. estimulantes como anfetaminas (bolinhas, rebites, bifetamina, moderine, MDMA)
f. inalantes (solventes, cola de sapateiro, tinta, esmalte, corretivo, verniz, tinner, clorofórmio, tolueno, gasolina, éter,
lança perfume, cheirinho da loló)
g.hipnóticos, sedativos (ansiolíticos, tranquilizantes, barbitúricos, fenobarbital, pentobarbital, benzodiazepínicos,
diazepam)
h. alucinógenos (LSD, chá-de-lírio, ácido, passaporte, mescalina, peiote, cacto)
i. opiáceos (morfina, codeína, ópio, heroína elixir, metadona)
j. outras – especificar:
5. Durante os três últimos • FAÇA as questões 6 e 7 para todas as

DIARIAMENTE OU QUASE
meses, com que freqüência, substâncias mencionadas na
por causa do seu uso de questão 1
(primeira droga, depois a

TODOS OS DIAS
MENSALMENTE

SEMNALMENTE
1 OU 2 VEZES
segunda droga, etc), você 6. Há amigos, parentes ou

SIM, mas não nos


SIM, nos últimos

últimos 3 meses
deixou de fazer coisas que outra pessoa que tenha

NÃO, Nunca
NUNCA
eram normalmente esperadas

3 meses
demonstrado preocupação
de você? com seu uso de (primeira
a. derivados do tabaco 0 5 6 7 8 droga, depois a segunda
b. bebidas alcoólicas 0 5 6 7 8 droga, etc...) ?
c. maconha 0 5 6 7 8 a. derivados do tabaco 0 6 3
d. cocaína, crack 0 5 6 7 8 b. bebidas alcoólicas 0 6 3
e. anfetaminas ou êxtase 0 5 6 7 8 c. maconha 0 6 3
f. inalantes 0 5 6 7 8 d. cocaína, crack 0 6 3
g.hipnóticos/sedativos 0 5 6 7 8 e. anfetaminas ou êxtase 0 6 3
h. alucinógenos 0 5 6 7 8 f. inalantes 0 6 3
i. opióides 0 5 6 7 8 g.hipnóticos/sedativos 0 6 3
j. outras, especificar 0 5 6 7 8 h. alucinógenos 0 6 3
i. opióides 0 6 3
j. outras, especificar 0 6 3
7. Alguma vez você já
SIM, nos últimos 3

SIM, mas não nos


últimos 3 meses

tentou controlar, diminuir Nota Importante: Pacientes que tenham usado drogas injetáveis
NÃO, Nunca

nos últimos 3 meses devem ser perguntados sobre seu padrão de


meses

ou parar o uso de
((primeira droga, depois uso injetável durante este período, para determinar seus níveis de
risco e a melhor forma de intervenção.
a segunda droga, etc...)
e não conseguiu?
a. derivados do tabaco 0 6 3
b. bebidas alcoólicas 0 6 3 8- Alguma vez você já usou drogas por injeção?
c. maconha 0 6 3 (Apenas uso não médico)
d. cocaína, crack 0 6 3 NÃO, SIM, nos SIM, mas não nos
e. anfetaminas ou êxtase 0 6 3 nunca últimos 3 meses últimos 3 meses
f. inalantes 0 6 3
g.hipnóticos/sedativos 0 6 3 Guia de Intervenção para Padrão de uso injetável
h. alucinógenos 0 6 3
i. opióides 0 6 3 Uma vez por semana ou menos Intervenção Breve incluindo cartão de
6 Ou menos de três dias seguidos “riscos associados com o uso
j. outras, especificar 0 3
injetável”

Mais do que uma vez por semana


Ou mais do que três dias seguidos Intervenção mais aprofundada e
tratamento intensivo*
PONTUAÇÃO PARA CADA DROGA
Anote a pontuação para cada droga. SOME Nenhuma Receber Encaminhar para tratamento
SOMENTE das Questões 2, 3, 4, 5, 6 e 7 intervenção Intervenção Breve mais intensivo
Tabaco 0-3 4-26 27 ou mais
Álcool 0-10 11-26 27 ou mais
Maconha 0-3 4-26 27 ou mais
Cocaína 0-3 4-26 27 ou mais
Anfetaminas 0-3 4-26 27 ou mais
Inalantes 0-3 4-26 27 ou mais
Hipnóticos/sedativos 0-3 4-26 27 ou mais
Alucinógenos 0-3 4-26 27 ou mais
Opióides 0-3 4-26 27 ou mais

Cálculo do escore de envolvimento com uma substância específica.


Para cada substância (de ‘a’ a ‘j’) some os escores obtidos nas questões 2 a 7 (inclusive).
Não inclua os resultados das questões 1 e 8 aqui.
Por exemplo, um escore para maconha deverá ser calculado do seguinte modo: Q2c + Q3c + Q4c + Q5c + Q6c + Q7c.
Note que Q5 para tabaco não é codificada, sendo a pontuação para tabaco = Q2a + Q3a + Q4a + Q6a + Q7a
10

ANEXOS
Body Shape Questionnaire (BSQ)

Autores: Cooper e colaboradores (1987); Tradutores: Di Pietro, Xavier e


Silveira (2003).

Nome:_______________________________________________Data:____/____/__
____.

Idade: ______anos Peso:_______kg Altura:________cm


IMC:_________

Responda às questões abaixo em relação à sua aparência nas últimas quatro


semanas, usando a seguinte legenda:
1. Nunca 2. Raramente 3. Às vezes 4. Freqüentemente
5. Muito freqüentemente 6. Sempre
1 2 3 4 5 6
1. Sentir-se entediado(a) faz você se preocupar com
sua forma física?
1 2 3 4 5 6
2. Sua preocupação com sua forma física chega ao
ponto de você pensar que deveria fazer uma dieta?
1 2 3 4 5 6
3. Já lhe ocorreu que suas coxas, seus quadris e
suas nádegas são grandes demais para o restante
de seu corpo?
1 2 3 4 5 6
4. Você tem receio de que poderia engordar ou ficar
mais gordo?
1 2 3 4 5 6
5. Você anda preocupada(o) achando que seu
corpo não é firme suficiente?
1 2 3 4 5 6
6. Ao ingerir uma refeição completa e sentir o
estômago cheio, você se preocupa em ter
engordado?
1 2 3 4 5 6
7. Você já se sentiu tão mal com sua forma física a
ponto de chorar?
1 2 3 4 5 6
8. Você deixou de correr por achar que seu corpo
poderia balançar?
1 2 3 4 5 6
9. Estar com pessoas magras do mesmo sexo que
o seu faz você reparar em sua forma física?
1 2 3 4 5 6
10. Você já se preocupou com o fato de suas coxas
11

poderem ocupar muito espaço quando você senta?


1 2 3 4 5 6
11. Você já se sentiu gordo(a) mesmo após ingerir
uma pequena quantidade de alimento?
1 2 3 4 5 6
12. Você tem reparado na forma física de outras
pessoas do mesmo sexo que o seu e, ao se
comparar, tem se sentido em desvantagem?
1 2 3 4 5 6
13. Pensar na sua forma física interfere em sua
capacidade de se concentrar em outras atividades
(p. ex., ver televisão, ler ou acompanhar uma
conversa)?
1 2 3 4 5 6
14. Ao estar nu(nua), por exemplo, ao tomar banho,
você se sente gordo(a)?
1 2 3 4 5 6
15. Você tem evitado usar roupas mais justas para
não se sentir desconfortável com sua forma física?
1 2 3 4 5 6
16. Você já se pegou pensando em remover partes
mais carnudas do seu corpo?
1 2 3 4 5 6
17. Comer doces, bolos ou outros alimentos ricos
em calorias faz você se sentir gordo(a)?
1 2 3 4 5 6
18. Você já deixou de participar de eventos
sociais(p. ex., festas) por se sentir mal com relação
à sua forma física?
1 2 3 4 5 6
19. Você se sente muito grande e arredondado(a)?
1 2 3 4 5 6
20. Você sente vergonha do seu corpo?
1 2 3 4 5 6
21.A preocupação com sua forma física leva-o(a) a
fazer dieta?
1 2 3 4 5 6
22. Você se sente mais contente em relação à sua
forma física quando seu estômago está vazio (p.ex.,
pela manhã)?
23. Você acredita que sua forma física se deve à 1 2 3 4 5 6
sua falta de controle?
1 2 3 4 5 6
24. Você se preocupa que outras pessoas vejam
dobras na sua cintura ou estômago?

1 2 3 4 5 6
25. Você acha injusto que outras pessoas do
mesmo sexo que o seu sejam mais magras que
você?
12

1 2 3 4 5 6
26. Você já vomitou para se sentir mais magro(a)?
1 2 3 4 5 6
27. Quando acompanhado(a), você fica
preocupado(a) em estar ocupando muito espaço
(p.ex., sentado(a) num sofá ou no banco de um
ônibus)?
1 2 3 4 5 6
28. Você se preocupa com o fato de estar ficando
cheio(a) de dobras ou banhas ?
1 2 3 4 5 6
29. Ver seu reflexo (p.ex., num espelho ou na vitrine
de uma loja) faz você se sentir mal em relação ao
seu físico?
1 2 3 4 5 6
30. Você belisca áreas de seu corpo para ver o
quanto há de gordura?
1 2 3 4 5 6
31. Você evita situações nas quais outras pessoas
possam ver seu corpo (p.ex., vestiários ou banhos
de piscina)?
1 2 3 4 5 6
32. Você já tomou laxantes para se sentir mais
magro(a)?
1 2 3 4 5 6
33. Você fica mais preocupado(a) com sua forma
física quando em companhia de outras pessoas?
1 2 3 4 5 6
34. A preocupação com sua forma física leva você a
sentir que deveria fazer exercícios?

No estudo original, pacientes com BN apresentaram um escore médio de 136,9 (DP


= 22,5) e mulheres da comunidade, 81,5 (DP = 28,5).
Referências:
COOPER, P. J. et.al. The development and validation of the body shape
questionnaire. Int. J. Eat. Dis., v.6, p.485-494, 1987.
DI PIETRO, M. Desempenho da escala Body Shape Questionnaire em uma
população de estudantes universitários. Trabalho apresentado no V Encontro de
Transtornos Alimentares e Obesidade, junho de 2003, Gramado, RS.
13

Escala de Figuras de Stunkard Figure Rating Scale (FRS)

Autores: Stunkard, Sorensen e Schulsinger (1983); adaptação para o


português:

Scagliusi e colaboradores (2005).

Nome:__________________________________ Data:
______/_____/______.

Observe as figuras abaixo.

Figura 1.

Escreva a palavra eu embaixo daquela que melhor representa você atualmente.


Escreva a palavra ideal embaixo daquela que você gostaria de ser.

Pontuação

Insatisfação corporal9: é calculada como a discrepância entre o número da figura


escolhida como atual e o número da figura escolhida como ideal (isto é, figura eu
figura desejável). Quanto mais próximo de zero for o resultado, menor a insatisfação.
Quanto maior, mais o entrevistado quer ter um corpo menor que o atual, e vice-
versa.
Superestimativa do tamanho corporal: a figura 3 corresponde ao IMC de 20kg/m² e a
figura 6 corresponde ao IMC de 30kg/m². Quando um entrevistado com IMC <
20kg/m² escolhe, como representativa do tamanho atual, figura igual ou maior do

9
Almeida et. al (2005) utiliza as figuras propostas por Stunkard, Sorensen & Schulsinger, 1983, classifica as
figuras em: 1 e 2 = não obesidade; 3 = sobrepeso; 4 e 5 = obesidade grau I; 6 e 7 = obesidade grau II; 8 e 9 =
obesidade grau III.
14

que a 4, ou quando um entrevistado com IMC <30kg/m² escolhe figura igual ou


maior do que a 6, pode-se afirmar que superestima seu tamanho corporal.

Referências:
SCAGLIUSE, F. B. et al. Concurrent and Discriminant validity of the Stunkard s
Figure Rating Scale adapted into Portuguese. Appetite, 2005 (submetido).
STUNKARD, A.; SORENSEN, T.; SCHULSINGER, F. Use of the Danish adption
register for the study of obesity and thinness. In: Kety, S. et al. (Ed.). The genetics of
neurological and Psychiatric disorders. New York: Raven, 1983. p..115-120.
CRITÉRIOS DE GRAVIDADE DA SAA

A síndrome de abstinência do álcool possui diferentes níveis de gravidade, que podem


variar desde um quadro eminentemente psíquico (insônia, irritabilidade, piora das funções
cognitivas) até outros, marcadamente autonômicos, com delirium e crises convulsivas.

A SAA pode ser avaliada segundo alguns preditores de gravidade: historia pregressa de SAA
grave, altos níveis de álcool no sangue sem sinais e sintomas de intoxicação; alcoolemia alta
(300mg/dl); uso concomitante de sedativos; comorbidades e idade avançada (B).

Quando o indivíduo apresenta a SAA é aconselhável aplicar a Clinical Withdrawal Assessment


Revised (CIWA-Ar). Trata-se de uma escala com 10 itens, cujo escore final classifica a gravidade
da SAA e fornece subsídios para o planejamento da intervenção imediata. A aplicação da
escala de 2 a 5 minutos (Quadro 6).

Quadro 6

Clinical Institute Withdrawal Assessment for Alcohol, Revised (CIWA-Ar)

Nome: Data:

Pulso ou FC: PA: Hora:

1. Você sente um mal estar no estômago (enjôo)? Você tem vomitado?


0 Não

1 Náusea leve e sem vômito

4 Náusea recorrente com ânsia de vômito

7 Náusea constante, ânsia de vômito e vômito

2. Tremor com os braços estendidos e os dedos separados:

0 Não

1 Não visível, mas sente

4 Moderado, com os braços estendidos

7 Grave, mesmo com os braços estendidos

3. Sudorese:

0 Não

4 Facial

7 Profusa

4. Tem sentido coceiras, sensação de insetos andando no corpo, formigamentos, pinicações?

Código da questão 8

5. Você tem ouvido sons a sua volta? Algo perturbador, sem detectar nada por perto?

Código da questão 8

6. As luzes têm parecido muito brilhantes? De cores diferentes? Incomodam os olhos? Você

tem visto algo que tem lhe perturbado? Você tem visto coisas que não estão presentes?
0 Não 4 Alucinações moderadas

1 Muito leve 5 Alucinações graves

2 Leve 6 Extremamente graves

3 Moderado 7 Contínua

7. Você se sente nervoso (a)? (observação)

0 Não

1 Muito leve
4 Leve

7 Ansiedade grave, um estado de pânico, semelhante a um episódio psicótico agudo?

8. Você sente algo na cabeça? Tontura, dor, apagamento?

0 Não 4 Moderado / grave

1 Muito leve 5 Grave

2 Leve 6 Muito grave

3 Moderado 7 Extremamente grave

9. Agitação: (observação)

0 Normal

1 Um pouco mais que a atividade normal

4 Moderadamente

7 Constante

10. Que dia é hoje? Onde você está? Quem sou eu? (observação)

0 Orientado

1 Incerto sobre a data, não responde seguramente

2 Desorientado com a data, mas não mais do que 2 dias

3 Desorientado com a data, com mais de 2 dias

Desorientado com o lugar e pessoa


4
Escore_______________

Critérios diagnósticos: 0-9 SAA leve; 10-18 SAA moderada; >18 SAA grave

SAA Nível I

Trata-se da SAA leve e moderada. Ela aparece nas primeiras 24 horas após a última dose.
Instala-se em 90% dos pacientes e cursa com agitação, ansiedade, tremores finos de
extremidades, alteração do sono, da senso-percepção, do humor, do relacionamento
interpessoal, do apetite, sudorese em surtos, aumento da frequência cardíaca, pulso e
temperatura. Alucinações são raras (Quadro 7).

SAA Nível II

É a SAA grave. Cerca de 5% dos pacientes evoluem do estado I para o II. Isso se da cerca de
48 horas da ultima dose. Os sinais autonômicos são mais intensos, os tremores generalizados,
apresentam alucinações auditivas e visuais e desorientação temporo-espacial (Quadro 8).
Em um estagio ainda mais grave, cerca de 3% dos pacientes do estagio II chegam ao
Delirium tremens (DM), após 72 horas da ultima dose. O DM piora ao entardecer
(sundowning). Há riscos com sequelas e morte entre aqueles que não recebem tratamento.
Por volta de 10% e 15% destes apresentam convulsões do tipo grande mal 33(A).. Esta psicose
orgânica é reversível, dura de 2 a 10 dias, cursa com despersonalização, humor intensamente
disfórico, alternado da apatia até a agressividade. Deve-se fazer diagnóstico diferencial com
traumatismo craniano e doenças epileptiformes.

Tratamento

Além do diagnóstico de cada caso, é necessária checagem sobre a disponibilidade dos


serviços de saúde em cada local. O ambulatório, além de menos custoso, não interrompe a
vida do individuo, favorecendo sua permanência no trabalho e na vida familiar. A abordagem
hospitalar destina-se àqueles com SAA nível II, por tratar-se de um ambiente protegido e mais
seguro para manejar complicações. Neste local a recuperação pode ser mais rápida, em função
do controle dos recursos disponíveis.

O nível de gravidade da SAA aferido pela CIWA-Ar pode determinar a escolha do local mais
adequado: com escore igual ou maior que 20, o paciente deve ser encaminhado para uma
unidade hospitalar (emergência) para internação. Escores menores permitem a desintoxicação
domiciliar ou ambulatorial, dependendo dos recursos clínicos, psíquicos, sociais e do local.
Manejo clínico e medicamentoso da SAA

O manejo clínico e medicamentoso dos pacientes também está condicionado á gravidade


da SAA. Pacientes com SAA nível I podem recebem tratamento ambulatorial. As consultas
devem ser frequentes. O paciente e sua família devem ser orientados sobre a doença e a
necessidade de buscarem uma sala de emergência caso haja agravamento clínico (Quadro 9).

O tratamento da SAA nível II é obrigatoriamente hospitalar. Isso deve–se ao estado


confusional do paciente; a presença frequente de complicações clínicas associadas; á
necessidade de exames laboratoriais de controle e de manejo da dose dos medicamentos
(Quadro 10).

Internação hospitalar

Por fim, alguns cuidados tornam-se necessários a fim de evitar iatrogenias, bem como para
manejar possíveis complicações durante o tratamento da SAA (Quadro 11).
Saber mais:

O texto é uma reprodução da publicação:

Cremesp/AMB. Usuários de sustâncias psicoativas: abordagem, diagnóstico e tratamento.


Publicação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (diretrizes elaboradas
em conjunto com a Associação Médica Brasileira). Coordenação de Ronaldo Laranjeira et al.
São Paulo, SP, 2002, 120p.

A publicação está disponível para médicos no site do Cremesp e da AMB.

Consenso sobre o diagnostico do abuso e tratamento de álcool ou Instrumentos – CIWA-AR em


www.viverbem.fmb.unesp.br ou em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000200006
Paciente: _______________________________________________________________
Data da Avaliação: _____/_____/________.

