Você está na página 1de 7

Rev.

André Arêa Página | 1

ESTUDO BÍBLICO
Rev. André Arêa

Data: 09/05/24
Local: IP Mutuaguaçu
*Tema:* _O pequeno Apocalipse de Isaías – Cap. 24.1 – 27.13_
*Sub Tema:* _Louvor ao Senhor como Libertador, Vencedor e
Consolador_
*Texto Bíblico:* _Is 25.1-12_
LEITURA BÍBLICA
Isaías 25.1–12
1
Ó SENHOR, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e
louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e
tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e
verdadeiros.
2
Porque da cidade fizeste um montão de pedras e da
cidade forte, uma ruína; a fortaleza dos estranhos já
não é cidade e jamais será reedificada.
3
Pelo que povos fortes te glorificarão, e a cidade das
nações opressoras te temerá.
4
Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do
necessitado na sua angústia; refúgio contra a
tempestade e sombra contra o calor; porque dos
tiranos o bufo é como a tempestade contra o muro,
5
como o calor em lugar seco. Tu abaterás o ímpeto
dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra
da espessa nuvem, assim o hino triunfal dos tiranos
será aniquilado.
6
O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os
povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa
com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e
vinhos velhos bem clarificados.
7
Destruirá neste monte a coberta que envolve todos
os povos e o véu que está posto sobre todas as
nações.
8
Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o
SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará
de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o
SENHOR falou.
Rev. André Arêa Página | 2
9
Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus,
em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o
SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação
exultaremos e nos alegraremos.
10
Porque a mão do SENHOR descansará neste monte;
mas Moabe será trilhado no seu lugar, como se pisa a
palha na água da cova da esterqueira;
11
no meio disto estenderá ele as mãos, como as
estende o nadador para nadar; mas o SENHOR lhe
abaterá a altivez, não obstante a perícia das suas
mãos;
12
e abaixará as altas fortalezas dos seus muros;
abatê-las-á e derribá-las-á por terra, até ao pó.1

INTRODUÇÃO
Toda literatura apocalíptica tem como características principais
trazer consolo ao povo de Deus que está passando por perseguição e
ataque dos inimigos como também revelar o caráter de Deus ao Seu
povo.
Sem dúvida alguma, as situações difíceis pelas quais passamos são
um terreno fértil para a nossa fé em Deus crescer, pois, é nessas
circunstâncias que passamos a conhecê-Lo de forma mais profunda.
Aqui em Is 25 e 26 o profeta apresenta aspectos do caráter de Deus
revelado em meio às lutas pelas quais ele e todo povo de Israel estava
passando.
Hoje veremos somente o cap.25.

A. Louvor ao Senhor como Libertador, Vencedor e


Consolador - 25.1-12
Tanto o cap.25 quanto o 26 apresentam louvores a Deus
destacando aspectos do Seu santo caráter.
A forma como Isaías começa deixa bem claro que ele tinha um
relacionamento profundo e pessoal com Deus, pois, ele diz: “Ó SENHOR,
tu és o meu Deus;...”2 (v.1).
Louvar a Deus deve ser uma atitude pessoal.

1
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.1–12.
2
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.1.
Rev. André Arêa Página | 3

1. O Senhor é o Libertador do Seu povo - v.1-5


a) v.1:
“Ó SENHOR, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu
nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus
conselhos antigos, fiéis e verdadeiros.”3
Isaías louva ao Senhor Deus porque Ele promoveu a libertação do
Seu povo. As obras de libertação do Senhor aqui são descritas como:
1) Maravilhas: ver a mão de Deus agindo na História é sem dúvida uma
maravilha indescritível!
2) Conselhos antigos, fiéis e verdadeiros executados conforme Sua
santa vontade: Deus faz maravilhas na História não porque Ele de
vez em quando entra nela e realiza algum milagre. Ele faz
maravilhas na História porque esta é o palco onde Ele realiza a Sua
vontade de forma planejada desde tempos eternos.
b) v. 2, 3:
Deus libertou Seu povo da opressão dos inimigos que se julgavam
imbatíveis e indestrutíveis: “2 Porque da cidade fizeste um montão de
pedras e da cidade forte, uma ruína; a fortaleza dos estranhos já não
é cidade e jamais será reedificada.” 4(v. 2).
O Senhor reduziu as fortalezas dos inimigos a ruínas. Até os ímpios
haverão de louvá-Lo: “3 Pelo que povos fortes te glorificarão, e a
cidade das nações opressoras te temerá.” 5 (v3).
c) v.4, 5:
“4 Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado
na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor;
porque dos tiranos o bufo é como a tempestade contra o muro, 5 como
o calor em lugar seco. Tu abaterás o ímpeto dos estranhos; como se
abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o hino triunfal
dos tiranos será aniquilado.”6
Diferentemente dos ímpios cujas fortalezas eram de pedras, a
Fortaleza do pobre e do necessitado é o Senhor Deus. Ele é o refúgio
dos que Nele confiam; é o abrigo dos que Nele descansam sua fé.
3
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.1.
4
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.2.
5
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.3.
6
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.4–5.
Rev. André Arêa Página | 4

A arrogância dos tiranos (os poderosos desse mundo) é comparada


ao bufar contra um muro – nada acontece ao muro.
Enquanto isso, o Senhor Deus é como o “5 ...calor em lugar
seco....”7, o que traz a ideia de algo silencioso e que se intensifica
cada vez mais até que a destruição se complete.
Da mesma forma Deus age com os inimigos. Nem sempre Ele é
como um raio e um trovão repentino; às vezes Ele age como um calor
escaldante que mina todas as forças até secar por completo o vigor dos
Seus adversários.

