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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE


RIBEIRÃO PRETO FFCLRP/USP
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL II - ONDAS, FLUÍDOS E
TERMODINÂMICA

Joaquim Penedo (14583341)


Heloı́sa Topal (14578011)

EMPUXO - PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

Docente: Carlos Ernesto Garrido Salmon

Ribeirão Preto
2024
RESUMO

O empuxo é uma força vertical ascendente exercida por um fluido (lı́quido ou gás) sobre
um objeto submerso ou parcialmente submerso nele. No presente experimento, atráves,
do uso de uma estrutura que envolvia uma balança, três objetos diferentes e uma mola,
foi possı́vel analisar e verificar o Princı́pio de Arquimedes além de determinar a
densidade de alguns lı́quidos. Os resultados encontraram não foram satisfatórios em
relação a densidade, com exceção do lı́quido água com sal. Todavia, notou-se como a
forma da peça influencia no gráfico do empuxo. Além disso, analisou-se uma relação
entre elongação da mola e volume adicionado em um sistema que envolvia as duas
forças: Empuxo e Força elástica. Por fim, conclui-se que, até certo ponto, foi possı́vel
comprovar o Princı́pio de Arquimedes.

i
Sumário
1 INTRODUÇÃO 1

2 MATERIAIS E MÉTODOS 2

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4
3.1 Análise do empuxo na água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 Análise do empuxo em outros lı́quidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.3 Análise da relação entre o volume adicionado e elongação da mola . . . . . 14

4 CONCLUSÃO 19

5 APÊNDICE 19
5.1 Incerteza de V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.2 Incerteza V-Vo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.3 Incerteza de ρ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.4 Incerteza de K . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.5 Incerteza de Ac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.6 Incerteza de Ab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.7 Dedução da fórmula 3: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1 INTRODUÇÃO

O Princı́pio de Arquimedes, postulado por volta do século III a.C., trata a força que
determinado fluido exerce sobre um corpo imerso neste, seja parcial ou totalmente. Tal
teoria propõe que o empuxo, isto é, a intensidade dessa força, corresponde ao peso da
porção de volume deslocada do fluido pelo corpo. Essa força pode ser notada no dia a
dia, como, por exemplo, pela sensação de “facilidade” que temos ao carregar algo dentro
de uma piscina, pois a força do empuxo colabora para o flutuamento em fluidos. Assim
sendo, o empuxo pode ser dado pela seguinte equação:

E = ρgV (1)

em que E é força do empuxo, ρ é a densidade do fluı́do, g é aceleração gravitacional


e V é o volume submerso do objeto.

Essa equação mostra que o empuxo é diretamente proporcional ao volume do fluido


deslocado e à densidade do fluido, e é independente do material do objeto imerso.

A imagem a seguir tem como objetivo ilustrar como empuxo e o peso se relacionam
em um fluı́do:

Figura 1: Relação do peso e do empuxo

O experimento tem como objetivo verificar o princı́pio de Arquimedes e obter a den-


sidade de diferentes lı́quidos atráves do uso do corpo suspenso e da balança.

1
2 MATERIAIS E MÉTODOS

A primeira parte do experimento consistiu em coletar os erros dos instrumentos que


estavam disponı́veis para realização dos testes e para coletar informações sobre a proveta,
paquı́metro, régua e balança. A régua apresentava um erro de ±5 ∗ 10−4 m , a proveta
tinha um erro de ±5 ∗ 10−4 L, o paquı́metro tinha um erro ±2, 5 ∗ 10−5 m e a balança
tinha um erro de ±1 g.

Após isso, foi coletado os dados do béquer, do cilindro 1, cilindro 2, cilindro 3 e do


mini cone.

