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Formaçãode Brigada de Incêndio
Formaçãode Brigada de Incêndio
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FORMAÇÃODE
BRIGADA DE INCÊNDIO
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Conselho Regional de Minas Gerais
Unidade Operacional A21 – Contagem/MG
Educação Presencial
Material do aluno
Agosto/2020
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Unidade 1 – Prevenção de Incêndios .......................................................12
1 Legislação ..................................................................................... 12
1.1 Responsabilidades do brigadista ........................................ 13
1.2 Legislação Estadual e Municipal ........................................... 14
1.3 Programa de Brigada de Incêndio ....................................... 14
1.4 Normas Regulamentadoras ................................................ 18
2 Instrução Técnica do CBMMG - IT 012. ...................................... 19
3 Prevenção e Combate a Incêndios ............................................ 19
3.1 Teoria do Fogo ...................................................................... 19
3.2 Propagação do Fogo ........................................................... 21
3.3 Classes de Incêndio ............................................................ 22
3.4 Métodos de Extinção .......................................................... 24
4 Ventilação ................................................................................... 25
4.1 Ventilação vertical ................................................................ 25
4.2 Ventilação horizontal ......................................................... 25
4.3 Ventilação natural ................................................................. 25
4.4 Ventilação forçada ................................................................ 25
5 Equipamentos de Combate a Incêndios .................................... 26
5.1 Agentes extintores.............................................................. 26
5.2 Sistema hidráulico preventivo - SHP .................................. 29
6 Equipamentos de detecção, alarme, iluminação de emergência e
comunicações................................................................................ 32
7 Abandono de área ....................................................................... 33
8 Pessoas com mobilidade reduzida ............................................. 34
9 Riscos específicos .......................................................................... 35
10 Psicologia em emergências ....................................................... 37
Resumindo .................................................................................... 40
5
3 Análise de Vítimas..........................................................................48
3.1 Abordagem da vítima ........................................................... 48
3.2. Avaliação geral da vítima.........................................................49
3.3. Exame primário ................................................................... 49
3.4 Exame Secundário ....................................................................51
4 Vias Aéreas ................................................................................ 52
5 RCP (reanimação cardiopulmonar) ......................................... 53
5.1 Parada Cardiorrespiratória ................................................... 53
6 Hemorragia .............................................................................. 54
Resumindo .................................................................................... 55
Unidade 3 - Sistemas de Controle de Incidentes ..................................... 57
1 Conceitos Básicos ...........................................................................59
2 Formas de controle de incidentes ................................................ 60
Resumindo .................................................................................... 62
Referências .........................................................................................64
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cidadã, o desenvolvimento profissional, a qualidade de vida e a
empregabilidade do trabalhador do transporte, por meio da oferta de
diversos cursos que são desenvolvidos nas Unidades Operacionais do SEST
SENAT em todo o país.
Esperamos, assim, que este material, que foi desenvolvido com alto padrão
de qualidade pedagógica, necessário ao desenvolvimento do seu
conhecimento, seja um facilitador do processo de ensino e aprendizagem.
Bons estudos!
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APRESENTAÇÃO
Prezado (a) Aluno (a),
Desejamos boas-vindas ao Curso Formação de Brigada de Incêndio!
Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e
aprofundar as competências que você já possui!
O objetivo geral do curso é suprir a carência de profissionais
qualificados para atuarem em situações emergenciais, operando
equipamentos de combate a incêndios, auxiliando no plano de abandono,
identificando produtos perigosos e reconhecendo seus riscos ou
prestando os primeiros socorros, visando preservar a vida e o patrimônio.
O curso está dividido em três unidades de aprendizagem para facilitar
seu aprendizado. No início de cada unidade, você será informado sobre o
conteúdo abordado e os objetivos que se pretendem alcançar. Conheça
abaixo a estrutura do curso:
Esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso
intuito maior é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para
ajudá-lo a resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
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UNIDADE 1
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
1 Legislação
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UNIDADE 1 – PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
1 LEGISLAÇÃO
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1.1 Responsabilidades do Brigadista
O Brigadista antes de mais nada, precisa ter a mentalidade, o espírito
prevencionista, colaborar com a sua própria segurança, com a dos colegas de
trabalho, com as instalações onde trabalha e com a sua própria família.
