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FORMAÇÃODE
BRIGADA DE INCÊNDIO

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Conselho Regional de Minas Gerais
Unidade Operacional A21 – Contagem/MG
Educação Presencial

Formação de Brigada de Incêndio

Material do aluno
Agosto/2020

Fale conosco 0800.7282891


www.sestsenat.org.br

Formação de Brigada de Incêndio: material do aluno.


– Brasília: SEST/SENAT 2020.
71 p.: il.

1. Formação Brigada de Incêndio

I. Serviço Social do Transporte. II.


Serviço Nacional de Aprendizagem
do Transporte.

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Unidade 1 – Prevenção de Incêndios .......................................................12
1 Legislação ..................................................................................... 12
1.1 Responsabilidades do brigadista ........................................ 13
1.2 Legislação Estadual e Municipal ........................................... 14
1.3 Programa de Brigada de Incêndio ....................................... 14
1.4 Normas Regulamentadoras ................................................ 18
2 Instrução Técnica do CBMMG - IT 012. ...................................... 19
3 Prevenção e Combate a Incêndios ............................................ 19
3.1 Teoria do Fogo ...................................................................... 19
3.2 Propagação do Fogo ........................................................... 21
3.3 Classes de Incêndio ............................................................ 22
3.4 Métodos de Extinção .......................................................... 24
4 Ventilação ................................................................................... 25
4.1 Ventilação vertical ................................................................ 25
4.2 Ventilação horizontal ......................................................... 25
4.3 Ventilação natural ................................................................. 25
4.4 Ventilação forçada ................................................................ 25
5 Equipamentos de Combate a Incêndios .................................... 26
5.1 Agentes extintores.............................................................. 26
5.2 Sistema hidráulico preventivo - SHP .................................. 29
6 Equipamentos de detecção, alarme, iluminação de emergência e
comunicações................................................................................ 32
7 Abandono de área ....................................................................... 33
8 Pessoas com mobilidade reduzida ............................................. 34
9 Riscos específicos .......................................................................... 35
10 Psicologia em emergências ....................................................... 37
Resumindo .................................................................................... 40

Unidade 2 - Primeiros Socorros...............................................................45


1 Conceitos Básicos .......................................................................... 45
2 Dimensionamento da Cena ......................................................... 47

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3 Análise de Vítimas..........................................................................48
3.1 Abordagem da vítima ........................................................... 48
3.2. Avaliação geral da vítima.........................................................49
3.3. Exame primário ................................................................... 49
3.4 Exame Secundário ....................................................................51
4 Vias Aéreas ................................................................................ 52
5 RCP (reanimação cardiopulmonar) ......................................... 53
5.1 Parada Cardiorrespiratória ................................................... 53
6 Hemorragia .............................................................................. 54
Resumindo .................................................................................... 55
Unidade 3 - Sistemas de Controle de Incidentes ..................................... 57
1 Conceitos Básicos ...........................................................................59
2 Formas de controle de incidentes ................................................ 60
Resumindo .................................................................................... 62
Referências .........................................................................................64

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cidadã, o desenvolvimento profissional, a qualidade de vida e a
empregabilidade do trabalhador do transporte, por meio da oferta de
diversos cursos que são desenvolvidos nas Unidades Operacionais do SEST
SENAT em todo o país.

Sempre atento às inovações e demandas por uma educação profissional de


qualidade, o SEST SENAT reestruturou todo o portfólio de materiais
didáticos e de apoio aos cursos presenciais da instituição, adequando-os
às diferentes metodologias e aos tipos de cursos, alinhando-os aos avanços
tecnológicos do setor, às tendências do mercado de trabalho, às
perspectivas da sociedade e à legislação vigente.

Esperamos, assim, que este material, que foi desenvolvido com alto padrão
de qualidade pedagógica, necessário ao desenvolvimento do seu
conhecimento, seja um facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

Bons estudos!

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APRESENTAÇÃO
Prezado (a) Aluno (a),
Desejamos boas-vindas ao Curso Formação de Brigada de Incêndio!
Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e
aprofundar as competências que você já possui!
O objetivo geral do curso é suprir a carência de profissionais
qualificados para atuarem em situações emergenciais, operando
equipamentos de combate a incêndios, auxiliando no plano de abandono,
identificando produtos perigosos e reconhecendo seus riscos ou
prestando os primeiros socorros, visando preservar a vida e o patrimônio.
O curso está dividido em três unidades de aprendizagem para facilitar
seu aprendizado. No início de cada unidade, você será informado sobre o
conteúdo abordado e os objetivos que se pretendem alcançar. Conheça
abaixo a estrutura do curso:

Unidade Carga horária


Legislação 4 horas

Prevenção e Combate a Incêndios 4 horas

Primeiros Socorros 4 horas

Prática Combate a Incêndios 4 horas

Prática de Primeiros Socorros 4 horas

Esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso
intuito maior é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para
ajudá-lo a resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.

Bons estudos!

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UNIDADE 1
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

1 Legislação

2 Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros


de Minas Gerais IT 12
3 Prevenção e Combate a Incêndio
4 Ventilação

5 Equipamentos de combate a incêndio

6 Equipamentos de detecção, alarme e


comunicação
7 Abandono de área
8 Pessoas com mobilidade reduzida
9 Riscos específicos
10 Psicologia em emergências

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UNIDADE 1 – PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

Fonte: SEST SENAT

Você conhece os instrumentos legais e


normativos que envolve as atividades de
risco? Quais são os comportamentos e
habilidades que um brigadista deve ter?

1 LEGISLAÇÃO

As atividades realizadas nas empresas oferecem riscos e danos à vida, ao


patrimônio e ao meio ambiente, conscientes da necessidade de aprimoramento e
capacitação da mão-de-obra, visando ainda a interação com os instrumentos legais
e normativos referentes ao treinamento de pessoal envolvido nas atividades de
risco – Portaria 3214/78 do MTB, NR 23- item 23.8 e NBR 14.276/99 da ABNT.
O SEST SENAT elaborou o curso “Formação de Brigada de Incêndio”, objetivando
a capacitação dos funcionários das empresas, de forma que estes possam adotar
comportamentos e habilidades corretivas e preventivas para a preservação da vida,
do patrimônio e do Meio Ambiente.

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1.1 Responsabilidades do Brigadista
O Brigadista antes de mais nada, precisa ter a mentalidade, o espírito
prevencionista, colaborar com a sua própria segurança, com a dos colegas de
trabalho, com as instalações onde trabalha e com a sua própria família.
A solidariedade e o espírito de contribuir são fundamentais. Mas, para combater
o fogo é necessário que a empresa tenha disponível bons equipamentos e pessoal
treinado.

Os participantes receberão orientações sobre:


 Mobilização dos brigadistas
 Combate a incêndio
 Técnicas de abandono e isolamento de áreas sinistradas
 Aplicação de primeiros socorros

Conhecimentos Gerais do Brigadista:

● Conhecer os riscos de incêndio do prédio e instalações da empresa;


● Verificar as condições de operacionalidade dos equipamentos de combate a
incêndio e de proteção individual;
● Conhecer o princípio de funcionamento de todos os sistemas de proteção contra
incêndios;
● Agir de maneira rápida, enérgica e conveniente em situações de emergência.

Compete ao Líder da Brigada:

● Normalizar as atividades da brigada;


● Planejar e coordenar programas, atividades, treinamentos e exercícios de
avaliação do preparo e da eficiência da brigada;
● Autorizar o desligamento da chave geral da eletricidade;
● Designar os chefes de equipes;
● Inspecionar ou designar alguém para inspecionar periodicamente os
equipamentos de combate a incêndios;

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● Coordenar os atendimentos de primeiros socorros.

1.2 Legislação Estadual e Municipal


A Norma Regulamentadora NR 23, da portaria 3.214 MTE, apresenta os
requisitos exigidos em relação à proteção contra incêndio.
Devemos conhecer a legislação Estadual, Municipal e as normas do IRB (Instituto de
Resseguros do Brasil), do Corpo de Bombeiros e da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).
Dentre outras, a NR 23 aborda os seguintes aspectos: saída, portas, porta corta
fogo, escadas, combate ao fogo, classes de fogo, extintores, inspeções. Tipos,
quantidades, localização, sistemas de alarme e exercícios de alerta.

● Vide anexo IT 12 do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais que aplica-se


a todas as edificações ou áreas de risco, conforme o Código de Segurança Contra
Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de Minas
Gerais. O principal objetivo é estabelecer as condições mínimas para a composição,
formação, implantação, treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para atuação
em edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais, na prevenção e no
combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, visando,
em caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio, reduzir os danos ao meio
ambiente, até a chegada do socorro especializado, momento em que poderá atuar no
apoio.

1.3 Programa de Brigada de Incêndio

De acordo com a norma regulamentadora do Ministério do Trabalho, a NR 23,


as organizações devem possuir em seu quadro funcional pessoas capacitadas para
utilizar seus equipamentos de proteção contra incêndio. Essas pessoas têm papel
fundamental, pois através de suas atuações possibilita ações rápidas de combate ao
princípio de incêndio e a salvaguarda das pessoas e equipamentos. Quando esse
grupo de pessoas capacitadas é organizado com funções pré-determinadas, tem-se
uma brigada de incêndio.

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Quanto mais eficiente se tornar a prevenção, menores serão as probabilidades
da ocorrência de incêndio e, consequentemente, menores serão as oportunidades
de o fogo causar danos às pessoas e ao patrimônio.

