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Relatorio 8 - Empuxo
Relatorio 8 - Empuxo
Ribeirão Preto
2024
RESUMO
O empuxo é uma força vertical ascendente exercida por um fluido (lı́quido ou gás) sobre
um objeto submerso ou parcialmente submerso nele. No presente experimento, atráves,
do uso de uma estrutura que envolvia uma balança, três objetos diferentes e uma mola,
foi possı́vel analisar e verificar o Princı́pio de Arquimedes além de determinar a
densidade de alguns lı́quidos. Os resultados encontraram não foram satisfatórios em
relação a densidade, com exceção do lı́quido água com sal. Todavia, notou-se como a
forma da peça influencia no gráfico do empuxo. Além disso, analisou-se uma relação
entre elongação da mola e volume adicionado em um sistema que envolvia as duas
forças: Empuxo e Força elástica. Por fim, conclui-se que, até certo ponto, foi possı́vel
comprovar o Princı́pio de Arquimedes.
i
Sumário
1 INTRODUÇÃO 1
2 MATERIAIS E MÉTODOS 2
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4
3.1 Análise do empuxo na água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 Análise do empuxo em outros lı́quidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.3 Análise da relação entre o volume adicionado e elongação da mola . . . . . 14
4 CONCLUSÃO 19
5 APÊNDICE 19
5.1 Incerteza de V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.2 Incerteza V-Vo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.3 Incerteza de ρ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.4 Incerteza de K . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.5 Incerteza de Ac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.6 Incerteza de Ab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.7 Dedução da fórmula 3: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1 INTRODUÇÃO
O Princı́pio de Arquimedes, postulado por volta do século III a.C., trata a força que
determinado fluido exerce sobre um corpo imerso neste, seja parcial ou totalmente. Tal
teoria propõe que o empuxo, isto é, a intensidade dessa força, corresponde ao peso da
porção de volume deslocada do fluido pelo corpo. Essa força pode ser notada no dia a
dia, como, por exemplo, pela sensação de “facilidade” que temos ao carregar algo dentro
de uma piscina, pois a força do empuxo colabora para o flutuamento em fluidos. Assim
sendo, o empuxo pode ser dado pela seguinte equação:
E = ρgV (1)
A imagem a seguir tem como objetivo ilustrar como empuxo e o peso se relacionam
em um fluı́do:
1
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Feito isso, colocou-se 300 mL de água no béquer graduado. Depois, foi medido a
massa do arranjo béquer-lı́quido. Pegou-se um dos cilindros metálicos e o mergulhou
gradativamente (em dez passos) no lı́quido. Para cada volume V obtido com a imersão de
parte da peça, mediu-se a massa registrada pela balança. Ademais, foi pego uma medida
em que a peça so encosta na água para analisar o efeito da tensão superficial. Foi repetido
esse procedimento para as outras três peças definidas (os dois cilindros e um cone),tendo
valores de volume diferentes para cada uma das peças. Com uma única peça, utilizou-se
outros lı́quidos como água com sal e glicerina e repetiu-se a experiência. Com a mesma
montagem, mas trocando o fio pela mola presa no cilindro mais comprido e sem usar a
balança. Colocou-se a água no béquer até que a borda inferior da peça encostasse no
nı́vel da água. Mediu-se a elongação inical da mola. Adicionou-se um volume de água
em cada etapa e mediu-se a elongação da mola cada vez até cobrir a peça com 1 cm
de água. Ainda, foi feito medido a constante elástica (K) da mola com uma montagem
similar do experimento 2 para o método estático. Pode-se ver a montagem experimental
para estudar o Princı́pio de Arquimedes abaixo:
2
Figura 2: Arranjo experimental para realização de medidas
E = ρ1 (V − V o)g (2)
E/g = (M − M o) (3)
A partir disso, foi possı́vel determinar a densidade dos lı́quidos que as peças foram
imersas atráves de um gráfico de E/g versus V-Vo em que a ρ1 é o coeficiente angular
do gráfico. Ademais, discutiu como a tensão superficial afetava a massa aferida e como a
formato da peça influencia no empuxo.