Feito isso, colocou-se 300 mL de água no béquer graduado. Depois, foi medido a
massa do arranjo béquer-lı́quido. Pegou-se um dos cilindros metálicos e o mergulhou
gradativamente (em dez passos) no lı́quido. Para cada volume V obtido com a imersão de
parte da peça, mediu-se a massa registrada pela balança. Ademais, foi pego uma medida
em que a peça so encosta na água para analisar o efeito da tensão superficial. Foi repetido
esse procedimento para as outras três peças definidas (os dois cilindros e um cone),tendo
valores de volume diferentes para cada uma das peças. Com uma única peça, utilizou-se
outros lı́quidos como água com sal e glicerina e repetiu-se a experiência. Com a mesma
montagem, mas trocando o fio pela mola presa no cilindro mais comprido e sem usar a
balança. Colocou-se a água no béquer até que a borda inferior da peça encostasse no
nı́vel da água. Mediu-se a elongação inical da mola. Adicionou-se um volume de água
em cada etapa e mediu-se a elongação da mola cada vez até cobrir a peça com 1 cm
de água. Ainda, foi feito medido a constante elástica (K) da mola com uma montagem
similar do experimento 2 para o método estático. Pode-se ver a montagem experimental
para estudar o Princı́pio de Arquimedes abaixo:

2
Figura 2: Arranjo experimental para realização de medidas

No contexto do experimento, foi analisado as seguintes equações:

E = ρ1 (V − V o)g (2)

E/g = (M − M o) (3)

Em que E é o empuxo, ρ1 é a densidade do lı́quido imerso, V é o volume de água


para cada etapa mergulhada, Vo é o volume inicial do béquer com água, g é a aceleração
gravitacional local, M é massa registrada pela balança a cada etapa e Mo é a massa inical
do béquer com água. A dedução da equação 3 está no apêndice.

A partir disso, foi possı́vel determinar a densidade dos lı́quidos que as peças foram
imersas atráves de um gráfico de E/g versus V-Vo em que a ρ1 é o coeficiente angular
do gráfico. Ademais, discutiu como a tensão superficial afetava a massa aferida e como a
formato da peça influencia no empuxo.

Para determinar o K da mola, foi feito um gráfico de m versus ∆x(elongação da mola)


em que K/g é o coeficiente angular seguindo a seguinte equação:

K
m= ∆x (4)
g

Por fim, analisou-se a relação entre a elongação da mola e o volume de água adicionado
a fim de ver se é possı́vel determinar propriedades fı́sicas nessa relação.

Ao conduzir o experimento e a análise, foi crucial considerar não apenas os valores


medidos, mas também a incerteza associada a essas medições. A incerteza é uma medida

3
da confiabilidade dos resultados e reflete a variação esperada em torno do valor verdadeiro.
Para garantir a precisão e a integridade dos dados, todas as medidas e cálculos levaram
em consideração as incertezas relevantes. É possı́vel ver como foi calculado as incertezas
no apêndice.

Além disso, o coefiente angular de cada gráfico foi pego atráves do métodos dos
mı́nimos quadrados,técnica de otimização matemática que procura encontrar o melhor
ajuste para um conjunto de dados tentando minimizar a soma dos quadrados das di-
ferenças entre o valor estimado e os dados observados levando os erros do eixo y em
consideração.

Tais procedimentos foram feitos em um dos laboratórios de fı́sica do Departamento


de Fı́sica da FFCLRP-USP.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Antes de começar a mostrar os resultados encontrados, cabe-se frisar que algumas


medidas nas tabelas aparecem fora do Sistema Internacional de Medidas (S.I). Entretanto,
durante a análise dos dados, para chegar aos resultados, todas as medidas coletadas foram
transformados para o S.I.

3.1 Análise do empuxo na água

Nas tabelas abaixo, pode-se ver os dados referentes a cada cilindro:

Figura 3: Dados do cilindro 1

4
Figura 4: Dados do cilindro 2

Figura 5: Dados do cilindro 3

A partir dos dados coletados acima, foi feito um gráfico de E/g versus V-Vo para cada
cilindro, sabendo que o coeficiente angular é igual a densidade da água.

