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MATERIAL DO CURSO

FOTOGRAFIA

APOSTILA
FOTOGRAFIA
FOTOGRAFIA

“A estrada de um fotógrafo não tem preferencial. Ele pode seguir junto com a multidão e
fotografar o gigantismo de uma cachoeira, como pode se emocionar e conseguir captar a
delicadeza e fugacidade de uma única gota instável aprisionada no momento numa folha de
musgo. São duas fotos completamente diferentes; uma apela para a força; a outra, para a
fragilidade. Assim é o mundo do fotógrafo, o tempo todo procurando contrastes que
ajudem a explicar melhor as diversas faces do mundo que o cerca.
Mas seria fácil ser fotógrafo se bastasse a ele ver o mundo com seus próprios olhos.
Infelizmente, mesmo a câmera fotográfica mais moderna não passa de um tronco tosco e
mal esculpido se comparado à visão humana. Para conseguir registrar o que vê, o fotógrafo
tem que substituir seus olhos por uma câmera fotográfica. Tem que aprender a limitar sua
visão como uma câmera limita o mundo de emoções a sua volta, tem que reaprender o
nome das cores de acordo com o filme que usa.
Se a câmera olha o mundo de forma diferente da nossa, ela também pode trazer para o
mundo de nossos olhos coisas que jamais seriam possíveis de serem vistas. Coisas
minúsculas, como o detalhe do olho de um inseto, ou coisas mais difíceis e tocantes, como
a forma de ver o mundo de um amigo.
A única maneira de superar deficiências da tecnologia fotográfica é fotografar muito
e cuidadosamente. Só assim podemos chegar ao limite do nosso conhecimento e
levar a linha de um horizonte limitado para um pouco mais além.
Seria pouco, se o limite estivesse apenas no equipamento que usamos. O maior obstáculo à
boa foto ainda está dentro de nós mesmos. Para fotografar bem, temos que nos despir de
coisas que embaçam nossa visão, como o preconceito, a arrogância, a prepotência, o
complexo de inferioridade, o excesso de medo e o excesso de coragem. Tanto melhor
representaremos o mundo que queremos mostrar quanto melhores seres humanos nós
formos. Este aprendizado leva mais tempo do que o aprendizado das aberturas e
velocidades.”

Composição

Fotografar a vida é traduzir a emoção de uma cena ou acontecimento numa imagem.


Escolher os momentos que traduzem esta emoção é a principal tarefa do fotógrafo.
Para fazer uma boa foto é preciso primeiro descobrir o que causou a emoção. Isolar este
motivo é um trabalho, a princípio, difícil e que parece chato, mas é importante. Ele se torna
natural à medida que se percebe o benefício que traz.
Toda atividade animal ou humana possui um instante que sintetiza todo ritual ou
acontecimento. Num casamento, por exemplo, o ato que sintetiza a cerimônia é o beijo dos
noivos ou a troca das alianças. Um fotógrafo de casamento que não registra este momento
está fadado ao fracasso. No mundo animal, as fotos mais impressionantes são aquelas que
mostram o dia-a-dia do animal.
Não há nada mais enfadonho do que ver um álbum de fotografia com 36 fotos de pessoas
posando. Procure fotografar as pessoas em atividade. No mirante, fotografe os amigos
olhando a paisagem. Quando estiverem atravessando o rio, resista à frase "olha para cá" e
os fotografe atravessando realmente o rio. Isto não significa que não possam haver fotos de
gente posando; apenas que estas fotos devem se restringir a poucas fotos dentro do
conjunto. A foto deve levar o leitor a ver e a sentir aquilo que o fotógrafo viu e sentiu.
É importante lembrar que as fotos mais impressionantes são as mais limpas. Em uma foto
limpa, a ideia ou emoção percebida pelo fotógrafo é transmitida sem ruídos que poderiam
distrair o leitor da imagem. Sujeiras como cadeiras e objetos que não colaborem para
descrever o que o fotógrafo quer mostrar devem ser eliminadas.
O ângulo, a forma como distribuímos os elementos em uma foto ou o tipo de luz podem
ajudar a enfatizar a ideia que temos. Compor a foto é como escrever um texto, as ideias
devem ser fluídas. O olhar do "leitor" deve sempre passar pelo motivo principal, da mesma
forma que num texto a ideia do autor deve estar sempre clara.
Princípios de composição facilitam a "montagem" da foto e garantem sucesso sem dar
espaço ao acaso. Isto não significa reduzir arte em fórmulas matemáticas. Apenas que é
importante, principalmente no começo, organizar suas ideias de forma simples e racional.

Princípios de composição
Deve-se aplicar um princípio de composição apenas quando ele for importante para a
imagem. O número de princípios aplicados depende da situação.

Momentos

A vida não é feita apenas de grandes acontecimentos, ela é feita na verdade de centenas de
pequenas lembranças que formam o nosso caráter e personalidade. Quando for viajar,
procure registar estes momentos simples que são fortes nas nossas lembranças.
Quando for fotografar alguém, não faça apenas um retrato, agregue algo que possa
acrescentar uma informação importante. Na foto acima o carneirinho no colo da criança é
a diferença para uma foto que traz lembranças importantes para a família.

Vivência

Em casa, coisas simples, como lamber, a forma de bolo são lembranças poderosas da fase de
infância destas crianças.

Emoção e Sensação
Enquadramentos que remetem a sensações e emoções sempre engrandecem
nossas fotos. As sensações de frio e fome nesta foto são claras.

Sentido de leitura

Esta é a mais polêmica das ferramentas de composição. A forma que


olhamos é condicionada pela forma que aprendemos a ler.
Assim, se houver uma pessoa andando na foto, a impressão pode ser diferente se
ela estiver indo para a direita ou para a esquerda.
Se a pessoa ou animal estiver olhando para a esquerda, o leitor encara o
personagem como se fosse ter um diálogo com ele.

Se, ao contrário, estiver olhando para a direita (→), o leitor se identifica com ele e procura na foto o que estava sendo observado
pelo personagem.

Diagonais

Diagonais são linhas que cortam a foto de um canto ao seu oposto. Elas podem ser
formadas por cercas, ruas, rios, caminhos, beira de mar, etc. Elas capturam o olhar do
"leitor", obrigando-o a seguir a linha formada com os olhos.
Diagonais fazem com que caminhemos pela foto.

Princípio dos Terços

Pôr o motivo no centro do visor nem sempre é a melhor solução. O princípio dos terços
ajuda a distribuir os motivos no visor da câmera. O visor é dividido em terços, tanto na
horizontal quanto na vertical e o motivo é concentrado dentro das linhas de terço.
O horizonte desta foto foi colocado para 1 terço inferior da foto porque o chão não
está muito interessante. Nesta foto o céu está mais interessante.
O ponto de intersecção das linhas de terço é conhecido como ponto de ouro, que dá muito
destaque a objetos ali localizados.

Moldura

A função das molduras nos quadros é evitar que o olhar do leitor saia do quadro. Numa
fotografia, uma moldura pode ser feita de galhos, janelas, portas, arcos, etc. Qualquer
coisa que, sem chamar a atenção, forme uma moldura nas bordas da foto.

Com molduras, a atenção do leitor segue direto para o centro da foto.


Referência
Em fotos onde o tamanho do motivo não é de conhecimento evidente, mantenha, sempre
que possível, uma referência ao lado. No caso de objetos pequenos, esta referência pode ser
um anel discreto. Evite usar canetas, canivetes e réguas, exceto se estiver fazendo uma foto
para uso científico na qual não haja a menor preocupação com a estética.

Na foto da esquerda que está sem referência o leitor não sabe o tamanho real do motivo
fotografado, quando colocamos uma referência o leitor sabe o tamanho real do motivo.
Monumentos construídos ou naturais também devem receber uma pessoa como escala, se não
houver outras referências por perto. Quando estiver fotografando uma paisagem, mantenha
uma pequena réstia de céu no topo da foto. Com ela, a foto fica melhor situada.
Vertical X Horizontal

Uma foto vertical enfatiza a profundidade de uma paisagem ou objeto. Ela


também destaca a altura dos motivos. É indicada para fotografar prédios, pessoas
sozinhas, ou quando se quer dar a ideia de que algum caminho vai muito longe.

Uma foto horizontal enfatiza a vastidão de um lugar. É indicada para paisagens amplas, grupos de pessoas ou ainda quando se deseja
pôr uma pessoa junto da paisagem.

Em um grupo de pessoas, a foto na horizontal elimina elementos distantes que poderiam aparecer no topo ou na base da imagem.
Primeiro Plano

Manter algo no primeiro plano ajuda a dar destaque ao segundo plano. O primeiro plano
valoriza e reforça o segundo plano sem fazer parte dele. Nas três fotos de exemplo, se
eliminarmos o primeiro plano, o motivo principal continua lá, só que com menos força.

Cortes
Cortar elimina coisas que podem distrair a atenção das pessoas ou daquilo que é realmente
importante. É importantíssimo, entretanto, que o corte seja claro e não pareça acidental.

Jamais corte pessoas em suas articulações. Parece que elas foram amputadas.
Encher o quadro

Sempre que possível, encha o quadro da câmera com o motivo fotografado. Se o motivo
no visor não aparece claro, na foto ele também não aparecerá.

Encher o quadro faz com que apenas o que é importante tome conta do enquadramento.

Ponto de Vista
Objetos fotografados de cima dão a impressão de serem frágeis; objetos
fotografados de baixo parecem imponentes, e se os fotografamos a meia altura,
parecem ter dimensões equilibradas, sem dar maior ênfase a outros aspectos.

De baixo: o motivo parece grande e imponente.


De meia altura: näo alteramos as proporções.

De cima: o motivo parece pequeno ou fragilizado.

Profundidade de campo

Profundidade de campo é o nome que se dá a faixa que fica em foco numa fotografia. É
possível aumentar ou diminuir a profundidade de campo aumentando ou diminuindo a
faixa nítida da fotografia. A foto com uma grande área nítida dizemos que tem grande
profundidade de campo e vice-versa. Muitas vezes, objetos atrás de nosso motivo principal
distraem a atenção. Para que não prejudiquem a foto, é possível tira-los de foco.

Na foto da esquerda temos uma profundidade pequena. Na direita temos uma grande profundidade de campo.
Luz: Cores, tipos e direção.

A luz branca não existe; na verdade ela é composta por partes iguais de todas as cores do
arco-íris. Um objeto é amarelo porque ele absorve todas as outras cores e reflete apenas o
amarelo. Desta forma, quando fotografamos, devemos deixar de ver a luz simplesmente
como mais forte ou mais fraca, e sim como uma fonte de cores. Ao longo do dia, a
atmosfera terrestre, a poeira e as nuvens filtram a luz do sol, desbalanceando a distribuição
de cores. As lâmpadas também são desequilibradas. Lâmpadas incandescentes, ou de
tungstênio, são amareladas. Lâmpadas fluorescentes deixam as fotografias esverdeadas.
Este efeito é mais perceptível na fotografia do que a olho nu. Nossos olhos conseguem
compensar pequenas diferenças no balanço da luz, de forma a que percebamos como branca
uma parede iluminada por uma luz amarelada, como a luz de tungstênio. Os filmes
convencionais e digitais não possuem esta compensação. Ele registra aquilo que vê e
também o que o olho humano não vê. Frequências de luz que estão fora do alcance visual
humano são registradas pelos filmes, causando mudança nas cores ou a veladura da
imagem. Assim, a luz branca é a melhor para fotografar, porque ela garante que todas as
cores de nosso motivo serão reproduzidas de forma fiel, ou seja, como as vemos. A luz pode
ser classificada em natural (a luz do sol), e artificial, das lâmpadas, flashes, fogueiras, etc.

