Rubens R. Martins Dos Santos: Cristine Gonçalves

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RUBENS ROBERVALDO MARTINS DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado
de Sao Paulo, protocolado em 05/08/2022 às 17:10 , sob o número 10178714720228260554.

fls. 1
Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

Advogado Advogada
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE
DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE SANTO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEB0.
ANDRÉ
JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA. pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 40.606.106/0001-
58, com sede na Avenida da Saudade nº 290, apartamento 102, Vila
Assunção, Santo André, São Paulo, neste ato representada na forma
do contrato social por SÉRGIO LUIZ DE ANDRADE JÚNIOR,
brasileiro, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº
44.182.027-X SSP/SP, inscrito no CPF sob nº 228.443.128-37, por
seu advogado, constituído nos termos do incluso instrumento de
mandato (anexo 10), com escritório no endereço abaixo declinado,
onde receberá intimações e notificações, vem respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência para propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
Em face de AGULHAS NEGRAS

DISTRIBUIDORA AUTOMÓVEIS LTDA. pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ sob nº 03.338.422/0001-60, estabelecida
na Avenida Doutor Rudge Ramos nº 837, Rudge Ramos, São
Bernardo do Campo, São Paulo- CEP 09639-000, endereço
eletrônico: nfe@agulhasnegras.com.br, BMW DO BRASIL LTDA.
inscrita no CNPJ nº 00.882.430/0001-84, com sede na Avenida
Doutor Chucri Zaidan nº 1,240, 23º andar, São Paulo- CEP 04711-
130 e PIRELLI PNEUS LTDA. pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ nº 59.179.838/0001-37, com sede na Avenida
Capuava, 603, sala 01, vila Homero Thon, Santo André, São Paulo-
CEP 09111-000, endereço eletrônico desconhecido, que faz pelas
razões a seguir demonstradas:
1
Rua Dom Duarte Leopoldo e Silva, 27 – Cj. 143 – Ed.Opus – Santo André/SP- 09015-560
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
E-mails: martins.adv@globo.com / rubensadv55@gmail.com
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RUBENS ROBERVALDO MARTINS DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/08/2022 às 17:10 , sob o número 10178714720228260554.
fls. 2

Advogado Advogada
I-DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
1.A Requerente não se opõe pela realização
de audiência de conciliação ou mediação, nos termos do artigo 319,
inciso VII, do Código de Processo Civil;
II- DOS FATOS
2.A Requerente, adquiriu da 1ª Requerida, em

09 de agosto de 2021, o veículo BMW 3201 M SPORT, ANO 2021-
modelo 2022, CHASSI: 98M5Z9004N4002950, cor 475-preto safira,
conforme nota fiscal nº 000106645, série 001 (anexo 21), estando o
veículo coberto pela garantia do fabricante de 05 (cinco) anos para
as peças, presumindo a mesma garanta para os pneus;
3.O veículo adquirido pela Requerente foi

fabricado e montado com pneus da categoria “run flat” fornecidos
pela 3ª Requerida Pirelli à 2ª Requerida BMW, observando que os
pneus com essa tecnologia são classificados como um diferencial
inovador do veículo, conforme informações da 1ª Requeria Agulhas
Negras Distribuidora de Automóveis Ltda.
4.Ocorre, entretanto, que o representante

legal da Requerente, SERGIO LUIZ DE ANDRADE JÚNIOR
conduzia o veículo supracitado ao retornar de viagem com sua
família, no dia 19 de fevereiro de 2022, pela Rodovia dos
Bandeirantes sentido Capital, quando no painel de computador de
bordo do veículo acusou uma anormalidade nos pneus, o mesmo
parou com o veículo no posto e, ao calibrar saiu uma bolha na lateral
do pneu dianteiro, causando surpresa ao condutor e representante
legal da Requerente, pois se tratava de veículo novo, adquirido zero
quilometro, se encontrava com 8.000 km, com seis meses de uso à
época dos fatos (19/02/2022), observando que o referido veículo é
utilizado pelo representante legal do demandante para ir ao trabalho,
visitar clientes e viajar nos feriados com a família para o interior do
estado, pelas Rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera;
2
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 3

Advogado Advogada
5.Após os fatos, o representante legal do
Requerente entrou em contato com a 1ª Requerida em busca de
solução, já que o veículo não estava sendo utilizado, fez reclamações
junto a Pirelli Pneus Ltda. e entrou em contato pelo número de
telefone 0800-728.7638 de revendedoras de pneus informado pela
própria Pirelli e com a concessionária onde foi adquirido o veículo,
contudo, não resultou frutífera as tentativas amigáveis;
6.A Requerente, por meio de seu

representante legal, seguiu todos os procedimentos que lhe foi
pedido, inclusive aguardou pela elaboração do laudo indicado pela 3ª
Requerida, no qual a anomalia relatada foi a formação de bolha na
lateral do pneu (anexo 36/37), constando a seguinte observação: “A
análise evidenciou que o pneu encontra-se dentro dos padrões normais de
fabricação, sem quaisquer degradações ou imperfeições decorrentes do
processo produtivo. Apresenta, porém, rompimento de sua estrutura na região
da banda de rodagem (área que fica em contato com o solo) devido a forte
impacto contra buraco ou obstáculo. Não se trata, portanto, de falha imputável à
fabricação do pneu”;
O laudo realizado por profissionais indicados

pela 3ª Requerida e fabricante dos pneus (Pirelli Pneus Ltda.) revela
se tratar de um laudo padrão, no qual afirma não haver defeito na
fabricação e que os danos constatados no pneu é em razão de mau
uso em decorrência de impacto, contudo, inaceitável o resultado do
laudo elaborado pela 3ª Requerida de forma unilateral, isso porque
os pneus são novos e com apenas 06 (seis) meses de uso à época
dos fatos (19/02/2022);
7.Vale destacar que o veículo, como já

mencionado, é utilizado pelo representante legal da Requerente
para ir ao trabalho, visitar clientes e nos feriados costuma transitar
pelas Rodovias Bandeirantes e Anhanguera, sempre transitando por
ruas com asfalto e sem buracos ou desníveis, não expondo o veículo
ao uso de alto impacto que justificaria o surgimento de bolhas ou
desgaste dos pneus, mesmo porque o veículo e os pneus são novos
3
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 4

Advogado Advogada
com apenas 06 (seis) meses de uso na época dos fatos (19/02/2022),
observando que os pneus são RUN FLAT, transitava em velocidade
compatível com a localidade, pista em perfeito estado de
conservação, razão pela qual os danos causados nos pneus,
certamente são em razão da fabricação;
8.Como já mencionado, tanto a primeira

Requerida quanto a terceira Requerida foram notificadas do vicio dos
pneus e a falta do produto no mercado brasileiro, conforme e-mails e
mensagens pelo WhatsApp (anexos 23/32 e 33/35);
9.Vale ressaltar que, o veículo permaneceu

parado e sem uso por falta de pneus desde 19 de fevereiro de 2022
até 30 de abril de 2022, causando à Requerente e ao seu
representante legal transtorno e despesas pois o veículo foi adquirido
para o uso do dia-a-dia para ir ao trabalho, visitar clientes e nos
feriados ir ao interior pelas rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera;
10.A Requerente, ao adquirir o veículo objeto

da presente ação, teve a expectativa de receber um bem adequado
ao uso de acordo com as expectativas geradas na compra, ou seja,
sem a necessidade de qualquer adaptação, principalmente, que este
não possua nenhum defeito ou algum vício que lhe diminua o valor
ou que o impossibilite de utilizá-lo normalmente;
11.A Requerente, por não poder contar com a

reposição imediata e aquisição do mesmo modelo de pneu (RUN
FLAT) por falta do produto da mesma qualidade, teve que arcar com
o pagamento da importância de R$ 9.393,00 (nove mil, trezentos e
noventa e três reais), referente a aquisição de quatro pneus, mais
R$ 500,00 (quinhentos reais) referente montagem, balanceamento
e alinhamento, totalizando R$ 9.893,00 (nove mil, oitocentos e
noventa e três reais) em 30 de abril de 2022, conforme notas fiscais
(anexos 38/39). Esclarecendo que o representante legal do
Requerente não poderia ficar sem o veículo, isso porque o aludido
4
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 5

Advogado Advogada
automóvel é utilizado para levá-lo ao trabalho e viagens com a
família, como informado anteriormente;
12.Todas as tentativas amigáveis com as
Requeridas, restaram infrutíferas, razão pela qual não resta
alternativa à Requerente senão a presente ação, a fim de reaver os
valores gastos e ser ressarcida pelos danos decorrentes dos fatos
narrados;
DA SOLIDARIEDADE DAS REQUERIDAS
13.A responsabilidade da AGULHAS

NEGRAS DISTRIBUIDORA AUTOMÓVEIS LTDA. primeira
requerida se caracteriza por ser autorizada da segunda requerida
para representação e exportação dos veículos marca BMW, na qual
o Requerente adquiriu o veículo objeto da presente ação;
A segunda Requerida, BMW DO BRASIL

LTDA. é responsável por ser ela a fabricante do veículo adquirido
pelo Requerente;
A Terceira Requerida, PIRELLI PNEUS
LTDA. é responsável pelo produto que produziu e disponibilizou no
mercado, isso porque foi ela que produziu e vendeu os pneus
colocados no veículo adquirido pela Requerente, sendo dois deles
com problemas (bolhas);
DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
14.A norma que rege a proteção dos direitos

do consumidor, define, que o consumidor de produtos e serviços
deve ser abrigado das condutas abusivas de todo fornecedor, tendo
em vista a cristalina dicção de seu artigo 3º, Parágrafo 2º.
“Serviço é qualquer atividade fornecida no

mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
5
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 6

Advogado Advogada
decorrentes das relações de caráter trabalhista”. No caso e tela, tem-
se de forma nítida a relação consumerista caracterizada, conforme
redação dos artigos 3º e 2º da Lei 8.078/90;
15.Destaca-se que, ao adquirir um produto ou

serviço, o consumidor tem a legítima expectativa de o receber
adequadamente ao uso, de acordo com as expectativas geradas na
compra, ou seja, sem a necessidade de qualquer adaptação, e
principalmente que este não possua nenhum defeito ou vicio que lhe
diminua o valor ou que o impossibilite de utilizá-lo regularmente;
16.Nese sentido, é indiscutível a

caracterização da relação de consumo entre as partes, sendo de
rigor a aplicação do CDC no presente caso, invertendo, desde já, o
ônus probatório, a teor do artigo 6º, inciso VIII;
DAS PERDAS E DANOS
17.Conforme demonstrados pelos fatos

narrados anteriormente, revelando o nexo causal entre o dano e a
conduta das Requeridas, gerando o dever de indenizar à
Requerente, nos termos do disposto nos artigos 186, do Código Civil:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito. E artigo 187. “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
excedê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico
ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
No caso em tela, toda perda deve ser

indenizada, especialmente em razão da negligência das Requeridas
devendo ocorrer a devolução dos valores pagos, desde a aquisição
do produto, gastos com o alinhamento, balanceamento e demais
despesas, com a nova aquisição de pneus novos, conforme nota
fiscal que acompanha a inicial, já que não foi disponibilizado no
mercado pela Pirelli, pneus da marca RUN FLAT, obrigando à
Requerente adquirir quatro pneus de qualidade inferior;
6
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 7

Advogado Advogada
Destaca-se que a 3ª Requerida descumpriu o
disposto no artigo 32 do Código de Defesa do Consumidor, ao não
disponibilizar os pneus “run flat”;
DA RESTITUIÇÃO DA IMPORTÂNCIA PAGA PELA

REQUERENTE
18.Diante das provas juntadas, mensagens

de WhatsApp e e-mails (anexos 23/32 e 33/35) restou demonstrada
inequívoca do defeito nos pneus e tentativa de reposição dos
mesmos em razão da garantia, contudo, sem êxito junto às
Requeridas. O Código de Defesa do Consumidor assegura, em seu
artigo 18, que:
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de

trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente
e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma

espécie, em perfeitas condições de uso;
II- a restituição imediata da quantia paga,

monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III- o abatimento proporcional do preço
19.O artigo 6º, inciso VI, da legislação

consumerista estabelece que o consumidor tem o direito de ser
indenizado por prejuízos morais ou patrimoniais, decorrentes da
relação de consumo;
20.Desta forma, demonstrado que o prazo

estabelecido no dispositivo legal, sem que o fornecedor tenha
efetuado a reparação dos danos gerados, dever que foi negado, cabe
ao consumidor a escolha de qualquer das alternativas supracitadas;
7
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 8

Advogado Advogada
21.Assim sendo, diante do desgaste
ocasionado na relação de consumo com as Requeridas, tem-se por
devida a restituição imediata da importância paga pela Requerente
para aquisição dos pneus;
DO DANO MORAL
22.Diante Dos fatos e dos documentos que

acompanham a inicial, bem como o descaso das Requeridas no
fornecimento dos pneus, principalmente, o constrangimento,
humilhação que excede o mero dessabor, transtorno evidenciado
pela conversa com a 3ª Requerida (anexo23/32) e o tempo utilizado
para solução e em busca dos pneus danificados, não restam dúvidas
quanto ao dever de indenizar, uma vez que a atitude das Requeridas
acarreta nítida falha na prestação de serviços relativo ao
fornecimento dos pneus, os quais, aliás, estavam na garantia,
causando danos à consumidora, ora Requerente, o que ultrapassa
as situações aceitáveis do dia a dia, portanto, é passível de
indenização, resta apenas delimitar os valores a serem pagos para a
Requerente como forma de compensação e como forma de sanção
às Requeridas;
DOS PEDIDOS
23.Isto posto, requer a Vossa Excelência:
A citação das Requeridas, na pessoa de seus

representantes legais, pelo correio (artigo 221, do Código de
Processo Civil), nos endereços que constaram no preâmbulo desta
vestibular, para, querendo, apresentem defesa, sob pena de não o
fazendo ser decretada sua revelia e confissão;
Que, seja julgada procedente a presente

ação, condenando as Requeridas, solidariamente, a ressarcir à
Requerente a importância de R$ 9.893,00 (nove mil, oitocentos e
noventa e três reais), corrigida monetariamente desde o
8
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 9

Advogado Advogada
desembolso (30 de abril de 2022) e acrescido de juros moratórios
desde 03/04/2022, bem como, sejam condenadas no pagamento de
indenização por dano moral, cuja importância deverá ser fixada por
Vossa Excelência;
Sejam as Requeridas CONDENADAS no

pagamento das custas e despesas processuais, honorários
advocatícios nos termos do artigo 85, do Código de Processo Civil;
DOS REQUERIMENTOS
24.Requer a INVERSÃO DO ÔNUS DA

PROVA, em razão da relação de consumo, nos termos do artigo 6º,
inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor;
25.Dá-se à causa o valor de R$ R$ 9.893,00

(nove mil, oitocentos e novena e três reais).
Termos em que
Pede deferimento.
Santo André, 05 de agosto de 2022.
Rubens R. Martins dos Santos

OAB/SP 94.290
9
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 10
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEBC.
fls. 11
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEBE.
fls. 12
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEBE.
fls. 13
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEC1.
fls. 14
fls. 15
fls. 16
fls. 17
fls. 18
fls. 19
fls. 20
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FECB.
fls. 21
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FECF.
fls. 22
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FED1.
fls. 23
fls. 24
fls. 25
fls. 26
fls. 27
fls. 28
fls. 29
fls. 30
fls. 31
fls. 32
fls. 33
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEDD.
fls. 34
fls. 35
fls. 36
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEE0.
fls. 37
fls. 38
fls. 39
fls. 40
fls. 41
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEEB.
fls. 42
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEF0.
fls. 43
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB5FEF4.
fls. 44
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA de Santo André
FORO DE SANTO ANDRÉ
6ª VARA CÍVEL
Praça IV Centenário, 03, ., Centro - CEP 09015-080, Fone: (11)
4435-6821, Santo André-SP - E-mail: stoandre6cv@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB8580A.
CERTIDÃO
Processo Digital n°: 1017871-47.2022.8.26.0554

Classe – Assunto: Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Material
Requerente: JR Andrade Empreendimentos Imobiliários e Administração de Bens Ltda.
Requerido: Agulhas Negras Distribuidora de Automóveis Ltda e outros
CERTIDÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DENISE DE ALMEIDA GABRIEL, liberado nos autos em 08/08/2022 às 14:46 .
Certifico e dou fé que o pagamento da taxa judiciária está regular. Certifico
ainda que, nos termos do Provimento CG 01/2020 e CG 2199/2021, a guia
DARE de fl. 42 foi inutilizada pelo sistema SAJ/PG5. Santo André, 08 de
agosto de 2022. Eu, ___, Denise de Almeida Gabriel, Escrevente Técnico
Judiciário.
fls. 45

COMARCA DE SANTO ANDRÉ
6ª VARA CÍVEL
Praça IV Centenário, 03, . - Centro
CEP: 09015-080 - Santo André - SP
Telefone: (11) 4435-6821 - E-mail: stoandre6cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB85966.
DECISÃO
Processo nº: 1017871-47.2022.8.26.0554

Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Material
Requerente: Jr Andrade Empreendimentos Imobiliários e Administração de
Bens Ltda.
Requerido: Pirelli Pneus Sa e outros
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Bianca Ruffolo Chojniak
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por BIANCA RUFFOLO CHOJNIAK, liberado nos autos em 08/08/2022 às 15:55 .
Vistos.
Cite-se, por carta, observadas as formalidades legais e disposições

no Código de Processo Civil, para contestar em 15 (quinze) dias.
P. Int.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME

IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
Processo nº 1017871-47.2022.8.26.0554 - p. 1
fls. 46

6ª VARA CÍVEL
Praça IV Centenário, 03 - Santo André-SP - CEP 09015-080
CARTA DE CITAÇÃO - RITO COMUM – PROCESSO DIGITAL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB89B35.
Processo Digital nº: 1017871-47.2022.8.26.0554
Destinatário:
Agulhas Negras Distribuidora de Automóveis Ltda
Avenida Doutor Rudge Ramos, 837, Rudge Ramos
São Bernardo do Campo-SP
CEP 09639-000
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.
ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.
OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. Santo André, 08 de agosto de 2022. Bianca Ruffolo Chojniak - Juiz de Direito.
fls. 47

6ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB89B6C.
Destinatário:
BMW do Brasil Ltda
Avenida Doutor Chucri Zaidan, 1.240, 23º andar, Vila Sao Francisco (zona Sul)
São Paulo-SP
CEP 04711-130
fls. 48

6ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB89BA2.
Destinatário:
Pirelli Pneus LTDA
Avenida Capuava, 603, sala 01, Vila Homero Thon
Santo André-SP
CEP 09111-000
fls. 49
Foro de Santo André Emitido em: 09/08/2022 02:14

Certidão - Processo 1017871-47.2022.8.26.0554 Página: 1
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DB99E55.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0694/2022, encaminhada para publicação.
Advogado Forma
Rubens Robervaldo Martins dos Santos (OAB 94290/SP) D.J.E
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 09/08/2022 às 02:14 .
Teor do ato: "Vistos. Cite-se, por carta, observadas as formalidades legais e disposições no Código de
Processo Civil, para contestar em 15 (quinze) dias. P. Int."

fls. 50

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DBBE2D9.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO
Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0694/2022, foi disponibilizado no Diário de Justiça
Eletrônico em 10/08/2022. Considera-se a data de publicação em 11/08/2022, primeiro dia útil subsequente à
data de disponibilização.
Advogado
Rubens Robervaldo Martins dos Santos (OAB 94290/SP)
Teor do ato: "Vistos. Cite-se, por carta, observadas as formalidades legais e disposições no Código de
Processo Civil, para contestar em 15 (quinze) dias. P. Int."

fls. 51
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 17/08/2022 às 03:01 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DC922D1.
fls. 52
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DCDFE2E.
fls. 53
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DCF7DEB.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CARLOS AUGUSTO TORTORO JUNIOR e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/09/2022 às 13:48 , sob o número WSNE22702692699
fls. 54
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 01ª VARA CÍVEL DE SANTO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DEF383C.
ANDRÉ/SP.
Processo nº 1017871-47.2022.8.26.0554
PIRELLI PNEUS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no

CNPJ/MF sob o nº. 59.179.838/0001-37, com sede na cidade de Santo André, Estado
1
de São Paulo, na Avenida Capuava, nº. 603, 01º Andar, Sala 01, Vila Homero Thon,
CEP 09.111-000 (“Pirelli”), por seus advogados que esta subscrevem, nos autos da
Ação em epígrafe, promovida por JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E
ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA vem, respeitosamente à presença de Vossa
Excelência apresentar a sua CONTESTAÇÃO, pelas razões de fato e direito a seguir
aduzidas:
1. BREVE SÍNTESE DA DEMANDA
Trata-se de Ação Indenizatória por Danos Materiais e Morais, em

face da Pirelli Pneus Ltda, Agulhas Negras e BMW do Brasil.
Alega a Autora que, no dia 09/08/2022, adquiriu do 1º Réu um

veículo BMW 3201 M Sport equipados com pneus Pirelli.
.
fls. 55
Alega que, após aproximadamente 06 meses de utilização, os
pneus começaram a apresentar problemas de banda de rodagem, de modo que
tinham sido excessivamente consumidos, apresentando “bolhas” na lateral, por
motivo desconhecido, alheio à vontade da Autora e não guardando qualquer
relação com a conduta preventiva que mantinha.
Assim, foi realizado uma análise técnica pela Pirelli nos pneus, tendo
a Autora enviado apenas dois pneus para análise, momento em que restou
constatado que os pneus se encontram dentro dos padrões normais de fabricação,
sem quaisquer degradações ou imperfeições decorrentes do processo produtivo.
Por não concordar com a recusa, a Autora ajuizou a presente

demanda, requerendo a restituição do valor de R$ 9.893,00 (nove mil, oitocentos e
noventa e três reais), bem como indenização à título de danos morais a ser
arbitrada pelo D. Juízo.
Contudo, como restará demonstrado nestes autos, não assiste 2
razão para a Autora pleitear as indenizações mencionadas, pois: (i) perdeu o

direito de reclamar pelo vício do produto, em razão da ocorrência da decadência
(art. 26 do CDC); (ii) não há provas fidedignas de que os pneus questionados foram
produzidos com defeito pela Ré Pirelli; (iv) os pneus (dois) foram entregues para
estudo e nenhum problema foi encontrado pela fabricante; (v) não há a
comprovação de que a Autora teve de fato um prejuízo causado por esta Ré para
pleitear a restituição do valor pago pelo produto e; (vi) não há qualquer
demonstração da existência de danos morais no presente caso ocasionados pela
Ré.
.
fls. 56
2. A REALIDADE DOS FATOS
2.1. BREVE INTRODUÇÃO SOBRE PNEUS – O ESTUDO ELABORADO PELA PIRELLI E A
INEXISTÊNCIA DE QUALQUER DEFEITO DE FABRICAÇÃO
Como já apontado acima, a Autora relatou na inicial ter efetuado

a compra de veículo equipado com pneus fabricados pela Pirelli, os quais
suspostamente apresentaram problemas, decorrentes de defeito de fabricação,
requerendo assim, a indenização pelos danos matérias e morais supostamente
sofridos.
Pois bem. Inicialmente, faz-se necessário trazer ao conhecimento

deste Juízo uma breve exposição sobre o produto questionado nestes autos: os
pneus fabricados pela Ré Pirelli.
Sabe-se que os pneus são sensíveis à pressão, carga, temperatura e

velocidade de rolamento. As variações de tais parâmetros afetam
significativamente a durabilidade do produto. 3
O exemplo clássico é aplicação esportiva de um pneu onde estes

parâmetros são levados ao extremo, reduzindo exponencialmente a sua vida útil, a
qual em muitos casos atinge apenas algumas dezenas de quilômetros rodados.
No entanto, os fabricantes de pneus desenvolveram diversas

formulações com aplicações específicas, bem como também desenvolveram
projetos de acordo com o uso do veículo.
Atualmente, existe uma grande variedade de desenhos, compostos

e estruturas diferenciadas que permitem aos pneus se adequarem da melhor
maneira à aplicação e as características construtivas do veículo, como por
exemplo, para o uso específico de carga, uso passeio, uso em condições rurais e
vias não pavimentadas (off road), uso misto (on/off road), uso em alta performance
(velocidade limite elevada), etc.
.
fls. 57
Tais aplicações do pneu, somadas às suas dimensões, interferem
diretamente no seu custo final, tornando-o um dos componentes com a maior
gama de variações para o uso veicular.
Os pneus on/off road ou de uso misto são aqueles normalmente

aplicados nos utilitários e caminhonetes, podendo ser utilizado em uso misto
moderado em vias pavimentadas ou não. Devido à configuração de sua banda
de rodagem e dimensões, normalmente produzem ruídos característicos quando
em uso por vias pavimentadas, principalmente a partir de velocidades moderadas.
Neste sentido, é necessário destacar que todos os produtos

fabricados pela Ré passam por um rigoroso controle de qualidade, adequado aos
padrões internacionais e nacionais fixados, inclusive, pelo INMETRO1
Como exemplo, é necessário destacar também que todos os pneus

fabricados pela Pirelli passam por minuciosa inspeção através de análise estrutural
realizada por aparelhos de raios-X, além da verificação eletrônica e manual para 4
aferir sua consonância com os padrões exigidos pelo mercado consumidor.
Os padrões de qualidade internacionais são seguidos para todas as

etapas do processo produtivo. Assim, os testes de qualidade são realizados na
matéria-prima empregada na fabricação dos produtos pneumáticos, nos produtos
semiacabados (talões, aros, manta de borracha, etc.), bem como no produto final,
tudo com vistas a garantir qualidade inquestionável aos produtos.
Todas essas medidas preventivas realizadas pela Pirelli adéquam-se

de forma direta aos ditames previstos no Código de Defesa do Consumidor, pois
visam conferir ampla e irrestrita informação sobre padrões de qualidade e
segurança.
1 Conforme previsto na Portaria INMETRO nº 365, de 22 de julho de 2015,

produtos pneumáticos novos estão sujeitos a inspeção compulsória, visando à
adequação aos parâmetros de qualidade e segurança estipulado pelo órgão
fiscalizador.
.
fls. 58
Cabe destacar ainda que a empresa Ré é uma das cinco maiores
fabricantes de pneu do mundo, e zela constantemente pelo respeito ao
consumidor, e pela qualidade irrepreensível de todos os produtos que fabrica.
Sempre que um consumidor sustenta ter sofrido danos em razão de

vício/defeito de fabricação dos produtos de fabricação da Pirelli, esta solicita que
o produto seja encaminhado para análise pelo setor técnico, sendo elaborado,
posteriormente, um laudo técnico, como ocorreu no presente caso.
Depois do recebimento da carta citação desta ação, foi realizada

uma pesquisa interna junto ao SAC da empresa, tendo sido constatada a
existência de estudo realizado pela Pirelli no pneu reclamado. Este estudo foi
lançado a partir da solicitação emanada pelo consumidor.
Assim, cabe destacar o laudo técnico das Solicitações de Exame de

