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2016OutMAD1 AMAT3 Res
2016OutMAD1 AMAT3 Res
Grupo I [7 valores]
1. (4 val)
(a) Verifique que a função y(t) = t−2 , t > 0, é solução da equação diferencial t3 y 0 +2t2 y = 0.
t3 y 0 + 2t2 y = 0, t > 0
(c) Mostre que a função u = t−1 é um fator integrante da equação diferencial linear não
homogénea
t3 y 0 + 2t2 y = 3tet , t > 0
∂ ∂
sin(t2 ) = 2 ty cos(t2 ) .
∂t ∂y
∂ ∂
sin(t2 ) 6= ty cos(t2 ) . Portanto a equação diferencial dada é não exata.
Logo ∂t ∂y
(b) Verifique que o fator µ(y) = y transforma a equação dada numa equação diferencial
exata.
(c) Resolva a equação diferencial dada pelo método que achar apropriado.
Solução: Para determinar a solução geral da equação diferencial dada basta re-
solver a equação diferencial exata da alínea anterior pois são equações diferenciais
equivalentes. O conjunto solução de uma equação diferencial exata é o conjunto
de todas as curvas de nível de f onde f é tal que ∇f = (ty 2 cos(t2 ), sin(t2 )y).
2
Deste modo, facilmente se conclui que f for f (t, y) = y2 sin(t2 ) é tal que ∇f =
(ty 2 cos(t2 ), sin(t2 )y) e portanto a solução geral é a família de funções definida por
y 2 sin(t2 ) = K.
Grupo II [7 valores]
4. (2.5 val) Considere a família de curvas F definida pela equação (x − 2)2 + y 2 = a2 onde a é
uma constante real.
(c) Indique duas curvas, uma pertencente a F e outra a G, que passam pelo ponto
Q = (0, 1). Diga quais os declives das respetivas retas tangentes em Q às duas curvas.
onde P (t) indica a população de crustáceos num viveiro no instante de tempo t. O parâmetro
real k designa o número de capturas a que se procede por unidade de tempo.
(a) Considere k = 0. Represente a linha de fase, classifique os pontos de equilíbrio e esboce
no plano tP o gráfico de algumas soluções que podem ocorrer dependendo das condições
iniciais.
P 0.1 2
Solução: Observe-se que 0.1P 1 − 400 − k = 0.1P − 400 P − k. Deste modo o
número de pontos de equilíbrio depende do valor de k pois
√
P 0 = 0 ⇔ P = 200 ∓ 20 100 − 10k.
6. (3 val)
(a) Verifique que y1 (t) = t−4 e y2 (t) = t3 são funções linearmente independentes em R+ .
(b) Seja y(t) = C1 t−4 +C2 t3 a solução geral de uma equação diferencial linear homogénea de
segunda ordem definida em R+ . Determine a solução que satisfaz as condições iniciais
y(1) = 0, y 0 (1) = 1.
Solução: Calculemos y 0 , y0 (t) = −4C1 t−5 + 3C2 t2 . As condições iniciais y(1) =
C1 + C2 =0
0, y 0 (1) = 1 conduzem a Logo (multiplicando a primeira
−4C1 + 3C2 = 1
equação por 4 e somando com a segunda) C2 = 71 . Substituindo na primeira temos
C1 = −1 7 pelo
que a solução que satisfaz as condições iniciais dadas é y(t) =
1 −4 3 +
7 −t + t com t ∈ R .
Solução: Calculemos y10 e y100 . Ora y10 (t) = −4t−5 e y10 (t) = 20t−6 . Uma equação
diferencial linear homogénea de segunda ordem tem a forma a(t)y 00 +b(t)y 0 +c(t)y =
0, t ∈ I. Escolhamos as funções a, b, c ∈ C 1 (I) tal que a(t)y100 + b(t)y10 + c(t)y1 =
0, ∀t ∈ I. Por exemplo, se I = R+ e a(t) = 1, b(t) = t−1 e c(t) = −16t−2 facilmente
t2 y 00 − 5ty 0 + 9y = 0, t > 0
(a) Determine a constante real r de modo que a função definida por y1 (t) = tr seja solução
da equação diferencial.
Solução: Calculemos y10 e y100 . Ora y10 = rtr−1 e y100 = r(r − 1)tr−2 . Substituindo na
equação dada, temos que y1 (t) = tr é solução de t2 y 00 − 5ty 0 + 9y = 0, t > 0 se e só
se
t2 r(r − 1)tr−2 − 5trtr−1 + 9tr = 0, ∀t > 0
o que equivale a tr r2 − 6r + 9 = 0, ∀t > 0. Ora tr 6= 0, ∀t > 0 pelo que r deverá
Deste modo, u deve ser tal que u00 t + u0 = 0. Fazendo v = u0 obtemos a equação
diferencial de primeira ordem v 0 t + v = 0 ou seja dt d
(vt) = 0. Pelo que vt = K e
u(t) = K ln t+C. Escolhendo u(t) = ln t obtemos uma segunda solução, linearmente
independente de y1 , a função y2 (t) = t3 ln t, t > 0.
Solução: Uma vez que se trata de equação diferencial linear homogénea de se-
gunda ordem, duas soluções linearmente independentes são geradoras do espaço de
soluções. Assim a solução geral é y(t) = t3 (C1 + C2 ln t) , t > 0.
FIM