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ESTUDO DE CASO
JACQUELINE
LUCINAYRA FONTENELE
ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO
DESCRIÇÃO DO CASO:
Rosa nasceu em Vitória (ES), na zona rural, "desde que me entendo por gente, trabalhei na
roça, naquela época, de algodão. Era muito frio, meu pai fazia cigarros para espantar o frio."
Ela revelou que, os irmãos do sexo masculino não gostavam de trabalhar na roça e que
quando se mudaram para Rondônia, ela mesma andava quilômetros com o pai dentro da
floresta e trabalhavam no sítio, logo, a mãe e outros irmãos ficavam em casa e ela
cozinhava, lavava roupas e auxiliava o pai no sitio. "Nasci mulher mas meus irmãos homens
não se preocupavam muito em ajudar meu pai, m inha minha mãe não gostava muito de
mim, mas “meu pai sempre me defendeu" [...] . Ela optou por mudar para o sítio dos pais
quando os pais se divorciaram e trabalhou com lavouras até aposentar. Não conseguiu
manter relacionamentos conjugais, sua relação com os irmãos é mista, com alguns convive
bem e com outros não. Opta mais por viver sozinha e não gosta de visitas.
O sonho de Rosa era estudar, mas disse que no seu tempo as escolas eram muito longe e
ela precisava trabalhar para ajudar o pai.
Rosa não teve muito tempo para brincar e relata que a mãe dava pouca atenção a ela, por
que tinha mais 9 filhos para cuidar, “naquele tempo, era uma escadinha, um atrás do outro,
e eu sempre ajudei cuidar dos outros menores, trabalhei na roça e aprendi a costurar
sozinha, desmanchei a costura de uma camisa, cortei outra igual e depois costurei as duas,
depois desse dia, sempre fazia as camisas do meu pai e dos meus irmãos”.
Rosa estudou o ensino fundamental completo, gosta de interagir na igreja, sempre se
preocupa em pagar em dia suas contas, não gosta de atrasar nem um dia se quer, se
preocupa muito com seu nome, e sempre gosta de ajudar as pessoas com dificuldades,
sempre encontra uma maneira de realizar uma união das pessoas e atender as demandas
dos mais necessitados. As vezes, Rosa busca restos de legumes no mercado para jogar aos
porcos e as galinhas, e “sempre tem repolho, cebola e até batatinha que estão bons, eu
guardo e uso para sopas, as vezes quando estou sozinha, eu como uma banana cozida
mesmo ou um macarrão e bebo leite”. Tem uma personalidade controversa, algumas
pessoas gostam, algumas pessoas dizem que é uma “velha mentirosa” egoísta e quer tudo
do seu jeito e que não respeita os próprios filhos. Porém, neste momento, apresenta-se com
algumas queixas: “a agente de saúde marcou a minha consulta e eu esqueci o dia, nem
lembrei. Esses dias, veio um rapaz fazer uma cobrança de um colchão, ele apresentou uma
nota promissória, insistiu em receber, mas meu combinado com ele foi que eu faria um teste
no colchão e quando ele voltasse eu pagaria, eu não comprei nada dele. Eu vi minha
carriola na casa do meu irmão, ele disse que eu dei a ele a carriola, mas eu não dei, eu
preciso dela, eu emprestei e falei para ele devolver quando ele comprasse outra. Minha filha
me deu de presente de aniversário uma flor, muito linda, ela disse que eu já tive uma dessa
quando meu neto nasceu, mas eu nunca tive uma flor dessa, tenho certeza, do tanto que eu
gosto de flôr, eu lembraria se tivesse uma dessa. Esses dias fiquei muito gripada, uma
tosse que até hoje não parou, mais de três semanas, e agora comecei a escarrar
sangue, e quando estou tossindo, sinto uma dor forte no peito, debaixo da costela, e
às vezes, falta de ar. Até que eu queria ir no médico particular, mas a aposentadoria só dá
para comprar os medicamentos da coluna e pagar as despesas do mês e meus filhos não
estão “nem aí” e também, se eu morrer, meus filhos já estão criados”.
TEMAS PARA ESTUDO E DISCUSSÃO (PONTOS CHAVES):
“ Esses dias fiquei muito gripada, uma tosse que até hoje não parou, mais de três semanas,
e agora comecei a escarrar sangue, e quando estou tossindo, sinto uma dor forte no peito,
debaixo da costela, e às vezes, falta de ar. meu pai sempre me defendeu, minha mãe não
gostava muito de mim”. “a agente de saúde marcou uma consulta mas eu esqueci”.” ela
disse que eu já tive uma dessa quando meu neto nasceu, mas eu nunca tive uma flor dessa,
tenho certeza”.
AULAS PRÁTICAS RELACIONADAS:
ATIVIDADES INTEGRADORAS:
1. As dificuldades vividas por Rosa estão relacionadas com a cultura familiar? Por quê?
2. Como deve ser o diagnóstico de Rosa? De acordo com as diretrizes em saúde.
3. Diante do contexto, o que diz a legislação sobre as diversas demandas de atendimento à
saúde física e psíquica de Rosa?
4. Como os profissionais de saúde poderiam intervir desde o início da história de Rosa para
promover a atenção primária em saúde?
5. Quais as dificuldades ou mesmo enfrentamento que um profissional de saúde tem ao assumir
esse papel?
6. Qual a importância do brincar dentro da promoção em saúde e da construção da
personalidade do sujeito?
7. Quais os possíveis diagnósticos de Rosa?
8. Quais os possíveis métodos de intervenção multidisciplinar para Rosa? Descreva cada um
deles.
0.2 Questões Norteadoras
Em relação a esse tema, Cunha diz (1997, p. 14) que “o brinquedo ainda
favorece atividades geradoras de desenvolvimento emocional e social”. (v. XI,
n.2, p.291 – 315, dez. 2014).
Visto isso, já percebe-se a importância das brincadeiras no desenvolvimento
da criança. Também afirma-se no artigo “O brincar como promoção à saúde: a
importância da brinquedoteca hospitalar no processo de recuperação de
crianças hospitalizadas” que:
De acordo com estudos feitos, o brincar está entre uma das atividades mais
importantes no desenvolvimento da criança.
Então, nota-se que existe uma necessidade de incentivar as brincadeiras
durante a infância para que ocorra uma melhor construção da identidade do
indivíduo, no caso de Rosa percebeu-se a falta desse incentivo já que ela
passou a infância trabalhando. A falta de brincadeiras e o início no trabalho tão
cedo podem ter causado muitos dos problemas sociais e emocionais que Rosa
enfrentou e ainda enfrenta.
0.3 - DISCUSSÃO
Diante do exposto foi possível chegar ao entendimento que muito das
dificuldades vividas por Rosa estão ligadas à cultura familiar em que ela esteve
inserida desde a infância, sendo visto que desde muito nova já havia a
necessidade de trabalhar e auxiliar nos serviços de casa, não tendo tempo nem
para brincar como outras crianças; também não tinha um bom relacionamento
com a própria mãe e não recebia muita atenção da mesma.
Aprofundando-se mais nos problemas vividos por Rosa, foi possível notar
sintomas relacionados à DA e à tuberculose. Em relação à Doença de
Alzheimer um critério muito citado para diagnosticar o paciente com este
problema é o comprometimento da memória, essa alteração na memória foi
muito vista em Rosa, dado que, citou-se variadas situações em que a paciente
havia esquecido completamente coisas que ela tinha feito ou vivido.
0.4 - CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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