Produto Usado, conforme abaixo destacados, que comprovam a inexistência de
falha da Ré. 5
Sepu nº DD3523360, elaborado em 21/03/2022, houve a constatação

de que o pneu apresenta ondulação no flanco decorrente de quebra ocasionada
por impacto contra buraco, obstáculo ou saliência na pista ou seja, nada elencado
com possíveis problemas de fabricação, que obrigariam a fabricante a efetuar a
troca dos produtos, em razão da garantia:
Sepu nº TD3523353, elaborado em 21/03/2022, houve a constatação

de rompimento de estrutura na banda de rodagem, devido a forte impacto contra
buraco ou obstáculo ou seja, nada elencado com possíveis problemas de
.
fls. 59
fabricação, que obrigariam a fabricante a efetuar a troca dos produtos, em razão
da garantia:
Os referidos laudos demonstram que um profissional da Ré, com

conhecimentos técnicos e especializados em análises de produtos pneumáticos,
não encontrou nada elencado com possíveis problemas de fabricação, mas sim,
decorrentes de mau uso, o que desobriga a Pirelli a efetuar a troca dos produtos.
Logo, por todos estes pontos, não há qualquer defeito nos pneus
adquiridos pela Autora. O que há, é a negligência por parte da Autora na utilização
dos produtos.
Por outro lado, em relação ao processo em si, verifica-se que não 6
existe mesmo qualquer informação que sustente as alegações da Autora.
Isto porque, muito embora ele tenha alegado que o problema

ocasionado no pneu ocorreu por uma suposta culpa da Pirelli (em razão também
da suposta má fabricação dos pneus), não há informações detalhadas no
processo que sustentem esta teoria, o que dificulta sobremaneira a busca de
informações e subsídios para a elaboração desta defesa.
Com a inicial foram juntados apenas documentos relativos à

empresa, documento do veículo, conversa pelo whatsapp, estudo técnico
elaborado pela fabricante, nota fiscal de compra e e-mail enviado a Pirelli e
Agulhas Negras. No entanto, com base unicamente nestes documentos e nas
informações prestadas pela Autora, não há como sustentarmos que os supostos
problemas relatados ocorreram em razão da má fabricação do produto.
.
fls. 60
Pelo contrário, no e-mail enviado pelo advogado da parte Autora
(fls. 33/35), este afirma que os pneus foram danificados em razão de material
existente na rodovia:
A análise realizada pela Pirelli também ajuda a sustentar esta tese.

Fora isto, certamente o produto foi utilizado de forma equivocada pela Autora, que
não respeitou as recomendações e demais informações de uso prestadas pelos
profissionais no ato da aquisição dos pneus. 7
Além disso, a Pirelli e/ou nenhuma outra empresa possui obrigação

de produzir produtos apenas porque o consumidor necessita utilizá-los, esta
necessidade e este pleito, inclusive, extrapolam todos os liames previstos no CDC.
Ora, todas estas variáveis enfraquecem a tese autoral. No mais,

não há qualquer prova nos autos que ateste fidedignamente que o pneu tenha sido
fabricado de forma equivocada pela Pirelli. Por isto mesmo não há como a ela ser
condenada ao pagamento de qualquer valor nestes autos.
2.2 A DIFERENÇA ENTRE GARANTIA E VALIDADE DOS PNEUS
Apenas a título de esclarecimentos, importante trazer a este r. juízo

uma breve explanação acerca da diferença entre garantia e validade dos pneus.
.
fls. 61
Qual é, afinal, a validade de um pneu? Ela é determinada pela garantia do
produto?
A validade do pneu é indeterminada, motivo pelo qual não consta
uma data de validade no produto. Já a garantia é um prazo dado pelo fabricante,
contra falhas de projeto, matéria prima e mão-de-obra, ou seja, contra qualquer
defeito de fabricação que venha ser constatado durante o uso, excluindo-se desta
garantia as avarias de natureza acidental e aquelas decorrentes de uso
inadequado do produto. No entanto, é plenamente possível que um pneu ainda
esteja em boas condições de uso mesmo após o término da garantia, que é, por
iniciativa da Pirelli, de cinco anos a partir da data de compra.
No presente caso, restou constatado, por meio do estudo realizado

pela fabricante no pneu do veículo da Autora, que os vícios apresentados foram
ocasionados por fatores externos, ou seja, nada elencado com possíveis problemas
de fabricação, o que exclui a cobertura da garantia.
3. O MÉRITO 8
3.1. A DECADÊNCIA DO DIREITO DE RECLAMAR PELOS VÍCIOS – ART. 26 DO CDC
Ainda que já demonstrado nos autos que não houve nenhum

problema de fabricação com o produto em questão, cumpre chamar atenção ao
fato de que, a Autora informou na exordial que pouco tempo após adquirir os
produtos, estes apresentaram os supostos defeitos.
Assim, entrou em contato com a Ré visando realizar a troca do

produto por estar dentro do prazo de garantia, mas somente em 21/03/2022 foi
notificado que a Solicitação de Exame de Produto Usado restou negativa, pois não
se constatou nenhum defeito de fabricação, não sendo possível realizar a
substituição dos pneus.
Vê-se, pois, que a Autora teve real ciência dos vícios constatados
no produto em 21/03/2022, sendo que a presente ação apenas foi ajuizada na
.
fls. 62
data de 05/08/2022 (data de distribuição da ação), ou seja, a Autora esperou
cerca de 5 meses, após ter ciência do laudo e constatação do vício, para ajuizar a
presente ação!
No entanto, o artigo 26, inciso II do Código de Defesa do

Consumidor é claro quanto esse fato, ao expor que o direito de reclamar pelos
vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em 90 (noventa) dias, tratando-se
de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil

constatação caduca em: (...) II - noventa dias, tratando-se de
fornecimento de serviço e de 15 produtos duráveis.”
Deste modo, o prazo decadencial de 90 (noventa dias) já havia

transcorrido na data em que a Autora ajuizou a presente ação, conforme também
prevê decisão do Superior Tribunal de Justiça:
9
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. RECURSO

ESPECIAL. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO. NÃO OCORRÊNCIA. REVESTIMENTO DE PISO EM
PORCELANATO. VÍCIO DO PRODUTO. AÇÃO CONDENATÓRIA.
DECADÊNCIA.
1. Inexiste ofensa aos arts. 165 e 458 do CPC quando o decisum se
manifesta, de modo claro e objetivo, acerca da matéria submetida
a sua apreciação.
2. O Código de Defesa do Consumidor estabelece dois regimes
jurídicos para a responsabilidade civil do fornecedor: a
responsabilidade por fato do produto ou serviço (arts. 12 a 17) e a
responsabilidade por vício do produto ou serviço (arts. 18 a 25).
Basicamente, a distinção entre ambas reside em que, na primeira,
além da desconformidade do produto ou serviço com uma
expectativa legítima do consumidor, há um acontecimento externo
.
fls. 63
(acidente de consumo) que causa dano material ou moral ao
consumidor. Na segunda, o prejuízo do consumidor decorre do
defeito interno do produto ou serviço (incidente de consumo).
3. Para cada um dos regimes jurídicos, o CDC estabeleceu limites
temporais próprios para a responsabilidade civil do fornecedor:
prescrição de 5 anos (art. 27) para a pretensão indenizatória pelos
acidentes de consumo; e decadência de 30 ou 90 dias (art. 26)
para a reclamação pelo consumidor, conforme se trate de produtos
ou serviços não duráveis ou duráveis.
4. Tratando-se de vício oculto do produto, o prazo decadencial tem
início no momento em que evidenciado o defeito, e a reclamação
do consumidor formulada diretamente ao fornecedor obsta o prazo
16 de decadência até a resposta negativa deste.
5. Inexistindo, no caso, prova da resposta negativa, o ajuizamento
de cautelar preparatória de produção antecipada de provas
evidencia o exaurimento das tratativas negociais, contando-se o
prazo decadencial a partir do trânsito em julgado da respectiva 10
sentença, que reconheceu a existência de vício do produto.

Ocorrido o trânsito em julgado em 11.4.2002, a ação condenatória,
ajuizada em 21.4.2003, cujo pedido se circunscreve ao prejuízo
diretamente relacionado ao vício do produto, não abrangendo
danos a ele exteriores, encontra-se atingida pela decadência do
direito do consumidor.
6. Recurso especial conhecido e desprovido.
(REsp 1303510/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 06/11/2015).” (grifos
nossos).
“AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CONSUMIDOR. VÍCIO

OCULTO EM VEÍCULO. PRETENSÃO DE DEVOLUÇÃO COM
RESSARCIMENTO. PRAZO DECADENCIAL. FATO DO PRODUTO. ART. 26
DO CDC. TERMO INICIAL. LAUDO PERICIAL. AGRAVO NÃO PROVIDO.
.
fls. 64
1. Tratando-se de responsabilidade civil por fato do produto, o prazo
decadencial é de 30 ou 90 dias para a reclamação por parte do
consumidor, conforme sejam produtos ou serviços não duráveis ou
duráveis.
2. Agravo interno não provido.”
(AgInt no REsp 1.259.159/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA
TURMA, julgado em 15/08/2017, DJe 29/08/2017).
E, mesmo que Código de Defesa do Consumidor venha a trazer

hipóteses que obstam a decadência, verifica-se que a Autora ajuizou a presente
ação após 5 meses da resposta negativa:
“ § 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor
perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta
negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma
inequívoca;” 11
Assim, diante de todo o exposto, requer-se a improcedência da

ação em relação ao produto estudado em março de 2022, pela flagrante
incidência do instituto da decadência.
4.2. A IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

NESTE CASO
As relações de consumo possuem origem estritamente ligada às

transações de natureza comercial e ao comércio propriamente dito, surgindo
naturalmente à luz deste.
Com o implemento e a difusão do comércio, as relações de

consumo experimentaram naturalmente ao longo dos tempos, um processo de
aprimoramento e de desenvolvimento pari passu com o desenvolvimento das
práticas comerciais, ganhando posteriormente importância, até atingir a forma
contemporânea conhecida por nós, sendo devidamente regulamentada com o
.
fls. 65
advento da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), que passou a tutelar
essa relação, revestindo-a de caráter público, afim de resguardar os interesses da
coletividade.
Geralmente as relações de consumo surgem por meio de um

negócio jurídico compreendido entre duas ou mais pessoas, geradas por meio de
princípios contratuais básicos.
No entanto, para aferir com precisão a existência de uma relação

de consumo, é indispensável ter conhecimento prévio de dois conceitos
fundamentais, necessários para se identificar tal relação, quais sejam, Consumidor e
Fornecedor.
Consumidor, à luz do artigo 2º da lei 8.078/90, é toda pessoa física

ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviços como destinatário final.
Por sua vez, fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou

privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, 12
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de

produtos ou prestação de serviços (art. 4º da Lei 8.078/90).
Como se observa pelos conceitos trazidos pelo Código de Defesa

do Consumidor acerca das figuras de consumidor e fornecedor, é imprescindível
que se tenha como entes formadores da relação de consumo essas duas figuras em
polos distintos, devendo o consumidor figurar em um polo da relação e o
fornecedor em outro.
Por meio de uma simples análise, fica claro que os conceitos de

consumidor e fornecedor são muito amplos e trazem consigo muitas dúvidas
acerca da sua definição e utilização. A dúvida mais importante que surge no que
diz respeito a definição de consumidor é com relação à palavra destinatário final -
de suma importância para se determinar essa figura.
Destinatário final é aquela pessoa, física ou jurídica que adquire ou

se utiliza de produtos ou serviços em benefício próprio, ou seja, é aquele que busca
.
fls. 66
a satisfação de suas necessidades por meio de um produto ou serviço, sem ter o
interesse de repassar este serviço ou esse produto a terceiros.
Caso este produto ou serviço seja repassado a terceiros, mediante

remuneração, inexiste a figura do consumidor e surge imediatamente a do
fornecedor.
É mister que se saiba que as pessoas jurídicas também podem se

enquadrar como consumidores desde que adquiram produto ou serviços como
destinatários finais.
Depois de identificadas as duas partes essenciais de uma relação

de consumo, que surgem dentro de um negócio jurídico, cabe aferir se existe uma
relação entre essas partes. Verificada uma relação jurídica entre as partes e
existindo o fornecedor de um lado e consumidor do outro, está perfeitamente
configurada uma relação de consumo.
Em relação a este caso, resta claro que a Autora adquiriu o veículo

para implementar o seu negócio, pois o utiliza para trabalhar e visitar clientes. 13
Logo, se a Autora se utilizava dos produtos fornecidos pela Ré para

fazer funcionar o seu negócio comercial, certamente ela não se encaixa na
definição de consumidor final.
E, não se encaixando na definição de consumidor final, não há

como ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor, restando impossibilitada a
inversão do ônus da prova no presente caso, bem como, as disposições contidas
no CDC.
3.3. A AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA PIRELLI – A INEXISTÊNCIA DE NEXO

CAUSAL
Como é cediço o Código de Defesa do Consumidor é regido pelo

sistema da responsabilidade objetiva, ou seja, configura-se desnecessária a
verificação da ocorrência de culpa da fornecedora, sendo apenas necessária a
.
fls. 67
comprovação do dano, da ação ou omissão e do nexo de causalidade entre a
ação ou a omissão e este dano.
A Autora alegou nos autos que a aquisição de produtos fabricados

pela Pirelli (pneus) lhe ocasionou danos em razão de supostos problemas
operacionais. Contudo, os fatos questionados não foram comprovados, já que não
foi juntada ao processo qualquer prova REAL que demonstrasse serem os
famigerados pneus de fabricação da Pirelli os culpados pelos problemas relatados
na inicial.
Por evidente que a garantia fornecida pela Pirelli abarca a troca

do produto apenas quando houver defeito em sua fabricação.
Caso a ocorrência seja imputável a fatores externos, alheios ao

âmbito de atuação do fornecedor, será iníqua qualquer tentativa de
responsabilização.
14
No presente caso restou atestado pelo estudo realizado por

profissionais que os problemas encontrados nos pneus decorreram de impactos
com buraco e obstáculos, ou seja, pela condução inapropriada da Autora.
Com isto, voltando-se aos fatos que deram origem a ação, a

Autora relatou que os produtos fabricados pela Ré apresentaram problemas de
fabricação, e como os pneus estavam dentro da garantia, estes deveriam ser
restituídos pela Ré.
E para sustentar tal alegação, juntou aos autos apenas documentos

relativos à empresa, documento do veículo, conversa pelo whatsapp, estudo
técnico elaborado pela fabricante, nota fiscal de compra e e-mail enviado a Pirelli
e Agulhas Negras. Nada mais do que isto. Sequer há fotos dos produtos.
.
fls. 68
Ademais, é importante frisar que apesar da Autora alegar que
realizou todas as manutenções e revisões nos produtos, não juntou aos autos
quaisquer comprovações deste fato, deixando de anexar as ordens de serviços
necessárias.
Então, pergunta-se: analisando-se inicial e documentos respectivos,

é possível concluir sem sombra de dúvidas que os danos alegados pela Autora
foram de fato ocasionados pela Pirelli? Não há como sustentar esta tese.
Por outro lado, ainda que a Autora tivesse utilizado o produto de

forma regular (o que não ocorreu), não restou (e não restará) comprovado que os
fatos estejam relacionados com o suposto problema relatado na exordial. E sem a
comprovação disto, não se vislumbra o necessário nexo causal, elemento
necessário à configuração da responsabilidade do fornecedor.
A jurisprudência do Tribunal de São Paulo segue esta ideia:

15
“AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. Compra e venda

de quatro (4) pneus novos. Autor que passou a reclamar de
trepidação do veículo após o uso regular dos novos pneus.
Fabricante que se recusou à substituição ou reparo, a pretexto de
ausência de vício apurado na inspeção. SENTENÇA de
improcedência, arcando o autor com o pagamento das verbas
sucumbenciais, arbitrada a honorária por equidade em R$ 2.000,00.
APELAÇÃO do autor, que insiste na integral procedência do pedido
inicial, com pedido subsidiário de redução da verba honorária.
REJEIÇÃO. Prova pericial que foi conclusiva quanto ao desgaste
desigual dos pneus decorrente do excesso de pressão aplicada no
uso do veículo pelo autor. Vício no produto não configurado.
Ausência de conduta ilícita da Fabricante ré apta a ensejar o dever
de indenizar. Honorários advocatícios corretamente arbitrados, "ex
vi" do artigo 85, §2º, do CPC de 2015. Sentença mantida. RECURSO
.
fls. 69
NÃO PROVIDO”. (TJSP; Apelação 0911930-59.2012.8.26.0037; Relator
(a): Daise Fajardo Nogueira Jacot; Órgão Julgador: 37ª Câmara
Extraordinária de Direito Privado; Foro de Araraquara - 4ª. Vara
Cível; Data do Julgamento: 19/04/2018) (grifos nossos)
“CIVIL. ESTOURO DE PNEU. PERÍCIA QUE AFASTA A HIPÓTESE DE VÍCIO

DE FABRICAÇÃO. IMPROCEDÊNCIA. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL. 1.
Bem andou o magistrado de primeiro grau ao decidir pela
improcedência da ação, uma vez que a prova técnica, embora
não tenha logrado êxito em demonstrar os argumentos expendidos
pelos técnicos da fabricante, foi categórica ao afastar qualquer
vício de fabricação, ressaltando que "há fortes indícios, pela análise
visual relativos a problemas de calibração em função da carga". 2.
Recurso improvido”. (TJSP; Apelação 1001481-26.2016.8.26.0032;
Relator (a): Artur Marques; Órgão Julgador: 35ª Câmara de Direito
Privado; Foro de Araçatuba - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento:
02/10/2017) (grifos nossos) 16
É bem verdade que em responsabilidade decorrente de defeito de

produto não se fala em comprovação de culpa. Trata-se de responsabilidade
objetiva que se extrai da cabeça do artigo 12 do CDC.
Porém, não é menos verdade que a responsabilidade de indenizar

do fabricante será afastada quando um terceiro ou o próprio consumidor for o
exclusivo responsável pelos danos que defluirem da utilização do produto. É o que
se depreende do citado artigo (Art. 12, §3º, II e III do CDC).
Esta disposição do CDC é muito clara ao asseverar que a culpa

deve ser exclusiva de um terceiro ou do consumidor, isto é, quando um ato omissivo
ou comissivo de alguém que não o produtor, isoladamente e sem concorrência
com qualquer outro ato, der ensejo a um dano decorrente da utilização do
produto.
.
fls. 70
Tem-se pela simples leitura da Lei que se o fabricante encerra o
processo de produção de um dado produto e o insere na cadeia de consumo sem
vícios de segurança ou qualquer outro vício, todo e qualquer ato dali em diante
praticado sem a sua concorrência ou convivência, que venha a causar danos ao
consumidor, não lhe acarretará o dever de indenizar, pois a culpa, nestes casos, é
EXCLUSIVA DE TERCEIRO.
No caso em tela, a argumentação trazida pela Autora é

extremamente frágil, uma vez que necessita de comprovação de dois dos três itens
necessários para a imputação da responsabilidade da Pirelli, isto é, o ato ilícito seria
comprovado através do nexo de causalidade entre a suposta fabricação dos
pneus com vicio e o suposto dano. Contudo, não temos estas provas nos autos.
Claramente a Autora tenta imputar a Ré a responsabilização por

fatos os quais, se de fato ocorreram, foram praticados por ele mesmo com a má
utilização dos produtos. 17
Da mesma forma, por não existir, como demonstrado, ato ilícito

cometido pela Fabricante, não há o que se falar na existência de nexo de
causalidade entre a suposta ação da Pirelli em fabricar o produto – diga-se em
excelentes condições para consumo – e os alegados danos mencionados pela
Autora.
Há inegavelmente a necessidade da presença do nexo causal,

ainda que, como dito anteriormente, a responsabilidade seja objetiva. Sem a sua
comprovação não há o que se falar em responsabilidade do fornecedor.
A respeito do tema, a jurisprudência do STJ, o REsp. 719.738/RS,

Primeira Turma, do qual extrai o seguinte excerto: “A imputação de
responsabilidade civil, objetiva ou subjetiva, supõe a presença de dois elementos
de fato (a conduta do agente e o resultado danoso) e um elemento lógico-
.
fls. 71
normativo, o nexo causal (que é lógico, porque consiste num elo referencial, numa
relação de pertencialidade entre os elementos de fato; e é normativo, porque tem
contorno se limites impostos pelo sistema de direito). ”
Neste sentido resta totalmente comprovado que a Pirelli não

cometeu qualquer ilícito no presente caso, que fabricou os produtos em perfeitas
condições, fato que frustra qualquer tentativa de imputação de responsabilidade,
tendo em vista a inexistência de nexo de causalidade.
Assim, diante da ausência de comprovação do nexo causal, não há

o que se falar em responsabilização da Ré, devendo a ação ser julgada totalmente
improcedente.
3.4. O SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE E A IMPUGNAÇÃO AOS

DOCUMENTOS JUNTADOS COM A INICIAL
Um dos motivos que levam a Pirelli a ser uma das melhores 18
empresas do Brasil, e uma das empresas com menor índice de insatisfação de seus
clientes (ela nem aparece na lista de empresas mais acionadas em São Paulo), é o
serviço de atendimento ao consumidor disponibilizado.
De segunda a sexta-feira, a Empresa mantém o Serviço de

Atendimento ao Cliente durante o horário comercial, com profissionais
extremamente qualificados e treinados para prestar todo o tipo de auxílio aos
consumidores. São dois os canais de contato disponibilizados:
SAC2
0800 728 7638
e
Fale Conosco
2 Disponível em https://www.pirelli.com/tyres/pt-br/contact-us.
.
fls. 72
Todas estas informações podem ser encontradas na página da
Empresa, na rede mundial de computadores, a qualquer momento
(https://www.pirelli.com/global/pt-br/homepage).
É importante salientar que a Pirelli mantém um serviço excepcional
de triagem, diagnósticos e encaminhamento de clientes quando os mesmos
entram em contato com o SAC e informam os problemas enfrentados com os
produtos.
Como um exemplo de triagem, recebido um contato de algum

cliente e exposto os fatos que levaram à ligação, o consumidor é orientado a levar
a rede credenciada mais próxima para que a Pirelli possa realizar um estudo e
posterior verificação de problemas com aquele produto especificadamente, ou
com aquele lote de fabricação.
E veja-se que este foi um caso clássico de atuação do SAC da

Pirelli, mesmo que indiretamente, eis que a Autora foi atendido da melhor forma 19
possível, tendo o seu pneu sido estudado por engenheiros especializados da Ré.
Agora, passa-se a impugnar todos os documentos juntados por ele

aos autos:
- Solicitação de Exame Produto Usado: Demonstra que os produtos foram

examinados por profissionais técnicos da Pirelli, os quais atestaram a inexistência de
defeito de fabricação;
- Nota fiscal: Apenas demonstra a compra dos pneus reclamados, sem qualquer
comprovação de anormalidade nos pneus;
- Printscreen de conversa do whatsapp: Apenas demonstra que a Autora tentou

efetuar a compra de produtos da Pirelli mas que estes não estavam sendo
produzidos; e,
.
fls. 73
- E-mail enviado para Pirelli e Agulhas Negras: demonstra que os problemas
apresentaram problemas devido a obstáculos na pista, ou seja, de fato, não há
defeito de fabricação nos produtos.
Assim, restam totalmente impugnados todos os documentos

juntados pela Autora à esta demanda, os quais não atestam qualquer defeito de
fabricação nos pneus questionados na inicial.
3.5. OS DANOS MORAIS E MATERIAIS RECLAMADOS NESTA AÇÃO
A responsabilidade civil se assenta em três elementos básicos: a

ação ou omissão, o resultado lesivo e o nexo de causalidade entre ambos.
Entretanto, no caso vertente, além da ausência de ato ilícito,

exaustivamente fundamentada acima, verifica-se também a inexistência de
qualquer liame causal entre a ação dos produtos comercializado pela Pirelli e os 20
supostos danos que a Autora alega ter sofrido.
Primeiro porque não há provas de que os pneus foram fabricados

com vícios. Segundo que os pneus foram estudados e nenhum problema foi
encontrado pela Pirelli. Terceiro que a Autora enviou somente 2 (dois) pneus para a
análise técnica e pede a restituição de quatro produtos.
O pleito de indenização por danos morais e materiais nestas

condições está fadado à improcedência, pois não existe qualquer fato de
responsabilidade atribuível à Pirelli que possa ter ocasionado estes danos a Autora.
Inclusive, a própria Autora em fls. 33/35, por meio de seu advogado,

afirma que os pneus sofreram danos em razão de material existente na via, ou seja,
não há dano material a ser pleiteado.
.
fls. 74
Nesse sentido ainda, não há o que se falar em indenização por dano
material, tendo em vista que nenhuma empresa é obrigada a fabricar algum
produto apenas por necessidade de uso do consumidor, o que extrapola todos os
liames previstos no CDC.
Por outra banda, mesmo que não haja pedido quanto ao dano
moral, é notório saber que, a caracterização do dano moral para a pessoa jurídica
está diretamente atrelada à violação de sua honra objetiva, ou seja, só haverá a
reparação por danos morais quando houver ofensa ao bom nome, na reputação e
na imagem da empresa perante à sociedade.
No caso dos autos, definitivamente não há a menor prova de que a

Autora tenha suportado qualquer ofensa à sua reputação, credibilidade e bom
nome comercial, fazendo-se, portanto, insubsistente o pleito de recebimento de
indenização por danos morais.
Além disso, em relação a parte Autora, pessoa jurídica, os critérios

são distintos para a aferição da ocorrência do dano extrapatrimonial, não valendo 21
as mesmas regras atinentes à pessoa física. No caso concreto, não cabe a

postulação de indenização pelos ditos constrangimentos, transtornos ou
perturbações na esfera psíquica, pois esta obviamente não existente.
Em consonância com a atual jurisprudência do STJ, para que se

imponha o dever de indenizar, a pessoa jurídica não pode ser ofendida
subjetivamente:
“RECURSO ESPECIAL. DANO MORAL. PESSOA JURÍDICA.

