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Avaliação Do Impacto Da Manufatura Enxuta Na Eficiência Global Do Equipamento em Um Processo de Usinagem de Uma Indústria Do Setor Metalmecânico
Avaliação Do Impacto Da Manufatura Enxuta Na Eficiência Global Do Equipamento em Um Processo de Usinagem de Uma Indústria Do Setor Metalmecânico
JOINVILLE
2016
MARIO CLEITON STEPHANI
JOINVILLE
2016
A todos que contribuíram para construção
do conhecimento e meu
desenvolvimento. Para aqueles que se
foram e, para aqueles que ficaram em
minha vida e que hoje fazem parte de
minha história....
AGRADECIMENTOS
Brazil is in a deep economic recession and political instability, facts that create
unemployment and reduces even more the productive capacity of the manufacturing
industry. Therefore, it is vital for companies in Santa Catarina’s northern region, that
occurs a gradual increase in the productive capacity of their equipment in order to
remain competitive in the market, being the overall purpose of this essay to evaluate
the impact of implementation of lean manufacturing in overall equipment effectiveness
(OEE). The methodology used in this research fits as applied research of the
quantitative problem approach, its goals are characterized as descriptive research,
with the procedures for collecting field data, and the technical procedure is framed as
action research. This essay is an approach to the variables involving the overall
equipment effectiveness, assessing the impacts of Lean Manufacturing in these rates
in a mid-sized company in the metal-mechanic sector, but it can be replicated in other
industries. To make detailed analysis, we designed a procedure to collect data and
note the losses in the production process. After that we created a database, so that
the measurements and analysis were compared throughout the whole survey. The
procedure adopted was primarily the implementation of the overall equipment
effectiveness, execution of measurements in the system, in which it was determined
the plant productivity rate then it was made the improvement’s implementation and at
the end made a comparison with the data obtained throughout the development. The
research lasted 15 months and in this regard, the company showed a positive trend in
rates, reaching the set goal of 70%, and in the beginning of the research the rates were
steady in the average of 49%, below world standards that are 85%. The three rates of
availability, performance and quality when analyzed in a segmented way, had an
increase of 7.18%, 10.78% and 5.24% respectively. Another important indicator was
the percentage of product delivery before deadline that was 50% before the Lean
Manufacturing be implemented to over 80% the rates, thing which has put the company
in a more competitive level in the regional and national scene.
BD – Banco de Dados
ME – Manufatura Enxuta
OF – Ordem de Fabricação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 17
1.1 OBJETIVO ................................................................................................... 19
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 19
1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 19
1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 19
1.3 DELIMITAÇÃO DE PESQUISA .................................................................... 21
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 22
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 23
2.1 SETOR METALMECÂNICO ......................................................................... 23
2.2 MELHORIA CONTÍNUA ............................................................................... 25
2.3 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL (MPT) .............................................. 28
2.4 MANUFATURA ENXUTA ............................................................................. 30
2.4.1 Mapeamento do fluxo de valor .................................................................. 32
2.4.2 Padronização .............................................................................................. 34
2.4.3 Desperdícios relacionados a produção ................................................... 38
2.4.4 Troca Rápida de Ferramental (TRF).......................................................... 39
2.4.5 Eficiência global do equipamento ............................................................ 42
2.4.5.1 Taxa de disponibilidade ............................................................................ 47
2.4.5.2 Taxa de desempenho ............................................................................... 48
2.4.5.3 Taxa de qualidade .................................................................................... 49
2.4.6 Variações da OEE....................................................................................... 50
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 52
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................... 52
3.2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ............................................................... 53
3.3 APLICAÇÃO DO ESTUDO .......................................................................... 53
3.4 IMPLEMENTAÇÃO DA PESQUISA ............................................................. 53
4 APLICAÇÃO DO ESTUDO .......................................................................... 59
4.1 Aplicando o fluxograma proposto ................................................................. 59
4.1.1 Apresentação da OEE ................................................................................ 60
4.1.2 Implementação dos formulários ............................................................... 60
4.1.3 Coleta dos Dados ....................................................................................... 65
4.1.4 Criação do banco de dados ...................................................................... 65
16
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
1.2 JUSTIFICATIVA
processo e realiza maior variedade de produtos. A empresa conta ainda com mais
dois tornos idênticos e que executam os mesmos produtos
Foram envolvidas equipes de kaizen compostas por funcionários das áreas
específicas da produção, tais como: engenharia, usinagem e Programação,
Planejamento e Controle da Produção (PPCP).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Por meio desta forma, eles estabeleciam o lucro que desejavam e realizavam
melhorias no chão de fábrica para reduzir os custos, assim obtinham os lucros
almejados. Esta teoria vem sendo utilizada no ocidente nos últimos anos e é
conhecida como “Target Costing” ou custo alvo, traçando uma meta de custo para se
atingir a médio e longo prazo.
