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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC Minas

Graduação em Engenharia Mecânica - PUC Coração Eucarístico

Débora Dayane Ramos Bueno


Guilherme Grossi Lamas Neto
Luan Xavier Da Fonseca
Sarah Fernandes Lisboa
Washington Emmanuel Sousa Rodrigues

Relatório de Fluidos mecânicos (Prática 10):


CURVAS CARACTERÍSTICA DE TURBINAS PELTON

Belo Horizonte
2024
1. INTRODUÇÃO

O estudo das curvas características de turbinas hidráulicas desempenha um


papel fundamental no entendimento do comportamento fluidodinâmico e na
otimização do desempenho desses dispositivos essenciais para a geração de energia
elétrica. As turbinas de Pelton são notáveis pela sua capacidade de converter a
energia cinética da água em energia mecânica de rotação, graças ao seu design
específico e ao uso de jatos de alta pressão direcionados aos seus baldes.

Neste relatório, apresentaremos os resultados obtidos a partir da prática de


laboratório voltada para a análise das curvas características das turbinas de Pelton.
Descreveremos o procedimento experimental realizado, as ferramentas e
equipamentos utilizados, assim como os dados coletados e as análises realizadas.

1.1. Objetivo Geral

E tem como objetivo principal, compreender de forma abrangente o


comportamento da turbina Pelton em diferentes cenários operacionais. Isso envolve
analisar não apenas as curvas características da turbina, mas também considerar as
influências de fatores como abertura do distribuidor, queda líquida e vazão aduzida.
Ao investigar esses aspectos, visamos oferecer insights valiosos para o projeto,
operação e melhoria contínua de usinas hidrelétricas que utilizam esse tipo de turbina,
contribuindo assim para a eficiência e sustentabilidade da geração de energia
hidrelétrica.

1.2. Objetivo Específico

O presente trabalho tem como objetivo específico através da análise das curvas
características da turbina Pelton, pretendemos entender como o rendimento, a
potência de eixo e a vazão variam em relação à rotação da turbina. Essa investigação
permitirá identificar os pontos de operação mais eficientes da turbina em diferentes
condições de carga e fluxo de água, contribuindo para a otimização do seu
desempenho em usinas hidrelétricas.
2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

A turbina Pelton é uma turbina de impulso ou de ação, que aproveita somente


a energia cinética da água, sendo que não existe diferença de pressão entre entrada
e saída, e o grau de reação é igual a zero. Foi patenteada pelo engenheiro Lester
Allan Pelton, em 1880, na Califórnia. Ele teve a idéia de desenvolver uma roda com
várias conchas na periferia para aproveitar a energia cinética de um jato de água,
proveniente de um tubo de pressão, que incidia diretamente sobre a mesma.

A turbina Pelton é o modelo de turbina hidráulico pouco utilizado, pois a sua


aplicação fica restrita às quedas altas e relativamente ao pequeno volume de água.
Características naturais pouco comuns, principalmente no Brasil. Ela possui um rotor
e um distribuidor. O rotor, conforme figura 1, é formado por várias pás em formato de
conchas dispostas simetricamente ao redor do disco do rotor que gira, fixo ao eixo.

Figura 1: Vista do rotor e dos detalhes da concha da turbina Pelton

O distribuidor, do tipo injetor, difere-se dos outros modelos, por se tratar de um


bico, regulado por uma agulha, o qual incide um jato de água cilíndrico sobre as pás
do rotor, conforme ilustra a figura 2.
Figura 2: Vista do rotor e do distribuidor da turbina Pelton

A quantidade de jatos varia podendo ser com um, dois, quatro e seis
jatos. A figura 3 apresenta uma turbina Pelton com 2 injetores.

Figura 3: Vista da turbina Pelton com dois injetores


Quando se pretende desenvolver o projeto de uma turbina toma-se como ponto
de partida os dados da usina hidroelétrica, ou seja, a vazão aduzida (Q) e a queda útil
(H), que a máquina irá trabalhar. A rotação (n) da turbina é determinada de acordo
com o a frequência (f) da energia elétrica a ser gerada (Hertz), e do número de pares
de pólos (p) do gerador, que estará acoplado à turbina, pois sabe- se que:

𝑓 = 𝑝𝑛 (1)

Onde,
f = frequência em Hz;
p= número de pares do gerador;
n = rotação em rps.