NECESSIDADE DE PUBLICIDADE E REPERCUSSÃO. PROTESTO
INDEVIDO. CAUTELAR DE SUSTAÇÃO QUE IMPEDIU O REGISTRO.
INEXISTÊNCIA DE PUBLICIDADE.1. A pessoa jurídica não pode ser
ofendida subjetivamente. O chamado dano moral que se lhe pode
afligir é a repercussão negativa sobre sua imagem. Em resumo: é o
abalo de seu bom-nome.2. Não há dano moral a ser indenizado
quando o protesto indevido é evitado de forma eficaz, ainda que
.
fls. 75
por força de medida judicial. ” (STJ - REsp: 752672 RS 2005/0083652-
0, Relator: Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Data de
Julgamento: 16/10/2007, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação:
DJ 29.10.2007 p. 219)
Assim, a ausência de provas concretas de qualquer prejuízo de

ordem moral, que tenha “manchado” a imagem da Autora perante a sociedade,
só leva a conclusão de que não houve qualquer dano indenizável.
A Autora não só deixou de elaborar pedido quanto ao dano moral

como também deixou de comprovar a presença dos requisitos que autorizariam a
concessão da indenização pleiteada (ato ilícito ou qualquer abalo à sua honra
objetiva, visto se tratar de pessoa jurídica), como também não indica ou encarta
aos autos qualquer prova que justifique o dano supostamente sofrido.
Qualquer outro entendimento admitiria que qualquer dissabor da

vida em sociedade seria passível de provocar uma condenação por danos morais,
o que contradiz o entendimento dos Tribunais de Justiça:
22
“RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. VÍCIO DE PRODUTO. PNEU

NOVO. REMESSA À ASSISTÊNCIA TÉCNICA. AUSÊNCIA DE CONSERTO.
APLICAÇÃO DO ART. 18, §1º, I, DO CDC. REVELIA. SUBSTITUIÇÃO DO
PRODUTO. DANOS MORAIS INOCORRENTES. Cabia à requerida
comprovar a inexistência de vício no produto ou ainda o mau uso
por parte do consumidor. Não laborando nesse sentido, haja vista
que foi revel, vai acolhida a pretensão de substituição do produto
defeituoso. Com efeito, não sendo o vício do produto sanado no
prazo de 30 dias após o encaminhamento à assistência técnica,
cabível a substituição do bem, a teor do art. 18, § 1º, I, do CDC.
Danos morais inocorrentes, uma vez que não houve prova de
efetiva lesão a direito de personalidade do requerente. Igualmente,
não restou comprovada situação excepcional a justificar a
indenização. RECURSO PROVIDO, EM PARTE”. (Recurso Cível
Nº 71006990782, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
.
fls. 76
Relator: Ana Cláudia Cachapuz Silva Raabe, Julgado em
23/08/2017) (grifos nossos)
“AÇÃO COMINATÓRIA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS

MATERIAIS E MORAIS. LEGITIMIDADE PASSIVA. FORNECEDOR DO
PRODUTO. VÍCIO DE FABRICAÇÃO. REPARO. DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO. - A teor do que dispõe o caput do art. 18 do CDC,
os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis
respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade
que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se
destinam ou lhes diminuam o valor. - Constatado o vício do produto,
incumbe ao fornecedor ou à fabricante saná-lo, no prazo de 30
dias, sob pena de ser conferido ao consumidor uma das opções
previstas nos incisos I, II e III do §1º do art. 18 do CDC. - Para
configuração do dano moral é indispensável exsurgir dos autos a
violação aos direitos da personalidade da vítima, como sua honra,
imagem, privacidade ou bom nome”. (TJMG - Apelação Cível 23
1.0105.12.001980-4/001, Relator(a): Des.(a) Cláudia Maia , 14ª
CÂMARA CÍVEL, julgamento em 07/12/0017, publicação da súmula
em 15/12/2017)
Anote-se que tal inconveniente, supostamente sofrido, de forma

alguma, atentou contra a sua personalidade moral. Dos fatos, não se pode concluir
que a Autora viu manchada sua honra, sua reputação no meio social, seu nome,
enfim, qualquer fato que lhe ferisse a moral.
Assim, a garantia constitucional de ressarcimento não pode ser

desvirtuada, como pretende a Autora no caso em tela.
Portanto, resta claro que a Autora não faz jus a indenização de

pagamento por dano material e que os acontecimentos narrados na inicial não
configuram dano moral, tampouco servem de alicerce para qualquer espécie de
presunção de sua existência.
.
fls. 77
Desta feita, cristalino que não houve nenhuma comprovação dos fatos alegados
pela Autora, pois sequer houve a mínima demonstração de que a mesma sofrera
qualquer abalo moral, não merecendo prosperar esse pleito sob pena de
enriquecimento sem causa, razão pela qual a ação deverá ser julgada
integralmente improcedente.
3.7. O VALOR DA CONDENAÇÃO
Com a intenção de exercer plenamente o princípio da

eventualidade, na remotíssima hipótese de Vossa Excelência entender que houve
constrangimento causada a Autora e que tal fato teria decorrido de prática lesiva
por parte da Pirelli, cumpre informar que o valor da indenização deve ser fixado
com critérios de forma a evitar enriquecimento sem causa.
Desta forma, a Autora, suposta vítima de lesão a direitos de

natureza não patrimonial, receberá uma soma que lhe compense eventual
transtorno que tenha sofrido, e arbitrada segundo as circunstâncias narradas. Não 24
sendo, desta forma, fonte de enriquecimento, nem inexpressiva.
Com efeito, dentro do princípio da eventualidade, cumpre

informar que os Tribunais, em perfeita harmonia com a doutrina, vêm decidindo
que a fixação do quantum da indenização por dano moral deve ser feita com
critérios e moderação, evitando-se o enriquecimento injustificado da vítima ou a
ruína do culpado.
Caio Mário adverte para a importância de não se transformar esta

modalidade de dano em forma de enriquecimento:
“E, se em qualquer caso se dá à vítima uma reparação de damno

vitando, e não de lucro capiendo, mais do que nunca há de estar
presente a preocupação de conter a reparação dentro do 21
razoável, para que jamais se converta em fonte de
.
fls. 78
enriquecimento.” (Instituições de Direito Civil, 8ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 1986, v. II, nº 176, p. 235)
Nem se levante a infeliz tese de que eventual indenização deva ser

elevada apenas pelo fato da Pirelli ser uma empresa de destaque nacional. Sobre
o assunto pede-se vênia para transcrever trecho da r. sentença proferida pelo MM.
Juiz de Direito da 26ª Vara Cível de São Paulo, nos autos do Processo nº 99.002785-6,
que de maneira exemplar aborda o tema:
"Pouco importa a pujança financeira da Ré, pois o ideal da

reparação por danos morais não é desfalcar patrimonialmente de
forma grave o ofensor, nem tampouco dizer que uma indenização
em valor reduzido não tenha para ele o efeito de desistímulo; do
ponto de vista do comerciante ou fornecedor, qualquer que seja a
sanção imposta representa um prejuízo e pois ato indesejável,
mormente se maior que o ganho que poderia em tese ter obtido
com a conduta ilícita. O que não se admite, entretanto, é que a 25
vítima aproveite a situação abastada do ofensor para pretender,

com base nesse fato isolado, o agravamento da indenização,
como se o valor compensatório dependesse mais da posição do
ofensor do que do padecimento do ofendido, tornando a
indenização por danos morais uma verdadeira loteria na qual tanto
maior o prêmio, e pois a "felicidade" do lesado, quanto maior a
capacidade econômica do responsável.”
Logo, caso seja arbitrada alguma condenação à Pirelli, esta deve

atentar para o princípio da razoabilidade.
3.8. A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Em que pese já explicitado que no presente caso não é cabível a

aplicação do Código do Consumidor, vez que a Autora não é consumidora final,
.
fls. 79
caso, admitido a aplicação do CDC na presente demanda, a inversão do ônus da
prova não poderá ocorrer, pelos termos a seguir expostos.
Por admitir que, em geral, o consumidor é a parte fraca no

mercado de consumo, a lei inclui entre as medidas protetivas que lhe são
proporcionadas, a da possibilidade de inversão do ônus da prova. Mas, o inciso
VIII do art. 6º do CDC, autoriza essa providência apenas quando o Juiz venha a
constatar a verossimilhança da alegação do consumidor, ou sua hipossuficiência,
“segundo as regras ordinárias de experiência”.
Vê-se, logo, “que não se trata de inversão compulsória, sendo, ao

contrário, simples faculdade judicial que pode, ou não, ser concedida” (Deputado
Joaci Goes, Relator do Projeto do CDC). É ao juiz, portanto, que toca “verificar se
estão presentes os pressupostos que o autorizam a assim proceder”3.
A verossimilhança é juízo de probabilidade extraída de material 26

probatório de feitio indiciário, do qual se consegue formar a opinião de ser
provavelmente verdadeira a versão do consumidor. Diz o CDC que esse juízo de
verossimilhança haverá de ser feito “segundo as regras ordinárias da experiência”
(art. 6º, VIII). Deve o raciocínio, portanto, partir de dados concretos que, como
indícios, autorizem ser muito provável a veracidade da versão do consumidor.
Sobre o tema, destaca-se:
“Código de Defesa do Consumidor - Inversão do ônus da prova -

Ausência de verossimilhança - Consumidor não hipossuficiente.
PROVA - Código de Defesa do Consumidor - Inversão do ônus -
Artigo 6º, inciso VIII, da referida norma - Inaplicabilidade - Ausência
3 Nota 1: Voltaire de Lima Moraes, “Dos Direitos Básicos do Consumidor”.

In: José Cretella Jr., René Ariel Dotti, (coord.), Comentários ao Código do
Consumidor, cit., pp. 49-50.
.
fls. 80
de verossimilhança na alegação, não sendo o consumidor
hipossuficiente - Indenização improcedente - Recurso não provido”.
(Apelação Cível nº 45.651-4 - São Paulo - Apelante: Eduardo dos
Santos Amorim - Apelada: American Express do Brasil S.A. Turismo)
Quanto à hipossuficiência, trata-se de impotência do consumidor,

seja de origem econômica seja de outra natureza, para apurar e demonstrar a
causa do dano cuja responsabilidade é imputada ao fornecedor. Pressupõe uma
situação em que concretamente se estabeleça uma dificuldade muito grande
para o consumidor de desincumbir-se de seu natural ônus probandi, estando o
fornecedor em melhores condições para elucidar o evento danoso.
É o que se vê em expressivo aresto:
“Prova - Inversão do ônus - Código de Defesa do Consumidor -

Hipótese dos autos em que não se trata de consumidor
hipossuficiente - Ausência, ademais, de dados, elementos, indícios 27
ou adminículos quaisquer que pudessem autorizar a conclusão no

sentido de que as alegações contidas na inicial sejam verossímeis -
Recurso não provido”. (TJSP, Ap. 45.651-4, 10ª Câm. Dir. Privado, Rel.
Des. Souza José, ac. 24.06.1997, JTJSP 203/118).
Em recente decisão, um nobre Juiz do estado do Rio de Janeiro/RJ

julgou improcedente uma ação consumerista exatamente pela falta destes
requisitos:
“Processo nº: 000335822.2015.8.19.0202
Tipo do Movimento: Sentença
Descrição: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
JUÍZO DE DIREITO DO XV JUIZADO
.
fls. 81
ESPECIAL CÍVEL DE MADUREIRA Processo nº:
000335822.2015.8.19.0202
(...) Passo ao exame do mérito. Inicialmente, mister ressaltar a
evidente relação de consumo que se faz presente, ocupando a
parte autora a posição de consumidora e a ré de fornecedora de
bens e serviços, consoante dispõe os arts. 2º e 3º do Código de
Defesa do Consumidor. Dessa forma, aplicável à espécie as normas
e princípios consumeristas insculpidos na Lei 8.078/90. Ocorre que, a
despeito de se cuidar de relação de consumo, não se impõe a
inversão do ônus da prova, como pretende o Autor, pois o artigo 6º,
inciso VIII, do CDC somente a autoriza quando presentes os
pressupostos da verossimilhança da alegação ou da
hipossuficiência do consumidor, em termos de acesso e
possibilidades de produção da prova, neste caso às
argumentações feitas pela consumidora deveriam vir com um lastro
probatório condizente às suas reclamações, uma vez que não
restou comprovada a irregularidade na fabricação arroz objeto da 28
lide, pois não há nos autos qualquer laudo que ateste o material em
desconformidade ao que é comumente fabricado pela Ré. (...)
Assim, deveria o Autor comprovar perante o Poder Judiciário o fato
constitutivo de seu direito, na forma do artigo 333, I do Código de
Processo Civil. Portanto, por falta de demonstração do ilícito, inexiste
falha na prestação de serviços por parte da Ré, devendo a ação ser
julgada improcedente. Em face de todo o exposto, JULGO
IMPROCEDENTES OS PEDIDOS autorais e dou o feito por extinto com
resolução de mérito com base no artigo 269, I do CPC. Sem custas
nem honorários, nos termos do art. 55 da Lei 9099/95. Anotem-se os
nomes dos patronos das partes para futuras publicações, conforme
defesa. Após o trânsito em julgado da presente, dê-se baixa e
arquive-se”. (grifos nossos)
Deste modo, não estão presentes a hipossuficiência que justificaria

.
fls. 82
a medida, tampouco a verossimilhança. É importante destacar que esses
elementos não nascem simplesmente da palavra do consumidor, pois dependem
de reais indícios que trazidos aos autos.
Logo, não há porque ser invertido o ônus da prova no presente

caso, tendo em vista tudo o que já foi exposto nesta peça contestatória.
4. OS PEDIDOS
Assim, narrados os fatos e comprovados seus fundamentos, a Ré

Pirelli requer:
1) Seja reconhecida a decadência suscitada, julgando

improcedentes os pedidos iniciais, com fundamento nos artigos 26 do CDC;
2) Ainda assim, mesmo que não reconhecida a decadência,

29
requer-se que a presente demanda seja julgada totalmente improcedente, em
razão do descabimento da pretensão deduzida, e, especialmente pela falta de
provas carreadas aos autos que pudessem comprovar a relação de causa / efeito
entre as supostas condutas da Ré, e os supostos danos mencionados nesta ação;
3) Pela produção de todas as provas em Direito admitidas,

especialmente prova pericial, depoimento pessoal da Autora, oitiva de
testemunhas e a juntada de novos documentos que se fizerem necessários.
4) Nos termos do artigo 77, inciso V do CPC, que todas as

publicações vinculadas no Diário Oficial, intimações e qualquer ato de
comunicação no presente processo sejam feitas EXCLUSIVAMENTE em nome do
patrono CARLOS AUGUSTO TORTORO JUNIOR, OAB/SP 247.319, com endereço
profissional na Rua Bernardino de Campos, n. 1001, 10º andar, salas de 1005 a 1008,
Higienópolis, Ribeirão Preto – SP, CEP 14.015-130 e, ainda, no seguinte endereço
eletrônico: intimacoes@tortoromr.com.br, sob pena de nulidade dos atos que
272 do novo Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Santo André/SP, 6 de setembro de 2022.

vierem a ser praticados, em consonância com o disposto no parágrafo 5º do artigo
fls. 83
30
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CARLOS AUGUSTO TORTORO JUNIOR e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/09/2022 às 13:48 , sob o número WSNE22702692699 .
fls. 84
fls. 85
fls. 86
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DEF386B.
fls. 87
fls. 88
fls. 89
fls. 90
fls. 91
fls. 92
fls. 93
fls. 94
fls. 95
fls. 96
fls. 97
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DEF387D.
fls. 98
fls. 99
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DEF3889.
fls. 100
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DEF3889.
.
fls. 101
Nº: DD3523360
SOLICITAÇÃO DE EXAME PRODUTO USADO
DATA: 21/03/2022
NOME CÓD.REVENDA/REFORM. LOCALIDADE/BAIRRO

CAMPNEUS - 232 - SÃO BERNARDO DO CA 9070562 Av. Senador Vergueiro
CIDADE ESTADO DDD + TELEFONE

São Bernardo do Campo SP (11) 4941-4886
NOME CPF/CNPJ
SERGIO LUIZ DE ANDRADE JUNIOR 228.443.128-37
ENDEREÇO DDD + TELEFONE
Avenida da Saudade,290 11 44324112
CIDADE ESTADO CEP
SANTO ANDRE SP 09030-030
PRODUTO SÉRIE/DOT
27509 - 225/40R19 93Y XL r-f P-ZERO(*)(KS 931221
POSIÇÃO KM VEICULO MARCA/TIPO ANO PLACA APLICAÇÃO
DD 7703 BMW SERIE 3 320M 2022 -- GAC-4D88 PARTICULAR
CLIENTE ESTAVA NA ESTRADA E ACUSOU ANOMALIA NO PNEU PAROU NO POSTO E AO FROTA
ANOMALIA ALEGADA
CALIBRAR SAIU UMA BOLHA NA LATERAL COM./PROF.
ACEITO RECUSADO
RESÍDUO BR.(mm) % DE BONIFICAÇÃO CÓD.ANOMOLIA N.F. DE ENVIO
6,0 0 25 DATA: ______/______/______ Nº________________
LAUDO TÉCNICO/OBSERVAÇÕES: A análise evidenciou que o pneu encontra-se dentro dos padrões normais de fabricação, sem quaisquer
degradações ou imperfeições decorrentes do processo produtivo. Apresenta, porém, ondulação (bolha) no flanco (lateral do
pneu) decorrente da quebra ocasionada por um impacto contra buraco, obstáculo, saliência na pista, etc. Não se trata, portanto, de
falha imputável à fabricação do pneu.
CÓDIGO DO TÉCNICO
5155
PIRELLI COMERCIAL DE PNEUS - CNPJ: 24.502.351/0001-69
.
fls. 102
Nº: TD3523353
SOLICITAÇÃO DE EXAME PRODUTO USADO
DATA: 21/03/2022
NOME CÓD.REVENDA/REFORM. LOCALIDADE/BAIRRO

CAMPNEUS - 232 - SÃO BERNARDO DO CA 9070562 Av. Senador Vergueiro
CIDADE ESTADO DDD + TELEFONE

São Bernardo do Campo SP (11) 4941-4886
NOME CPF/CNPJ
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DEF38B0.
SERGIO LUIZ DE ANDRADE JUNIOR 228.443.128-37
ENDEREÇO DDD + TELEFONE
Avenida da Saudade,290 11 44324112
CIDADE ESTADO CEP
SANTO ANDRE SP 09030-030
PRODUTO SÉRIE/DOT
27508 - 255/35R19 96Y XL r-f P-ZERO(*) 931221
POSIÇÃO KM VEICULO MARCA/TIPO ANO PLACA APLICAÇÃO
TD 7703 BMW SERIE 3 / 320M ANO 2022 -- GAC-4D88 PARTICULAR
CLIENTE ESTAVA NA ESTRADA E ACUSOU NO PAINEL ANOMALIA NO PNEU, CLIENTE PAROU E FROTA
ANOMALIA ALEGADA
FOI AO POSTO AO CALIBRAR SAIO UMA BOLHA NA LATERAL DO PNEU. COM./PROF.
ACEITO RECUSADO
RESÍDUO BR.(mm) % DE BONIFICAÇÃO CÓD.ANOMOLIA N.F. DE ENVIO
6,0 0 25 DATA: ______/______/______ Nº________________
LAUDO TÉCNICO/OBSERVAÇÕES: A análise evidenciou que o pneu encontra-se dentro dos padrões normais de fabricação, sem quaisquer
degradações ou imperfeições decorrentes do processo produtivo. Apresenta, porém, rompimento de sua estrutura na região
da banda de rodagem (área que fica em contato com o solo) devido a forte impacto contra buraco ou obstáculo.
Não se trata, portanto, de falha imputável à fabricação do pneu.
CÓDIGO DO TÉCNICO
5155
PIRELLI COMERCIAL DE PNEUS - CNPJ: 24.502.351/0001-69
fls. 103

6ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DEFA440.
CERTIDÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por BEATRIZ FERNANDES NERY, liberado nos autos em 06/09/2022 às 16:05 .
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que a contestação apresentada às fls. Retro foi

protocolizada TEMPESTIVAMENTE.. Nada Mais. Santo André, 06 de
setembro de 2022. Eu, ___, Beatriz Fernandes Nery, Escrevente Técnico
Judiciário.
fls. 104

6ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF4038C.
CERTIDÃO

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que decorreu in albis o prazo para as requeridas Agulhas

Negras Distribuidora de Automóveis Ltda e BMW do Brasil Ltda
apresentarem contestação. Nada Mais. Santo André, 09 de setembro de
2022. Eu, ___, Beatriz Fernandes Nery, Escrevente Técnico Judiciário.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABIOLA MEIRA DE ALMEIDA BRESEGHELLO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 09/09/2022 às 15:18 , sob o número WSNE22702732089
fls. 105
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DO

FORO DA COMARCA DE SANTO ANDRÉ/SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF4EE2A.
Processo n. º 1017871-47.2022.8.26.0554
BMW DO BRASIL LTDA., pessoa jurídica de direito privado,

regularmente inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.882.430/0001-84, com sede na Avenida
Dr. Chucri Zaidan, nº 1.240, Condomínio Morumbi Corporate, 22º e 23º andares, CEP
04711-130 – São Paulo/SP (docs. 01/03), por seus procuradores subscritores desta,
nos autos da Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais, promovida por JR
ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS
LTDA., na qual AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA AUTOMÓVEIS LTDA e PIRELLI
PNEUS LTDA., também, figuram como Rés, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, com fundamento com fundamento no artigo 335 e seguintes do
Código de Processo Civil, apresentar sua CONTESTAÇÃO, pelas razões de fato e
direito abaixo aduzidas.
I. DA TEMPESTIVIDADE
De início, insta destacar a tempestividade desta contestação.
Como se sabe, o prazo para apresentação da presente Contestação é

de 15 (quinze) dias úteis, a contar da juntada do último aviso de recebimento nos
autos, conforme dispõe o §1º do artigo 231 1, do Código de Processo Civil, quando
houver mais de um réu.
Dessa forma, considerando que o Aviso de Recebimento das Corrés

