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CURSO DE DISCURSIVA

Prof. Bruno Marques

CURSO DE DISCURSIVA

Módulo 2
Professor Bruno Marques

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APRESENTAÇÃO

Olá!

Nessa aula, relacionei os aspectos para conseguir causar uma boa


impressão ao examinador, sem necessariamente precisar gastar muita energia.
Vamos lá!
Qualquer dúvida, estou à disposição.

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SUMÁRIO

1. POR QUE EU PRECISO ESTUDAR AS REGRAS DE APRESENTAÇÃO DO


TEXTO? ...............................................................................................4
1- Citação de leis e artigos em provas discursivas. ...................... 5
2- Aproveitamento de linhas..................................................... 6
3- Aumentar o tamanho da letra é uma boa estratégia? ............... 8
4- Pode rasurar em provas discursivas? ................................... 11
5- Obediência às margens e à indicação de parágrafos. .............. 13
6- Como utilizar siglas em seu texto? ...................................... 16
7- Letra cursiva ou de forma? ................................................. 17
8- Como melhorar a sua letra? ............................................... 19
9- Título é obrigatório? .......................................................... 22
2.EXERCÍCIO PRÁTICO DE MACROESTRUTURA .................................23

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MÓDULO 2

Nesta aula, preparei algumas informações a respeitos desses aspectos


macroestruturais para você já aplicar na sua primeira redação!

Ao final desta aula, é fundamental que você alcance o seguinte objetivo:


➢ Entenda e seja capaz de aplicar as regras para cumprimento dos
aspectos macroestruturais do texto.

1. POR QUE EU PRECISO ESTUDAR AS REGRAS DE


APRESENTAÇÃO DO TEXTO?

Sabemos que, em tudo na vida, a primeira impressão é a mais


importante. Isso vale para uma entrevista de emprego, um encontro romântico
e uma prova de concurso. Se a primeira impressão for boa, as nossas chances
de conquista aumentam significativamente. Como nosso objetivo, a priori, é
passar no concurso, então, surge a dúvida:

Como causar uma boa impressão ao examinador?

Bom, há quem diga que, para causar uma boa primeira impressão em
entrevistas de emprego e encontros românticos, é preciso que se apresente com
uma roupa adequada, um cabelo bem penteado, um perfume de qualidade etc.
Ao cuidar de cada detalhe, você diminui o risco de não causar uma boa primeira
impressão.

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Em concursos públicos, no entanto, essas regras não se mostram tão


eficazes, afinal, o examinador não terá acesso a sua imagem física. Nesse caso,
você é, para o examinador, a folha de respostas!

Então, para causar uma boa impressão ao examinador, você deve


caprichar na apresentação da sua folha de resposta. Inclusive, acredito que seja
o meio mais fácil de se ganhar nota em provas, afinal, são cuidados simples,
que não demandam muito conhecimento técnico, mas deixam sua redação
muito mais “agradável” para a correção do examinador.

E acredite: o examinador é um ser humano. Então, se tem uma boa


primeira impressão, inconscientemente, tende a ser menos exigente na correção
da sua prova!

Considerando a importância do assunto, separei algumas dicas simples,


mas que fazem toda a diferença, para você passar uma boa impressão para o
examinador e, ainda, ganhar uns pontinhos de forma fácil!

1- Citação de leis e artigos em provas discursivas.


Quando for citar uma lei, evite citar o número de artigos, a não ser que
a banca exija isso no enunciado.

É comum acharmos que, ao citar o artigo na prova, demonstraremos ao


examinador maior domínio do conteúdo. Mas esse pensamento é equivocado.
As bancas corrigem a prova fazendo um comparativo entre o padrão de
respostas e o que você escreveu. O que está no padrão de resposta é o conteúdo
do artigo. Logo, ele vai buscar o conteúdo na sua prova e não o número do
artigo.

Quando você opta por citar o número do artigo, podem acontecer 2


coisas:

a) acertar o número do artigo: o examinador não te dará nada a mais


por isso, uma vez que o importante é o conteúdo.
Resultado: ZERO pontos.

b) errar o número do artigo: a banca


poderá te penalizar, pois citou o artigo errado.
Resultado: ponto NEGATIVO.

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Sendo assim, não cite o número do artigo, salvo se a banca exigir isso
no enunciado da questão ou em provas de consulta.

2- Aproveitamento de linhas
Se a banca examinadora pediu uma redação de 20 linhas, escreva entre
19 e 20 linhas. Se pediu 30 linhas, escreva de 29 a30, e assim por diante.