K
m= ∆x (4)
g
Por fim, analisou-se a relação entre a elongação da mola e o volume de água adicionado
a fim de ver se é possı́vel determinar propriedades fı́sicas nessa relação.
3
da confiabilidade dos resultados e reflete a variação esperada em torno do valor verdadeiro.
Para garantir a precisão e a integridade dos dados, todas as medidas e cálculos levaram
em consideração as incertezas relevantes. É possı́vel ver como foi calculado as incertezas
no apêndice.
Além disso, o coefiente angular de cada gráfico foi pego atráves do métodos dos
mı́nimos quadrados,técnica de otimização matemática que procura encontrar o melhor
ajuste para um conjunto de dados tentando minimizar a soma dos quadrados das di-
ferenças entre o valor estimado e os dados observados levando os erros do eixo y em
consideração.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4
Figura 4: Dados do cilindro 2
A partir dos dados coletados acima, foi feito um gráfico de E/g versus V-Vo para cada
cilindro, sabendo que o coeficiente angular é igual a densidade da água.
5
Figura 6: Gráfico do cilindro 1
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Figura 7: Gráfico do cilindro 2
7
Figura 8: Gráfico do cilindro 3
Com os dados obtidos com os gráficos foi feita uma tabela mostrando a densidade da
água para cada cilindro:
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Além disso, foi possı́vel ver algo interessante algo fazer o mesmo experimento no cone:
A partir do gráfico feito pelo grupo, percebe-se que relação é totalmente diferente do
que foi visto no cilindro, apesar da equação do empuxo ser a mesma para ambos. Isso deve
ter ocorrido, pois, no cone, no inicio, a mudança de volume era maior uma vez que a base
tinha um volume maior. Todavia, ao afundar mais a pirâmide, não tinha muita diferença
porque o volume que submergia não fazia uma diferença volumétrica significativa que nem
no inı́cio da submersão. Isso mostrou que o formato da peça afetou a análise gráfica do
grupo em relação ao empuxo apesar da equação se manter inalterada.
Por fim, no cilindro 1, foi feito um teste fazendo que a peça somente encostasse no
lı́quido. A tabela a seguir mostra o valor de massa aferido pela balança:
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da tensão superficial. A tensão superficial é a propriedade de um lı́quido que faz com
que suas moléculas na superfı́cie se comportem como se estivessem em uma membrana
elástica. Ela ocorre devido às forças de atração entre as moléculas do lı́quido. Quando
um objeto é colocado na superfı́cie de um lı́quido, como a água, a tensão superficial pode
afetar a massa aferida pela balança devido à formação de uma ”pele”na superfı́cie do
lı́quido. Se a tensão superficial é alta o suficiente, ela pode suportar o peso do objeto
e fazer com que ele flutue na superfı́cie, em vez de afundar. Isso pode resultar em uma
leitura incorreta da massa na balança, já que parte do peso do objeto é suportado pela
tensão superficial.
Nas tabelas abaixo, pode-se ver os dados referentes ao cilindro 2 (o mais comprido)
na água com sal e na glicerina:
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A partir dos dados coletados acima, foi feito um gráfico de E/g versus V-Vo para
lı́quido, sabendo que o coeficiente angular é igual a densidade do lı́quido:
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Figura 12: Gráfico da água com sal
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Figura 13: Gráfico da glicerina
Com os dados obtidos com os gráficos, foi feita uma tabela mostrando a densidade
encontrada para cada lı́quido e a densidade teórica:
Ao analisar os dados obtidos, é notável que o empuxo sobre a peça depende do lı́quido
que a mesma foi imersa. As diferentes densidades dos lı́quidos tem um papel fundamental
na intensidade da força empuxo. Além disso, percebe-se que a densidade encontrada para
a água com sal é muito próxima do valor teórico contendo o valor teórico no intervalo
de confiança. É possivel ver também que a adição do sal na água aumentou a densidade
do liquı́do. Entretanto, o valor da glicerina encontrada, apesar de próximo, não foi exato
e o valor teórico não está contido no valor teórico. Possı́veis erros experimentais e erros
instrumentais podem ter influenciado no valor encontrado.