Como princípio básico para essa filosofia, nenhum dia deve passar sem que
algum tipo de melhoria seja alcançado em algum lugar da empresa (ALVAREZ, 1996).
O autor define que esta é a base da melhoria incremental com o questionamento
diário, com os desperdícios perseguidos, as atividades que não agregam valor serão
estudadas, os movimentos desnecessários eliminados e as perdas reduzidas.
A busca sistemática de oportunidades no gemba (chão de fábrica), para atingir
desempenhos satisfatórios por meio de iniciativas simples e de baixo investimento,
com o apoio de toda equipe da empresa, é a melhor descrição do termo melhoria
contínua (MARCHIORI e MIYAKE, 2001).
Para que se obtenha sucesso em sua utilização algumas regras são
necessárias, que segundo Imai (1996), fundador do Kaizen Institute, define como
sendo crucial a qualidade aplicada a um evento kaizen obedecendo-se os dez
mandamentos descritos a seguir:
reduzir essa linha do tempo, removendo desperdícios que não agregam valor (OHNO,
1997).
O termo Lean Production surgiu com a aplicação dos conceitos do Just in time
(JIT) no ocidente, com maior força nos Estados Unidos, em especial por um grupo de
pesquisadores do MIT, que estudaram o Sistema Toyota de Produção (STP)
(WOMACK et al., 2004).
Em 1992, com a publicação do livro a “Máquina que Mudou o Mundo” de
Womack, Jones e Roos o termo, STP, deixou de ser o sistema de produção da Toyota,
para se tornar um dos sistemas mais estudados e aplicados depois da era Ford.
Esta filosofia de produção surgiu com o objetivo de aperfeiçoar os processos,
reduzir desperdícios, como o excesso de estoque nos postos de trabalho, filas de
espera elevadas, entre outros. Seus objetivos fundamentais são a qualidade e a
flexibilidade do processo, ampliando sua capacidade de produzir (SANTOS et al.,
2009).
Emprega-se na ME, equipes de trabalhadores multiqualificados, também
conhecidos como polivalentes, em todos os níveis da organização, além de máquinas
altamente flexíveis e cada vez automatizadas, com capacidade para produzir produtos
cada vez mais customizados (LIKER e MEIER, 2007).
A ME conta com um grande número de ferramentas que podem ser utilizadas
para melhorar os processos produtivos, no Quadro 3, são mostradas as principais
ferramentas e por que se deve realizar a sua aplicação.
31
Custo
baixo
CLIENTE
Eliminação total de
Menor desperdícios Melhor
Lead time qualidade
Just-in-time Jidoka
Fluxo
contínuo Autonomação
Takt time
Prod. puxada Poka-yoke
e até outras unidades produtivas, nas quais o produto passa ao longo de sua
fabricação.
Werkema (2012), descreve o MFV, como uma ferramenta da ME que se utiliza
de símbolos gráficos, para representar visualmente tanto a sequência quanto o
movimento de informações, materiais e ações. Estes elementos são os que
constituem o fluxo de valor que nada mais é do que a realização progressiva de tarefas
ao longo da cadeia de valor, para que um produto passe da concepção ao lançamento,
do pedido a entrega e da matéria prima ao cliente.
