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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE
CAMPUS MOSSORÓ
CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM MECÂNICA
DESENHO MECÂNICO

COMPONTENTES MECÂNICOS: REBITES, ARRUELAS, SOLDA E CHAVETAS.

MOSSORÓ/RN
2017

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ARTHUR STHEPHANI DE OLIVEIRA MORAIS
IVANIO DIEGO DE OLIVEIRA DIAS
JEIEL MATEUS GOMES LIRA
JOSIVAN LIMA DE ALCÂNTARA

COMPONTENTES MECÂNICOS: REBITES, ARRUELAS, SOLDA E CHAVETAS.

Trabalho referente ao desenvolvimento


de projeto integrador, apresentado ao
IFRN campus Mossoró, como parte das
exigências para a obtenção da nota da
primeira avalição.

Docente:
Prof. Dr. Jeronimo Mailson Cipriano
Carlos Leite

MOSSORÓ/RN
2017

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Sumário

Introdução 4
Rebites 5
Arruelas 7
Solda 12
Chavetas 18
Conclusão 21
Referências bibliográficas 22

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1. Introdução

Em qualquer construção, por mais simples que esta seja, é necessário fazer a
união de peças entre si. Para isso, em mecânica, há a exigência de elementos de
fixação. Portanto, os elementos de fixação têm como objetivo principal unir duas ou
mais peças de forma fixa ou móvel em projetos mecânicos. Esses fixadores possuem
aplicações e funções diferenciadas, onde alguns visam à fixação permanente e outros
e permitem até a rotação de peças com segurança.

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2. Rebite
Formado por um corpo cilíndrico e uma cabeça, é fabricado em aço, alumínio,
cobre ou latão. É usado para a fixação permanente de duas ou mais peças.
Os rebites unem rigidamente peças ou chapas, principalmente, em estruturas
metálicas, de reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de
transporte e treliças.
A fabricação de rebites é padronizada, ou seja, segue normas técnicas que
indicam medidas da cabeça, do corpo e do comprimento útil dos rebites.

Em estruturas metálicas se usa rebites de aço com cabeça arredonda, com


diâmetros padronizados de 10 até 36 mm (d) e comprimentos úteis padronizados de
10 até 150 mm (L).
Há também rebites com nomes especiais, como os de tubo, de alojamento
explosivo, etc.
O rebite explosivo, por exemplo, possui uma cavidade cheia de carga explosiva
e, quando é aplicado um dispositivo elétrico na cavidade, ocorre a explosão. Além

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desse, outro que se destaca é o rebite de repuxo, conhecido por “rebite pop”. Este é
empregado para unir peças com rapidez, economia e simplicidade.
Na hora da escolha do rebite, é necessário que se saiba: de que material é
feito, qual o tipo de cabeça, qual o diâmetro do seu corpo e o seu comprimento útil.
Para fazer a rebitagem, é necessário colocar o rebite em furos já feitos anteriormente
nas peças a serem unidas.
Esse processo de rebitagem pode ser feito manualmente ou de forma
mecânica, através de martelo pneumático. O processo manual é utilizado quando em
locais difíceis ou em peças pequenas.
Além disso, tanto de forma manual como a mecânica, é possível utilizar a
rebitagem ou a quente ou a frio, sendo a rebitagem a quente indicada para rebites com
diâmetro superior a,35 mm, já a rebitagem a frio é feita por martelamento simples,
indicada para rebites de até 6,3 mm.

2.1. Simbologia dos rebites

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3. Arruelas
A maioria dos conjuntos mecânicos apresenta elementos de fixação. Onde
quer que se usem esses elementos, seja em máquinas ou em veículos automotivos,
existe o perigo de se produzir, em virtude das vibrações, um afrouxamento imprevisto
no aperto do parafuso. Para evitar esse inconveniente utilizamos um elemento de
máquina chamado arruela.

As arruelas têm a função de distribuir igualmente a força de aperto entre a


porca, o parafuso e as partes montadas. Em algumas situações, também funcionam
como elementos de trava. Os materiais mais utilizados na fabricação das arruelas são
aço-carbono, cobre e latão.
3.1. Tipos de arruela
Existem vários tipos de arruela: lisa, de pressão, dentada, serrilhada, ondulada,
de travamento com orelha e arruela para perfilados. Para cada tipo de trabalho, existe
um tipo ideal de arruela.
3.1.1. Arruela lisa
Além de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem, também, a função de
melhorar os aspectos do conjunto. A arruela lisa por não ter elemento de trava, é
utilizada em órgãos de máquinas que sofrem pequenas vibrações.

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3.1.2. Arruela de
pressão
A arruela de pressão é utilizada na montagem de conjuntos mecânicos,
submetidos a grandes esforços e grandes vibrações. A arruela de pressão funciona,
também, como elemento de trava, evitando o afrouxamento do parafuso e da porca. É,
ainda, muito empregada em equipamentos que sofrem variação de temperatura
(automóveis, prensas etc.).

3.1.3. Arruela dentada


Muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com
pequenos esforços, como, eletrodomésticos, painéis automotivos, equipamentos de
refrigeração etc. O travamento se dá entre o conjunto parafuso/porca. Os dentes
inclinados das arruelas formam uma mola quando são pressionados e se encravam na
cabeça do parafuso.