Agulhas Negras e Pirelli, foram juntados aos autos em 19/08/2022 (sexta-feira),
conforme fls. 52 e 53, o prazo para apresentada de contestação se iniciou no dia
_________________________________________
1Art. 231. § 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última
das datas a que se referem os incisos I a VI do caput .
Rua Samuel Morse, 134 – cj. 71 | (11) 5506-3674 | contato@meirabreseghello.com.br

Brooklin – São Paulo/SP
.
fls. 106
22/08/2022 (segunda-feira), de tal forma que, o prazo de 15 dias úteis para

apresentação de contestação se encerrará no dia 12/09/2022 (segunda-feira),
tendo em vista a suspensão dos prazos processuais no dia 07/09/2022, em
decorrência do feriado de Independência do Brasil, nos termos do art. 1º do
Provimento 2641/2021, do CSM deste E. Tribunal de Justiça (doc. 04).
Portanto, apresentada nesta data, incontroversa sua tempestividade.
II. SÍNTESE DA INICIAL
Em síntese, a Autora propôs a presente demanda aduzindo que,

adquiriu um veículo BMW, modelo 320I M Sport, ano/modelo 2021/2022, de Chassi
98M5Z9004N4002950, o qual, supostamente, teria garantia de 5 anos, que, no seu
entendimento, se estenderia para as peças do veículo, inclusive para os pneus.
Narra que o veículo possuía pneus da categoria “run flat”, fabricados

pela corré Pirelli.
Afirmou a Autora que, no dia 19/02/2022, enquanto seu representante

legal fazia uma viagem pela Rodovia dos Bandeirantes, o veículo apresentou uma
mensagem apontando uma suposta anormalidade nos pneus. Alega que, nesta ocasião
fez uma parada em um posto para calibrar os pneus do veículo, quando notou que
havia uma bolha na lateral do pneu dianteiro.
Alega que, após notar a suposta anomalia, teria entrado em contato

com a Concessionária Corré e com a Pirelli para buscar uma solução, pois o veículo
não estava sendo utilizado, mas afirma que o contato não teria surtido efeito.
Narra, ainda, que teria encaminhado o pneu para análise da sua

fabricante, Pirelli, a qual elaborou laudo técnico, sendo constatado que o pneu
danificado, estava dentro dos padrões de fabricação e que os danos eram decorrentes
de forte impacto contra buracos e/ou obstáculos.
Contudo, a Autora não concordou com o laudo apresentado pois,

segundo sua narrativa, o veículo é utilizado para deslocamento do representante da
Autora ao trabalho, visita aos clientes, bem como viagens por rodovias asfaltadas e
sem buracos, alegando que não seria justificável que os pneus apresentassem tal
problema tão novo, tendo em vista que o veículo possuía 8.000km (oito mil
quilômetros).
A Autora aduz que notificou a Concessionária Corré e a Pirelli acerca

.
fls. 107
dos danos no pneu, bem como a suposta falta do produto no mercado para que
pudesse ser substituído.
Alega, ainda, que o veículo ficou parado de 19/02/2022 até
30/04/2022, o que teria causado grandes transtornos à Autora e ao seu representante
legal.
Assim, afirmou que substituiu os quatro pneus, pelo valor de

R$9.893,00 (nove mil, oitocentos e noventa e três reais), pois segundo sua narrativa, o
representante legal da Autora não poderia ficar sem o veículo.
Considerando o exposto, pretende: (i) a condenação das Rés a título

de danos materiais, no importe de 9.893,00 (nove mil, oitocentos e noventa e três
reais), referente ao valor pago pela substituição dos quatro pneus; (ii) a condenação
das Rés, a título de danos morais, em valor a ser arbitrado pelo juízo; (iii) a condenação
das Rés, ao pagamento de custas e honorários sucumbenciais; e (iv) a inversão do
ônus da prova.
No entanto, em que pesem as alegações feitas pela Autora, razão não

lhe assiste, motivo pelo qual a presente demanda deverá ser extinta ou seus pedidos
deverão ser julgados improcedentes, conforme será demonstrado abaixo.
III. ESCLARECIMENTOS INICIAIS – DA REALIDADE DOS FATOS
Inicialmente, é forçoso destacar que a BMW zela pelo absoluto

respeito aos seus consumidores e está sempre atenta para oferecer ao mercado de
consumo, produtos de excelente qualidade, que atendam satisfatoriamente às
expectativas dos consumidores, com absoluta segurança e responsabilidade.
Nesses termos, os veículos da marca BMW passam por rigoroso

controle de qualidade antes de serem inseridos no mercado de consumo, assim como
atendem às normas vigentes impostas pelos órgãos competentes de homologação de
veículos.
Na remota hipótese de serem constatados eventuais vícios de

fabricação e ausentes as causas excludentes de responsabilidade, a BMW
responsabiliza-se pelos ajustes e reparos necessários, sem qualquer ônus ao
consumidor, inclusive, conhecedora da legislação consumerista, quando identifica
previamente qualquer necessidade de ajuste realiza o recall nas formas definidas pela
legislação vigente.
.
fls. 108
Porém, no caso em questão, a Autora apresenta insatisfação e busca

indevido ressarcimento, sem que tais imbróglios tenham qualquer relação com
a BMW e a fabricação do veículo.
Conforme se observa, de início, a Autora confessa que o pneu
apresentou a falha após rodar mais de 7.000km, quando o item já não era mais
coberto pela garantia legal.
Nesse passo, afasta-se, de pronto, a responsabilidade da BMW no

presente caso.
Além disso, é de suma importância rebater a alegação da Autora

de que a ocorrência dos danos nos pneus é decorrente de suposto vício, uma vez
que, conforme documento acostado pela própria Autora, às fls. 33, o patrono da
Autora informa que os danos foram causados por objeto na via. Vejamos:
Ora Excelência, cai por terra o argumento de que os pneus padecem

de vício, tendo em vista que os documentos acostados pela própria Autora dizem o
contrário disso. E não é só essa uma das invenções da Autora.
Conforme narrativa construída pela Autora, há a alegação de que o

veículo ficou paralisado desde meados de fevereiro até o final de abril sem ser
utilizado. Contudo, conforme Ordem de Serviço nº 90976 (doc. 05), o veículo foi
.
fls. 109
até a concessionária para realização de revisão e troca de óleo do motor, sem que
fosse realizado qualquer tipo de reclamação acerca dos pneus:
Do mesmo modo, convém destacar que o veículo foi adquirido em
09 de agosto de 2021, enquanto a reclamação se deu em 19 de fevereiro de 2022,
ou seja, após mais de seis meses de utilização, de modo que não é crível que a
suposta falha, que sequer foi comprovada, possa ser considerada como um
suposto vício de fabricação, como pretende fazer crer a Autora, tendo em vista
que os pneus foram amplamente utilizados antes de qualquer reclamação.
E não é só.
A Autora afirma a existência de suposto vício, todavia, não junta

aos autos qualquer prova do suposto vício, tampouco laudo técnico, o que não
se pode aceitar.
.
fls. 110
Veja, Excelência, que a Autora se limitou a juntar uma imagem que

não comprova se tratar do pneu de seu veículo, tampouco de que seria um vício
de fabricação, de modo que inexiste qualquer prova neste sentido, ônus este que
lhe incumbia.
Ademais, tendo em vista que o veículo foi amplamente utilizado
antes da reclamação, pode-se concluir que a suposta falha foi causada pela ação
de agente externo, de terceiros ou dos representantes da Autora, tendo em vista
que, caso se tratasse de falha de fabricação, a anomalia surgiria logo após os
primeiros dias e meses de utilização e não após mais de seis meses, quando o
item já estava com a garantia expirado e com mais de 6.000km rodados.
Além disso, destaca-se que a atuação da BMW está limitada à

fabricação do veículo, o seu faturamento inicial, ao fornecimento de peças
necessárias aos reparos e à concessão ou não da garantia, tudo observado no caso e
limitando-se ao veículo.
De tal sorte que a BMW não responde por pneus fabricados pela
corré Pirelli, não estando dentro de suas obrigações, arcar com os valores
dispendidos pela Autora em hipóteses como a que se discute nos autos,
considerando que a própria Autora admite que utilizou amplamente o veículo
antes da reclamação, bem como estava expirada a garantia legal de 90 (noventa)
dias, conforme especificado no manual do veículo, ou seja, sem nenhuma relação
com a BMW o quanto reclamado pela Autora.
Ademais, não há nos autos nenhum documento hábil a comprovar

a existência de vícios e/ou defeitos nos pneus do veículo, mormente que a sua
origem seja na fabricação, motivo pelo qual não cabe qualquer indenização.
Além disso, ao analisarmos os fatos iniciais, temos que não há

reclamos quanto à fabricação do veículo, tampouco quanto à atuação da BMW, se
limitando a Autora a reclamar dos pneus que, como dito, podem ter sido danificados
em razão da forma de dirigibilidade dos representantes da Autora, aliado à atuação de
agente externo, como o próprio patrono da Autora confessa ao enviar e-mail em
09/03/2022 (fls. 33).
Assim, resta demonstrado que diversos fatos, alheios à atuação da

BMW, podem ter originado os supostos problemas - o que poderia ser comprovado
mediante a realização de perícia nos pneus, tendo em vista que para o perfeito
estado de uso e funcionamento dos pneus, estes:
.
fls. 111
(i) devem estar bem conservados;
(ii) com a pressão, calibragem e alinhamento adequados;
(iii) com a suspensão em bom estado;
(iv) serem utilizados de acordo com orientações do Manual e;
(v) não passar por objetos pontiagudos e/ou de alto relevo, como
os tachões; dentre outros (dirigibilidade adequada).
Ademais, conforme Manual do Veículo (doc. 06), pneus estão

sujeitos a análise prévia para substituição em garantia:
Encaminhado à análise, a conclusão da Pirelli, que é corré nesta

demanda, foi de que não há qualquer indício acerca de vício na fabricação do pneu,
bem como que os danos foram causados por forte impacto contra obstáculo ou buraco
na via, vejamos:
.
fls. 112
Ademais, reitera-se que a Autora não colaciona aos autos nenhum
documento que comprove a existência dos supostos vícios de fabricação no veículo,
bem como nos pneus, sendo que apenas evidenciamos na própria Petição Inicial, que
o ocorrido está relacionado à sua má utilização, que pode, perfeitamente, ter sido
ocasionado por CULPA EXCLUSIVA DO REPRESENTANTE DA PRÓPRIA AUTORA.
Diante disso, conforme será melhor exposto a seguir, diante da

inexistência de ato ilícito cometido pela BMW, bem como que os problemas causados
aos pneus são decorrentes de ação externa ou da própria Autora, sem qualquer relação
com a BMW, a ação deverá ser extinta ou, ainda, não há que se falar em dever de
indenizar ou qualquer arbitramento de condenação.
IV. DAS PRELIMINARES
IV. 1. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA BMW
Como amplamente exposto, temos, que a BMW é parte

manifestamente ilegítima para figurar no polo passivo da presente ação, porque os
fatos descritos na inicial demonstram que eventuais danos suportados pela Autora
NÃO TÊM RELAÇÃO COM A FABRICAÇÃO DO VEÍCULO, TAMPOUCO DECORRERAM DE
QUALQUER ATO PRATICADO PELA BMW, mas, teriam decorrido de:
(i) culpa exclusiva da própria Autora (uso inadequado), aliado à

atuação de agente externo (buracos, irregularidades na pista,
objetos pontiagudos, entre outros); ou
(ii) culpa exclusiva de Terceiro, a fabricante dos pneus da Autora

(Pirelli).
Ademais, no manual do veículo objeto da ação (doc. 06), consta

como a Política de Garantia do veículo, que peças de desgastes não serão
.
fls. 113
cobertos pela garantia contratual, apenas pela garantia legal (90 dias), tal como
destacado.
Ainda, caso fosse comprovado, POR PERÍCIA, a existência de
eventual vício no pneu, cuja origem se deu no processo de fabricação, reitera-se
que a BMW não os fabricou, de forma que não tem legitimidade para responder por
qualquer problema decorrente da sua fabricação ou mesmo do mau uso pelo
consumidor.
Veja-se, portanto, que não há nenhuma participação da BMW no

evento narrado pela Autora. E sobre a legitimidade passiva, pede-se venia para
transcrever a valiosa lição de Wambier2: “relação de sujeição diante da pretensão do
autor”. Destarte, se não há nexo de causalidade entre o direito invocado pela Autora e a
conduta da Ré, verifica-se latente a ilegitimidade passiva.
Nesse contexto, podemos verificar que:
(i) O veículo NÃO padece/padecia de qualquer vício/defeito

de fabricação;
(ii) Mesmo que se entenda haver qualquer vício no processo

de fabricação, por certo não poderá a BMW responder pelos
supostos danos, na medida em não fabricou os pneus do
veículo;
(iii) Os fatos que circundam a demanda, deixam cristalino o

uso inadequado do produto, por parte do representante da
própria Autora.
Desse modo, em se tratando de ação de terceiros e culpa exclusiva

da Autora, não há que se falar em solidariedade, restando clara a ausência de
reponsabilidade da BMW, nos termos dos artigos 12, §3º II, III, do Código de Defesa
do Consumidor.
Nesse diapasão, o fato alegado pela Autora possui relação direta e

exclusiva com a fabricante do pneu, vez que a BMW não interfere em nada nesta
relação, uma vez que não fabrica pneus.
2 Curso Avançado de Processo Civil, Volume 1. 8 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 131.
.
fls. 114
O fato de não haver qualquer vício/defeito de fabricação no veículo

exime a BMW de qualquer responsabilidade que venha surgir, tendo em vista que a
fabricante dos pneus é responsável pelos produtos que coloca no mercado.
Assim, seja pelas normas aplicadas pelo Código de Defesa do
Consumidor, seja pelo Código Civil, não há que se falar em responsabilidade solidária
entre a BMW e a PIRELLI, no que se refere ao desempenho do produto por elas
produzidos, de forma independentemente, inexistindo razões para condenação da
BMW ao pagamento de qualquer indenização, vez que ausente o nexo de causalidade
entre o suposto evento danoso e a BMW.
Dessa forma, caso este MM. Juízo entenda se tratar de supostos

problemas relacionados aos pneus, requer-se desde já que seja afastada a
responsabilidade da BMW com relação aos mesmos, em razão de se tratar de produto
fabricado por terceiro, alheio ao controle da BMW (responsabilidade de terceiro) e de ato
próprio da Autora, de forma que requer-se a imediata extinção do presente processo com
relação à BMW, sem a resolução do mérito, nos termos do quanto disposto pelos
artigos 337, inciso XI e 485, inciso VI, do CPC.
IV. 2. DA AUSÊNCIA DE PEDIDO CERTO E DETERMINADO A TÍTULO DE DANO

MORAL
Além do quanto exposto, a Petição Inicial como se nota, é inepta,

ainda, por ausência de pedido certo e determinado, o que deverá culminar em
seu indeferimento e consequente extinção do processo sem resolução do mérito,
no tocante ao pedido a título de dano moral.
Isso porque, a Autora deixa de formular pedido certo e

determinado com relação aos danos morais, o que seria de rigor, a teor do quanto
disposto pelos artigos 319, do CPC.
Cumpre mencionar que a Autora deve consignar a solução exata que

pretende para o caso concreto, pois somente assim estabelecerá os limites da
demanda.
Contudo, vale lembrar que, com base nesses limites, a BMW exerce
seu direito à ampla defesa.
Com efeito, não há especificação do pedido de danos morais

(pedido genérico) na Petição Inicial, ou seja, não foi quantificado e/ou
qualificado! Há omissão completa da Autora, que se limita a alegar a existência
.
fls. 115
de supostos danos morais, pretendendo que esse D. Juízo a substitua no

cumprimento de seu dever processual de especificar os valores a que pretende.
Destarte, o pedido genérico deve ser equiparado à ausência de
pedido, o que deverá acarretar a extinção do processo sem resolução do mérito, no
que diz respeito ao pedido de dano moral.
Da maneira como o pedido foi formulado, a BMW está

impossibilitada de identificar a pretensão exata da Autora e até mesmo de
provisionar referido valor para o caso de eventual condenação, exigência esta de
toda e qualquer empresa de auditoria estabelecida no Brasil e na Alemanha, ferindo,
assim, o princípio do contraditório e da ampla defesa (artigo 5°, LV, da Constituição
Federal).
Não é outro o entendimento de nossos Tribunais a esse respeito,

como se observa das decisões abaixo:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO - AÇÃO DE COBRANÇA

- INÉPCIA RECURSAL - INOCORRÊNCIA - PRELIMINAR REJEITADA
- INÉPCIA DA INICIAL - FALTA DE INDICAÇÃO DOS
FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO - AUSÊNCIA DE
PEDIDO CERTO E DETERMINADO - INDEFERIMENTO DA
INICIAL - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO - POSSIBILIDADE - RECURSO DESPROVIDO. - Impõe-
se a extinção do processo, por inépcia da petição inicial,
quando esta não indica pedido certo e determinado, e não
apresenta os fundamentos jurídicos específicos do pedido, o que
atrai a aplicação do inciso I do artigo 330, do Código de
Processo Civil, cumulado com o inciso II, do parágrafo único
do referido artigo (art. 295, CPC/1973). (TJ-MG - AC:
10112120023794001 MG, Relator: Moreira Diniz, Data de
Julgamento: 30/07/0019, Data de Publicação: 13/08/2019).
Ação de indenização por danos morais e materiais c/c obrigação

de fazer e tutela antecipada. Indeferimento da Inicial. Extinção
do processo sem resolução de mérito. Inépcia da inicial por
ausência de pedido certo e determinado. Recurso improvido.
(TJ-SP - AC: 0106659-12.2009.8.26.0004, Relator: Gomes Varjão,
Data de Julgamento: 09/02/2015, 34ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 10/02/2015)
AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE

INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - EXTINÇÃO
.
fls. 116
PARCIAL DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO - AUSÊNCIA

DE PEDIDO CERTO E DETERMINADO - INÉPCIA DA INICIAL –
(...) - DECISÃO MANTIDA - AGRAVO IMPROVIDO. 1. A ausência
de pedido certo e determinado impõe a extinção do feito
sem resolução do mérito por inépcia da inicial, uma vez que
as alegações genéricas impedem/restringem até mesmo o
direito de defesa da parte ré. (...). 3. Agravo Regimental
improvido. (TJ-MS - AGR: 1412186-41.2015.8.12.0000, Relator:
Des. Paulo Alberto de Oliveira, Data de Julgamento: 05/07/2016,
2ª Câmara Cível, Data de Publicação: 06/07/2016)
Assim, diante da ausência de pedido na forma estabelecida pela

legislação, deve a Inicial ser indeferida com relação aos danos morais, com
fundamento nos artigos 319, 330, I; e 485, I, todos do CPC.
V. DO MÉRITO
Caso Vossa Excelência não entenda pelo acolhimento das preliminares

acima alçadas, apenas em respeito ao princípio da eventualidade, passa-se a contestar
o mérito da demanda, que ensejará na improcedência do feito.
V. 1. DA INAPLICABILIDADE DO CDC – PROPRIETÁRIA PESSOA JURÍDICA
A princípio, o artigo 2º do CDC restringe o conceito de consumidor

àquele que adquire produto ou utiliza serviço como destinatário final, como esclarece
José Geraldo Brito Filomeno:
“O conceito de consumidor adotado pelo Código foi

exclusivamente de caráter econômico, ou seja, levando-se
em consideração tão-somente o personagem que no mercado
de consumo adquire bens ou então contrata a prestação de
serviços, como destinatário final, pressupondo-se que assim
age com vistas ao atendimento de uma necessidade própria e
não para o desenvolvimento de uma outra atividade
negocial.”3 (Destacou-se)
De seu turno, CLÁUDIA LIMA MARQUES aprofunda o conceito de

destinatário final:
3Código Brasileiro de Defesa do Consumidor Comentado pelos Autores do Anteprojeto, 9ª ed., Rio de Janeiro,
Forense Universitária, 2007, p. 28.
.
fls. 117
“Destinatário final é aquele destinatário fático e econômico do

bem ou serviço, seja ele pessoa jurídica ou física. Logo,
segundo esta interpretação teleológica não basta ser
destinatário fático do produto, retirá-lo da cadeia de
produção, levá-lo para o escritório ou residência, é necessário
ser destinatário final econômico do bem, não adquiri-lo para
revenda, não adquiri-lo para uso profissional, pois o bem
seria novamente um instrumento de produção cujo preço
será incluído no preço final do profissional que o adquiriu.
Neste caso, não haveria a exigida “destinação final” do
produto ou do serviço.”4
No caso, o veículo foi adquirido pela Autora, PESSOA JURÍDICA

(JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS
LTDA.), para o trabalho a que se destina a empresa, incluindo visita às clientes.
Assim, não se tratando a Autora de “destinatário econômico” do

produto, cuja utilização, na realidade, tem fins estritamente profissionais, deve ser
afastada a aplicação do CDC.
Note-se que o veículo é utilizado para o exercício da atividade

comercial da Autora, pelo que, o entendimento jurisprudencial está consolidado no
sentido de que nas relações comerciais em que o bem é adquirido para incremento da
atividade negocial de pessoa jurídica não existe relação de consumo e, portanto, fica
afastada a aplicação do CDC. Confira-se, sobre o tema, o posicionamento do C. STJ:
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. SOCIEDADE EMPRESÁRIA.