O progresso deve ser exposto com os problemas à vista, em um ambiente sem
censuras sendo assim muito mais produtivo do que escondê-los ou guardá-los no
computador (LÉXICO, 2011). É ideal considerar e, mapear o MFV atual e identificar
os desperdícios, propondo uma situação futura, visando otimizar os resultados desse
fluxo de valor, conforme pode ser visualizado na Figura 3
Value Stream
ORDEM DE
PPCP VENDAS
PEDIDOS
COMPRA
FORNECEDOR . CLIENTE
3000 Peças por mês
142,86 Peças por dia *demanda do cliente/n de dia
ORDEM DE PROGRAMAÇÃO
PODUÇÃO SEMANAL
1x per
months
REUNIÃO LISTA
DIARIA CRÍTICA
1x per
months
INSPEÇÃO DE
QUALIDADE
E E E E
589 peças 745 peças 254 peças 180 peças TAKT = 0,21 pç/min
1 OPERADOR 1 OPERADOR 1 OPERADOR 1 OPERADOR LEAD TIME = 5628,35 min
TC 5 min TC 15 min TC 30 min TC 24 min TVA 74 min
TR 10 min TR 13 min TR 5 min TR 11 min ou
TU= 85% 448,8 TU= 85% 448,8 TU= 85% ## TU= 85% 448,8 LEAD TIME 22,57 Dias
TURNO 1 TURNO 1 TURNO 1 TURNO 1
89,76
1850 min 2340 min 798 min 565 min LEAD TIME
5 min 15 min 30 min 24 min TVA
Sempre que possível deve-se usar um fluxo contínuo, simplesmente pelo fato
que desta forma, o lead time é drasticamente reduzido.
2.4.2 Padronização
Como foco principal das regras, a primeira delas é a padronização, pois esta é
elemento base para as demais. Seguem as regras:
É uma tarefa da gestão, fazer com que as rotinas dos membros da organização
tenham padrões de comportamento, como a kata de melhoria, que objetivamente
alcança esse objetivo. É necessária uma criar uma rotina, não somente para fazer o
trabalho, mas para melhorar continuamente (LIKER E ROTHER, 2008).
38
A ME tem por objetivo eliminar desperdícios excluindo o que não tem valor para
o cliente, reduzindo desta forma o lead time de produção. O ponto de partida para o
Modelo Toyota de Produção é o “conceito de valor”, como percebido pelo cliente, que
é definido em termos de produtos ou serviços, oferecidos a preços justos em intervalos
de tempo específicos e que devem ser isentos de defeitos. O valor deve ser visto sob
o ponto de vista do cliente (WERKEMA, 2012).
No Quadro 6 é ilustrada a diferenciação do que cria valor na visão do cliente,
sempre com intuito de elevar o nível do conceito de valor. Desta forma, deve-se ter
como meta, surpreender o cliente com uma solução completa e eficaz.
Saída
de
linha Produção
perdida
durante a fase
de ajustes
Tempo
Produção Tempo de preparação
perdida ou de setup
durante a fase
de setup
OEE
Disponibilidade
Desempenho
Williamson (2006), lista alguns tópicos para se utilizar a OEE de forma correta
seguindo suas características objetivas, conforme segue:
Índice de Disponibilidade
2) Setup e ajustes
4) Velocidade reduzida
Índice de Qualidade
𝑶𝑬𝑬 = 𝑫𝒊 𝒙 𝑫𝒆 𝒙 𝑸 (3)
Sendo:
Di = taxa de disponibilidade;
De = taxa de desempenho;
Q = taxa de qualidade.
Busso et al., (2012), ainda comenta que a Equação 4 pode ser usada como
alternativa e que ela é a razão entre o volume de produção, tempo de valor agregado
e tempo de carregamento.
𝑻𝒑
𝑶𝑬𝑬 = ( ) (4)
𝑻𝒄 𝒙𝑪𝒑𝒕
46
Sendo:
Tp = total de produtos bons;
Tc = tempo de carregamento;
Cpt = capacidade de produção por hora.
𝑩
𝑻𝑫𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏𝒊𝒃𝒊𝒍𝒅𝒂𝒅𝒆 = ( ) (5)
𝑨
Sendo:
T disponibilidade = taxa de disponibilidade calculada;
A = horas disponíveis;
B = horas trabalhadas.
Se a produção for superior a esse valor o desempenho não será de 100%. Sua
Equação 6 é mostrada logo após a Figura 10.
𝑪
𝑻𝒅𝒆𝒔𝒆𝒎𝒑𝒆𝒏𝒉𝒐 = ( ) (6)
𝑩
Sendo:
T desempenho = taxa de desempenho calculada;
B = horas trabalhadas;
C = horas produtivas.
Sendo:
T qualidade = taxa de qualidade calculada;
Up = unidades processadas;
Ud = unidades defeituosas.