5
Figura 6: Gráfico do cilindro 1

6
Figura 7: Gráfico do cilindro 2

7
Figura 8: Gráfico do cilindro 3

Com os dados obtidos com os gráficos foi feita uma tabela mostrando a densidade da
água para cada cilindro:

Tabela 1: Relação da densidade em relação a cada cilindro


Cilindro ρ da água (Kg/m3 )
1 889, 33 ± 23, 80
2 734, 71 ± 32, 46
3 612, 87 ± 33, 88

Primeiramente, percebe-se que a relação entre a diferença do volume final e volume


inicial e o empuxo é linear para os cilindros. Ao analisar as densidades encontradas, é
possı́vel ver que o cilindro 1 foi o que chegou mais perto ao valor real (1000 kg/m3 ).As
caracterı́sticas diferentes de cada cilindro afetaram a densidade encontrada e erros expe-
rimentais também pode ter influenciado na medida não exata. Entretanto, foi possı́vel
validar o prı́ncipio de Arquimedes apesar que os valores encontrados não foram como
previa a teoria, uma vez que foi possı́vel ver a ação de uma força que o fluı́do exerce sobre
o corpo imerso.

8
Além disso, foi possı́vel ver algo interessante algo fazer o mesmo experimento no cone:

Figura 9: Gráfico do cone

A partir do gráfico feito pelo grupo, percebe-se que relação é totalmente diferente do
que foi visto no cilindro, apesar da equação do empuxo ser a mesma para ambos. Isso deve
ter ocorrido, pois, no cone, no inicio, a mudança de volume era maior uma vez que a base
tinha um volume maior. Todavia, ao afundar mais a pirâmide, não tinha muita diferença
porque o volume que submergia não fazia uma diferença volumétrica significativa que nem
no inı́cio da submersão. Isso mostrou que o formato da peça afetou a análise gráfica do
grupo em relação ao empuxo apesar da equação se manter inalterada.

Por fim, no cilindro 1, foi feito um teste fazendo que a peça somente encostasse no
lı́quido. A tabela a seguir mostra o valor de massa aferido pela balança:

Tabela 2: Massa inicial e Massa após a peça encostar


Massa antes de enconstar a peça (g) Massa após encostar a peça (g)
456 ± 1 448 ± 1

Surpreendemente, a massa aferida diminiu em relação a massa inicial devido ao efeito

9
da tensão superficial. A tensão superficial é a propriedade de um lı́quido que faz com
que suas moléculas na superfı́cie se comportem como se estivessem em uma membrana
elástica. Ela ocorre devido às forças de atração entre as moléculas do lı́quido. Quando
um objeto é colocado na superfı́cie de um lı́quido, como a água, a tensão superficial pode
afetar a massa aferida pela balança devido à formação de uma ”pele”na superfı́cie do
lı́quido. Se a tensão superficial é alta o suficiente, ela pode suportar o peso do objeto
e fazer com que ele flutue na superfı́cie, em vez de afundar. Isso pode resultar em uma
leitura incorreta da massa na balança, já que parte do peso do objeto é suportado pela
tensão superficial.

3.2 Análise do empuxo em outros lı́quidos

Nas tabelas abaixo, pode-se ver os dados referentes ao cilindro 2 (o mais comprido)
na água com sal e na glicerina:

Figura 10: Dados do cilindro 2 em relação à agua com sal

Figura 11: Dados do cilindro 2 em relação à glicerina

10
A partir dos dados coletados acima, foi feito um gráfico de E/g versus V-Vo para
lı́quido, sabendo que o coeficiente angular é igual a densidade do lı́quido:

11
Figura 12: Gráfico da água com sal

12
Figura 13: Gráfico da glicerina

Com os dados obtidos com os gráficos, foi feita uma tabela mostrando a densidade
encontrada para cada lı́quido e a densidade teórica:

Tabela 3: Densidade encontrada e Densidade teórica


Lı́quido ρ encontrado (Kg/m3 ) ρ teórico (Kg/m3 )
Água com sal 1000, 5 ± 32, 8 1025
Glicerina 870, 7 ± 53, 3 1261

Ao analisar os dados obtidos, é notável que o empuxo sobre a peça depende do lı́quido
que a mesma foi imersa. As diferentes densidades dos lı́quidos tem um papel fundamental
na intensidade da força empuxo. Além disso, percebe-se que a densidade encontrada para
a água com sal é muito próxima do valor teórico contendo o valor teórico no intervalo
de confiança. É possivel ver também que a adição do sal na água aumentou a densidade
do liquı́do. Entretanto, o valor da glicerina encontrada, apesar de próximo, não foi exato
e o valor teórico não está contido no valor teórico. Possı́veis erros experimentais e erros
instrumentais podem ter influenciado no valor encontrado.