A Luz Natural

Pela manhã, não é necessário que o sol apareça no horizonte para enxergarmos. Na verdade,
muito antes do sol nascer já é possível ver. A luz que chega até nós é refletida nas altas
camadas da atmosfera. Como a atmosfera é azul, a luz que chega até nós também é azul.
Qualquer coisa fotografada a esta hora parecerá azulada Conforme o sol desponta no
horizonte, os raios de luz atingem a terra de forma rasante, atravessando grande quantidade
de atmosfera próxima à superfície. Esta atmosfera próxima a superfície é carregada de poeira,
que filtra a luz, gerando os amarelos e laranjas típicos do pôr e do nascer do sol. Quanto mais
poluído o dia, mais amarelada será essa luz. O ângulo rasante da luz do nascer e do pôr-do-sol
na alta atmosfera causa uma reflexão das luzes de alta frequência, como o azul, que são
mandadas de volta para o espaço. Este é o motivo pelo qual o nascer e o pôr do sol sempre
têm um pouco de amarelo, mesmo no meio do oceano onde não há poluição. Conforme o sol
sobe no horizonte, a quantidade de poeira que os raios vão atravessar diminui. Cerca de duas
horas após o nascer do sol, a luz chega mais pura e todas as cores são bem reproduzidas.
Cerca de uma hora e meia antes do sol atingir seu ápice, o balanço de cores continua bom,
mas começam a formar sombras verticais, que mascaram feições importantes.
Uma pessoa pode aparecer na fotografia com seus olhos cobertos por sombra profunda.
Pessoas de chapéu terão seu rosto escondido. Esta situação vai acontecer até por volta de
duas horas após o ápice do sol, quando ele volta a baixar no horizonte. A luz continuará boa
até cerca de duas horas antes do pôr do sol, quando voltará a ficar amarelo alaranjada. A
luz que ilumina as sombras é aquela refletida no azul do céu. Dias encobertos com grossas
camadas de nuvens ou em locais com sombra provocam fotos azuladas. O efeito é

o mesmo de horários antes do nascer do sol.

A - Antes do Sol nascer, a luz bate na alta atmosfera e reflete para baixo a cor azulada.
B - Quando o Sol nasce, a luz do Sol entra rasante na atmosfera sendo filtrada pela poeira.
Note como é grande sua viagem pela atmosfera. A atmosfera tem muita poeira, o que deixa
a luz amarelada.
C - A luz, a medida que o dia avança, corta a atmosfera de forma que passa
a ser pequena a sua influência. Nesta hora a luz passa a ser branca.
D - Luz ao meio dia sofre a menor influência das partículas presentes na
atmosfera, sendo uma luz branca. O problema são as sobras.

O horário bom para fotografar vai depender da latitude e da época do ano. Próximo ao
Equador, o sol não muda muito sua trajetória no céu, de modo que não há diferença entre
o bom e o mau horário para fotografar no inverno e no verão. No inverno, em regiões mais ao
sul ou norte do Equador, o sol não sobe muito no horizonte, e assim as sombras do meio dia
não existem. Nestas regiões distantes do Equador, no verão, o sol leva mais tempo para se pôr
e nascer, de modo que o período com luz amarelada também aumenta.
Luz Branca

A luz branca não altera a cor dos motivos fotografados.

Luz Amarela
Luz Azul

Na foto acima, realizada a sombra, temos um tom azulado acrescentado aos motivos.

Foto realizada após o pôr do sol, sendo marcante a coloração azulada.

Luz Artificial

Dependendo da fonte artificial, a cor da luz pode variar. A seguir, apresentamos uma tabela
com a cor da luz em cada situação e o tipo de filtro de correção aconselhado para cada
situação. O amarelo das lâmpadas incandescentes e dicroicas normalmente é agradável para
fotografar ambientes onde seja desejável um clima de aconchego, como uma sala de estar
numa casa de campo.
A luz verde das lâmpadas fluorescentes já não é nada agradável e dificilmente combina com qualquer ambiente.

As lâmpadas de flash produzem uma luz branca que teria aparência bastante natural, não fosse pelas sombras marcadas que
normalmente projetam. Com a utilização do flash, não se nota alteração de cor pela luz.

A Direção da Luz

A luz pode ter direções diferentes, isto pode influenciar a cor ou o volume apresentado pelo
motivo. São 4 as direções possíveis da luz, sendo elas, direta, contra luz, lateral ou de cima.

Luz Direta

Não altera as cores da imagem. Como não provoca sombras deixa a luz muito chapada e a foto
sem relevo.
Luz Lateral

Também não altera as cores da imagem. Prova sombras leves que ajudam a definir os
volumes. O tronco da foto abaixo tem formato cilíndrico, e foi a reforçado pela luz lateral.
Contra Luz
Como o motivo fica na sombra altera as cores da imagem para azul. Pode provocar fotos
sem relevo.

Luz de cima
Não tem problemas com a cor, mas provocas sombras em baixo dos olhos e queixo
que escondem expressões importantes.
Dureza da Luz

A luz pode ser classificada como dura ou suave. Uma luz dura é aquela que tem sombras
bem marcadas. Elas acontecem porque a iluminação é feita de forma direta, sem difusão. A
luz suave possui sombras suaves; a passagem da parte pouco iluminada para a parte com sol
é feita de forma gradual. A luz suave acontece quando a luz é “quebrada” antes por um
difusor, que pode ser uma nuvem, uma cortina, um papel ou mesmo um lenço branco.

Luz dura
A Luz dura dificilmente é boa para fotografar. Ela aumenta muito o contraste entre a
parte iluminada e a parte na sombra. Ela só é boa quando se deseja realçar contrastes.
Luz Suave

Já a luz suave é muito boa para fotografar, porque permite registrar com boa qualidade,
tanto aquilo que está na sombra, quanto àquilo que está no sol. As sombras suaves
ajudam a definir volumes e relevos.

Luz Suave por Rebatimento

Quando a luz rebate em uma superfície que faça com que a luz retorne ao objeto
fotografado, esta luz é suavizada. No exemplo abaixo temos uma luz suavizada
pelo rebatimento na piscina.
Filtros

O olho humano tem uma capacidade incrível de corrigir cores. Ele consegue perceber que é
branca uma parede iluminada por lâmpadas amareladas. Os filmes não têm esta capacidade.
Eles registram a luz presente, e pronto. Isto pode resultar em fotos com cores estranhas. A
principal função dos filtros corretivos é alterar o balanço de cores da luz de modo a tentar
corrigir estes desequilíbrios. Outra família é a dos filtros criativos, que vão reforçar uma
característica da luz ou causar efeitos especiais. Na maioria das câmeras, os filtros são
atarraxados na frente da objetiva. Eles devem corrigir ou alterar a luz antes que ela atinja o
filme. Objetivas que não possuem rosca não conseguem usar filtros. Em alguns modelos
grandes angulares, o filtro é posto na parte anterior da objetiva. Como o filtro é atarraxado
no anel da frente da objetiva, é necessário que ele seja do mesmo diâmetro da boca da
objetiva. Certifique-se disto na hora da compra. Para saber o tamanho do filtro basta medir,
em milímetros, o diâmetro da parte da frente de sua objetiva. Muitas objetivas têm este
número gravado na boca. Normalmente é necessário ter um jogo de filtros para cada
diâmetro diferente de lente que se tenha. Os filtros de placa, que são encaixados num
suporte fixado na frente da lente, não têm este problema. Basta um suporte para cada lente
e apenas um jogo de filtros de placas. Nos equipamentos digitais, estes filtros são embutidos
na máquina e chamados e white balance (WB).

Filtros Corretivos Analógicos

UV - Ultra Violeta
Este tipo de filtro é um filtro que elimina o ultravioleta presente em fotografias de paisagem.
O ultravioleta aparece como uma névoa esbranquiçada que o olho humano não percebe,
mas o filme sim. Outra função deste filtro é que ele protege o primeiro elemento da objetiva
de sujeira e riscos. Estes filtros são utilizados em máquinas digitais e analógicas.

Sky Light (Luz do céu)


Este filtro tem a cor levemente rosa. Ele tira o excesso de azul das fotografias
feitas ao meio dia. Como o UV, também protege a objetiva de sujeira e riscos.
81 A e 81 B (Warm Up - Aquecedor)

Usados para eliminar o tom azulado de fotos feitas em sombra ou paisagens


muito distantes ou com flash. Tem cor levemente âmbar. 80 A e 80 B
Usados para reduzir o amarelo de lâmpadas incandescentes.

FLD e FLW
Usados para eliminar o verde de lâmpadas fluorescentes. É necessário determinar se a
lâmpada é de cor branca ou luz do dia. Neste caso, usa-se o filtro FLW ("fluorescent white
light" ou lâmpada fluorescente cor branca) ou FLD (fluorescent day light ou lâmpada
fluorescente cor do dia), respectivamente.

ND - Densidade Neutra
É um filtro escuro que tem como único objetivo diminuir a intensidade da luz na cena,
seja porque o filme é muito sensível para aquela condição, seja porque se deseja uma
exposição maior, por exemplo, para conseguir o efeito de “véu”, em cachoeiras.
Existem dois tipos de filtro FLD para analógicas, um magenta mais claro e outro magenta
mais escuro. O filtro mais claro é para ser usado em locais onde haja mistura com luz
ambiente. É preciso cuidado ao usá-lo, pois é difícil determinar quanto existe de luz ambiente
na cena e quanto existe de luz branca. O filtro mais escuro deve ser usado em ambientes
onde a luz principal seja fluorescente.
Filtros Corretivos Eletrônicos

Luz do sol

Filtro para ser usado quando se esta fotografando em ambiente aberto num dia claro de sol ou
quando, embora existam nuvens no céu ainda existem mesmo que tênues no chão.

Local à sombra

Deve ser usado em ambientes abertos em dias de sol quando se fotografa algo que esteja na sombra.

Dia Nublado
Para ser usado em dia nublado quando já não existem sombras visíveis no chão.

Lâmpada Incandescente

Usar em ambientes predominantemente iluminados por luz incandescente.

Lâmpadas fluorescentes

Para ser usado em ambientes predominantemente iluminados por luz fluorescente.

Flash

Para ser utilizado quando a luz do flash é a principal fonte de luz.

Balanço automático de branco

Após realizada a foto, ele faz uma análise da tendência de cor da fotografia e aplica uma
correção automática que pode estar correta ou não. É usado exclusivamente por fotógrafos
ocasionais.

Balanço de branco manual


Os filtros pré-programados, embora realizem um bom trabalho, não conseguem corrigir com
perfeição os desvios de cor, sejam de qual tipo for. Para resolver este problema os melhores
modelos possuem um modo onde se calibra a câmera para um tipo específico de luz. O
modo de calibração difere de câmera para câmera.

Filtros Criativos

os filtros criativos tem como objetivo alterar a imagem. Eles criam imagens diferentes
daquelas vistas ou percebidas pelos humanos. Eles não existem digitalmente, são
filtros analógicos e podem ser utilizados em câmeras digitais.

Polarizador - PL
Elimina reflexos e brilhos de superfícies não metálicas. Aumenta o contraste entre nuvens e
céu. O céu tem polarização máxima num ângulo de 90º em relação ao sol. Uma vez
instalado na objetiva, obtém-se o efeito desejado girando o filtro até que os brilhos sejam
eliminados ou apareça o azul do céu com o tom desejado. Excesso de carga em uso de
polarizador no céu leva a fotos com aparência artificial.
Existem dois tipos de polarizadores circulares (PL-C) e lineares (PL). Os polarizadores
circulares devem ser utilizados em câmeras modernas ou antigas. O linear deve apenas ser
utilizado em câmeras mecânicas.

Foto sem polarizador Foto com polarizador

Como reconhecer um filtro polarizador circular:


O filtro PL polariza a imagem independentemente do lado pelo qual se olha. Já o PL-C só
polariza uma cena quando se olha pelo lado da rosca, ou da câmera.
Cross screen
Produz raios em focos de luz pontual como brilhos. O número de pontas da estrela
varia com o filtro.
Foco Suave
O filtro difusor é usado para tirar levemente a definição da fotografia acrescentando à
imagem um efeito de névoa. É largamente usado em foto de glamour. Vaselina aplicada
ao filtro UV ou uma meio feminina causam efeito semelhante.
Sunset
Simula as cores alaranjadas do pôr-do-sol.

Objetivas

As objetivas são responsáveis pelo foco, profundidade de campo e ângulo de abrangência da


foto. As objetivas de câmeras reflex 35mm são intercambiáveis. Existem dois tipos de
encaixe: rosca e baioneta. Encaixes de rosca são universais, ou seja, qualquer objetiva de
rosca serve em qualquer câmera que utilize encaixe de rosca. Por ser mais lento de encaixar,
estão em desuso; poucas marcas ainda trabalham com este tipo de encaixe. Objetivas com
encaixe de baioneta normalmente só encaixam em câmeras da mesma marca e muitas vezes
também do mesmo modelo. Para trocar objetivas com encaixes de rosca, basta desrosquear
uma objetiva e rosquear outra novamente. Objetivas com encaixe de baioneta devem ser
tiradas apertando o botão de trava da objetiva no corpo da câmera e girando a objetiva até
que ela esteja solta. Para colocar a objetiva de volta, procure por um ponto na objetiva e um
ponto de encaixe da objetiva no corpo da câmera. Este ponto pode ser vermelho, branco ou
preto. A objetiva encaixa perfeitamente quando os dois pontos estão alinhados. Depois de
encaixar, é só girar a objetiva no sentido inverso do desencaixe até ouvir um "click". Trocar
a objetiva com filme na câmera não vela o filme!