Brigada de Incêndio

Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para


atuar na prevenção, abandono de área e combate a um Princípio de Incêndio e
prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida. A Norma
Regulamentadora nº 23 (NR 23), da Portaria 3.214, apresenta os requisitos exigidos
em relação a proteção contra incêndio.
Devemos conhecer a legislação Estadual, Municipal e as normas do IRB
(Instituto de Resseguros do Brasil), do Corpo de Bombeiros, sua localização e da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Dentre outros, a NR 23 aborda os seguintes aspectos: saída, portas contrafogo,
escadas, combate ao fogo, classes de fogo, extintores, inspeções, tipos, quantidades,
localização, sistema de alarme e exercícios de alerta.
Após a capacitação dos funcionários, cabe ao profissional da área de segurança
do trabalho ou da CIPA (Comissão interna de Prevenção de Acidentes) a organização
e a estruturação da brigada de incêndio.
Apenas possuir brigadistas em seu quadro de funcionários, não caracteriza
que a organização ou edificação possui brigada de incêndio. Para se considerar uma
brigada, os brigadistas deverão pertencer a um grupo ORGANIZADO, com funções e
ações pré-estabelecidas.

Composição, atribuição e forma de atuação:

Todos os estabelecimentos ficam obrigados a constituir brigada de incêndio


em atendimento ao previsto na NBR 14276 da ABNT. Esta deverá estar presente em
todos os turnos de trabalho e possuir em seu quadro, representantes de todos os
setores. O dimensionamento da brigada obedecerá aos critérios definidos na NBR
14276;

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A estrutura e definição das responsabilidades dos membros da brigada ficarão
a critério do empreendedor, podendo ser adotadas recomendações da referida
norma.
O coordenador, chefe ou líder da brigada deverá ser autoridade máxima em
caso de incêndio e portando, possuir cargo relevante no estabelecimento.
A estrutura mínima da brigada será de 03(três) integrantes, o que
corresponde a um efetivo de até 06 (seis) funcionários no estabelecimento, com a
seguinte composição: 01(um) líder de brigada e 02 (dois) brigadistas.

A seguir, o Organograma de uma Brigada de Incêndio, de acordo


com a NBR 14.276:

Exemplo 1 - Planta com uma edificação, 1 pavimento e 4 brigadistas.

Fonte: CBMPR

Exemplo 2 - Planta com uma edificação, 3 pavimentos e 3 brigadistas por


pavimento.

Fonte: CBMPR

Exemplo 3 - Planta com duas edificações, a primeira com 3 pavimentos e 2


brigadistas por pavimento, e a segunda com um pavimento e 4 brigadistas por

16
pavimento.

Fonte: CBMPR
Exemplo 4 - Planta com duas edificações, com 3 turnos de trabalho e 3 brigadistas
por edificação.

Fonte: CBMPR

Nestes organogramas temos a estrutura hierárquica da brigada,


consequentemente, o nível de responsabilidades e cadeia de comando do grupo.
Este organograma deve ficar em local visível e com grande circulação de
pessoas, com nome, foto, função dos brigadistas na empresa, telefone de contato,
para facilitar o acionamento por qualquer funcionário da edificação, em caso de
emergência.

Você pode obter mais informações


consultando a NBR 14276 – Programa de
Brigada de Incêndio.

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1.4 Normas Regulamentadoras

NBRS (NORMAS BRASILEIRAS)

Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o


órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária
ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional
de Normalização – ÚNICO – através da Resolução nº 07 do CONMETRO, de
24.08.1992.

Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes


ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à
obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto.
Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na
transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas
relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.

NR 23 - Proteção Contra Incêndios.


 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios,
em conformidade com a legislação estadual e as Normas Técnicas aplicáveis.
 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações
sobre:
a) Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) Dispositivos de alarme existentes.

NBR 9443 - Extintor de incêndio classe A – Ensaio de fogo em engradado de madeira.


NBR 9444 - Extintor de incêndio classe B – Ensaio de fogo em líquido inflamável.
NBR 13860 - Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio.
NBR 14276 - Programa de brigada de incêndio.

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NBR 5419 - Sistema de proteção contra descargas atmosférica. NBR 9077 - Saída de
emergência em edifícios.

2 INSTRUÇÃO TÉCNICA DO CORPO DE


BOMBEIROS DE MINAS GERAIS IT 12

A IT 12 do CBMMG traz instruções como: composição da brigada de incêndio,


critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista, organização da brigada,
organograma da brigada de incêndio, atribuições da brigada de incêndio dentre
outras.
A brigada de incêndio deve ser composta pela população fixa e o percentual de
cálculo do anexo A da NPT IT 12 do CBMMG, que é obtido levando-se em conta o
grupo e a divisão de ocupação da planta, o grau de risco conforme condições
descritas.

Instrução Técnica 12 CBMMG. Esta norma técnica estabelece


as condições mínimas para a formação, treinamento e
reciclagem da brigada de incêndio para atuação em
edificações e áreas de risco no estado de Minas Gerais.

3 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS


3.1 Teoria do Fogo

Ter conhecimento sobre Prevenção e Combate a Incêndios pode ser uma


questão de sobrevivência. Muitas vítimas de um incêndio poderiam se salvar se
tivessem recebido alguma orientação. Saber a quem recorrer em caso de incêndio é
de extrema importância:
 Brigada de Incêndio: por lei, toda empresa precisa ter pessoas treinadas para atuar
em situação de incêndio. O brigadista tem um conhecimento básico, mas saberá o
que fazer para ajudar com mais eficiência em caso de um incêndio.
 Bombeiros Civis: são profissionais não-militares, que fizeram curso de formação
de Bombeiro Civil. Trabalham contratados dentro de uma empresa e são muito

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mais preparados que os brigadistas, atuando não só na prevenção, mas também
nos primeiros socorros.
 Bombeiro Militar: é um profissional a serviço do Estado, locado como Bombeiro.
Presta Socorro não só em casos de incêndio, mas também no atendimento de rua em
todo tipo de ocorrência. Muito bem preparado, atende pelo telefone de número 193.

Sabemos que todo incêndio está relacionado com fogo, mas para sabermos
reconhecer quando estamos diante de uma situação de emergência, devemos
aprender a diferenciar fogo e incêndio e entender o que de fato é o incêndio.
 Fogo: é uma forma de combustão, de queima, caracterizada por uma reação
química que combina calor com materiais e com o oxigênio do ar. Essa reação
libera energia luminosa e calor.
 Incêndio: é um acidente provocado pelo fogo fora de controle. Como já
dissemos o fogo sob controle não apresenta qualquer risco. Somente quando
não conseguimos mais controlar a extensão e a velocidade de propagação do
fogo é que se tem um incêndio.
Nessa situação se faz necessária a utilização de meios específicos para realizar
a sua extinção.

Pela quantidade de combustível presente em veículos, em


caso de um incêndio, há uma grande possibilidade de
ocorrência de uma explosão. Lembre-se sempre de
comunicar este fato às autoridades!

Geralmente, um composto orgânico, como o papel, a madeira, o plástico, certos


gases, gasolina e outros, junto com o próprio ar, ao atingirem temperatura elevada,

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produzem queima. Um desses elementos presentes já é suficiente para que haja um
agente desencadeador da reação para iniciar a queima, o que normalmente ocorre
por meio de uma centelha ou faísca.

Agentes desencadeadores do incêndio

● Combustível: É o elemento que alimenta o fogo e que serve como campo para sua
propagação. Podem ser sólidos, líquidos e gasosos. O combustível, para reagir com
o oxigênio, deve ser aquecido até o seu ponto de fulgor (temperatura mínima em
que o material libera gases em quantidade suficiente para iniciar a combustão).
● Comburente: É o elemento ativador do fogo, ou seja, concebe vida as chamas. O
comburente mais comum é o oxigênio, contido no ar atmosférico em uma
porcentagem de 21%. Se essa porcentagem for próxima de 13% não haverá chama.
● Fonte de calor: É o agente que dá início ao processo de combustão, introduzindo
na mistura combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária.
● Reação em cadeia: É o processo de sustentabilidade da combustão, pela presença
de radicais livres que são formados durante o processo de queima do combustível.

É preciso haver uma centelha ou faísca produzindo o calor


necessário para iniciar a reação de combustão.

3.2 Propagação do Fogo

Propagação do fogo (calor): para que o fogo se espalhe, é preciso que o calor
seja transferido de um local a outro, dando início à reação de queima, conforme já
vimos. Vamos aprender agora, as formas de propagação do calor que podem gerar
uma situação incontrolável, dando início a um incêndio.

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras:

 Por condução;
 Convecção;
 Irradiação.

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Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos
com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. Assim, o
“calor” do incêndio se propagará para todos os materiais próximos a ele, inclusive o
próprio ar.
Vamos agora entender as três principais formas de transferência de calor que
acabamos de mencionar.

 Condução: é a transferência de calor através de materiais sólidos, de


molécula a molécula. Por exemplo: qualquer peça de um veículo pode
conduzir calor.
 Convecção: nesse caso, a transferência de calor ocorre pelo movimento
de massas de gases ou de líquidos.
 Irradiação: é a transmissão de calor por ondas de energia que se
deslocam através do espaço. Um corpo mais aquecido emite ondas de
energia térmica para um outro mais frio, sem que estejam em contato,
até que ambos tenham a mesma temperatura.
3.3 Classes de Incêndio

Neste tópico, vamos aprender a classificar os tipos de incêndio de acordo com


o material que provoca a queima de combustível. Essa classificação é de extrema
importância, pois, para cada classe de incêndio, há também um tipo de extintor
específico.