13
3.3 Análise da relação entre o volume adicionado e elongação
da mola

Nessa etapa, primeiramente, foi coletado dados para coletar a constante elástica da
mola (K):

Figura 14: Dados para o K

A partir dos dados acima, foi feita um gráfico da massa (m) versus a distensão da
mola (x):

Figura 15: Gráfico para a constante da mola

Sabe-se que o coeficiente angular do gráfico acima é igual a K/g em que g é igual a
9,8 m/s2 . Logo, temos:

K = 35, 70 ± 0, 22 N/m

14
Feito isso, foi necessário fazer uma análise teórica da situação para descobrir qual
relação estamos estudando entre o volume adicionado e a elongação da mola.

Figura 16: Ilustração da situação encontrada

A partir da situação 1, temos o seguinte:

mg = K∆x (5)

em que m é massa do objeto, g é a aceleração gravitacional local , K é a constante


elástica e ∆ é a distensão inicial da mola.

Já na situação 2, temos o seguinte:

mg = E + K∆x1 (6)

em que E é o empuxo e ∆1 é distensão da mola depois da adição da água.

Como o mg permanece constante, encontramos a seguinte equação:

K∆x = E + K∆x1 (7)

Tem-se que:
∆x1 = ∆x − δx (8)

15
em que δx é a diferença entre a distensão final e distensão inicial.

Substituindo:
K∆x = E + K∆x − Kδx (9)

Sendo E:
E = ρl Vs g (10)

em que ρl é a densidade do lı́quido e Vs é o volume submerso do objeto.

Tem-se que:
Kδx = ρl Vs g (11)

Sabendo que o nı́vel de água aumenta é h, temos:

∆V + Vs
h= (12)
Ab

em que ∆V é o volume adicionado em relação ao volume inicial e Ab é área do béquer.


Continuando e tendo área do cilindro (Ac ) :

Vs = Ac (h − δx) (13)

Ab h = ∆V + Ac (h − δx) (14)

Utilizando a equação 11 e 13:

Kδx = ρl Ac (h − δx)g (15)

Kδx
= h − δx (16)
ρl A c g
Kδx
+ δx = h (17)
ρl A c g

Isolando h na equação 14, temos:

(Ab − Ac )h = ∆V − Ac δx (18)

∆V − Ac δx
h= (19)
(Ab − Ac )

Igualando equação 17 e 19:

∆V − Ac δx Kδx
= + δx (20)
(Ab − Ac ) ρl Ac g

16
Kδx(Ab − Ac )
∆V − Ac δx = + (Ab − Ac )δx (21)
ρl A c g
Kδx(Ab − Ac )
∆V = + (Ab − Ac )δx + Ac δx (22)
ρl A c g
K(Ab − Ac )
∆V = ( + Ab )δx (23)
ρl A c g
K(Ab − Ac )
∆V = ( + Ab )(∆x − ∆x1 ) (24)
ρl A c g

Portanto, é possı́vel ver uma relação de linearidade entre o volume adicionado em


relação ao volume inicial e a diferença entre a elongação inicial da mola e a elongação
final da mola. Além disso, é possı́vel determinar a área da base do béquer (Ab ), uma vez
que tem-se o valor de K, ρl , Ac e g.

Feita a dedução teórica, tem-se os dados abaixo:

Figura 17: Dados do ∆V x (∆x − ∆x1 )

Com os dados acima, foi feito o gráfico de ∆V versus (∆x − ∆x1 ):

17
Figura 18: Gráfico ∆V versus (∆x − ∆x1 )

Como esperado na teoria, a relação vista foi linear. O coeficiente angular(a) foi o
seguinte:

a = 0, 0234 ± 0, 0008

Como visto na equação 18, tem-se que o coeficiente angular é igual a:


K(Ab − Ac )
a=( + Ab ) (25)
ρl Ac g

Sabendo o valor de a, K = 35, 70 ± 0, 22 N/m, ρl = 1000 kg/m3 , g = 9,8 m/s2 , raio da


base do cilindro = (1, 900 ± 0, 003) ∗ 10−2 m e Ac = (1, 130 ± 0, 004) ∗ 10−3 m2 , encontra-se
o valor da área da base do béquer(Ab ):
K
a+ ρg
Ab = K (26)
1+ ρAc g

Ab = (6, 40 ± 0, 19) ∗ 10−3 m2

A área da base encontrada é bem próximo da área da base real (5,5*10−3 ) m2 encon-
trada o que nos diz que a dedução está coerente com a realidade. Erros experimentais
podem ter influenciado nos dados obtidos.