Tipos de paradas
1. Tempo não programado (Nonschedule time ): Período de tempo no qual o equipamento
não tem programação para operar, incluindo feriados.
2. Tempo para manutenção programada (Scheduled maintenance time ): Período de
tempo destinado para atividades de manutenção preventiva no equipamento.
3. Tempo de manutenção não programada (Unscheduled maintenance time ): Período
tempo utilizado para manutenções corretivas.
4. Tempo para pesquisas e desenvolvimentos (R&D time ): Período de tempo utilizado
para atividades de pesquisas e desenvolvimentos de novos produtos. Algumas empresas
utilizam os mesmos equipamentos para produção, pesquisas e engenharia;
5. Tempo de engenharia (Engineering usage time ): Período de tempo aplicado para
atividades de check up da engenharia.
6. Tempo de setup e ajustes (Setup and adjustment time ): Período de tempo aplicado nas
atividades de setup e ajustes da operação.
7. Tempo de falta de estoque em processo (WIP starvation time ): Período de tempo em
que o equipamento está em operação, porém não há peças para processar.
8. Tempo perdido por falta de operador (Idle time without operator ): Período de tempo em
que não há falta de peças, entretanto não há operador disponível para operar o equipamento.
9. Perda de velocidade (Speed loss) : Tempo perdido devido à diferença de velocidade
entre o ciclo real e o ciclo padrão ou teórico.
10. Perda de qualidade (Quality loss ): Período de tempo em que o equipamento está
operando, porém produzindo peças fora das especificações de qualidade.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os dados da OEE serão coletados por 6 meses sem que nenhuma melhoria da
ME fosse proposta ou implementada, sendo feita por uma ficha de coleta de dados
apontados pelos próprios operadores. A posteriori, esses dados serão analisados no
período de 6 e 12 meses após implementações das ferramentas usadas na ME.
54
Um fator muito importante antes que qualquer etapa ocorra é que a empresa
indique um facilitador da ME, sendo que este será o responsável por conduzir, cobrar
e replicar todos os trabalhos desenvolvidos na empresa. Sugere-se que para este
cargo de facilitador a empresa escolha alguém que conheça e esteja familiarizado
com a ME.
Etapa 1 – Apresentar OEE, destinava a fazer uma palestra de duas horas com
os setores e colaboradores que iniciarão a coleta de dados para cálculo da OEE.
Participarão da palestra o setor de PPCP, usinagem, bem como os gestores destes
setores. Essa etapa fará com que os envolvidos conheçam o básico da OEE, para
percorrer as próximas etapas.
Etapa 2 – Implantar formulário que será utilizado para coleta de dados, criado
no Excel®, em que o operador irá inserir os dados manualmente, para que nas etapas
posteriores seja calculada a taxa da OEE, podendo assim ser categorizadas as perdas
que estão ocorrendo nas máquinas.
Etapa 3 – Coletar os dados diariamente por 6 meses, onde o coordenador do
setor de usinagem coletará os formulários e entregará ao analista de PPCP ao final
do turno de trabalho. Nesse sistema, o apontamento será realizado pelos operadores
de forma manual. Vale ressaltar que se o apontamento fosse via sistema o cálculo da
taxa da OEE seria em tempo real, dando mais poder de resposta aos gestores de
fábrica.
Etapa 4 – Criar banco de dados (BD), será elaborada uma planilha em Excel®,
para que os dados coletados na etapa anterior sejam inseridos pelo analista de PPCP.
Nesta planilha não serão incluídas as fórmulas de cálculo da OEE e, em uma etapa
posterior esse cálculo será feito utilizando o BD. Vale frisar que o preenchimento deve
ser diário.
O backup diário do banco de dados é importante, haja vista que o trabalho será
desenvolvido em longo prazo e qualquer problema impossibilitaria a continuação do
trabalho. Após a implementação desta etapa, será possível calcular o OEE
diariamente.
Etapa 5 – Analisar BD, após a coleta de dados por 6 meses, já poderão ser
feitas as primeiras análises dos dados coletados e criação de gráficos como o de
Pareto, que será usado para verificar os desperdícios que mais impactam nas taxas
da OEE.