Questionário sobre a imagem corporal (BSQ)

Como você se sente em relação à sua aparência nas últimas quatro semanas. Por
favor, leia cada uma das questões e assinale a mais apropriada usando a legenda abaixo:

1. Nunca 4. Freqüentemente
2. Raramente 5. Muito freqüentemente
3. Às vezes 6. Sempre

Nas últimas quatro semanas:

1. Sentir-se entediada(o) faz você se preocupar com sua forma física?


1 2 3 4 5 6
2. Você tem estado tão preocupada(o) com sua forma física a ponto de sentir que
deveria fazer dieta? 1 2 3 4 5 6

3. Você acha que suas coxas, quadril ou nádegas são grande demais para o restante
de seu corpo? 1 2 3 4 5 6

4. Você tem sentido medo de ficar gorda(o) (ou mais gorda(o))?


1 2 3 4 5 6
5. Você se preocupa com o fato de seu corpo não ser suficientemente firme?
1 2 3 4 5 6
6. Sentir-se satisfeita(o) (por exemplo após ingerir uma grande refeição) faz você
se sentir gorda(o)? 1 2 3 4 5 6

7. Você já se sentiu tão mal a respeito do seu corpo que chegou a chorar?
1 2 3 4 5 6
8. Você já evitou correr pelo fato de que seu corpo poderia balançar?
1 2 3 4 5 6
9. Estar com mulheres (homens) magras(os) faz você se sentir preocupada em
relação ao seu físico? 1 2 3 4 5 6

10. Você já se preocupou com o fato de suas coxas poderem espalhar-se quando se
senta? 1 2 3 4 5 6

11. Você já se sentiu gorda(o), mesmo comendo uma quantidade menor de comida?
1 2 3 4 5 6
12. Você tem reparado no físico de outras mulheres (ou outros homens) e, ao se
comparar, sente-se em desvantagem? 1 2 3 4 5 6
13. Pensar no seu físico interfere em sua capacidade de se concentrar em outras
atividades (como por exemplo, enquanto assiste à televisão, lê ou conversa)? 1 2 3 4 5 6

14. Estar nua, por exemplo, durante o banho, faz você se sentir gorda(o)?
1 2 3 4 5 6
15. Você tem evitado usar roupas que a(o) fazem notar as formas do seu corpo?
1 2 3 4 5 6
16. Você se imagina cortando fora porções de seu corpo?
1 2 3 4 5 6
17. Comer doce, bolos ou outros alimentos ricos em calorias faz você se sentir
gorda(o)? 1 2 3 4 5 6

18. Você deixou de participar de eventos sociais (como, por exemplo, festas) por
sentir-se mal em relação ao seu físico? 1 2 3 4 5 6

19. Você se sente excessivamente grande e arredondada(o)?


1 2 3 4 5 6
20. Você já teve vergonha do seu corpo?
1 2 3 4 5 6
21. A preocupação diante do seu físico leva-lhe a fazer dieta?
1 2 3 4 5 6
22. Você se sente mais contente em relação ao seu físico quando de estômago vazio
(por exemplo, pela manhã)? 1 2 3 4 5 6

23. Você acha que seu físico atual decorre de uma falta de autocontrole?
1 2 3 4 5 6
24. Você se preocupa que outras pessoas possam estar vendo dobras na sua cintura
ou na barriga? 1 2 3 4 5 6

25. Você acha injusto que as outras mulheres (ou outros homens) sejam mais
magras(os) que você? 1 2 3 4 5 6

26. Você já vomitou para se sentir mais magra(o)?


1 2 3 4 5 6
27. Quando acompanhada(o), você fica preocupada em estar ocupando muito
espaço (por exemplo, sentado num sofá ou no banco de um ônibus)? 1 2 3 4 5 6

28. Você se preocupa com o fato de estarem surgindo dobrinhas em seu corpo?
1 2 3 4 5 6
29. Ver seu reflexo (por exemplo, num espelho ou na vitrine de uma loja) faz você
se sentir mal em relação ao seu físico? 1 2 3 4 5 6

30. Você belisca áreas de seu corpo para ver o quanto há de gordura?
1 2 3 4 5 6
31. Você evita situações nas quais as pessoas possam ver seu corpo (por exemplo,
vestiários ou banhos de piscina)? 1 2 3 4 5 6

32. Você toma laxantes para se sentir magra(o)?


1 2 3 4 5 6
33. Você fica particularmente consciente do seu físico quando em companhia de
outras pessoas? 1 2 3 4 5 6

34. A preocupação com seu físico faz-lhe sentir que deveria fazer exercícios?
1 2 3 4 5 6

TOTAL:
(Cooper et al.: International Journal of Eating Disorders, 6:485-494, 1987).
ESCALA DE HAMILTON
AVALIAÇÃO DA DEPRESSÃO (HAM-D 21 itens)

1 HUMOR DEPRIMIDO ESCORE


0. Ausente
1. Sentimentos relatados apenas ao ser perguntado
2. Sentimentos relatados espontaneamente, com palavras
3. Comunica os sentimentos com expressão facial, postura, voz e
tendência ao choro
4. Sentimentos deduzidos da comunicação verbal e não verbal do
paciente

2 SENTIMENTOS DE CULPA
0. Ausentes
1. Auto-recriminação; sente que decepcionou os outros
2. Idéias de culpa ou ruminação sobre erros passados ou más Acões
3. A doença atual é um castigo. Delírio de culpa
4. Ouve vozes de acusação ou denúncia e/ou tem alucinações visuais
ameaçadoras

3 SUICÍDIO
0. Ausente
1. Sente que a vida não vale a pena
2. Desejaria estar morto; pensa na possibilidade de sua morte
3. Idéias ou gestos suicidas
4. Tentativa de suicídio (qualquer tentativa séria)

4 INSÔNIA INICIAL
0. Sem dificuldade
1. Tem alguma dificuldade ocasional, isto é, mais de meia hora
2. Queixa de dificuldade para conciliar todas as noites

5 INSÔNIA INTERMEDIÁRIA
0. Sem dificuldade
1. Queixa-se de inquietude e perturbação durante a noite
2. Acorda à noite; qualquer saída da cama (exceto para urinar)

6 INSÔNIA TARDIA
0. Sem dificuldade
1. Acorda de madrugada, mas volta a dormir
2. Incapaz de voltar a conciliar o sono ao deixar a cama

7 TRABALHOS E ATIVIDADES
0. Sem dificuldade
1. Pensamento/sentimento de incapacidade, fadiga, fraqueza
relacionada às atividades; trabalho ou passatempos
2. Perda de interesse por atividades (passatempos, trabalho) – quer
diretamente relatada pelo paciente, ou indiretamente, por desatenção,
indecisão e vacilação (sente que precisa se esforçar para o trabalho
ou atividades).
3. Diminuição do tempo gasto em atividades ou queda da produtividade.
No hospital, marcar 3 se o paciente passa menos de 3h em atividades
externas (passatempos ou trabalho hospitalar)
4. Parou de trabalhar devido à doença atual. No hospital, marcar 4 se o
paciente não se ocupar de outras atividades além de pequenas tarefas
do leito, ou for incapaz de realizá-las sem auxílio

8 RETARDO
0. Pensamento e fala normais
1. Leve retardo durante a entrevista
2. Retardo óbvio à entrevista
3. Estupor completo

9 AGITAÇÃO
0. Nenhuma
1. Brinca com as mãos ou com os cabelos, etc
2. Troce as mãos, rói as unhas, puxa os cabelos, morde os lábios

10 ANSIEDADE PSÍQUICA
0. Sem ansiedade
1. Tensão e irritabilidade subjetivas
2. Preocupação com trivialidades
3. Atitude apreensiva aparente no rosto ou fala
4. Medos expressos sem serem inquiridos

11 ANSIEDADE SOMÁTICA (sintomas fisiológicos de ansiedade: boca


seca, flatulência, indigestão, diarréia, cólicas, eructações; palpitações,
cefaléia, hiperventilação, suspiros, sudorese, freqüência urinária)
0. Ausente
1. Leve
2. Moderada
3. Grave
4. Incapacitante

12 SINTOMAS SOMÁTICOS GASTROINTESTINAIS


0. Nenhum
1. Perda do apetite, mas alimenta-se voluntariamente; sensações de
peso no abdome
2. Dificuldade de comer se não insistirem. Solicita ou exige laxativos ou
medicações para os intestinos ou para sintomas digestivos

13 SINTOMAS SOMÁTICOS EM GERAL


0. Nenhum
1. Peso nos membros, costas ou cabeça. Dores nas costas, cefaléia,
mialgia. Perda de energia e cansaço
2. Qualquer sintoma bem caracterizado e nítido, marcar 2

14 SINTOMAS GENITAIS (perda da libido, sintomas menstruais)


0. Ausentes
1. Leves distúrbios menstruais
2. Intensos

15 HIPOCONDRIA
0. Ausente
1. Auto-observação aumentada (com relação ao corpo)
2. Preocupação com a saúde
3. Queixas freqüentes, pedidos de ajuda, etc
4. Idéias delirantes hipocondríacas

16 PERDA DE PESO (Marcar A ou B; A – pela história; B – pela avaliação


semanal do psiquiatra responsável)

A.
0. Sem perda de peso
1. Provável perda de peso da doença atual
2. Perda de peso definida
B.
0. Menos de 0,5kg de perda por semana
1. Mais de 0,5kg de perda por semana
2. Mais de 1kg de perda por semana
17 CONSCIÊNCIA DA DOENÇA
0. Reconhece que está deprimido e doente
1. Reconhece a doença mas atribui-lhe a causa à má alimentação, ao
clima, ao excesso de trabalho, a vírus, necessidade de repouso
2. Nega estar doente

18 VARIAÇÃO DIURNA (se há variação dos sintomas pela manhã ou à


noite; caso não haja variação, marcar 0)
0. Ausentes
1. Leve
2. Grave

19 DESPERSONALIZAÇÃO E DESREALIZAÇÃO (Idéias niilistas,


sensações de irrealidade)
0. Ausentes
1. Leves
2. Moderadas
3. Graves
4. Incapacitantes

20 SINTOMAS PARANOIDES
0. Nenhum
1. Desconfiança
2. Idéias de referência
3. Delírio de referência e perseguição

21 SINTOMAS OBSESSIVOS E COMPULSIVOS


0. Nenhum
1. Leves
2. Graves

ESCORE TOTAL = _________ PONTOS


ESCALA DE AVALIAÇÃO DE ANSIEDADE DE HAMILTON
Protocolo Nº. _________ Iniciais do paciente: __________ Data:____/_____/________

Instruções: Esta lista de verificação é para auxiliar o clínico ou psiquiatra na avaliação de cada paciente de acordo com o seu grau de
ansiedade e condição patológica. Preencha com o grau apropriado, na casela correspondente ao lado de cada item, na coluna à direita.
GRAUS: Nenhum = 0; Leve = 1; Médio = 2; Forte = 3; Máximo = 4

Nº ITEM COMPORTAMENTO GRAU

1 Humor Preocupações, previsão do pior, antecipação temerosa, irritabilidade, etc.


Ansioso

2 Tensão Sensações de tensão, fadiga, reação de sobressalto, comove-se facilmente,


tremores, incapacidade para relaxar e agitação.

3 Medos De escuro, de estranhos, de ficar sozinho, de animais, de trânsito, de multidões, etc.


(avaliar qualquer um por intensidade e freqüência de exposição).

4 Insônia Dificuldade em adormecer, sono interrompido, insatisfeito e fadiga ao despertar,


sonhos penosos, pesadelos, terrores noturnos, etc.

5 Intelectual Dificuldade de concentração, falhas de memória, etc.


(cognitivo)

6 Humor Perda de interesse, falta de prazer nos passatempos, depressão, despertar precoce,
Deprimido oscilação do humor, etc.

7 Somatizações Dores musculares, rigidez muscular, contrações espásticas, contrações involuntá-


Motoras rias, ranger de dentes, voz insegura, etc.

8 Somatizações Ondas de frio ou calor, sensações de fraqueza, visão turva, sensação de picadas,
Sensoriais formigamento, câimbras, dormências, sensações auditivas de tinidos, zumbidos, etc.

9 Sintomas Taquicardia, palpitações, dores torácicas, sensação de desmaio, sensação de extra-


Cardiovasculares sístoles, latejamento dos vasos sanguíneos, vertigens, batimentos irregulares, etc.

10 Sintomas Sensações de opressão ou constricção no tórax, sensações de sufocamento ou


Respiratórios asfixia, suspiros, dispnéia, etc.

11 Sintomas Deglutição difícil, aerofagia, dispepsia, dores abdominais, ardência ou azia, dor pré
Gastrointestinais ou pós-prandial, sensações de plenitude ou de vazio gástrico, náuseas, vômitos,
diarréia ou constipação, pirose, meteorismo, náusea, vômitos, etc.

12 Sintomas Polaciúria, urgência da micção, amenorréia, menorragia, frigidez, ereção incompleta,


Geniturinários ejaculação precoce, impotência, diminuição da libido, etc.

13 Sintomas Boca seca, rubor, palidez, tendência a sudorese, mãos molhadas, inquietação,
Autonômicos tensão, dor de cabeça, pêlos eriçados, tonteiras, etc.

14 Comportamento Tenso, pouco à vontade, inquieto, a andar a esmo, agitação das mãos (tremores,
na Entrevista remexer, cacoetes) franzir a testa e face tensa, engolir seco, arrotos, dilatação
pupilar, sudação, respiração suspirosa, palidez facial, pupilas dilatadas, etc.

ESCORE TOTAL:
ESCALA DE AVALIAÇÃO DE ANSIEDADE DE HAMILTON

Observação: Conforme se pode constatar, esta Escala de Ansiedade de Hamilton (1959) compreende 14 itens
distribuídos em dois grupos, sendo o primeiro grupo, com 7 itens, relacionado a sintomas de humor ansioso e o segundo
grupo, também com 7 itens, relacionado a sintomas físicos de ansiedade – o que possibilita obter escores parciais, ou seja,
separadamente para cada grupo de itens. O escore total é obtido pela soma dos valores (graus) atribuídos em todos os 14
itens da escala, cujo resultado varia de 0 a 56. Esta escala deve ser aplicada pelo profissional.
Escala de Fobia Social - Liebowitz

Nome: _________________________ Data: _______________ Idade: ______ Aplicador: _______

MEDO OU ANSIEDADE EVITAÇÃO

0 = Nenhum 0 = Nunca
1 = Leve 1 = Ocasionalmente
2 = Moderado 2 = Freqüentemente
3 = Intenso 3 = Geralmente
1. Telefonar em público (P).
2. Participar de pequenos grupos (P).
3. Comer em locais públicos (P).
4. Beber com outros em locais públicos (P).
5. Falar com pessoas em posição de autoridade (S).
6. Agir, realizar ou falar em frente a uma audiência (P).
7. Ir a uma festa (S).
8. Trabalhar sendo observado (P).
9. Escrever sendo observado (P).
10. Chamar alguém que você não conhece muito bem (S).
11. Falar com pessoas que você não conhece muito bem (S).
12. Encontrar com estranhos (S).
13. Urinar em banheiro público (P).
14. Entrar em uma sala onde outros já estão sentados (P).
15. Ser o centro das atenções (S).
16. Falar em uma reunião (P).
17. Fazer uma prova (P).
18. Expressar uma discordância ou desaprovação para pessoas que
você não conheça bem (S).
19. Olhar nos olhos de pessoa que você não conheça bem (S).
20. Relatar algo para um grupo (P).
21. Tentar paquerar alguém (P).
22. Devolver mercadorias para uma loja (S).
23. Dar uma festa (S)
24. Resistir as pressões de um vendedor (S).

ESCORE TOTAL.
ANSIEDADE DE PERFORMANCE (P).
ANSIEDADE SOCIAL (S).
Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -SF-36

1- Em geral você diria que sua saúde é:

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim


1 2 3 4 5
2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso,
quando?
Não, não
Sim, dificulta Sim, dificulta
Atividades dificulta de
muito um pouco
modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem
muito esforço, tais como correr,
1 2 3
levantar objetos pesados, participar em
esportes árduos.
b) Atividades moderadas, tais como
mover uma mesa, passar aspirador de 1 2 3
pó, jogar bola, varrer a casa.
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar- 1 2 3
se
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho
ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2
trabalho ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. 1 2
ex. necessitou de um esforço extra).
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho
ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como
se sentir deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2
trabalho ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado 1 2
como geralmente faz.
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?


Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6

8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo
o trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5

9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você
durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se
aproxime de maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Uma
A maior Uma boa Alguma
Todo pequena
parte do parte do parte do Nunca
Tempo parte do
tempo tempo tempo
tempo
a) Quanto tempo você
tem se sentindo cheio de
1 2 3 4 5 6
vigor, de vontade, de
força?
b) Quanto tempo você
tem se sentido uma 1 2 3 4 5 6
pessoa muito nervosa?
c) Quanto tempo você
tem se sentido tão
1 2 3 4 5 6
deprimido que nada
pode anima-lo?
d) Quanto tempo você
tem se sentido calmo ou 1 2 3 4 5 6
tranqüilo?
e) Quanto tempo você
tem se sentido com 1 2 3 4 5 6
muita energia?
f) Quanto tempo você
tem se sentido 1 2 3 4 5 6
desanimado ou abatido?
g) Quanto tempo você
tem se sentido 1 2 3 4 5 6
esgotado?
h) Quanto tempo você
tem se sentido uma 1 2 3 4 5 6
pessoa feliz?
i) Quanto tempo você
1 2 3 4 5 6
tem se sentido cansado?
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
Todo A maior parte do Alguma parte do Uma pequena Nenhuma parte
Tempo tempo tempo parte do tempo do tempo
1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
A maioria A maioria
Definitivamente Não Definitiva-
das vezes das vezes
verdadeiro sei mente falso
verdadeiro falso
a) Eu costumo obedecer
um pouco mais
1 2 3 4 5
facilmente que as outras
pessoas
b) Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa 1 2 3 4 5
que eu conheço
c) Eu acho que a minha
1 2 3 4 5
saúde vai piorar
d) Minha saúde é
1 2 3 4 5
excelente

CÁLCULO DOS ESCORES DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA

Fase 1: Ponderação dos dados

Questão Pontuação
01 Se a resposta for Pontuação
1 5,0
2 4,4
3 3,4
4 2,0
5 1,0
02 Manter o mesmo valor
03 Soma de todos os valores
04 Soma de todos os valores
05 Soma de todos os valores
06 Se a resposta for Pontuação
1 5
2 4
3 3
4 2
5 1
07 Se a resposta for Pontuação
1 6,0
2 5,4
3 4,2
4 3,1
5 2,0
6 1,0
08 A resposta da questão 8 depende da nota da questão 7
Se 7 = 1 e se 8 = 1, o valor da questão é (6)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 1, o valor da questão é (5)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 2, o valor da questão é (4)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (3)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 4, o valor da questão é (2)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (1)

Se a questão 7 não for respondida, o escorre da questão 8 passa a ser o seguinte:


Se a resposta for (1), a pontuação será (6)
Se a resposta for (2), a pontuação será (4,75)
Se a resposta for (3), a pontuação será (3,5)
Se a resposta for (4), a pontuação será (2,25)
Se a resposta for (5), a pontuação será (1,0)

09 Nesta questão, a pontuação para os itens a, d, e ,h, deverá seguir a seguinte


orientação:
Se a resposta for 1, o valor será (6)
Se a resposta for 2, o valor será (5)
Se a resposta for 3, o valor será (4)
Se a resposta for 4, o valor será (3)
Se a resposta for 5, o valor será (2)
Se a resposta for 6, o valor será (1)
Para os demais itens (b, c,f,g, i), o valor será mantido o mesmo
10 Considerar o mesmo valor.
11 Nesta questão os itens deverão ser somados, porém os itens b e d deverão seguir a
seguinte pontuação:
Se a resposta for 1, o valor será (5)
Se a resposta for 2, o valor será (4)
Se a resposta for 3, o valor será (3)
Se a resposta for 4, o valor será (2)
Se a resposta for 5, o valor será (1)

Fase 2: Cálculo do Raw Scale

Nesta fase você irá transformar o valor das questões anteriores em notas de 8 domínios que
variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde 0 = pior e 100 = melhor para cada domínio. É chamado
de raw scale porque o valor final não apresenta nenhuma unidade de medida.
Domínio:
 Capacidade funcional
 Limitação por aspectos físicos
 Dor
 Estado geral de saúde
 Vitalidade
 Aspectos sociais
 Aspectos emocionais
 Saúde mental

Para isso você deverá aplicar a seguinte fórmula para o cálculo de cada domínio:

Domínio:
Valor obtido nas questões correspondentes – Limite inferior x 100
Variação (Score Range)

Na fórmula, os valores de limite inferior e variação (Score Range) são fixos e estão
estipulados na tabela abaixo.