A solidariedade e o espírito de contribuir são fundamentais. Mas, para combater
o fogo é necessário que a empresa tenha disponível bons equipamentos e pessoal
treinado.
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● Coordenar os atendimentos de primeiros socorros.
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Quanto mais eficiente se tornar a prevenção, menores serão as probabilidades
da ocorrência de incêndio e, consequentemente, menores serão as oportunidades
de o fogo causar danos às pessoas e ao patrimônio.
Brigada de Incêndio
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A estrutura e definição das responsabilidades dos membros da brigada ficarão
a critério do empreendedor, podendo ser adotadas recomendações da referida
norma.
O coordenador, chefe ou líder da brigada deverá ser autoridade máxima em
caso de incêndio e portando, possuir cargo relevante no estabelecimento.
A estrutura mínima da brigada será de 03(três) integrantes, o que
corresponde a um efetivo de até 06 (seis) funcionários no estabelecimento, com a
seguinte composição: 01(um) líder de brigada e 02 (dois) brigadistas.
Fonte: CBMPR
Fonte: CBMPR
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pavimento.
Fonte: CBMPR
Exemplo 4 - Planta com duas edificações, com 3 turnos de trabalho e 3 brigadistas
por edificação.
Fonte: CBMPR
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1.4 Normas Regulamentadoras
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NBR 5419 - Sistema de proteção contra descargas atmosférica. NBR 9077 - Saída de
emergência em edifícios.
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mais preparados que os brigadistas, atuando não só na prevenção, mas também
nos primeiros socorros.
Bombeiro Militar: é um profissional a serviço do Estado, locado como Bombeiro.
Presta Socorro não só em casos de incêndio, mas também no atendimento de rua em
todo tipo de ocorrência. Muito bem preparado, atende pelo telefone de número 193.
Sabemos que todo incêndio está relacionado com fogo, mas para sabermos
reconhecer quando estamos diante de uma situação de emergência, devemos
aprender a diferenciar fogo e incêndio e entender o que de fato é o incêndio.
Fogo: é uma forma de combustão, de queima, caracterizada por uma reação
química que combina calor com materiais e com o oxigênio do ar. Essa reação
libera energia luminosa e calor.
Incêndio: é um acidente provocado pelo fogo fora de controle. Como já
dissemos o fogo sob controle não apresenta qualquer risco. Somente quando
não conseguimos mais controlar a extensão e a velocidade de propagação do
fogo é que se tem um incêndio.
Nessa situação se faz necessária a utilização de meios específicos para realizar
a sua extinção.
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produzem queima. Um desses elementos presentes já é suficiente para que haja um
agente desencadeador da reação para iniciar a queima, o que normalmente ocorre
por meio de uma centelha ou faísca.
● Combustível: É o elemento que alimenta o fogo e que serve como campo para sua
propagação. Podem ser sólidos, líquidos e gasosos. O combustível, para reagir com
o oxigênio, deve ser aquecido até o seu ponto de fulgor (temperatura mínima em
que o material libera gases em quantidade suficiente para iniciar a combustão).
● Comburente: É o elemento ativador do fogo, ou seja, concebe vida as chamas. O
comburente mais comum é o oxigênio, contido no ar atmosférico em uma
porcentagem de 21%. Se essa porcentagem for próxima de 13% não haverá chama.
● Fonte de calor: É o agente que dá início ao processo de combustão, introduzindo
na mistura combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária.
● Reação em cadeia: É o processo de sustentabilidade da combustão, pela presença
de radicais livres que são formados durante o processo de queima do combustível.
Propagação do fogo (calor): para que o fogo se espalhe, é preciso que o calor
seja transferido de um local a outro, dando início à reação de queima, conforme já
vimos. Vamos aprender agora, as formas de propagação do calor que podem gerar
uma situação incontrolável, dando início a um incêndio.