B. O Senhor é o Vencedor sobre os inimigos do Seu povo


- v. 6-8
6
O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os
povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa
com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e
vinhos velhos bem clarificados.
7
Destruirá neste monte a coberta que envolve todos
os povos e o véu que está posto sobre todas as
nações.
8
Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o
SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará
de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o
SENHOR falou.8
Nos tempos antigos, quando um rei era coroado, um banquete era
oferecido por ele a todos os seus súditos. Isaías emprega essa
ilustração aqui mostrando que o Dia do Senhor (cf. estudamos no
cap.24) será o dia em que Ele além de glorificar e honrar os Seus
filhos, alimentando-os com o melhor que Ele tem para eles conforme
v.6: “O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um
banquete de coisas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos
gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados.”9, também
será o dia em que Ele desferirá o último golpe fatal contra os inimigos.

7
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.5.
8
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.6–8.
9
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.6.
Rev. André Arêa Página | 5

E como será isso? “7 Destruirá neste monte a coberta...10


8
Tragará a morte para sempre,...”11 (v.7, 8), ou seja, a morte que
paira sobre toda a terra, sobre todos os povos.
Essa verdade fica ainda mais clara no v.8: “Tragará a morte para
sempre, e, assim, enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os
rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o
SENHOR falou.”12. A morte é o grande manto universal de maldição que
paira sobre todo o mundo.
Uma vez destruído o último inimigo conforme 1Co 15.26, 54: “26 O
último inimigo a ser destruído é a morte. 54 E, quando este corpo
corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se
revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” 13, outras grandes
promessas de Deus para nós, Seus filhos são:

1) “...enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos...”14


Como podemos ver também em Ap 7.17: “pois o Cordeiro que se
encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as
fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda
lágrima.”15 e Ap 21.4: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e
a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem
dor, porque as primeiras coisas passaram.” 16, a tristeza que a
morte nos causa não mais será uma realidade;
2) “8...e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo,...17,
ou seja, não só a dor, mas, também a vergonha que o
pecado e a morte nos causaram serão totalmente
destruídos. E a garantia de tudo isso repousa na
fidelidade do próprio SENHOR Deus “8...porque o SENHOR
falou.”18.
O resultado de tudo isso é o consolo para o nosso coração
enquanto estamos neste mundo tão difícil e hostil.
10
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.7.
11
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.8.
12
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.6–8.
13
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), 1Co 15.26–54.
14
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.6–8.
15
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Ap 7.17.
16
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Ap 21.4.
17
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.8.
18
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.6–8.
Rev. André Arêa Página | 6

C. O Senhor é o Consolador do Seu povo - v.9-12


9
Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus,
em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o
SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação
exultaremos e nos alegraremos.
10
Porque a mão do SENHOR descansará neste monte;
mas Moabe será trilhado no seu lugar, como se pisa a
palha na água da cova da esterqueira;
11
no meio disto estenderá ele as mãos, como as
estende o nadador para nadar; mas o SENHOR lhe
abaterá a altivez, não obstante a perícia das suas
mãos;
12
e abaixará as altas fortalezas dos seus muros;
abatê-las-á e derribá-las-á por terra, até ao pó.19
A consolação é um atributo considerado tanto do Deus Pai, quanto
do Deus Filho como também do Deus Espírito Santo.
O Espírito Santo é o “16...outro Consolador...”20 (Jo 14.16), O
Senhor Jesus é chamado de “25...a consolação de Israel...”21 (Lc 2.25),
e Deus o Pai tanto no Novo Testamento, como podemos vem em 2Co
1.3: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de
misericórdias e Deus de toda consolação!” 22.
Como aqui no Antigo Testamento, embora neste texto Isaías não
diga explicitamente que Deus é o nosso consolador, ele o fará no Cap.
57.18: “Tenho visto os seus caminhos e o sararei; também o guiarei e
lhe tornarei a dar consolação, a saber, aos que dele choram.”23
Aqui nestes versos, ele, porém, descreve a ação de Deus trazendo
consolação para o Seu povo. E como Deus consola o Seu povo?
“9 ...Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos,... ...a
quem aguardávamos;...”24 (v.9), assim Deus traz esperança ao coração
do crente e faz com que essa esperança não seja vã. Por isso mesmo
há louvor nos lábios dos Seus filhos “10 Porque a mão do SENHOR

19
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.9–12.
20
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Jo 14.16.
21
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Lc 2.25.
22
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), 2Co 1.3.
23
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 57.18.
24
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.9.
Rev. André Arêa Página | 7

descansará neste monte;...”25 , ou seja, Ele executará o Seu juízo


contra os ímpios. Ainda que estes estendam as suas mãos clamando por
socorro divino, ainda que eles se empenhem e clamem pela
misericórdia de Deus, naquele Dia nada disso adiantará, pois, aquele
Dia não será de misericórdia, mas, de juízo.

Para Pensarmos e Praticarmos


Poderia destacar muitas, mas, hoje quero me deter em apenas
uma: trazer em nosso coração sincera gratidão a Deus pelo Seu amor
por nós, e em nossos lábios um louvor constante a Ele por tão gloriosa
salvação.

25
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 25.10.

Você também pode gostar