Distância Focal

A principal característica de uma objetiva é sua distância focal, que, tecnicamente, é a


distância entre o "centro ótico" da objetiva, que pode ou não estar situado no plano do
diafragma, e o ponto de foco quando a objetiva está ajustada no infinito. Este ponto é o
plano do filme. Assim, distância focal é a distância entre o plano do filme e o centro ótico
da objetiva. A distância focal determina o ângulo que a fotografia vai tomar. Quanto maior
a distância focal menor o ângulo. Objetivas com pequena distância focal dão a impressão
de afastar os objetos; já objetivas com grande distância focal dão a impressão de aproximar
os objetos.
As objetivas são classificadas conforme sua distância focal em: olho de peixe, grande
angular, normal, meia tele, tele e super tele. As fronteiras que delimitam uma família
da outra não são bem definidas em termos de distância focal. Mais do que distância
focal, estes limites definem a aplicação de cada objetiva.

Distância Focal Ângulo

8 139.4

13 117.9

15 110.5

18 100.4

20 94.4

24 84.0

28 75.3

43.26 53.1

50 46.8

70 34.3

80 30.2

85 28.5

105 23.3

135 18.2

200 12.3

300 8.2

400 6.2

500 5.0

600 4.1

1000 2.5

2000 1.2
Olho de peixe
(distância focal inferior a 17mm)

Abrangem um grande ângulo de visão. São utilizadas em interiores e paisagens, assim


como a grande angular. Devem ser utilizadas com cuidado porque distorcem muito o
motivo fotografado. São extremamente úteis quando se quer dar ênfase a um objeto em
primeiro plano, uma vez que, normalmente, permitem grande aproximação do primeiro
plano sem perder foco nos demais.

objetiva 14 mm

Grande Angular
(ângulo de cobertura maior do que 65º ou distância focal menor do que aproximadamente 35mm)

Abrangem um ângulo maior que as objetivas normais e dão a impressão de diminuir o


tamanho dos objetos. São utilizadas em paisagens, porque conseguem incluir grandes áreas, e
também em interiores, porque não necessitam de grande recuo para fotografar o interior de
uma sala, por exemplo. Do lado de fora de edifícios também são úteis pelo mesmo motivo.
Objetivas grande-angulares favorecem grande profundidade de campo. Como o ângulo de
cobertura é grande, pequenos movimentos da câmera ou de objetos na cena são toleráveis.
Assim, é possível utilizar velocidade de disparo baixa sem medo de tremer a foto.
Objetiva Normal
(ângulo de visão próximo a 46º ou distância focal em torno de 50mm)

Abrangem um ângulo equivalente ao da percepção humana. O homem pode perceber


movimentos em quase 180º ao seu redor, mas os detalhes acontecem num ângulo muito
mais restrito, próximo àquele conseguido pela objetiva 50mm. Com esta objetiva, os
objetos dão a impressão de não terem suas dimensões alteradas nem para maior nem
para menor. São objetivas versáteis, podem ser utilizadas tanto para objetos isolados como
para paisagens, embora não possibilitem a criatividade de uma grande angular ou
teleobjetiva. Tecnicamente, uma objetiva normal é aquela cuja distância focal é igual à
medida da diagonal do filme usado. Assim, num filme 35mm, que tem 36x24mm, a
diagonal é de 43,26mm. Portanto a normal "pura" seria uma objetiva de distância focal
43,26mm.

Meia Tele
(ângulo de cobertura inferior a aproximadamente 30º ou distância focal superior de 80mm a 135mm)

Abrangem um ângulo restrito de visão e limitam a profundidade de campo; por isso são
boas para retratos de pessoas e para isolar objetos da cena. Como não é preciso se afastar
muito para fotografar, são objetivas perfeitas para utilizar dentro de estúdios ou jardins.
Nesta família, deve-se tomar cuidado com a velocidade de disparo. Qualquer movimento na
câmera terá como resultado uma imagem tremida. Deve-se utilizar velocidades mais altas de
disparo, ou, quando isso não for possível, utilizar um tripé ou ainda um filme de alta
sensibilidade, ISO 400 ou superi.
Tele
(distância focal acima de 180mm, ângulo de cobertura inferior a 13,5º)

São objetivas mais fortes, utilizadas para aproximar motivos. O menor detalhe de um objeto,
quando visto numa objetiva 210mm, é semelhante ao menor detalhe do mesmo objeto visto
a olho nu. São utilizadas sempre que não se pode acercar do motivo fotografado. Numa
cidade ao longe, podem ser utilizadas para isolar um prédio. Numa multidão, isolam um
grupo de pessoas. A principal característica das tele é achatar os planos. Planos distantes
entre si dão a impressão de se aproximar, quando vistos através de uma tele objetiva.
Embora ajudem, ainda não são suficientes para fotografar animais soltos ou esportes em
campos grandes. Como é muito fácil tremer com este tipo de objetiva, é muito importante o
uso de tripé ou filmes de alta sensibilidade.

objetiva 216 mm

Super Tele
(distância focal acima de 400mm, ângulo inferior a 6,5º)
Objetivas acima de 400mm aproximam bastante o motivo fotografado e são excelentes para
fotografar animais, esportes em campos grandes ou mesmo dar uma boa ampliação à lua.
São as objetivas mais utilizadas em competições esportivas. Têm muito pouca profundidade
de campo, são escuras e têm que trabalhar sempre com velocidades altas e em alguns casos
só é possível utilizá-las acopladas a um tripé robusto.

Macro

São objetivas fabricadas com a função específica de fotografar coisas bem próximas, como
flores, insetos ou o quer que seja que esteja muito próximo e se necessite fotografar com
riqueza de detalhes. Muitas são capazes de fotografar objetos em escala 1:1, ou seja, a
imagem no filme é do mesmo tamanho que a imagem na realidade. Objetivas macro puras
são melhores do que as objetivas macro mistas, principalmente aquelas que prometem
grande qualidade no infinito e próximas ao mesmo tempo. Objetivas macro são projetadas
para registrar com máxima perfeição apenas objetos próximos. Objetos que estejam no
infinito não terão a mesma qualidade. Outras objetivas são projetadas para fotografar bem
objetos que estejam distantes. Com elas, motivos muito próximos não terão a mesma
qualidade ótica de objetos distantes, mesmo que estejam em foco.
Fator de corte nas digitais

O filme convencional é maior que o “filme” digital de algumas câmeras digitais. Por isso o
ângulo enxergado pela câmera digital é menor do que o ângulo enxergado pela câmera
convencional. Isto se chama fator de corte. Se uma câmera tem fator de corte de 1,6,
isto significa que uma objetiva 100mm se comportará como:

100mm x 1,6 = 160mm


Foco
Uma parte de uma fotografia está em foco quando ela aparece nítida. O foco de uma
câmera tem duas características principais: Quando posicionamos o foco numa parte da
imagem as outras perdem o foco; quando focamos um objeto, todos os objetos na
mesma distância também estarão em foco. Repare na linha em foco que acompanha o
anão nítido nas fotos abaixo.

Quanto ao foco, as câmeras se dividem em três famílias: "focus free" (livre de foco ou foco
fixo), foco manual e foco automático. As câmeras de "focus free" possuem uma objetiva
grande angular que mantém em foco tudo aquilo que está além de 3 metros da câmera.
As câmeras de foco manual possuem um anel onde se regula o foco. As câmeras de foco
automático focam automaticamente a cena ao se pressionar o botão de disparo.
Câmeras de foco fixo são mais simples de operar e mais limitadas também. Este tipo
de foco normalmente só está presente em câmeras simples com visor de paralaxe.

Câmeras com Foco Manual


Câmeras de foco manual possuem um anel de foco, normalmente o primeiro na objetiva. O
anel de foco possui duas escalas, uma em pés e outra em metros. Estas escalas indicam a
que distância da objetiva está o foco principal. Naturalmente, não é preciso ficar olhando a
escala para saber se o motivo vai estar em foco ou não. As câmeras têm dentro do visor uma
forma de confirmar se o motivo está ou não em foco.

Nas câmeras manuais existem basicamente 3 tipos de confirmação de foco:


Visor
geral
Este é o mais difícil de se definir em foco. A imagem está em foco quando o visor estiver nítido. É o método
mais difícil, principalmente para pessoas que têm um pouco de miopia, que perdem o ajuste fino do foco.

Centro
Bipartido
O centro do visor é dividido em duas meias luas. Quando a imagem está fora de foco, ela aparece partida
no centro do visor. Quando se gira o anel de foco, as partes começam a se juntar. Quando estiverem
juntas, o motivo estará em foco. Para focar, é melhor utilizar objetos retilíneos como, batentes, quadros,
árvores ou qualquer coisa que forme uma linha.

Disco reticulado
Um disco ou anel reticulado na parte central do visor indica se há foco ou não no motivo. Quando o motivo
está em foco, a área reticulada apresenta uma imagem clara e bem definida. Por pouco que se saia de foco, a
imagem no centro já fica toda reticulada e indistinta.

Câmeras com Foco Automático

Em câmeras de foco automático, o processo de focagem é feito automaticamente pela


câmera. Este sistema está bastante evoluído e hoje é uma obrigação em qualquer câmera. Ele
é mais prático, mais ágil e consegue focar em condições muito baixas de luz, onde um
fotógrafo teria muita dificuldade para trabalhar. Entretanto há condições onde o foco manual
tem que ser utilizado, o que faz desaconselhável a compra de objetivas com apenas essa
opção de foco. Em câmeras auto focus, o botão de disparo tem dois estágios. No primeiro,
chamado de "meio curso", o foco é feito automaticamente. No segundo estágio, um pouco
mais duro que o primeiro, a foto é disparada. A confirmação de que o foco foi feito
normalmente é indicado dentro do visor por um círculo que se acende. Quando o foco não é
encontrado, algumas câmeras mostram um "X", piscam duas setas indicadoras de foco ou
piscam o circulo confirmando o foco. Quando acham o foco, as câmeras com sinal sonoro
emitem um “bip” confirmando o foco. Câmeras autofocos normalmente possuem três modos
de foco: Manual, Single e Contínuo (ou servo). A forma de selecionar o modo varia entre os
modelos de câmera. Algumas linhas, como Nikon, possuem uma chave no corpo das câmeras
para seleção entre os três modos. As câmeras Canon possuem na objetiva uma chave para
conversão de manual para auto focus e no corpo a seleção entre single e servo.

Foco manual
Opera como o foco de uma câmera manual, o foco tem que ser ajustado manualmente na
objetiva. Os indicadores usados no modo auto focus, como o círculo de confirmação de foco
e o bip, funcionam também no modo manual. Assim, eles podem ser utilizados para
confirmar que o motivo está em foco.

Foco Single
O foco é feito quando se aperta a meio curso o botão de disparo. Caso não se solte o
botão de disparo, o foco da câmera é mantido naquela distância e não se move, mesmo
que o motivo focado saia do lugar.

Foco Continuos (ou servo)


O foco é feito quando se aperta o botão de disparo. Ao contrário do modo single, ele
acompanha o motivo no ponto de foco mesmo que ele esteja se movendo. Alguns
modelos calculam a velocidade do objeto em questão e conseguem prever onde estará o
objeto no próximo momento. Se adiantando com o foco ele garante que o disparo será
feito com motivo em foco.
Onde as câmeras auto focus fazem o foco?

O ponto que a câmera escolhe para focar uma cena está marcado no visor por dois colchetes ou
um quadradinho. Algumas câmeras possuem diversos quadradinhos. Isto significa que a câmera
pode operar com todos ou com apenas um destes quadradinhos para fazer o foco. Algumas
câmeras da linha Canon EOS, como a Elan IIE, possuem também um sensor que percebe o ponto
da cena que está sendo olhado pelo fotógrafo e foca aquele ponto.

Problemas com o auto focus


Focar com o recurso de auto focus é uma operação muito simples. O problema é quando se
deseja focar algo que está fora do centro do visor. Neste caso o ponto de foco está apontado
longe do motivo principal. Assim, o motivo principal sairia de foco e o fundo ficaria em foco.