Fonte: SEST SENAT

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Essa divisão tem como função facilitar a aplicação e a utilização correta do
agente extintor para cada tipo de material combustível.

Os incêndios podem pertencer a diferentes classes, a saber:

 Classe A: os materiais queimam em superfície e em profundidade que


deixam resíduos. O resfriamento é o melhor método de extinção. Exemplos:
fogo em papel, madeira, tecidos;
 Classe B: fogo em líquidos inflamáveis. Os materiais queimam em
superfície. Neste caso, o abafamento é o melhor método de extinção. O
agente extintor ideal é o pó químico seco (PQS) e espuma mecânica (LGE).
Exemplos: fogo em gasolina, óleo e querosene;
 Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados. O agente extintor
ideal é o pó químico seco (PQS) e o gás carbônico (CO2). Exemplos: fogo
em motores, transformadores, geradores e computadores;
 Classe D: fogo em metais combustíveis. O agente extintor ideal é o pó
químico especial. Esta classe requer agentes extintores específicos.
Exemplos: fogo em zinco, alumínio, sódio, magnésio;
 Classe E: fogo em material radioativo. Esta classe requer isolamento
imediato da área. Contate imediatamente o corpo de bombeiros (telefone
193). Exemplo: fogo em produtos perigosos radioativos;
 Classe K: fogo em óleo e gorduras em cozinhas. O abafamento é o melhor
método de extinção. Agente extintor ideal pó químico seco (PQSK).

Agora vamos conhecer os conceitos sobre ponto de fulgor, combustão e


ignição:

● Ponto de fulgor: temperatura mínima necessária para que um combustível


desprenda vapores ou gases inflamáveis, porém, não se mantém porque os gases
produzidos ainda são insuficientes.
● Ponto de combustão: temperatura mínima necessária para que um combustível
desprenda vapores ou gases inflamáveis que, mesmo que for retirada a fonte

23
externa de calor, o fogo não se apaga, pois, esta temperatura faz gerar gases
suficientes para manter o fogo ou a reação em cadeia.
● Ponto de ignição: aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram
em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de
qualquer fonte de calor.
A seguir, exemplos de pontos de fulgor e temperatura de ignição para
algumas substâncias:

Combustíveis Ponto de fulgor Temperatura de ignição


Álcool etílico + 12,6 °C + 371,0 °C
Gasolina - 42,0 °C + 257,0 °C
Querosene + 38,0 °C + 254,0 °C
Parafina + 199,0 °C + 245,0 °C

3.4 Métodos de Extinção

Os métodos de extinção de incêndio visam eliminar um ou mais elementos geradores


do fogo. Na ausência de qualquer um dos três componentes (combustível,
comburente e calor), o fogo se extinguirá.
 Resfriamento: esse método consiste em resfriar o local por meio da
aplicação de água ou gases frios provocando seu resfriamento e,
consequentemente, eliminando o elemento “calor”.
 Abafamento: ao abafar o fogo, impede-se que o oxigênio participe da
reação, retirando, assim, o comburente necessário ao processamento da
queima.
 Isolamento: separando o combustível dos demais componentes do fogo,
isolando-o, como na abertura de uma trilha (acero) na mata, por exemplo:
evita- se a transposição das chamas.

24
 Quebra da reação em cadeia: esse método usa uma reação química entre o
agente extintor e os radicais livres da reação em cadeia que a interrompe
esta última, extinguindo as chamas.

4 VENTILAÇÃO

Considerando o cenário de combate a incêndio, podemos dizer que a ventilação


consiste na sistemática retirada de fumaça, ar e gases aquecidos de uma edificação,
fazendo a substituição por ar fresco.

A ventilação pode ser realizada em momentos distintos:

 Antes do combate (antes das linhas de ataque iniciarem a aplicar água);


 Durante o combate (simultaneamente ao trabalho das linhas de ataque);
 Após o combate, para retirar a fumaça e calor apenas.

4.1 Ventilação vertical

A ventilação vertical é aquela em que os produtos da combustão caminham


verticalmente pelo ambiente, através de aberturas verticais existentes (poços de
elevadores, caixas de escadas), ou aberturas feitas pelo bombeiro (retirada de
telhas).

4.2 Ventilação horizontal


A ventilação horizontal é aquela em que os produtos da combustão caminham
horizontalmente pelo ambiente. Este tipo de ventilação se processa pelo
deslocamento dos produtos da combustão através de corredores, janelas, portas e
aberturas em paredes no mesmo plano.

4.3 Ventilação natural

A ventilação natural é aquela que consiste em abrir acessos existentes (portas,


janelas, claraboias) ou criando acesso (quebrando parte da estrutura de paredes,
teto ou destelhando telhado) permitindo a entrada natural de ar e saída de fumaça
pela diferença de pressão.

4.4 Ventilação forçada

25
A ventilação forçada é aquela que consiste no emprego de meios artificiais
para acelerar a movimentação dos gases no ambiente sinistrado. Além da mera
abertura de acessos, que se dá quase como na ventilação natural, a ventilação
forçada conta com equipamentos para acelerar o deslocamento dos gases.

5 EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS

5.1 Agentes extintores

Neste item conheceremos alguns tipos de extintores portáteis e veremos


alguns agentes extintores (água, pó químico, espuma etc.).

 Extintores Portáteis e Carretas: o que chamamos de extintores de


incêndio, são, na verdade, recipientes metálicos que contêm em seu
interior agentes extintores para combate imediato e rápido a princípios de
incêndio. Os extintores podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o
seu tamanho e uso.
Os extintores são classificados de acordo com o tipo de incêndio a que se
destinam, ou seja, classes “A”, “B”, “C”, “D” ou “K”. Para cada classe de
incêndio há um ou mais extintores adequados. Todos os modelos fabricados
devem possuir, em seu corpo, um rótulo de identificação facilmente
localizável. Esse rótulo traz informações sobre as classes de incêndio para
as quais o extintor é indicado e também instruções de uso. O sucesso na
operação de um extintor dependerá basicamente de:

 Uma fabricação de acordo com a Associação Brasileira de


Normas Técnicas - ABNT.
 Uma inspeção periódica da área a proteger.
 Uma manutenção adequada e eficiente.

26
 Pessoal habilitado no correto manuseio do aparelho.

Todos os extintores, independente do seu tipo, devem conter uma


determinada carga de agente extintor em seu interior, chamada de unidade
extintora, cuja especificação é realizada por norma do corpo de bombeiros.
Para cada classe de incêndio, existem extintores apropriados para combatê-
los:

Tipo de extintor Classificação Utilização


Romper o lacre, puxar o pino de segurança,
Pó químico A, B, C apertar o gatilho e direcionar o jato para a
base do fogo.
Romper o lacre, puxar o pino de segurança,
apertar o gatilho e direcionar o jato para a
Espuma A, B base do fogo. Cuidado com líquidos
inflamáveis, pois o jato pode espalhar as
chamas.
Romper o lacre, puxar o pino de segurança,
Água A apertar o gatilho e direcionar o jato para a
base do fogo.
Romper o lacre, puxar o pino de segurança,
apertar o gatilho e direcionar o jato para a
Gás carbônico B, C base do fogo. Segurar na empunhadura,
nunca no difusor pois corre risco de
queimaduras.
Técnica Geral de Uso de Extintores: Caso a prevenção não funcione, é preciso saber
utilizar o extintor, que parece fácil, mas existem alguns cuidados que você deve
tomar para garantir a sua segurança e fazer com que o extintor tenha a máxima

27
efetividade possível. Caso contrário, pode ocorrer a situação inversa e o fogo acabar
se espalhando.

Vamos ver algumas instruções de como proceder ao operar um extintor de


incêndio:
 Você deve verificar se é o extintor certo para o tipo de fogo. Caso contrário,
o extintor não terá qualquer efeito ou pode até aumentar o incêndio.
 Sempre se aproximar do incêndio a favor do vento, longe do sentido de
propagação das labaredas.
 Aproximar-se até a uma distância segura para você, porém, dentro do
alcance do extintor.
 Em materiais sólidos, direcionar o agente em forma de leque, tipo
ziguezague à base do fogo.
 Em líquidos ou gases NÃO direcionar o jato diretamente no líquido,
evitando a sua dispersão ou respingos e, em consequência, o aumento da
área de incêndio.
 Recomenda-se verificar constantemente a validade do extintor e as regras
para o seu uso, detalhadas nas instruções do fabricante.

Fonte: SEST SENAT

Sabemos agora identificar como se forma um incêndio, as formas pelas quais


ele poderá se alastrar, as classes de incêndio e os extintores adequados para cada um
desses tipos. No entanto, incêndios são imprevisíveis e mesmo com a utilização

28
de todas as técnicas corretas para esse tipo de situação, eles podem sair de nosso
controle e causar danos enormes.
Aqui estão alguns cuidados que você deve tomar para evitar que ocorra um
incêndio:
 Somente fume em áreas previamente delimitadas para essa finalidade.
 Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.
 Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.
 Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que
provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores.
 Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização.
Desconecte-os da tomada.
 Não cubra fios elétricos com o tapete.
 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas,
armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original.
 Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.
 Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e
interruptores sem que esteja familiarizado com isso.
 Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue “T”
(benjamim).
 Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão
desligados.
 Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou
explosivos.
 Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de
fogo.