Por condução;
Convecção;
Irradiação.
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Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos
com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. Assim, o
“calor” do incêndio se propagará para todos os materiais próximos a ele, inclusive o
próprio ar.
Vamos agora entender as três principais formas de transferência de calor que
acabamos de mencionar.
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Essa divisão tem como função facilitar a aplicação e a utilização correta do
agente extintor para cada tipo de material combustível.
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externa de calor, o fogo não se apaga, pois, esta temperatura faz gerar gases
suficientes para manter o fogo ou a reação em cadeia.
● Ponto de ignição: aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram
em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de
qualquer fonte de calor.
A seguir, exemplos de pontos de fulgor e temperatura de ignição para
algumas substâncias:
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Quebra da reação em cadeia: esse método usa uma reação química entre o
agente extintor e os radicais livres da reação em cadeia que a interrompe
esta última, extinguindo as chamas.
4 VENTILAÇÃO
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A ventilação forçada é aquela que consiste no emprego de meios artificiais
para acelerar a movimentação dos gases no ambiente sinistrado. Além da mera
abertura de acessos, que se dá quase como na ventilação natural, a ventilação
forçada conta com equipamentos para acelerar o deslocamento dos gases.
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Pessoal habilitado no correto manuseio do aparelho.
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efetividade possível. Caso contrário, pode ocorrer a situação inversa e o fogo acabar
se espalhando.
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de todas as técnicas corretas para esse tipo de situação, eles podem sair de nosso
controle e causar danos enormes.
Aqui estão alguns cuidados que você deve tomar para evitar que ocorra um
incêndio:
Somente fume em áreas previamente delimitadas para essa finalidade.
Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.
Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.
Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que
provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores.
Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização.
Desconecte-os da tomada.
Não cubra fios elétricos com o tapete.
Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas,
armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original.
Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.
Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e
interruptores sem que esteja familiarizado com isso.
Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue “T”
(benjamim).
Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão
desligados.
Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou
explosivos.
Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de
fogo.
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Hidrantes
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lançada. Flexível, pois permite o seu manuseio para todos os lados,
resistindo a pressões elevadas.
As mangueiras podem ser de 1 ½” ou 38 milímetros, e de 2 ½” ou de 63
milímetros, de acordo com a especificação no projeto contra incêndio e
pânico. São constituídas de fibra de tecido vegetal (algodão, linho, etc.) ou
de tecido sintético (poliéster), dependendo da natureza de ocupação da
edificação. Possuem um revestimento interno de borracha, a fim de suportar
a pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas, oferecidas pelo SHP.
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As mangueiras sujas deverão ser lavadas com água e sabão,
utilizando para isso vassoura com cerdas macias;
Depois de lavadas, as mangueiras devem ser colocadas para secar
em local de sombra, se possível, penduradas pelo meio (para
escorrer toda a água do seu interior), e acondicioná-la em local
adequado (quando possível, retornar para o hidrante de parede).
Esguichos: são dispositivos metálicos, conectados nas extremidades das
mangueiras, destinadas a dirigir e dar forma ao jato d’água.
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O alarme de acionamento manual são equipamentos que necessitam do
acionamento direto, a fim de fazer soar a sirene.
O alarme de acionamento automático são equipamentos preparados para enviar
ao módulo de acionamento um sinal, para que o mesmo possa disparar a sirene, assim
que detectarem no ambiente à quantidade mínima necessária de fumaça ou calor para
os quais estejam dimensionados.
Sistema de iluminação de emergência
7 ABANDONO DE ÁREA
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Tenha cautela ao colocar trancas nas portas e janelas, pois os mais
prejudicados são as crianças e os idosos;
Estabeleça um ponto de reunião, para saber se todos conseguiram deixar a
edificação;
Caminhe rapidamente e não corra, evitando o pânico;
Ao encontrar uma porta, toque a mesma com o dorso da mão, estando
quente, não abra;
Não use o elevador, e sim as escadas de emergência;
Se estiver em um local enfumaçado, procure respirar o mais próximo do
solo, colocando um pano úmido nas narinas e na boca;
Se estiver preso em uma sala enfumaçada, procure abrir a janela, para que
a fumaça possa sair na parte de cima e você possa respirar na parte de baixo;
Não tente passar por um local com fogo, procure uma alternativa segura
de saída;
Caso encontre situação de pânico em alguma via de fuga, tenha calma e
tente acalmar outros;
Não pule da edificação, tenha calma, o socorro pode chegar em minutos;
Conseguindo sair da edificação, procure um local seguro e não tente
adentrar novamente.