1) Interferência no primeiro plano no sensor de auto focus

2) Cena sem contraste na área do sensor de auto focus.


Como resolver estes problemas
1) Aponte a máquina para o motivo principal; 2) Pressione o botão de disparo a
meio curso (a câmera focará o motivo ao centro);

3 (Mantendo o botão de disparo pressionado, volte a enquadrar a cena como deseja, com o motivo fora)
de centro;

Abertura do diafragma
Objetiva 50 mm

As objetivas possuem em seu interior um mecanismo chamado diafragma ou íris. Este


mecanismo controla o tamanho da abertura pela qual a luz vai passar. O diâmetro da abertura
controla duas coisas: a profundidade de campo e a quantidade de luz que chega ao filme. O
diafragma é controlado pelo anel de abertura na objetiva ou por um dial no corpo da máquina,
dependendo do seu modelo. A abertura possui valores fixos com números como f/2, f/2.8, f/4,
f/5.6, f/8, f/11, f/16 etc. Cada ponto destes é uma abertura diferente; f/2 é uma abertura
grande, enquanto f/16 uma abertura pequena. A cada ponto que variamos na abertura (de
f/5.6 para f/8 ou de f/4 para f/5.6, por exemplo) estamos diminuindo pela metade ou
dobrando a quantidade de luz que chega ao filme. A variação desta quantidade de luz irá
acarretar diferença na quantidade de luz que chega ao filme. O filme tem que receber uma
quantidade exata de luz, do contrário a fotografia pode ficar muito clara ou muito escura.
Cuidado, entretanto ao usar a abertura exclusivamente para controlar a quantidade de luz que
chega ao filme. Quando se mexe na abertura, além da quantidade de luz, se varia a
profundidade de campo.

Aspectos da abertura:

1) “f “ é a distância focal da objetiva


2) Se a objetiva é 50mm e a abertura f/4

então: abertura = 50/4 = 12,5mm

3) Cada vez que variamos a abertura em 1 ponto dobramos ou reduzimos a metade a quantidade de luz
Quando falamos em abrir pontos ou fechar pontos de abertura, nos referimos a entrada de
luz. Se estivermos trabalhando com uma abertura f/11 e fechamos 1 ponto, significa passar
de f/11 para f/16, já se abrirmos 2 pontos, estaremos então passando de f/11 para f/5,6.

Pontos intermediários
Algumas câmeras possuem aberturas intermediárias àquelas apresentadas. Caso haja 1
ponto entre cada abertura aqui mostrada, isto significa que ela possui a abertura de meio em
meio ponto.
Caso ela possua 2 pontos entre cada abertura mostrada aqui, isto significa que a
abertura possui uma abertura que varia de terço em terço de ponto.

Profundidade de Campo

Quando focamos um objeto na cena, estamos pondo o foco principal de nossa objetiva
naquele ponto. Entretanto, uma faixa da foto, tanto atrás quanto à frente do modelo
fotografado também sairá focada. A esta faixa em foco damos o nome de profundidade de
campo.
A foto da esquerda tem grande profundidade de campo, enquanto a da direita tem
pequena profundidade de campo. A profundidade de campo é alterada por 3 fatores, a
abertura do diafragma, a distância física do objeto ou motivo fotografado e a objetiva.

• Quanto menor o n° da abertura, menor a profundidade de campo


• Quanto menor a distância física entre a objetiva e o motivo, menor a
profundidade de campo.
• Quanto menor a distância focal da objetiva, maior a profundidade de campo.

Profundidade de campo e abertura


A profundidade de campo varia com a abertura. Pequenas aberturas (f/16, por exemplo)
produzem fotografias com grande profundidade de campo, enquanto aberturas grandes
produzem fotos com pequenas profundidades de campo.

Escala de Profundidade de Campo

Algumas objetivas possuem uma escala de profundidade de campo. Esta escala permite
prever com precisão que faixa da imagem estará em foco. Na objetiva da foto abaixo, a
abertura sendo utilizada é f/22. Observe que na escala de profundidade de campo existem
dois números 22. Pois bem, a profundidade de campo vai da distância apontada pelo primeiro
22 (1m) até a distância apontada pelo segundo 22 (aprox. 0,5m). Portanto tudo aquilo que
estiver entre 1 e aproximadamente 0,5m sairá em foco. O que estiver fora sairá
progressivamente fora de foco.
O fotógrafo irá notar, no entanto, que quando varia a abertura nada acontece no
visor da câmera. O motivo disto é que a abertura é mantida totalmente aberta para
facilitar a visualização da cena fotografada. A abertura só é efetivamente reduzida
para aquela escolhida pelo fotógrafo na hora do click. Aquilo que vemos no visor não
é necessariamente aquilo que veremos na fotografia revelada.
O botão "focus preview", que algumas câmeras possuem, permite ver no visor o que
acontece com a profundidade de campo. Ao apertá-lo, a abertura é efetivamente fechada
para aquela que o fotógrafo vai utilizar. A primeira coisa que se nota quando se utiliza uma
abertura pequena é que o visor escurece, mas se deixamos o nosso olho se acostumar com a
pouca luz, veremos o efeito causado pelo uso de uma abertura pequena no foco dos objetos,
antes e depois do foco principal.
As objetivas trazem na sua boca ou corpo a informação da abertura máxima que possuem.
Objetivo zoom dificilmente consegue manter a mesma abertura ao longo de todo seu curso.
É normal que a diferença entre a maior e a menor distância focal seja 1 ponto. Isto
normalmente está indicado na objetiva. Por exemplo, um zoom 24-50mm f/3.5-5.6 indica
que em 24mm a maior abertura é de f/3.5, e em 50mm a maior abertura será de f/5.6.

Usamos pequenas profundidades de campo quando desejamos isolar um objeto de seu


fundo; uma flor, por exemplo, cujo fundo é muito confuso.

Usamos uma grande profundidade de campo quando desejamos incorporar um objeto ao


ambiente ao seu entorno.
Profundidade de campo e objetiva

A profundidade de campo varia também com o tipo de objetiva. Objetivas grande


angulares têm maior profundidade de campo do que objetivas normais ou tele objetivas.
Observe nas duas fotos a seguir como a profundidade de campo diminui da primeira (objetiva
70mm) para segunda (Objetiva 300mm) foto. Repare que, na primeira, o fundo está definido,
enquanto na segunda foto ele parece borrado. As duas fotos foram feitas no mesmo
momento e do mesmo lugar utilizando abertura f/5.6.
Profundidade de campo e distância do motivo

Da mesma forma, motivos próximos têm pouca profundidade de campo. À medida que se
afastam da câmera, a profundidade de campo aumenta. Flores e insetos são difíceis de focar
porque normalmente estão muito próximos, daí terem uma pequena profundidade de campo.
Paisagens, normalmente, estão em foco, porque fotografar objetos distantes garante grande
profundidade de campo.

Estas duas fotos foram feitas do mesmo lugar, com a mesma objetiva e a mesma abertura. Objetiva 300mm e abertura 5,6

Obturador
Uma das partes mais importantes da câmera é o obturador ou cortina. Sua função é
controlar o tempo que o filme ficará exposto à luz. Diferente do diafragma, ele não tem
nenhum efeito no foco. O obturador possui duas cortinas. Quando apertamos o botão de
disparo, a primeira se abre e a segunda vem atrás fechando. O tempo que a segunda
cortina leva para começar a fechar depende do tempo que a regulamos para isto.
As câmeras possuem um botão onde se regula a velocidade com que isto acontece. O
seletor de velocidades possui diversos valores gravados. Estes valores estão em fração de
segundo. Assim, 125 significa na realidade 1/125 segundos. A faixa de velocidades depende
do modelo da câmera. As câmeras eletrônicas modernas permitem velocidades a partir de
30" (30 segundos inteiros) até 1/8000 (0.125 milésimos de segundo). Nas câmeras
mecânicas, variar a velocidade em um ponto significa dobrar ou reduzir à metade a
quantidade de luz. As câmeras também possuem uma velocidade "B" ou "Bulb". Nesta
velocidade, o obturador permanece aberto enquanto se pressiona o botão de disparo. Este
modo é utilizado para fotos de longa exposição.

Velocidades mais
comuns

Sempre que se dobra ou diminui à metade a quantidade de luz que atinge um filme,
dizemos que variamos a luz em 1 ponto. Será 1 ponto acima quando se dobra a
quantidade de luz (60=>30 ou f/8=>f/5.6) ou um ponto abaixo quando se reduz à
metade o tempo de exposição.
Alguns modelos de câmera possuem outro ponto intermediário entre cada ponto. Neste caso,
cada vez que se varia a velocidade, altera-se a exposição em 1/2 ponto, aumentando ou
diminuindo a exposição em 50%. Algumas câmeras possuem dois pontos intermediários
entre cada ponto; assim, a cada passo no seletor de velocidade estamos variando a
exposição 1/3 de ponto.
Quando se abro 1 ponto, significa que esta baixando a velocidade do obturador
e consequentemente deixando que entre mais luz. Se fecha 2 pontos, faz com
que entre menos luz e que o obturador fique mais rápido.

Efeitos em objetos em movimento

O obturador não altera de forma nenhuma o foco. O único tipo de cena que pode ser alterado
é aquela onde existam objetos em movimento como carros ou cachoeiras. Nestes casos
velocidades muito rápidas, como 1/500s, congelam o movimento, enquanto velocidades
lentas "borram" a cena com o seu movimento.
As fotos de cachoeira onde a água aparece como um véu utilizam velocidades baixas,
normalmente abaixo de 1/4s. Cenas noturnas de cidade, onde os faróis dos carros
aparecem riscando as fotos também são feitas com esta técnica, porém o tempo de
exposição deve ser maior do que 2 segundos.
Estrelas riscando o céu à noite recebem exposições que podem variar de um minuto a
uma noite inteira. O movimento aparente das estrelas no céu risca a foto enquanto o
obturador estiver aberto.
Baixas velocidades

Velocidades muito baixas podem tremer uma foto, se a máquina estiver sendo segurada na
mão. A menor velocidade que se deve usar nesta condição para evitar fotos tremidas é 1/f, ou
seja igual à distância focal da objetiva que se está utilizando. Por exemplo, se você estiver
utilizando uma objetiva 50mm, a menor velocidade que você poderá utilizar é 1/50 s ou a mais
próxima. Fotos com velocidades mais baixas não devem ser feitas sem o auxílio do tripé.
Algumas pessoas mais estáveis até podem usar uma velocidade abaixo, 1/30 s, por exemplo,
mas, na dúvida é melhor ter sempre um tripé à disposição.

Velocidade x Abertura

A velocidade e a abertura estão intimamente relacionadas para uma exposição perfeita à


luz. Na imagem abaixo, podemos notar uma variação de iluminação entre as fotos. A
relação correta entre abertura e velocidade neste caso é a diagonal formada da esquerda
inferior caminhando para a direita superior. É evidente neste caso que se abrirmos 1 ponto
da velocidade, temos que fechar 1 ponto da abertura e assim sucessivamente.
Fotômetro

Para que um filme reproduza com fidelidade as cores, é importante que ele receba quantidade
correta de luz. O fotômetro é a parte da câmera responsável pela medição da quantidade de
luz que chega ao filme. Nas câmeras 35mm o fotômetro normalmente está dentro da câmera.
O modo de funcionamento do fotômetro varia de acordo com o modelo da câmera, mas
essencialmente é o mesmo. A luz atravessa a objetiva e parte dela é desviada para um sensor
sensível à luz. Esta célula envia um sinal elétrico para um circuito que vai comparar a
intensidade de luz com a abertura, a velocidade e o ISO do filme selecionados na câmera. De
acordo com os valores encontrados, o sensor vai dizer se haverá muita ou pouca luz
chegando ao filme na hora do click. Falta de luz leva a imagens muito escuras, subexposição.
Excesso de luz leva a imagens muito claras, superexposição. Por isso é muito importante dar a
correta exposição da luz ao filme.

Tipos de leituras dos fotômetros

Fotômetro + 0 —
Sinal "+" indica super exposição (é preciso diminuir a exposição). Sinal "-" indica
sub exposição (é preciso aumentar a exposição) quando o “0” está aceso, isto
significa exposição ideal de luz.