3.1.4. Arruela serrilhada


A arruela serrilhada tem, basicamente, as mesmas funções da arruela dentada.
Apenas suportam esforços um pouco maiores. É usada nos mesmos tipos de trabalho
que a arruela dentada.

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3.1.5. Arruela
ondulada
A arruela ondulada não tem cantos vivos. É indicada, especialmente, para
superfícies pintadas, evitando danificação do acabamento. É adequada para
equipamentos que possuem acabamento externo constituído de chapas finas.

3.1.6. Arruela
de travamento com orelha
Utiliza-se esta arruela dobrando-se a orelha sobre um canto vivo da peça. Em
seguida, dobra-se uma aba da orelha envolvendo um dos lados chanfrado do conjunto
porca/parafuso.

3.1.7. Arruela para perfilados


É uma arruela muito utilizada em montagens que envolvem cantoneiras ou
perfis em ângulo. Devido ao seu formato de fabricação, este tipo de arruela compensa
os ângulos e deixa perfeitamente paralelas as superfícies a serem parafusadas.

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Os tipos de arruelas mais usados são os vistos até aqui. Porém, existem outros
tipos menos utilizados:

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4. Solda

Soldagem é um processo que visa a união localizada de materiais, similares ou


não, de forma permanente, é também a forma mais importante de união permanente
de peças usadas industrialmente. Por ser bastante usada em tubulações e em peças
mecânicas, é indispensável sua aprendizagem para um técnico mecânico que
necessitara desenhar ou interpretar um desenho que indique uma solda.
No capítulo sobre soldagem aprendemos: Como devemos indicar nos
desenhos mecânicos se uma peça que será soldada deve ou não ser chanfrada, como
podemos indicar o local da solda no desenho, os símbolos a serem utilizados para tais
indicações as recomendações feitas para uma melhor precisão dos desenhos e por
fim muitos exemplos para facilitar o entendimento daqueles que querem aprender as
representações de solda no AutoCAD.
Símbolos utilizados para a representação de solda nos desenhos
mecânicos:

Para desenharmos as indicações soldadas no AutoCAD utilizaremos os


comandos: ACAD-FÁCIL > Símbolos > Símbolos de solda “SS” ou “SO”> marcaremos
a opção Filete > OK> E começamos o desenho. Nos símbolos de solda “SS” ou “SO”
é onde poderemos alterar qualquer configuração desejada em relação a tal desenho,
como por exemplo: a dimensão da solda, comprimento do cordão, espaço entre os
cordões, superfície da solda, Ângulo de recorte e dentre outras opções.

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1.1. Exemplo do desenho gráfico de solda

Utilizam-se os símbolos para economizar espaço e trabalho nos desenhos dos


projetos e, ao mesmo tempo, fornecer tantas informações quanto se poderiam
encontrarem longos parágrafos; além disso, os símbolos tornam a interpretação do
desenho mais rápida e fácil. Os símbolos de soldagem podem ser classificados em
dois grandes grupos: os símbolos básicos e os suplementares. A norma AWS
considera um terceiro grupo, o dos símbolos típicos, que reúne todos os símbolos
necessários ã situação de soldagem, bem como as dimensões e especificações de
materiais.

1.1.1. Símbolos básicos

Os símbolos básicos de soldagem transmitem as informações elementares do


processo. Segundo a AWS, as partes sempre presentes na representação simbólica
da soldagem são a linha de referência e a linha de seta.

A linha de referência é um traço horizontal que serve de suporte para as


informações a respeito da soldagem. Conforme sua localização, acima ou abaixo da
linha da referência, os símbolos utilizados indicam ações diferentes.

Um símbolo colocado abaixo da linha de referência determina que o


procedimento de soldagem deve ser feito no lado indicado pela linha de seta; se o
símbolo estiver acima da linha, a soldagem deverá ser feita no lado oposto da linha de
seta.

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No caso de soldagem em ambos os lados da peça, aparecerão dois símbolos,
um acima e outro abaixo da linha de referência.

A linha de seta parte de uma das extremidades da linha de referência e indica a


região a ser soldada; o local exato da soldagem é especificado pelo posicionamento
do símbolo, acima ou abaixo da linha de referência. A linha da seta pode ser colocada
tanto na extremidade esquerda quanto na direita da linha de referência; cabe ao
desenhista do projeto decidir a localização adequada, de acordo com o espaço e a
estética do desenho.

A linha de seta pode ser contínua ou quebrada, esta também chamada


ziguezague. A linha de seta contínua indica que qualquer um dos lados da junta pode
apresentar chanfro. A linha de seta quebrada ou ziguezague indica o lado da junta que
deverá ser chanfrado.

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A
outra
extremidade da linha de referência pode apresentar um símbolo semelhante a uma
letra v deitada.

Este símbolo é chamado cauda e traz informações a respeito de


procedimentos, especificação e normas estabelecidos por associações de soldagem.
Essas indicações são compostas de algarismos e letras, representativos do
procedimento. Se não for necessária nenhuma especificação, o desenho da cauda
pode ser dispensado.