CONSUMIDOR. DESTINATÁRIO FINAL ECONÔMICO. NÃO
OCORRÊNCIA. FORO DE ELEIÇÃO. VALIDADE. RELAÇÃO DE
CONSUMO E HIPOSSUFICIÊNCIA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. 1 -
A jurisprudência desta Corte sedimenta-se no sentido da
adoção da teoria finalista ou subjetiva para fins de
caracterização da pessoa jurídica como consumidora em
eventual relação de consumo, devendo, portanto, ser
destinatária final econômica do bem ou serviço adquirido
(REsp 541.867/BA).2 - Para que o consumidor seja
considerado destinatário econômico final, o produto ou
serviço adquirido ou utilizado não pode guardar qualquer
4 in Contratos no Código de Defesa do Consumidor, ed. Revista dos Tribunais, 2002, pág. 254
.
fls. 118
conexão, direta ou indireta, com a atividade econômica

por ele desenvolvida; o produto ou serviço deve ser
utilizado para o atendimento de uma necessidade própria,
pessoal do consumidor. [...]”5 (Destacou-se)
Ainda, vejamos entendimento do E. Tribunal de Justiça do Estado de
Mato Grosso do Sul:
“RECURSO DE APELAÇÃO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

C/C PERDAS E DANOS – CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA –
FINAME AGRÍCOLA PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO
DA FROTA DE TRATORES AGRÍCOLAS E IMPLEMENTOS
ASSOCIADOS E COLHEITADEIRAS – BEM DE CAPITAL
UTILIZADOS COMO INSUMO PARA A ATIVIDADE
LUCRATIVA – INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO DE
PROTEÇÃO E DE DEFESA DO CONSUMIDOR – (...). Para que
seja aplicado o Código de Defesa do Consumidor,
imprescindível a prova de que o adquirente se encaixa no
conceito de consumidor final. No caso, o bem foi
adquirido para o desenvolvimento de uma outra atividade
negocial, e não para o atendimento de uma necessidade
própria, ou seja, o bem adquirido é bem de capital, e não
bem de consumo, e será utilizado para continuar a
produzir, logo, foi utilizado como insumo necessário ao
desempenho de sua atividade lucrativa, como produtor
rural. Afastada a incidência do CDC , incidindo a distribuição
dos ônus da prova de acordo com o art. 333 , I e II, do CPC
/73, têm-se que o autor provou o fato constitutivo do seu
direito, enquanto o réu não demonstrou a existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Pelo
contrário, os cálculos que apresenta corroboram as alegações
deste.” (TJ-MS - 08005385420138120010 MS 0800538-
54.2013.8.12.0010 - Data de publicação: 22/11/2017).
Frente a tais aspectos, não havendo comprovação em sentido

contrário, inaplicável a legislação consumerista, devendo ser aplicado ao caso o
Código Civil, o qual atribui à empresa Autora o ônus de provar e demonstrar a culpa
5 STJ, Segunda Seção, Rel. Min. Fernando Gonçalves, CC 92.519-SP, julgado em 16.2.2009, DJe 4.3.2009.
.
fls. 119
da BMW no evento danoso (responsabilidade subjetiva), restando inaplicável ao caso

à legislação consumerista.
V. 2. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIZAÇÃO PELO OCORRIDO NO PNEU –
RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE DOS PNEUS – CULPA EXCLUSIVA DA
AUTORA PELO USO INADEQUADO OU DE TERCEIRO (art. 12, §3º, II, III, CDC)
Inicialmente, insta salientar que, conforme anteriormente

demonstrado, temos que:
(i) os supostos problemas alegados pela Autora se existentes,

NÃO são de responsabilidade da BMW;
(ii) os supostos problemas alegados pela Autora, caso

existentes, podem ser de responsabilidade da fabricante dos
pneus – culpa exclusiva de terceiro;
(iii) a Autora tinha plena ciência e estava devidamente

informada, nos termos do Manual de Garantia, de que a
garantia do item era de 90 (noventa) dias, sendo aplicável
apenas a garantia legal;
(iv) a Autora tinha plena ciência, nos termos do Manual de

Garantia, que garantia contratual NÃO se estende aos pneus,
por se tratar de item de desgaste natural e por ser fabricado
por terceiro;
(v) a Autora trafegou com o veículo por mais de 6.000km

rodados e seis meses, quando da ocorrência dos fatos, o que
denota que os pneus estavam em perfeito estado;
(vi) restou constada a culpa exclusiva da Autora, conforme

atestado pela própria fabricante, que ao analisar o pneu
danificado constatou que houve forte impacto, aliado à
confissão feita pelo patrono da Autora, que afirmou em
contato com a concessionária, que o representante da Autora
teve os pneus danificados em razão de material existente na
rodovia (fls. 33).
Nesse ponto, cabe ressaltar, que, pelo princípio da eventualidade, se

restar comprovada a responsabilidade pelos supostos problemas alegados pela
.
fls. 120
Autora, o dever de indenização deve ser imputado a quem fabricou os pneus e

não à BMW.
Ou seja, Excelência! A demanda é completamente voltada ao
problema dos pneus e, não, à fabricação do veículo!
Salienta-se, que conforme cláusula 3.1.1 do Manual do Veículo,

também, estão excluídos da garantia de fábrica peças consideradas de desgaste,
dentre elas os pneus, tendo a Autora ciência inequívoca dessa informação, de tal sorte
que não pode exigir a restituição dos valores por ela desembolsados, em face da BMW,
notadamente porque até o término da garantia legal de 90 dias, o pneu não
apresentava vício/defeito de fabricação e foi avariado por culpa exclusiva da
Autora e/ou agente externo.
Ademais, é inequívoco que os supostos problemas se deram em

razão da atuação de agente externo e culpa exclusiva da própria Autora (uso
inadequado), pois não há qualquer vício e/ou defeito de fabricação do veículo, o
que a perícia poderia comprovar.
Reitere-se que no caso dos autos não há nenhuma hipótese de vício

de fabricação capaz de gerar qualquer responsabilidade à BMW, em relação aos
supostos danos reivindicados.
Ainda, é fato notório que os usuários devem se preocupar com o

uso adequado e correto do produto, conforme orientações constantes em todos
os Manuais dos veículos fabricados pela BMW, a fim de evitar problemas e desgastes
prematuros do bem, sendo necessário manter pressão adequadas, calibrar com
frequência, entre inúmeros outros cuidados.
Nesse cenário, os supostos problemas causados nos pneus do veículo

da Autora, foram causados por responsabilidade da própria Autora ou de terceiros, o
que, também, exclui a responsabilidade da BMW, nos termos do art. 12, §3º, II e III,
CDC.
Logo, como o veículo não padece de suposto vício/defeito de

fabricação, NÃO PODE A BMW ser responsabilizada pelas consequências de avarias
causadas pelo mau uso da Autora, aliado à culpa exclusiva de terceiro, bem como
em decorrência de agente externo, especialmente as indenizações pleiteadas,
considerando os supostos prejuízos sofridos.
Nessa esteira:
.
fls. 121
APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO

POR DANOS MATERIAL E MORAL. DIREITO DO CONSUMIDOR.
PNEUS NOVOS QUE APRESENTARAM DEFEITOS NO PRAZO
DE GARANTIA. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSO DA
AUTORA PERÍCIA TÉCNICA QUE INDICA A MÁ UTILIZAÇÃO
DOS PRODUTOS COMO CAUSA DOS PROBLEMAS
APRESENTADOS. CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR QUE
AFASTA A RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE/FORNECEDOR
DO PRODUTO. ART. 12, § 3º, III, DO C.D.P.C. PARTE AUTORA
QUE NÃO SE DESINCUMBIU DE COMPROVAR O FATO
CONSTITUTIVO DE SEU DIREITO, CONFORME LHE COMPETIA
A TEOR DO ART. 373, I, DO CPC. DESPROVIMENTO RECURSO.
(TJ-RJ - APL: 02361218420138190001, Relator: NORMA SUELY
FONSECA QUINTES, Data de Julgamento: 25/07/2017, OITAVA
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 28/07/2017)
CONSUMIDOR. VÍCIO DO PRODUTO. AQUISIÇÃO DE PNEUS.

ALEGAÇÃO DE VÍCIO DE FABRICAÇÃO E NEGATIVA DE
TROCA. PNEU CORTADO. AUTOR QUE NÃO SE
DESINCUMBIU DA PROVA MÍNIMA. DANO INCOMPATÍVEL
COM VÍCIO DE FABRICAÇÃO. NEGATIVA DA RÉ POR MAU
USO QUE MERECE AMPARO. CASO DE EXCLUSÃO DA
RESPONSABILIDADE DAS RÉS. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. (TJ-RS - Recurso Cível: 71007771645
RS, Relator: Mara Lúcia Coccaro Martins Facchini, Data de
Julgamento: 26/06/2018, Primeira Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 02/07/2018)
CONSUMIDOR. AÇÃO QUE VISA À SUBSTITUIÇÃO DOS PNEUS

C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. VEÍCULO ZERO KM.
ALEGAÇÃO DE DEFEITO NOS PNEUS. INTELIGÊNCIA DO ART.
12, § 3º, INCISO III, DO CDC. MAU USO EVIDENCIADO Á
VISTA DE LAUDO TÉCNICO EMITIDO PELA FABRICANTE.
RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR. EXCLUSÃO.
RECURSO DESPROVIDO. (TJ-RS - Recurso Cível: 71005975198
RS, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Data de
Julgamento: 28/07/2016, Terceira Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 04/08/2016)
.
fls. 122
Ainda, imperioso verificar que não há nexo de causalidade entre os

fatos narrados e qualquer ação ou omissão imputáveis à BMW.
Leia e releia-se os autos, e NÃO há a comprovação de NEXO DE
CAUSALIDADE entre os supostos danos suportados pela Autora relacionados com
qualquer eventual ação da BMW.
Assim, em que pese os argumentos trazidos pela Autora, não há nos

autos nenhum documento hábil a comprovar o nexo de causalidade entre a
fabricação do veículo, a fabricação do pneu e a necessidade de substituição dos
pneus, os quais inexoravelmente são de exclusiva responsabilidade da Autora ou
de terceiros, aliada a atuação de agente externo, sendo manifesta a ausência de
nexo causal, motivo pelo qual não há se falar em indenização por danos materiais ou
morais, nem mesmo há se falar na imputação de qualquer punição à BMW como
pretende a Autora.
Além disso, no presente caso, além de inexistir qualquer

comprovação de defeito/vício oriundos de fabricação no veículo, evidentemente
tratar-se de caso de culpa exclusiva da Autora que confessa que utilizou o veículo
por um longo período antes da reclamação ou, ainda, de culpa exclusiva de
terceiros, pois, evidente, que a suposta bolha não iria surgir somente após mais
de seis de meses de utilização do produto.
Nesse sentido, evidente a ausência de responsabilidade da BMW com

relação ao quanto narrado na inicial, visto que além de não se tratar de vício ou defeito
de fabricação do veículo, também não se trata de componente coberto pela garantia
concedida pela BMW, na medida em que se trata de item de desgaste natural.
No caso dos autos, a ausência de comprovação de vício de fabricação,

aliado ao fato de que BMW colocou o veículo no mercado em perfeitas condições de
uso, e o uso inadequado do veículo pela Autora, rompem qualquer liame de
causalidade entre (i) as condutas da BMW; e (ii) as indenizações pretendidas.
Por medida de extrema cautela, a BMW espera que nenhuma

condenação lhe seja imposta, sem a prévia realização de perícia, único meio
capaz de demonstrar que (a) o problema não foi decorrente de vício e/ou defeito de
fabricação do próprio veículo e do pneu; e que (b) todos os problemas foram
decorrentes de má utilização do veículo pela Autora e/ou agente externo.
Portanto, diante da inexistência de qualquer vício de fabricação

do veículo, bem como nos pneus do veículo (processo esse que a BMW, sequer,
.
fls. 123
participou), frise-se, não acobertados pela garantia contratual, conforme

INFORMAÇÃO CLARA E PRECISA DO MANUAL, SENDO CERTO QUE A GARANTIA
É LIBERALIDADE DO FABRICANTE E ESTE PODE IMPOR QUALQUER CONDIÇÃO,
acabam por fulminar o Direito a qualquer reparação pela BMW, sendo o artigo
12, §3º, II e III, CDC, claro neste sentido, devendo os pedidos formulados pela
Autora devem ser julgados TOTALMENTE IMPROCEDENTES, nos termos do art.
12, §3º, II, III, CDC.
V. 3. DA FALTA DE REQUISITOS PARA CONDENAÇÃO DA BMW AO PAGAMENTO

DE DANOS MATERIAIS
A Autora busca ressarcimento dos valores gastos pela aquisição dos

quatro pneus, bem como o valor da respectiva instalação destes que totalizam a
quantia de 9.893,00 (nove mil, oitocentos e noventa e três reais).
Contudo, sem prejuízo da preliminar de ilegitimidade passiva

arguida, tal pedido se mostra absurdo e deverá ser julgado integralmente
improcedente. Senão vejamos.
De início, está clara a intenção da Autora em se enriquecer

ilicitamente às custas das Rés, pois a necessidade de substituição se deu por
evidente uso inadequado, aliado à atuação de agente externo.
Com efeito, é evidente que o veículo NÃO apresentou qualquer

vício/defeito de fabricação, sendo que os alegados problemas se deram por culpa
exclusiva da Autora e/ou agente externo.
Não obstante a isso, as meras alegações dos fatos ocorridos não

comprovam o dever de indenizar em danos materiais por parte da BMW, só, e
unicamente, por ser a fabricante de veículos, porquanto não se verifica o mesmo aos
acessórios que o compõem, especificamente, o pneu, que são fabricados por outra
empresa, cuja garantia do produto, bem como informações adicionais deve ser
solicitada àquela, ou seja, à Corré Pirelli, e desde que não presentes causas
excludentes de responsabilidade e de garantia.
Embora, a o quanto reclamado no tocante ao pneu do veículo tenha

ensejado o ajuizamento da presente ação, esta não merece prosseguir, POR NÃO
ENCONTRAREM PRESSUPOSTOS, TAMPOUCO VEROSSIMILHANÇA OU INDÍCIOS
QUE POSSAM DEMONSTRAR O NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O FATO
ANTECEDENTE (FABRICAÇÃO), COM O ATO CONSEQUENTE (DANOS NO PNEU),
que acarretou as descabidas ilações narradas pela Autora.
.
fls. 124
Recorda-se, no entanto, que a BMW não possui qualquer relação com

a fabricante dos pneus, limitando-se, tão somente, à fabricação do veículo, frisando
que não houve qualquer reclamação em relação ao bem.
Ainda, que se fale em responsabilidade da BMW, temos que resta
afastada em razão do incontroverso mau uso do bem pela Autora. Nesse sentido:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. (...).

VÍCIO DO PRODUTO (PNEU). LAUDO TÉCNICO ATESTANDO
MAU USO. AUSÊNCIA DE PROVA INEQUÍVOCA DA AQUISIÇÃO
DA “SUPERGARANTIA”. ÔNUS QUE INCUMBIA AO AUTOR
(ART. 373, I CPC). FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
NÃO DEMONSTRADA. DANO MATERIAL E MORAL
AFASTADOS. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS INICIAIS.
SENTENÇA REFORMADA. Recursos das rés conhecidos e
parcialmente providos. (TJ-PR - RI: 00236928620198160019
Ponta Grossa 0023692-86.2019.8.16.0019 (Acórdão), Relator:
Melissa de Azevedo Olivas, Data de Julgamento: 13/05/2021, 1ª
Turma Recursal, Data de Publicação: 14/05/2021)
Diante de tais circunstâncias, ainda que a BMW entenda pela sua

ilegitimidade na demanda, por mero amor ao debate, requer que o pedido formulado
pela Autora a título de danos materiais seja julgado totalmente improcedente, por
todas as razões fundamentadas acima.
V. 4. DA FALTA DE REQUISITOS PARA CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE

DANOS MORAIS
Caso V. Excelência entenda que o pedido de indenização por danos

morais feitos pela Autora seja apto para julgamento, diante do incontroverso pedido
genérico, o que se aceita única e exclusivamente por amor ao debate, tal pleito deverá
ser julgado integralmente improcedente, conforme amplamente demonstrado na
presente defesa.
Primeiramente, vale destacar que, conforme dispõe o art. 373, I, CPC,

o ônus da prova do fato constitutivo do direito compete a parte autora, ou seja, esta
deve comprovar os alegados danos morais que, no presente caso, sequer restaram
comprovados, sendo apenas meras alegações, sem qualquer comprovação e
fundamento, o que, por si só, afasta a indenização pretendida.
.
fls. 125
Nesse sentido, vale trazer à baila decisões de nossos Tribunais Pátrios

acerca do tema:
APELAÇÃO CÍVEL. (...). AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA
DE DÉBITO E DANOS MORAIS. (...). DANO MORAL. NÃO
CARACTERIZADO. AUSÊNCIA DE PROVA DO FATO
CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR. INTELIGÊNCIA DO
ART. 373, INCISO I, DO CPC/15. (...). Dano moral. Para se fazer
jus à reparação por dano moral não basta alegar prejuízos
aleatórios ou em potencial, é necessária a comprovação do
dano efetivo sofrido pela parte. Demandante não logrou
provar fato constitutivo de seu direito, nos termos do art.
373, inc. I, do CPC/15, uma vez demostrada a regular
contratação entre as partes. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO.
UNÂNIME. (TJ-RS - AC: 70080071491 RS, Relator: Giovanni Conti,
Data de Julgamento: 21/02/2019, Décima Sétima Câmara Cível,
Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 13/03/2019).
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE VEXAME
E CONSTRANGIMENTO. INEXISTÊNCIA DE PROVAS NOS
AUTOS. INTELIGÊNCIA DO ART. 373 DO CPC. DANO MORAL
NÃO CONFIGURADO. RECURSO AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. UNANIMIDADE. 1- Pois bem, de acordo com as
provas produzidas nos autos, inexiste o dano que a autora alega
haver sofrido. (...). 6- Não existiu, conforme afirmado pela
demandante, nenhuma prova de que o réu atingiu a imagem
pessoal da autora, causando angústia e sofrimento que
pudessem gerar dano moral. (...). 8- Não havendo
comprovação do ilícito perpetrado, não há que se falar em
dano moral. 9- Não havendo comprovação do ilícito
perpetrado, não há que se falar em dano moral. 10- Sendo
assim, não restou configurado o dano moral pleiteado, uma
vez que inexiste prova do ilícito perpetrado. (TJ-PE - APL:
4955911 PE, Relator: Francisco Manoel Tenorio dos Santos, Data
de Julgamento: 14/03/2019, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação:
01/04/2019).
.
fls. 126
Ademais, ainda que se fale em distribuição dinâmica do ônus da prova,

conforme prevê o §1º do art. 373, CPC, mencionada distribuição/inversão não se aplica
ao pedido de dano moral, uma vez que apenas a parte autora pode comprovar o
alegado dano suportado, bem como qual dano foi causado à sua honra objetiva.
Dessa forma, não há se falar em inversão do ônus da prova (pedido
que não deve prosperar pela inaplicabilidade do CDC) quanto ao dano moral
pleiteado pela parte autora nos termos do §1º do art. 373, CPC, na medida em que não
preenchidos os requisitos autorizadores para tanto, considerando que tal
distribuição/inversão se trata de encargo (i) impossível e (ii) excessivamente difícil e
oneroso para a BMW, o que é vedado pelo §2º do art. 373, CPC; pois, como já dito,
apenas a parte Autora poderá comprovar os danos morais alegados.
De qualquer forma, tendo em vista se tratar a Autora de pessoa

jurídica, somente poderia sofrer reparação por danos morais se houvesse
violação de sua honra objetiva, consubstanciada no bom nome, na reputação e
na imagem, o que INEXISTIU.
Vale destacar que a Autora tenta a todo momento confundir o D.

Magistrado ao mencionar supostos infortúnios vivenciados pelo seu representante
legal, sendo certo que seu representante sequer é parte nos autos.
Ora, tratam-se de pessoas diferentes, de naturezas diferentes.

Eventuais adversidades vivenciadas pelo representante legal da Autora não podem ser
objeto de pedido indenizatório pela Autora, por não serem a mesma pessoa e pelo
fato de o representante da Autora (pessoa física), não compor o polo ativo da presente
lide.
Ademais, ainda que houvesse qualquer dano patrimonial, não seria

capaz de impor prejuízos ao status, reputação e/ou credibilidade que a Autora (pessoa
jurídica) detenha no mercado em que atua.
O C. STJ possui julgado que traz perfeita distinção entre "honra

subjetiva" e "honra objetiva", para fins de indenização por danos morais, a saber:
"Quando se trata de pessoa jurídica, o tema da ofensa à honra

propõe uma distinção inicial: a honra subjetiva, inerente à pessoa
física, que está no psiquismo de cada um e pode ser ofendida
com atos que atinjam a sua dignidade, respeito próprio, auto-
estima, etc., causadores de dor, humilhação, vexame; a honra
.
fls. 127
objetiva, externa ao sujeito, que consiste no respeito, admiração,

apreço, consideração que os outros dispensam à pessoa. Por isso
se diz ser a injúria um ataque à honra subjetiva, à dignidade da
pessoa, enquanto a difamação é ofensa à reputação que o
ofendido goza no âmbito social onde vive. A pessoa jurídica,
criação da ordem legal, não tem capacidade de sentir emoção e
dor, estando por isso desprovida de honra subjetiva e imune à
injúria. Pode padecer, porém, de ataque à honra objetiva, pois
goza de uma reputação junto a terceiros, passível de ficar
abalada por atos que afetam o seu bom nome no mundo civil ou
comercial onde atua" (REsp 60.033-2-MG, Relator Min. Ruy
Rosado de Aguiar).
Portanto, para caracterização de dano moral à pessoa jurídica, faz-

se necessária a comprovação de eventuais danos em sua imagem e/ou nome
comercial, o que não se observa nos autos.
Dessa maneira, seguramente, os fatos descritos na Petição Inicial não

podem ser indenizados porque não ocasionaram dano moral à Autora pessoa jurídica,
a ponto de abalar o seu “bom nome”. Nesse sentido, confira-se:
Ação de indenização por danos materiais e morais – Ausência

de prova dos supostos danos materiais – Lucros cessantes não
que se presumem – Dano moral inexistente – Pessoa jurídica
– Necessidade de comprovação de ofensa à honra objetiva.
Lucros cessantes não se presumem e, no caso, não foram
comprovados - A pessoa jurídica só pode ser vítima de dano
moral se atingida em sua honra objetiva, o que exige a
demonstração de abalo à sua credibilidade ou prejuízo às
suas relações comerciais, o que não se verificou no caso
presente. Apelação desprovida. (TJ-SP - AC: 1047593-
72.2018.8.26.0100, Relator: Lino Machado, Data de Julgamento:
24/04/2019, 30ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
06/05/2019)
APELAÇÃO CÍVEL – (...) - PESSOA JURÍDICA - AUSÊNCIA DE

PROVA DE ABALO À HONRA OBJETIVA – DANO MORAL
NÃO CONFIGURADO – (...). III – Para a pessoa jurídica, o dano
moral não se configura in re ipsa, por se tratar de fenômeno
.
fls. 128
distinto daquele relacionado à pessoa natural, sendo

necessária a demonstração de violação à honra objetiva
daquela. Dano moral não configurado. Condenação afastada.
(TJ-MS - AC: 08005876120158120031 MS 0800587-
61.2015.8.12.0031, Relator: Des. Marco André Nogueira Hanson,
Data de Julgamento: 31/08/2021, 2ª Câmara Cível, Data de
Publicação: 10/09/2021)
(...). AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO MATERIAL C/C DANOS

MORAIS. (...). DANO MORAL DA PESSOA JURÍDICA QUE NÃO
SE PRESUME (IN RE IPSA). AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO À
HONRA OBJETIVA. RECURSO DA RÉ CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. (TJ-PR - RI: 0008017-
48.2019.8.16.0160 (Acórdão), Relator: Irineu Stein Junior, Data
de Julgamento: 29/04/2022, 2ª Turma Recursal, Data de
Publicação: 02/05/2022)
Todavia, por amor ao debate, caso por absurdo entenda V. Exa. por
qualquer aplicação do dano moral a pessoa jurídica, resta esclarecer que a Autora não
especifica o dano, o efetivo abalo emocional que autorizaria o pleito indenizatório,
notadamente em face da BMW. Limita-se, tão somente, a usar palavras, sem vinculação
a qualquer ato concreto, sendo certo que no presente caso, a necessidade de
substituição dos pneus e custeio deste, de forma alguma poderá ensejar
indenização por danos morais, pois como comprovado, pneus não são cobertos
pela garantia contratual, bem como que a necessidade de substituição decorreu
em razão do incontroverso mau uso do bem.
Ademais, os fatos narrados na própria Petição Inicial já seriam

suficientes para demonstrar que a BMW não praticou nenhum ato ilícito no presente
caso, sendo certa a ausência de nexo causal entre os supostos prejuízos e a
conduta da BMW.
Assim, nota-se que a Autora não encontrou argumentos jurídicos para

fundamentar o pedido de abalo moral, considerando que a necessidade de
substituição do pneu, decorreu de mau uso e/ou agente externo, de forma que
restam claras a intenção da Autora em obter uma indenização indevida, o que não
pode ser admitido, sob pena de desvirtuar a garantia constitucional de reparação por
dano moral e, concomitantemente, de incentivar a formulação de pedidos descabidos
e desprovidos de fundamento jurídico.
.
fls. 129
No entanto, caso V. Exa. entenda que é devida alguma indenização a

Autora a título de danos morais - o que só se admite em extrema obediência ao
princípio da eventualidade -, o valor atribuído não poderá ultrapassar os limites
moderados, adotados pelos Tribunais, sob pena de enriquecimento sem causa.
Ora, importante esclarecer que a boa doutrina, como não poderia
deixar de ser, rechaça a teoria denominada de “teoria do desestímulo”, no sentido de
que o valor da indenização por danos morais não deve ter caráter punitivo e enfatiza
a indispensável proporcionalidade e equivalência entre o dano e a indenização,
para que essa não se reverta em enriquecimento sem causa daquele que sofreu o
dano.
Portanto, não pode jamais ser imposta qualquer verba indenizatória a

BMW, pois ausente a prática de ato ilícito.
Por tais razões, requer-se a improcedência de mais este pedido.
V. 4. 1. Subsidiariamente: DA EVENTUAL APLICAÇÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA

E JUROS DE MORA - CONTADOS A PARTIR DO ARBITRAMENTO DEFINITIVO DO
DANO MORAL
Na remota hipótese de Vossa Excelência entender pela condenação da

Ré ao pagamento de indenização pelos supostos danos morais, o que realmente não
se espera, mas em respeito ao princípio de eventualidade, importante destacar que os
juros e a correção monetária, em caso de condenação, devem ser computados a partir
do eventual arbitramento definitivo da condenação.
Isso porque, em se tratando de pedido condenatório a título de danos

morais, os juros de mora são inexigíveis até que haja fixação definitiva.
Assim, considerando que, se antes de tal data não havia valor a ser
pago, nem mesmo certeza da existência do dano ou da possibilidade de sua
exigibilidade, não há que se falar em mora.
Quanto ao tema, o C. Superior Tribunal de Justiça se manifesta:
“RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INFECÇÃO

HOSPITALAR. SEQÜELAS IRREVERSÍVEIS. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. CULPA CONTRATUAL. SÚMULA 7.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE. DANO MORAL. REVISÃO DO VALOR.
JUROS DE MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL.
.
fls. 130
DATA DO ARBITRAMENTO. REDUÇÃO DA CAPACIDADE PARA

O TRABALHO. PENSÃO MENSAL DEVIDA.” (REsp 903258).
(Grifou-se).
Em fundamentação ao julgamento em questão a Exma. Ministra
Gallotti esclareceu que, no caso de pagamento de indenização em dinheiro por dano
moral puro, "não há como considerar em mora o devedor, se ele não tinha como
satisfazer obrigação pecuniária não fixada por sentença judicial, arbitramento
ou acordo entre as partes ".
Neste sentido, importante observar que o próprio artigo 407 do