Domínio Pontuação das questões Limite inferior Variação


correspondidas
Capacidade funcional 03 10 20
Limitação por aspectos 04 4 4
físicos
Dor 07 + 08 2 10
Estado geral de saúde 01 + 11 5 20
Vitalidade 09 (somente os itens a + e + 4 20
g + i)
Aspectos sociais 06 + 10 2 8
Limitação por aspectos 05 3 3
emocionais
Saúde mental 09 (somente os itens b + c + 5 25
d + f + h)

Exemplos de cálculos:

 Capacidade funcional: (ver tabela)

Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior x 100


Variação (Score Range)

Capacidade funcional: 21 – 10 x 100 = 55


20

O valor para o domínio capacidade funcional é 55, em uma escala que varia de 0 a 100,
onde o zero é o pior estado e cem é o melhor.
 Dor (ver tabela)
- Verificar a pontuação obtida nas questões 07 e 08; por exemplo: 5,4 e 4, portanto
somando-se as duas, teremos: 9,4

- Aplicar fórmula:
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior x 100
Variação (Score Range)

Dor: 9,4 – 2 x 100 = 74


10

O valor obtido para o domínio dor é 74, numa escala que varia de 0 a 100, onde zero é
o pior estado e cem é o melhor.
Assim, você deverá fazer o cálculo para os outros domínios, obtendo oito notas no
final, que serão mantidas separadamente, não se podendo soma-las e fazer uma média.
Obs.: A questão número 02 não faz parte do cálculo de nenhum domínio, sendo utilizada
somente para se avaliar o quanto o indivíduo está melhor ou pior comparado a um ano atrás.

Se algum item não for respondido, você poderá considerar a questão se esta tiver sido
respondida em 50% dos seus itens.
YALE-BROWN OBSESSIVE-COMPULSIVE SCALE (Y-BOCS)

Instruções para o preenchimento


Para responder às perguntas da Y-BOCS, identifique junto com o terapeuta uma ou
mais de suas obsessões (as que mais lhe incomodam) e procure responder às cinco
questões relativas a obsessões. Depois, identifique uma ou mais das suas compulsões
(as que mais lhe prejudicam) e, da mesma forma, responda às cinco perguntas
relativas a compulsões. Você obterá três notas: uma correspondente à soma dos es-
cores obtidos nas perguntas sobre obsessões, outra relativa à soma dos escores
obtidos nas perguntas sobre compulsões e o escore total.

OBSESSÕES
1. Tempo ocupado pelos pensamentos obsessivos (ou obsessões)
Quanto de seu tempo é ocupado por pensamentos obsessivos?
0. Nenhum
1. Leve: menos de uma hora por dia ou intrusões (invasões de sua mente)
ocasionais
2. Moderado: uma a três horas por dia ou intrusões frequentes
3. Grave: mais de três horas até oito horas por dia ou intrusões muito
frequentes
4. Muito grave: mais de oito horas por dia ou intrusões quase constantes

2. Interferência gerada pelos pensamentos obsessivos


Até que ponto seus pensamentos obsessivos interferem em sua vida social
ou profissional?
0. Nenhuma interferência
1. Leve: leve interferência nas atividades sociais ou ocupacionais, mas o
desempenho global não está comprometido
2. Moderada: clara interferência no desempenho social ou ocupacional,
mas conseguindo ainda desempenhar
3. Grave: provoca comprometimento considerável no desempenho social
ou ocupacional
4. Muito grave: incapacitante

3.Sofrimento relacionado aos pensamentos obsessivos


Até que ponto os seus pensamentos obsessivos o perturbam ou provocam
mal-estar?
0. Nenhuma perturbação
1. Leve: pouca perturbação
2. Moderada: perturbador, mas ainda controlável
3. Grave: muito perturbador
4. Muito grave: mal-estar quase constante e incapacitante

4.Resistência às obsessões
Até que ponto você se esforça para resistir aos pensamentos obsessivos?
Com que frequência tenta não ligar ou distrair a atenção desses
pensamentos quando invadem sua mente?
0. Sempre faz esforço para resistir, ou tem sintomas mínimos que não
necessitam de resistência ativa
1. Tenta resistir na maior parte das vezes
2. Faz algum esforço para resistir
3. Cede a todas as obsessões sem tentar controlá-las, ainda que faça
algum esforço para afastá-las
4. Cede completamente a todas as obsessões de modo voluntário

5. Grau de controle sobre os pensamentos obsessivos


Até que ponto você consegue controlar seus pensamentos obsessivos? É
habitualmente bem-sucedido quando tenta afastar a atenção dos
pensamentos obsessivos ou interrompê-los? Consegue afastá-los?
0. Controle total
1. Bom controle: habitualmente capaz de interromper ou afastar as
obsessões com algum esforço e concentração
2. Controle moderado: algumas vezes é capaz de interromper ou afastar
as obsessões
3. Controle leve: raramente bem-sucedido; quando tenta interromper ou
afastar as obsessões, consegue somente desviar a atenção com
dificuldade
4. Nenhum controle: as obsessões são experimentadas como
completamente involuntárias; raras vezes capaz, mesmo que de forma
momentânea, de modificar seus pensamentos obsessivos

COMPULSÕES (RITUAIS)

6. Tempo gasto com comportamentos compulsivos (compulsões ou


rituais)
Quanto tempo você gasta executando rituais? Se compararmos com o
tempo habitual que a maioria das pessoas necessita, quanto tempo a mais
você usa para executar suas atividades rotineiras devido aos seus rituais?
0. Nenhum
1. Leve: passa menos de uma hora por dia realizando compulsões, ou
ocorrência ocasional de comportamentos compulsivos
2. Moderado: passa uma a três horas por dia realizando compulsões, ou
execução frequente de comportamentos compulsivos
3. Grave: passa de três a oito horas por dia realizando compulsões, ou
execução muito frequente de comportamentos compulsivos
4. Muito grave: passa mais de oito horas por dia realizando compulsões,
ou execução quase constante de comportamentos compulsivos muito
numerosos para contar

7. Interferência provocada pelos comportamentos compulsivos


Até que ponto suas compulsões interferem em sua vida social ou em suas
atividades profissionais? Existe alguma atividade que você deixa de fazer
em razão das compulsões?
0. Nenhuma interferência
1. Leve: leve interferência nas atividades sociais ou ocupacionais, mas o
desempenho global não está comprometido
2. Moderada: clara interferência no desempenho social ou ocupacional,
mas conseguindo ainda desempenhar
3. Grave: comprometimento considerável do desempenho social ou
ocupacional
4. Muito grave: incapacitante

8. Desconforto relacionado ao comportamento compulsivo


Pergunta: Como você se sentiria se fosse impedido de realizar suas
compulsões? Até que ponto ficaria ansioso?
0. Nenhum desconforto
1. Leve: ligeiramente ansioso se as compulsões fossem interrompidas ou -
ligeiramente ansioso durante a sua execução
2. Moderado: a ansiedade subiria para um nível controlável se as
compulsões fossem interrompidas, ou ligeiramente ansioso durante a
sua execução
3. Grave: aumento acentuado e muito perturbador da ansiedade se as
compulsões fossem interrompidas ou aumento acentuado e muito
perturbador durante a sua execução
4. Muito grave: ansiedade incapacitante com qualquer intervenção que
possa modificar as compulsões ou ansiedade incapacitante durante a
execução das compulsões

9. Resistência às compulsões
Até que ponto você se esforça para resistir às compulsões?
0. Sempre faz esforço para resistir, ou tem sintomas mínimos que não
necessitam de resistência ativa
1. Tenta resistir na maioria das vezes
2. Faz algum esforço para resistir
3. Cede a quase todas as compulsões sem tentar controlá-las, ainda
que as faça com alguma relutância
4. Cede completamente a todas as compulsões de modo voluntário

10. Grau de controle sobre as compulsões


Pergunta: Com que pressão você se sente obrigado a executar as
compulsões? Até que ponto consegue controlá-las?
0. Controle total
1. Bom controle: sente-se pressionado a executar as compulsões, mas
tem algum controle voluntário
2. Controle moderado: sente-se fortemente pressionado a executar as
compulsões e somente consegue controlá-las com dificuldade
3. Controle leve: pressão forte para executar as compulsões; o
comportamento compulsivo tem de ser executado até o fim, e somente
com dificuldade consegue retardar a realização das compulsões
4. Nenhum controle: sente-se completamente dominado pela pressão
para executar as compulsões; tal pressão é sentida como fora do
controle voluntário. Raramente se sente capaz de retardar a execução
de compulsões

Escores: Obsessões: _____Compulsões: ____Escore total: _____


Referências:
Goodman WK, Price LH, Rasmussen SA, Mazure C, Fleischmann RL, Hill CL, et al. The yale-
brown obsessive compulsive scale. I. Development, use, and reliability. ArchGenPsychiatry.
1989 Nov;46(11):1006-11.Escala traduzida por Asbahar FR, Lotufo Neto F, Turecki GX, et al.
In: Miguel EC. Transtornos do espectro obsessivo-compulsivo. Rio de Janeiro: Guanabara-
Koogan; 1996. p. 219-30.
ASI6

Estudo:______________________________________

Escala de Gravidade Número Protocolo: ____________________________


Examinador: _________________________________

de Dependência Data da Aplicação: ________/_________/__________

Resumo dos Escores de Gravidade do ASI


The Addiction Severity Index
Sub-escalas Ques- Grau de Ques- Necessidade de
(ASI) Médica
tão
M23
Preocupação
0–1–2–3–4
tão
M24
Tratamento
0–1–2–3–4
Emprego/S. --- ---------------- E23 0–1–2–3–4

Versão 6 Álcool
Drogas
D22
D47
0–1–2–3–4
0–1–2–3–4
D23
D48
0–1–2–3–4
0–1–2–3–4
Observação: Legal L25 0–1–2–3–4 ---- ------------------
Lazer F22 ------------------ ---- 0–1–2–3–4
Família/Soc. F14 0–1–2–3–4 F15 0–1–2–3–4
Este instrumento encontra-se em fase Trauma F38 0–1–2–3–4 F39 0–1–2–3–4
de validação para a cultura brasileira. Filhos F48 0–1–2–3–4 F49 0–1–2–3–4
Seus direitos autorais pertencem Psiquiátrica P20 0–1–2–3–4 P21 0–1–2–3–4

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consentimento dos autores.
O Centro de Pesquisa X – não sabe ou
em Álcool e Drogas da Universidade não entendeu a questão
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) N – não se aplica
é o responsável pela utilização
Q – não quis responder
desta versão em português,
que ainda se encontra em fase de testes. B – o entrevistador deixou
Quaisquer informações sobre o instrumento em branco incorretamente
no Brasil podem ser obtidas
pelos seguintes contatos:

Dr. Felix Kessler: Resultado do teste de urina:


kessler.ez@terra.com.br
Dr. Flavio Pechansky:
fpechans@uol.com.br
 Positivo  Negativo

9
ASI6

G11. Está em internação (1), ambulatório (2), outro local (3)?


Informações Gerais – Esta é uma entrevista
padronizada que pergunta sobre várias áreas da
sua vida – saúde, emprego, uso de álcool e G12. Qual o seu estado conjugal?
1 – casado 4 – Divorciado
drogas, etc. Algumas questões referem-se aos
2 – vivendo como casado 5 – Separado 6 → G14
últimos 30 dias ou aos últimos seis meses, 3 – viúvo 6 – Nunca casou

enquanto outras são sobre a sua vida inteira. G13. Há quanto tempo você está (G12 resposta)?
anos meses
Toda informa-
ção que você fornecer é confidencial G14. Como você foi encaminhado para o tratamento?
– i.e. encaminhado para este programa específico de tratamento
(explique) e será utili- 1 – Por si próprio, cônjuge, familiar ou por amigo
2 – Instituição ou pessoa ligada a tratamento de álcool e drogas
zada para (explique). Por favor, responda às 3 – Instituição de saúde ou profissional de saúde
4 – Escola/Faculdade
questões com a sua melhor estimativa. Se
5 – Trabalho ou programa de assistência ao emprego
houver perguntas que você não entender ou 6 – Serviço Comunitário (programa desemprego, abrigo, igreja, etc.)
7 – Sistema penal ou pelo juiz
preferir não responder, por favor, me informe.
A entrevista terá uma duração de
aproximadamente uma hora. Você tem
alguma pergunta antes de nós começarmos?
Primeiro começaremos com algumas
informações gerais.

Nome do Paciente:________________________________________

G1. Código do paciente:

Nome do Entrevistador:____________________________________

G2. Código do Entrevistador:


ou
G3. Código do Observador:

G4. Data da Entrevista: / /

G5. Data de Admissão: / /

G6. Os dados da entrevista serão referentes ao período:


1 – Anterior à data da própria entrevista:
2 – Anterior à data de admissão:
3 – Anterior à outra data: / /

G7. Hora de Início:

G8. Gênero (1 – Masculino, 2 – Feminino):

G9. Data de Nascimento: / /


(Idade:___________)

G10. Qual raça / cor você se considera? [Marque todas q. se aplicam]


___1. Negra/Preta ___5. Indígena
___2. Branca ___6. Outros
___3. Amarela/Oriental ___ 7. Não respondeu
___4. Parda/Mestiça

10
ASI6

J F M A M J J A S O N D Médico – As questões a seguir são sobre sua saúde física.


M1. Que tipo de convênio/seguro de saúde você tem?
Moradia – As questões seguintes perguntam se você morou
em algum tipo de local restrito ou supervisionado durante [Marque todas que se aplicam]
___1. Nenhum (SUS)
os últimos 6 meses desde _________ e os últimos 30 dias ___2. Seguro privado, plano de saúde privado
desde_________ ex. Unimed, IPE, Golden Cross, Bradesco Saúde
[NOTA: 6 meses = 180 dias, informe ao entrevistado se necessário] ___3. Convênio público
H1. Nos últimos 6 meses, aproximadamente quantas noites você ___4. Convênio militar
ficou em um hospital, unidade de internação psiquiátrica ou de ___5. Outros (especifique:____________________)
tratamento para álcool e/ou drogas (internação), prisão ou delegacia, ___6. Não respondeu
pensão protegida ou albergue para paciente psiquiátrico, ou [NOTA: Se homem, Pule a M2.]
comunidade terapêutica?
A. Últimos 6 meses B. 30 Dias M2. Você está grávida neste momento? 1 – Sim, 0 – Não
2 – Não tem certeza

000 → H8 Alguma vez algum médico ou um profissinal de saúde lhe disse que
Dessas noites, quantas foram em: você tinha alguma das seguintes doenças?
A. B.
1 – Sim, 0 – Não
H2. Unidade de internação para
tratamento de álcool ou drogas? M3. Pressão Alta.................................................................
H3. Hospital geral? M4. Diabetes ......................................................................
H4. Hospital psiquiátrico? M5. Doença Cardíaca..........................................................
M6. Derrame / Isquemia (Acidente Vascular Cerebral)......
H5. Delegacia ou prisão?
M7. Epilepsia ou convulsões ..............................................
H6. Pensão protegida, comunidade
terapêutica ou albergue (p/ pac. psiq.)? M8. Câncer .........................................................................
M9. HIV/AIDS ...................................................................
H7. Outro tipo de situação de moradia
restrita ou supervisionada? M10. Tuberculose .................................................................
Que tipo de lugar? M11. Hepatite .......................................................................
H8. Quantas noites você passou em A. Últimos 6 meses B. 30 Dias M12. Cirrose ou outra doença crônica do fígado ..................
um abrigo para moradores de rua?
M13. Doença renal crônica ...................................................
000 → H9 M14. Problema respiratório crônico .....................................
H9. Quantas noites você passou na rua, ou em lugares como prédios ex. asma, enfisema, DPOC, bronquite
abandonados, carros, parques ou praças, porque você não tinha
outro lugar para ficar? M15. Outro problema ou doença crônica
A. Últimos 6 meses B. 30 Dias ex. artrite, dor lombar crônica, prob. digestivos, hipotireoidismo,
– se “Sim” especifique: _________________________________

000 → NOTA M16. Qualquer incapacidade física que seriamente


[NOTA: Se H8A ou H9A > 0 (i.e. se algum tempo em um abrigo ou prejudica sua visão, audição ou movimentos?
na rua nos últimos 6 meses), passe para a próxima NOTA.] – se “Sim,” especifique: ________________________________