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3.3 Análise da relação entre o volume adicionado e elongação
da mola
Nessa etapa, primeiramente, foi coletado dados para coletar a constante elástica da
mola (K):
A partir dos dados acima, foi feita um gráfico da massa (m) versus a distensão da
mola (x):
Sabe-se que o coeficiente angular do gráfico acima é igual a K/g em que g é igual a
9,8 m/s2 . Logo, temos:
K = 35, 70 ± 0, 22 N/m
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Feito isso, foi necessário fazer uma análise teórica da situação para descobrir qual
relação estamos estudando entre o volume adicionado e a elongação da mola.
mg = K∆x (5)
mg = E + K∆x1 (6)
Tem-se que:
∆x1 = ∆x − δx (8)
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em que δx é a diferença entre a distensão final e distensão inicial.
Substituindo:
K∆x = E + K∆x − Kδx (9)
Sendo E:
E = ρl Vs g (10)
Tem-se que:
Kδx = ρl Vs g (11)
∆V + Vs
h= (12)
Ab
Vs = Ac (h − δx) (13)
Ab h = ∆V + Ac (h − δx) (14)
Kδx
= h − δx (16)
ρl A c g
Kδx
+ δx = h (17)
ρl A c g
(Ab − Ac )h = ∆V − Ac δx (18)
∆V − Ac δx
h= (19)
(Ab − Ac )
∆V − Ac δx Kδx
= + δx (20)
(Ab − Ac ) ρl Ac g
16
Kδx(Ab − Ac )
∆V − Ac δx = + (Ab − Ac )δx (21)
ρl A c g
Kδx(Ab − Ac )
∆V = + (Ab − Ac )δx + Ac δx (22)
ρl A c g
K(Ab − Ac )
∆V = ( + Ab )δx (23)
ρl A c g
K(Ab − Ac )
∆V = ( + Ab )(∆x − ∆x1 ) (24)
ρl A c g
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Figura 18: Gráfico ∆V versus (∆x − ∆x1 )
Como esperado na teoria, a relação vista foi linear. O coeficiente angular(a) foi o
seguinte:
a = 0, 0234 ± 0, 0008
A área da base encontrada é bem próximo da área da base real (5,5*10−3 ) m2 encon-
trada o que nos diz que a dedução está coerente com a realidade. Erros experimentais
podem ter influenciado nos dados obtidos.
18
4 CONCLUSÃO
5 APÊNDICE
5.1 Incerteza de V
Sendo V = πr2 h s
2 2
∂V ∂V
σV = ( ∗ σh) + ( ∗ σr) (27)
∂h ∂r
s
2 2
∂(V − V o) ∂(V − V o)
σ(V − V o) = ( ∗ σV ) + ( ∗ σV o) (28)
∂V ∂V o
5.3 Incerteza de ρ
19
5.4 Incerteza de K
5.5 Incerteza de Ac
5.6 Incerteza de Ab
v
u 2 2 2
u ∂Ab ∂Ab ∂Ab
σAb = t
( ∗ σK) + ( ∗ σAc ) + ( ∗ σa) (31)
∂K ∂Ac ∂a
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Figura 19: Ilustração da fórmula 3
Po = No (32)
Sendo:
Po = mb g + ma1 g (34)
Po = mb g + ρa Vo g (35)
Sendo:
P = mb g + ma2 g (36)
21
P = mb g + ρa V g (37)
P − Po = N − No (38)
mb g + ρa V g − mb g − ρa Vo g = N − No (39)
ρa (V − Vo )g = N − No (40)
E = N − No (41)
E = (M − Mo )g (42)
E
= M − Mo (43)
g
Referências
22