A partir dos valores estabelecidos para Q, H e n, pode-se definir o tipo de


turbina mais adequada para aquela usina e calcular todas as dimensões do rotor, para
que a turbina possa produzir, nas condições de projeto, o seu melhor desempenho.
No entanto, embora a turbina seja projetada para trabalhar em condições definidas, a
variação da demanda da energia elétrica pelo centro consumidor, bem como as
variações de nível do reservatório e da vazão aduzida, pode exigir o seu
funcionamento em condições diferentes daquelas para as quais ela foi projetada. Daí
ser de fundamental importância, para o engenheiro, o conhecimento básico e o modo
de obtenção das curvas características de uma turbina hidráulica.
Assim, o conhecimento das variações das grandezas que intervém no
funcionamento da turbina e do seu correlacionamento permite, não só adequar o
projeto para que a turbina produza o melhor rendimento possível, como também
ajustá-la para que ela, depois de instalada, continue, se possível, trabalhando com o
seu rendimento máximo, ou próximo dele.
Para se verificar o projeto da turbina ou as condições de trabalho da turbina na
usina as curvas mais importantes são:
1. Curva η = f (n): Variação do rendimento em função da rotação para queda e
vazão constantes cujo aspecto está representado na figura 4.
2. Curva Nef = f (n): Variação da potência efetiva em função da rotação para
queda e vazão constantes cujo aspecto está representado na figura 4.
3. Curva Q = f (n): Variação da vazão aduzida em função da rotação para queda
e vazão constantes cujo aspecto está representado na figura 4.

Figura 4: Curvas características de uma turbina Pelton para queda


e vazão constantes.

4. Se variar a abertura do distribuidor (variação da vazão), mantendo constante


a queda e construir as curvas de isorrendimento sobre as curvas de Nef = f(n), tem-
se o diagrama topográfico da turbina, cujo aspecto está representado na figura 5.

Figura 5: Diagrama topográfico em função da potência efetiva para


a turbina Pelton
5. Da mesma forma, se variar a abertura do distribuidor (variação da vazão),
mantendo constante a queda, e construir as curvas de isorrendimento sobre as curvas
de Q = f (n), tem-se o diagrama topográfico da turbina, cujo aspecto está representado
na figura 6.

Figura 6:Diagrama topográfico em função da vazão para a turbina


Pelton
6. Curva η = f (Q): Variação do rendimento em função da vazão para queda e
a rotação constante cujo aspecto está representado na figura 7.
7. Curva η = f (Nef): Variação do rendimento em função da vazão para queda
e a rotação constante cujo aspecto está representado na figura 7.

Figura 7:Curvas características de uma turbina Pelton para queda


e rotação constantes

Normalmente, o teste para o levantamento das curvas, acima mencionadas,


pode ser realizado levando-se em conta as seguintes considerações:

1. Se a turbina é de pequena capacidade, compatível com os recursos de que


dispõe o laboratório, ela pode ser ensaiada diretamente, porém utilizando
qualquer valor de queda útil na bancada.

2. Se a turbina é de pequena capacidade, compatível com os recursos de que


dispõe o laboratório, pode ser ensaiada diretamente, porém utilizando o valor de
queda unitária para a bancada. Para essa situação, a orientação para a interpretação
dos resultados deve seguir as leis determinadas pela teoria da semelhança mecânica
onde:

𝑛 𝑄 𝑁
𝑛1 = (2); 𝑄1 = (3) e 𝑁1 = 𝐻 (4)
√𝐻 √𝐻 √𝐻

E o aspecto do diagrama pode ser exemplificado, conforme figura 8.


Figura 8: Diagrama topográfico de uma turbina Pelton para queda
unitária

3. Se a turbina é de grande capacidade e, portanto, com dimensões que não


permitem que possa ser ensaiada no laboratório, recorre-se aos ensaios com o
modelo reduzido da turbina no laboratório, porém utilizando-se de qualquer valor de
queda útil na bancada. A interpretação dos resultados deve seguir as leis da
semelhança mecânica:

𝑛 1 𝐻 𝑄 𝐻 𝑁 𝐻 𝐻
= 𝑘 √𝐻′ (5); = 𝐾 2 √𝐻′ (6) e = 𝑘 2 𝐻′ √𝐻′ (7)
𝑛′ 𝑄′ 𝑁′

E o aspecto do diagrama pode ser exemplificado na figura 5.