Ora, se a banca montou um tema de redação para ser respondida em 30


linhas, ela espera uma quantidade de conteúdo que preencha as 30 linhas. Logo,
se você escrever menos, possivelmente não terá abordado tudo que a banca
esperava e não ganhará a nota máxima.

Importante ressaltar que não tem problema deixar até uma ou duas
linhas em branco. Se sua letra for pequena, conseguirá trazer todo conteúdo e
ainda sobrará espaço. O que deve ser evitado, no entanto, é deixar mais de
quatro linhas em branco, pois nesse espaço é possível escrever mais um
parágrafo.

Além disso, quanto mais linhas usar, menores serão os descontos por
erros de gramática. Em regra, os critérios avaliativos para concessão da nota
preveem que os erro gramaticais serão descontados da nota obtida na parte do
conteúdo da seguinte forma: Nota do Conteúdo – Erros gramaticais. Os erros
gramaticais são calculados da seguinte forma:

Erros gramaticais = (nº de erros / linhas efetivamente escritas)


x 2.

Imagine, então, que você cometeu 20 erros de gramática na sua prova.


Se escrever 20 linhas, perderá 2 ponto (20/20 x 2). Agora, se escreveu 30
linhas, perderá 1,33 pontos (20/30 x 2). Perceba que você “ganharia” 0,67
pontos apenas por ter escrito mais linhas

Importante frisar que além de diminuir o impacto dos erros gramaticais


na nota final, se escreve mais linhas, consequentemente, apresenta mais
argumentos, isto é, mais conteúdo. Logo, a sua nota em conteúdo tende a ser
mais alta também.

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Algumas bancas, como a Iades,


consideram linha efetivamente escrita apenas aquelas que contém
pelo menos uma palavra completa. Então, para não ter erro, escreva
até o meio da linha, pelo menos.

Além disso, não se esqueça de, obrigatoriamente, obedecer ao número


mínimo de linhas, caso tenha alguma previsão no Edital.

Por fim, há algumas poucas situações em que você pode escrever menos
linhas. Ocorre quando o impacto dos erros gramaticais é calculado pela
quantidade bruta de erros, sem a divisão por linhas. Nesses casos, é
aconselhável escrever menos linhas, para diminuir a chance de cometer erros
gramaticais. Assim, em uma prova de mínimo de 20 linhas e máximo de 30
linhas, o ideal seria escrever 25 linhas. (Em situação assim, eu avisarei na aula
de análise do Edital/Banca).

Outro instrumento que você pode utilizar para economizar espaços são
as abreviações, como:

Todavia, não são todas as palavras que podem ser abreviadas em provas
de concurso. Por isso, cuidado com as abreviações informais, comuns no nosso
dia a dia, mas inadequadas para provas de concurso.

Outra abreviação muito útil em prova é o “etc.”. Contudo, deve ser


utilizado de forma correta, para não correr o risco de perder pontos em

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gramática. O “etc.” é a abreviação de “et cetera” que significa “entre outras


coisas”.

Assim, o modo correto de se utilizar é sem vírgula e sem a conjunção “e”


antes e com um ponto final depois:

“Quero ser aprovado, ser nomeado etc.”

3- Aumentar o tamanho da letra é uma boa estratégia?


Essa dica completa a informação anterior. Muitos alunos tendem a
aumentar o tamanho da letra para conseguir preencher o número máximo de
linhas. Porém, deveriam fazer o contrário. Se diminuir um pouco o tamanho da
letra, conseguirá escrever muito mais!

Fiz um comparativo entre duas provas para poder mostrar como o


tamanho da letra pode impactar em uma prova discursiva.

PROVA 1

PROVA 2

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Apesar de ambas as provas serem legíveis, observe que a letra da Prova


1 é bem maior que a letra da prova 2. Isso quer dizer que o candidato da Prova
2 conseguiu, utilizando o mesmo espaço, escrever muito mais que o candidato
da Prova 1. Isso fica mais evidente quando colocamos em uma tabela digitada
com a mesma formatação. Veja:

PROVA 1 = 6 linhas
A Estratégia Nacional de Inteligência foi finalizada no final do ano de 2017 e
encerrou um ciclo iniciado no final da década passada. Ela tem como um
dos seus pontos principais a enumeração de eixos estruturantes, deságios e
objetivos estratégicos. A atuação em rede é seu primeiro eixo estruturante
descrito e esse eixo tem como base a cooperação e a troca de informações
entre os órgãos e atores da atividade de inteligência brasileira.
PROVA 2 = 12 linhas
A atividade de inteligência busca produzir e difundir conhecimentos às
autoridades competentes, visando assessorá-las no processo de tomada de
decisão. Nesse sentido, o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) busca
integrar a atuação dos órgãos de inteligência, a fim de coordenar seus
esforços e oferecer as melhores informações possíveis aos tomadores de
decisão. A Estratégia nacional de inteligência, editada em 2017, veio para
concretizar esses objetivos através da definição de quatro eixos
estruturantes, que contam com desafios e objetivos estratégicos a eles
relacionados. O primeiro eixo estruturante definido na Estratégia Nacional
de Inteligência (Enint) é a atuação em rede, cujo principal desafio é
fortalecer a atuação integrada e coordenada entre os órgãos de inteligência.
Para isso, adota como obje-
Resumindo: em uma mesma quantidade de linhas, o candidato da Prova
2 escreveu praticamente o dobro. Logicamente, com o dobro de conteúdo, o
candidato 2 tem mais chances de tirar a nota máxima.
No entanto, é importante que a letra continue legível.

Orientei ao aluno que diminuísse o tamanho


da letra. Porém, além de diminuir o
tamanho, ele diminuiu o espaço entre as
palavras. Isso dificultou muito a leitura e
ele acabou perdendo pontos no critério de
“Apresentação”, além de ser penalizado em vários trechos do texto por
erros de ortografia, pois a banca não conseguiu entender sua letra. Veja
a prova dele e o espelho de correção da banca CEBRASPE.

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Quanto mais conteúdo você conseguir colocar na sua redação, mais


chance terá de acertar aquilo que será esperado pelo examinador. Mas vá com

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calma na economia de espaço. Se o examinador não conseguir entender o que


você escreveu, não adiantará de nada.

Se no padrão de resposta estiverem previstos 3 assuntos e você escrever


2, ganhará 66% da nota final. Agora, se você escrever 5 assuntos, ganhará a
nota máxima, pois escreveu os 3 que a banca pediu.

Você pode pecar pelo excesso de conteúdo, nunca pela falta.

Entretanto, fique atento ao quantitativo de linhas para cada parágrafo.


Não adianta escrever um parágrafo com 15 linhas e outro com 3.

4- Pode rasurar em provas discursivas?

"Mas professor, e se eu errar na folha de resposta definitiva?"

A resposta é simples: você passa um traço em cima da palavra e continua


escrevendo na frente. É apenas um traço, sem parênteses, sem nada!

Veja um exemplo:

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Não há limite de rasuras por prova. A banca não vai tirar pontos de você,
se rasurar e usar o traço que demonstrei acima (linhas 20, 22, 23 e 25). O que
não deve ser feito é rasurar de forma equivocada. Veja alguns exemplos:

Os parênteses é um sinal de pontuação que


possui funções específicas dentro de um texto. A indicação de rasura
NÃO é uma dessas funções. Logo, se colocar parênteses entre o termo
rasurado, poderá perder pontos de ortografia e de pontuação.

Professor, e seu eu perceber o erro só depois de ter finalizado a transcrição da


redação na folha de resposta definitiva? O que fazer?

Nesse caso, teremos que avaliar a opção “menos pior”.

Primeiro, você deverá avaliar se o erro é muito prejudicial, isto é, se a


presença dele altera significativamente a ideia do texto ou se é um erro
gramatical óbvio (Ex: “caza”.)

Se for esse caso, você deve passar um traço na palavra errada e escrever
a correta acima. Veja:

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Agora, se for um pequeno detalhe, isto é, se achar que é um erro passível


de passar despercebido pelo examinador, é melhor nem rasurar e contar com a
sorte. Afinal, é mais fácil o examinador ver uma rasura a ver um pequeno erro.

5- Obediência às margens e à indicação de parágrafos.


Esse é um ponto que faz uma enorme diferença na aparência da sua
redação.

A indicação do parágrafo é o espaço que você deixa


no início do parágrafo. Ele não pode ser muito
pequeno e nem muito grande. O ideal é que possua
entre 1,5 cm e 2,5 cm. Para você não errar, sugiro
que utilize como padrão a “perninha” da tampa da
caneta Bic (dá mais ou menos 2,0 cm):

Para obedecer às margens, é preciso que fique atento tanto à margem


esquerda quanto à direita.

Na margem esquerda, basta que você inicie a escrita logo no início da


linha (salvo na primeira linha do parágrafo).