Código Civil estabelece que os juros de mora sejam contados desde que seja fixado
o valor da dívida, de forma que, sem o trânsito em julgado da decisão que fixa o valor
da indenização, não há certeza dessa, razão pela qual não poderá ser considerada
certa e exigível a ponto de constituir o devedor em mora.
Como os danos morais somente assumem expressão patrimonial

com o arbitramento de seu valor em dinheiro na decisão de mérito, a Exma. Ministra
conclui que o não pagamento desde a data do ilícito não pode ser considerado
omissão imputável ao devedor, para efeito de tê-lo em mora, e assim já dispunha o
Código Civil de 1916, em seu artigo 1.064 " Mesmo que o quisesse, o devedor não
teria como satisfazer obrigação decorrente de dano moral não traduzida em dinheiro
nem por sentença judicial, nem por arbitramento e nem por acordo ".
Para que não restem dúvidas, vejamos decisão do E. Tribunal de Justiça

de Pernambuco:
“DIREITO DO CONSUMIDOR – APELAÇÃO CÍVEL – PRESTAÇÃO

DE SERVIÇO DE TELEFONIA – FRAUDE VERIFICADA –
NEGATIVAÇÃO INDEVIDA – ATO ILÍCITO – DANO MORAL (...) –
TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA E DA CORREÇÃO
MONETÁRIA – A PARTIR DO ARBITRAMENTO – RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. (...). 3. A data do arbitramento do
valor da condenação deve ser considerada como termo
inicial dos juros de mora relativos à indenização por danos
morais, pois somente nesse momento é que o quantum
indenizatório devido passou a ser líquido e exigível e,
consequentemente, o devedor passou a estar em mora. 4. Por
força da Súmula nº 362 do STJ, a correção monetária do valor
da indenização do dano moral também incide a partir da
.
fls. 131
data do arbitramento. 5. Recurso parcialmente provido”. (TJ-PE

– APL: 5095683 PE, Relator: Agenor Ferreira de Lima Filho, Data
de Julgamento: 26/09/2018, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação:
08/10/2018).
Ademais, com relação a correção monetária, necessário a aplicação da
Súmula 362 do C. STJ, que dispõe: “A correção monetária do valor da indenização do
dano moral incide desde a data do arbitramento.” (destacou-se).
Deste modo, em atenção ao princípio da eventualidade, caso o Nobre

Julgador não entenda pela ausência de ato ilícito praticado pela Ré, e a patente
inexistência de danos morais, o que realmente não se espera, de forma subsidiária,
necessário que salientar que de acordo com a súmula supracitada, necessário a
aplicação da correção monetária e os juros de mora a partir do arbitramento
definitivo da quantia.
V. 5. DO DESCABIMENTO DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Cabe demonstrar, por fim, a impossibilidade de inversão do ônus da

prova (artigo 6°, inciso VIII, do CDC) no presente caso, ante a ausência de seus
requisitos legais.
No caso, de um lado, é evidente que não há verossimilhança das

alegações da parte autora, além de ser pessoa jurídica, sendo inaplicável tal
benefício, sobretudo, porque não há nos autos prova da existência de danos
sofridos, bem como a inexistência de vício de fabricação, como exposto
exaustivamente nesta defesa.
Ademais, a carga da prova de fatos constitutivos e do nexo de

causalidade compete a parte autora. Esta deve comprovar o nexo causal entre os
supostos problemas e os supostos danos, OU SEJA, CABE À AUTORA
DEMONSTRAR EFETIVAMENTE O ATO ILÍCITO, pois não compete à Ré tal prova, por
força do art. 373, §2º, do CPC que, obviamente, está em consonância com o CDC, na
medida em que tal dispositivo afasta os requisitos para inversão da carga
probatória.
De outro, não há que se falar em hipossuficiência da parte autora, que

possui plenas condições técnicas, jurídicas e financeiras de produzir as provas
necessárias para demonstrar seu alegado direito, não sendo admissível, portanto,
impor à BMW a produção de uma prova negativa.
.
fls. 132
Assim, como nos ensina Antônio Herman de Vasconcellos e Benjamin,

a responsabilidade objetiva fixada no CDC “não implica dizer que a vítima nada
tenha que provar. Ao contrário, cabe-lhe provar o dano e o nexo de causalidade
entre este e o produto ou serviço” (Comentários ao CDC; coord. Juarez de Oliveira,
SP: Saraiva, 1991, p. 59).
Por essa razão, no caso, a inversão do ônus da prova violará o devido

processo legal e cerceará a defesa, o que não se admite no ordenamento jurídico, em
conformidade com os princípios esculpidos no artigo 5°, incisos LIV e LV, da CF.
Veja, Excelência, a carga da prova do nexo de causalidade é

exclusivamente da Autora. Nestes termos RIZZATTO NUNES6, com propriedade
assevera:
“É ao consumidor, naturalmente, a quem incumbe a prova

do dano, do nexo de causalidade entre o dano e o produto,
com a indicação do responsável pela fabricação do produto.”
(destacou-se).
Desta feita, temos que, no presente caso, a parte autora não pode se
abster de comprovar o nexo de causalidade entre os supostos danos e eventual
conduta da Ré, bem como comprovar que os supostos problemas no veículo decorrem
de vício de fabricação insanável.
VI. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a BMW sejam acolhidas as preliminares

arguidas de:
(i) ilegitimidade passiva da BMW, por tratar de supostos problemas

relacionados, exclusivamente, aos pneus, de forma que deve ocorrer a extinção do
presente processo com relação à BMW, sem a resolução do mérito, nos termos do
quanto disposto pelos artigos 337, inciso XI e 485, inciso VI, do CPC.
(ii) caso não seja acolhida a preliminar acima, requer seja acolhida a
preliminar de ausência de pedido certo e determinado a título de danos morais,
nos termos do art. 319; 330, I; e 485, I, do CPC
6. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor, p.174.

.
fls. 133
Caso superadas as preliminares suscitadas, o que se admite em

atenção ao princípio da eventualidade, a BMW requer digne-se V. Exa. a JULGAR
TOTALMENTE IMPROCEDENTES os pedidos da Autora, nos termos do art. 12, §3º,
II e III, CDC, tendo em vista que:
(i) inexiste vício/defeito de fabricação no veículo, bem
como inexiste responsabilização a ser imputada à BMW, por
manifesta ausência de nexo causal, tendo em vista que
ocorrido no pneu do veículo da Autora ocorreu por evidente mau
uso do bem por culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros,
aliada a agente externo, o que afasta a responsabilidade da BMW;
(ii) inexistência de vício de fabricação no pneu do veículo,

aliado à culpa exclusiva da Autora (uso inadequado) e /ou
agente externo, o que elimina qualquer relação de causalidade
entre os supostos problemas e a responsabilização da BMW;
(iii) inexistência de danos materiais indenizáveis, na medida

em que ausente qualquer nexo de causalidade entre o suposto
prejuízo e a conduta desta Ré; e
(iv) inexistência de danos morais indenizáveis, na medida

em que o quanto relatado pela Autora não enseja a indenização
moral pretendida, pois não comprovado qualquer abalo à sua
honra objetiva.
Caso Vossa Excelência entenda por condenar a BMW ao pagamento

de indenização por danos morais, o que se admite apenas em respeito ao princípio da
eventualidade, requer seja a indenização, se fixada, de modo a se evitar o
enriquecimento sem causa da Autora, atendendo aos princípios básicos de nosso
ordenamento, bem como a incidência de juros e correção monetária sobre tal
condenação deverá ser a partir do arbitramento, levando-se em conta os artigos
407, 884, 944, do Código Civil e a Súmula 362, STJ.
Requer, ainda, o indeferimento da inversão do ônus da prova.
Ainda, requer a produção de todas as provas admitidas em Direito,

notadamente, o depoimento pessoal do representante da Autora, sob pena de
confesso, a oitiva de testemunhas, a juntada de novos documentos, bem como a
realização de perícia de engenharia, para demonstrar a inexistência de vício de
.
fls. 134
fabricação, bem como que se trata de mau uso, sendo tais provas necessárias para
corroborar os termos da presente defesa.
Por fim, em atenção ao disposto no artigo 272, §2º e §5º, do Código
de Processo Civil, requer que todas as intimações e/ou notificações referentes ao
presente processo sejam feitas, exclusivamente, em nome das advogadas, FABÍOLA
MEIRA DE ALMEIDA BRESEGHELLO, inscrita na OAB/SP sob o nº 184.674 e MILENA
CALORI SENA, inscrita na OAB/SP sob o nº 328.617, ambas com escritório na Rua
Samuel Morse, nº 134 – conj. 71, Cidade Monções – CEP: 04576-060, São Paulo/SP,
integrantes do Meira Breseghello Advogados Associados, registrado na OAB/SP sob o
nº 39.981, sob pena de nulidade.
Termos em que,
Pede deferimento.
Santo André, 12 de setembro de 2022.
FABÍOLA MEIRA DE A. BRESEGHELLO

OAB/SP Nº 184.674
MILENA CALORI SENA MATHEUS H. ROCHA PEREIRA

OAB/SP Nº 328.617 OAB/SP Nº 409.296
.
fls. 135
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF4EE46.
Junta Comercial do Estado de Santa Catarina 26/03/2019

Certifico o Registro em 26/03/2019
Arquivamento 20197126413 Protocolo 197126413 de 15/03/2019 NIRE 42205494247
Nome da empresa BMW DO BRASIL LTDA
Este documento pode ser verificado em http://regin.jucesc.sc.gov.br/autenticacaoDocumentos/autenticacao.aspx
Chancela 69144424850761
Esta cópia foi autenticada digitalmente e assinada em 26/03/2019 por Blasco Borges Barcellos - Secretario-geral;
.
fls. 136

Chancela 69144424850761
.
fls. 137

Chancela 69144424850761
.
fls. 138

Chancela 69144424850761
.
fls. 139

Chancela 69144424850761
.
fls. 140

Chancela 69144424850761
.
fls. 141

Chancela 69144424850761
.
fls. 142

Chancela 69144424850761
.
fls. 143

Chancela 69144424850761
.
fls. 144

Chancela 69144424850761
.
fls. 145

Chancela 69144424850761
.
fls. 146

Chancela 69144424850761
.
fls. 147

Chancela 69144424850761
.
fls. 148

Chancela 69144424850761
.
fls. 149

Chancela 69144424850761
.
fls. 150

Chancela 69144424850761
.
fls. 151

Chancela 69144424850761
.
fls. 152

Chancela 69144424850761
.
fls. 153

Chancela 69144424850761
fls. 154
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABIOLA MEIRA DE ALMEIDA BRESEGHELLO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 09/09/2022 às 15:18 , sob o número WSNE22702732089 .
fls. 155
.
fls. 156
SUBSTABELECIMENTO
Por este instrumento particular, substabeleço, com reservas
de iguais, aos Advogados do escritório MEIRA BRESEGHELLO ADVOGADOS
ASSOCIADOS, registrado na OAB/SP sob o nº 39.981, com sede na Rua Samuel
Morse, nº 134 – conj. 71 – Cidade Monções - São Paulo/SP, CEP: 04576-060,
FABÍOLA MEIRA DE ALMEIDA BRESEGHELLO, brasileira, casada, inscrita na
OAB/SP sob o nº. 184.674; MILENA CALORI SENA, brasileira, casada, inscrita na
OAB/SP sob o nº. 328.617; BRUNO MONFARDINI VUOLO, brasileiro, solteiro,
inscrito na OAB/SP sob o nº 332.125; e MATHEUS HENRIQUE ROCHA
PEREIRA, brasileiro, solteiro, inscrito na OAB/SP sob o nº 409.296; os poderes
que me foram conferidos por BMW DO BRASIL LTDA., com exceção do poder
para receber citação, exclusivamente, para defender os interesses da
Outorgante nos autos da Ação Indenização por Danos Materiais e Morais,
registrada sob o n° 1017871-47.2022.8.26.0554, que lhe move JR ANDRADE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA., em
trâmite perante a 6ª Vara Cível de Santo André/SP.
Santo André (SP), 17 de agosto de 2022.
PAULA ANTUNES FRANCO

OAB/SP Nº 267.248
NICOLE VIEIRA DE ASSIS

OAB/SC Nº 31.313
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
.
São Paulo, 13 de dezembro de 2021.
fls. 157
Disponibilização: terça-feira, 14 de dezembro de 2021 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo São Paulo, Ano XV - Edição 3418 4
(a) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.
Art. 2º - A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para
PROVIMENTO CSM Nº 2.641/2021
aposentadoria e enquanto mantida a atividade, magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao
recebimento de abono de permanência de valor idêntico ao da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, ou seja, de
Dispõe sobre a suspensão do expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências.
100% (cem por cento) do valor da contribuição previdenciária, percentual que não está sujeito à variação prevista no artigo 28
da Lei Complementar nº 1.354/2020.
O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais,
Art. 3º – A partir da vigência da Resolução OE nº 849/2021, desde que satisfeitas as exigências legais para aposentadoria
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o expediente forense para o exercício de 2022,
e enquanto mantida a atividade, servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm direito ao recebimento de abono
de permanência.
CONSIDERANDO o disposto nas Leis Federais nº 9093/1995, 10607/2002, 1408/1951 e 6802/1980, bem como na Lei
Estadual nº 9497/1997,
§ 1º. Fica mantido, para o exercício de 2022, o valor do abono de permanência a que fazem jus os servidores, no percentual
de 100% (cem por cento) da contribuição previdenciária recolhida mensalmente, tal como previsto na Resolução nº 849/2021.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 116 do Regimento Interno deste Tribunal de Justiça;
§ 2º. Estudos a cargo da Presidência do Tribunal de Justiça, com início imediato, terão por finalidade examinar conveniência
RESOLVE:
e oportunidade de, em dezembro de 2022, serem fixados percentuais diversificados para os servidores da Corte, segundo os
critérios e parâmetros estabelecidos pelo artigo 28 e seus §§, da Lei Complementar nº 1.354/2020, com a redação conferida
Art. 1º - No exercício de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
pela Lei Complementar nº 1.361/2021.
Secretaria do Tribunal de Justiça, nos seguintes dias:
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Dias da semana Motivo
São Paulo, 13 de dezembro de 2021.
2022
S
(a) GERALDO T FRANCISCO
Q QPINHEIRO
S FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça.
JAN 3 4 5 6 Recesso Forense CSM Nº 2.641/2021

PROVIMENTO
FEV 28 Dispõe sobre a suspensão doCarnaval

expediente forense no exercício de 2022 e dá outras providências
O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais,

MAR 1º Carnaval
CONSIDERANDO a necessidade
14 de15regulamentar
Endoençaso expediente
e Sexta-feiraforense
Santa para o exercício de 2022,
ABR
21 22* Tiradentes e Suspensão de expediente*
CONSIDERANDO o disposto nas Leis Federais nº 9093/1995, 10607/2002, 1408/1951 e 6802/1980, bem como na Lei
JUN
Estadual nº 9497/1997, 16 17* Corpus Christi e suspensão do expediente*
SETCONSIDERANDO o7disposto no artigo 116 do Regimento

Independência doInterno
Brasil deste Tribunal de Justiça;
RESOLVE: 12 Nossa Senhora de Aparecida

OUT
28 Dia do Funcionário Público
Art. 1º - No exercício
2 de 2022 não haverá expediente no Foro Judicial de Primeira e Segunda Instâncias do Estado e na
Finados
NOV
Secretaria do Tribunal de Justiça, nos seguintes dias:
14* 15 Suspensão de expediente* e Proclamação da República
8 Dia da Justiça
DEZ 20 21 22 23
Dias da semana Motivo
26 27 28 29 30 Recesso Forense
2022
§ 1º - SAs horas
T não Qtrabalhadas
Q S dias 22/04/2022 (sexta-feira), 17/06/2022 (sexta-feira) e 14/11/2022 (segunda-feira)
nos
deverão ser repostas após o respectivo feriado e até o último dia útil do segundo mês subsequente, facultando-se ao servidor o
JANde horas
uso 3 de 4compensação,
5 6cujo controle ficará
Recesso Forense
a cargo dos dirigentes.
§ 2º - Nos registros de frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
utilizando-se
FEV 28 os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.
Carnaval
Disponibilização: terça-feira, 14 de dezembro de 2021 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo São Paulo, Ano XV - Edição 3418 5
MARArt. 2º - No dia1º 02/03/2022 (quarta-feira

Publicação Oficial do TribunalCarnaval
dedeCinzas), observado
Justiça do Estado de oSão
horário
Paulo de trabalho
- Lei Federal diferenciado no 4º
nº 11.419/06, art. Tribunal de Justiça, o
servidor iniciará sua jornada de trabalho 3 (três) horas após o horário a que estiver sujeito.
14 15 Endoenças e Sexta-feira Santa
ABR§ 1º - A jornada de trabalho dos servidores com carga horária reduzida será proporcional àquela cumprida pelo servidor.
21 22* Tiradentes e Suspensão de expediente*
§ 2º - O horário de início do atendimento aos advogados, estagiários de direito e público em geral, em todos os prédios da
Capital
JUN e Interior do Estado, ocorrerá
16 a partir
17* das 13 horas. e suspensão do expediente*
Art. 3º - Nos dias em que não houver expediente funcionará o Plantão Judiciário.
SET 7 Independência do Brasil
Art. 4º - Eventuais novos
12 feriados ou alteraçãoNossados já existentes
Senhora poderão ser acrescidos posteriormente.
de Aparecida
OUT
28 Dia do Funcionário Público
Art. 5º - Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
2 Finados
NOV
14* 15 Suspensão de expediente* e Proclamação da República
REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
8 Dia da Justiça
DEZ São Paulo, 02 20de dezembro
21 22 23
de 2021.
26 27 28 29 30 Recesso Forense
(aa) GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO, Presidente do Tribunal de Justiça, LUIS SOARES DE MELLO
NETO,§ 1ºVice-Presidente
- As horas não trabalhadas
do Tribunalnosde dias 22/04/2022
Justiça, RICARDO (sexta-feira),
MAIR ANAFE,17/06/2022 Geral eda14/11/2022
(sexta-feira)
Corregedor (segunda-feira)
Justiça, JOSÉ CARLOS
deverão ser repostas
GONÇALVES XAVIER após
DEoAQUINO,
respectivoDecano,
feriado e GUILHERME
até o último dia útil do segundo
GONÇALVES mês subsequente,
STRENGER, facultando-se
Presidente da Seçãoaodeservidor o
Direito
uso de horas
Criminal, de compensação,
PAULO MAGALHÃEScujo DA controle ficará a cargo
COSTA COELHO, dos dirigentes.
Presidente da Seção de Direito Público, DIMAS RUBENS FONSECA,
§ 2º - Nos
Presidente daregistros
Seção de deDireito
frequência deverá ser mencionada a informação, se o servidor cumpriu ou não, no prazo, a reposição,
Privado.
utilizando-se os respectivos códigos disponíveis no Módulo de Frequência.
PROVIMENTO CSM Nº 2.642/2021

Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º
Dispõe sobre a estrutura dos Ofícios de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Foro Regional V – São Miguel
Paulista e do Foro Regional VII – Itaquera, ambos da Comarca da Capital.
.
fls. 158
Empresa: AGULHAS NEGRAS - SBC CNPJ: 03-338-422/0001-60 Insc.Estad.: 635342622118 / Insc.Mun.: 112206
AV. DOUTOR RUDGE RAMOS, 837 Bairro: RUDGE RAMOS SAO BERNARDO DO CAMPO - Sao Paulo -CEP: SP 09639000
Fone: 1141228222 Fax: 1141228222
Emissao : 21/03/2022 10:18 ORDEM DE SERVIÇO Impressão: 16/08/2022 17:24 Nº 90976
Tipo: C1 - Cliente (Mec/Elet) Prisma: BR-01 Entrada: 21/03/2022 as 10:18
Relacionadas: Orça.: C1-63661 Previsão Entrega:21/03/2022 as 17:00
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF4EE9C.
Responsável: Paulo Cesar Ribas May Notas Fiscais: 56603, 113530 Encerramento: 21/03/2022 as 16:54
Nº Contr./Pacote TMAC: Data Ini. Contr.:
Garantia Fábrica Garantia Estendida Lavar Veículo Liberada: 21/03/2022 as 16:42
N. Pré O.S.: 86990
Tipo Fáb.: C1
Cliente JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS E ADMINIST Cadastro RG:
AVENIDA DA SAUDADE, 290 AP 102 CGC: 40.606.106/0001-58
Bairro: VILA ASSUNCAO Fone: 11-940049994
SANTO ANDRE - Sao Paulo - SP CEP: 09030030 Celular: 11-940049994
Email: junior@invictusimoveis.com.br Comercial: 11-940049994
Veículo Produto/Modelo: BMW SERIE 3 BR / BMW 320I M SPORT Blindado KM: 7707 Ano/Modelo: 21/22
Nr.Fab 98M5Z9004N4002950 Motor: F0483982 Hr: 0 Placa: GAC4D88
Cor Externa: 475 - PRETO SAFIRA (M) Linha: 5Z90 Combustivel:
Motorista: Documento:
Nr. Série Veíc.: Dt. Fab. Bateria: Nº Bateria:
Concessionária Vendedora AGULHAS NEGRAS SAO B.CAMPO Data Venda: 09/08/2021 CEP: 09639000
RUA DR. RUDGE RAMOS,837 Bairro: RUDGE RAMOS SAO BERNARDO DO CAMPO - Sao Paulo - SP
01 1° MANUTENÇÃO
02 LAVAGEM
03 REQUISICAO DE PECAS
04 Inspeção do veículo
05 Manutenção Standard
06 Substituição do óleo do motor
07 KIT ESSENCIAL LINE
It Serviço Descrição do Serviço Valor MDO Peças Valor Peças Valor Final
01 REQM DIAGNOSTICO MECANICO 0,00 0 0,00 0,00
04 0000624 Inspecção da viatura, Serviço SAV 239,52 0 0,00 239,52
05 0000105 Serviço 'Manutenção standard' 79,84 0 0,00 79,84
06 0000610 Óleo de motor, Serviço SAV 119,76 2 765,52 885,28
It Código do Item Descrição do Item Desc.% UN LD Cs. Requisição Qtde Estoque/Res. Preço Unit. Valor Final
06 11428575211 ELEMENTO FILTRO DE OLEO 10,00 % UN I 135102 1 51 6 240,520000 216,47
06 83212405945 OLEO DE MOTOR FE 0W30 BMW M 10,00 % ML M 135102 52503580118 86000 0,100000 472,50
Fechamento Serviços: 439,12 Itens: 765,52 Serviços+Itens: 1.204,64
Descontos: 0,00 Descontos: 76,55 (+)Impostos: 0,00
Total: 439,12 Total: 688,97 Descontos: 76,55
Total: 1.128,09
.
fls. 159
Fone: 1141228222 Fax: 1141228222
OBS.:
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF4EE9C.
Não nos responsabilizamos por objetos deixados no interior do veiculo. .
Apos a aprovacão do orcamento, todos serão consultados. .
A liberacão dependera do resultado da consulta. .
Seguem abaixo as condicões de pagamento vigentes. .
Não aceitamos cheque. .
Aceitamos todos os cart?es de debito e credito ou deposito bancario. .
Na forma de deposito bancario, o veiculo sera liberado apos compensacão do valor em conta corrente.
No caso de pessoa Fisica não serão emitidos boletos. .
AUTORIZAC?O
- O CLIENTE autoriza o CONCESSIONARIO a coletar e armazenar, por prazo indeterminado, os seus dados
pessoais para fins de ac?es de marketing e venda de produtos e servicos das marcas BMW, MINI e
MOTORRAD, bem como para realizar pesquisas de mercado ou de satisfac?o. As informac?es fornecidas
poder?o ser compartilhadas, para os mesmos propositos, com as empresas pertencentes ao mesmo grupo
economico do BMW Group e empresas contratadas para ac?es de relacionamento junto ao CLIENTE. O
CLIENTE podera, a qualquer momento, solicitar a correc?o dos seus dados ou a exclus?o destes do banco
de dados, nos canais de contato do CONCESSIONARIO ou do BMW Group.
- Para os veiculos das marcas BMW, MINI e MOTORRAD, dada a natureza dos produtos e peculiaridades do
reparo, o CONCESSIONARIO e o CLIENTE convencionam que o prazo para a conclus?o dos reparos cobertos
pela garantia sera de ate 90 dias apos a aprovac?o pelo CLIENTE, conforme autoriza o artigo 18, ?2?,
do Codigo de Defesa do Consumidor (CDC). Para os veiculos da marca BMWi o referido prazo de reparo
sera de ate 120 dias apos a aprovac?o do CLIENTE.
Cliente deseja levar as peças usadas? SIM ( ) / Não ( )
Autorizo a execução dos serviços acima mencionados

"o cliente NÃO quer levar as peças usadas"
Assinatura do Cliente ou pessoa por ele autorizada
____/_______/_______
Telefone Nome Completo Legível
____/_______/_______
R.G: CPF:
Assinatura - Consultor de Serviços Assinatura - Chefe de Oficina