4. Se a turbina é de grande capacidade e, portanto, com dimensões que não


permitem que possa ser ensaiada no laboratório, recorre-se aos ensaios com o
modelo reduzido da turbina no laboratório, porém utilizando-se do valor de queda
unitária na bancada. A interpretação dos resultados também deve seguir as leis da
semelhança mecânica.

𝑛𝑘 𝑄 𝑁
𝑛11 = (8); 𝑄11 = (9) e 𝑁11 = (10)
√𝐻 𝑘 2 √𝐻 𝑘 2 𝐻√𝐻
O diagrama passa, então, a ter uma forma semelhante à da figura 8, conforme
figura 9.

Figura 9: Diagrama topográfico do modelo de uma turbina Pelton


para queda unitária

Os diagramas nos permitem ter uma visão global do desempenho da máquina,


mostrando o seu comportamento em todas as condições possíveis.

3. MATERIAIS

A figura 10 apresenta uma vista de frente da instalação do laboratório sendo


esta constituída, essencialmente das seguintes partes:
1) Turbina a ser ensaiada.
2) Conjunto variador de velocidade e bomba centrífuga.
3) Medidor de força (freio dinamométrico).
4) Medidor de queda líquida (manômetro).
5) Medidor de vazão.
6) Medidor de rotação.
7) Painel digital.
8) Registro para controle de vazão.
9) Reservatório inferior.
10) Reservatório superior.
Figura 10: Vista de frente da bancada de teste da turbina Pelton.

3.1 PARTES COMPONENTES DA BANCADA

3.1.1 Turbina a ser ensaiada

A Turbina Pelton existente na instalação do laboratório apresenta as seguintes


características nominais:

Rotação = 1450 rpm; Potência efetiva = 0,3 kW; Vazão = 0,167 m3/min.

Queda líquida = 18 m; Número de conchas = 16; Diâmetro nominal = 4”;


Figura 11: apresenta a vista explodida da turbina Pelton.

A figura 12 apresenta uma vista do rotor e do injetor da Turbina


Pelton.

Figura 12: Vista do rotor e do injetor da turbina Pelton.

3.1.2 Conjunto variador de velocidade e bomba centrífuga

A bancada possui um conjunto variador de velocidade e um motor


dinamométrico responsável pelo acionamento da bomba centrífuga, que fornece
energia hidráulica para a turbina simulando a vazão e queda da usina hidrelétrica.
As características destes componentes estão apresentadas nos itens 3.1 e 3.2
da aula n°3.

3.1.3 Medidor de força

Tem como função medir a força exercida pelo braço acoplado ao freio da
turbina. A variação da força aplicada no freio permitirá simular a variação do
consumo da energia fornecida ao gerador.

A figura 13 apresenta uma vista do conjunto constituído essencialmente das


seguintes partes:

1) Freio acoplado ao eixo da turbina.


2) Braço do freio.
3) Célula de carga.

Figura 13: Vista do conjunto freio e medidor de força

As características da célula de carga estão apresentadas no item


3.3 da aula n°3. O valor da força aplicada ao freio é transmiti da ao painel
digital. Para o cálculo da potência efetiva transmitida pelo eixo da turbina
pode-se considerar:
F: força exercida pelo braço em N;

R: comprimento do braço em m. na instalação R = 0,16 m;

M: torque em kgfm; Nef: potência efetiva em kgfm/s;

n: rotação em rpm;

ω: velocidade angular em radianos / segundo.