5.2 Sistema hidráulico preventivo - SHP

Além do sistema de extintores, temos ainda outro sistema composto de


dispositivos hidráulicos que possibilitam a captação de água da Reserva Técnica de
Incêndio - RTI, para o emprego no combate a incêndio, denominado Sistema
Hidráulico Preventivo, constituído dos equipamentos a seguir:

29
Hidrantes

São dispositivos existentes em redes hidráulicas que possibilitam a captação


de água para utilização nos serviços de bombeiros, principalmente no combate a
incêndio. Esse tipo de material hidráulico depende da presença do homem para a
utilização da água no combate ao fogo, constituindo a principal instalação fixa de
água, de funcionamento manual.
 Hidrante de Coluna Urbano – Tipo “Barbará”: esse tipo de hidrante é
instalado comumente nas ruas e avenidas, tendo a sua abertura feita
através de um registro de gaveta, cujo comando é colocado ao lado do
hidrante.
 Hidrante Industrial: é um hidrante existente em redes hidráulicas no
interior das indústrias, sendo utilizado com água da Reserva Técnica de
Incêndio (RTI), do Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) da empresa.
 Hidrante de Parede – HP: hidrante que integra o Sistema Hidráulico
Preventivo (SHP) das edificações, ficando localizado no interior das caixas
de incêndio ou abrigos, podendo ser utilizado nas operações de combate a
incêndio pelo Corpo de Bombeiros, brigada de incêndio e demais
ocupantes da edificação que possuam treinamento específico. Estas caixas
de incêndio deverão obrigatoriamente possuir: 1 esguicho, 1 chave de
mangueira e mangueiras de incêndio, conforme o projeto da edificação.
 Hidrante de recalque – HR: dispositivo do Sistema Hidráulico Preventivo
(SHP), normalmente encontrado em frente às edificações, sendo utilizado
pelos bombeiros para pressurizar e alimentar o sistema hidráulico
preventivo, possibilitando assim que todos os hidrantes de parede tenham
água com pressão suficiente para o combate ao fogo. Pode também ser
utilizado para abastecer as viaturas do Corpo de Bombeiros, em casos de
extrema necessidade onde não existam hidrantes de coluna nas
proximidades.
 Mangueiras: as mangueiras são condutores flexíveis, utilizados para
conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento ao local onde deve ser

30
lançada. Flexível, pois permite o seu manuseio para todos os lados,
resistindo a pressões elevadas.
As mangueiras podem ser de 1 ½” ou 38 milímetros, e de 2 ½” ou de 63
milímetros, de acordo com a especificação no projeto contra incêndio e
pânico. São constituídas de fibra de tecido vegetal (algodão, linho, etc.) ou
de tecido sintético (poliéster), dependendo da natureza de ocupação da
edificação. Possuem um revestimento interno de borracha, a fim de suportar
a pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas, oferecidas pelo SHP.

Cuidados com as mangueiras

A mangueira é um dos equipamentos mais importantes no combate a incêndio


e, geralmente, são utilizadas em situações desfavoráveis, por isso deve ser dispensado
um tratamento cuidadoso em seu emprego antes, durante e depois do uso.

Cuidados antes do uso


 Armazenar em local arejado, livre de mofo e umidade, protegida
da incidência direta dos raios solares;
 Periodicamente recondicionar as mangueiras para evitar a
formação de quebras;
 Conservar o forro com talco e as uniões com grafite, evitando o
uso de óleos ou graxa.
Cuidados durante o uso

 Evitar arrastá-las sobre bordas cortantes, materiais em altas


temperaturas ou corrosivos;
 Não permitir a passagem de veículos sobre as mangueiras, esteja
cheia ou vazia;
 Evitar pancadas e arrastamento das juntas de união, pois poderá
danificar o acoplamento.

Cuidados após o uso

 Fazer rigorosa inspeção visual, separando as danificadas;

31
 As mangueiras sujas deverão ser lavadas com água e sabão,
utilizando para isso vassoura com cerdas macias;
 Depois de lavadas, as mangueiras devem ser colocadas para secar
em local de sombra, se possível, penduradas pelo meio (para
escorrer toda a água do seu interior), e acondicioná-la em local
adequado (quando possível, retornar para o hidrante de parede).
 Esguichos: são dispositivos metálicos, conectados nas extremidades das
mangueiras, destinadas a dirigir e dar forma ao jato d’água.

Esguicho agulheta: É um tipo de esguicho simples, considerado comum, encontrado


em algumas edificações por conta da aprovação antiga do seu projeto de prevenção
contra incêndio e pânico. Esse esguicho só produz jato compacto, não possui
controle de vazão e está sendo substituído pelos esguichos reguláveis.
Esguicho regulável: dispositivo que permite a produção de jato compacto,
neblinado, neblina e controle de vazão. Os jatos neblinado e neblina são formados
pelo desvio da água, que em sua trajetória choca-se com um disco que se localiza na
saída da água. Os esguichos reguláveis podem ser encontrados para juntas de 1 ½” e
2 ½” e possuem a mesma construção com tamanhos diferentes.
Chave de mangueira: Ferramenta utilizada para facilitar o acoplamento ou
desacoplamento de juntas de união das mangueiras. Versátil, uma vez que a mesma
ferramenta pode ser utilizada em juntas de 1 ½” e 2 ½”.

6 EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME, ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA E


COMUNICAÇÕES

São equipamentos que tem por finalidade detectar e avisar a todos os


ocupantes em uma edificação, da ocorrência de um incêndio ou de uma situação que
possa ocasionar pânico. O alarme deve ser audível em todos os setores da edificação,
abrangidos pelo sistema de segurança.
O acionamento do sistema de alarme pode ser manual ou automático, sendo
que quando for automático, o mesmo estará conectado a detectores de fumaça ou
de calor. A edificação deverá ainda, contar com um plano de abandono de área, a fim
de aperfeiçoar a utilização do alarme de incêndio.

32
O alarme de acionamento manual são equipamentos que necessitam do
acionamento direto, a fim de fazer soar a sirene.
O alarme de acionamento automático são equipamentos preparados para enviar
ao módulo de acionamento um sinal, para que o mesmo possa disparar a sirene, assim
que detectarem no ambiente à quantidade mínima necessária de fumaça ou calor para
os quais estejam dimensionados.
Sistema de iluminação de emergência

O Sistema de Iluminação de Emergência é composto por um conjunto de


elementos que, em funcionamento, proporcionará a iluminação suficiente e adequada
para permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção
da alimentação normal, como também proporciona a execução das manobras de
interesse da segurança e intervenção de socorro, sendo obrigatório nas áreas comuns
das edificações, como corredores, escadas, elevadores, saídas de emergência etc.

7 ABANDONO DE ÁREA

Ninguém espera o acontecimento de um incêndio. Baseado nesta afirmação é


preciso ter um plano de abandono, para ser utilizado em caso de sinistro, pois o
incêndio poderá ocorrer em qualquer lugar.
É importante falar que todo incêndio começa pequeno, e se não for controlado
no início, pode atingir proporções que o próprio Corpo de Bombeiros terá
dificuldade em combatê-lo. Portanto, se faz necessário observar se a edificação
possui todos os recursos destinados a prevenção e combate a incêndio e pânico, de
acordo com a legislação vigente.
A seguir, veremos uma série de orientações que, se seguidas, darão condições
aos ocupantes da edificação, para que possam sair em segurança:
 Tenha um plano de abandono da edificação;
 Acione o alarme, e chame o Corpo de Bombeiros;
 Pratique a fuga da edificação, pelo menos a cada seis meses;
 Procure conhecer a localização da escada de emergência, dos extintores e
do SHP;

33
 Tenha cautela ao colocar trancas nas portas e janelas, pois os mais
prejudicados são as crianças e os idosos;
 Estabeleça um ponto de reunião, para saber se todos conseguiram deixar a
edificação;
 Caminhe rapidamente e não corra, evitando o pânico;
 Ao encontrar uma porta, toque a mesma com o dorso da mão, estando
quente, não abra;
 Não use o elevador, e sim as escadas de emergência;
 Se estiver em um local enfumaçado, procure respirar o mais próximo do
solo, colocando um pano úmido nas narinas e na boca;
 Se estiver preso em uma sala enfumaçada, procure abrir a janela, para que
a fumaça possa sair na parte de cima e você possa respirar na parte de baixo;
 Não tente passar por um local com fogo, procure uma alternativa segura
de saída;
 Caso encontre situação de pânico em alguma via de fuga, tenha calma e
tente acalmar outros;
 Não pule da edificação, tenha calma, o socorro pode chegar em minutos;
 Conseguindo sair da edificação, procure um local seguro e não tente
adentrar novamente.

8 PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA

Em diversas situações, o brigadista deverá estar preparado para auxiliar


pessoas com necessidades especiais, e não apenas os deficientes físicos.
A pessoa com deficiência é aquela que possui limitação ou incapacidade
permanente para o desempenho de alguma atividade, e se enquadra nas seguintes
categorias de deficiência: física, mental, sensorial, orgânica e múltipla. Como
exemplo dessas categorias, podemos citar: cadeirantes, pessoas com Síndrome de
Down, deficientes visuais, e pessoas submetidas a tratamento que apresentem alguma
dificuldade de locomoção.
Além dos deficientes físicos, podemos citar como portadores de necessidades
especiais as pessoas idosas, gestantes, pessoas que passaram por cirurgias
recentemente, com criança de colo, obesas, entre outras.