Barra graduada
A barra graduada é como uma régua com o zero no meio. Um cursor ou um traço mais
escuro indica a exposição. A exposição está correta quando o cursor está no meio.
Cada traço pode indicar 1 ponto , 1/2 Ponto ou 1/3 de ponto dependendo da câmera.
Tipos de fotômetros e onde eles medem a luz

Os fotômetros das câmeras SLR são classificados em três tipos:

Peso Central (Center Weight)


A grande maioria das câmeras SLR antigas possue este tipo de fotômetro. Um disco central com cerca de 30 % da área do visor
é responsável por 70% do peso da leitura da luz. O resto do visor é responsável por apenas 30% da medição. Ele é indicado para
uso geral onde a luz esteja distribuída de forma regular e não haja pontos de maior intensidade de luz no visor da câmera.

Pontual (Spot)
Uma área muito pequena no centro do visor é responsável por quase 100% do peso da leitura. Esta área é delimitada por um
pequeno círculo de aproximadamente 3 mm. Somente deve ser utilizado por pessoas com experiência. É indicado para leitura
em locais onde o ponto de interesse está imerso em um fundo muito claro ou muito escuro.

Matriz (Matrix)
O visor é dividido em diversos segmentos, dependendo do modelo da câmera. Cada segmento mede a luz de forma independente.
Um computador na câmera compara os valores de cada segmento com padrões pré determinados (em algumas câmeras os padrões
chegam a 30.000) e escolhe a melhor exposição. Projetado para funcionar em uma grande gama de situações, é ideal para pessoas
com pouca experiência e situações onde o fotógrafo não tem tempo de julgar a condição de luz.

Cenas com alto contraste


Cenas de alto contraste são cenas que trazem no mesmo enquadramento áreas muito
iluminadas e áreas pouco iluminadas. Se fotometramos a luz na parte mais iluminada, da
vegetação, a parte menos iluminada fica escura e a vegetação mais iluminada fica bem
definida. Se medirmos a luz na parte mais escura, esta ficará bem definida, mas a parte
que recebe mais luz ficará muito clara.
Escolhendo o local da fotometria

Se toda a cena a ser fotografada está sob luz uniforme, ou seja, totalmente no sol ou
totalmente na sombra, então basta escolher um motivo meio tom e medir a luz nele. O
procedimento é diferente, caso a cena esteja parcialmente no sol e parcialmente na sombra.
Neste caso, faça a fotometria num objeto “meio tom” onde está o seu motivo. Se ele estiver
no sol, escolha um objeto meio tom no sol; se ele estiver sob a sombra, escolha um objeto
meio tom na sombra. Para escolher um objeto meio tom, dentro da área escolhida, procure
pelo objeto mais claro e pelo mais escuro. Descarte os dois. Repita este procedimento até
que você encontre o objeto meio tom da cena. Lembre-se que ele deve ocupar toda a área de
fotometria de sua câmera para que a luz de outras partes não deem uma leitura errada.

Fotômetro na prática

Imagine que você foi à praia e desejava fazer duas fotos: das rochas negras de uma costeira
e da areia branca. Você utilizará o fotômetro da sua câmera para fazer a foto. A medição de
luz na rocha negra vai indicar que há pouca luz no ambiente, sugerindo uma grande exposição
de luz. A medição na areia branca vai indicar que há muita luz no ambiente sugerindo uma
pequena exposição de luz. Nenhuma leitura é correta. Se formos usar a leitura da máquina
neste caso, a pedra vai sair muito clara e a areia muito escura. Os fotômetros são projetados
para medir corretamente apenas a luz de objetos que refletem 18% de luz, o que equivale a
um cinza médio. As pessoas, as paisagens e cidades estão próximas deste cinza 18%. Quando
fotografamos algo muito fora disto, devemos ter cuidado. Neste caso, faça a leitura e ajuste
da exposição em algum objeto que seja próximo de meio tom, retorne ao enquadramento
desejado e faça a foto ignorando a mensagem de erro da máquina. Certifique-se que o tipo de
luz dos dois lugares é igual. Se um está na sombra, o outro também tem que estar na
sombra. Numa foto meio tom a fotometria funciona convenientemente.
Em nenhuma das fotos acima é possível medir a luz direto na cena. Na primeira foto, o céu branco predominando deixaria a foto muito
escura (o fotômetro entenderia que há muita luz e mandaria escurecer a foto). Na segunda foto, a do jacaré, o fotômetro entenderia, pelo
fundo escuro, que há pouca luz na foto, que ficaria muito “lavada”. Em ambos os casos não é possível medir a luz direto na cena.

Cartão cinza 18%

O cartão cinza 18% é um cartão de papel grosso e resistente que tem, em uma de suas
faces, impresso, o tom de cinza que reflete 18% da quantidade de luz que incide sobre
ele. Não basta comprar uma cartolina cinza ou imprimir um cinza 18% na impressora, o
resultado será diferente do cinza 18% puro. Este cartão serve de referência de tom na
hora de fotografar. Quando se vai fotografar uma cena onde o importante seja a
precisão, o cartão é posto no lugar do motivo a ser fotografado e a luz é medida nele.
Regulada a câmera para aquela condição, é só tirar o cartão da cena e fazer a foto. O
cartão deve sempre receber o mesmo tipo de luz que chega ao motivo. Se o motivo está
na sombra, o cartão deve estar na sombra; se o motivo está no sol, o cartão deve estar
no sol.

Forma de uso do cartão

O cartão deve cobrir, no visor da câmera, toda a área utilizada para fotometragem. Se não
souber qual é a área de atuação do seu fotômetro, cubra todo o visor, e ele não precisa
estar em foco. Cuidado para que a câmera não faça sombra sobre o cartão. Posicione o
cartão em ângulo entre o motivo e a fonte de luz, mais voltado para a câmera do que para
o sol. Um terço do ângulo entre eles deve estar em direção a câmera e dois terços em
direção ao sol.

Posição do cartão no visor da câmera

Mesmo com o uso do cartão, ainda é necessário fazer uma pequena compensação. Quando
o objeto fotografado for predominantemente branco, deve-se dar 1/2 ponto de exposição a
menos, ou seja, mais escuro. Se o objeto for predominantemente escuro, deve-se dar 1/2
ponto de exposição a mais, ou seja, mais claro.

Técnica da palma da mão

Na falta de objeto meio tom para medir a luz, utilize a palma da mão. Como ela é mais
clara que o cinza 18%, abra 1 ponto a exposição para compensar (Se a velocidade indicada
for 1/125, use 1/60) . O ideal é ter a mão calibrada num cartão cinza 18%, pois a variação
pode ser até 1 ponto. A mão é sempre mais clara.
Fotometria na prática passo a passo

Ajustando a exposição 1) Comece montando na cabeça seu enquadramento. 2)


Determine a profundidade de campo necessária e encontre a abertura requerida.0 3)
Utilizando o fotômetro, encontre a velocidade para uma boa exposição. 4) Se o tempo
for compatível com a objetiva (não vai tremer), faça a foto. 5) Se for muito longo,
existem três possibilidades:

• usar um tripé,
• usar um flash, ou
• sacrificar a abertura, abrindo o diafragma. Se for sacrificar a abertura, ajuste o
menor tempo de exposição possível com a objetiva que está usando. Utilizando o fotômetro,
determine a abertura ideal. Se ainda assim o tempo de exposição não for suficiente, a única
saída será utilizar tripé ou flash.

Chave de fotometria Techimage


Filmes

Negativo e Diapositivo
Filmes podem ser negativos e diapositivos. Negativos são aqueles que, revelados,
apresentam a imagem com as cores "invertidas". São usados principalmente pelos
amadores e fotógrafos sociais. São tolerantes a erros do fotógrafo, porém apresentam
cores pouco saturadas se comparados com os cromos. Vai desaparecer com a chegada
das digitais.
Filmes diapositivos apresentam a imagem como ela é. São indicados para impressos
ou palestras. O filme diapositivo também é conhecido por cromo ou slide. É a opção
dos profissionais e amadores avançados. Tem cores mais saturadas do que os
negativos, entretanto são pouco tolerantes a erros do fotógrafo.

Digital
São usados por amadores e profissionais. São mais tolerantes a erros do
fotógrafo. Possuem mais variedade tonal do que negativos e diapositivos.

ISO
O iso é a sensibilidade do filme à quantidade de luz que chega até ele. Tanto nas câmeras
digitais quanto convencionais, quanto maior o ISO do filme menor a necessidade de luz para
se fazer uma foto.
Como na abertura e velocidade cada vez que se dobra o ISO diminui-se em 1pt a
quantidade de luz necessária para fazer a foto.

Ruído
São pequenos pontos multicoloridos que aparecem na imagem. A probabilidade de
aparecer ruído varia de câmera para câmera. Só existe nas câmeras digitais. Em certas
condições os pixels podem assumir cores erráticas, deixando a foto com cores mortas. O
ruído aparece principalmente quando se utiliza ISO alto (acima de 800) e em fotos de
longa exposição (acima de 5 segundos).

Latitude
Latitude é a capacidade do filme captar informações claras e escuras simultaneamente
em uma foto. Quanto maior o iso do filme, maior a sua latitude.

Granulação
A granulação são pontos presentes na foto causados pelos grãos de sais de prata presentes
nos filmes, portanto, acontece somente em filmes convencionais. Quanto maior o iso do
filme maior o granulação. Acima de iso 800 os grãos que formam o filme

são muito grandes e portanto a imagem sempre parece sem definição. Este problema não
acontece com as câmeras digitais.

DIGITAL - SENSOR DE CAPTURA DE IMAGEM E PIXEL

Um sensor de captura de imagem é constituído de milhões de


minúsculos sensores. Cada sensor destes captura uma minúscula
parte da imagem. A cada sensor destes damos o nome de
PIXEL.

Existem 3 tipos de tecnologia de sensor de captura.


CCD é o sensor considerado mais rápido, porém consome mais
energia.
CMOS consome menos energia, mas é mais lento do que o
ccd.
FOVEON teoricamente gera imagens mais limpas devido a
distribuição de pixels.

O termo MEGA PIXEL se refere ao numero total de pixels que uma câmera consegue
capturar. O número de pixels que a câmera consegue armazenar é dado por:
3000 pixels x 2000 pixels=6.000.000 pixels Relação
entre o número de mega pixel e as ampliações.

Cartões de memória

Substituíram os filmes. Não necessitam de baterias. Velocidade não é um fator importante uma
vez que o maior limitador de velocidade é a capacidade de leitura da câmera. Marca não
é um fator importante. Cartões de grande capacidade, acima de 1gbyte, são de grande
risco. Enquanto o cartão está sendo gravado não se pode retirá-lo da câmera. Uma luz
piscando indica quando ele está sendo gravado.

Mídias de armazenamento
Nenhuma mídia de armazenamento é realmente segura.
Se quer realmente preservar suas imagens guarde-as sempre em duas mídias diferentes. Se
for gravar as imagens em cd, arranje um hd para manter cópias delas ou vice e versa. Se or
manter duas cópias de cada cd assegure-se que eles são de marcas diferentes. Se houver
defeito de fabricação em um o outro pode estar bom.
Cd e dvd

São a forma mais comum de guardar, por um longo prazo, imagens hoje em
dia. Deposita-se nos cds muito mais crédito do que se deveria. Mesmo Cds de marca
reconhecida perdem suas informações com o tempo, fazendo-os irreconhecíveis as leitores e
consequentemente perdendo todas as fotografias.

Hd

Talvez a mídia mais segura e estável para armazenamento de imagens. Se forem utilizadas apenas
para armazenamento das imagens serão pouco solicitados e terão vida realmente longa. Para
mantê-los em lugar seguro é importante colocá-los em gavetas que podem ser removidas do
computador. Desta forma em caso de roubo da máquina as
Hd fotos portátil não serão para perdidas descarregar cartão

Uma nova mídia utilizada principalmente para descarregar os cartões em viagem. Trata-se de um
hd movido a bateria com entrada para cartões de memória e saída USB. Com eles pode-se
descarregar as imagens feitas e liberar os cartões. Alguns possuem
Como organizar suas imagens
visores de lcd para se podr verificar, edtar e excluir imagens.