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A pessoa com restrição de mobilidade não é necessariamente uma pessoa com
deficiência, mas aquela que apresenta, por qualquer motivo, dificuldade de
movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da
mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção.
Em caso de incêndio, as pessoas com mobilidade reduzida terão mais
dificuldades para serem encaminhadas para fora das instalações, principalmente
onde houver escadas, neste caso essas pessoas deverão ser retiradas por uma
equipe preparada com equipamentos apropriados para esta remoção.
No que diz respeito a prevenção, os estabelecimentos de trabalho devem
elaborar um plano de emergência, o qual fornecerá as equipes de resgate as
orientações e os procedimentos que devem ser adotados em caso de evacuação,
visando o abandono destes locais com rapidez e segurança.
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local, pois não estão isentas de experimentar situações de incêndio em suas
instalações.
Principais ações de prevenção
- Conhecer o Plano de Emergência;
- Avaliar os riscos existentes em cada ambiente;
- Inspecionar máquinas e equipamentos;
- Inspecionar circuitos elétricos;
- Inspecionar rotas de fuga.
Fonte:http://www.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/Brigad
a_Escolar/Brigada_Escolar_2015/Modulo_III_Planta_De_Risco
_Escolar.pdf
Circuitos Elétricos
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Sistemas de alarme e iluminação de emergência tornam-se obrigatórios em
locais de grande concentração de pessoas e são compostos além dos detectores de
fumaça por sinalizadores e módulos de controle.
Este sistema deve ser capaz de:
- Detecção precoce do incêndio;
- Rápida ação da brigada;
- Evacuação do local;
- Acionamento de outros sistemas de segurança/incêndio;
- Detectar e alertar o local onde está o fogo;
- Minimizar danos materiais;
- Salvar vidas
Todo sistema deve ter pelo menos duas fontes de alimentação, a principal deve
ser a rede do sistema de alimentação da edificação, e a outra composta por baterias
ou geradores com autonomia suficiente para suprir as indicações luminosas e
sonoras.
As centrais de detecção devem ficar em locais com constante presença de pessoas e
de fácil visualização. O alarme geral da edificação deve ser audível em toda planta.
Em locais com grande concentração de pessoas, o alarme geral pode ser substituído
por um sinal sonoro (pré-alarme) com o objetivo de acionar a brigada de
emergência que se necessário dará o comando de abandono da área.
Onde houver detectores automáticos instalados, obrigatoriamente devem
existir acionadores manuais. Em locais de ocupação de indústria e depósito com alto
risco de propagação do fogo, podem ser acrescentados sistemas complementares de
confirmação de indicação de alarme, tais como interfone, rede por rádio, etc.
10 PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS
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A importância na abordagem dessas situações por meio deste treinamento
definirá como trabalhar o trauma psicológico em situações de emergência e
desastres, assim como os campos abrangidos por este assunto e as técnicas que os
brigadistas podem utilizar nesses casos.
O dimensionamento psicológico corresponde aos processos de interação e
afetividade, de emoção e intelectual, conscientes e inconscientes, dependendo da
personalidade de cada um, o estado mental, a afetividade e a forma de se relacionar
com as vítimas e com a situação do momento, as respostas do ser humano não são
fatos isolados ou do acaso, elas ocorrem repentinamente de formas diferentes
dependendo do organismo de cada um.