H10. Alguma vez na vida você já ficou em um abrigo para [NOTA: Se M3 – M16 forem todas 0 – Não, Pule a M17.]
moradores de rua ou na rua (em lugares como prédios
abandonados, carros, parques ou praças) M17. Você já recebeu prescrição de medicação
porque você não tinha outro lugar para ficar? 1 – Sim, 0 – Não para qualquer uma dessas condições?
[NOTA: Se H1B + H8B = 30 (i.e. se todos os últimos 30 dias foram 0 – Não
em ambiente restrito ou abrigo), passe para a seção Médica.] 1 – Sim, e ainda estou tomando todos os remédios como prescrito.
2 – Sim, e deveria estar tomando, mas não estou (ou toma apenas alguns).
3 – Sim, mas me disseram (médico) que a medicação não era mais necessária.
H11. Nos últimos 30 dias (quando você não estava em uma situação
de moradia restrita/supervisionada ou abrigo), com quem você
estava morando? M18. Você já solicitou ou recebeu qualquer tipo
[Marque todas que se aplicam] – se morava sozinho pule para seção Médica de pensão para doença física ou incapacidade? 1 – Sim, 0 – Não
___1. Sozinho ___5. Outros parentes adultos – exclua incapacidade psiquiátrica
___2. Cônjuge/Parceiro ___6. Outros adultos não-parentes
___3. Filho(s) < 18anos ___7. Não respondeu M19. Nos últimos 30 dias, você diria que
___4. Pais ___8. Outros sua saúde física esteve?
0 – Excelente 3 – Razoável
H12. Nos últimos 30 dias (quando você NÃO 1 – Muito Boa 4 – Ruim
estava em uma situação de moradia restrita/ 2 – Boa
supervisionada ou abrigo), você morou
com alguém que tem problema
atual com o uso de álcool ou drogas? 1 – Sim, 0 – Não

11
ASI6

(M20 – M23) Nos últimos 30 dias: Emprego/Sustento – As questões seguintes são sobre a sua
educação, emprego e finanças.
[NOTA: NÃO inclua problemas que são totalmente causados por
E1. Qual é o grau máximo de estudo que
estar sob efeito, intoxicado ou em abstinência de álcool ou drogas.
você completou?
Também não inclua transtornos psiquiátricos.]
1 – Ensino Fundamental 4 – Bacharelado
2 – Ensino Médio 5 – Mestrado ou mais
M20. Quantos dias você teve sintomas
3 – Ensino Superior (Faculdade) 6 – Nenhum
ou problemas físicos ou clínicos? Dias
ex. doença, lesão, dor, desconforto, incapacidade
– incluir problemas dentários E2. Você tem algum outro diploma, licença ou
certificado de algum treinamento formal? 1 – Sim, 0 – Não
M21. Quantos dias você esteve incapacitado
para exercer atividades normais por causa E3. Qual é a última série ou ano que você
de sintomas ou problemas clínicos/físicos? Dias completou?
01 = Não alfabetizado 16 = 3º e/ou 4º ano de faculdade
[NOTA: Apresente a Escala de Avaliação do Entrevistado]
02 = 1ª à 4ª série 17 = 5º e/ou 6º ano de faculdade
12 = 5ª à 8ª série 18 = 1º ao 2º ano de pós-g. (mestrado)
M22. Quanto desconforto ou dor física
13 = 1º e/ou 2º ano do E.M. 19 = Doutorado completo ou não
você experimentou? 14 = 3º ano Ensino Médio 20 = Pós-doutorado completo ou não
0 – Nada 3 – Consideravelmente
15 = 1º e/ou 2º ano de faculdade
1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente
E4. Você prestou serviço militar?
M23. Quão preocupado ou incomodado você tem estado 1 – Sim, 0 – Não
com sua saúde física ou qualquer problema clínico?
0 – Nada 3 – Consideravelmente E5. Você participa atualmente de treinamento técnico
1 – Levemente 4 – Extremamente ou programa educacional?
2 – Moderadamente 0 – Não, 1 – Meio-Turno, 2 – Turno Integral

M24. Neste momento, quão importante é para você o tratamento E6. Você tem carteira de motorista válida? 1 – Sim, 0 – Não
(atual ou adicional) para qualquer problema clínico ou físico?
0 – Nada 3 – Consideravelmente
E7. Você usa ou tem um carro ou moto? 1 – Sim, 0 – Não
1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente
E8. Neste momento, é difícil ir ao trabalho/escola,
M25. Quantas vezes na sua vida você já esteve ou procurar trabalho por causa de meio
hospitalizado (ao menos uma noite) de transporte? 1 – Sim, 0 – Não
por problemas físicos ou clínicos?
– não inclua hospitalizações para tratamento de álcool/ [NOTA: Codifique E9. Pergunte apenas se incapaz
drogas ou psiquiátrico, ou partos não complicados. de codificar baseado na informação prévia]
A. Últimos 6 meses B. 30 Dias
M26. Quantos dias você utilizou E9. Você lê/escreve (português) suficientemente
serviços de emergência para bem para preencher uma ficha de emprego? 1 – Sim, 0 – Não
tratar algum problema clínico? 000 → M27
E10. Qual é a sua principal situação de emprego atual? [Marque uma]
A B.
___1. Turno Integral (TI) (35+ h/trabalho), → E12
M27. Quantos dias você tomou ___2. Meio Turno (< 35 h/trabalho), → E12
medicações prescritas ___3. Desempregado e ativamente procurando por trabalho
para uma doença física? 000 → M28 “dispensa temporária”, → E14
– não inclua remédios para problemas ___4. Fora do mercado de trabalho
com álcool/drogas/psiquiátricos. – não trabalha e não procura ativamente por trabalho
___5. Bicos (trabalho irregular e sem horário fixo)
A. B.
M28. Quantos dias você fez visitas
ambulatoriais ou de consultório com E11. [Se fora do mercado de trabalho ou faz bicos responda:]
um médico ou profissional de saúde? 000 → E/S Qual opção melhor descreve sua situação atual?
ex. exame físico de qualquer natureza ou outro
[NOTA: Marque uma ou duas e passe para E14]
monitoramento/cuidado para algum problema médico ou doença.
___1. Dona-de-casa/do lar ___5. Não procura por trabalho
– não inclua tratamento para álcool/ drogas ou psíquico.
___2. Estudante ___6. Procura por trabalho
___3. Incapaz ___7. Institucionalizado
Comentários:______________________________________ ___4. Aposentado ___8. Outro________________
__________________________________________________
__________________________________________________ Comentários:______________________________________
__________________________________________________ __________________________________________________
__________________________________________________ __________________________________________________
__________________________________________________ __________________________________________________
__________________________________________________ __________________________________________________
__________________________________________________ _______________________________________________

12
ASI6

E12. Que tipo de trabalho você faz (trabalho principal)?


Especifique: ________________________________
[NOTA: Codifique uma categoria nas caixas E12. Lista em anexo]
01 – Especialidades Profissionais e Ocupações Técnicas
02 – Ocupações Executivas, Administrativas, Gerenciais
03 – Vendas
04 – Apoio Administrativo e de Escritório
05 – Ocupações de Produção de Precisão, Manufatura e Conserto
06 – Operadores de Máquinas, Montadores e Inspetores
07 – Ocupações de Transporte e Mudanças
08 – Serviços gerais, Limpeza de Equipamentos, Auxiliar, Operário
09 – Ocupações de Serviços, Exceto Empregados Domésticos
10 – Fazendeiro ou Gerente /Administrador de Fazenda
11 – Trabalhador Rural
12 – Militar
13 – Empregados Domésticos
14 – Outro

E13. Este trabalho é sem carteira assinada (informal)?


1 – Sim, 0 – Não

E14. Quanto tempo durou seu trabalho


de turno integral mais longo? Meses
– com um empregador ou como autônomo 000 → E17

E15. Há quanto tempo ele terminou?


[NOTA: Coloque 000 somente se o trabalho atual Meses
(TI) é o mais longo] 000 → E17

E16. Qual era o seu trabalho/ocupação então?


Especifique: ________________________________
[NOTA: Codifique uma categoria da NOTA E12.]

E17. Nos últimos 6 meses (desde __________),


quantas semanas você teve um trabalho pago? Semanas,
– inclua licenças, férias, Max = 26
dias como autônomo, trabalho informal e bicos. 00 → E22

E18. Nos últimos 6 meses, quanto dinheiro


você ganhou (renda bruta)? – incluir bicos

(E19 – E22) Nos últimos 30 dias:


E19. Quantos dias remunerados você trabalhou?
– inclua licenças, férias, dias como autônomo, Dias
trabalho informal e bicos. 00 → E22

E20. Quanto dinheiro você ganhou


(renda bruta)? – incluir bicos R$

E21. Quantos dias você teve qualquer problema


relacionado com o trabalho? Dias
ex. baixa produtividade, discussões,
ser chamado atenção, atrasos, etc.

E22. Você procurou algum emprego?


ex. mandou um currículo, preencheu uma ficha de emprego,
falou com um possível empregador 1 – Sim, 0 – Não

E23. Neste momento, quão importante


é para você receber qualquer tipo de orientação
(como aconselhamento, treinamento ou educação)
para ajudá-lo a se preparar para ou a encontrar
um emprego, ou lidar com problemas profissionais?
– assistência atual ou adicional
0 – Nada 3 – Consideravelmente
1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente

13
ASI6

As próximas perguntas (E24 – E36) são sobre as suas fontes E32. Você alguma vez declarou falência?
de suporte financeiro e renda. 1 – Sim, 0 – Não

E24. Você mora em habitação financiada E33. Você já deixou de pagar um empréstimo para
pelo governo ou recebe auxílio moradia? 1 – Sim, 0 – Não o governo ou instituição privada? 1 – Sim, 0 – Não
ex. crédito educativo, casa, empréstimos bancários.
Nos últimos 30 dias, quanto dinheiro você recebeu de:
E34. Você está mais do que um mês atrasado
E25. pensão, seguro social, seguro R$ nos seus pagamentos para alguma coisa? 1 – Sim, 0 – Não
desemprego? ex. previdência social ou INSS ex: habitação, serviços, cartões de crédito, pensão de filhos,
outros empréstimos/débitos (contas médicas, custos legais,
E25b. …últimos 6 meses? R$ empréstimos pessoais)

E26. assistência pública? R$ E35. Quantas pessoas (não inclua você mesmo)
ex. bolsa família / bolsa escola / moradia / roupas
atualmente dependem de você para o sustento
E26b. … últimos 6 meses? R$ financeiro regular?
ex. para moradia, comida, sustento de filho, mesada, etc.
E27. outra assistência? R$ inclua pessoas que o sujeito sustente, bem como aquelas
ex. vale-refeição ou vale-transporte que ele/ela é obrigado a sustentar

E27b. … últimos 6 meses? R$


E36. Você tem renda suficiente para pagar
E28. sustento ou pensão alimentícia necessidades como moradia,
para crianças? R$ comida e roupas para você mesmo
do pai da criança ou ex-cônjuge. e seus dependentes? 1 – Sim, 0 – Não
– exclua dinheiro de atividades ilegais
E28b. … últimos 6 meses? R$

E29. atividades ilegais? Comentários:______________________________________


ex. tráfico de drogas, prostituição, R$ __________________________________________________
jogo ilegal, venda de objetos ilegais __________________________________________________
E29b. … últimos 6 meses? R$ __________________________________________________
__________________________________________________
E29c. bicos? R$
__________________________________________________
E29d. ... últimos 6 meses? R$ __________________________________________________
__________________________________________________
E30. alguma outra fonte? R$
ex. pediu emprestado/recebeu dinheiro
da família ou renda inesperada
(herança, impostos, loteria, etc.)
E30b. … últimos 6 meses? R$

E31. Quais são suas fontes atuais


de sustento financeiro para moradia,
comida e outras despesas de vida?
[Marque todas que se aplicam]

___1. Emprego
___2. Aposentadoria
– ex. pensão, seguro social (INSS)
___3. Invalidez / Incapacidade
– ex. pensão, seguro social (INSS), indenização
___4. Seguro desemprego
___5. Assistência pública ou governamental
– ex. previdência social, vale-refeição,
moradia subsidiada
___6. Sustento ou pensão alimentícia para criança
___7. Família, amigos ou sócios
___8. Dinheiro ilegal
___9. Institucionalizado ou vivendo em supervisão
– ex: Hospital, pensão protegida, albergue ou pensão.
___10. Outras, ex. economias, etc:
Especifique:_____________________________
___11. Bicos
___12. Nenhuma

14
ASI6

Drogas / Álcool – As questões a seguir são sobre o seu uso D14. Quando você bebeu pela última vez?
de álcool e drogas, e sobre qualquer tratamento para [00 se hoje, 01 se ontem, 02 se 2 dias antes, etc.]
abuso de substâncias que você tenha recebido.
D15. Nos últimos 30 dias, quantos dias você bebeu
Histórico de Tratamentos pelo menos (5 p/homens, 4 p/mulheres)
drinques em um dia?
D1. Quantas vezes diferentes você já foi
tratado para seu uso de álcool ou drogas? D16. Nos últimos 30 dias, quanto
– inclua avaliações para tratamento mesmo que não
tenham se transformado em tratamento. Não incluir AA / NA. 00 → D6
dinheiro você gastou em R$
álcool para você?
D2. Quantos desses tratamentos foram apenas
para desintoxicação? Sintomas do Álcool
– desintoxicação não seguida por tratamento adicional. Nos últimos 30 dias:
D17. Você teve qualquer sintoma de abstinência
D3. Que idade você tinha quando entrou pela
logo após ter diminuido ou parado de beber? 1 – Sim, 0 – Não
primeira vez em um tratamento para álcool/drogas?
D18. Você teve alguma dificuldade em controlar,
Quantos dias você:
A. Últimos 6 meses B. 30 Dias
diminuir ou parar de beber ou passou grande
D4. Participou de programa parte do dia bebendo? 1 – Sim, 0 – Não

ambulatorial ou de consulta médica 000 → D5


D19. Por causa do seu beber,
para tratamento de problemas relacionados a álcool ou drogas)?
você teve algum problema médico
D5. Tomou medicação prescrita para ou psicológico;
tratar seu uso de álcool ou drogas? 000 →D6 ou
ex. dissulfiram, naltrexone (Revia), acamprosato (Campral), teve problemas no emprego (escola)
medicamento para desintoxicação, diazepam, metadona, etc. ou em casa, teve discussões; 1 – Sim, 0 – Não
– exclua medicações para dependência de nicotina. ou
teve problema com a lei?
D6. Participou de reuniões
de auto-ajuda (ex.: AA, NA)? [se nunca participou na vida →D8]
D20. Você foi incomodado por fissuras
D7. Qual o período de tempo contínuo mais ou desejos intensos de beber? 1 – Sim, 0 – Não
longo que você participou de reuniões
de auto-ajuda, pelo menos 2 dias/semana? Anos Meses
D21. Quantos dias você teve essas ou qualquer
outra dificuldade devido ao uso de álcool? 00 → D23

Uso de Álcool
D22. Nos últimos 30 dias, quão preocupado ou incomodado
D8. Quantos anos na sua vida você bebeu álcool você tem estado com esses problemas com álcool?
0 – Nada 3 – Consideravelmente
regularmente, 3 ou + dias/semana?
1 – Levemente 4 – Extremamente
– exclua períodos sem álcool 00 → D10
2 – Moderadamente

D9. Quantos anos na sua vida você bebeu pelo


D23. Neste momento, quão importante é para você o tratamento
menos (5-homem, 4-mulher) drinques1 por dia
(atual ou adicional) para o seu uso de álcool?
regularmente, 3 ou + dias por semana? >0 → D11
0 – Nada 3 – Consideravelmente
1 – Levemente 4 – Extremamente
D10. Você bebeu pelo menos (5 – homem, 4 – mulher) 2 – Moderadamente
drinques por dia em 50 dias ou mais em sua vida? 1 – Sim, 0 – Não
D24. Quão importante é para você alcançar/manter
D11. Que idade você tinha quando bebeu e sentiu pela abstinência total do álcool (i.e., não beber nada)?
primeira vez os efeitos do álcool? [se nunca, codifique NN] 0 – Nada 3 – Consideravelmente
1 – Levemente 4 – Extremamente
D12. Nos últimos 6 meses, durante o mês em que você estava 2 – Moderadamente
bebendo mais, com que freqüência você bebia?
0 – Sem uso (→ D20) 3 – 3-6 vezes por semana Comentários:______________________________________
1 – 1-3 vezes por mês 4 – Diariamente
2 – 1-2 vezes por semana
__________________________________________________
__________________________________________________
D13. Nos últimos 30 dias, quantos dias você bebeu __________________________________________________
qualquer tipo de bebida alcoólica? 00 → D20 __________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
1
Um drinque: considere aproximadamente 1 dose de destilado, 1 cálice de __________________________________________________
vinho ou uma lata de cerveja.

15
ASI6
Tabela de Uso de Drogas – Substâncias Individuais

NOTA: Entregue ao entrevistado a Lista de Drogas e diga: Eu vou perguntar sobre cada grupo de drogas listado. Nós já falamos sobre o
álcool. Vamos começar com a maconha:

Pré-A. Você já experimentou ou usou ____________(mesmo se foi somente uma vez ou prescrita)?
A. Que idade você tinha quando experimentou pela primeira vez ____________?
B. Por quantos anos de sua vida você usou ____________ 3 ou mais dias por semana? – Exclua períodos sem a droga
C. Você já usou ____________ em 50 ou mais dias na sua vida?
D. Nos últimos 30 dias, quantos dias você usou ____________?
E. Nos últimos 30 dias, você usou ____________ ([0] – somente como prescrito, ou [1] – ilegalmente ou mais do que foi prescrito)?

NOTA: Se o entrevistado relata:


1. Nunca ter experimentado uma droga específica (ex. D25-A), codifique “N” e passe para a próxima substância (D26-A).
2. Ter usado 3 ou mais dias por semana por um ano ou mais (ex. D25-B), pule o item seguinte (D25-C), e continue.
3. Nenhum uso nos últimos 30 dias (ex. D25-D = 00), passe para a próxima substância (D26-A).

A. Idade B. Anos de uso C. Usou 50 ou + dias D. Uso nos Últimos E. Usou como Tto
de 1º uso? regular (Na vida)? (Na vida)? 30 dias? (últimos 30 dias)?
[N → próxima A] [>00 → D] [1 – Sim, 0 – Não] [00 → próxima A] [0 – como Tto, 1 – Não Tto]

D25. Maconha
D26. Sedativos
D27. Cocaína inalada
D28. Crack/Merla/Oxi
D29. Estimulantes
D30. Alucinógeno
D31. Heroína
D32. Outros Opióides
D33. Inalantes

Comentários adicionais:___________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________

16
ASI6
Uso de Substâncias – Categorias Problema
01 – Álcool 07 – Heroína
02 – Maconha 08 – Metadona
03 – Sedativos 09 – Outros Opióides
04 – Cocaína / Crack 10 – Inalantes
05 – Estimulantes 11 – Outras Substâncias (inclui nicotina)
06 – Alucinógenos 12 – Nenhuma

Rota(s) de Administração
De que forma você já usou ___________?