Já na margem direita, o seu texto deve encerrar no limite da margem,


sem ultrapassar e sem deixar um espaço muito grande.

Na redação, a indicação dos parágrafos e a obediência às margens


ficariam assim:

Observe que na imagem, as indicações do primeiro e do segundo


parágrafos têm mais ou menos 2,0 cm e são iguais. No que tange às margens,
as palavras se iniciam e terminam bem próximas à margem, mas sem
ultrapassá-la.

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No exemplo da margem direita, o hífen


(separador silábico) fica ao lado da
última sílaba e não abaixo! Muitos
candidatos colocam o hífen abaixo da
última sílaba, de forma indevida. É um
erro comum e as bancas acabam tirando alguns pontos. Então, coloque
sempre ao lado, do mesmo modo como está no exemplo, ok?

Acha que isso é preciosismo meu? Veja o que aconteceu com um


candidato na prova de Técnico Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
aplicada pelo CEBRASPE. Apesar de saber tudo sobre o conteúdo, ele tirou ZERO
em APRESENTAÇÃO e perdeu 2 pontos importantes.

ASPECTOS MACROESTRUTURAIS

Faixa de
Quesitos Avaliados Nota
valor

1 Apresentação e estrutura textual (legibilidade, respeito


0,00 a 2,00 0,00
às margens e indicação de parágrafos)

2 Conhecimento do tema

2.1 Requisitos do ato administrativo: competência, finalidade,


0,00 a 23,00 23,00
forma, motivo e objeto

2.2 Atributos do ato administrativo: presunção de legitimidade,


0,00 a 15,00 15,00
autoexecutoriedade e imperatividade

E agora, veja com seus próprios olhos a redação dele!

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Veja que ele não observa as margens, além de não aplicar a estrutura
de coesão de um texto dissertativo. Só joga o conteúdo, sem nenhuma técnica
argumentativa.

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A obediência ao parágrafo e às
margens é uma exigência expressa em editais da Banca Cebraspe,
Vunesp, entre outras. Veja, por exemplo, esse Edital da Banca Iades:

Tema / Texto (TX), pontuação máxima igual a 2,5 (dois e


meio) pontos: serão verificadas a adequação ao tema
(pertinência ao tema proposto), a adequação à proposta
(pertinência quanto ao gênero proposto) e a organização
textual (paragrafação e periodização);

Claro que nem sempre a Banca é tão criteriosa na correção. Já vi


redações piores e com a nota máxima em Apresentação. Porém, como não
sabemos se quem analisará a prova será ou não criterioso, melhor obedecer às
margens e os parágrafos para não arriscar perder pontos, né?

A obediência às margens é um exemplo de


dica que você nunca aprenderia na escola. É uma especificidade de
provas de concurso. Por isso, um estudo de redação voltado para
concurso é tão importante.

6- Como utilizar siglas em seu texto?


Essa é uma dúvida comum, pois este tópico também não é ensinado de
forma clara nas escolas! Vamos aprender de forma simples.

A regra é a seguinte: na primeira vez em que citar um termo na sua


redação, escreva-o por completo e insira a sigla logo à frente, entre parênteses.
A partir daí, basta usar a sigla!

Por exemplo, se na redação você vai citar a Constituição Federal do Brasil


várias vezes, deve fazer o seguinte:

1ª vez que citar no texto: Banco de Brasília (BRB).

Outras vezes que citar no texto: só BRB

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Ou seja, sempre que você escrever um termo que sabe que será usado
outras vezes durante o texto, você deve escrevê-lo primeiro por extenso. Em
seguida, indicará ao leitor que aquele termo será tratado mais à frente em forma
de sigla. Para tanto, logo após o termo, você vai inserir a sigla, entre parênteses.
Após fazer isso, todas as vezes que fizer referência ao termo, basta utilizar a
sigla.

O objetivo de usar as siglas no seu texto é ganhar mais espaço, deixar o


texto mais limpo e fácil de ser lido.

Porém, há uma exceção para essa regra: questões discursivas com


poucas linhas (entre 5 e 20 linhas).

Logicamente, se você tem menos espaço para responder a uma questão,


o seu foco deve ser inserir o conteúdo de forma completa. Em situações assim,
você pode abrir mão da regra e utilizar diretamente a sigla, sem a necessidade
de escrever o significado dela por extenso.

O único cuidado é que deve utilizar siglas que sejam de amplo


conhecimento do seu leitor, por exemplo, CF/88, LRF, ONU, OMS, TCDF, STF
etc. Afinal, se inserir uma sigla e o examinador não saber o significado, poderá
perder pontos em conteúdo.