Como:

𝑁𝑒𝑓𝑒𝑡 = 𝑀𝜔 (11)

Sendo:

𝐹
𝑀 = 9,81 ∗ 𝑅 (12)

2𝜋∗𝑁
𝜔= (13)
60

Efetuando os cálculos das constantes de (12) e (13) temos que:

𝑁𝑒𝑓 = 1,708 ∗ 10−3 ∗ 𝐹 ∗ 𝑛 (14)

3.1.4 Medidor de pressão

Na bancada do laboratório, a queda líquida da turbina (H) corresponde à


altura manométrica da bomba (Hman). Como já foi mencionado na aula n° 3 o
cálculo da altura manométrica da bomba pode ser feito através da fórmula:

𝐻 = 𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝑀 + 𝑉 + 𝑦 (15)

Onde:

M: leitura do manômetro; V: leitura do vacuômetro; Y: cota entre os mostradores


do manômetro e vacuômetro.
A bomba instalada está afogada, então a leitura do vacuômetro seria nula e
na bancada o valor do y pode ser desconsiderado, portanto temos:

𝑀=𝐻 (16)
Onde:

M = leitura no painel digital em Bar.

Então,

𝐻 = 𝑀 ∗ 10,2 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝑑′𝑎𝑔𝑢𝑎 (17)

Para medir o valor da pressão à saída da bomba foi montado um transdutor


elétrico de pressão piezorresistivo, cujas características estão apresentadas no item
3.4 da aula n° 3. O valor da leitura do transdutor é transmitido ao painel digital.

3.1.5 Medidor de rotação

A medição da rotação é feita por um sensor rotativo óptico acoplado


diretamente ao eixo da turbina para medir a posição do mesmo. As características
desse tipo de medidor estão apresentadas no item 3.5 da aula n° 3.

3.1.6 Medidor de vazão

A medição da vazão é feita por meio de um vertedor triangular cujas


características estão apresentadas no item 3.6 da aula n° 3.
Como já foi mencionado, a vazão para esse tipo de vertedor é dada por:

2
𝛼
𝑄 = 1,4𝐻5 𝑡𝑔 2 (18)

Sendo:

Q = vazão; H = altura da lâmina d’água sobre o vertedor, medida a uma


distância (L) do vertedor, pelo menos igual a 4 x H;

α = ângulo do vértice do triângulo.

No caso da instalação, α =90º.


Então,

2
𝑄 = 1,4𝐻 5 (19)

Na instalação, entretanto, dispensa-se o cálculo de Q, tendo em vista a


existência de uma escala duplamente calibrada em que se tem, de um lado, o valor
da lâmina d’água H em m, e do outro, o valor da vazão Q’ em m3/min.
Chamando de: Q’ = vazão em m3/min e Q =vazão em m3/s.

Teremos:

𝑄′
𝑄 = 60 (20)

Determinar a potência efetiva pela expressão (14):

𝑁𝑒𝑓 = 1,708 ∗ 10−3 ∗ 𝐹 ∗ 𝑛

Sendo:

F: força exercida pelo braço em N;

n: rotação da turbina em rpm;

Nef: potência efetiva em kgfm/s.

Determinar a potência do jato pela expressão:

𝑁𝑗 = 𝛾𝑄𝐻 (21)

Sendo:

γ = peso específico em kgf/m3;

Q = vazão útil em m3/s;

Nj = potência do jato em kgfm/s.


Determinar o rendimento total da turbina pela expressão:

𝑁𝑒𝑓
𝑛𝑡 = (22)
𝑁𝑗

3.2 FOTOS DA BANCADA DE LABORATÓRIO


4. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL

A prática a ser realizada na bancada de bomba de Pelton se baseia em uma


bomba centrífuga que envia fluido para o distribuidor da turbina, a pressão do fluido
na entrada da turbina é controlada através de um manômetro ou do transdutor elétrico
de pressão. A abertura do distribuidor (posicionamento da agulha) é controlada por
um comando giratório com uma escala visual que controla a vazão a ser enviada para
a turbina.

O teste é executado com uma altura de queda constante para todos os pontos
de abertura da agulha. O teste é realizado em todas as rotações para cada abertura
do distribuidor. A rotação é controlada por um freio mecânico.

A prática foi realizada dividindo a abertura da agulha em quatro aberturas


percentuais, sendo elas 88%, 72%, 55% e 38,9%. Com isso, em cada abertura era
analisada a rotação máxima e divide ela em 10 etapas para então realizar a coleta de
dados em cada rotação, com isso, em sua maioria a rotação máxima girava em torno
dos 1500rpm.