Problema Primário A. Categoria B. Na vida C. Últimos 30 Dias


D34. Qual das substâncias listadas (01-12) [marque todas que se aplicam] [marque todas que se aplicam]
está causando a você mais dificuldade
e pode tê-lo levado a buscar tratamento? 12 → D37 __1. Ingerida __4. Injetada __1. Ingerida __4. Injetada
__2. Inalada __5. Outra __2. Inalada __5. Outra
__3. Fumada __3. Fumada __6. Sem uso
Indique a substância específica
dentro das categorias codificadas: _______________

Problema Secundário A. Categoria B. Na vida C. Últimos 30 Dias


D35. Qual das substâncias listadas (01-12) [marque todas que se aplicam] [marque todas que se aplicam]
está causando a 2ª maior dificuldade
e pode tê-lo levado a buscar tratamento? 12 → D37 __1. Ingerida __4. Injetada __1. Ingerida __4. Injetada
__2. Inalada __5. Outra __2. Inalada __5. Outra
__3. Fumada __3. Fumada __6. Sem uso
Indique a substância específica
dentro das categorias codificadas: _______________

Problema Terciário A. Categoria B. Na vida C. Últimos 30 Dias


D36. Qual das substâncias listadas (01-12) [marque todas que se aplicam] [marque todas que se aplicam]
está causando a 3ª maior dificuldade
e pode tê-lo levado a buscar tratamento? 12 → D37 __1. Ingerida __4. Injetada __1. Ingerida __4. Injetada
__2. Inalada __5. Outra __2. Inalada __5. Outra
__3. Fumada __3. Fumada __6. Sem uso
Indique a substância específica
dentro das categorias codificadas: _______________

[NOTA: 4. Injeção = EV (endovenosa) ou IV (intravenosa)


e não-EV/IV: ex. intramuscular, intradérmica, etc.]

Comentários adicionais:___________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________

17
ASI6

Uso de Drogas – Geral (exceto álcool e tabaco) D49. Quão importante é para você alcançar/manter
a abstinência total das drogas
D37. Quantos anos na sua vida você usou qualquer (isto é, não usar nenhuma droga)?
tipo de droga ilegal ou de rua, ou abusou 0 – Nada 3 – Consideravelmente
de qualquer medicação prescrita por pelo – se nunca usou drogas 1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente
menos 3 ou mais dias por semana? ou medicação →D54
D50. Desde que você começou a usar, você já esteve
D38. Nos últimos 6 meses, durante o mês em que
completamete abstinente (limpo) das drogas e
você estava usando mais drogas ilegais ou de rua
do álcool por pelo menos 1 ano? 1 – Sim, 0 – Não
(e/ou abusando de medicação prescrita), qual a – exclua medicações prescritas e apropriadamente) 0 → D52
freqüência de uso de quaisquer drogas? tomadas (ex. metadona, medicações psiquiátricas
0 – Sem uso (→ D45) 3 – 3-6 vezes por semana
1 – 1-3 vezes por mês 4 – Diariamente D51. Há quanto tempo este período
2 – 1-2 vezes por semana de abstinência (limpo) de pelo
menos 1 ano terminou? Anos Meses
D39. Nos últimos 30 dias, em quantos dias [Se atualmente abstinente há 1 ano ou mais, codifique 00 00.]
você usou qualquer tipo de droga ou abusou
de medicações prescritas? 0 → D45 Riscos para a Saúde
[NOTA: Caso ainda não se saiba, pergunte a D52. Caso contrário,
D40. Quantos dias faz que você usou preencha de acordo com as informações prévias]
pela última vez qualquer tipo de droga 00 – se hoje, 01 – se ontem
D52. Alguma vez você se injetou drogas?
ou abusou de medicações prescritas? 02 – se 2 dias antes, etc.
[Injetou = IV (intravenosa) e não-IV] 1 – Sim, 0 – Não
00 → D54
D41. Nos últimos 30 dias, quanto dinheiro
você gastou em drogas? R$ D53. Quando foi a última vez que você
– exclua dinheiro para medicações compartilhou seringas
que são parte do tratamento para drogas ou equipamento de injeção? Anos Meses Atrás
(e.x. metadona, medicações para desintoxicação, etc.) – se nunca, codifique N e N
– se no último mês, codifique 00 00
Sintomas de Drogas (exceto álcool e tabaco)
D54. Nos últimos 6 meses, com quantas pessoas
Nos últimos 30 dias: diferentes você fez sexo oral, anal ou vaginal?

D42. Você teve algum sintoma de abstinência logo D55. Quando foi a última vez que você
após diminuir ou parar qualquer droga? 1 – Sim, 0 – Não fez teste para HIV/AIDS?
– se nunca, codifique N e N Anos Meses Atrás
D43. Você teve algum problema em controlar, – se no último mês, codifique 00 00
diminuir ou parar com as drogas, ou gastou muito
do seu dia usando, sob efeito, recuperando-se, Tabaco – Cigarros, etc.
ou apenas tentando obter drogas? 1 – Sim, 0 – Não D56. Que idade você tinha quando fumou o primeiro
cigarro ou usou tabaco de outra forma? N → D59
D44. Por causa do seu uso de drogas – você teve algum ex. mascou tabaco, charutos, cachimbo
problema médico ou psicológico; ou teve – se nunca experimentou, codifique N
problemas no trabalho (escola) ou em casa,
D57. Quantos anos na sua vida você fumou cigarros
entrou em discussões;
(ou usou tabaco de outra forma) diariamente?
ou teve problemas com a lei? 1 – Sim, 0 – Não
D58. Nos últimos 30 dias, quantos dias você fumou
D45. Você tem sido incomodado por fissuras cigarros (ou usou tabaco de outra forma)?
ou desejos de usar? 1 – Sim, 0 – Não
Jogo
D46. Quantos dias você teve essas ou qualquer
D59. Na sua vida, você alguma vez teve dificuldade
outra dificuldade devido ao uso de drogas? 00 → D48
financeira por causa de jogo? 1 – Sim, 0 – Não

D47. Nos últimos 30 dias, quão preocupado ou incomodado D60. Nos últimos 30 dias, quantos dias você
você tem estado com esses problemas com drogas? participou de qualquer forma de jogo, como bingo,
0 – Nada 3 – Consideravelmente
loteria, corrida de cavalo, jogo do bicho, rinha de galo,
1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente cassinos, ou jogo ilegal de qualquer natureza?
Comentários: ______________________________________
D48. Neste momento, quão importante é para você o tratamento
__________________________________________________
(atual ou adicional) para o seu uso de drogas?
__________________________________________________
0 – Nada 3 – Consideravelmente
1 – Levemente 4 – Extremamente
__________________________________________________
2 – Moderadamente __________________________________________________

18
ASI6
Legal – As próximas questões são a respeito de seu L18. A sua admissão para o tratamento foi ordenada
envolvimento a Justiça Criminal e/ou atividades ilegais. pela justiça? 1 – Sim, 0 – Não
ex. um juiz a requisitou
L1. Na sua vida inteira, você já esteve
em uma prisão ou detido em delegacia, 1 – Sim, 0 – Não
Você está atualmente envolvido com a justiça criminal
mesmo que por poucas horas?
de alguma das seguintes formas?
1 – Sim, 0 – Não
L2. Na sua vida inteira, você já foi preso?
1 – Sim, 0 – Não L19. Investigado em inquérito policial .....................................
Se L1 e L2 = 0 → L18
L20. Suspensão condicional do processo..................................
L3. Que idade você tinha na primeira vez?
>17 → (L7-14) L21. Aguardando julgamento ou sentença................................
L4. Antes dos 18 anos, você já foi preso por? L22. Sursis ou em Liberdade condicional.................................
[Marque todas que se aplicam]
___1. Crimes violentos ou crimes contra pessoas L23. Participando de um programa de justiça terapêutica ........
ex. roubo, agressão, estupro
___2. Ato ilícito ligado a drogas L24. Outros...............................................................................
ex. porte, tráfico, manufatura de drogas ex. procurado pela justiça, mandado de prisão, prisão domiciliar,
___3. Crimes visando lucro ou contra a propriedade supervisão pré-julgamento, está cumprindo pena
ex. roubo de carro ou em loja, arrombamento, vandalismo, incêndio
___4. Infrações praticadas somente por jovens
ex. fugir de casa, violação do toque de recolher, vadiagem L25. Quão graves você considera seus problemas
___5. Outras infrações (Especifique:________________) atuais com a justiça criminal?
0 – Nada 3 – Consideravelmente
L5. Quantas vezes você foi condenado 1 – Levemente 4 – Extremamente
por um ato infracional antes dos 18 anos? Vezes 2 – Moderadamente

L6. Antes dos 18 anos, qual o tempo total que você (L26 – L30) Nos últimos 6 meses:
passou trancado em centros de detenção ou
Pré-A. Você __________ ?
instituições para menores infratores
[NOTA: Se Não, codifique 000 para A. e passe para o próximo item]
(FASE/FEBEM/DEGASE)? Meses
A. número de dias, últimos 6 meses
(L7 – L14) Desde os 18 anos: B. número de dias, últimos 30 dias
A. Últimos 6 Meses B. 30 Dias
Pré-A. Você já foi preso ou detido por ________________ L26. Vendeu ou fabricou drogas? .............
[NOTA: Se Não, codifique 00 para A. e passe para o próximo item] – traficou ou distribuiu para fazer dinheiro,
por sexo ou lucro de qualquer outra maneira
A. Quantas vezes no total?
B. Quantas vezes nos últimos 6 meses? L27. Roubou alguém?...............................
A. Total B. 6 Meses
L7. Porte de drogas? ..................................... L28. Furtou, roubou, arrombou,
– ou equipamentos de droga (parafernália) fraudou, falsificou prescrições Se L28 = 0 → L29
L8. Venda ou produção de drogas? .............. ou cheques, destruiu propriedade
– vender inclui traficar/ distribuir
ou incendiou algo?
L9. Roubo? ...................................................
– roubo à força, ou sob ameaça de força L28c. Roubou em loja ................................
L10. Outros crimes visando lucro? ................ L28d. Praticou arrombamento ....................
– fraude venda de objetos roubados,
vandalismo, incêndio – em loja L28e. Roubou veículo a motor ...................
L11. Crime violento?...................................... L28f. Falsificou..........................................
– violência doméstica, estupro, assassinato.
L12. Armas, prostituição ou jogo? ................. L28g. Fraudou ............................................
– inclua cafetinagem, dinheiro por sexo, L28h. Cometeu vandalismo ........................
pornografia
L13. Dirigir alcoolizado?................................. L28i. Provocou incêndio (premeditado).....
– ou sob efeito de drogas L28j. Roubou / danificou propriedade .......
L14. Alguma outra infração criminal?.............
– violação da condicional, conduta desordeira, L29. Ameaçou ou agrediu alguém? ..........
– invasão, violação de ordem restritiva, – com ou sem uma arma;
negligência ou deserção, etc. – inclua violência doméstica, estupro e assassinato Se L29 = 0 → L30
– exclua roubo
L15. Há quanto tempo foi a última vez que você
foi preso ou detido por qualquer coisa? L29c. Ameaçou sem agressão física ...........
[Codifique 00 se dentro do último mês (30 dias)] Anos Meses L29d. Agrediu fisicamente com uma arma .
L16. Quantas vezes você foi condenado por um L29e. Agrediu fisicamente sem uma arma .
crime cometido após os 18 anos de idade? Vezes L29f. Agrediu sexualmente ........................

L17. Desde os 18 anos, quanto foi o tempo L29g. Assassinou alguém ...........................
total que você passou na cadeia ou prisão? Anos Meses L29h. OUTRO ...............................................

19
ASI6
L30. Fez qualquer outra coisa ilegal? A. Últimos 6 Meses B. 30 Dias F11. Nos últimos 30 dias, alguma situação com seu
– portou arma sem licença, parceiro, parentes adultos ou amigos íntimos
envolveu-se com prostituição, resultou em empurrar/bater ou atirar coisas? 1 – Sim, 0 – Não
cafetinagem ou jogo ilegal, etc.
[exclua uso de droga pessoal ou posse, dirigir sob influência de álcool]
F12. Além do seu parceiro, outros parentes adultos e
amigos íntimos, existe alguém com quem você possa
L30c. Carregar uma arma sem licença ........
contar caso você realmente precise de ajuda? 1 – Sim, 0 – Não
L30d. Prostituição / cafetinagem ................. ex. padre/pastor, médico, padrinho de AA, conselheiro, advogado, etc.
L30e. Jogo ilegal ......................................... F13. No geral, nos últimos 30 dias, quão satisfeito você
tem estado com os seus relacionamentos com adultos?
L31. No total, nos últimos 30 dias, quantos dias você
ex. número de relacionamentos, quantidade de contato,
fez qualquer uma das atividades/coisas acima? qualidade da comunicação, se dá bem, ajudam-se mutuamente, etc.
0 – Nada 3 – Consideravelmente
L32. Quantos dias, no total, você dirigiu 1 – Levemente 4 – Extremamente
sob efeito de drogas ou álcool? 2 – Moderadamente

Família/Social – As questões seguintes são sobre sua F14. Nos últimos 30 dias, quão preocupado ou incomodado
família e relacionamentos sociais. você tem estado com quaisquer problemas com
os seus relacionamentos com adultos?
F1. Você teve um relacionamento amoroso ou sexual 0 – Nada 3 – Consideravelmente
com um(a) parceiro(a) durante o último mês? 1 – Sim, 0 – Não 1 – Levemente 4 – Extremamente
[NOTA: Se não, pule a coluna A (F3A-F9A).] 2 – Moderadamente

F2. Quantos amigos íntimos/verdadeiros2 você tem? F15. Neste momento, quão importante é para você receber
– exclua parceiros sexuais/cônjuge, um auxílio, aconselhamento ou tratamento
e quaisquer outros familiares adultos. (atual ou adicional) para seus problemas
[NOTA: Se 00, pule a coluna C (F3C-F9C).]
de relacionamento com adultos?
0 – Nada 3 – Consideravelmente
NOTA: Para F3 – F9:
1 – Levemente 4 – Extremamente
A. Refere-se a esposa/marido ou parceiro 2 – Moderadamente
B. Refere-se a quaisquer outros membros adultos da família ou parentes.
ex. pais, avós, irmãos, filhos crescidos, tios/tias, primos F16. Você acha difícil falar sobre os seus
C. Refere-se a qualquer amigo íntimo/verdadeiro sentimentos ou problemas mesmo com
pessoas íntimas (inclui parentes)? 1 – Sim, 0 – Não
Nos últimos 30 dias, você:
F17. Você sente-se nervoso ou desconfortável
(1 – Sim, 0 – Não) A. Parceiro(s) B.Parentes C.Amigos
Adultos Íntimos
quando está com outras pessoas? 1 – Sim, 0 – Não

F3. passou tempo (pessoalmente) com F18. É importante para você ter relacionamento
(seu A/quaisquer B,C):.................... próximo/íntimo com pessoas? 1 – Sim, 0 – Não
F4. teve qualquer contato, como, cartas,
telefonemas ou e-mail (outro) com: . Nos últimos 30 dias (F19-F22):
– se F3+F4 = 0, Pule para F9
F19. você foi à missa/serviços ou atividades religiosas
F5. falou para (A/B/C) sobre seus organizados pela sua igreja/congregação? 1 – Sim, 0 – Não
sentimentos ou problemas? ............. – exclua reuniões de auto-ajuda ou AA

F6. teve problema de relacionamento c/. F20. você fez algum trabalho voluntário? 1 – Sim, 0 – Não

F7. teve qualquer discussão com: ......... F21. você freqüentemente sentiu-se chateado ou com
F8. O(s) seu (s) (A/B/C) tem um dificuldade para aproveitar o seu tempo livre? 1 – Sim, 0 – Não

problema atual com álcool F22. Quão satisfeito você tem estado com a forma
ou uso de drogas?.......................... com que você aproveita o seu tempo livre?
– inclua somente aquelas pessoas com 0 – Nada 3 – Consideravelmente
quem você passou tempo ou teve contato nos últimos 30 dias 1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente
F9. Se você precisa de ajuda,
você pode contar com: ..................
As questões seguintes são sobre qualquer abuso ou trauma que você
possa ter sofrido ao longo da sua vida.
F10. Você atualmente tem alguma ordem judicial
de afastamento contra alguém? 1 – Sim, 0 – Não F23. Você já foi fisicamente agredido/abusado 1 – Sim, 0 – Não
por alguém que você conhecia?
Comentários:______________________________________ – exclua abuso sexual, pois este será codificado em F26 0 → F26
__________________________________________________
F24. Que idade você tinha quando isso
__________________________________________________
aconteceu pela primeira vez?
2
Amigo íntimo / verdadeiro: considere alguém com quem você convive F25. Quando isso aconteceu pela última vez?
com uma certa freqüência e pode contar, sem conotação sexual. – se nos últimos 30 dias, codifiique ‘00 00’ Anos Atrás Meses Atrás

20
ASI6
F26. Alguma vez você já foi agredido/abusado [NOTA: Se todos os filhos têm 18 ou mais, → F45]
sexualmente por alguém? 0 → F29
F42. Existe algum processo de guarda aberto
F27. Que idade você tinha quando isso aconteceu pela mãe/pai ou qualquer outro parente? 1 – Sim, 0 – Não
pela primeira vez?
F28. Quando aconteceu pela última vez? F43. Quantos dos seus filhos estão atualmente
– se nos últimos 30 dias, codifique ‘00 00’ Anos Antes Meses Atrás afastados da família por decisão judicial? Filhos
– inclua também aqueles cuidados por parentes via decisão judicial
F29. Você alguma vez foi vítima de um crime
violento como ser espancado ou agredido? 0 → F32 F44. Nos últimos 30 dias, quantos filhos
– exclua familiares, amigos e pessoas conhecidas (menores de 18 anos) moraram com você pelo
– exclua abuso como descrito em F26 e experiência de guerra
menos por algum tempo? Filhos
F30. Que idade você tinha quando isso aconteceu
pela primeira vez? F45. Nos últimos 30 dias, alguma outra criança
(enteado/neto/sobrinho(a), etc.), menor de 18 anos
F31. Quando aconteceu pela última vez?
– se nos últimos 30 dias, codifique ‘00 00’ Anos Atrás Meses Atrás morou com você por pelo menos algum tempo?
– codifique crianças que passam a noite regularmente ou que
F32. Você já esteve em alguma outra situação tenham ficado na sua casa por longo período de tempo 1 – Sim, 0 – Não
de risco de vida? 0 → F35
ex. desastre, acidente grave/incêndio, guerra [NOTA: Se F44 e F45 são 0, i.e. sem crianças
– exclua abuso, crimes violentos como descritos acima
nos últimos 30 dias, pule para F51]
F33. Que idade você tinha quando isso aconteceu
pela primeira vez? F46. Quantas das crianças (que moraram com você)
têm problema(s) grave(s) de saúde,
F34. Quando aconteceu pela última vez?
– se nos últimos 30 dias, codifique ‘00 00 Anos Atrás Meses Atrás de comportamento ou de aprendizado
que requerem cuidado profissional, Crianças
F35. Você já esteve em uma situação onde
tratamento ou atendimento especializado? 0 → F48
você viu alguém sendo morto,
espancado/agredido ou muito ferido? 0 → NOTA F47. Neste momento, quão necessários são
– exclua desastres/acidentes graves ou incêndio e serviços adicionais para tratar esses problemas?
guerra como descrito acima em F32 0 – Nada 3 – Consideravelmente
F36. Que idade você tinha quando isso 1 – Levemente 4 – Extremamente
aconteceu pela primeira vez? 2 – Moderadamente