34
A pessoa com restrição de mobilidade não é necessariamente uma pessoa com
deficiência, mas aquela que apresenta, por qualquer motivo, dificuldade de
movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da
mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção.
Em caso de incêndio, as pessoas com mobilidade reduzida terão mais
dificuldades para serem encaminhadas para fora das instalações, principalmente
onde houver escadas, neste caso essas pessoas deverão ser retiradas por uma
equipe preparada com equipamentos apropriados para esta remoção.
No que diz respeito a prevenção, os estabelecimentos de trabalho devem
elaborar um plano de emergência, o qual fornecerá as equipes de resgate as
orientações e os procedimentos que devem ser adotados em caso de evacuação,
visando o abandono destes locais com rapidez e segurança.

É necessário que o brigadista desenvolva empatia,


nossa capacidade de nos colocarmos no lugar da
outra pessoa e sentir, julgar ou apreciar, como se
fôssemos ela mesma. O desenvolvimento desta
capacidade nos permitirá maior flexibilidade,
maior compreensão e respeito para com as pessoas.
9 RISCOS ESPECÍFICO S

Todas as empresas devem realizar uma avaliação minuciosa sobre os riscos de


incêndios em suas instalações, assim como adotar medidas de segurança adequadas
para prevenir incêndios. Os incêndios, além de destruir o patrimônio físico da
empresa, pode causar lesões graves, inclusive levando pessoas à morte.
Existem situações onde os riscos são facilmente identificados, como por
exemplo: substâncias que liberam gases inflamáveis (gasolina, álcool, diesel,
querosene, solventes), porém temos outros produtos que também podem
desencadear grandes incêndios tais como açúcar, farinha, pós em suspensão, papel,
madeira, plástico entre outros tantos materiais combustíveis. Deve-se certificar
também se todos os ambientes estão limpos e arrumados com objetivo de manter
materiais potencialmente combustíveis armazenados corretamente.
As organizações devem fazer uma adequada avaliação dos riscos de incêndio
e descrever através de um plano de emergência as medidas de segurança para cada

35
local, pois não estão isentas de experimentar situações de incêndio em suas
instalações.
Principais ações de prevenção
- Conhecer o Plano de Emergência;
- Avaliar os riscos existentes em cada ambiente;
- Inspecionar máquinas e equipamentos;
- Inspecionar circuitos elétricos;
- Inspecionar rotas de fuga.

Simbologia para Identificação dos Riscos:

Fonte:http://www.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/Brigad
a_Escolar/Brigada_Escolar_2015/Modulo_III_Planta_De_Risco
_Escolar.pdf

Circuitos Elétricos

A maioria dos incêndios tem como causa os circuitos elétricos. Cuidados


especiais devem ser adotados para que não haja sobrecarga nos mesmos, fios
expostos, caixas de distribuição de energia em condições precárias e demais
sistemas devem ser imediatamente reparados ou descartados como forma de
prevenção.

Alarmes de incêndio e iluminação de emergência

Os sistemas de alarmes de incêndios foram desenvolvidos com tecnologia


capaz de detectar através de sensores especiais (detectores de fumaça e calor) que
possibilitam imediatamente alarme de alerta para combate precoce do fogo.

36
Sistemas de alarme e iluminação de emergência tornam-se obrigatórios em
locais de grande concentração de pessoas e são compostos além dos detectores de
fumaça por sinalizadores e módulos de controle.
Este sistema deve ser capaz de:
- Detecção precoce do incêndio;
- Rápida ação da brigada;
- Evacuação do local;
- Acionamento de outros sistemas de segurança/incêndio;
- Detectar e alertar o local onde está o fogo;
- Minimizar danos materiais;
- Salvar vidas
Todo sistema deve ter pelo menos duas fontes de alimentação, a principal deve
ser a rede do sistema de alimentação da edificação, e a outra composta por baterias
ou geradores com autonomia suficiente para suprir as indicações luminosas e
sonoras.
As centrais de detecção devem ficar em locais com constante presença de pessoas e
de fácil visualização. O alarme geral da edificação deve ser audível em toda planta.
Em locais com grande concentração de pessoas, o alarme geral pode ser substituído
por um sinal sonoro (pré-alarme) com o objetivo de acionar a brigada de
emergência que se necessário dará o comando de abandono da área.
Onde houver detectores automáticos instalados, obrigatoriamente devem
existir acionadores manuais. Em locais de ocupação de indústria e depósito com alto
risco de propagação do fogo, podem ser acrescentados sistemas complementares de
confirmação de indicação de alarme, tais como interfone, rede por rádio, etc.

10 PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS

O Brigadista é um dos profissionais que está envolvido diretamente com


situações de acidentes ou sinistros dos mais variados em seu local de trabalho.
Na empresa o Brigadista assume o papel de psicólogo, tendo a função de tentar
tranquilizar as vítimas, mostrando o conhecimento que possui e ajudar mediante a
situação, minimizando desta forma possíveis agravamentos que podem acontecer
em função do acidente ou incidente.

37
A importância na abordagem dessas situações por meio deste treinamento
definirá como trabalhar o trauma psicológico em situações de emergência e
desastres, assim como os campos abrangidos por este assunto e as técnicas que os
brigadistas podem utilizar nesses casos.
O dimensionamento psicológico corresponde aos processos de interação e
afetividade, de emoção e intelectual, conscientes e inconscientes, dependendo da
personalidade de cada um, o estado mental, a afetividade e a forma de se relacionar
com as vítimas e com a situação do momento, as respostas do ser humano não são
fatos isolados ou do acaso, elas ocorrem repentinamente de formas diferentes
dependendo do organismo de cada um.
O Brigadista necessita de muito cuidado e cautela no que tange as informações
transmitidas a terceiros, considerando que atualmente com o avanço da tecnologia
e a fácil conexão (o celular por exemplo), trazem junto uma facilidade maior da
informação se dissipar em grupos, por exemplo: (WhatsApp, face book), toda a
forma de notícia e a transmissão de imagens chocantes, tais quais aquelas que
expõem as vítimas e os danos às propriedades, bem como o preconceito em relação
as vítimas, essas repercussões negativas chegam muitas das vezes a população com
informações falsas, o que o Brigadista precisa entender é que expor a vítima ou
pessoas acaba agravando ainda mais a situação na maioria das vezes o familiar fica
sabendo do acontecido através da mídia e grupos de redes sociais, tomar muito
cuidado ao informar a família do acidentado, no momento de repassar a notícia,
muitas das vezes essa informação chega escancarada e distorcida.
O Brigadista deve colocar o seu conhecimento em prol do atendimento das
vítimas, preservando sua integridade física e oferecendo uma chance de sobrevida,
utilizando métodos e técnicas que são repassados no treinamento e não
procedimentos baseados em crendices populares.
Técnicas de Intervenção em emergências, conhecer a reação das pessoas em
situações de emergência:
 Primeiros socorros psicológicos: durante a exposição a esse tipo de situação é
natural que a vítima ou pessoas que presenciaram o fato apresentem reações
extremamente negativas por exemplo: (essa pessoa vai morrer ou morreu olha
gravidade da situação, olha a quantidade de sangue, tem fratura, o osso está para
fora);

38
 A função do Brigadista nessa situação é procurar acalmar a vítima ou pessoas
envolvidas no sinistro ou acidente prestando os primeiros atendimentos
necessários e tentar tranquilizar a vítima, lembrando que a pessoa tende a
apresentar diversos sintomas que podem ser de ordem física, emocional, cognitiva
ou interpessoal.
 O primeiro contato é o acolhimento da vítima por parte do Brigadista que fornecerá
apoio emocional;
 Procure auxiliar na redução do estresse e da ansiedade através de um olhar
atencioso e compreensivo mais sem demonstrar pena;
 Brigadista deve ter um ouvido atento para várias situações do momento, procurar
ser humano e compreensivo;
 Permita que a vítima expresse sua frustração e sentimentos sem interrompê-la;
 Procure conversar com a vítima fazendo perguntas abertas que permitem que
obtenha uma resposta mais completa;
 Ajude a vítima compreender a realidade, sem hipótese alguma apresentar críticas
ou demonstrar ignorância;
 Lembre-se que cada vítima apresenta uma resposta emocional diferente perante um
fato do mesmo porte, com isso não espere que outras pessoas reajam da mesma forma
que você.
 Procure ser tranquilo, não repasse seu nervosismo para a vítima;
 Use da empatia procure se colocar no lugar do outro, imagine como a pessoa pode
estar se sentindo;
 Técnicas psicológicas de desmobilização para lidar com incidentes críticos, as
reações emocionais comuns após a exposição a um evento traumático consistem em
medo, raiva, ressentimento, choque, luto, culpa, sentimento de incapacidade,
vergonha e desesperança nessa hora que um Brigadista emocionalmente preparado
faz a diferença, muitas das vezes o simples fato de estar ao lado da vítima já
apresenta um resultado positivo ela já percebe que tem alguém para ajudá-la diante
da situação;
 Outra maneira é integração de socorristas (Brigadistas, Bombeiros, Defesa Civil,
SAMU), são algumas das muitas técnicas utilizadas na intervenção nos desastres.
Não podemos esquecer que, na grande parte, o trabalho de intervenção é

39
desenvolvido em situações que se faz necessário focar mais alguns pontos do que
outros, isto é, é necessária uma triagem precisa de quem precisa mais de ajuda.