56
Etapa 6 – Avaliar processo atual, essa etapa da pesquisa deve ser utilizada
para verificar se o processo encontrasse estável, tal análise deve ser executada
através do controle estatístico do processo (CEP), no caso dos dados coletados seria
ideal, segundo Motgomery (2005), quando não existe um critério lógico para a
formação de subgrupos devesse utilizar os gráficos por variáveis que são: valores
individuais (I) e amplitude móvel (MR), pois a escassez dos dados impede a formações
de subgrupos. Essa etapa se faz necessária, pois de nada adiantaria continuar os
demais procedimentos de implantação sem que o processo atual estivesse estável.
Etapa 7 – Estabilizar processo, após a execução da análise o processo que não
estiver estável, deverá ser trabalhado e ter seus procedimentos atuais acompanhado
pelo pesquisador, sendo feito os ajustes necessários até o processo estabilize, só
assim poderá seguir as etapas posteriores.
Etapa 8 – Verificar os desperdícios, essa análise será feita pelo pesquisador,
nessa etapa os envolvidos poderão visualizar os desperdícios que mais afetam a
empresa. Posteriormente o grupo kaizen irá focar esforços para reduzir ou eliminar
tais desperdícios usando a filosofia e ferramentas da ME.
Etapa 9 – Calcular a OEE, com as informações sendo digitadas no banco de
dados, o pesquisador será responsável por criar a planilha de cálculo da OEE. Vale
ressaltar que serão calculadas as taxas da OEE de todos os 4 equipamentos do setor
de usinagem CNC, mas só será divulgado inicialmente a OEE do equipamento
escolhido pela empresa. As melhorias também só serão aplicadas a este equipamento
se lograrem êxito, sendo replicadas pelo facilitador da ME.
Etapa 10 – Divulgar resultados, sendo que os resultados serão divulgados em
murais da empresa e setor da usinagem, por meio de um formulário criado dentro dos
padrões estabelecidos pela norma ISO 9001:2008. Nele, aparecerão os dados
mensais do equipamento, referente aos 6 meses de implementação do estudo. Nessa
etapa pode-se visualizar se a meta de 70% da taxa da OEE, que foi estabelecida pela
empresa, vem ocorrendo nos meses já estudados.
Etapa 11 – Treinar a ME, somente implementar as ferramentas da ME não seria
ideal, se os envolvidos no processo não conhecessem essa filosofia a fundo. Nessa
etapa será necessário fazer um treinamento de no mínimo 8 horas sobre ME e suas
principais ferramentas, para todo o setor de usinagem e demais envolvidos.
57
4 APLICAÇÃO DO ESTUDO
Vale ressaltar que no caso de refugo, os gestores acharam que o operador não
teria subsídios técnicos suficientes para fazer o preenchimento, assim quando este
64
ocorre o operador aciona o dispositivo andon, que faz com que o facilitador vá até o
equipamento, e auxilie no preenchimento. Se for pertinente o setor de qualidade pode
ser acionado para fazer análises mais detalhadas.
Na análise do pesquisador, em consenso com o setor de qualidade, como a
empresa tem a norma ISO9000:2008 implantada, os refugos devem ser tratados e
repassados para o analista da qualidade.
Pela implementação do dispositivo andon (ver Figura 14), foram eliminados
tempos de deslocamento do operador. Essa ferramenta vale para todo tipo de
necessidade de comunicação do operador e, é assim que este é acionado, o gestor
do setor atende imediatamente a solicitação e presta o auxílio.
Dispositivo.
A coleta dos dados foi executada por 6 meses. Depois do primeiro mês de
coleta dos dados foi decidido descartar o primeiro mês, por se considerar que eles
eram o ponto de partida para um processo de coleta confiável.
Houveram ajustes e orientações pontuais junto aos operadores que ainda não
estavam habituados a esse processo de apontamento. Essa iniciativa foi tomada para
que os dados da OEE não fossem distorcidos em sua análise posterior.
O período de coleta de 6 meses foi definido como um período mínimo para gerar
dados realmente confiáveis para o trabalho. Um período inferior a este seria
considerado curto demais para analisar profundamente um equipamento.
Nessa etapa foi elaborada uma planilha em Excel®, que foi a base do banco
de dados (BD), como demonstrado no Quadro 12. Para que os dados coletados na
etapa anterior pudessem ser inseridos no sistema, este preenchimento foi executado
diariamente, como rotina do analista de PPCP, que apontou todos os dados anotados
pelos operadores, separando-os por equipamento e data.