7- Letra cursiva ou de forma?


Existem diversos MITOS de redação que são criados para atrapalhar
ainda mais a nossa preparação para o concurso. Um deles é sobre a letra que
deve ser usada num determinado concurso.

Para que não reste dúvida, a resposta de forma clara e objetiva é:

A banca exige, apenas, que a LETRA SEJA LEGÍVEL!

Antigamente, alguns editais ainda exigiam que a letra fosse cursiva.

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Com o aumento de uso do computador, elas começaram a aceitar a letra


de forma.

O novo estilo de letra (forma) passou a ser aceito pelas bancas, mas não
poderia haver mistura de estilos. Se utilizasse o “A” de forma, todas as demais
letras do texto deveriam ser de forma também. E o inverso também era
verdadeiro. Não poderia inserir letras de forma e cursiva no mesmo texto.

Hoje em dia, a maioria das Bancas (IADES, FCC, CEBRASPE, FGV,


VUNESP) só exigem que a letra seja legível. Pode usar letra cursiva, letra
de forma e letra cursiva misturada com a de forma, não tem problema. O que
importa para o examinador é conseguir ler o que o candidato escreveu (o que
nem sempre é uma tarefa fácil).

O único cuidado é que deve utilizar as mesmas letras ao longo de todo o


texto. Não dá para escrever dois parágrafos com letra de forma e dois com letra
cursiva, pois pode caracterizar marca identificadora e culminar na eliminação do
candidato.

Lembre-se de diferenciar a letra maiúscula


da minúscula. Independentemente do tipo de letra (forma ou cursiva),
essa diferenciação é obrigatória.

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Por fim, alguns editais militares ainda exigem a letra cursiva, então,
sempre vale a pena dar uma lida no Edital, que é a norma geral do certame,
para confirmar.

8- Como melhorar a sua letra?


De fato, escrevemos muito menos que há 10 anos. Ou usamos o teclado
do celular ou escrevemos no computador. Raros são os casos de usarmos caneta
e papel. E quando temos que usá-los, já viu! É aquele garrancho, que nem a
gente mesmo entende, não é?

Então, o que fazer para melhorar a caligrafia e ficar com a letra legível? Como
fazer para melhorar a letra?

Tenha em mente que, assim como é necessário fazer muitos exercícios


para ir bem na prova objetiva, na redação você também precisa praticar e
treinar a caligrafia, afinal ela é a sua principal ferramenta para as provas
dissertativas.

Devemos partir do princípio que nossa mão é cheia de músculos e eles


precisam ser exercitados. Por isso quanto mais praticar, melhor!

Para te ajudar, separei 4 dicas de como melhorar a sua caligrafia:

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1 – Treine com a mesma caneta que usará na prova (Bic preta)

Há diferentes tipos de caneta. Algumas deslizam mais facilmente,


produzem registro mais fino ou mais espesso, têm pegada melhor ou pior, etc.
Para que não se acostume mal, utilize o mesmo modelo de caneta que usará no
dia da prova.

Para aproveitar melhor o espaço da


folha de resposta, aconselho a usar uma caneta que produz um registro
mais fino. Assim, conseguirá escrever mais, usando a mesma
quantidade de linhas, sem que o texto perca legibilidade.

2 – Escreva no ar, na vertical

Isso mesmo: vamos escrever no ar. Ao substituir o suporte horizontal –


a mesa – pelo vertical – parede –, você ataca de frente três aspectos
importantes:

a– Passa a perceber que a mão não escreve sozinha: o ombro e o braço


conduzem a mão em cada movimento! São os movimentos que você precisa
aperfeiçoar para melhorar sua caligrafia;

b– Solta a sua letra quando ela é amarrada, presa, principalmente para


quem segura a caneta com muita força;

c– Ajuda você a identificar problemas nas “laçadas” (as passagens de


uma letra para a letra seguinte).

Preferencialmente em pé, com o braço de escrita levemente flexionado,


escreva no ar palavras e frases com letras bem grandes. Ao fazer isso, observe
o movimento de seu ombro e do braço. A intenção é que você perceba e
incorpore a existência deles no ato de escrever e diminua a pressão que faz
mentalmente, e fisicamente, sobre a sua mão.

Fique atento especialmente às junções das letras (as laçadas) ou em


letras que você considera feias ou não muito bonitas. Tente mudar a forma de
escrever suas “letras-problema” e suas laçadas imperfeitas.