Para maiores informações acesse o link do


Corpo de Bombeiros de Minas Gerais:
http://www.bombeiros.mg.gov.br/

RESUMINDO

A melhor estratégia é a prevenção, porém em caso de sinistro o combate imediato


com profissionais treinados nos primeiros cinco minutos é o que vai determinar a
diferença entre uma pequena ocorrência e uma grande tragédia.

Desta forma fica evidente a importância da formação da brigada, grupo organizado


de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção,
abandono e combate a um Princípio de Incêndio e prestar os primeiros socorros,
dentro de uma área preestabelecida.

As chamadas ciências do fogo são estudos realizados para desenvolver técnicas de


combate e prevenção de incêndios, além de acompanhar os avanços tecnológicos na
aplicação de novos materiais em nosso cotidiano.

Jamais negligencie acidentes envolvendo fogo. O maior lema deverá ser sempre: “A
prevenção acima de tudo”!

40
01) Você é o primeiro brigadista que chega ao local do incêndio. Qual o primeiro
passo a ser observado?

( ) A segurança do próprio brigadista;


( ) A segurança das possíveis vítimas;
( ) A segurança dos bens materiais;
( ) A segurança das edificações vizinhas;
( ) Todas as alternativas estão corretas.

02) Julgue: Apenas possuir brigadistas em seu quadro de funcionários, não


caracteriza que a organização ou edificação possui brigada de incêndio. Para
se considerar uma brigada, os brigadistas deverão pertencer a um grupo
organizado, com funções e ações pré-estabelecidas. Esta afirmativa é:

( ) Verdadeira ( ) Falsa

03) A estrutura mínima da brigada é de:

( ) 5 integrantes
( ) 1 integrante
( ) 3 integrantes
( ) 10 integrantes

41
04) Faz parte das atribuições dos brigadistas, exceto:

( ) Conhecer todos os setores e instalações da edificação.


( ) Retirar as pessoas de forma morosa e lenta, quando em caso de incêndio
ou pânico.
( ) Acionar o Corpo de Bombeiros quando necessário e prestar todo apoio.
( ) Orientar a população fixa quanto aos procedimentos em caso de
abandono de área.

05) Marque com V as alternativas verdadeiras e com F as alternativas falsas:

( ) Existem três tipos de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos;


( ) Nunca use extintor de água nos incêndios “classe C”, pois o mesmo é
condutor de corrente elétrica;
( ) Incêndio classe “A” são materiais de difícil combustão, queimam tanto
na superfície quanto na profundidade, não deixando resíduos;
( ) Incêndio classe “B” são os produtos que queimam somente na
superfície;
( ) Incêndio classe “C” ocorre em equipamentos elétricos;
( ) Incêndio classe “D” ocorre em materiais pirofóricos;
( ) O oxigênio é o comburente mais facilmente encontrado na natureza;
( ) Extintores de pó químico seco (PQS) são para combater incêndio “classe
A”.

06) Fogo em equipamentos elétricos energizados, em que o agente extintor ideal é


o Pó químico e o gás carbônico. Estamos falando de qual classe de incêndio?

( ) Classe A
( ) Classe B
( ) Classe C
( ) Classe D

07) Fósforos e cigarros são exemplos de que fonte de ignição de incêndios?

42
( ) Fonte de origem térmica
( ) Fonte de origem elétrica
( ) Fonte de origem mecânica
( ) Fonte de origem química

08) Extintores de Água Pressurizada (AP) são eficientes para combater incêndios
da classe “A”

( ) Verdadeiro ( )Falso

09) Qual é o agente extintor recomendado para combate a incêndio da classe


“B”?

( ) Água
( ) PQS
( ) Espuma

43
Unidade 2
Primeiros Socorros

1 o eito

2 Dimensionamento da cena

3 Análise de vítimas

4 Vias aéreas

5 RCP (Reanimação Cardiopulmonar)

6 Hemorragias

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UNIDADE 2 PRIMEIROS SOCORROS

Fonte: SEST SENAT

No que se baseiam os primeiros socorros?


Quais as primeiras providências a serem
tomadas em uma situação de emergência?
Como ocorre a verificação das condições
gerais da Vítima? Quais cuidados tomar com
a vítima de acidente ou contaminação?

Nesta unidade apresentaremos a conceituação de primeiros


socorros, as primeiras providências a serem tomadas, a
verificação das condições gerais da vítima e os cuidados com a
vítima ou enfermo.

1 CONCEITOS BÁSICOS

Acidentes são acontecimentos imprevistos e indesejáveis que provocam danos


de gravidade variável a bens ou pessoas. É importante nos lembrarmos, entretanto,
que é sempre melhor prevenir do que remediar.

45
Um bom socorrista está sempre atento às condições do local, procurando
identificar quaisquer elementos que possam oferecer algum risco de acidente.
Conhecer bem o seu local de trabalho e saber quais os riscos oferecidos pode ser o
suficiente para salvar uma vida.
Nem sempre, porém, seremos capazes de prever todas as situações de risco
que poderão ocorrer, tornando-se impossível evitar que aconteça um acidente.
Nessas ocasiões, devemos estar preparados para agir. Para agirmos com
responsabilidade, temos de pensar minuciosamente em tudo o que podemos
realmente fazer antes de entrar em contato com as vítimas de um acidente.

Conceitos e definições importantes:

 Primeiros Socorros: É o tipo de atendimento, temporário e imediato,


prestado à vítima de acidente ou mal súbito, antes da chegada do socorro
médico. Este socorro pode proteger a pessoa contra maiores danos.
 Atendimento Pré-hospitalar: Procedimentos prestados por profissional
capacitado, que objetiva manter a vítima viva e estável até a chegada ao
hospital ou centro de atendimento emergencial.
 Suporte Básico da Vida: É um conjunto de ações que tem por objetivo a
manutenção do sistema respiratório e cardiovascular de vítimas de
acidentes ou mal súbito.
 Trauma: lesão provocada por agente de natureza física ou química e que
pode trazer consequências danosas ao organismo.

Quem é o socorrista?

46
O socorrista é a pessoa tecnicamente
habilitada com
segurança, identificar os

O socorro pré-hospitalar adequado e o transporte correto do paciente sem agravar as lesões já


existentes são responsabilidades do socorrista.
Para ser um bom socorrista e exercer sua função da melhor forma possível, o
brigadista deve:
 Manter a Calma: antes de atuar o socorrista deve ter calma e autocontrole
para tomar decisões corretas, pois vai enfrentar situações de emergência
que envolve pânico e sofrimento;
 Infundir Confiança: deve ter capacidade de liderança para assumir o
controle da situação. Repassar confiança para o paciente. Evitar dúvidas e
hesitações, para evitar que se gaste um tempo maior na prestação do
socorro;
 Fazer o Possível não Correndo Riscos Desnecessários: atuar de forma
segura para não se tornar uma nova vítima.

2 DIMENSIONAMENTO DA CENA

O socorrista deve ter em mente que o maior perigo é o fato do local poder
oferecer riscos que não são facilmente
visíveis. Somente deverá aproximar-se
caso garanta a sua própria segurança.
Em casos de acidente de trânsito,
procure sinalizar o local, avisando aos
demais veículos da existência de um
acidente. O trânsito deverá ter a sua
velocidade reduzida ou mesmo
interrompida, prevenindo novos
Fonte: SEST SENAT
acidentes.

47
A sinalização deverá ser a melhor possível, utilizando-se do pisca-alerta dos
veículos, do triângulo e de sinalizadores como cones e lanternas. Um recurso muito
utilizado na sinalização dos acidentes consiste na colocação de galhos de árvores ou
plantas na rodovia antes do acidente. Se for o caso, procure iniciar a sinalização
ainda no acostamento e nunca nas faixas de rodagem.
Ao final do socorro, não se esqueça de retirar todos os sinalizadores da pista,
inclusive galhos e plantas.

Gerenciamento de riscos

O gerenciamento dos riscos define uma avaliação minuciosa por parte do


socorrista em toda a cena do acidente, com o objetivo de eliminar ou minimizar, as
situações potencialmente perigosas como: incêndio, explosão, choque elétrico,
contaminação com produtos químicos e agentes biológicos, intoxicação, asfixia,
atropelamento, ocorrência de novos acidentes etc. (CBMES, 2013).

3 ANÁLISE DE VÍTIMAS

3.1 Abordagem da vítima

Em todos os casos, o socorrista só deve ajudar diretamente as vítimas após


garantir que existe segurança para si próprio e para os demais envolvidos.
Para tanto, é necessário desenvolver uma impressão geral da vítima,
estabelecendo valores para os estados respiratório, circulatório e neurológico. Em
seguida, são rapidamente encontradas e tratadas as condições que ofereçam
ameaças a vida. Se o tempo permitir, mais frequentemente, quando o transporte está
sendo efetuado, é feita uma avaliação detalhada de lesões sem risco à vida ou que
comprometam membros.
Todas essas etapas são realizadas com rapidez e eficiência com o intuito de
minimizar o tempo gasto na cena. Não se pode permitir que vítimas graves
permaneçam no local do trauma para outro cuidado que não o de estabilizá-los para
o transporte, a menos que estejam presos ou existam outras complicações que
impeçam o transporte imediato.