Na etapa inicial, era mantida a rotação em 0rpm e coletado os dados de força


do freio na célula de carga, rotação e pressão. Então, eram feitos aumentos de rotação
de valores próximos de 150rpm para cada etapa e realizada a coleta dos mesmos
dados em todas as etapas. Na rotação máxima além dos dados citados era coletada
também a vazão do vertedor através de um painel de visualização com uma escala
localizado na lateral do tanque do vertedor. Para todas as etapas foi mantida uma
pressão constante de 0,8 Bar controlada através de um varivolt instalado na bancada.

5. RESULTADOS

Durante o experimento laboratorial sobre a turbina de Pelton, foi anotado uma


série de medições em situações distintas para realização da análise a partir do
conteúdo teórico apresentado em sala e das equações pré-definidas para a
matéria.
Tabela 1:Folha de teste para abertura de 88%.

ABERTUR FORÇA POTÊNCIA MANÔMETR QUEDA POTÊNCIA RENDIMENTO


ROTAÇÃO VAZÃO ADUZIDA
A DO EIXO DO EIXO O LÍQUIDA DO JATO TOTAL

a n F Nef M H Q' Q Nj nt
% rpm N Kgfm/s Bar m m3/min m3/S Kgfm/s %
0 11,5 0 0
160 12,3 3,361344 0,145386851
310 12,6 6,671448 0,288557439
470 11,9 9,552844 0,413185294
605 11,1 11,470074 0,496110467
88 750 10,1 12,9381 0,8 8,16 0,17 0,002833333 23,12 0,559606401
900 9 13,8348 0,598391003
1040 7,945 14,1128624 0,610417924
1190 5,75 11,68699 0,505492647
1370 3,3 7,721868 0,33399083
1560 0,8 2,131584 0,09219654

Tabela 2:Folha de teste para abertura de 72%

ABERTUR FORÇA POTÊNCIA MANÔMETR QUEDA POTÊNCIA RENDIMENTO


ROTAÇÃO VAZÃO ADUZIDA
A DO EIXO DO EIXO O LÍQUIDA DO JATO TOTAL

a n F Nef M H Q' Q Nj nt
% rpm N Kgfm/s Bar m m3/min m3/S Kgfm/s %
0 11,6 0 0
150 11,2 2,86944 0,131867647
300 11,3 5,79012 0,266090074
450 10,8 8,30088 0,381474265
600 10 10,248 0,470955882
72 760 8,8 11,423104 0,8 8,16 0,16 0,002666667 21,76 0,524958824
900 7,8 11,99016 0,551018382
1050 6,45 11,56743 0,531591452
1200 4,6 9,42816 0,433279412
1350 2,6 5,99508 0,275509191
1500 0,75 1,9215 0,088304228
Tabela 3:Folha de teste para abertura de 55%

ABERTUR FORÇA POTÊNCIA MANÔMETR QUEDA POTÊNCIA RENDIMENTO


ROTAÇÃO VAZÃO ADUZIDA
A DO EIXO DO EIXO O LÍQUIDA DO JATO TOTAL

a n F Nef M H Q' Q Nj nt
% rpm N Kgfm/s Bar m m3/min m3/S Kgfm/s %
0 13,4 0 0
150 10,4 2,66448 0,139941176
300 10 5,124 0,269117647
450 9,7 7,45542 0,391566176
600 8,9 9,12072 0,479029412
55 750 8 10,248 0,8 8,16 0,14 0,002333333 19,04 0,538235294
900 7,1 10,91412 0,573220588
1050 5,8 10,40172 0,546308824
1200 4,4 9,01824 0,473647059
1350 2,4 5,53392 0,290647059
1500 0,8 2,0496 0,107647059

Tabela 4:Folha de teste para abertura de 38,9%.