52247-545886 - BMW Termos de Garantia BMW 21x15cm.indd 1
TERMO DE
AUTOMÓVEIS BMW (TODAS AS SÉRIES).
GARANTIA.
12/8/17 12:21 PM
fls. 160
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF4EEAE.
fls. 161
Sumário
1. Informações ao Cliente BMW .................................... 4 3.2. Itens Obrigatórios da Revisão de Entrega ................... 10
1.1. Contato com a BMW do Brasil Ltda. ............................. 4 3.3. Garantia de Grupos Mecânicos .................................. 10
1.2. Entrega e Conservação dos Manuais do Automóvel ........... 4 3.4. Garantia de Pintura ................................................... 11
1.3. Assistência 24 Horas - BMW Service Card ................... 5 3.5. Garantia de Tapeçaria ................................................ 11
1.4. Manutenção do Automóvel .......................................... 5 3.6. Garantia de Rádio e CD/DVD player ........................... 11
1.5. Recalls e Ações Técnicas ............................................. 5 3.7. Garantia de Baterias .................................................. 12
3.8. Ajustes na Carroceria ................................................ 12
2. Termo de Garantia BMW ........................................... 6
2.1. Generalidades ............................................................. 6 4. Outras Coberturas em Garantia ................................. 13
2.2. Termo de Garantia ....................................................... 6 4.1. Garantia de Peça Original BMW ................................. 13
2.3. Período de Garantia - Todas as Séries .......................... 7 4.2. Garantia contra Corrosão .......................................... 14
2.4. Condições para a Cobertura da Garantia ...................... 7 4.3. Automóveis Blindados .............................................. 14
2.5. Condições Gerais de Aplicação da Garantia ................. 8 4.4. Automóveis de Leilão ................................................. 14
2.6. Cancelamento da Garantia .......................................... 8
AVISO IMPORTANTE Controle do Hodômetro de Quilometragem .................... 15

O NÃO CUMPRIMENTO DO PLANO DE MANUTENÇÃO INDICADO PELO FABRICANTE 3. Política de Garantia BMW.......................................... 9
NA REDE DE CONCESSIONÁRIAS AUTORIZADAS IMPLICA NA PERDA DA GARANTIA. Identificação do Automóvel BMW Coberto pela Garantia .. 16
3.1. Peças de Desgaste ...................................................... 9
3.1.1. Pneus ................................................................ 9 Protocolo de Recebimento do Termo de Garantia ............ 17
52247-545886 - BMW Termos de Garantia BMW 21x15cm.indd 2-3 12/8/17 12:21 PM

fls. 162
1.3. Assistência 24 Horas - BMW Service Card

1. Informações ao Cliente BMW
O programa denominado BMW Service Card destina-se a dar assistência em casos de pane ou acidente em todo o território nacional,
1.1. Contato com a BMW do Brasil Ltda. 24 horas por dia, 365 dias por ano. Esse serviço é válido durante a vigência do prazo de garantia do automóvel BMW.
Prezado cliente, a sua satisfação com o automóvel BMW e os serviços oferecidos pela Rede de Concessionárias BMW é de grande
importância para nós. Assim, se ainda houver alguma dúvida relativa ao seu automóvel BMW ou aos serviços oferecidos por nossa 1.4. Manutenção do Automóvel
rede de concessionárias, recomendamos que se dirija à concessionária autorizada BMW de sua preferência, que está preparada para
auxiliá-Io sempre que necessário. A manutenção periódica de seu automóvel BMW é muito importante para o seu perfeito funcionamento. Assim, gostaríamos de solicitar
sua atenção para os serviços que serão futuramente executados nas manutenções (inspeções), bem como para as peças que serão
Se ainda assim não for possível esclarecer sua dúvida e você desejar falar com a BMW do Brasil Ltda., solicitamos que entre em contato substituídas. Através do conhecimento dos serviços necessários, descritos na Ordem de Serviço da Concessionária BMW, você estará
com o Serviço de Atendimento ao Cliente pela internet no site www.bmw.com.br ou pelo telefone 0800 707 3578. ciente das necessidades de seu automóvel, inclusive dos serviços em garantia.
Ao fazer sua ligação, tenha em mãos, por gentileza, as seguintes informações: Os automóveis BMW são equipados com o sistema inovador CBS (Condition Based Service)*, que monitora constantemente o estado
a) Nome, endereço e telefone de alguns componentes, do óleo do motor e do fluido de freio dos veículos BMW e informa, com quatro semanas ou dois mil quilômetros
de antecedência, quais manutenções são necessárias.
b) Número do chassi do automóvel (os últimos 7 dígitos)
Reclamações sobre garantia sem a devida comprovação através de documentos reconhecidos pela fábrica, como, por exemplo,
c) Data da compra e da entrega do automóvel a Ordem de Serviço ou os registros do sistema CBS, não serão aceitas pela BMW do Brasil Ltda.
d) Quilometragem atual
e) Nome da concessionária onde foi atendido 1.5. Recalls e Ações Técnicas
Apesar de todos os cuidados e controles de qualidade na fabricação do seu automóvel, é possível que seja necessário ajustar
1.2. Entrega e Conservação dos Manuais do Automóvel ou substituir alguma peça ou componente após a produção.
A Concessionária BMW que realizou a venda de seu automóvel cuidará da entrega do Manual do Proprietário. É importante a verificação das Nos casos de recall, uma Concessionária BMW ou mesmo a BMW do Brasil Ltda. poderá entrar em contato para agendar uma visita
informações dispostas no Manual do Proprietário sobre o correto funcionamento dos automóveis BMW e os respectivos cuidados necessários. à oficina para a realização do serviço necessário sem qualquer custo. Já nos casos de ações técnicas, as melhorias disponíveis serão
indicadas durante a passagem do automóvel BMW em uma concessionária autorizada.
Quando da realização das manutenções (inspeções) periódicas estabelecidas pela fábrica, recomendamos o cuidado especial
de verificar se a concessionária registrou corretamente os serviços realizados na Ordem de Serviço. É muito importante que, imediatamente após a convocação da Concessionária BMW ou mesmo da BMW do Brasil Ltda., o automóvel
seja encaminhado para melhoria técnica em uma das Concessionárias da Rede BMW.
*Para mais informações, visite www.bmw.com.br.
4 5

fls. 163
2.3. Período de Garantia - Todas as Séries

2. Termo de Garantia BMW
O automóvel BMW identificado neste Termo de Garantia está coberto pela garantia contratual de fábrica por 2 (dois) anos, já inclusos
os 90 (noventa) dias da garantia legal, sem limite de quilometragem, observadas as disposições a seguir descritas.
2.1. Generalidades A pintura do automóvel está coberta pelo período de 3 (três) anos, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, a partir da data
de início da vigência desse termo, sem limite de quilometragem.
O presente Termo de Garantia BMW aplica-se única e exclusivamente ao automóvel zero quilômetro de fabricação BMW, devidamente
identificado nesse documento, que tenha sido comercializado pela BMW do Brasil Ltda. ou pela Rede de Concessionárias BMW. A carroceria do automóvel está coberta pela garantia contra corrosão por 12 (doze) anos, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia
legal, a partir da data de início da vigência desse termo, sem limite de quilometragem.
Nesse documento está especificado o prazo de garantia, a cobertura e os eventos que cancelam automaticamente o direito a essa garantia.
A bateria tem garantia de 6 (seis) meses, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, respeitando as condições descritas no item
3.7. desse termo.
2.2. Termo de Garantia
A BMW do Brasil Ltda. garante e, consequentemente, compromete-se a reparar ou substituir, dentro do período estabelecido abaixo, todas as 2.4. Condições para a Cobertura da Garantia
peças que, em situação normal de uso, apresentem defeito de fabricação ou de material, desde que observadas as respectivas condições de
uso e de manutenção do automóvel especificadas no Manual do Proprietário, sob pena de cancelamento da presente garantia. As condições para a validade dessa cobertura são as seguintes:
A data de início de vigência dessa garantia é a data de entrega do automóvel novo ao cliente final. a) Que os serviços de manutenção necessários sejam rigorosamente cumpridos, quer nos intervalos ou na quilometragem,
quer nas épocas previstas, conforme mencionado no item 1.4.
b) Que os serviços de manutenção sejam executados em uma Concessionária BMW
c) Que a reclamação seja feita diretamente na Concessionária BMW, logo após a constatação do defeito
d) Oue os defeitos não sejam resultantes de desgaste natural das peças, utilização inadequada, prolongado desuso, superfície
de rodagem irregular, acidentes de qualquer natureza e casos fortuitos ou de força maior
6 7

fls. 164
2.5. Condições Gerais de Aplicação da Garantia

3. Política de Garantia BMW
a) A Concessionária BMW apenas substituirá as peças que forem por ela julgadas como defeituosas
b) As peças substituídas em garantia são de propriedade da BMW do Brasil Ltda.
3.1. Peças de Desgaste
c) Em caso de revenda do automóvel, a garantia contratual é transferida para o comprador seguinte até o final do prazo da garantia
estipulado no item 2.3., desde que as condições de garantia tenham sido cumpridas por ambos os proprietários do veículo Os itens abaixo estão cobertos por 90 (noventa) dias da garantia legal contra defeitos de fabricação. A garantia não cobre a substituição
d) Componentes reparados ou peças substituídas em garantia serão cobertos pelo período restante da garantia do automóvel de componentes em decorrência de uso normal do automóvel ou pelo desgaste natural.
a) Velas de ignição, lâmpadas, óleos, fluidos, filtros e fusíveis
2.6. Cancelamento da Garantia b) Lonas e pastilhas de freio
A garantia será automaticamente cancelada caso: c) Disco de freio
a) Não sejam realizadas manutenções indicadas no painel de instrumentos do veículo ou de acordo com as informações descritas d) Embreagem e platô
no item 1.4. e) Amortecedores
b) O automóvel seja submetido a abusos, sobrecargas ou utilizado em competições de qualquer espécie f) Buchas e peças da suspensão
c) Qualquer manutenção, serviço ou reparo, seja realizada fora da Rede de Concessionárias BMW g) Sistema de escape
d) O automóvel seja recuperado de perda total h) Vidros
e) O automóvel tenha sido conduzido em terrenos alagados por enchentes ou inundações i) Palhetas do limpador de para-brisas
f) Sejam utilizados combustíveis e lubrificantes não especificados pela fábrica* ou que tenham sido modificados j) Quaisquer outros componentes que apresentarem defeito em função de desgaste natural decorrente do tempo de utilização
g) Os componentes originais, peças e acessórios sejam alterados ou substituídos por outros não homologados pela fábrica
h) A rede elétrica ou a mecânica do automóvel sejam modificadas pela substituição de componentes ou peças por outros não 3.1.1. Pneus
originais e/ou pela introdução de componentes, dispositivos, peças e acessórios não aprovados pela fábrica
Em caso de reclamação da garantia, a Concessionária BMW de sua preferência está à disposição para encaminhar a sua solicitação ao
representante local da marca do pneu do seu veículo ou diretamente ao fabricante do pneu a fim de que um laudo técnico seja elaborado.
*Consulte o Manual do Proprietário para mais informações.
8 9

fls. 165
3.2. Itens Obrigatórios da Revisão de Entrega 3.4. Garantia de Pintura

Os seguintes itens não estão cobertos em garantia, uma vez que fazem parte da revisão de entrega do automóvel: São garantidos os reparos de pintura pelo período de 3 (três) anos, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, sem limite
de quilometragem, quando:
a) Reaperto da suspensão
a) Os defeitos não forem decorrentes de influências externas anormais de origem química ou mecânica
b) Reaperto do escapamento
b) A pintura original do automóvel tiver sido conservada de acordo com as recomendações contidas no Manual do Proprietário
c) Ajuste de correias
A garantia não cobre danos na pintura do automóvel causados pelo manuseio ou transporte do veículo, impactos de pedras, intempéries
d) Ajuste do freio de estacionamento
e detritos de origem animal ou vegetal.
e) Verificação do nível do óleo do motor
f) Ajuste dos faróis 3.5. Garantia de Tapeçaria
Estão cobertos por essa garantia os estofados e revestimentos que tenham sido conservados e limpos de acordo com as recomendações
3.3. Garantia de Grupos Mecânicos
do Manual do Proprietário.
Em caso de defeito nos grupos mecânicos, a concessionária reserva-se o direito de solicitar a autorização do cliente para efetuar a Essa garantia não assegura cobertura aos defeitos em estofamentos e revestimentos internos ocasionados por:
desmontagem dos componentes afetados a fim de analisar a causa do defeito.
a) Desgaste ou exposição demasiada ao tempo e às intempéries
As condições básicas para ativar a garantia do veículo são: a análise técnica do defeito, o tipo de defeito, o histórico do automóvel em garantia,
a manutenção conforme Manual do Proprietário, o período de uso e a quilometragem do automóvel. b) Descoloração do couro, manchas, tonalidades diferentes devido ao uso
Não estão cobertos em garantia danos: c) Transporte de objetos e animais que representem risco aos estofamentos
a) Provocados pela decomposição do óleo ou fluidos d) Desgastes e riscos evidenciados pelo uso
b) Causados ao motor do automóvel por combustível de má qualidade ou com impurezas

3.6. Garantia de Rádio e CD/DVD Player
c) Provocados por sobrecarga ou uso inadequado das marchas
Essa garantia cobre os aparelhos de rádio e CD/DVD originais de fábrica. A garantia não cobre danos provocados pelo uso inadequado
d) Originados por não respeitar as instruções de rodagem no período de amaciamento, estabelecidas no Manual do Proprietário
desses aparelhos, pelo manuseio incorreto ou por não seguir as instruções do manual do equipamento.
e) Causados pela aspiração de água quando o veículo for submetido a enchente ou inundação (calço hidráulico no motor)
10 11

fls. 166
3.7. Garantia de Baterias

4. Outras Coberturas em Garantia
Toda bateria tem sua carga controlada a partir da entrada do veículo zero quilômetro na concessionária. É responsabilidade
da Concessionária BMW entregar o automóvel com a bateria em perfeitas condições de uso.
Se mesmo com controle e manutenção adequados a bateria perder sua função, ela estará coberta em garantia pelo período de 6 (seis) 4.1 Garantia da Peça Original BMW
meses, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, a partir da data de início da vigência do Termo de Garantia, desde que seja As peças originais de reposição vendidas e aplicadas nas oficinas das Concessionárias BMW têm garantia contra defeitos de fabricação
comprovado o defeito. pelo período de 2 (dois) anos, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, sem limite de quilometragem, a contar de sua data de
A bateria de alta voltagem dos veículos híbridos está coberta por até 5 (cinco) anos, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, faturamento ao cliente final ou da aplicação do componente em uma Concessionária BMW.
ou 100.000 (cem mil) quilômetros - o que ocorrer primeiro. O período de garantia para peças originais de reposição vendidas no balcão da concessionária é de 2 (dois) anos, já inclusos os 90
Já a bateria de alta voltagem dos veículos BMW i está coberta por até 8 (oito) anos, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, (noventa) dias da garantia legal, sem limite de quilometragem, a contar de sua data de faturamento ao cliente final. Nesse caso, a garantia
ou 100.000 (cem mil) quilômetros - o que ocorrer primeiro. é aplicável somente se for constatado defeito de produto. Não serão considerados os casos de defeito por aplicação incorreta da peça.
A garantia não cobre defeitos em bateria em caso de: As exceções à cobertura da garantia de peça estão contidas nos itens 3.1. e 3.7.
a) A mesma não ser original BMW Componentes reparados ou peças substituídas em garantia serão cobertas pelo período restante da garantia do automóvel.
b) O automóvel permanecer longos períodos sem uso (rodagem mínima de 300 quilômetros por mês) Para efetuar uma reclamação de garantia de peça original BMW, são necessárias as informações abaixo relacionadas:
c) Uso inadequado a) Ordem de Serviço com o registro da reclamação do funcionamento da peça
d) Falta de manutenção da bateria b) Número de chassi do veículo em que se aplicou a peça
e) Auxílio externo para partida c) Nota fiscal de aquisição da peça

d) Quilometragem de uso da peça
3.8. Ajustes na Carroceria
e) Data de reparação (a mesma data da instalação da peça nova)
Reclamações referentes a ruídos internos da carroceria ou das portas, efetuadas dentro do período de 6 (seis) meses, já inclusos os f) Detalhamento técnico do defeito por parte da Concessionária BMW
90 (noventa) dias da garantia legal, podem ser atendidas desde que o veículo não apresente sinais de manuseio incorreto ou falta de
manutenção adequada. g) Para peças eletrônicas é necessária a cópia do protocolo de diagnóstico
12 13

fls. 167
4.2. Garantia contra Corrosão

Controle do Hodômetro de Quilometragem
A BMW do Brasil Ltda. garante pelo período de 12 (doze) anos, já inclusos os 90 (noventa) dias da garantia legal, sem limite
de quilometragem, a carroceria do automóvel BMW contra perfuração devido à corrosão proveniente do interior da chapa pintada.
A condição obrigatória para manter essa garantia vigente é de que, em cada manutenção (inspeção) estabelecida pela fábrica, Data da substituição: / /
seja vistoriada a carroceria e reparados os danos, de forma que o automóvel esteja sempre em perfeitas condições.
A garantia não cobre danos resultantes da reparação da carroceria, devido a acidente ou não, fora das oficinas da Rede de Concessionárias BMW. Última leitura de quilometragem:
As rodas e os componentes mecânicos não são parte integrante da carroceria.
Concessionária executante do serviço:
4.3. Automóveis Blindados
Qualquer veículo BMW blindado por terceiros não tem direito à garantia de fábrica, com exceção da Blindagem BMW Protection*.
4.4. Automóveis de Leilão

Os automóveis BMW adquiridos em leilão não têm direito à garantia de fábrica.
BMW do Brasil Ltda.
*Informações adicionais em www.bmw.com.br.
14 15

fls. 168
Identificação do Automóvel BMW Coberto pela Garantia Protocolo de Recebimento do Termo de Garantia
Modelo: Declaro estar ciente das informações sobre a garantia e a manutenção do automóvel BMW que acabo de adquirir, bem como confirmo
ter recebido da Concessionária __________________________________________________________ os seguintes impressos:
Chassi:
- Termo de Garantia BMW
BR: Placa: N.F. n°: Data N.F.: / / - Manual do Proprietário
- Manual do Rádio, CD/DVD Player
Data do início da garantia: / / Data do término da garantia: / /

Dados do veículo
Nome do proprietário:
Proprietário: _______________________________________________________ CNPJ/CPF: __________________________
CNPJ/CPF: Concessionária (aquisição): Modelo: _________________________ Chassi BMW:
Data do início da garantia: / / Data do término da garantia: / /

Local e data
Local e data: _________________________________________________________________________________________
Assinatura da Concessionária BMW Assinatura do proprietário (Carimbo da concessionária) Assinatura da Concessionária BMW Assinatura do proprietário
16 17

52247-545886 - BMW Termos de Garantia BMW 21x15cm.indd 18-19
BMW do Brasil Ltda.
Nº Referência: 24100002017
12/8/17 12:21 PM
fls. 169
52247-545886 - BMW Termos de Garantia BMW 21x15cm.indd 20
12/8/17 12:21 PM
fls. 170
fls. 171

6ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF53090.
CERTIDÃO

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que em retificação a certidão exarada às fls. 104, o

decurso de prazo para as requeridas Agulhas Negras Distribuidora de
Automóveis Ltda e BMW do Brasil Ltda apresentarem contestação não
decorreu, e irá decorrer em 09/09/2022. Certifico ainda que a contestação
apresentada às fls. Retro foram protocolizada TEMPESTIVAMENTE.
Nada Mais. Santo André, 09 de setembro de 2022. Eu, ___, Beatriz
Fernandes Nery, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 172

6ª VARA CÍVEL
PRAÇA IV CENTENÁRIO, 03, SANTO ANDRÉ-SP - CEP 09015-080
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às 19h00min
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF65037.
DESPACHO

Vistos.
Aguarde-se o decurso de prazo para defesa, prosseguindo-se.
P. Int.
Santo André, 11/09/2022 .
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por BRUNO SOARES DE ALVARENGA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 12/09/2022 às 13:03 , sob o número WSNE22702747922
fls. 173
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA

CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE SANTO ANDRÉ/SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF7C1C9.
Processo nº 1017871-47.2022.8.26.0554
AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE

AUTOMÓVEIS LTDA. (doravante apenas “Requerida”), pessoa jurídica
devidamente inscrita no CNPJ/MF sob nº 03.338.422/0001-60, com sede na Avenida
Doutor Rudge Ramos, nº 837, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo/SP, CEP:
09639-000 (Doc.01), por seus advogados devidamente constituídos (Doc.02), nos
autos da Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais em epígrafe, que lhe move
JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E
ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA. (doravante apenas “Requerente”), na qual
BMW DO BRASIL LTDA. (doravante apenas “BMW’) e PIRELLI PNEUS LTDA.
(doravante apenas “Pirelli”), também figuram como Requeridas, vem, respeitosamente
perante V. Exa., nos termos do artigos 335 e seguintes do Código de Processo Civil,
apresentar CONTESTAÇÃO, o que faz consubstanciado nas razões de fato e de
direito a seguir aduzidas:
I – DA TEMPESTIVIDADE
O Aviso de Recebimento (AR) de citação da Requerida foi

juntado aos presentes autos, na data de 19/08/2022 (sexta-feira), consoante fls. 53.
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1511

4º andar – São Paulo – SP – 04571-011
www.albuquerquealvarenga.com.br
Y:\Agulhas Negras Distribuidora Aut\1. Cível\JR Andrade Empreendimentos Imobiliarios\JR Andrade x Agulhas Negras - 1017871-
47.2022.8.26.0554 - contestação.docx
Página 1 de 14
.
fls. 174
Assim, o prazo para apresentação desta defesa, iniciou-se, em

22/08/2022 (segunda-feira), e se encerrará, na data de 12/09/2022, considerando-se que
no dia 07/09/2022 não houve expediente forense (CSM 2.641/2021 - Feriado da
Independência do Brasil), restando, portanto, tempestivo o seu protocolo, na presente
data, em atenção aos artigos 219, 231, inciso I, 335, do Código de Processo Civil.
Face ao exposto, a informação contida na r. certidão de fls.