F37. Quando aconteceu pela última vez? F48. Nos últimos 30 dias, você teve problemas
– se nos últimos 30 dias, codifique ‘00 00’ Anos Antes Meses Antes para conviver bem com essas crianças (< 18) que
[NOTA: Se não há história de abuso ou trauma moraram com você por pelo menos algum tempo?
(i.e., F23, F26, F29, F32, e F35. São todos 0 – Não), 0 – Nada 3 – Consideravelmente
pule para F40.] 1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente
F38. Nos últimos 30 dias, quão preocupado ou incomodado
você tem estado com sentimentos, pensamentos F49. Neste momento, quão importante é para você o aconselhamento
ou outras reações relacionadas a esses eventos? (ex. aulas para pais) para ajudar a conviver melhor com essas
– inclua pesadelos/sonhos, lembranças (flashbacks), etc.
crianças (< 18) que moraram com você?
0 – Nada 3 – Consideravelmente
– aconselhamento atual ou adicional
1 – Levemente 4 – Extremamente
0 – Nada 3 – Consideravelmente
2 – Moderadamente
1 – Levemente 4 – Extremamente
F39. Neste momento, quão importante é para você receber auxílio, 2 – Moderadamente
aconselhamento ou tratamento (atual ou adicional) para
quaisquer sentimentos, pensamentos ou outras reações F50. Neste momento, você precisa de mais auxílio para cuidar
relacionadas a esses eventos? das crianças a fim de participar do tratamento para
0 – Nada 3 – Consideravelmente drogas, trabalhar/estudar ou procurar trabalho? 1 – Sim, 0 – Não
1 – Levemente 4 – Extremamente
2 – Moderadamente
F51. Você já foi investigado ou esteve
sob supervisão do Conselho Tutelar
As questões seguintes são sobre seus filhos ou qualquer outra ou outro programa de proteção a crianças? 1 – Sim, 0 – Não
[NOTA: se 0 ou nunca teve filhos passe para seção psiquiátrica]
criança vivendo com você.
F40. Quantos filhos biológicos e/ou adotivos você tem? 00 → F45 F52. Alguma vez um filho seu já foi retirado de casa
F41. Quais as idades dos seus filhos vivos, começando pelo pelo Conselho Tutelar ou outro programa? 1 – Sim, 0 – Não
mais velho? F53. Alguma vez seu poder de pai/mãe (pátrio poder)
Filho 1 Filho 6 foi suspenso?
– teve seus direitos de ser pai/mãe (poder familiar)
Filho 2 Filho 7 ou a guarda dos seus filhos retirados pela justiça 1 – Sim, 0 – Não

Filho 3 Filho 8 F54. Atualmente você está respondendo a processo


Filho 4 Filho 9 de guarda, ou sendo investigado / supervisionado
pelo Conselho Tutelar ou outro programa
Filho 5 Filho 10 de proteção a crianças? 1 – Sim, 0 – Não

21
ASI6
Psiquiátrico – As questões seguintes são sobre qualquer Você (já): A. B. C. Qtos
tratamento ou avaliação que você tenha recebido para Na vida 30 Dias dias atrás
problemas psicológicos ou psiquiátricos. P10. Sentiu-se ansioso, nervoso ou
P1. Na sua vida, quantas vezes você foi internado preocupado a maior parte do dia
por problemas psicológicos / psiquiátricos? (quase todos os dias por pelo menos 2 semanas seguidas)?
ex. em hospital ou clínica (exclua int. por álcool/drogas) Vezes – para os últimos 30 dias, codifique quaisquer dias 0→P11

P2. Na sua vida, você já recebeu prescrição de P11. Teve alucinações?


medicações para tratar problemas 1 – Sim, 0 – Não – viu ou ouviu coisas que outras
pessoas não viram ou ouviram 0→P12 0→P12
psicológicos / psiquiátricos? 0 → P4
P12. Teve dificuldade para pensar/
P3. Quantos dias você tomou A. Últ. 6 meses B. 30 Dias
concentrar-se, compreender ou
medicações para tratar problemas
lembrar, ao ponto disso lhe causar 0→P13 0→P13
psicológicos / psiquiátricos? 000 → P4
problemas?
P4. Na sua vida, quantas consultas ambulatoriais você
P13. (Desde os 18 anos) Teve dificuldade para
teve para problemas psicológicos / psiquiátricos?
– inclua avaliações individuais em consultório médico 0 →NOTA
controlar seu temperamento, ou seus
(pessoalmente) mesmo que não seguidas de tratamento. impulsos de bater ou ferir alguém? 0→P14 0→P14
– também inclua atendimento primário/família
P14. (Desde os 18 anos) Empurrou,
para problemas psiquiátricos e monitorização
de medicações para problemas psiquiátricos bateu, atirou coisas ou usou
0 – Nenhuma 3 – 26-50 sessões armas contra alguém? 0→P15 0→P15
1 – 1-5 sessões 4 – mais de 50 sessões
2 – 6-25 sessões
P15. Teve pensamentos sérios sobre
A. Últ. 6 meses B. 30 Dias suicídio (ou sobre se matar)? 0→P16 0→P16

P5. Quantas consultas ambulatoriais P16. Tentou o suicídio (se matar)?


ou em consultório você teve? 000 → NOTA 0→P17 0→P17

[NOTA: Se P1, P2, P4 são todas 0-Não, i.e. sem história de P17. Passou por outro problema psicológico
tratamento psiquiátrico, pule para P7] ou psiquiátrico não mencionado ainda?
ex. transtorno alimentar, mania, etc.
P6. Que idade você tinha quando foi avaliado
Especifique: ________________________________________
ou tratado para problemas psicológicos
ou psiquiátricos pela primeira vez? Idade [NOTA: Se todas P9 – P17 são 0 – Não, i.e. sem sintomas ou
problemas psiquiátricos nos últimos 30 dias, pule para P21]
P7. Você atualmente recebe pensão (ou benefício)
para incapacidade/invalidez psicológica? 1 – Sim, 0 – Não (P18 – P20) Nos últimos 30 dias:
– exclua P8 (problemas com o sono) para P18 – P21
As seguintes questões são sobre como você pode ter se
sentido ou agido. Algumas questões são sobre como você já P18. Quantos dias você teve esses
se sentiu ou se comportou em qualquer período da sua vida e problemas psicológicos ou psiquiátricos? Dias

outras são sobre os últimos 30 dias. P19. Quantos dias você esteve incapaz de exercer as
suas atividades normais por causa dos problemas
Código 0 – Não
psicológicos ou sintomas psiquiátricos? Dias
para A/B: 1 – Sim 2 – Sim, mas somente sob efeito
de droga ou em abstinência. P20. Quão preocupado ou incomodado você tem estado
com esses problemas psicológicos ou psiquiátricos?
[NOTA: Se o entrevistado concorda com um sintoma, i.e.,
0 – Nada 3 – Consideravelmente
“Sim” pergunte: “Isso foi APENAS sob efeito de droga 1 – Levemente 4 – Extremamente
ou em abstinência?” e codifique 1 ou 2 como apropriado.] 2 – Moderadamente

(P8 – P17): A. Na sua vida P21. Neste momento, quão importante é para você
B. Durante qualquer um dos últimos 30 dias o tratamento (atual ou adicional) para problemas
C. Há quantos dias você ___ pela última vez? psicológicos / psiquiátricos?
0 – Nada 3 – Consideravelmente
Você (já): A. B. C. 1 – Levemente 4 – Extremamente
Na vida 30 Dias Dias Atrás
2 – Moderadamente
P8. Teve dificuldades para dormir, G15. Hora de Término:
manter o sono*, ou acordar muito
cedo? Comentários:______________________________________
* dormir por toda a noite __________________________________________________
__________________________________________________
P9. Sentiu-se deprimido ou para baixo a maior
__________________________________________________
parte do dia (quase todos os dias
por pelo menos 2 semanas seguidas)?
__________________________________________________
– nos últimos 30 dias, codifique quaisquer dias 0→P10 __________________________________________________

22
ASI6
Taxa global de confiabilidade do entrevistado / Validade da entrevista e dos escores:

Leve em conta a aparente capacidade e disposição do respondente para entender as questões, fornecer estimativas precisas e
pensadas, além de responder honestamente. No geral, o respondente forneceu informação que é:

1 – Ruim, 2 – Satisfatória, 3 – Boa

Ruim: Muitos itens são provavelmente imprecisos, foram recusados,


e/ou o perfil das respostas é contraditório ou sem sentido.

Satisfatória: Numerosas aparentes imprecisões, recusas,


e ou inconsistências, mas o perfil geral das respostas
parece razoável, exceto em 1 ou 2 áreas-problema
(sub-escalas) do instrumento (ASI6).

Boa: Algumas/poucas imprecisões aparentes, recusas


e/ou inconsistências, mas o perfil geral das respostas
parece avaliar bem o respondente.

23
ASI6

Lista de Álcool e Outras Drogas

Álcool – cerveja, vinho, “coolers”, destilados, licores, absinto, bira, birita, cachaça, caipirinha, cana, caninha, chope, conhaque,
gin, graspa, licor, martini, run, tequila, vinho, vodka, whisky e demais bebidas alcoólicas.

Maconha – cannabis, haxixe, THC (delta-9-tetrahydrocannabinol), Cannabis sativa (latim), erva, baura, bolo, fumo, pega, ponta,
beck, baseado, bagulho, breu, fino, marijuana, mary jane, verdinha, pasto, perna de grilo, grama, capim, dar um tapa, tapão, hemp,
dólar, pacau, bhang, bong (persa), ganja (Jamaica), cânhamo (espanhol), charas (oriente), bomba, bob marley, bunfa, chá,
cachimbo da paz, camarão, cangonha, canjinha, capucheta, carne-seca, caroço, coisa, come-e-dorme, erva-do-diabo, cigarrinho
do capeta, jacuzinha, madeira, maluquinha, manga-rosa, preta. AMP, Skunk, skank (maconha “de laboratório”, “supermaconha”).

Sedativos – Barbitúricos – Gardenal, Seconal, Nembutal, Tiopental, Fenobarbital, Fenocris, Edhanol, Fenitoína, Dialudon, Epelin,
Fenital, Hidantal. Benzodiazepínicos – diazepam (Valium, Calmociteno, Daizefast, Dienpax, Noan, Valix, Compaz, Somaplus,
Ansilive, Letansil), clobazam (Frisium, Urbanil), clonazepam (Clonotril, Clonazepam, Rivotril), clordiazepóxido (Limbitrol,
Psicosedin, Menotensil), cloxazolam (Clozal, Elum, Olcadil), alprazolam (Altrox, Aprax, Alpraz, Frontal, Tranquinal, Xanax,
Mesmerin), lorazepam (Lorazefast, Lorazepam, Lorax, Mesmerin, Ativan, Lorium), flunitrazepam (Rohypnol),
flurazepam (Dalmadorm, Dalmane), bromazepam (Lexotan, Bromopirin, Bromoxon, Brozepax, Deptran, Lexfast, Neurilan,
Novazepan, Relaxil, Somalium, Sulpan, Unibromazepam, Nervium), midazolam (Dormonid, Dormium, Dormire),
nitrazepam (Nitrazepol, Sonebon), oxazepam (Serax), triazolam (Halcion).

Cocaína / Crack – pó, branca, branquinha, farinha, coca, epadu, neve, brisola, bright, brilho, pico, basuko, pedaço, ratatá, tiro,
carreira, tema, material, cor, perigo, nóia, poeira, novidade, cheiro, bianca, brisa, talco, pamonha, cristina, priza, osso moído,
osso do diabo, papel, “crack”, free-base, rock, pedra, stone, macaquinho, merla, mel, melado.

Estimulantes – anfetaminas, bolinhas, boleta, Dualid, Hipofagin, Inibex, Ritalina, Preludin, rebites, femproporex, anfepramona,
Moderine, Fluril e Fluramina Adderall, Dexedrine (dexfenfluramina), Cylert (pemolide); Absten, Dobesix e Fagolipo (mazindol).
Metanfetaminas – crystal meth ou crystal, ice, monster, crank, chalk, speed, meth, glass, droga “dos internautas”,
“pílula do vento” ou “pílula do medo”.

Alucinógenos – LSD, ácido, bad trips, selo, selinho, PCP, “pó de anjo”, mescalina, psilocibina, cogumelos, MDMA,
Ecstasy, “X”, “green”, Ayahuasca (Chá do Santo Daime, yajé, caapi, vinho de Deus), 2CB (4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina)
e 2-CT-7 (2,5-dimetoxi-4(n)-propiltiofenetilamina), 4MTA (metiltioanfetamina), PMA (para-metoxianfetamina) e PMMA
(para-metoximetilanfetamina), “Mitsubish”.

Heroína – cavalo, cavalo branco, horse, smack, tar, black, tan, marrom, brown stone, brown sugar, açúcar, açúcar mascavo,
cavalete, chnouk, H, heroa, pó, poeira, castanha, merda, bomba, veneno, burra, gold, bacalhau, elixir, baque, cocada preta.

Outros Opióides – Demerol, ópio, codeína, petidina, percocet/percodan, darvon/darvocet, xaropes (elixir paregórico),
morfina (dimorf), metadona (metadon), etorfina, levorfanol, fentanil, sufentanil, butorfanol, buprenorfina (temgesic),
naloxona (narcan), naltrexona (revia), diprenorfina, β-funaltrexamina, naloxonazina, nalorfina, pentazocina, nalbufina (nubain),
dinorfina, tramadol (anangor, dorless, sylador, timasen, tramadon, tramal, zamadol), meperidina (dolantina, dolosal, dornot),
propoxifeno, ópio, naltrindol, bremazocina, DAMGO, CTPO, DPDPE, DSLET, LAAM.

Inalantes – cola, óxido nítrico (gás do riso), solventes, gasolina, tintas, tiner, sprays de tinta, desodorante, lança-perfume,
detergentes, gás de isqueiro, acetona, cheirinho, cheirinho da loló, loló, cimento de borracha, cimento, PVC, cola de avião,
cola de sapateiro, esmalte, gasolina, tinta spray, vernizes.

Outros – Esteróides e anabolizantes, pílulas para dieta ou sono sem prescrição, ketamina ou “special K” ou Vitamina K,
GHB & GLB ou GHB (sopa) – é um depressor. Incluir medicações desconhecidas.

24
ASI6

Principais Grupos de Ocupação

1 – Especialidades Profissionais e Ocupações Técnicas


(ex. engenheiros, cientistas da computação, cientistas naturais e sociais, profissionais da área da saúde,
trabalhadores sociais e religiosos, professores, advogados, artistas e atletas)

2 – Ocupações Executivas, Administrativas e Gerenciais


(ex. chefes executivos, diretores, gerentes, contadores)

3 – Ocupações de Venda
(ex. corretores de seguro e imóveis, representantes comerciais, varejista,
caixa de banco/supermercado)

4 – Ocupações de Apoio Administrativo e de Escritório


(ex. supervisores, operadores de computador, secretárias, recepcionistas, balconistas,
despachantes, avaliador de seguros, funcionário de banco, ajudantes de professores)

5 – Ocupações de Produção de Precisão, Manufatura e Conserto


(ex. mecânicos, reparador de equipamentos, pedreiros, colocador de tapetes, eletricistas,
pintores, colocadores de telhado, metalúrgicos, estofadores, açougueiro, padeiro,
montadores de equipamentos eletrônicos, calibrador, operadores de sistema hidráulicos)

6 – Operadores de Máquinas, Montadores e Inspetores


(ex. operador de máquina têxtil, metal, plástico, madeira, soldador, cortador,
montadores, checadores, separador)

7 – Ocupações de Transporte e Mudança


(ex. motoristas de todos os tipos, atendentes de estacionamento, operador de guindaste e gruas,
marinheiros e taifeiros (ajudante de convés)

8 – Serviços Gerais, Limpeza de Equipamentos, Auxiliar e Operário


(ex. pescadores, jardineiros, silvicultores (madeireiros), lenhadores, ajudantes de mecânico,
auxiliares de construção e produção, garis (lixeiros), estoquistas e empacotadores)

9 – Ocupações de Serviço, exceto Empregados Domésticos


(ex. serviços de proteção – bombeiros, policiais, guardas; serviços alimentícios – cozinheiros;
auxiliar contábil, assistentes de balcão (atendentes); serviços de saúde – assistentes de dentista,
auxiliares de enfermagem, serventes de hospital; serviços de limpeza e construção – zeladores,
empregados e seus supervisores; serviços pessoais – barbeiros, lanterninhas de cinema,
auxiliares de serviço social ou previdência social, recreacionistas, porteiros e seus supervisores)

10 – Fazendeiro ou Gerente/Administrador de Fazenda


11 – Trabalhadores Rurais
12 – Militar
13 – Empregados Domésticos
(ex. babás, mordomo, governanta, empregada doméstica,...)

14 – Outra

25
ASI6

Escala de Intensidade

0 – Nada

1 – Levemente

2 – Moderadamente

3 – Consideravelmente

4 – Extremamente

26
EAM - Escala de Avaliação de Mania

Roteiro de entrevista para preenchimento da EAM

Instruções

A entrevista de avaliação para preenchimento da EAM é, a priori, não estruturada. As perguntas descritas aqui são APENAS um
roteiro para que, na avaliação do paciente maníaco, nenhum dos itens da EAM deixe de ser avaliado. Portanto, o avaliador tem
liberdade de realizar outras perguntas que julgar necessárias para avaliação de um determinado item, ou então, omitir outras, se o
paciente (ou a observação direta) já tiverem oferecido informações sobre o item a que elas se referem.

As perguntas em parênteses devem ser feitas somente para complementar informações, podendo ser omitidas se o avaliador as
julgar desnecessárias para a avaliação do item em questão.

O entrevistador deve julgar as condições do paciente no momento da entrevista, a partir do seu relato, mas privilegiando a
observação direta.

Antes de iniciar a entrevista, deve-se observar no prontuário do paciente dados referentes ao seu nome, idade, endereço de
moradia, data e hora de entrada no serviço, bem como dados referentes a suas condições sócio-culturais. Além disso, considerar
relatos referentes a insônia, comportamento agressivo, agitação, irritabilidade e comportamento sexual inadequado nas últimas 48 h.
Essas informações são importantes para avaliação de itens como conteúdo do pensamento (neste caso sempre considerar a
condição sócio-cultural do paciente), irritabilidade, atividade psicomotora e interesse sexual, quando o paciente nega alterações.
Nesses casos, confrontar gentilmente o paciente e observar suas respostas. Lembrar-se, contudo, que SEMPRE deve ser
privilegiada a resposta do paciente e a observação direta.

A escala deve ser pontuada somente após o término da entrevista, e não no decorrer dela. Não é necessário que o paciente tenha
todos os itens descritos numa determinada chave de gradação, mas apenas um, o que basta para que esta chave seja marcada.
Considerar a alteração que permeia a maior parte da entrevista.