Uma forma de organizar suas imagens é mantê-las em pastas nomeadas de forma a ser
fácil organizá-las cronologicamente: "AAAA-MM-DD-ASSUNTO", ou seja, "2004-07-25-nova
zelandia”
DIGITAL - TIPOS DE ARQUIVO

JPG
O formato JPG é hoje o formato universal utilizado na fotografia digital, Ele usa um sistema de
compactação que reduz muito o tamanho da imagem, Na compactação há perda de qualidade,
Quanto maior a compactação, menor o tamanho e menor a qualidade da imagem, O resultado
final da compactação depende da taxa utilizada para compactar e do número de detalhes que
a imagem tem. Quanto mais cheia de detalhes a imagem, menor a compactação conseguida,
Se abrimos, gravamos e fechamos sequencialmente um arquivo jpg com um editor de imagens
qualquer acabamos por degradar a imagem mesmo que não alteremos nenhum parâmetro
dela.

TIFF

É um formato profissional de
armazenamento de imagem. Não há perda de qualidade na compactação. Como a taxa de
compactação é baixa as imagens em tiff normalmente são muito grandes. Quando estamos
trabalhando uma imagem no computador devemos salvá-la e reabri-la em TIFF, só
convertendo-a para jpg quando o trabalho estiver terminado.

RAW

RAW quer dizer bruto, rústico É um espelho fiel da informação que saiu do sensor de captura
de imagem sem processamento posterior. Sempre que o homem ou a máquina fazem algum
processamento numa imagem eles perdem informações que não podem ser recuperadas
depois. Após o processamento a imagem provavelmente ficará mais bonita aos nosso olhos,
mas ela terá menos informação que a original. Os filtros e curvas podem ser aplicados depois.
Gera imagem com mais profundidade de cor que os arquivos TIFF e JPG. Para trabalhá-los
temos que utilizar os programas que vêm com as câmeras digitais.
Resolução

As imagens reproduzidas por televisores, revistas, impressoras, outdoors, etc são feitas de
pontos. Enxergamos as imagens como contínuas porque o olho humano é limitado. O menor
detalhe que o olho humano consegue determinar a olho nu é 0,1mm. Se alinharmos diversos
pontos numa linha separados entre si em 0,1mm veremos não uma linha de pontos e sim uma
reta contínua. Um centímetro desta reta terá 100 pontos, e, portanto uma resolução de 100
pontos por centímetro. Em polegadas a resolução mínima para enxergar imagens com cores
contínuas é 250 pontos por polegada.

Tipos de Câmeras Digitais

Reflex
• Para os profissionais e amadores avançados,
• Preços a partir de US$ 600,00 para modelos de 6 mp,
• Possibilidade de se trocar as objetivas e flashes externos.

Bridge
• Para amadores avançados,
• Controles manuais de abertura e velocidade,
• Objetivas versáteis,
• Grande profundidade de campo,
• Macro fantásticas,
• Display também mostra a fotografia que vai sair de acordo com a regulagem da
câmera antes da foto ser feita,
• São limitadas no número de acessórios,
• Permitem que se acople flashes externos,
• Má relação custo-benefício, uma vez que seu custo não é muito diferente
das câmeras reflex digitais básicas.

Compactas
• Para amadores
• Não permitem grandes regulagens,
• Possuem filtros eletrônicos de luz,
• Compensação de exposição para cenas onde predomina tons claros ou escuros.

Principais partes das Cameras Digitais

Painel LCD
• Permite ver como a foto vai sair nas compactas e bridge,
• Permite ver e editar as imagens, verificar foco e enquadramento,
• Permite acessar menus de ajuste,
• Algumas compactas e bridge permitem que o painel de cristal liquido seja
destacado da câmera e virado na direção do fotógrafo.
• Não é fiel para verificar exposição.
Visor
• As câmeras convencionais trabalham com visor ótico, ou seja, através de um
jogo de espelhos e lentes a imagem é enviada a uma ocular atrás da câmera.
• Alguns modelos de câmeras compactas e bridge digitais usam visor digital, ou
seja, um pequeno display de cristal líquido mostra o que está sendo enquadrado.

Modos de Operação

Modo Gravação: O símbolo é uma câmera e permite fotografar.

Modo reprodução: O símbolo é uma seta e permite ver as fotografias feitas.

Saída de Vídeo
• Permite ver numa televisão as informações do LCD da câmera,
• Conecta-se a câmera diretamente na entrada de vídeo de um televisor ou aparelho
de vídeo,
• A qualidade da saída não é boa, mas é uma forma melhor de ver as fotos do
que no pequeno visor da câmera.

Descarregando Imagens para o Computador

Saída USB
• Utilizada para conectar a câmera diretamente ao computador.
• Em alguns casos permite controlar a câmera a partir do computador.
• Por meio de software que acompanha a câmera, permite descarregar as fotos
para o computador.

Leitor de Cartão
• Normalmente mais rápidos que as câmeras,
• Fáceis de usar e dispensam instalação, basta conectar à saída USB.
Uso do Flash

O flash tem a função de preencher de luz uma cena a ser fotografada. O flash é usado em três
condições: locais escuros, onde a falta de luz impossibilita a fotografia; contra luz, para
equilibrar a luz do fundo e do motivo, e locais onde o sol penetra de forma irregular, dando
origem a uma iluminação com claros e escuros, lado a lado.

Locais escuros ou cenas pouco iluminadas onde a exposição levaria a velocidades muito baixas.

Cenas no contra luz onde o fundo é muito mais iluminado que o primeiro plano.

Cenas divididas com sombra e luz, onde o motivo esta ao mesmo tempo com partes no sol e partes na sombra.

Potência do Flash
O alcance do flash é limitado à sua potência. Quanto mais potente um flash, maior o seu
alcance. A potência de um flash é medida por seu número guia. Este número é igual à
abertura necessária para fotografar um objeto a um metro de distância com certo ISO de
filme. Quanto menor a abertura necessária, maior a potência do flash. O ISO do filme também
influencia no alcance final do flash. Quanto maior o ISO do filme, maior o seu alcance.
Poderíamos resumir número Guia da seguinte forma:
Velocidade de Sincronismo

Quando uma foto é feita, a primeira cortina do obturador se abre, deixando chegar luz ao
filme; pouco depois, uma segunda cortina vem fechando, interrompendo a entrada de luz. Em
velocidades muito altas, a primeira cortina ainda não se abriu completamente e a segunda já
vem fechando, de modo que nunca todo o filme está exposto à luz a uma só vez. Uma foto
com flash feita desta forma pode apresentar uma faixa bem iluminada e uma faixa escura,
como na foto ao lado.

Existe uma velocidade, na qual todo filme fica exposto antes da segunda cortina se fechar.
Como mostrado abaixo. Esta é a velocidade de sincronismo, ou seja, a maior velocidade que se
pode usar para fotografar com flash.
Explicando de forma mais prática, dizemos que a velocidade de sincronismo é a velocidade
máxima que se pode utilizar um flash numa determinada câmera. Caso seja usada uma
velocidade mais alta que a de sincronismo, a foto ficará com uma faixa escura, porque nem
todo o filme estará exposto na hora do disparo do flash. Velocidades mais baixas que a
velocidade de sincronismo são permitidas.
Na foto de cima a câmera foi ajustada na velocidade de sincronismo correta. Na Foto de baixo
a velocidade está acima da velocidade de sincronismo.
A velocidade de sincronismo pode ser indicada de diversas formas: um raio, um "X" ou uma
mudança na cor do número da velocidade são os modos mais comuns de indicação.
Em câmeras eletrônicas modernas, a velocidade de sincronismo deve ser buscada no manual
da câmera. Quando se utiliza um flash projetado para o modelo da câmera em uso, a
velocidade é automaticamente ajustada para a velocidade de sincronismo sempre que o flash é
ligado. Nestes casos, a câmera permite utilizar uma velocidade mais baixa, mas não mais alta.

Imagem feita fora do sincronismo, com velocidade superior a velocidade de sincronismo.

Imagem feita respeitando a velocidade de sincronismo da câmera.


Tipos de Flash

Flash embutido

Vêm incorporados às câmeras fotográficas. Têm pequena potência e alguns permitem alguma
programação. Funcionam apenas para pequenos preenchimentos ou ambientes reduzidos. Os
flashes embutidos normalmente têm alcance máximo em torno de 3 metros, utilizando filme ISO
100. Algumas câmeras não permitem nenhuma liberdade de programação; o flash só é acionado
quando há pouca luz. Isto limita o uso do flash a cenas escuras, somente. Ele não é acionado em
cenas no contra luz, onde a iluminação extra é recomendada. Outros modelos permitem, pelo
menos, que se ligue e desligue o flash quando desejado, como na contraluz. Modelos mais
avançados permitem melhores programações.

• "Off" (Desligado): O flash fica desligado e não é acionado nunca, mesmo em baixa
luz.
• "Auto" (Ligado): O flash está ligado no modo automático. Ele só é acionado quando
existe pouca luz para fazer a foto.
• "ON" ou "Fill In" (Ligado): O flash é acionado sempre, independente da condição de
luz.
• Olho Vermelho: Antes de disparar o flash para fazer a foto, é emitida uma série
de pré-disparos de flash para diminuir a pupila e assim diminuir o efeito de olho
vermelho. Outra forma dele operar: antes de disparar o flash para fazer a foto, é emitida
uma luz forte, contínua, no olho do modelo, para diminuir a pupila e assim diminuir o
efeito de olho vermelho.
• Slow ou estrela / B: Para ser utilizado em lugares amplos pouco iluminados. O flash
dispara, mas o obturador ainda fica aberto algum tempo. É necessário o uso de tripé.
Flash Externo

São mais versáteis e normalmente tem potência superior a dos flashes embutidos. Quando
for adquirir um flash externo certifique-se que ele possui cabeça move tanto para os lados
quanto para cima e para baixo.

Conexão

Os flashes externos são conectados a uma sapata que fica na parte superior da câmera. Eles
também podem ser conectados por um cabo de sincronismo, ou através de uma fotocélula,
que aciona o flash com a luz de um segundo flash.

Manual

Neste tipo de flash, a potência do disparo é sempre


fixa. Alguns poucos modelos permitem dar meia carga
na potência, quando não há necessidade de muita luz.
Uma tabela anexada ao corpo da câmera informa que
abertura deve ser utilizada em cada combinação de
distância do modelo x ISO do filme.

Existem tabelas circulares e planas; elas funcionam com o mesmo princípio. Nesta tabela,
por exemplo, para fotografar um objeto a 2,5 metros de distância com filme ISO 200 deve-
se utilizar uma abertura f/11. Este tipo de flash é muito antigo e sua única vantagem é a
compatibilidade com qualquer tipo de câmera. Eles são ruins de operar, porque a cada foto
feita é necessário calcular a distância motivo-flash, encontrar a abertura necessária, ajustá-
la na câmera e fazer a foto.

Flash Automático

Flashes automáticos possuem uma fotocélula na frente que,


após o disparo, mede a quantidade de luz que retorna da
cena fotografada. Quando chega luz de volta suficiente para a
foto, o disparo é cortado. Um botão determina o modo de
operação do flash, que pode ser "M" de manual, ou "A" de
automático. Pode haver mais de um modo automático. Esta
nomenclatura pode variar de flash para flash. Operando no modo manual,
o flash funciona como um flash manual convencional. Operando no modo automático, ao
invés de haver uma abertura para cada distância, passa a haver uma faixa de distância para
cada abertura, facilitando a operação. Neste caso, procure determinar qual a faixa de distância
em que você vai operar. Numa festa, por exemplo, dentro de um ambiente pequeno,
provavelmente as distâncias estarão na faixa de 1 a 5 metros. Basta escolher uma abertura
que opere dentro desta faixa e fotografar sem se preocupar mais com a abertura. A vantagem
deste flash é poder fotografar sem a preocupação de escolher a abertura a cada foto. O
fotógrafo fica livre para escolher o melhor momento e composição para fotografar. Se o flash
possui vários modos programados, é possível escolher, dentro de limites, a abertura mais
adequada para a foto. Outra vantagem deste tipo de flash é que ele pode ser utilizado com
facilidade durante o dia. Sua desvantagem é que, se a cena possuir, na média, tons muito
claros ou escuros, a fotocélula se enganará produzindo fotos muito escuras ou claras,
respectivamente. Em lugares abertos, a luz se perde e ele tende a expor o motivo.

Flash TTL ou Dedicado

Este tipo de flash é muito preciso. Quando uma foto é feita, a luz entra pela objetiva e
atinge o filme. Nem toda luz é aproveitada para gravar o filme; parte desta luz é refletida de
volta. O flash dedicado possui uma fotocélula que mede a quantidade de luz que retorna e,
assim, sabe quando chegou luz suficiente no filme e quando é hora de cortar este disparo.