48
Fonte: SEST SENAT

O processo de abordagem da vítima divide-se em quatro fases:


 Primeira Fase: Avaliação geral da vítima;
 Segunda Fase: Exame primário;
 Terceira Fase: Exame secundário;
 Quarta Fase: Monitoramento e reavaliação.

3.2 Avaliação geral da vítima

A avaliação geral da vítima ocorre antes de iniciar o atendimento propriamente


dito, uma vez que o socorrista desenvolverá uma impressão geral das condições da
vítima, observando ligeiramente se há hemorragia, amputação de membros etc., o que
poderá direcionar o seu atendimento economizando tempo.

3.3 Exame Primário

O exame primário consiste num processo ordenado objetivando identificar e


consequentemente corrigir, de imediato, problemas que ofereçam ameaça a vida em
curto prazo, sendo, portanto, uma avaliação rápida. O exame primário pode ser
compreendido nas seguintes etapas:

1ª Etapa: A - Abertura das vias aéreas e controle da cervical

49
 Posicione-se ao lado da vítima em uma posição estável;
 Apoie a cabeça da vítima com uma das mãos, sobre a testa da vítima, com
o objetivo de evitar a movimentação da cabeça e do pescoço, até que se
coloque o colar cervical;
 Mantenha a cabeça da vítima estabilizada e com a outra mão provoque
estímulos na lateral de um dos ombros da vítima, sem movimentá-la;
 Apresente-se ao paciente e solicite o seu consentimento. “Eu sou o... (nome
do socorrista) e estou aqui para te ajudar. O que aconteceu?”. Uma
resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as
vias aéreas estão desobstruídas e que respira;
 Se a vítima não responder aos estímulos (paciente inconsciente), devemos
realizar a abertura da cavidade oral e observar se existe algum corpo
estranho impedindo a passagem do ar. Deve ser feita a varredura digital
em adultos e crianças, e pinçamento em lactentes;
 Utilizando equipamentos de proteção individual, devemos avançar a
mandíbula da vítima para frente com o polegar de uma das mãos e tentar
ver se existe algum corpo estranho. Sendo possível a visualização do
mesmo e retirá-lo.

2ª Etapa: B - Verificar a respiração.

Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se a vítima está respirando
espontaneamente. Para realizar essa avaliação, o socorrista deve aplicar a técnica
do ver, ouvir e sentir.
Colocando a lateral de sua
face bem próximo à boca e o nariz
da vítima, o socorrista poderá ver
os movimentos torácicos
associados com a respiração,
ouvir os ruídos característicos da
inalação e exalação do ar e sentir
a exalação do ar através das vias
aéreas superiores. Fonte: Adobe Stock

50
Caso a vítima não esteja respirando, fazer duas ventilações de resgate. Observar
se houve passagem do ar (elevação do tórax). Em caso negativo,
iniciar manobra de desobstrução de vias aéreas (OVACE), explicitada mais adiante.
Mas se houver a passagem de ar e a vítima continuar sem resposta deve-se iniciar a
manobra de reanimação cardiopulmonar (procedimento descrito em tópico
posterior).

3ª Etapa: C - Verificar a circulação.

Após a existência ou não da respiração, deve-se verificar a circulação da vítima,


que em adultos e crianças deve ser observada na artéria carótida e nos lactentes
aferida na artéria braquial.
Após a verificação do pulso, observar a existência de grandes hemorragias e,
encontrando alguma, estancá-la rapidamente, utilizando um dos métodos que
veremos à frente.

 Se a vítima respira, logo tem pulso;


 Se não respira e tem pulso, realizar manobra de
reanimação pulmonar;
 Se não respira e não tem pulso, realizar manobra de
reanimação cardiopulmonar.

3.4 Exame Secundário

O exame secundário consiste na avaliação da vítima da cabeça aos pés, onde o


socorrista deve fazer um exame mais detalhado, identificando e tratando as lesões
ou problemas que não foram identificados durante o exame primário. É dividido em
três etapas: Vias aérea, reanimação cardiopulmonar – RCP e Hemorragia.

51
4 VIAS AÉREAS

Obstrução de via aérea por corpo estranho – OVACE

A OVACE é a obstrução súbita das vias aéreas superiores, causada por corpo
estranho. Em adultos, geralmente, ocorre durante a ingestão de alimentos e, em
criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos).

A obstrução de vias aéreas superiores pode ser causada:

 Pela língua: sua queda ou relaxamento pode bloquear a faringe;


 Pela epiglote: inspirações sucessivas e forçadas podem provocar uma
pressão negativa que forçará a epiglote para baixo, fechando as vias
aéreas;
 Por corpos estranhos: qualquer objeto, líquidos ou vômito, que venha a
se depositar na faringe;
 Por danos aos tecidos: perfurações no pescoço, esmagamento da face,
inspiração de ar quente, venenos e outros danos severos na região.

Quando uma pessoa consciente estiver se engasgando, os seguintes sinais


podem indicar uma obstrução grave ou completa das vias aéreas que exige ação
imediata:

 Sinal universal de asfixia: a vítima segura o pescoço com o polegar e o


dedo indicador;
 Incapacidade para falar;
 Tosse fraca e ineficaz;
 Sons inspiratórios agudos ou ausentes;
 Dificuldade respiratória crescente;
 Pele cianótica.

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5 RCP (REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR)

5.1 Parada cardiorrespiratória

A parada cardiorrespiratória é caracterizada pelo cessar da atividade


mecânica do coração e da respiração.

5.2 Dimensionamento da cena / avaliação inicial

Os procedimentos para a reanimação cardiopulmonar RCP, deverão seguir os


seguintes passos:

Conduta

 Verifique a consciência da vítima, tocando em seu ombro e perguntando


se está bem;
 Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 segundos) se a
respiração está normal, com expansão visível do tórax;
 Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração anormal ou
agônica - gasping) acione apoio especializado;
 Cheque o pulso carotídeo (de 5 a 10 segundos). Não havendo, inicie RCP.

Tendo EPI o socorrista irá executar a reanimação com 30


massagens e 02 ventilações emumciclo de 05 vezes,
chegando aofinal do cicloo socorrista deverá observar se a
vítima respira ou se retornou o pulso, caso contrário
retornará a reanimação;
Se o socorrista estiver se EPI deverá executar compressões
rápidas e fortes, no terço inferior do osso esterno, de
100/120 compressões por minuto, deprimindo o esterno
em 5 à 6 cm.
 Permita o retorno completo do tórax após cada
compressão.
 Minimize as interrupções entre os ciclos de compressões.

53
6 HEMORRAGIA

A hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso


sanguíneo. Toda hemorragia deverá ser controlada imediatamente, pois, quando é
abundante e não controlada, pode causar a morte entre 3 e 5 minutos.

Em todos os casos em que houver trauma poderá haver hemorragia interna e


você deverá chamar ajuda imediatamente, pois essa lesão requer cirurgia para ser
reparada, só podendo ser tratada no hospital.
Nos casos de hemorragia visível, você deverá limpá-la com um tecido limpo e
seco e realizar compressão sobre o local do sangramento.

Fonte: SEST SENAT

Caso a hemorragia seja muito forte, a perda de sangue poderá levar a vítima
ao chamado “estado de choque”. Nestes casos, a pressão sanguínea e os batimentos
do coração não conseguem mais manter o sangue circulando corretamente,
podendo levar à morte da vítima. Este é um caso grave e necessitará de intervenção
médica imediata. Portanto, chame imediatamente o Serviço de Ambulância.

Enquanto aguarda a chegada do Serviço de Ambulância, você pode ajudar a


vítima levantando suas pernas entre 20 e 30 centímetros e aquecendo-a para

54
protegê-la da perda de calor. Continue aplicando pressão sobre o ferimento com um
pano limpo e seco e, por mais sede que a vítima diga sentir, jamais dê a ela qualquer
líquido.
Em alguns dos casos mais graves, podem ocorrer também a amputação de
membros (quando o corte é tão extenso que separa a parte atingida do corpo) ou a
exposição das vísceras, que ocorre quando os órgãos internos ficam expostos. Neste
caso, apesar de estar associada com a hemorragia, você deverá aplicar sobre o local
um pano limpo e úmido, e não um pano seco, evitando, assim, que as vísceras
ressequem.
A hemorragia severa, particularmente arterial, tem o potencial de levar à
perda completa do volume total ou próximo do volume sanguíneo total em um
tempo relativamente curto. Dependendo da taxa de sangramento, esse tempo pode
ser de apenas alguns minutos. Além disso, no ambiente pré-hospitalar. Sem a
capacidade de responder com transfusão de sangue, será impossível corrigir o
problema depois que o volume sanguíneo for perdido, porque a ressuscitação
cristalizada não restaurará a capacidade de transportar oxigênio para as células. Em
seqüência C, mesmo antes da estabilização das vias aéreas, o controle de
sangramento severo de um membro ou outro local externo compressível tem
precedência. Em seguida, segue o gerenciamento de ameaças às vias aéreas, garante
a respiração, avalia o estado de circulação, incapacidade e expõe o corpo para
permitir uma avaliação completa.
XABCDE é um nemotécnico tradicional usado para lembrar os passos na
avaliação primária (Via aérea, Respiração, Circulação, Deficiência, Exposição/Meio
Ambiente: vias aéreas, respiração, circulação, deficiência, exposição/ambiente). O
PHTLS 9ª edição, introduz uma nova abordagem para a avaliação primária que
reconhece as ameaças imediatas e potencialmente irreversíveis representadas por
um membro que sangra ou hemorragias da união. O "X" colocado antes do
tradicional "ABCDE" descreve a necessidade de atender imediatamente ao
sangramento após estabelecer a segurança no local e antes de embarcar nas vias
aéreas.