O Brigadista necessita de muito cuidado e cautela no que tange as informações
transmitidas a terceiros, considerando que atualmente com o avanço da tecnologia
e a fácil conexão (o celular por exemplo), trazem junto uma facilidade maior da
informação se dissipar em grupos, por exemplo: (WhatsApp, face book), toda a
forma de notícia e a transmissão de imagens chocantes, tais quais aquelas que
expõem as vítimas e os danos às propriedades, bem como o preconceito em relação
as vítimas, essas repercussões negativas chegam muitas das vezes a população com
informações falsas, o que o Brigadista precisa entender é que expor a vítima ou
pessoas acaba agravando ainda mais a situação na maioria das vezes o familiar fica
sabendo do acontecido através da mídia e grupos de redes sociais, tomar muito
cuidado ao informar a família do acidentado, no momento de repassar a notícia,
muitas das vezes essa informação chega escancarada e distorcida.
O Brigadista deve colocar o seu conhecimento em prol do atendimento das
vítimas, preservando sua integridade física e oferecendo uma chance de sobrevida,
utilizando métodos e técnicas que são repassados no treinamento e não
procedimentos baseados em crendices populares.
Técnicas de Intervenção em emergências, conhecer a reação das pessoas em
situações de emergência:
Primeiros socorros psicológicos: durante a exposição a esse tipo de situação é
natural que a vítima ou pessoas que presenciaram o fato apresentem reações
extremamente negativas por exemplo: (essa pessoa vai morrer ou morreu olha
gravidade da situação, olha a quantidade de sangue, tem fratura, o osso está para
fora);
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A função do Brigadista nessa situação é procurar acalmar a vítima ou pessoas
envolvidas no sinistro ou acidente prestando os primeiros atendimentos
necessários e tentar tranquilizar a vítima, lembrando que a pessoa tende a
apresentar diversos sintomas que podem ser de ordem física, emocional, cognitiva
ou interpessoal.
O primeiro contato é o acolhimento da vítima por parte do Brigadista que fornecerá
apoio emocional;
Procure auxiliar na redução do estresse e da ansiedade através de um olhar
atencioso e compreensivo mais sem demonstrar pena;
Brigadista deve ter um ouvido atento para várias situações do momento, procurar
ser humano e compreensivo;
Permita que a vítima expresse sua frustração e sentimentos sem interrompê-la;
Procure conversar com a vítima fazendo perguntas abertas que permitem que
obtenha uma resposta mais completa;
Ajude a vítima compreender a realidade, sem hipótese alguma apresentar críticas
ou demonstrar ignorância;
Lembre-se que cada vítima apresenta uma resposta emocional diferente perante um
fato do mesmo porte, com isso não espere que outras pessoas reajam da mesma forma
que você.
Procure ser tranquilo, não repasse seu nervosismo para a vítima;
Use da empatia procure se colocar no lugar do outro, imagine como a pessoa pode
estar se sentindo;
Técnicas psicológicas de desmobilização para lidar com incidentes críticos, as
reações emocionais comuns após a exposição a um evento traumático consistem em
medo, raiva, ressentimento, choque, luto, culpa, sentimento de incapacidade,
vergonha e desesperança nessa hora que um Brigadista emocionalmente preparado
faz a diferença, muitas das vezes o simples fato de estar ao lado da vítima já
apresenta um resultado positivo ela já percebe que tem alguém para ajudá-la diante
da situação;
Outra maneira é integração de socorristas (Brigadistas, Bombeiros, Defesa Civil,
SAMU), são algumas das muitas técnicas utilizadas na intervenção nos desastres.
Não podemos esquecer que, na grande parte, o trabalho de intervenção é
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desenvolvido em situações que se faz necessário focar mais alguns pontos do que
outros, isto é, é necessária uma triagem precisa de quem precisa mais de ajuda.
RESUMINDO
Jamais negligencie acidentes envolvendo fogo. O maior lema deverá ser sempre: “A
prevenção acima de tudo”!
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01) Você é o primeiro brigadista que chega ao local do incêndio. Qual o primeiro
passo a ser observado?