Como a quantidade de luz é medida depois de a luz passar pela objetiva, qualquer
abertura pode ser utilizada. O resultado é que o fotógrafo passa a escolher a abertura que
deseja, e, portanto, a profundidade de campo. Como o sistema considera também a luz
ambiente, o fotógrafo tem com o flash TTL uma ferramenta muito precisa para uso da
técnica "fill in", ou preenchimento.

O único cuidado a tomar é verificar se a abertura escolhida permite entrada de luz suficiente
para iluminar o objeto. Para verificar se a abertura escolhida permite fotografar seu motivo,
basta olhar na tabela manual do flash. Para utilizar um flash TTL, é necessário que a câmera
seja compatível com ele. Não se pode usar um flash TTL Canon numa câmera Nikon, e vice e
versa, entretanto, existem flashes de marcas alternativas, como Sunpack, que são fabricados
para Nikon, Canon, etc. Nestes casos, a compatibilidade é total, desde que seja comprado um
Sunpack para uso na Nikon ou para uso na Canon. A única limitação deste flash é quando o
motivo fotografado for muito claro ou escuro. Em ambos os casos, a fotometria será enganada
produzindo fotos muito escuras ou claras, respectivamente.

Flash TTL balanceado

O flash TTL balanceado funciona como o flash TTL


comum, apenas que, antes do disparo principal é
emitido um pré disparo para determinar quanto de
luz reflete o objeto fotografado e se é necessário
fazer alguma compensação.

Flash D ou E-TTL

O flash D foi desenvolvido pela Nikon e só é compatível com as câmeras da Série N e F


equipadas com lentes tipo D, e que estejam utilizando o flash SB 26, 27 ou 28. Neste
sistema, a lente informa à câmera a distância que está o objeto a ser fotografado e a
quantidade de luz que existe no ambiente. Um pré-disparo informa qual a refletividade do
motivo. De posse destas informações, é calculada a intensidade do disparo. Com este tipo de
flash, não importa a cor do motivo, se é claro ou escuro, se ocupa toda a cena ou parte dela.
O disparo é sempre preciso.
Condições para uso de Flash

Não é sempre que podemos usar o flash. Para que o flash possa ser usado devemos
ter uma das seguintes condições respeitadas:

Motivo a ser iluminado está no primeiro plano.

O primeiro plano tem igual ou menos luz que o segundo plano.


Conceitos

Degrau de Luz

Degrau de luz é a diferença de iluminação existente entre dois pontos da imagem.


Quando esta diferença é muito grande uma das partes acaba sendo prejudicada,
ficando muito clara ou escura. O degrau de luz aceitável depende do ISO do filme que
estamos usando ou se estamos usando formato digital. Quanto maior o ISO do filme
maior o degrau de luz possível de ser fotografado. Câmeras digitais aceitam melhor
degraus grandes de luz. Nas 3 fotos abaixo:

Entre a sombra e o sol existem 2,5 pontos de diferença de luz.


Primeira foto: Fotometria no Sol Segunda foto: Fotometria na sombra
Terceira foto: Fotometria no Sol com uso do flash. O degrau diminui.

Teoria do Balde

A teoria do balde nos ajuda a entender como se faz para iluminar uma cena onde também
haja luz ambiente em quantidade. Na teoria do balde fazemos uma associação imaginando
que uma foto bem feita equivale a um balde cheio de água até a boca. Se a foto está
muito escura
é como se faltasse água no balde. Se a foto está muito clara é como se o balde
transbordasse de água. Quando jogamos o flash em cima é como se jogássemos um
pouco mais de água no balde. Se a fotometria está feita de modo que a luz ambiente já
“enche o balde”, qualquer que seja a potência de flash que jogamos na cena, parte da
foto ficará
super exposta. Por isto quando existe luz ambiente é importante que a fotometria do
ambiente fique levemente sub exposta, ou o balde levemente vazio. Assim o flash
complemente a luz que falta sem super expor a foto.

Compensação de Exposição

A compensação de exposição “engana” o sistema de fotometria indicando como correta


uma exposição que o sistema de fotometria da câmera indicaria como incorreta. Esta
compensação pode ser feita para mais (super exposição) ou para menos (sub exposição).
Em sistemas TTL dedicados esta compensação pode acontecer no flash, que só influencia
nas áreas alcançadas pela luz do flash; e na câmera que só influencia áreas iluminadas
exclusivamente pela luz ambiente.

Compensação de Exposição do Flash

Neste caso o sistema TTL é enganado e o flash é compensado para que sub
exponha ou super exponha a sua exposição. Elá é usada principalmente em fotos
onde se deseja diminuir o impacto do flash para que ele não pareça tão evidente.

Compensação de Exposição na Câmera

Neste caso o sistema de fotometria da câmera é enganando compensado para que sub
exponha ou super exponha a sua exposição. Elá é usada principalmente em fotos de
preenchimento onde a luz do flash atingirá uma parte já iluminada pela luz ambiente.
Nestes casos sub-expõe-se a área já iluminada para que ela não fique super exposta.
Também é o caso quando se deseja sub expor o fundo da fotografia.
TÉCNICAS de USO
Flash com Luz Ambiente
● Motivo na sombra, fundo no sol: Faz-se a fotometria no fundo iluminado
e joga-se o flash no primeiro plano.

Fotometria no sol sem flash


V= 1/250 A= f/6.3

Fotometria na sombra sem flash


V= 1/30 A= f/6.3

Fotometria no sol com flash


V= 1/250 A= f/6.3

● Motivo dividido entre sobra e luz: Faz-se a fotometria no sol com cerca
de ½ pt de subexposição e joga-se o flash no ambiente. Isto pode variar um
pouco de cena para cena e de flash para flash.

Fotometria no sol sem flash


V= 1/100 A= f/9.0

Fotometria na sombra com flash


V= 1/80 A= f/5.6

Fotometria no sol com sub exposição de -1/2 pt na câmera e


flash V= 1/160 A= f/9.0
● Correção de cor sob luz uniforme: Quando fotografamos na sombra, o
motivo normalmente está sob forte luz azul do ambiente. Nestes casos podemos usar
o flash para compensar este azul e trazer para o motivo uma luz mais branca. Para
isto fazemos a fotometria na cena e sub expõe-se ela em -1/2 pt.

Fotometria no ambiente sem flash


V= 1/60 A= f/5.6

Fotometria com comp de -1/2 e com flash / V= 1/200 A= f/5.6

Flash em Interiores
O flash usado em ambientes internos d forma direta normalmente leva a luz dura
e chapada. O ideal é rebater esta luz para obter suavidade e naturalidade na luz.

Direto

É a técnica mais simples e mais sujeita a erros. O flash direto fornece uma luz muito dura,
provoca sombras atrás dos motivos e tem má distribuição de luz. Sua única vantagem é a
simplicidade do uso. Para Utilizar o flash, basta encaixá-lo na sapata e regular a câmera
como pede o flash.
Rebatido

É uma técnica bastante eficiente em ambientes onde o teto seja branco e não muito alto.
O flash é direcionado para o teto a um ângulo próximo de 45º. A luz reflete nele e se
difunde pelo ambiente, criando um efeito mais natural que o flash direto. Esta técnica
deve ser utilizada apenas com flash TTL ou automático, flashes manuais podem ser
utilizados, mas a margem de erro é grande. São diversas as vantagens do flash rebatido:
não provoca sombras duras atrás dos modelos, elimina olhos vermelhos e provoca uma
iluminação de aparência mais natural. Sua desvantagem é que, se o motivo for claro assim
como o fundo, ou o motivo estiver fora da área de fotometragem, o sistema não
funcionará bem. São três as formas possíveis para rebater o flash: Frontal sem rebatedor
(provoca sombras fortes embaixo do rosto) frontal com rebatedor, (ameniza as sombras
mas ainda deixa os olhos escuros) e para traz (elimina praticamente todas as sombras. O
único cuidado mais sério a tomar é garantir que o motivo esteja mais próximo que a
distância máxima alcançada pelo flash direto naquela condição. O motivo disto é que a
parede não só absorve parte da luz emitida pelo flash, como desvia parte dela para áreas
não cobertas pela câmera.

Flash rebatido no teto

Flash rebatido no teto com rebatedor


Flash rebatido para traz (na parede)

Efeitos com Sincronismo

● Sincronismo Lento: Quando utilizamos a câmera fotográfica no modo


automático a câmera tem a tendência de utilizar uma velocidade mínima em torno de
1/60s, o que faz com que o fundo fique muito escuros quando a luz está muito baixa,
dando a impressão de ser noite mesmo que ainda esteja claro. Quando utilizamos o
sincronismo lento a câmera mede a luz no ambiente antes de fazer a fotografia, e
utiliza esta media para fazer a fotografia, o resultado 'q que primeiro e segundo plano
ficam bem iluminados na fotografia. Caso sua câmera não tenha este modo ou você
queira utilizar o modo manual de operação opere da seguinte forma: primeiro faça a
fotometria no fundo e sub-exponha em cerca de ½ ponto (teoria do balde). Logo após
jogue o flash por cima para iluminar o primeiro plano.

Sincronismo normal ( V=1/200 e F/5.6)

Sincronismo lento com baixa velocidade (V=1/30 e F/6.3)

● Sincronismo Rápido: A fotografia com sincronismo rápido é recente, e só


existe em câmeras mais avançadas. Com ele é possível fotografar com velocidades de
até 1/4000s, dependendo do modelo da câmera. Este modo é usado para utilizar
baixas profundidades de campo mesmo com fundo muito iluminado. Para conseguir
isto, a câmera e o flash trabalham juntos, de forma que, à medida que a cortina vai se
abrindo, o flash vai emitindo uma série de pequenos disparos, de modo que toda a
cena receba luz. O problema deste tipo de modo é a potência, que fica muito reduzida
e só permite fotografar objetos muito próximos.
• Sincronismo de primeira cortina: Normalmente, os flashes disparam na
primeira cortina, ou seja, assim que a primeira cortina se abre. Em fotos estáticas ou
com velocidades altas isto não ocasiona nenhum problema. Entretanto, quando
usamos baixa velocidade de disparo com objetos em movimento, a impressão que fica
é que o objeto está se movendo para trás.
• Sincronismo de segunda cortina: Algumas câmeras possuem um modo
chamado 'rear sync", ou sincronismo de segunda cortina. Neste modo, o flash só é
disparado antes da segunda cortina fechar. Novamente, em fotos estáticas ou com alta
velocidade de sincronismo, isto não faz a menor diferença. Entretanto, quando usamos
baixa velocidade de disparo com objetos em movimento, fica a impressão de que o objeto
está se movendo. O "rabo" que se vê em fotos deste tipo acontece porque o motivo que
está andando grava a imagem em todo o seu percurso. Como há pouca luz, ficará
gravada uma imagem sub exposta, como o rabo de um fantasma. Quando o flash
dispara, ele grava "com força" a posição do motivo. Neste tipo de foto, o fundo deve ser
totalmente escuro, para que o flash não queime o fundo.
Outras Técnicas

• Difuso: Usa-se o flash difundido quando não se pode rebater o flash em alguma
superfície branca ou quando não pode haver muita perda da potência do flash, o que
acontece quando se usa o flash rebatido. Seu efeito e semelhante ao flash rebatido.
• Múltiplo: Flash múltiplo é muito utilizado em estúdio e em cenas noturnas,
onde um flash apenas não é suficiente para preencher de luz a área desejada. Neste
caso, usa-se um flashmeter, que é um fotômetro para utilização com flash. Quando
o flash dispara, ele indica a quantidade de luz refletida ou direta e fornece a
abertura a ser utilizada.
• Fundo: Fotos feitas com apenas um flash às vezes acarretam um fundo escuro,
dando a impressão de que a foto foi feita à noite. Um segundo flash pode ser utilizado
para iluminar esta parte de trás, não alcançada pelo flash principal. Este segundo flash
normalmente é acionado por uma fotocélula, e é chamado de escravo. A fotocélula
dispara o segundo flash, ou escravo, quando recebe a luz do disparo de primeiro flash.
O controle da intensidade do flash deve ser feito utilizando a tabela do flash ou um
flashmeter. A potência é controlada afastando e aproximando o flash do fundo ou pelo
controle de potência do flash. Equilibrando luz externa c/ múltiplos flashes. Neste caso,
você vai necessitar de um flashmeter:

1) Posicione os flashes da maneira que deseja.


2) Meça a quantidade de luz disparada por eles com o flashmeter e ajuste a abertura da câmera para tal.