Entrevista

Itens e perguntas-guia

Qual o seu nome completo? E sua idade? Onde você mora? Com quem você mora? Está trabalhando atualmente? (Já trabalhou
anteriormente? Em quê?)

11. Insight
Quanto tempo faz que você está aqui? Conte-me por que motivo você foi internado. Quando isso começou? O que aconteceu depois? O seu
comportamento [jeito de agir ou de ser] tem sido diferente ultimamente? (Como?) (Você está doente? Quais são os sintomas da sua
doença? Tem algum problema na cabeça? Você precisa de tratamento? Precisa tomar remédios?) [Confrontar se necessário]

04. Sono
Ultimamente, você tem sentido dificuldade para dormir? Quantas horas à noite você tem dormido? Quantas horas você normalmente
costuma dormir? (Quantas horas a menos você tem dormido?) Ultimamente, você precisa de menos horas de sono para se sentir
descansado e bem-disposto? [Confrontar se necessário]

05. Irritabilidade
Nos últimos dias você está impaciente ou irritável com as outras pessoas? (As pessoas tem deixado você nervoso?) Você está tão
irritado [ou nervoso] que começa a brigar com as pessoas ou a gritar com elas? (Conseguiu manter o controle? Tolerou as
provocações? Chegou a agredir alguém ou a quebrar objetos?) [OBSERVAR e confrontar se necessário]

02. Atividade psicomotora


Ultimamente, você tem se sentido mais disposto ou animado que o habitual? Você está se sentindo com muita energia? Sente-se
inquieto ou agitado? Você sente vontade de fazer várias coisas ao mesmo tempo? [OBSERVAR e confrontar se necessário]

03. Interesse sexual


Você tem pensado muito em sexo? Tem tido algum tipo de comportamento sexual que não era habitual antes, ou que tem causado
problemas com as outras pessoas? (Você tem estado muito “paquerador”? Alguém reclamou de algo que você tenha feito, neste

Braz J Med Biol Res 38(9) 2005


Mania rating scale reliability and validity 1437

sentido? Alguém reclamou do seu comportamento sexual?) [OBSERVAR e confrontar se necessário]

06. Fala
Ultimamente, você está mais falante que o normal? As pessoas falam que você está muito falante ou mais falante que o habitual?
(As pessoas têm dificuldade de entender ou interromper você? As pessoas têm dificuldades em conversar com você?) [OBSERVAR]

08. Conteúdo do pensamento


Ultimamente, você tem tido pensamentos diferentes ou estranhos, ou idéias ou planos que antes não passavam pela sua cabeça? Quais
seus planos para o futuro? (O que você tem vontade de fazer?) Nos últimos dias você tem se sentido com algum talento ou habilidade que a
maioria das pessoas não tem? (Como você sabe disso?) Você acha que as pessoas têm inveja de você? Você acredita que tem alguma
coisa importante para fazer no mundo? Você se considera famoso? Você tem alguma relação especial com alguém importante ou famoso?
Você tem a impressão de que as outras pessoas estão falando ou rindo de você? (De que forma você percebe isso?) Você acha que tem
alguém com más intenções contra você ou se esforçando para lhe causar problemas? (Quem? Por quê? Como você sabe disso?)

08. Conteúdo do pensamento


Você acredita que alguém ou alguma coisa fora de você esteja controlando seus pensamentos ou suas ações contra sua vontade?
Você tem a impressão de que o rádio ou a televisão mandam mensagens para você? Você sente que alguma coisa incomum está
acontecendo ou para acontecer? Você sente que tem alguma coisa incomum acontecendo no seu corpo ou cabeça?

01. Humor elevado


Ultimamente, como você se sente? Como tem estado o seu humor (alegre, triste, irritável?) (Se deprimido: Você acredita que pode
melhorar?) Como este sentimento tem afetado o seu dia-a-dia? (Você está mais alegre [confiante ou otimista] que o habitual?
Ultimamente, você está tão bem ou alegre, que as outras pessoas acham que você não está no seu normal? Você está tão alegre
que isto lhe trouxe problemas?) [OBSERVAR]

Encerramento: Estas eram as perguntas que eu precisava fazer. Tem alguma que você acha importante dizer, que eu não perguntei,
ou alguma coisa que gostaria de perguntar?

Obs.: Os itens 07, 09 e 10 da EAM são preenchidos exclusivamente a partir da observação direta.

Item - definição Graus

01. Humor e afeto elevados


Este item compreende uma sensação difusa e prolongada, subjetiva- (0) Ausência de elevação do humor ou afeto
mente experimentada e relatada pelo indivíduo, caracterizada por (1) Humor ou afeto discreta ou possivelmente aumentados, quando questionado
sensação de bem-estar, alegria, otimismo, confiança e ânimo. Pode (2) Relato subjetivo de elevação clara do humor; mostra-se otimista, auto-
haver um afeto expansivo, ou seja, uma expressão dos sentimentos confiante, alegre; afeto apropriado ao conteúdo do pensamento
exagerada ou sem limites, associada a intensa relação com (3) Afeto elevado ou inapropriado ao conteúdo do pensamento; jocoso
sentimentos de grandeza (euforia). O humor pode ou não ser (4) Eufórico; risos inadequados, cantando
congruente ao conteúdo do pensamento. (X) Não avaliado

02. Atividade motora - energia aumentada


Este item compreende a psicomotricidade - e expressão corporal - (0) Ausente
apresentada pelo paciente, incluindo a sua capacidade em controlá-la, (1) Relato subjetivo de aumento da energia ou atividade motora
variando desde um grau de normalidade, até um estado de agitação, (2) Apresenta-se animado ou com gestos aumentados
com atividade motora sem finalidade, não influenciada por estímulos (3) Energia excessiva; às vezes hiperativo; inquieto (mas pode ser acalmado)
externos. O item compreende ainda o relato subjetivo do paciente, (4) Excitação motora; hiperatividade contínua (não pode ser acalmado)
quanto à sensação de energia, ou seja, capacidade de produzir e agir. (X) Não avaliado

03. Interesse sexual


Este item compreende idéias e/ou impulsos persistentes relacionados a (0) Normal; sem aumento
questões sexuais, incluindo a capacidade do paciente em controlá-los. (1) Discreta ou possivelmente aumentado
O interesse sexual pode restringir-se a pensamentos e desejos não (2) Descreve aumento subjetivo, quando questionado
concretizados, em geral verbalizados apenas após solicitação, podendo (3) Conteúdo sexual espontâneo; discurso centrado em questões sexuais;
chegar até a um comportamento sexual frenético e desenfreado, sem auto-relato de hipersexualidade
qualquer controle ou crítica quanto a riscos e normas morais. (4) Relato confirmado ou observação direta de comportamento
explicitamente sexualizado, pelo entrevistador ou outras pessoas
(X) Não avaliado

Braz J Med Biol Res 38(9) 2005


1438
J.A.A. Vilela et al.

04. Sono
Este item inclui a redução ou falta da capacidade de dormir, e/ou a (0) Não relata diminuição do sono
redução ou falta de necessidade de dormir, para sentir-se bem-disposto (1) Dorme menos que a quantidade normal, cerca de 1 hora a menos do
e ativo. que o seu habitual
(2) Dorme menos que a quantidade normal, mais que 1 hora a menos do
que o seu habitual
(3) Relata diminuição da necessidade de sono
(4) Nega necessidade de sono
(X) Não avaliado

05. Irritabilidade
Este item revela a predisposição afetiva para sentimentos/emoções (0) Ausente
como raiva ou mau-humor, apresentados pelo paciente frente a (2) Subjetivamente aumentada
estímulos externos. Inclui baixo-limiar à frustração, com reações de ira (4) Irritável em alguns momentos durante a entrevista; episódios
exagerada, podendo chegar a um estado constante de comportamento recentes (nas últimas 24 horas) de ira ou irritação na enfermaria
desafiador, querelante e hostil. (6) Irritável durante a maior parte da entrevista; ríspido e lacônico o tempo todo
(8) Hostil; não cooperativo; entrevista impossível
(X) Não avaliado

06. Fala (velocidade e quantidade)


Este item compreende a velocidade e quantidade do discurso verbal (0) Sem aumento
apresentado pelo paciente. Inclui sua capacidade de percebê-lo e (2) Percebe-se mais falante do que o seu habitual
controlá-lo, por exemplo, frente a solicitações para que permaneça em (4) Aumento da velocidade ou quantidade da fala em alguns momentos;
silêncio ou permita que o entrevistador fale. verborréico, às vezes (com solicitação, consegue-se interromper a fala)
(6) Quantidade e velocidade constantemente aumentadas; dificuldade para ser
interrompido (não atende a solicitações; fala junto com o entrevistador)
(8) Fala pressionada, ininterruptível, contínua (ignora a solicitação do
entrevistador)
(X) Não avaliado

07. Linguagem - Distúrbio do pensamento


Este item refere-se a alterações da forma do pensamento, avaliado (0) Sem alterações
pelas construções verbais emitidas pelo paciente. O pensamento pode (1) Circunstancial; pensamentos rápidos
estar mais ou menos desorganizado, de acordo com a gravidade das (2) Perde objetivos do pensamento; muda de assuntos freqüentemente;
alterações formais do pensamento, descritas a seguir: pensamentos muito acelerados
(3) Fuga de idéias; tangencialidade; dificuldade para acompanhar o
 Circunstancialidade: fala indireta que demora para atingir o ponto pensamento; ecolalia consonante
desejado, mas eventualmente vai desde o ponto de origem até o (4) Incoerência; comunicação impossível
objetivo final, a despeito da superinclusão de detalhes; (X) Não avaliado

 Tangencialidade: incapacidade para manter associações do
pensamento dirigidas ao objetivo - o paciente nunca chega do ponto
inicial ao objetivo final desejado;

 Fuga de idéias: verbalizações rápidas e contínuas, ou jogos de
palavras que produzem uma constante mudança de uma idéia para
outra; as idéias tendem a estar conectadas e, mesmo em formas
menos graves, podem ser difíceis de ser acompanhadas pelo ouvinte;


 Ecolalia consonante: repetição automática de palavras ou frases, com
entonação e forma que produzem efeito sonoro de rima;

 Incoerência: fala ou pensamento essencialmente incompreensíveis
aos outros, porque as palavras ou frases são reunidas sem uma
conexão com lógica e significado.

Braz J Med Biol Res 38(9) 2005


Mania rating scale reliability and validity 1439

08. Conteúdo
Este item compreende idéias e crenças apresentadas pelo paciente, (0) Normal
variando, de acordo com a intensidade, de idéias novas e/ou incomuns (2) Novos interesses e planos compatíveis com a condição sócio-cultural do
ao paciente, ideação supervalorizada (ou seja, crença falsa, intensa- paciente, mas questionáveis
mente arraigada, porém susceptível à argumentação racional), a (4) Projetos especiais totalmente incompatíveis com a condição sócio-
delírios (crenças falsas, baseadas em inferências incorretas sobre a econômica do paciente; hiper-religioso
realidade, inconsistentes com a inteligência e antecedentes culturais do (6) Idéias supervalorizadas
paciente, e que não podem ser corrigidas pela argumentação). (8) Delírios
Conteúdos comumente encontrados no paciente maníaco, incluem: (X) Não avaliado

 Idéias místicas: de conteúdo religioso;



 Idéias paranóides: crença de estar sendo molestado ou perseguido;

 Idéias de grandeza: concepção exagerada da própria importância,
poder ou identidade, incluindo posses materiais, qualidades
incomuns e relacionamentos especiais com personalidades famosas
ou entidades místicas;

 Idéias de referência: crença de que o comportamento dos outros tem
relação consigo próprio ou de que eventos, objetos ou outras
pessoas possuem um significado particular e incomum para si.

09. Comportamento disruptivo agressivo


Este item compreende a atitude e as respostas do paciente ao
entrevistador e à situação da entrevista. O paciente pode apresentar-se (0) Ausente, cooperativo
desconfiado ou irônico e sarcástico, mas ainda assim respondendo aos (2) Sarcástico; barulhento, às vezes, desconfiado
questionamentos, ou então não cooperativo e francamente agressivo, (4) Ameaça o entrevistador; gritando; entrevista dificultada
inviabilizando a entrevista. (6) Agressivo; destrutivo; entrevista impossível
(X) Não avaliado

10. Aparência
Este item compreende a apresentação física do paciente, incluindo
aspectos de higiene, asseio e modo de vestir-se. (0) Arrumado e vestido apropriadamente
(1) Descuidado minimamente; adornos ou roupas minimamente inadequados
ou exagerados
(2) Precariamente asseado; despenteado moderadamente; vestido com exagero
(3) Desgrenhado; vestido parcialmente; maquiagem extravagante
(4) Completamente descuidado; com muitos adornos e adereços; roupas bizarras
(X) Não avaliado

11. Insight (discernimento)


Este item refere-se ao grau de consciência e compreensão do paciente
quanto ao fato de estar doente. Varia de um entendimento adequado (0) Insight presente: espontaneamente refere estar doente e concorda com a
(afetivo e intelectual) quanto à presença da doença, passando por necessidade de tratamento
concordância apenas frente à argumentação, chegando a uma negação (1) Insight duvidoso: com argumentação, admite possível doença e
total de sua enfermidade, referindo estar em seu comportamento normal necessidade de tratamento
e não necessitando de qualquer tratamento. (2) Insight prejudicado: espontaneamente admite alteração comportamental, mas
não a relaciona com a doença, ou discorda da necessidade de tratamento
(3) Insight ausente: com argumentação, admite de forma vaga alteração
comportamental, mas não a relaciona com a doença e discorda da
necessidade de tratamento
(4) Insight ausente: nega a doença, qualquer alteração comportamental e
necessidade de tratamento
(X) Não avaliado

Braz J Med Biol Res 38(9) 2005


COMUNICAÇÃO BREVE Rev Bras Pisquiatr 2004;26(3):164-73

A adaptação transcultural para o português do


instrumento Dissociative Experiences Scale para
rastrear e quantificar os fenômenos dissociativos
The cross-cultural adaptation to Portuguese of the
Dissociative Experiences Scale for screening and
quantifying dissociative phenomena
Adriana Fiszman,a,b Mariana Cabizuca,b Claudia Lanfredib e Ivan Figueirab,c
aInstituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Versão original aceita em português bGrupo de Pesquisa dos Transtornos Relacionados ao Estresse do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal
do Rio de Janeiro
cFaculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Resumo
Objetivo: Este artigo apresenta a adaptação transcultural para o português da Dissociative Experiences Scale, o questionário mais utilizado mundial-
mente para rastrear e quantificar os fenômenos dissociativos.
Métodos: Fizeram-se duas traduções e suas respectivas retraduções, avaliação da equivalência semântica, elaboração da versão síntese, pré-teste na
população-alvo, realização da versão final e segundo pré-teste na população-alvo.
Resultados: Observou-se um grau elevado de equivalência semântica entre o instrumento original e os dois pares de traduções-retraduções, da
perspectiva dos significados referencial e geral. Os pré-testes na população-alvo conduziram a modificações para confirmar a realização dos critérios
de equivalência semântica e de equivalência operacional.
Conclusão: Este trabalho torna disponível a primeira adaptação para o contexto brasileiro de um instrumento específico para a detecção e a quan-
tificação de sintomas dissociativos.

Descritores: Transtornos dissociativos; Questionários; Tradução (processo)

Abstract
Objective: This paper presents the cross-cultural adaptation to Portuguese of the Dissociative Experiences Scale, the worldwide most employed ques-
tionnaire for screening and quantifying dissociative phenomena.
Methods: Two translations and their respective back-translations were made, as well as the evaluation of the semantic equivalence, the preparation
of the synthesis version, the pre-testing on the target population, the definition of the final version and a second pre-testing on the target population.
Results: A high level of semantic equivalence between the original instrument and the two pairs of translations and back-translations was observed
regarding the referential and general meanings. The two pre-testing in the target population led to alterations in order to achieve the semantic equi-
valence and the operational equivalence criteria.
Conclusion: This work offers the first adaptation of a specific instrument to detect and quantify dissociative symptoms in the Brazilian context.