Diferente do procedimento que utilizou-se a balança, a situação com a mola requeriu


uma dedução teórica mais extensa e muita análise de fórmulas. Além disso, envolveu-se
um outro tipo de força: força elástica.

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4 CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos, foi possı́vel compreender e verificar o Princı́pio de Arqui-


medes. Apesar de que os dados obtidos em relação a densidade não foram os esperados,
foi possı́vel entender como funciona a força empuxo e, além disso, as incertezas instrumen-
tais e os erros de laboratório podem ter influenciado nas medidas não exatas. Entretanto,
destaca-se o resultado encontrado na densidade da água com sal que foi muito próximo
do valor real o que comprova que a metodologia utilizada, quando bem utilizada, podem
definir valores próximos dos reais. Pode-se notar a influência do formato da peça na
análise do empuxo e compreender como funciona a tensão superficial quando o lı́quido
se encontra em uma superfı́cie sólida. Por fim, foi possı́vel achar uma relação entre o
volume adicionado e a diferença entre a elongação da mola final e inicial sendo possı́vel
determinar a área do béquer que estavam inseridos.

5 APÊNDICE

5.1 Incerteza de V

Sendo V = πr2 h s
2 2
∂V ∂V
σV = ( ∗ σh) + ( ∗ σr) (27)
∂h ∂r

5.2 Incerteza V-Vo

s
2 2
∂(V − V o) ∂(V − V o)
σ(V − V o) = ( ∗ σV ) + ( ∗ σV o) (28)
∂V ∂V o

5.3 Incerteza de ρ

As incertezas foram calculadas dentro do método dos mı́nimos quadrados.

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5.4 Incerteza de K

sendo K = ag, em que a é o coeficiente angular e g é aceleração gravitacional local.


s
2
∂K
σK = ( ∗ σa) (29)
∂a

5.5 Incerteza de Ac

Sendo Ac = πr2 , em que r é o raio da base do cilindro.


s
2
∂Ac
σAc = ( ∗ σr) (30)
∂r

5.6 Incerteza de Ab

v
u 2 2 2
u ∂Ab ∂Ab ∂Ab
σAb = t
( ∗ σK) + ( ∗ σAc ) + ( ∗ σa) (31)
∂K ∂Ac ∂a

5.7 Dedução da fórmula 3:

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Figura 19: Ilustração da fórmula 3

Na situação 1, faz-se o diagrama de forças na balança:

Po = No (32)

em que Po é o peso do béquer mais o peso da água antes da adição do objeto e No é a


força normal inicial exercida pela balança Na situação 2, faz-se o diagrama de forças na
balança:
P =N (33)

em que P é o peso do béquer mais o peso da água após a adição do objeto e N é a


força normal final exercida pela balança.

Sendo:
Po = mb g + ma1 g (34)

Po = mb g + ρa Vo g (35)

em que mb é a massa do béquer, g é a aceleração gravitacional, ma1 é a massa da


água, ρa é a densidade da água e Vo é o volume da água antes da adição do objeto.

Sendo:
P = mb g + ma2 g (36)

21
P = mb g + ρa V g (37)

em que V é o volume da água após a adição do objeto.

P − Po = N − No (38)

mb g + ρa V g − mb g − ρa Vo g = N − No (39)

ρa (V − Vo )g = N − No (40)

Como visto na equação 2, E = ρa (V − Vo )g, temos:

E = N − No (41)

E = (M − Mo )g (42)
E
= M − Mo (43)
g

em que M é a massa aferida pela balança após a adição do objeto e Mo é a massa


aferida pela balança antes da adição do objeto.

Referências

1. Apostila Experimental(Moodle e-disciplinas)

2. SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. Princı́pios de fı́sica - Vol. 2. [s.l.] Cengage Learning,


2023.

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