3) Ajuste a velocidade de acordo com o pedido pelo fotômetro na parte externa e bem iluminada da cena e faça a foto.

4) O único cuidado a tomar é que a velocidade escolhida deve ser igual ou inferior à velocidade de sincronismo.

• Luz de cabelo: O flash por trás é usado para ressaltar a silhueta de algum motivo
que tenha “pelos” na sua superfície. Com ele, as bordas do motivo ganham um brilho que
realça o seu perfil. O controle de potência deste tipo de foto não é crítico, a não ser que o
motivo a ser iluminado seja uma névoa de fumaça ou vapor.
• Flash Estroboscópico: O estrobo é uma técnica utilizada para gravar o
movimento de algum objeto. Uma série de disparos em sequência acontece durante a
exposição da foto. O motivo fica gravado diversas vezes, dando a ideia de movimento
sequenciado. Neste tipo de foto, o fundo deve ser totalmente escuro para que o flash
não queime o fundo. Como calcular os parâmetros:

Parâmetros:
• Pulsos (quantas vezes se deseja que o flash dispare)
• Tempo (tempo que durará o evento fotografado)
• Hertyz (frequência com que os disparos acontecerão)

Imagine que queremos fotografar um evento que dure 0,5s e que desejemos ter 5
disparos do flash: Hertz = Pulsos/Tempo Hertz = 5/0,5 = Hertz = 10 pulsos/segundo
Problemas

• Olho Vermelho: O problema de olho vermelho acontece apenas quando é utilizado


o flash em locais relativamente escuros. Ele afeta igualmente pessoas de olhos claros e
escuros. O problema acontece, porque em locais escuros a pupila se dilata bastante e o
flash acaba iluminando a retina no fundo do olho, que é vermelha. É muito difícil resolver
este problema quando se manda um flash direto no rosto da pessoa. A melhor, e única,
forma segura de resolver este problema é utilizar a técnica de flash rebatido no teto. O
recurso de redutor de olhos vermelhos, que algumas câmeras e flashes possuem, não é
realmente eficaz.
• Sombra na Parede: A sombra que aparece quando utilizamos o flash direto
acontece porque o flash está levemente deslocado da câmera. Quando o motivo e o fundo
estão muito próximos um do outro, o efeito é mais visível. Manter o motivo bem longe do
fundo é uma solução que diminui o problema. Para eliminá-lo totalmente, utiliza-se a
técnica do flash rebatido.
• Fotos com Profundidade: Evite fotografar, com flash, assuntos que estejam em
planos a diferentes distâncias com relação à câmera. É impossível iluminar tudo de
maneira uniforme. O que em geral acontece é que o primeiro plano fica muito claro, o
segundo plano fica bom e o fundo fica escuro. Mudar seu ponto de vista pode ajudar a
diminuir o problema, mas utilizar o flash rebatido o resolve.
• Vidro na frente: Não se deve utilizar o flash quando houver vidro entre você e
o motivo fotografado. Se não houver como eliminar o flash, utilize um cabo de extensão
e encoste o flash no vidro o mais longe da câmera possível.

Ampliação ou Magnitude
Ampliação pode ser expressa de 2 formas: “A:B” onde “A” representa o tamanho do objeto
fotografado no filme e “B” o tamanho do objeto na realidade. Numa ampliação 1:2 o motivo
tem, no filme, a metade do tamanho real. Numa ampliação “0,5X” o motivo tem, no filme, a
metade do tamanho real. Numa ampliação “4X” o motivo é, no filme, 4 vezes maior que na
realidade.

A
Definição de Macro fotografia segundo Michael Freeman

3 Mantendo o botão de disparo pressionado, volte a enquadrar a cena como deseja, com o
motiv ) de

centro;

A foto acima esta em 2:1, está na faixa de macro fotografia.

Na foto acima, em aprox. 1:10 está na faixa close up.

Distância de Trabalho (DT)


É a distância entre a parte frontal da objetiva e o motivo. Quanto maior esta
distância mais fácil trabalhar e iluminar o objeto com flash. Quanto maior a
distância focal da objetiva maior será a distância de trabalho. Assim, uma objetiva
100mm tem uma distância de trabalho maior do que uma 50mm.
Objetiva Principal e Secundária
No sistema lente reversa são utilizadas 2 objetivas. Uma acoplada diretamente na câmera e
outra invertida na frente da primeira. À objetiva acoplada diretamente na câmera damos o
nome de objetiva principal. A objetiva posta na frente da objetiva principal dá o nome de
objetiva secundária.

EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
• Objetiva Macro: Tem a melhor qualidade e é o mais prático acessório macro,
mas não o que dá maior magnitude. Objetivas macro tipicamente permitem
magnitudes na faixa de 1:1.
• Lente Close Up: É tão prática de usar quanto a objetiva macro, permite
magnitudes maiores do que 1:1, mas tem
qualidade inferior e tende a desfocar as bordas.
• Tubo ou Fole de Extensão: Têm excelente qualidade ótica, permitem grandes
magnitudes, mas são mais trabalhosos de usar uma vez que a câmera normalmente perde a
fotometria.
• Anel de Reversão: Prático, pequeno e fácil de usar, este acessório permite
magnitudes na faixa de 1:1.
● Objetiva Reversa: Uma poderosa ferramenta macro; facilmente se consegue
magnitudes de 6:1. Este acessório também é fácil de usar, embora pesado.
•Flash Convencional:
Quando montado na câmera é bastante limitado, principalmente quando a distância de trabalho
é pequena. Conectado à câmera através de cabo de sincronismo, torna-se uma importante
ferramenta de modelagem de luz.

• Flash Circular:
Bastante prático de usar quando a distância de trabalho é pequena, não muito utilizado por
profissionais porque sua luz é muito chapada, não dando profundidade a foto.Difusor: Muito
utilizado para quebrar a iluminação mais dura do flash e fornecer uma luz de aparência mais
natural.
● Braços de Suporte: Segura o flash na posição correta. É de muito auxílio na fotografia
macro.
Tripé: Importante ser robusto para suportar o peso de equipamentos pesados e
para permitir foco em situações onde a profundidade de campo é muito limitada.
Se possível, deve permitir inversão da coluna central para chegar com a câmera
próximo ao chão.
Trilho: Utilizado para fazer o ajuste fino do foco, é extremamente útil quando a magnitude é
muito grande.
Jacaré: Muito importante para estabilizar o motivo quando há vento.
CUIDADOS

Iluminação

Para fotografar macro deve se conseguir uma luz ao mesmo tempo intensa (para
poder otimizar a profundidade de campo) e suave, para dar um aspecto agradável e
natural à imagem. Sempre que puder utilize a luz ambiente, caso não seja possível
estude e aprenda a utilizar o flash.

Qualidade Ótica

A qualidade ótica deve ser sempre o objetivo principal da fotografia macro.


Acessórios baratos e fáceis de usar como lentes close up devem ser usados caso não
haja outra alternativa, ou utilizados apenas para ampliações pequenas.

Profundidade de Campo

É o principal problema da fotografia macro. Procure sempre obter o máximo de


profundidade de campo, mesmo que isto implique em mais tempo e mais equipamento.

Movimento do Objeto

Objetos em movimento contínuo, como insetos, são um problema comum na fotografia


macro. Utilize flashes acoplados para congelar seus movimentos; neste caso uma
objetiva mais longa permitirá uma distância de trabalho maior. No caso de folhas ou
flores movidas pelo vento o sistema com jacaré pode ajudar muito.

TÉCNICAS COM ACESSÓRIOS ESPECÍFICOS

● Objetiva Macro
Fotometria:
Não é necessário nenhuma compensação.

Fator típico de ampliação:


Varia entre 1:1 e 1:2.

Distância de trabalho:
Depende da distância focal da objetiva utilizada.
Comentários:
Possui a melhor qualidade ótica entre os acessórios macro.

● Lente Close Up
Fotometria:
Nenhum cuidado especial

Distância de trabalho:
Com lente +1 dt = 1m;
Com lente +2 dt = 1/2m;
Com lente +3 dt=1/3m.

Fator típico de ampliação:


Depende da objetiva utilizada. Com uso de lente close up, quanto maior a objetiva maior
o fator de ampliação. Magnitude = (Distância focal da objetiva)/(Dist. focal da lente close
up) (Dist. focal da lente close up) = 1 / (dioptria)

Exemplo: se utilizarmos uma objetiva 50mm (=0,050m) e uma lente close up +3 a


ampliação será de: (Dist. focal da lente close up) = 1 / 3 = 0,33 Magnitude =
0,050/0.333 = X 0.15 ou 1:15
● Tubo ou Fole de Extensão: Ambos apenas aumentam a distância entre a
objetiva e a câmera. Não há diferença técnica entre tubo e fole de extensão. O primeiro é
uma série de anéis de tamanhos diferentes que podem ser utilizados em conjunto ou
individualmente, e o segundo é um fole que pode ser ajustado continuamente, de
aproximadamente 50mm até 200mm.

Fotometria:

Tubo de extensão com acoplador de abertura: Não há necessidade de ajuste. Tubo e fole
de extensão sem acoplador de abertura. É necessário calcular a perda de luz e compensar
na hora de fazer a exposição.

Distância de trabalho:
Depende do tamanho do tubo e da objetiva utilizada.

Fator típico de ampliação:


Magnitude: (Tamanho do tubo)/(Tamanho da objetiva)
Exemplo: Tubo de 200, objetiva 50mm: Magnitude=200/50=4

Problema:
Pouca profundidade de campo e dependendo da magnitude a pouca distância de trabalho
torna difícil focar.
● Anel de Reversão: Usado para inverter a objetiva na câmera. Muito útil com
objetivas 50mm e dá uma excelente qualidade.

Fotometria:
É necessário calcular a compensação da fotometria. Tipicamente se usa a objetiva
colocada no infinito. Magnitude típica com 50mm: 1:1

Distância de trabalho:
Confortável.

Problema:
Não pode ser usado pelas objetivas Canon.

● Objetiva Reversa: Nesta técnica uma objetiva é colocada de forma invertida na


frente de outra. A objetiva principal, normalmente uma tele, é colocada na câmera e uma
segunda objetiva, normalmente uma normal, é colocada invertida na frente da primeira.

Fotometria:
Não requer compensação.

Cuidados:
Objetiva Secundária deve ser colocada no infinito e com sua maior abertura. Devese
verificar se ela não está causando vinheta.

Problema:
Equipamento fica pesado e o tripé tem que ser robusto para não tremer.

Magnitude:
(Objetiva principal)/(Objetiva secundária).
Exemplo: Obj. principal = 200mm; obj.
secundária 50mm. Magnitude=200/50=4X
ou 4:1

FLASHS e DIFUSORES

Flash: Não precisa ser muito potente porque normalmente está muito próximo do motivo.

Posicionamento do flash: O flash deve ser colocado de modo a não provocar sombra na
objetiva ou sombra lateral.

Luz bloqueada pelo flash


Cálculo da distância do flash: Em macro fotografia o flash fica muito próximo ao
motivo, nestes casos a relação abertura/distância não é mostrada na tabela do flash. É
necessário calculá-la. Isto não é difícil:
NG = abertura x distância
Flash NG = 16
Abertura = 32
16 = 32 x distância
distância = 16 /32 = 0,5 m

Lembre-se: O que importa é distância motivo - flash e não câmera-flash

Efeito Noite: Quando utilizamos flash durante o dia pode acontecer o “efeito noite”, que
deixa o fundo completamente escuro dando a impressão de ser noite. Isto acontece por
que o fundo fica pouco iluminado e o primeiro plano muito iluminado.

Para solucionar o “efeito noite” basta jogar um segundo flash no fundo.


Utilizando dois Flashes: Utilizar dois flashes é uma forma de melhorar a luz em fotos
realizadas com objetos de frente e muito próximos à câmera. Com flashes manuais lembre-
se que dois flashes dobram a potência de iluminação. Feche a abertura 1 ponto.

Difusores: Permitem quebrar um pouco a luz dura do Sol, dando ao motivo fotografado um
aspecto mais agradável. Pode ser feito de nylon, papel vegetal, ou tecido fino e branco.
Procure posicioná-lo por cima do motivo, imitando um pouco a direção do Sol. Se ele ficar
muito longe, utilize algo para difundir a luz, pode ser até um copo de água descartável.

Autor: BRUNO SELLMER

BONS ESTUDOS E FELIZ PROVA- PE

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