Keywords: Dissociative disorders; Questionnaires; Translating

Introdução treamento e a quantificação dos sintomas dissociativos. Apesar de


O final da década de 80 foi marcado pelo ressurgimento do inte- a escala não dever ser utilizada como instrumento diagnóstico, o
resse nos estudos teóricos e clínicos sobre os fenômenos disso- escore de 30 é considerado o ponto de corte acima do qual se pode
ciativos, principalmente no que diz respeito à sua relação com as identificar os pacientes com transtornos dissociativos.5 Numa
experiências traumáticas.1-3 Recentemente, o interesse nas mani- investigação dos autores da DES, 74% dos pacientes com
festações dissociativas ampliou-se com a criação do diagnóstico transtorno dissociativo de identidade (TDI) e 80% daqueles com
de transtorno de estresse agudo pelo DSM-IV,4 que enfatiza a ocor- outro transtorno dissociativo foram corretamente identificados
rência destes sintomas. No contexto brasileiro, no conhecimento por este ponto de corte.5 Neste estudo, 63% dos pacientes que
dos autores, não estão disponíveis instrumentos específicos para apresentaram o escore acima de 30 e não apresentavam TDI ti-
a detecção e a quantificação dos sintomas dissociativos, nem ela- nham outro transtorno dissociativo ou transtorno de estresse pós-
borados em português, nem adaptados de outras línguas. traumático.
Este trabalho apresenta as etapas de tradução e adaptação para A DES, portanto, pode ser usada como um instrumento gerador
a língua portuguesa do instrumento Dissociative Experiences Scale de casos suspeitos de apresentarem transtornos dissociativos. Ela
(DES),5-6 o questionário mais utilizado mundialmente para o ras- já foi aplicada em mais de 100 estudos6 e traduzida para 17

164
Rev Bras Pisquiatr 2004;26(3):164-73 Adaptação transcultural do DES / Fiszman A et al

idiomas até a presente data (Sidran Institute, 2003). Uma validação resultou na elaboração da versão final. A etapa 7 consistiu na apli-
por meta-análise encontrou valores elevados de validade conver- cação da versão final em mais 10 pacientes dos mesmos ambu-
gente6 ao mostrar correlação forte da DES com outros ques- latórios, com características sócio-demográficas e diagnósticas
tionários para dissociação e também com entrevistas estrutu- semelhantes às do pacientes da etapa 5.
radas para transtornos dissociativos, sobretudo o SCID-D7 e a
DDIS.8 Além disso, os valores de validade preditiva, consistência Resultados/discussão
interna e confiabilidade teste-reteste também se mostraram satis- Os resultados das etapas 1, 2 e 3 apresentam-se na Tabela 1, que
fatórios.6 exibe o instrumento original, as traduções (V1 e V2) – feitas por
dois dos autores (M.C. e C.L.) – e suas respectivas retraduções (R1
Métodos e R2). Para avaliar o significado referencial (etapa 3), os outros
O processo de equivalência transcultural, baseado no roteiro i- dois autores (A.F. e I.F.) julgaram a equivalência entre os pares de
dealizado por Herdman et al9 e empregado recentemente no Brasil itens do instrumento original e das retraduções de uma forma
por Reichenheim et al10 e Moraes et al,11 ocorreu em sete etapas: contínua, com notas variando entre 0% e 100% (A1). Estes autores
tradução, retradução, avaliação da equivalência semântica, elabo- avaliaram também o significado geral (etapa 3) por meio da com-
ração da versão síntese, pré-teste na população-alvo, elaboração paração entre os pares de itens do instrumento original e das
da versão final e segundo pré-teste na população-alvo. traduções por uma qualificação em quatro níveis: inalterado,
Na primeira etapa, duas traduções do instrumento original em pouco alterado, muito alterado ou completamente alterado (A2).
inglês para o português foram realizadas de maneira indepen- A Tabela 1 mostra que as duas retraduções (R1 e R2) obtiveram
dente, por dois dos autores deste artigo (M.C. e C.L.), ambas médi- grau elevado de equivalência de significado referencial. Nenhum
cas psiquiatras experientes e fluentes na língua inglesa. Na segun- de seus itens apresentou percentual de equivalência inferior a
da etapa, as duas traduções foram retraduzidas para o inglês, 85%. Noventa por cento dos itens da R1 e 73% dos itens da R2
também de forma independente, por dois tradutores bilíngües, obtiveram percentual de 100% de equivalência de significado re-
que têm o inglês como língua nativa. ferencial. O significado geral da primeira tradução (V1) obteve-se
A etapa 3 consistiu na avaliação da equivalência semântica feita inalterado em 28 itens e pouco alterado em somente 1 item. A
pelos outros dois autores (A.F. e I.F.), levando-se em consideração segunda tradução (V2) comportou-se um pouco pior do que a V1,
os significados referencial e geral. Avaliou-se, primeiramente, a com 22 itens inalterados e 7 itens pouco alterados. Nenhum dos
equivalência entre o instrumento original e cada uma das itens da V1 e da V2 apresentou significado geral muito alterado.
retraduções, sob a perspectiva do significado referencial das Durante a elaboração da versão-síntese (etapa 4), deu-se alguma
palavras. O significado referencial diz respeito às idéias e aos obje- primazia à V1 no processo de decisão, já que foram escolhidos 14
tos do mundo aos quais uma ou mais palavras se referem. Isto é, itens da V1 e 9 itens da V2. Em seis situações, decidiu-se pela
se uma palavra no instrumento original possui o mesmo significa- junção do conteúdo das duas traduções, sendo que esta junção foi
do referencial da palavra correspondente na retradução, pode-se modificada em dois itens. A etapa 5 revelou compreensão difícil da
afirmar que existe uma correspondência literal entre elas.10 versão-síntese por parte da população-alvo, o que levou a uma
A segunda avaliação, na etapa 3, relacionou-se com o significado série de modificações na etapa 6.
geral entre cada item do instrumento original e seu correspon- Finalmente, detectou-se dificuldade de entendimento nas
dente em cada versão em português. O significado geral leva em instruções da versão-síntese. Nesta, assim como no questionário
consideração, não somente a correspondência literal entre as original, instrui-se o sujeito a mostrar em que porcentagem do
palavras, mas também os aspectos mais sutis, como, por exemplo, tempo a situação descrita na pergunta ocorre no seu dia-a-dia, cir-
o impacto que elas assumem no contexto cultural da população- culando um número entre 0% e 100%. Devido à dificuldade de com-
alvo.10 As divergências entre as análises de equivalência nesta preensão do conceito de porcentagem por grande parte dos
etapa foram alvo de discussões, que conduziram o grupo às respondedores, optou-se pela modificação do sistema de res-
decisões tomadas na etapa seguinte. posta.
Na etapa 4, foi elaborada uma versão-síntese. Alguns itens foram A versão da DES elaborada para adolescentes contém um método
incorporados de uma das duas versões, na íntegra ou modificados de resposta que dispensa a o conceito de porcentagem.12 Este
pelo grupo, enquanto outros resultaram da junção das duas ver- método orienta o indivíduo a circular um número de “0” a “10”
sões. Por vezes, o conteúdo desta junção foi modificado para me- para mostrar o quanto a situação da pergunta se aplica à sua vida
lhor atender aos critérios de equivalência semântica. diária. Optou-se por incorporar este sistema de resposta às
A etapa 5 envolveu um pré-teste da versão-síntese numa amostra instruções da versão final.
da população-alvo que o questionário pretende cobrir, para detec- Esta mudança não afetou a forma de obtenção do escore do ques-
tar possíveis incongruências de significados entre esta versão e o tionário. Na versão original, o escore é obtido pela soma das mar-
instrumento original. Esta versão foi aplicada em 10 pacientes cações de cada um dos 28 itens, dividida pelo seu número total.
ambulatoriais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nesta versão, basta proceder da mesma maneira, porém multi-
com idades variando entre 21 e 50 anos, sendo sete do sexo femi- plicar o resultado final por 10, já que, neste caso, as respostas
nino e três do sexo masculino. Todos os pacientes tinham o variam de 0 a 10, e não de 0 a 100. Além disso, a versão final
primeiro grau completo e seus diagnósticos pertenciam aos respeitou o formato original do instrumento.
transtornos de ansiedade e/ou transtornos depressivos do DSM- Desta forma, conseguiu-se atingir os critérios, não somente de
IV.4 Na etapa 6, a equipe discutiu a aceitabilidade desta versão na equivalência semântica, mas também aqueles de equivalência
população avaliada e foram propostas novas modificações, o que operacional. A equivalência operacional refere-se à possibilidade

165
Adaptação transcultural do DES / Fiszman A et al Rev Bras Pisquiatr 2004;26(3):164-73

de que mudanças necessárias em elementos do tipo formato, repente, percebem que não ouviram parte ou tudo do que foi dito.
modo de administração e instruções mantenham-se semelhantes Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.
àqueles do instrumento original, não afetando o resultado final.9 A
versão final da adaptação transcultural da DES para o português 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
proposta neste trabalho é apresentada em anexo.
3. Algumas pessoas, às vezes, estão num lugar e não sabem como
Conclusão chegaram lá. Circule um número para mostrar o quanto isto
Este trabalho torna disponível a primeira adaptação para o con- ocorre com você.
texto brasileiro de um instrumento específico para a detecção e a
quantificação de sintomas dissociativos. Com base num roteiro 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
oferecido no âmbito da investigação epidemiológica,10-11 as sete
etapas da adaptação transcultural da Dissociative Experiences 4. Algumas pessoas, às vezes, dão-se conta de estarem vestidas
Scale alcançaram o objetivo de satisfazer os critérios de equi- com roupas que não lembram ter colocado. Circule um número
valência semântica e de equivalência operacional. para mostrar o quanto isto ocorre com você.
O processo de adaptação transcultural do presente trabalho
mostrou-se semelhante àqueles utilizados pelos tradutores da DES 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
de outros idiomas, em especial os que também empregaram téc-
nicas de retradução (back-translation): mandarim, francês, 5. Algumas pessoas, às vezes, encontram objetos novos entre
francês canadense, italiano, japonês, polonês, espanhol, finlandês suas coisas que não lembram ter comprado. Circule um número
e ucraniano (Sidran Institute, 2003). Deve-se ressaltar que, apesar para mostrar o quanto isto ocorre com você.
de a DES ter sido traduzida para 17 idiomas, somente as versões
holandesa, espanhola, francesa, alemã e finlandesa foram sub- 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
metidas a estudos de validação.13-16 Desta forma, os resultados
satisfatórios obtidos neste trabalho devem ser revistos a partir de 6. Algumas pessoas, às vezes, são abordadas por outras pessoas
avaliações psicométricas futuras. que elas não conhecem e que as chamam por outro nome ou insis-
tem que já encontraram com elas antes. Circule um número para
Agradecimentos mostrar o quanto isto ocorre com você.
Os autores agradecem à doutora Liliane Vilete pela assessoria científica e aos
professores Kelly Hayes e Beijamin Lessing pelo trabalho de tradução.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Anexo 7. Algumas pessoas, às vezes, sentem-se como se estivessem ao
Escala de Experiências Dissociativas lado delas próprias ou observando a si mesmas. Ou seja, elas real-
mente se vêem como se estivessem olhando para outra pessoa.
INSTRUÇÕES Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.
Este questionário contém 28 perguntas sobre experiências que
você pode ter no seu dia-a-dia. Nós estamos interessados no quan- 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
to você tem essas experiências quando você não está sob efeito de
álcool ou drogas. 8. Algumas pessoas são informadas de que elas, às vezes, não
Para responder a essas perguntas, por favor, circule um número reconhecem amigos ou membros da família. Circule um número
para mostrar o quanto a situação descrita na pergunta ocorre para mostrar o quanto isto ocorre com você.
com você. Circule o “0” se a situação nunca acontece. Circule o
“10” se ela sempre acontece. Se ela acontece às vezes, mas não 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
sempre, circule o número de “1” a “9” que melhor indique o quan-
to a situação ocorre com você. 9. Algumas pessoas não se lembram de alguns eventos impor-
tantes de suas vidas (por exemplo, um casamento ou formatura).
EXEMPLO: Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
(nunca) (sempre)
10. Algumas pessoas, às vezes, são acusadas de mentir quando
1. Algumas pessoas, às vezes, estão dirigindo ou passeando de elas acham que não mentiram. Circule um número para mostrar o
carro ou ônibus ou metrô e, de repente, percebem que não se lem- quanto isto ocorre com você.
bram do que aconteceu durante toda ou parte da viagem. Circule
um número para mostrar o quanto isto ocorre com você. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11. Algumas pessoas, às vezes, olham-se no espelho e não se
reconhecem. Circule um número para mostrar o quanto isto
2. Algumas pessoas, às vezes, estão escutando alguém falar e, de ocorre com você.
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Rev Bras Pisquiatr 2004;26(3):164-73 Adaptação transcultural do DES / Fiszman A et al

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

12. Algumas pessoas, às vezes, sentem que as outras pessoas, as 21. Algumas pessoas, às vezes, quando estão sozinhas, falam em
coisas e o mundo em volta delas não são reais. Circule um número voz alta consigo mesmas. Circule um número para mostrar o quan-
para mostrar o quanto isto ocorre com você. to isto ocorre com você.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

13. Algumas pessoas, às vezes, sentem que seu corpo não parece 22. Algumas pessoas, às vezes, sentem-se como se fossem duas
pertencer a elas. Circule um número para mostrar o quanto isto pessoas diferentes, porque mudam muito seu comportamento de
ocorre com você. uma situação para outra. Circule um número para mostrar o quan-
to isto ocorre com você.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
14. Algumas pessoas, às vezes, recordam um acontecimento pas-
sado tão nitidamente ou intensamente que elas sentem como se 23. Algumas pessoas, em algumas situações, são capazes de fazer
estivessem revivendo este acontecimento. Circule um número com muita facilidade aquilo que normalmente seria difícil para
para mostrar o quanto isto ocorre com você. elas (por exemplo, esportes, trabalho, situações sociais, etc).
Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
15. Algumas pessoas, às vezes, ficam em dúvida se algumas
coisas realmente aconteceram com elas ou se elas apenas so- 24. Algumas pessoas, às vezes, ficam em dúvida se fizeram algu-
nharam com estas coisas. Circule um número para mostrar o ma coisa ou só pensaram ter feito aquela coisa (por exemplo, não
quanto isto ocorre com você. saber se elas enviaram uma carta ou apenas pensaram em enviá-
la). Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 você.

16. Algumas pessoas, às vezes, estão num lugar bem conhecido, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10


mas acham que nunca estiveram ali antes. Circule um número
para mostrar o quanto isto ocorre com você. 25. Algumas pessoas encontram evidências de terem feito coisas
que elas não se lembram de ter feito. Circule um número para
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 mostrar o quanto isto ocorre com você.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
17. Algumas pessoas estão assistindo à televisão ou a um filme e
ficam tão envolvidas com a história que não percebem os acon- 26. Algumas pessoas, às vezes, encontram papéis escritos, dese-
tecimentos ao seu redor. Circule um número para mostrar o quan- nhos ou notas entre as suas coisas que elas provavelmente fize-
to isto ocorre com você. ram, mas não conseguem se lembrar de ter feito. Circule um
número para mostrar o quanto isto ocorre com você.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
18. Algumas pessoas ficam tão envolvidas numa fantasia ou so-
nhando acordadas que sentem como se isto estivesse realmente 27. Algumas pessoas, às vezes, ouvem vozes dentro de suas
acontecendo com elas. Circule um número para mostrar o quanto cabeças que falam para elas fazerem coisas ou comentam sobre
isto ocorre com você. coisas que elas estão fazendo. Circule um número para mostrar o
quanto isto ocorre com você.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
19. Algumas pessoas, às vezes, são capazes de não sentir dor.
Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você. 28. Algumas pessoas, às vezes, ao olhar ao redor, sentem como
se tudo estivesse embaçado, de tal forma que as pessoas e as
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 coisas parecem estar longe ou pouco nítidas. Circule um número
para mostrar o quanto isto ocorre com você.
20. Algumas pessoas, às vezes, ficam sentadas olhando para o
nada, pensando em nada, e não percebem a passagem do tempo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

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Adaptação transcultural do DES / Fiszman A et al Rev Bras Pisquiatr 2004;26(3):164-73

Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFRJ


Financiamento e Conflito de Interesses: Inexistente
Recebido em 15.05.2003
Aceito em 28.10.2003

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Correspondência
Adriana Fiszman
Avenida das Américas, 3.333, sala 1.018 – Barra da Tijuca
22601-003 Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Tel./Fax: (21) 3325-3585
E-mail: afiszman@rio.com.br
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(continuação)

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(continuação)

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(continuação)

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Escores das escalas

Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-D), criada por


Max Hamilton et al. 1 , foi construída na década de 1960 para ser utilizada
exclusivamente em pacientes previamente diagnosticados com transtorno
afetivo do tipo depressivo. Em função da organização e da escolha de seus
itens, eles servem para identificar a gravidade dos sintomas depressivos, e não
sua existência.
Escores sugeridos: Não se encontram na literatura pontos de corte
determinados pelo autor da escala, aceitando-se, na prática clínica,
escores acima de 25 pontos indicam depressão grave
escores entre 18 e 24 pontos, depressão moderada
escores entre 7 e 17 pontos, depressão leve;

Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM) (1959) compreende 14 itens


distribuídos em dois grupos, sendo o primeiro grupo, com 7 itens, relacionado a
sintomas de humor ansioso e o segundo grupo, também com 7 itens, relacionado a
sintomas físicos de ansiedade – o que possibilita obter escores parciais, ou seja,
separadamente para cada grupo de itens.
O escore total é obtido pela soma dos valores (graus) atribuídos em todos os
14 itens da escala, cujo resultado varia de 0 a 56. Esta escala deve ser aplicada pelo
profissional.
Hamilton > 12 ansiedade patológica

Escala Liebowitz de Fobia Social (Heimberg et al., 1999):


Caracteriza-se pela avaliação de situações de desempenho e de interação
social que os indivíduos com TAS tendem a evitar ou temer. É composta por 24
itens divididos em duas subescalas: interação social (11 itens) e desempenho
(13 itens), avaliados em uma escala Likert de quatro pontos (zero a três). Na
codificação, consideram-se seis subescalas (medo, medo de interação social,
medo de desempenho, evitação, evitação de interação social e evitação de
desempenho) e o escore total é a somatória das subescalas.

Escores da Liebowitz:

55 – 65: Fobia Social moderada.


66 – 80: Fobia Social média.

81 – 95: Fobia Social grave.

>95: Fobia Social muito grave.

Adult ADHD Self-Report Scale – ASRS (Schweitzer et al., 2001).

A Adult Self-Report Scale (ASRS, versão 1.1) foi desenvolvida para adaptar os
sintomas de TDAH listados no DSM-IV para o contexto da vida adulta. A escala
possui 18 itens que contemplam os sintomas do critério A do DSM-IV. A ASRS
oferece cinco opções de resposta de frequência: nunca, raramente, algumas
vezes, frequentemente e muito frequentemente.

Escores (tanto para parte A quanto para parte B):

0 – 16: TDAH improvável.

17 – 23: TDAH provável.

>24: TDAH muito provável.

Escala de Avaliação de Mania – EAM / YMRS (Young et al., 1978).

A entrevista de avaliação para preenchimento da EAM é, a priori, não


estruturada. As perguntas descritas são um roteiro para que, na avaliação do
paciente maníaco, nenhum dos itens da EAM deixe de ser avaliado. Portanto, o
avaliador tem liberdade de realizar outras perguntas que julgar necessárias
para avaliação de um determinado item, ou então, omitir outras, se o paciente
(ou a observação direta) já tiverem oferecido informações sobre o item a que
elas se referem.

Escores:

A pontuação é feita após a entrevista. Cada item tem respostas específicas que
devem ser avaliadas de acordo com as respostas do paciente (graus). Cada
item é pontuado em uma escala de Likert de 5 categorias, onde 0 = não
presente, 1 = bastante leve ou duvidoso, 2 = leve, 3 = moderado, 4 = severo.

Escala Obsessivo-compulsivo de Yale-Brown – Y-BOCS (Goodman


et al., 1989)

Avalia a gravidade dos sintomas obsessivos-compulsivos. Descreve os tipos de


sintomas obsessivos-compulsivos e é seguida pela avaliação da gravidade dos
mesmos. Possui cinco questões referentes ao tempo gasto com as obsessões
e compulsões, interferência nas atividades diárias, angústia, resistência e
controle. Respostas variando de 0 a 4 pontos. Escore máximo de 40 pontos.
Fornece três notas: uma referente à soma dos escores obtidos nas perguntas
sobre obsessões, outra referente à soma dos escores obtidos nas perguntas
sobre compulsões e o escore total.

Escores:

0 - 7 subclínico

8 - 15 leve

16 - 23 moderado

24 - 31 severo

32 - 40 extremo

Body Shape Questionnare-BSQ – o BSQ é utilizado para identificar a


insatisfação em relação a imagem corporal por envolver questões
relacionadas a aparência física (medo de ganhar peso, insatisfação com o
corpo, desejo de perder peso etc.).criado por Cooper et al. (1987) e
traduzido para o português por Cordas, T.A; Castilho, S.(1994); Constituído
de 34 perguntas referentes à imagem corporal. Com uma legenda de 1 a 6
(1-Nunca; 2-Raramente; 3-Às vezes; 4- Freqüentemente; 5-Muito
freqüentemente e 6-Sempre). O resultado é obtido pela soma dos valores
assinalados em cada pergunta. Quando se atinge pontuação resultante
inferior a 80 considera- se que a pessoa não apresenta insatisfação;
Entre 80 e 110 há uma leve,

Entre 111 e 140 há moderada insatisfação;

Mais que 140 pontos há insatisfação grave.

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