( ) Verdadeira ( ) Falsa
( ) 5 integrantes
( ) 1 integrante
( ) 3 integrantes
( ) 10 integrantes
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04) Faz parte das atribuições dos brigadistas, exceto:
( ) Classe A
( ) Classe B
( ) Classe C
( ) Classe D
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( ) Fonte de origem térmica
( ) Fonte de origem elétrica
( ) Fonte de origem mecânica
( ) Fonte de origem química
08) Extintores de Água Pressurizada (AP) são eficientes para combater incêndios
da classe “A”
( ) Verdadeiro ( )Falso
( ) Água
( ) PQS
( ) Espuma
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Unidade 2
Primeiros Socorros
1 o eito
2 Dimensionamento da cena
3 Análise de vítimas
4 Vias aéreas
6 Hemorragias
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UNIDADE 2 PRIMEIROS SOCORROS
1 CONCEITOS BÁSICOS
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Um bom socorrista está sempre atento às condições do local, procurando
identificar quaisquer elementos que possam oferecer algum risco de acidente.
Conhecer bem o seu local de trabalho e saber quais os riscos oferecidos pode ser o
suficiente para salvar uma vida.
Nem sempre, porém, seremos capazes de prever todas as situações de risco
que poderão ocorrer, tornando-se impossível evitar que aconteça um acidente.
Nessas ocasiões, devemos estar preparados para agir. Para agirmos com
responsabilidade, temos de pensar minuciosamente em tudo o que podemos
realmente fazer antes de entrar em contato com as vítimas de um acidente.
Quem é o socorrista?
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O socorrista é a pessoa tecnicamente
habilitada com
segurança, identificar os
2 DIMENSIONAMENTO DA CENA
O socorrista deve ter em mente que o maior perigo é o fato do local poder
oferecer riscos que não são facilmente
visíveis. Somente deverá aproximar-se
caso garanta a sua própria segurança.
Em casos de acidente de trânsito,
procure sinalizar o local, avisando aos
demais veículos da existência de um
acidente. O trânsito deverá ter a sua
velocidade reduzida ou mesmo
interrompida, prevenindo novos
Fonte: SEST SENAT
acidentes.
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A sinalização deverá ser a melhor possível, utilizando-se do pisca-alerta dos
veículos, do triângulo e de sinalizadores como cones e lanternas. Um recurso muito
utilizado na sinalização dos acidentes consiste na colocação de galhos de árvores ou
plantas na rodovia antes do acidente. Se for o caso, procure iniciar a sinalização
ainda no acostamento e nunca nas faixas de rodagem.
Ao final do socorro, não se esqueça de retirar todos os sinalizadores da pista,
inclusive galhos e plantas.
Gerenciamento de riscos
3 ANÁLISE DE VÍTIMAS
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Fonte: SEST SENAT
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Posicione-se ao lado da vítima em uma posição estável;
Apoie a cabeça da vítima com uma das mãos, sobre a testa da vítima, com
o objetivo de evitar a movimentação da cabeça e do pescoço, até que se
coloque o colar cervical;
Mantenha a cabeça da vítima estabilizada e com a outra mão provoque
estímulos na lateral de um dos ombros da vítima, sem movimentá-la;
Apresente-se ao paciente e solicite o seu consentimento. “Eu sou o... (nome
do socorrista) e estou aqui para te ajudar. O que aconteceu?”. Uma
resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as
vias aéreas estão desobstruídas e que respira;
Se a vítima não responder aos estímulos (paciente inconsciente), devemos
realizar a abertura da cavidade oral e observar se existe algum corpo
estranho impedindo a passagem do ar. Deve ser feita a varredura digital
em adultos e crianças, e pinçamento em lactentes;
Utilizando equipamentos de proteção individual, devemos avançar a
mandíbula da vítima para frente com o polegar de uma das mãos e tentar
ver se existe algum corpo estranho. Sendo possível a visualização do
mesmo e retirá-lo.
Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se a vítima está respirando
espontaneamente. Para realizar essa avaliação, o socorrista deve aplicar a técnica
do ver, ouvir e sentir.