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Nas práticas seguintes, vá diminuindo o tamanho das letras que você


escreve no ar, observando os mesmos aspectos. Se preferir, escreva em uma
lousa, seguindo as mesmas diretrizes.

Você não precisa para o seu estudo para treinar a caligrafia, pelo
contrário, treine enquanto estuda. Uma ótima forma de praticar a caligrafia é
elaborando resumos para as matérias da prova objetiva.

3- Peça opinião de outra pessoa

Como na maioria das vezes entendemos o que nós mesmos escrevemos,


não temos um senso crítico real sobre a nossa caligrafia. Sendo assim, o ideal é
mostrar para alguém a sua redação (pode ser um professor ou alguém do
trabalho ou de casa) e pedir para que a pessoa leia. Peça para que circule as
palavras as quais tiveram mais dificuldade de ler para que possa descobrir quais
as letras cuja caligrafia deve ser melhorada.

Se alguém que está lendo a sua redação,


com calma, não conseguir entender, imagina o examinador que precisa
ler 100 redações por dia?

4- Treine escrever com a letra maior e depois vá diminuindo

Numa prova de concurso, quanto mais você escreve na redação, mais


chances têm de tirar uma boa nota. Logo, se sua letra for menor, poderá
escrever bem mais.

Porém, diminuir o tamanho da letra quase sempre é sinônimo de


diminuir a legibilidade.

Para que isso não ocorra, treine escrever a sua redação com uma letra
grande, para que possa desenhar e fazer o contorno ideal de cada letra e depois,
gradualmente, vai diminuindo o tamanho.,

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9- Título é obrigatório?
A regra quanto ao título é simples: só é obrigatório se vier escrito no
Edital ou se tiver um campo específico na folha de resposta! Nas demais
situações, costuma ser facultativo.

Minha dica para você é, se for facultativo, não faça título. As razões são
simples:

➢ É uma preocupação a menos.


➢ Gastará mais linhas desnecessariamente;
➢ Não agregará mais pontos na nota da redação.

São raros os editais que trazem a obrigatoriedade de títulos. Como


exemplo, apresento o Edital do concurso da Polícia Militar de Santa Catarina,
aplicado em 2019:

8.66.1. A Redação que não apresentar o texto dissertativo com no


mínimo 20 (vinte) linhas, e, no máximo 30 (trinta) linhas, e/ou que não
possuir título, será excluída do processo de correção, sendo o
candidato eliminado do concurso.

Veja que, nesse caso, o candidato deverá apresentar título, sob pena de
eliminação no concurso (por isso a leitura do edital é tão importante).

Assim, se no seu concurso foi obrigatória a presença de um título, você


deve inseri-lo da seguinte forma:

➢ No espaço delimitado da folha de resposta:

➢ Na primeira linha da redação (sem deixar linhas em branco


abaixo):

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2. EXERCÍCIO PRÁTICO DE MACROESTRUTURA


Nessa aula, você viu algumas regras de apresentação do texto para
causar uma boa impressão ao examinador e para ganhar pontos cruciais na
prova discursiva.

Para começar a treinar, proponho um desafio simples, mas muito efetivo.


Quero, apenas, que reescreva as redações abaixo para a “Folha de Resposta
Definitiva” do Você Concursado. Essa Folha de Resposta está disponível na área
do aluno.

Logo abaixo, eu inseri uma redação escrita por mim. Seus desafios serão
os seguintes:

➢ Aproveitar bem os espaços de indicação de parágrafo e de margem.

➢ Inseri o conteúdo sem ultrapassar o máximo de linhas.

➢ Aproveitar ao máximo o espaço.

➢ Observar o uso do hífen e das siglas.

➢ Ver como deve ser feita a rasura.

➢ Não perder a legibilidade.

E aí, topa o desafio?

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Exercício 1: Para aquecer!

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Exercício 2: Agora valendo!

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Bons Estudos!

BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Normas sobre
documentação. São Paulo: ABNT, s.d.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa .38ª Edição. Editora Nova
Fornteira. 2015
CARNEIRO, Augostinho Dias. Redação em Construção – Escritura do texto.
Brasília.2ª edição. Editora Moderna. 2001.
MORAES, Filemon Félix de. Redação Objetiva/ Filemon Félix de Morais – Brasília.
Editora Lema e Fèlix, 2004.
MORAES, Filemon Félix de. Interpretação de textos: teoria e prática/ Lima e Felix.
2ª Edição– Brasília. 2007.

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