Após a coleta e inserção dos dados por 6 meses, pôde-se fazer os filtros e criar
os gráficos segregados e agrupados pelas principais ocorrências de problemas que
apareceram nos apontamentos. A partir dos dados coletados criou-se o gráfico de
Pareto, como pode ser visualizado no Gráfico 2.
Figura 15 - Relatório A3
Gráfico 3 Avaliação I e MR
Está etapa não foi necessária, pois os equipamentos estavam estáveis, somente no
primeiro mês de implementação eles estavam abaixo das taxas, mas se tratava do
mês de aplicação do estudo e os operadores não estavam ambientados aos
formulários.
A verificação dos dados foi feita pela análise do Gráfico 2, no qual descobriu-
se que a perda que mais influência nos tempos de parada, afetando negativamente
as taxas da OEE, são os tempos de setup, o que correspondeu a 126 ocorrências. Em
segundo lugar, com 65 ocorrências a falta de programas CNC que é executado pelo
próprio operador se mostrou como outra perda de tempo nas taxas da OEE. O
retrabalho, com 37 ocorrências, também teve papel importante no processo produtivo
ficando com a 3° posição.
Ainda pode-se perceber que a manutenção corretiva que ocupou o 6° lugar
apresentou apenas 16 ocorrências. Assim pela análise de Pareto, notou-se que os
três problemas que mais influenciaram as paradas dos equipamentos foram os
responsáveis por 72% dos efeitos na produção.
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
JUL/14 AGO/14 SET/14 OUT/14 NOV/14 DEZ/14
49,6%
51,7%
42,7%
46,0%
Pág.
FOR 0139 - FORMULÁRIO PARA GERENCIAMENTO E ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE Rev. 00 ID 81
01/01
FREQ. DE
ANO PROCESSO RESPONSÁVEL MONITORAMENTO DATA ELABORAÇÃO FORMA DE DIVULGAÇÃO
Produção /
ID 0081 - Índice de Eficiência Gobal 2014 Mario Mensal 09/05/2014 Sistema Informatizado e Mural
Usinagem
INDICADOR DE PROCESSO OU DE ATENDIMENTO DO ITEM DA POLÍTICA MÉTODO DE CÁLCULO HISTÓRICO DO ANO ANTERIOR
Média das
N° Máquina Meta JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Máqs.
1 CENTRO DE USINAGEM 1 70,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 30,2% 46,1% 51,7% 42,0% 49,5% 56,3% 46,0%
2 TORNO CNC 1 70,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 32,1% 39,0% 47,1% 45,7% 48,3% 44,2% 42,7%
3 TORNO CNC 2 70,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 40,0% 53,5% 51,8% 49,3% 59,5% 56,0% 51,7%
4 TORNO CNC 3 70,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 37,6% 44,0% 57,7% 48,4% 55,8% 54,1% 49,6%
Acumulado do Mês 70,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 35,0% 45,7% 52,1% 46,4% 53,3% 52,7% 47,5%
Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a Atingiu a
meta? meta? meta? meta? meta? meta? meta? meta? meta? meta? meta? meta?
A Usinagem atingiu a meta do Mês? NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
80,0%
70,0%
70,0%
60,0%
52,1% 53,3% 52,7%
50,0% 45,7% 46,4% 47,5%
40,0% 35,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
0,0%
Meta JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Média das
Máqs.
13
14
15
16
17
18
11
2
9
1
Operador 1 3 4 4 2 1 4 3 2 4 4 4 4 3 2 2 1 0 55,29%
Operador 2 3 4 4 4 4 1 3 4 1 0 0 4 3 4 4 4 4 60,00%
Operador 3 3 4 4 3 3 1 3 2 1 0 0 3 3 4 4 3 3 51,76%
Operador 4 3 4 4 3 1 1 3 4 1 0 0 2 3 2 1 1 0 38,82%
Operador 5 1 4 4 1 1 1 2 1 1 0 0 1 2 2 2 1 0 28,24%
PONTUAÇÃO REAL 13 20 20 13 10 8 14 13 8 4 4 14 14 14 13 10 7
PONTUAÇÃO IDEAL 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25
% POLIVALÊNCIA 52% 80% 80% 52% 40% 32% 56% 52% 32% 16% 16% 56% 56% 56% 52% 40% 28%
Essa matriz de polivalência serviu de referência base, para que o facilitador, que
deveria atualizar a matriz mensalmente e buscasse o treinamento correto para cada
operador, desenvolvendo somente suas deficiências e dificuldades. As colunas que
estão em hachurado na matriz são as habilidades que eram prioridade na capacitação
dos operadores.
desperdícios que seriam repassados, para que o grupo kaizen pudesse desenvolver
e aplicar as melhorias nas etapas posteriores.