Colocando a lateral de sua
face bem próximo à boca e o nariz
da vítima, o socorrista poderá ver
os movimentos torácicos
associados com a respiração,
ouvir os ruídos característicos da
inalação e exalação do ar e sentir
a exalação do ar através das vias
aéreas superiores. Fonte: Adobe Stock
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Caso a vítima não esteja respirando, fazer duas ventilações de resgate. Observar
se houve passagem do ar (elevação do tórax). Em caso negativo,
iniciar manobra de desobstrução de vias aéreas (OVACE), explicitada mais adiante.
Mas se houver a passagem de ar e a vítima continuar sem resposta deve-se iniciar a
manobra de reanimação cardiopulmonar (procedimento descrito em tópico
posterior).
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4 VIAS AÉREAS
A OVACE é a obstrução súbita das vias aéreas superiores, causada por corpo
estranho. Em adultos, geralmente, ocorre durante a ingestão de alimentos e, em
criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos).
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5 RCP (REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR)
Conduta
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6 HEMORRAGIA
Caso a hemorragia seja muito forte, a perda de sangue poderá levar a vítima
ao chamado “estado de choque”. Nestes casos, a pressão sanguínea e os batimentos
do coração não conseguem mais manter o sangue circulando corretamente,
podendo levar à morte da vítima. Este é um caso grave e necessitará de intervenção
médica imediata. Portanto, chame imediatamente o Serviço de Ambulância.
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protegê-la da perda de calor. Continue aplicando pressão sobre o ferimento com um
pano limpo e seco e, por mais sede que a vítima diga sentir, jamais dê a ela qualquer
líquido.
Em alguns dos casos mais graves, podem ocorrer também a amputação de
membros (quando o corte é tão extenso que separa a parte atingida do corpo) ou a
exposição das vísceras, que ocorre quando os órgãos internos ficam expostos. Neste
caso, apesar de estar associada com a hemorragia, você deverá aplicar sobre o local
um pano limpo e úmido, e não um pano seco, evitando, assim, que as vísceras
ressequem.
A hemorragia severa, particularmente arterial, tem o potencial de levar à
perda completa do volume total ou próximo do volume sanguíneo total em um
tempo relativamente curto. Dependendo da taxa de sangramento, esse tempo pode
ser de apenas alguns minutos. Além disso, no ambiente pré-hospitalar. Sem a
capacidade de responder com transfusão de sangue, será impossível corrigir o
problema depois que o volume sanguíneo for perdido, porque a ressuscitação
cristalizada não restaurará a capacidade de transportar oxigênio para as células. Em
seqüência C, mesmo antes da estabilização das vias aéreas, o controle de
sangramento severo de um membro ou outro local externo compressível tem
precedência. Em seguida, segue o gerenciamento de ameaças às vias aéreas, garante
a respiração, avalia o estado de circulação, incapacidade e expõe o corpo para
permitir uma avaliação completa.
XABCDE é um nemotécnico tradicional usado para lembrar os passos na
avaliação primária (Via aérea, Respiração, Circulação, Deficiência, Exposição/Meio
Ambiente: vias aéreas, respiração, circulação, deficiência, exposição/ambiente). O
PHTLS 9ª edição, introduz uma nova abordagem para a avaliação primária que
reconhece as ameaças imediatas e potencialmente irreversíveis representadas por
um membro que sangra ou hemorragias da união. O "X" colocado antes do
tradicional "ABCDE" descreve a necessidade de atender imediatamente ao
sangramento após estabelecer a segurança no local e antes de embarcar nas vias
aéreas.
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RESUMINDO
Agora você já sabe como proceder para realizar as tarefas mais importantes no local
de um acidente. Mas lembre-se, por mais que as tarefas executadas no local pareçam
simples, não se engane: é preciso ter prática e muita experiência para que tudo
transcorra da melhor forma. O mais importante e primordial trabalho do socorrista
é a prevenção.
Você deve estar sempre atento, tanto no seu local de trabalho quanto nas estradas e
rodovias, para identificar causas de possíveis acidentes antes mesmo de ocorrerem.