O símbolo da solda por costura é representado como um círculo colocado no


meio da linha de referência e apresenta dois traços horizontais que cortam o círculo,
um acima e outro abaixo da linha de referência.

O símbolo de solda em ângulo é representado como um triângulo retângulo


colocado, acima ou abaixo da linha de referência.

A solda de tampão é representada por um retângulo colocado acima ou abaixo


da linha de referência. O retângulo pode conter algarismos, indicando a medida do
enchimento em milímetros; a omissão da medida indica que o enchimento é total.

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O símbolo de solda por ponto é representado como um círculo colocado no
meio da linha de referência.

O símbolo da solda de revestimento é representado como dois semicírculos


colocados abaixo da linha de referência e indica que uma ou mais camadas de cordão
serão adicionadas ao metal de base, uma ao lado da outra.

O símbolo de solda por projeção é representado como um círculo colocado


tangencialmente à linha de referência, acima ou abaixo dela.

O símbolo da solda de junta sem chanfro é representado como duas linhas


verticais, em um dos lados ou nos dois lados da linha de referência.

Os símbolos das juntas com chanfro são V ou X, meio Vou K, U ou duplo U, J


ou duplo J. O chanfro de uma junta é indicado por meio desses símbolos, colocados
na linha de referência.

Os variados tipos de juntas com chanfro, seus respectivos símbolos e as


representações deles nas juntas podem ser vistos no quadro.

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5. Chavetas
É um elemento mecânico fabricado em aço. Sua forma, em geral, é retangular
ou semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça. A
chaveta tem por finalidade ligar dois elementos mecânicos.

1.1. Classificação:
As chavetas se
classificam em:
 Chavetas de cunha;
 Chavetas paralelas;
 Chavetas de disco.

1.1.1. Chavetas de cunha


As chavetas têm esse nome porque são parecidas com uma cunha. Uma de
suas faces é inclinada, para facilitar a união de peças.
As chavetas de cunha classificam-se em dois grupos:
 Chavetas longitudinais;
 Chavetas transversais.
Chavetas longitudinais
São colocadas na extensão do eixo para unir roldanas, rodas, volantes etc.
Podem ser com ou sem cabeça e são de montagem e desmontagem fácil.

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Sua inclinação é de 1:100 e suas medidas principais são definidas quanto a:
 Altura (h);
 Comprimento (L);
 Largura (b).

Chavetas transversais
São aplicadas em união de peças que transmitem movimentos rotativos e
retilíneos alternativos. Quando as chavetas transversais são empregadas em uniões
permanentes, sua inclinação varia entre 1:25 e 1:50. Se a união se submete a
montagem e desmontagem frequentes, a inclinação pode ser de 1:6 a 1:15.

1.1.2. Chavetas paralelas ou linguetas


Essas chavetas têm as faces paralelas, portanto, não têm inclinação. A
transmissão do movimento é feita pelo ajuste de suas faces laterais às laterais do
rasgo da chaveta. Fica uma pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o
fundo do rasgo do elemento conduzido.

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As chavetas paralelas não possuem cabeça. Quanto à forma de seus
extremos, eles podem ser retos ou arredondados. Podem, ainda, ter parafusos para
fixarem a chaveta ao eixo.

1.1.3. Chaveta de disco ou meia-lua (tipo woodruff)


É uma variante da chaveta paralela. Recebe esse nome porque sua forma
corresponde a um segmento circular.

É comumente empregada em eixos cônicos por facilitar a montagem e se


adaptar à conicidade do fundo do rasgo do elemento externo.

6. Conclusão

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Visto que o desenho técnico é uma linguagem universal é de fundamental
importância o técnico em mecânica dominar essa linguagem e assim se manter
capacitado em desempenhar essa função tão requerida no mercado de trabalho.
Os elementos abordados nesse trabalho são de fundamental importância para a
indústria mecânica, e o domínio do conhecimento das representações gráficas trazem
ao profissional a possibilidade da leitura de projetos e execução dos mesmos
conforme as normas nos orientam.

7. Referências bibliográficas

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 METÁLICA. Para entender os elementos de fixação. Disponível em:
<http://wwwo.metalica.com.br/para-entender-os-elementos-de-fixacao>. Acesso
em: 26 nov. 2017.
 ITO, Paulo. Símbolos de rebites. Disponível em:
<http://pauloito.blogspot.com.br/2016/06/simbolos-de-rebites.html>. Acesso em:
27 nov. 2017.
 ENGENHARIA, Essel. Arruelas. Disponível em:
<http://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/11elem.pdf>.
Acesso em: 26 nov. 2017.
 SENAI. SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM: SÍMBOLOS BÁSICOS. Disponível
em: <http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/simbologia-de-
soldagem/287-simbologia-de-soldagem-simbolos-basicos.html>. Acesso em:
26 nov. 2017.
 ENGENHARIA, Essel. Chavetas. Disponível em:
<http://essel.com.br/cursos/material/01/ElementosMaquinas/13elem.pdf>.
Acesso em: 26 nov. 2017.

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