Foram definidos que o grupo formado na etapa 11 deveria iniciar os trabalhos
focando os 3 primeiros desperdícios que apareceram no gráfico 2, que foram: setup,
falta de programa CNC e os retrabalhos.
Foram filtrados os principais desperdícios encontrados, para não deixar que o
grupo trabalhasse em desperdícios que não tinham papel fundamental na redução
das taxas da OEE.
8,9
4,7
3,4
0 2 4 6 8 10
O ideal após essa separação inicial é fazer com que os procedimentos internos,
que só podem ser feitos com a máquina parada, sejam eliminados ou reduzidos e se
transformem em externos, que são os procedimentos que podem ser feitos com a
máquina em funcionamento.
Nessa fase o grupo kaizen fez a análise para conversão dos procedimentos
internos para externo, além de pontuar melhorias para eliminação de desperdícios,
sob a orientação do pesquisador.
Uma oportunidade de melhoria identificada, foi no item 6 da lista de
procedimentos internos que trata da programação CNC. Nela o operador teve que
verificar e corrigir o programa CNC e como foi necessário e em outras ocasiões
desenvolve-se um programa desde o seu início. Tais ocorrências prejudicaram
diretamente os tempos de setup, que é detalhado na Figura 20.
78
uma vez que as peças fabricadas têm um tempo médio de ciclo superior a 20 minutos
e este registro pode ser feito em menos de 2 minutos.
TURN PEÇA QTD QTD PEÇA HORA MIN HORA MIN TOTAL PADRÃO DIF. Nº DE
MÁQ DATA OPERADOR DESVIO MIN DESCRIÇÃO DO DESVIO
O SAÍDA PROG REAL ENTRADA INICIO INICIO FIM FIM (MIN) (MIN) (MIN) SETUP'S
Após a coleta dos dados, a empresa terá informações como: tempo total de
setup por máquina, número de setups realizados por máquina, tempo médio de setup
por máquina e os desvios por máquina que mais ocorreram.
Ao final das implementações dessas melhorias de setup, gravou-se um novo
vídeo da mesma peça sendo executado. Inicialmente o tempo era de 32 minutos e 30
82
Faixas de
identificação
no chão.
O gestor do setor de corte, por sua vez, entrega o cartão para o setor de
compras que solicita a quantidade a pedir que aparece no cartão. No momento que a
matéria-prima é entregue o cartão volta ao estaleiro ou local dos materiais junto com
a matéria-prima. Assim o fluxo deixa o processo contínuo e não interrompe o processo
de fabricação dos itens usinados.
O cartão final foi o produto final do trabalho executado pelo grupo kaizen, que
teve que identificar os materiais que eram mais utilizados no setor de usinagem. Com
a identificação do consumo mensal por item e o lead time de entrega do fornecedor,
foi possível criar uma planilha em Excel®, como pode ser visualizado no Quadro 14,
com os cálculos das informações necessárias.
Organização
dos materiais
por tipo.
Etiquetas
kanban para
compra.
pelo período de 6 meses. A ideia de fixar a coleta em 6 meses, foi por considerar que
este seria um período mínimo para fazer uma análise bem fundamentada e dar mais
solidez aos resultados finais, para que na etapa 17 fosse comparado as taxas antes e
depois da ME.
Na sequência da pesquisa será apresentado as taxas segmentadas, vale
comentar que as taxas da OEE foram calculadas de julho de 2014 a setembro de
2015, como houve um problema no banco de dados, que foi criado somente na etapa
4, os gráficos 6, 7 e 8, não apresentam as taxas dos meses iniciais, da pesquisa. A
falta desses índices iniciais, não afetaram a pesquisa por se tratar de meses em que
os envolvidos estavam se acostumando as mudanças e o período era considerado
startup.