Até mesmo os primeiros socorros mais simples precisam de cuidado e técnica para
serem aplicados corretamente. Sempre que possível, procure aperfeiçoar-se,
buscando novas informações e treinamentos práticos que poderão ampliar seu
conhecimento e o número de tarefas que você estará apto a realizar. É extremamente
aconselhável que você busque treinamentos práticos com frequência, no mínimo,
anual.
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01) Enumere de 1 a 4 em ordem de prioridade, os procedimentos que
devemos adotar em caso de acidente:
02) Alguns procedimentos podem agravar o estado das vítimas, por exemplo:
03) A vítima somente deve ser movimentada se houver perigo maior, como por
exemplo, um risco de explosão. O ideal é que a vítima nunca esteja
imobilizada ao ser movimentada.
( ) Certo ( ) Errado
05) Como prioridade, o que deve ser levado em consideração ao socorrer uma
vítima de acidente?
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UNIDADE 3
SISTEMAS DE CONTROLE DE INCIDENTES
1 Conceitos Básicos
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UNIDADE 3 - SISTEMAS DE CONTROLE DE INCIDENTES
1 CONCEITOS BÁSICOS
Acidente
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ou de empregador doméstico, que provoca lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho.
Incidente
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ferramenta prevencionista de gerenciamento padronizada para todos os tipos de
sinistros e eventos.
A correta utilização do Plano de Emergência vai permitir que os objetivos
principais, durante o atendimento de um incidente sejam alcançados, preserve a
segurança dos Brigadistas, bem como de todas as pessoas envolvidas ou vítimas do
evento sendo assim, podemos citar algumas medidas:
A empresa através da Brigada de Incêndio deve adotar uma estrutura de
prevenção integrada, para suprir as complexidades e demandas de incidentes
únicos ou múltiplos;
Manter todos os equipamentos de combate a incêndio e primeiros socorros em
perfeito estado de conservação e validade;
Realizar reuniões mensais da Brigada para discutir soluções e os problemas
encontrados na empresa, de ordem comportamental e falha nos equipamentos
de emergência;
Realizar check list mensal dos equipamentos de combate a incêndio e
emergências;
Cumprir os objetivos definidos no P.E.C.I para o desenvolvimento das ações
designadas a incidentes, o uso eficiente dos recursos disponibilizados o
alcance dos objetivos de combater, prevenir, salvar, dessa forma conhecer os
conceitos e procedimentos relacionados ao sistema de controle de incidentes;
Elaborar o Plano de Ação do Incidente, no qual define as atividades de resposta
e o uso dos recursos durante um período operacional;
Organizar informações e colocar em prática as estratégias estabelecidas nas
reuniões mensais;
Gerenciar e designar os responsáveis que podem auxiliar nas diversas situações
de acidentes e incidentes: quem fará o corte de energia, quem comunicará os
órgãos de emergência, (Bombeiros, Defesa Civil, SAMU), quem desencadeará
o Plano de Emergência;
Como será feita a evacuação da planta, quem atenderá as pessoas com
restrição de mobilidade quando tiver.
Sistema de comando de incidentes
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É uma ferramenta de gerenciamento de incidentes que permite ao operador
padronizar os atendimentos da organização de forma integrada e organizada. A
utilização adequada do sistema permite atingir objetivos durante o atendimento:
A segurança da equipe que atuará na resposta do acidente/incidente;
Cumprir todos os passos definidos para o desenvolvimento das ações;
A utilização eficiente dos recursos disponíveis para atendimento a
incidentes/acidentes.
Apresentamos a seguir um exemplo de passos a seguir em caso de
acidentes/incidentes:
PLANO DE EMERGÊNCIA
INCIDENTE
DETECÇÃO
RECONHECIMENTO INFORMAÇÃO À
DIREÇÃO
ALERT
A
EVACUAÇÃO
SOCORRO
COMBATE DO CORPO DE
BOMBEIROS
RESCALDO
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=Plano+de+emergencia+acidente+/+incidente&tbm=isch&tbs
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RESUMINDO
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01) Defina com suas palavras:
Acidente:
Incidente:
( ) Certo ( ) Errado
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REFERÊNCIAS
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