55
RESUMINDO

Agora você já sabe como proceder para realizar as tarefas mais importantes no local
de um acidente. Mas lembre-se, por mais que as tarefas executadas no local pareçam
simples, não se engane: é preciso ter prática e muita experiência para que tudo
transcorra da melhor forma. O mais importante e primordial trabalho do socorrista
é a prevenção.

Você deve estar sempre atento, tanto no seu local de trabalho quanto nas estradas e
rodovias, para identificar causas de possíveis acidentes antes mesmo de ocorrerem.

Lembre-se de manter sempre todos os recursos de segurança disponíveis. Eles


podem significar a diferença entre um acidente ou a chegada segura em casa, após
um dia de trabalho.

Até mesmo os primeiros socorros mais simples precisam de cuidado e técnica para
serem aplicados corretamente. Sempre que possível, procure aperfeiçoar-se,
buscando novas informações e treinamentos práticos que poderão ampliar seu
conhecimento e o número de tarefas que você estará apto a realizar. É extremamente
aconselhável que você busque treinamentos práticos com frequência, no mínimo,
anual.

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01) Enumere de 1 a 4 em ordem de prioridade, os procedimentos que
devemos adotar em caso de acidente:

( ) Atender as vítimas mais graves


( ) Comunicar às autoridades competentes
( ) Cuidar da sua segurança e da sua equipe
( ) Afastar os curiosos.

02) Alguns procedimentos podem agravar o estado das vítimas, por exemplo:

( ) Aplicar torniquetes para conter hemorragias


( ) Falar com a vítima
( ) Movimentar a vítima sem imobilização
( ) Fazer desobstrução de vias aéreas

03) A vítima somente deve ser movimentada se houver perigo maior, como por
exemplo, um risco de explosão. O ideal é que a vítima nunca esteja
imobilizada ao ser movimentada.

( ) Certo ( ) Errado

04) Na presença de corpo estranho nos ferimentos não se deve:

( ) Cobrir o ferimento com pano limpo


( ) Retirar o corpo estranho
( ) Imobilizar a vitima

05) Como prioridade, o que deve ser levado em consideração ao socorrer uma
vítima de acidente?

( ) Verificar se a vítima tem fraturas e hemorragias


( ) Verificar a segurança, sinalizar o local e verificar os sinais vitais da vítima
( ) Remover a vítima imediatamente para um local seguro.

57
UNIDADE 3
SISTEMAS DE CONTROLE DE INCIDENTES

1 Conceitos Básicos

2 Formas de Controle de Incidentes

58
UNIDADE 3 - SISTEMAS DE CONTROLE DE INCIDENTES

Fonte SEST SENAT

Você sabe quais as formas de controle de


incidentes? Qual a diferença entre acidente e
incidente?

1 CONCEITOS BÁSICOS

Acidente

De acordo com o artigo 19 da lei 8213/91 da legislação trabalhista brasileira,


acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa

59
ou de empregador doméstico, que provoca lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho.

Incidente

É uma ocorrência não programada, que tem grande potencial de causar um


acidente, porém não causou nenhum dano ou perda. Por exemplo: um trabalhador
que realiza trabalho em altura sem os equipamentos de proteção, caso ele venha
sofrer uma queda estaria caracterizado o acidente, se não sofrer queda é um
incidente.

O que precisamos entender é que os acidentes e incidentes nunca são iguais,


uma vez que as ações de resposta que foram desencadeadas, precisam
continuamente ser analisadas independentemente da situação, traçando estratégias
e táticas para ir ao encontro da realidade do que foi enfrentado e podem acontecer
no dia a dia. O sistema de controle de incidentes e acidentes com base neste
treinamento evolui para um sistema que pode ser aplicado em qualquer tipo de
emergência, sendo uma ferramenta de gerenciamento padronizada, para todos os
tipos de sinistros, permitindo a Brigada de Incêndio integrar uma estrutura
organizacional para suprir as demandas de incidentes únicos ou múltiplos,
independente das barreiras encontradas, por isso a Brigada de Incêndio precisa ter
o líder ou coordenador para manter todas as atividades de registro em dia e manter
todos os recursos disponíveis, inclusive humanos e equipamentos de emergência
designados para intervenção nos incidentes e acidentes. É importante manter um
planejamento como método continuo tornando, assim, dinâmico, interativo, na
tomada de decisões.

2 FORMAS DE CONTROLE DE INCIDENTES

A principal forma de se ter um controle sobre acidente e incidentes é manter


um plano de emergência atualizado, de acordo com o CBMMG, é realizando
exercícios simulados constantes de evacuação na empresa, sendo essa uma

60
ferramenta prevencionista de gerenciamento padronizada para todos os tipos de
sinistros e eventos.
A correta utilização do Plano de Emergência vai permitir que os objetivos
principais, durante o atendimento de um incidente sejam alcançados, preserve a
segurança dos Brigadistas, bem como de todas as pessoas envolvidas ou vítimas do
evento sendo assim, podemos citar algumas medidas:
 A empresa através da Brigada de Incêndio deve adotar uma estrutura de
prevenção integrada, para suprir as complexidades e demandas de incidentes
únicos ou múltiplos;
 Manter todos os equipamentos de combate a incêndio e primeiros socorros em
perfeito estado de conservação e validade;
 Realizar reuniões mensais da Brigada para discutir soluções e os problemas
encontrados na empresa, de ordem comportamental e falha nos equipamentos
de emergência;
 Realizar check list mensal dos equipamentos de combate a incêndio e
emergências;
 Cumprir os objetivos definidos no P.E.C.I para o desenvolvimento das ações
designadas a incidentes, o uso eficiente dos recursos disponibilizados o
alcance dos objetivos de combater, prevenir, salvar, dessa forma conhecer os
conceitos e procedimentos relacionados ao sistema de controle de incidentes;
 Elaborar o Plano de Ação do Incidente, no qual define as atividades de resposta
e o uso dos recursos durante um período operacional;
 Organizar informações e colocar em prática as estratégias estabelecidas nas
reuniões mensais;
 Gerenciar e designar os responsáveis que podem auxiliar nas diversas situações
de acidentes e incidentes: quem fará o corte de energia, quem comunicará os
órgãos de emergência, (Bombeiros, Defesa Civil, SAMU), quem desencadeará
o Plano de Emergência;
 Como será feita a evacuação da planta, quem atenderá as pessoas com
restrição de mobilidade quando tiver.
Sistema de comando de incidentes

61
É uma ferramenta de gerenciamento de incidentes que permite ao operador
padronizar os atendimentos da organização de forma integrada e organizada. A
utilização adequada do sistema permite atingir objetivos durante o atendimento:
 A segurança da equipe que atuará na resposta do acidente/incidente;
 Cumprir todos os passos definidos para o desenvolvimento das ações;
 A utilização eficiente dos recursos disponíveis para atendimento a
incidentes/acidentes.
Apresentamos a seguir um exemplo de passos a seguir em caso de
acidentes/incidentes:

PLANO DE EMERGÊNCIA
INCIDENTE

DETECÇÃO

RECONHECIMENTO INFORMAÇÃO À
DIREÇÃO

ALARME GERAL CORTES DE


ENERGIA

ALERT
A

EVACUAÇÃO

SOCORRO

COMBATE – (1ª Intervenção)

APOIO AOS BOMBEIROS

COMBATE DO CORPO DE
BOMBEIROS

RESCALDO

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=Plano+de+emergencia+acidente+/+incidente&tbm=isch&tbs

62
RESUMINDO

Agora você já sabe como proceder em situações de acidentes/incidentes, e que a


principal forma de se manter controle sobre os acidentes/incidentes é manter o
Plano de Emergência sempre atualizado e as equipes atuantes treinadas. A
realização de exercícios simulados constantes é uma poderosa ferramenta
prevencionista.

Os acidentes e incidentes nunca são iguais, precisam ser continuamente analisados


para manter um planejamento contínuo, dinâmico e interativo.

63
01) Defina com suas palavras:

Acidente:

Incidente:

02) A principal forma de se ter um controle sobre acidente e incidentes é manter


um plano de emergência atualizado realizando exercícios simulados constantes
de evacuação na empresa, sendo essa uma ferramenta prevencionista de
gerenciamento padronizada para todos os tipos de sinistros e eventos

( ) Certo ( ) Errado

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276: Brigada de incêndio


- Requisitos. Rio de Janeiro, 2006.

Instrução Técnica nº 12/2019 – Brigada de incêndio. Corpo de Bombeiros Militar do


Estado de Minas Gerais.

MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Instrução Técnica


Operacional n.23: protocolo de atendimento pré-hospitalar. 1 ed. rev. ampl. Belo
Horizonte: CBMMG, 2013.169 p.

PHTLS 9ª. Suporte de Vinda ao Trauma Pré-Hospitalar. Hemorrágia Exsanguinante.


JONES & BARTLETT LEARNING. Burlington, MA 01803 978-443-5000. 2020.

SEST/SENAT. Prevenção e combate a incêndios: caderno do aluno. Brasília, 2008.

SEST SENAT. Curso de Primeiros Socorros: caderno do aluno. Brasília, 2008.

SEST SENAT. Apostila do Curso de Formação de Brigada de Incêndio. Seção de


Cursos de Extensão/CBMES. Serra, 2013.

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