80 76,03
75
70
65
Fase ME
60
Disponibilidade
Vale ressaltar que os planos de manutenção preventiva que contam nos manuais
das máquinas CNC são seguidos pelos operadores e que a manutenção da empresa
é terceirizada. Durante este período, nenhuma alteração na manutenção foi feita, para
não distorcer os dados coletados e obtidos. As taxas médias antes da ME eram de
84,27% passando para 91,45% que representa um aumento de 7,18%. Também
pode-se perceber que as taxas ficaram estáveis a partir de março de 2015.
Chiaradia (2004), comenta que em seus estudos das taxas da OEE, o indicador
de desempenho não sofreu melhoria significativa no período de estudo, pois foi
prejudicado pela falta de matéria prima, falta de peças e grande número de Setups.
Na presente pesquisa o aumento da taxa de disponibilidade se deve ao fato de ter
sido aplicado a etiqueta com ponto de pedido (Supermercado), no estaleiro de matéria
prima, que fez com que não faltasse mais insumos ao setor de usinagem e o trabalho
de kaizen aplicado a TRF, que reduziu drasticamente os tempos de setup.
Desempenho
80
70
60
50
Fase ME
40
Qualidade
Fase ME
No mês de julho de 2014, as taxas da OEE estavam abaixo de 40%, isso por
se tratar do mês inicial da aplicação dos formulários, no qual os operadores ainda não
estavam habituados ao preenchimento de forma correta e eficaz. Percebe-se que o
fato de coletar os dados da OEE, não faz com que os equipamentos tenham as taxas
da OEE melhoradas. No Gráfico 10, pode-se observar que os equipamentos nos quais
as melhorias não foram implantadas, as taxas são completamente aleatórias, não
apresentando qualquer tipo de tendência positiva. No Gráfico 11, pode-se analisar as
taxas da OEE, do torno CNC3.
30,0% Fase ME
20,0%
Torno CNC 3
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
Fase ME
20,0%
Qualidade; Disponibilidade
5,24% ; 7,18%
Disponibilidade
Desempenho
Qualidade
Desempenho;
10,78%
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
alcançado e evidenciado durante todo o trabalho. Vale ressaltar que além da aplicação
teórica da ME, foi disponibilizada a aplicação prática dessas ferramentas em chão de
fábrica, e elaborado um procedimento sequencial de etapas detalhado, para que o
trabalho possa ser replicado em outras empresas.
Os conceitos da ME foram repassados aos operadores de forma clara e
objetiva, pelos treinamentos, nos quais eles se sentiram parte de um processo de
melhoria, sempre comparando a teoria estudada com os aspectos reais que estavam
ocorrendo na empresa. Assim o grupo compreendeu a oportunidade de
desenvolvimento profissional.
O detalhamento do procedimento usado na implementação da OEE ficou
evidenciado na elaboração do fluxograma de implementação e foi fundamental para
evolução do trabalho, pois permitiu que o pesquisador desenvolvesse as melhorias de
forma clara e organizada.
Na visão do pesquisador a análise dos desperdícios da etapa 6, foi fator
preponderante para aplicação e seleção das ferramentas da ME, sendo vital para que
o grupo de funcionários e operadores envolvidos, percebessem a relação dos
conceitos teóricos e práticos, permitindo dessa forma que os resultados fossem
alcançados.
Entre os resultados pode-se destacar o aumento das taxas da OEE, que
acabaram por melhorar o lead time de entrega dos pedidos para os clientes e maior
autonomia para os operadores, pois os mesmos foram responsáveis pelos dados
coletados em seus equipamentos.
A ME fez com que os operadores envolvidos preenchessem as fichas de coleta
de dados com dedicação, fator que foi importante, pois eles aceitaram a ideia e sem
os formulários para coleta de dados, este trabalho não poderia ter sido desenvolvido.
Com o aumento das taxas da OEE pode-se justificar os treinamentos e reuniões
do grupo kaizen, nos quais as dificuldades encontradas no começo do trabalho, foram
reduzidas no decorrer das etapas.
A formação do grupo kaizen foi ponto chave para que os desperdícios fossem
discutidos e analisados, para que pudessem ser reduzidos durante as etapas de
implementação da OEE, através de diagnósticos pontuais e constantes objetivando a
melhoria constante.
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REFERÊNCIAS
97
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