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Atividade - Neilson Nery - "Mais Um Caso Da Família Brasileira"
Atividade - Neilson Nery - "Mais Um Caso Da Família Brasileira"
Durante a reunião de equipe a ACS Janúbia solicita uma visita domiciliária para a senhora Rose, descrevendo a
seguinte situação: “Olha doutora, Rose é hipertensa, assim como o seu marido que é hipertenso e diabético. Todos
dois dizem que comem pouco sal, mas eu duvido. Cheguei e perguntei como eles tomavam os remédios, ela saiu de lá
do quarto com um saco cheio de medicamentos e não soube explicar muito bem como é o uso. O marido dela é
aposentado, mas não sai de casa porque ele tem incontinência urinária e usa fraldas, quando eu cheguei lá, a casa só
“fedia” a urina. Eles moram com uma neta, o marido dela e o filho deles de dois anos. A neta só arruma a casa e
trabalha fora o dia todo. O marido da neta faz uso de álcool. Lá tem uma árvore, na frente de casa, feita só com a
garrafa do corote (cachaça) e a suspeita é que o marido de Rose também bebe escondido com esse rapaz. Boa parte
do dia Rose passa cuidando do bisneto, ela se mostrou muito preocupada com esse consumo de álcool e também com
a violência no bairro, porque ela já teve um filho morto pelo tráfico, outro está foragido do tráfico e esse marido da
neta já foi do tráfico, hoje só fica em casa porque também já foi jurado de morte. A senhora não acha que devíamos
fazer uma visita lá? Vamos planejar essa visita?
Nota: O caso acontece no município Curiópa de 200 mil habitantes.
OBJETIVOS
- Indicar o tipo de visita domiciliária necessária;
- Elaborar avaliação e plano do SOAP;
- Discutir o programa Melhor em Casa, suas modalidades (AD1, AD2 e AD3) e
equipes Emad e Emap credenciadas pelo município;
- Aplicar a escala de risco familiar de Coelho e Savassi.
RESPOSTAS
b. Objetivo (O): Para esta seção, a equipe de saúde precisa fazer uma avaliação
detalhada das condições de saúde de Rose e seu marido, das condições de higiene e
saneamento do lar e, se possível, identificar possíveis riscos à segurança, então temos
que:
Realizar o exame físico, incluindo a verificação da pressão arterial de Rose e seu
marido.
Registrar resultados de exames de laboratório, se disponíveis.
Registrar qualquer achado relevante, como condições de higiene na casa, condições
de saúde, sinais de consumo de álcool e outras informações relevantes observadas
durante a visita domiciliária.
d. Plano (P): Elaborar um plano de ação. Isso pode incluir ajustes no tratamento da
hipertensão e do diabetes, educação sobre o uso adequado de medicamentos,
encaminhamentos para assistência especializada em urologia, aconselhamento sobre o
uso de álcool, encaminhamento para serviços de apoio à família e estratégias de
segurança. Para isso devemos traçar o plano de tratamento ou gerenciamento com base
na avaliação, entao:
Encaminhar para avaliação da incontinência urinária do marido de Rose.
Avaliação mais aprofundada do consumo de álcool e saúde mental de Rose e seu
marido.
Promover a educação continuada sobre a importância do controle da hipertensão,
incluindo orientações dietéticas e uso correto de medicamentos.
Avaliar as condições de saneamento na casa e intervenções apropriadas.
Acompanhar o regular da equipe de saúde para monitorar o progresso e fazer ajustes
no plano conforme necessário.
O Programa Melhor em Casa envolve atenção domiciliar para pessoas que apresentam
condições de saúde que demandam cuidados mais complexos. As modalidades AD1,
AD2 e AD3 representam diferentes níveis de complexidade e intensidade de cuidados
em casa, sendo que a AD2 é mais indicada para situações complexas, como a de Rose.
As equipes EMAD (Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar) e EMAP (Equipe
Multiprofissional de Apoio) são fundamentais para o programa. A EMAD é responsável
pela assistência direta ao paciente, enquanto a EMAP oferece suporte às equipes EMAD
e assistência nas situações de maior complexidade, é uma iniciativa do Sistema Único
de Saúde (SUS) que visa levar os cuidados de saúde para o ambiente domiciliar de
pacientes que necessitam de assistência contínua, mas que não precisam estar
hospitalizados. O programa tem como objetivo promover a desospitalização e
proporcionar atendimento de qualidade no conforto do lar, garantindo a continuidade
dos cuidados e o acompanhamento da saúde do paciente.
As modalidades do programa "Melhor em Casa" são:
Para aplicar a escala de risco familiar de Coelho e Savassi com base nos dados
fornecidos, atribui escores às sentinelas de risco de acordo com a situação da senhora
Rose e de sua família.
Acamado: 3 (Rose, devido à incontinência urinária do marido)
Deficiência Física: 3 (O marido, devido à incontinência urinária e limitação de
mobilidade)
Deficiência Mental: 0 (Nenhuma informação foi fornecida sobre deficiência mental)
Baixas Condições de Saneamento: 3 (Devido ao forte odor de urina na casa)
Desnutrição (Grave): 0 (Nenhuma informação foi fornecida sobre desnutrição)
Drogadição: 2 (Devido ao consumo de álcool pelo marido da neta e a suspeita de
consumo de álcool por Rose)
Desemprego: 0 (Nenhuma informação foi fornecida sobre desemprego)
Analfabetismo: 0 (Nenhuma informação foi fornecida sobre analfabetismo)
Menor de 06 Meses: 0 (Nenhuma informação foi fornecida sobre lactentes)
Maior 70 anos: 2 (Rose e possivelmente o marido)
HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica): 1 (Rose e o marido são hipertensos)
Diabetes Mellitus: 1 (O marido é diabético)
Relação Morador/Cômodo: 3 (Vários moradores em uma casa aparentemente
pequena)
CUIDAR EM CASA -
<https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/Cuidar_Em_Casa_Cartilh
a.pdf> Acesso em: 19 out; 2023