ABERTUR FORÇA POTÊNCIA MANÔMETR QUEDA POTÊNCIA RENDIMENTO


ROTAÇÃO VAZÃO ADUZIDA
A DO EIXO DO EIXO O LÍQUIDA DO JATO TOTAL

a n F Nef M H Q' Q Nj nt
% rpm N Kgfm/s Bar m m3/min m3/S Kgfm/s %
0 8,5 0 0
150 8,2 2,10084 0,140430481
300 8 4,0992 0,274010695
450 7,45 5,72607 0,38275869
600 6,7 6,86616 0,458967914
38,9 750 5,9 7,5579 0,8 8,16 0,11 0,001833333 14,96 0,505207219
900 5,15 7,91658 0,529183155
1050 4,3 7,71162 0,51548262
1200 3 6,1488 0,411016043
1350 1,7 3,91986 0,262022727
1500 0,8 2,0496 0,137005348

Através dos dados obtidos e calculados foi possível traçar as curvas


características da turbina de Pelton de rendimento por rotação, de potencia de eixo
por rotação e de vazão por rotação.
Gráfico 1:Curvas características da turbina de Pelton

Gráfico 2:Curvas características da turbina de Pelton


Gráfico 3:Curvas características da turbina de Pelton.
De acordo com o 1 e 3 é possível traçar curvas de iso-eficiência que
está plotado no gráfico 4.

Gráfico 4: Processo de obtenção da curva de Isorrendimento.


6. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Após obter os dados da prática realizada com 4 diferentes tipos de abertura,


notam-se os seguintes dados, quanto maior a abertura maior será tanto os seus
rendimentos, potencial vazão, mas como visto nas práticas anteriores isto tudo
depende de como será utilizado a sua bomba, é possível obter resultados similares
comparando a maior abertura do motor e a menor abertura do motor. No gráfico de
rendimento os resultados são bastantes próximos, fazendo com que dependendo da
escolha em relação ao quanto sua bomba for entregar de rendimento poder ser
qualquer uma das aberturas.

Em relação à vazão, os resultados obtidos são diferentes, pois como a vazão


está relacionada a abertura da bomba, a vazão pode ser grande ou pode ser pequena,
e como não está sendo alterado a abertura da bomba, o valor se mantém constante.
Agora o ponto mais importante está relacionado a potência do eixo, isto pode interferir
drasticamente no seu projeto, pois dependendo de quanto o seu projeto foi definido
para tal gasto de energia, deve-se observar atentamente o quanto de abertura será
necessária na sua bomba para não ocorrer gastos desnecessários em relação à
energia. E por fim em relação ao gráfico de Ineficiência relacionada ao rendimento e
vazão, pode-se notar que foi traçado duas bases de dados, onde temos a ineficiência
de 20% e 50%, na curva de 20% é possível visualizar que existe uma curva mais plana
e prolongada em relação à vazão que faz não variar muito, por outro lado, a curva em
relação a 50% é uma curva mais voltada a uma parábola extensa e curta, fazendo
com que a bomba possa variar muito em relação à vazão.

Observa-se que, à medida que a abertura da turbina aumenta, a rotação, a


força do eixo, a potência do eixo e a potência do jato também aumentam, enquanto o
rendimento total tende a diminuir. Isso sugere uma relação direta entre a abertura da
turbina e a quantidade de energia disponível para ser convertida em potência
mecânica. No entanto, um aumento excessivo na abertura pode resultar em uma
diminuição do rendimento total devido a perdas de energia por atrito e turbulência.
7. CONCLUSÃO

Foi observado que a análise dos resultados obtidos com os testes realizados
com diferentes aberturas da turbina mostrou que a variação da abertura influencia
diretamente no rendimento, na vazão e na potência do eixo da máquina. Foi destacado
que a escolha da abertura da bomba deve ser cuidadosamente avaliada para evitar
gastos desnecessários de energia.

Outro ponto visto, é a variação da rotação que existia na turbina, em alguns


pontos vistos na prática houve alguns erros na coleta de dados por conta desta
instabilidade de rotação, para se obter dados mais precisos é necessário de uma
estabilização da turbina Pelton ou um dispositivo mais calibrado para ajuste da
abertura da máquina pois como é uma turbina movida a água é possível haver uma
variação por conta do impacto e velocidade dos fluídos impactando as pás da turbina.

Esta prática foi de grande aprendizado pois foi possível verificar o estado de
como uma bomba se comporta, como a rotação impacta em relação aos dados obtidos
e como uma simples abertura de bomba pode impactar diretamente em relação ao
seu projeto, podendo ser positivamente ou negativamente.

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