171, emitida em 09/09/2022, que retificou a certidão de fls. 104, certificando que o
prazo para apresentação da defesa pela Requerida irá decorrer em 09/09/2022, está
incorreta e, portanto, deve ser desconsiderada.
II - SÍNTESE DA INICIAL
Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais e

Morais proposta pela Requerente em face da Requerida e da BMW e Pirelli, alegando,
em síntese: (i) em 09/08/2021, adquiriu da Requerida um automóvel BMW 3201 M
Sport, 2021/2022, de fabricação da BMW; (ii) no dia 19/02/2021, ao retornar de uma
viagem, transitando pela Rodovia Bandeirantes, o painel de bordo do veículo acusou
anormalidade nos pneus, fazendo com que a Requerente parasse em um posto e ao
calibrar o pneu dianteiro, verificou uma bolha lateral; (iii) diante desse problema, a
Requerente entrou em contato com a Requerida e com a Pirelli, cobrando um
posicionamento acerca do ocorrido; (iv) após análise dos pneus, a Pirelli informou
inexistência de falha ou defeito de fabricação dos pneus, identificando que o problema
foi ocasionado devido à forte impacto contra buraco ou obstáculo; (v) devido à falta de
pneus compatíveis aos danificados, no mercado, a Requerente permaneceu
impossibilitada de utilizar seu veículo por um longo período.
Diante disso, a Requerente ajuizou a presente ação,

pleiteando: (i) a aplicação do Código de Defesa do Consumidor com a inversão do
ônus da prova; (ii) condenação solidária das Requeridas para restituição de R$ 9.893,00
(nove mil, oitocentos e noventa e três reais), devidamente atualizado, correspondente
ao valor gasto na aquisição de novos pneus; (iii) condenação em danos morais sem
informar o valor que entende devido; e (iv) condenação ao pagamento custas
processuais e honorários advocatícios.
Pois bem, a despeito das alegações da Requerente, sob a

égide do melhor direito e da realidade fática, o pedido formulado deverá ser julgado
totalmente improcedente, conforme se verá adiante.
Página 2 de 14
.
fls. 175
II – BREVE EXPLANAÇÃO DOS FATOS:
Inicialmente, necessário prestar esclarecimentos adicionais e
complementares ao relato formulado pela Requerente.
Em 09 de agosto de 2021, a Requerente efetuou a compra de

um automóvel BMW 320i M Sport, zero km, 2021/2022, cor preto safira, formalizada
através da nota fiscal 106645 emitida na mesma data.
Os veículos BMW contam com pneus da marca Pirelli e

quando da efetivação da compra e entrega do veículo à Requerente, este vai
acompanhado do Manual de Garantia BMW.
Em se tratando de item não fabricado pela BMW, no item

3.1.1. do manual de garantia, consta a orientação acerca dos procedimentos a serem
tomados em caso de pneus.
Insta salientar ainda a informação contida no manual acerca

do tópico “itens de desgaste”:
Página 3 de 14
.
fls. 176
Dessa forma, em consonância as orientações contidas no
manual do fabricante, ao ser comunicada pela Requerente através do e-mail abaixo
colacionado, do problema ocorrido nos pneus, a Requerida entrou em contato com a
Pirelli a fim de se prontificar a ajudar no que for possível.
Porém, como de praxe, a Pirelli, após a análise os pneus do

veículo da Requerente, constatou que os pneus possuíam rompimento de sua estrutura
na região da banda de rodagem (área que fica em contato com o solo), devido a forte
impacto contra buraco ou obstáculo.
Dessa forma, não se tratando de falha imputável à fabricação

dos pneus, a avaria não estava coberta pela garantia.
Após a resposta da Pirelli, a Requerente, entrou em contato

com a Requerida, solicitando cotação para compra de novos pneus para seu veículo e
Página 4 de 14
.
fls. 177
nesse momento, foi informada que a Requerida não tinha tais pneus para pronta
entrega.
Com isso, a Requerente, diligenciou em outros locais e, em
30/04/2022, efetuou a compra de 4 pneus e 4 válvulas junto a empresa Brudovan Pneus,
conforme cópia da nota fiscal anexada às fls. 41.
Prestados os esclarecimentos acima, a Requerida passa a

tecer as razões pela improcedência da presente demanda.
III – PRELIMINARMENTE:
1. DA FALTA DE INTERESSE DE AGIR – CULPA EXCLUSIVA DA
REQUERENTE.
A presente demanda sequer poderá ter seu mérito julgado,

visto que a própria fabricante dos pneus utilizados no veículo da Requerente, após
análise, constatou não ter havido qualquer problema decorrente de sua fabricação, ao
contrário, identificou que tais pneus tiveram rompimento em sua estrutura devido à
forte impacto contra buraco ou obstáculo.
Note-se que no e-mail enviado em 09/03/2022, pelo

procurador da Requerente à Requerida e à Pirelli, há informação de que os pneus foram
danificados devido a material existente na rodovia.
Dessa forma, cumpre arguir a carência desta ação, em virtude

da falta do interesse de agir da Requerente, em relação as Requeridas.
Isso porque é sabido que o interesse processual se configura

na utilidade do provimento jurisdicional, e essa utilidade, como gênero, se divide em
dois outros elementos, quais sejam, a necessidade da tutela e a adequação do
procedimento adotado, sendo correto afirmar, que, para se configurar o interesse
processual da parte, devem estar presentes os dois elementos, concomitantemente.
À propósito, elucidativa é a lição de ALEXANDRE

FREITAS CÂMARA, parafraseando o festejado professor Nelson Nery Júnior, in
“Lições de direito processual civil”. 5ª ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, v. 1, 2001:
Página 5 de 14
.
fls. 178
“Existe interesse processual quando a parte tem necessidade de ir a juízo para

alcançar a tutela pretendida e, ainda, quando essa tutela jurisdicional pode trazer-
lhe alguma utilidade, do ponto de vista prático. Movendo a ação errada ou
utilizando-se do procedimento incorreto, o provimento jurisdicional não lhes será
útil, razão pela qual a inadequação procedimental acarreta inexistência do interesse
processual.”
Com efeito, em se atendo ao binômio necessidade/utilidade,

pode-se afirmar que a “utilidade” repousa na possibilidade de a ação judicial propiciar
ao demandante o resultado pretendido. A “necessidade”, por sua vez, deve ser encarada
como a única forma possível de solução do conflito, isto é, deve o titular do direito
servir-se do processo, para obter a satisfação de seu interesse material, ou para, através
dele, realizar o seu direito.
Em outras letras, reputa-se necessária a jurisdição, quando

retrate a última forma de solução do conflito, ou seja, quando a Requerente necessita
da intervenção da atividade jurisdicional, para que a pretensão seja alcançada,
pressupondo a pretensão resistida da parte adversa no plano material.
Por necessidade, há de se verificar se realmente a tutela

jurisdicional é a via inconteste e inexorável para que a demanda seja dirimida, como
leciona Ada Pellegrini Grinover, em Teoria Geral do Processo. 21. ed. São Paulo:
Malheiros. 2005. P. 267.
“Repousa a necessidade da tutela jurisdicional na impossibilidade de obter a

satisfação do alegado direito sem a intercessão do Estado – ou porque a parte
contrária se nega a satisfazê-lo, sendo vedado ao autor o uso da autotutela, ou
porque a própria lei exige que determinados direitos só possam ser exercidos
mediante prévia declaração judicial.”
Ocorre, Excelência, que no caso destes autos inexiste

necessidade da atividade jurisdicional, na medida que a avaria ocorrida nos pneus do
veículo da Requerente se deu exclusivamente devido a material existente na rodovia
em que a Requerente trafegava, vindo a furar os pneus, como ela própria admite.
Assim, resta demonstrado que a Requerente não possui

qualquer interesse processual na ação, não lhe sendo útil o resultado aqui buscado,
tendo em vista que somente poderia pleitear qualquer indenização se constatado algum
ato ilícito por parte das Requeridas, o que não é o caso dos autos.
Página 6 de 14
.
fls. 179
Se coubesse eventual indenização, esta deveria ser pleiteado

da concessionária que administra a Rodovia, cuja existência de “material” danificou os
pneus do veículo da Requente.
Diante disso, consoante disposto no artigo 493 cc 485, inciso
VI, do Código de Processo Civil, a Requerida requer a extinção do processo sem
resolução do mérito.
2. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA REQUERIDA
A Requerente ajuizou a presente ação visando indenização

por danos materiais e morais de responsabilidade das Requeridas, ante a avaria ocorrida
nos pneus de seu veículo BMW.
Entretanto, como relatado anteriormente, a própria

Requerente informou que tais problemas foram causados por “material existente na
rodovia em que trafegou”.
Tal fato foi confirmado pela análise feita pela fabricante dos
pneus, Requerida Pirelli.
Dessa forma, tem-se que o problema decorreu em virtude de

culpa exclusiva de terceiro e, por essa razão não há que se falar em responsabilidade
da Requerida pelos pleitos da Requerente.
Segundo a lição do professor ALFREDO BUZAID, a

legitimidade ad causam é definida como “a pertinência subjetiva da ação”. Ou seja,
para que a parte seja considerada legítima para participar de uma ação judicial, é
necessário que ela faça parte da relação de direito material suscitada na petição inicial,
o que não é o caso dos autos.
E, sendo assim, não há nexo de causalidade entre o dano e o

comportamento da Requerida, pois ele “desaparece ou se interrompe, quando o
procedimento da vítima é a causa única do evento (qui sua culpa damnum sentit,
damnun sentire non videtur)”, como ensina WASHINGTON DE BARROS
MONTEIRO1, razão pela qual “se exclui qualquer responsabilidade”, nas palavras da
Prof. MARIA HELENA DINIZ (2 “Curso de Direito Civil”, Saraiva, vol. 1, 23ª ed.,
pág. 279).
Muito embora a Requerente atribua às Requeridas a

responsabilidade pelo dano sofrido, verifica-se que tal dano decorre de terceiros.
Página 7 de 14
.
fls. 180
Dessa forma, em relação a Requerida, a presente demanda

deverá ser julgada extinta sem julgamento de mérito, com fulcro no art. 485, VI do
Código de Processo Civil.
IV - NO MÉRITO:
1. DA VERDADE DOS FATOS - AUSÊNCIA DE ATO ILICITO PELA
REQUERIDA
Ainda que se admita, apenas como mero argumento, seja

ultrapassada a barreira das preliminares supra arguidas, ainda assim, razão alguma
assiste a Requerente, posto que suas alegações não condizem com a realidade,
conforme restará claro ao final. Senão vejamos.
Não há qualquer ligação entre o dano ocorrido nos pneus do

veículo do Requerente e a Requerida.
Como o próprio advogado do Requerente, relatou no e-mail

enviado às Requeridas, os danos foram causados devido a material existente na rodovia
por onde o Requerente trafegava.
Dessa forma, inviável a alegação do Requerente acerca da

ocorrência de vício nos pneus que justifique o pleito indenizatório.
Ademais, a própria fabricante, aqui também requerida,

efetuou laudo de avaliação dos referidos pneus e não constatou qualquer falha
decorrente do processo de fabricação.
Outro fator a ressaltar refere-se ao período em que a

Requerente alega ter ficado com seu veículo parado devido a impossibilidade de
aquisição de novos pneus, visto estar em “falta no mercado”.
Às fls. 04, a Requerente alega ter ficado com seu veículo

parado de 19/02/2022 a 30/04/2022.
Página 8 de 14
.
fls. 181
Contudo, Exa., conforme Ordem de Serviço nº 90976, em

21/03/2022 o veículo da Requerente ingressou na oficina da Requerida, para realização
de manutenção.
Denota-se, portanto, que nessa data, qual seja, 21/0/2022, o
veículo transitava normalmente, tanto que ingressou na oficina da Requerida para
realização de manutenção.
Acrescente-se ainda, que a Requerida é uma concessionária

revendedora de veículos fabricados pela BMW e, dessa forma, sua atividade é a
comercialização de veículos, não podendo ser responsabilizada por eventuais danos
ocorridos nos veículos por ela comercializados.
Diante do exposto, resta comprovado não ter a Requerida

cometida qualquer ato ilícito que enseje eventual indenização à Requerente.
2. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MATERIAIS INDENIZÁVEIS.
Nos termos do artigo 944 do Código Civil a indenização por

danos materiais deve ser determinada levando em consideração o valor do dano
comprovadamente sofrido:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Referido artigo estabelece que a indenização será medida

pela extensão do dano, ou seja, para estabelecer o quantum deverá ser averiguado o
valor do dano sofrido pelo ato ilícito praticado.
Os argumentos da Requerente estão carreados de fragilidade

e insubsistência e não sustentam sua tese de ressarcimento devido pela Requerida.
Com a presente demanda, postula a Requerente indenização

a título de danos materiais, consistente no valor pago pela aquisição de pneus novos ao
veículo adquirido junto a Requerida.
Como já explanado, tratando-se aquisição, pela Requerente,

de veículo novo, conforme consta no manual do veículo, a garantia dos pneus, era de
90 (noventa) dias e, portanto, quando do problema ocorrido, a garantia já havia
expirado.
Página 9 de 14
.
fls. 182
Outro ponto a ser observado refere-se à alegação de vício

oculto existente nos pneus, não cabível no presente caso, visto a existência de laudo
técnico de avaliação dos pneus, elaborado pela fabricante, que constatou ruptura
decorrente de “forte impacto contra buraco ou obstáculo” (fls. 37), o que foi
confirmado no e-mail enviado pela Requerente (fls. 33), que relata que o “veículo teve
seus pneus danificados em razão de material existente na rodovia”.
Diante do exposto, não há que se falar em condenação da

Requerida em indenização por supostos danos materiais, na medida em que não tem
qualquer relação com a Requerida, razão pela qual tal pleito deve ser totalmente
improcedente.
3. AUSÊNCIA DE DANO MORAL – PEDIDO GENÉRICO
Às fls. 08 dos autos, a Requerente postula indenização por

danos morais, embasada nos documentos acostados às fls. 23/32.
Pois bem, em relação a tal pleito, observa-se que os

documentos de fls. 23/32, não tem qualquer ligação com as Requeridas, pois trata-se
que conversa mantida via whastapp com “cabeçalho intitulado como Campneus
Pneus”, acerca de aquisição de pneus, sem qualquer fato que justifique eventual
condenação em dano moral.
Pelo exame dos demais documentos acostas à exordial,

juntamente com o relato contido às fls. 08, constata-se que a Requerente não
colacionou nos autos qualquer prova do alegado dano moral que atribui às Requeridas.
Nessa toada, imperioso destacar que são conhecidos os

requisitos que ensejam a responsabilidade civil e decididamente, não houve qualquer
ato ilícito que pode ser imputado à Requerida no caso em comento.
Assim, nada de irregular ou que reflita qualquer resquício de

abuso por parte da Requerida, destacando-se que não houve violação de qualquer
norma legal por parte desta empresa.
Destaque-se, em suma, que o dano moral, segundo a melhor

doutrina, consistente na lesão a um interesse que visa a satisfação ou o gozo de um bem
jurídico extrapatrimonial contidos nos direitos da personalidade (como a vida, a
integridade corporal, a liberdade, a honra, o decoro, a intimidade, os sentimentos
afetivos, a própria imagem) ou nos atributos da pessoa (como o nome, a capacidade, o
Página 10 de 14
.
fls. 183
estado de família), devendo ser indenizado na medida do sofrimento da vítima, bem

como de sua condição econômica social.
Consigne-se que eventual aborrecimento, dissabor, mágoa ou
sensibilidade exacerbada experimentados pela Requerente não autorizam a
indenização, que pressupõe a existência e a demonstração de dano efetivo para a
vítima, a teor do artigo 927 do novo Código Civil e artigo 373, I, do CPC.
Sabe‐se que nem todo contratempo ou aborrecimento da vida

cotidiana pode gerar uma indenização. Há de se ter em mente que dano moral é algo
que foge à normalidade, que cause efetivamente uma violação do direito à
dignidade do lesado, para que se possa, assim, garantir a devida reparação.
Assim, dano moral é muito mais que o simples dissabor, e

deve, em verdade, produzir efeitos no campo subjetivo e social.
É que, os eventuais e pretensos danos da esfera subjetiva

devem traduzir-se no constrangimento e sofrimento pela retirada de sua vida cotidiana,
ou seja, deve fugir à normalidade. E isso porque se os problemas são cotidianos eles
são inerentes à vida!!!
Para que se configure indenização por dano moral não basta

que o indivíduo tenha passado por uma situação desagradável, que o tenha
incomodado, como vislumbramos no presente caso. É preciso que tenha sido
comprovado um efetivo constrangimento, vexame ou humilhação, decorrente de uma
situação anormal, ilícita.
Para a caracterização do aludido dano, é indispensável à

ocorrência de ofensa a algum dos direitos da personalidade do indivíduo. Esses direitos
são aqueles inerentes à pessoa humana e caracterizam-se por serem intransmissíveis,
irrenunciáveis e não sofrerem limitação voluntária, salvo restritas exceções legais (art.
11, CC/2002).
Sendo assim, para se esculpir a responsabilidade civil e, por

conseguinte a existência de dano moral, é necessária a observância de três elementos:
a ofensa a uma norma preexistente (dolo) ou erro na conduta (culpa), caracterizando
um ato ilícito, um dano (resultado) e o nexo de causalidade entre um e outro elemento.
Não vislumbrados nenhum dos requisitos ensejadores da

responsabilidade civil no caso em apreço, resta descartado o dano moral, assim
caracterizado como a principal pretensão da Requerente.
Página 11 de 14
.
fls. 184
No presente caso, resta comprovado que as Requeridas não

têm qualquer ligação, tampouco responsabilidade pela avaria ocorrida nos pneus do
veículo da Requerente.
Note-se ainda que, tratando-se a Requerente de pessoa
jurídica, para indenização em dano moral, se faz necessário a comprovação fática, ou
seja, tal dano não é presumível e deve estar demonstrado nos autos prejuízo ou abalo à
imagem, o que não ocorreu no presente caso.
Por fim, cumpre salientar que a Requerente efetuou pedido

genérico, sem qualquer delimitação do valor a ser pago a título de dano moral, tratando-
se, de mera alegação, sem comprovação e sem dimensionamento.
Dessa maneira, resta comprovada ausência de ato ilícito por

parte da Requerida, mas sim da próprio Requerente e/ou de terceiros, e consoante
disposição contida nos artigos 12 e 14 do Código de Defesa do Consumidor, deverá
ser julgado improcedente o pedido de condenação das Requeridas ao pagamento de
danos morais em favor da Requerente.
4. DA HIPOSSUFICIÊNCIA E IMPOSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO

ÔNUS DA PROVA
A Requerente pretende a inversão do ônus da prova. No

entanto, sua concessão não é passível de ser admitida em virtude da ausência dos
requisitos legais para tanto.
Para a inversão do ônus da prova, faz-se necessário

fundamentalmente a presença de verossimilhança das alegações e hipossuficiência da
Requerente.
Certamente, não é possível que seja admitida a
hipossuficiência da Requerente, pessoa jurídica de direito privado que tem por objeto
incorporação de empreendimentos imobiliários, gestão de administração de
propriedade imobiliária, dentre outros, que visa lucro e alto poder aquisitivo, posto que
discute nos autos a indenização em serviços prestados em veículo de alto luxo.
Assim, é plenamente capaz de identificar e produzir as

provas necessárias a comprovar seu direito nos autos, não havendo o que se falar em
hipossuficiência.
Página 12 de 14
.
fls. 185
Quanto a verossimilhança de suas alegações, restou

evidenciado a inexistência de responsabilidade da Requerida no tocante a qualquer
problema ocorrido nos pneus de seu veículo, tendo a Requerente omitido detalhes
importantes em seu relato contido na inicial.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo tem se
posicionado no seguinte sentido:
“Ação de indenização por danos materiais e morais. compra e venda de veículo.

vício no produto. perícia inconclusiva. ausência de demonstração de nexo de
causalidade que acarrete a responsabilidade das rés. autor que não comprovou
fatos constitutivos do seu direito. sentença mantida apelação não provida, com
observação quanto aos honorários advocatícios.” TJ-SP. Apelação nº 0001124-
82.2014.8.26.0404. Relator Des. Eros Piceli. 33ª Câmara de Direito Privado. Data
de publicação: 16/05/2017. (grifo nosso)
A carga da prova de fatos constitutivos e do nexo de

causalidade compete à Requerente, notadamente porque não pode as Requeridas
produzirem prova negativa quanto aos danos requeridos pela Requerente.
Outrossim, também o Superior Tribunal de Justiça possui

jurisprudência assim pacificada nesse sentido:
“O Tribunal de origem, no que diz respeito à responsabilidade do fornecedor de

produto, ao decidir que a ação não poderia ser julgada procedente em virtude da
falta de comprovação do nexo de causalidade, alinhou-se à jurisprudência do STJ
de que fica a cargo do consumidor demonstrar o fato constitutivo de seu direito,
qual seja, o de que o dano causado pelo acidente decorreu do produto. Nesse
sentido: REsp 1281742/SP, Quarta Turma, DJe 05/12/2012; AgRg no AREsp
263.212/MG, Terceira Turma, DJe 25/02/2013” (Agravo Interno no Resp nº
1410190/PR, Rel. Nancy Andrighi, STJ, 3ªTurma, j. em 12.12.2016) (grifo nosso)
Assim sendo, inexiste a verossimilhança das alegações.
Portanto, descabida a inversão do ônus da prova pela

ausência de hipossuficiência econômica da Requerente e ante a ausência de
verossimilhança das alegações apresentadas.
V - DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer seja o acolhimento das

preliminares arguidas pela Requerida e, por consequência, seja a demanda extinta sem
Página 13 de 14
.
fls. 186
julgamento de mérito, nos termos do inciso VI do artigo 485 do Código de Processo

Civil.
Caso assim não entenda V. Exa., no mérito, pelas razões
acima expostas, requer seja JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE por
questão da mais salutar JUSTIÇA, condenando a Requerente ao pagamento de custas
e de honorários advocatícios, estes a serem arbitrados por esse Juízo.
Protesta pela produção de todo meio de prova em direito

admitida, com destaque para juntada de novos documentos que sejam pertinentes ao
deslinde do feito, o depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas a serem
oportunamente arroladas.
Por fim, requer, sob pena de nulidade, que as intimações

relativas a este feito sejam efetuadas exclusivamente em nome do advogado Bruno
Soares de Alvarenga, inscrito na OAB/SP sob o nº 222.420, com endereço eletrônico
bruno@albuquerquealvarenga.com.br.
Termos em que,
pede deferimento.
São Paulo, 12 de setembro de 2022.
Bruno Soares Alvarenga

OAB/SP 222.420
Adriana de F B Munari Reis

OAB/SP 125.731
Página 14 de 14
.
“ [ETIQUETA PROTOCOLO fls. 187
JUCESP- Junta Comercial dq Estado,deão Paulo
%à Ministério da Indústria, Comércio adam
e:Servmbs .,', ',
' JUCESP PROTOCOLO
Departamento de Registro Empreusaria! e lmqgraçªq 'QREE 0.628 034/21 O
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
SE
lllllllIIIlIIEHIHIIV!llNllllIlNlllllllIIIIHIIUIIIHII
Kºª— CONTROLE INTERNET
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF7C1D2.
M
ÍlÍ IÍÍ ||IIIIIIIIIWIIIIHIIHIIIIHIHIIII
DADOS CADASTRAIS
/
de Outras Claúsulas Contrguais/Estatután'as; Consolidação da Matriz; InclusãolAIteração d
ªgeração do Valor do
m
Capital; Alteração _,
“, 35
'A
& ““i
VA
Integrantes
O
O PORTE ª «m,:
:O
:
ªi
º AGULHAS
NOME EMPRESARIAL
NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA Normal
º LOGRADOURO NUMERO COMPUEMENTO CEP É
5 Avenida DoutorRudge Ramos 837 09639—000 iª 1 5 JL.
% mumclpno UF TELEFONE EMAIL 4
SP
% São Bernardo do Campo
ª
L
«»
ªº ªºªªªªªºªªªª ªªª“?
IIII IIWIIIIlllllINI!IIIIIIllllllllllllllIIIIIIIIHIII
OR
VALORES RECOLHIDOS SEQ DOC

E IDENTIFICAÇÃO SIGNATÁRIOASSINANTE REQUERIMENTO CAPA
WW
% NOME: CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO (Administrador) DARE R$ 207 12 1 [ 1
ASSINATURA: &)Magg Q Áu MM'bDATA: 13/07/2021 DARF: R$ ,00
% #ORMAçoEs consumas DO REQUERIMENTOIPROCESSO sAo expnessAo DA VERDADE.

<
.-
oecuxno soa AS PENAS DA 1.955 As
5 PARA USO EXCLUSIVO DA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (INCLUSIVE VERSO)
8 CARIMBO PROTOCOLO CARIMBO DISTRIBUUÇÃO CARIMBOANALISE
A
DE
“5
o ,mguram Fm EM JU SP ,
& DLMÉCR amarº“; m ;; ASSIMPI OPAU
DE
;»
“ã |
;
*
%
1 5 JUL 2021 5 021

% ªiª. »
1
Bªm
—' 12074146806)
05
a
ª
mm
CE
tAIentejo
L?
“ÚEÚÚÚ
,, Assessora do
_3
Qi
,
2 R633 12
!
?
%
m .!
+c Imac
?: ANEXOS EXCLUSIVO SETOR DEANALISE ETIQUETAS DE REGISTR
::
ocumentos Pessoais
3
RT
g
ºª
(
) Procuração
)Alvará Judicial
(
(
) Laudo de Avaliação
)Jomal
P
É ( ) Formal de Partilha ( )Protocolol Justificação
3 “Nú
)Balanço Patrimonial )Certidão 3%» Sº?
5 ( (
“:
( utros
ID
ª n'
& “ ma Ágil?
”,
& OBSERVAçõdà
U
:: LIJ
32h.1+18/218
ÃO
%
lh
H"!!!IIIIINHHIIUIJIH""Ir"!IIHII'HINIIHIIHIIIu
É
E
VelsªoVRERepons 1000 13/01/2021 15 3315 Página1 de 10

.
fls. 188
SE
INSTRUMENTO PARTICULAR'DE 'Mº ALTERAÇÃO RERATIh'CAÇÃO E CONSOLIDAÇ
CONTRATO SOCIAL DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA
»
ª'
N. m'fik
,.
.
M
AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMÓVEIS LTDA Qq LG;

;]
CNPJ 03 338 422/0001 60 É
NIRE 35 215 856 464

L 2021 *
VA
ªCDLÚ“
Pelo presente instrumento particular e no melhor forma de dírei'ro os abaixo
assinados o saber
L
CLANEL PARTICIPAÇÓES LTDA com sede na Alameda Garibaldi nº 390

OR
(i)
Residencial Dezoito do Forte CEP 06543 235 na cidade de Santana de

Parnaíba no estado de São Paulo inscrito sob nº de CNPJ 15 640 993/0001 33
com seu contro'ro devídomemªe regísirodo peronTe a Junta Comercial do
Estado de São Paulo sob nº 35 226 601 306 neste ato representado por sua
sócio odminis'frodoro CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO brasileiro casado
DE
empresario portadora do Cedulo de Identidade RG nº 34457628 SSP/SP

inscrito no CPF/ME sob nº 075 598 618 06 residente na Alameda Garibaldi nº 390
Bairro Residencial Dezoito do Forte (Alphaville) Santo de Parnaíba Estado de
São Paulo CEP 06543 230 e
CE
(ii) KIULDER AUGUSTO brasileiro casado empresario portador do Cedulo de

Idenfídode RG n 12 243 151 0 SSP/SP inscrito no CPF/MF sob n 117112 418 06
residente no Cidade de Santana de Parnaíba no Estado de São Paulo na
RT
Alameda Xian n 284 Tombore CEP 06543 055
Únicos socios da sociedade empresario denominado AGULHAS NEGRAS

limitado
DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA com sede na Avenida Doutor Rudge Ramos
ª/
ID
nº 837 RUdge Ramos no Cidade de São Bernardo do Campo no Estado de São
Paulo CEP 09639 000 ínscrí'ro no CNPJ sob n 03 338 422/0001 60 com o
Contrato Social arquivado na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob nº
ÃO
35 215 856 464 em sessao de 13/08/1999 e Última alteração confrotug/
& 1
.
fls. 189
. . . .
. . . . . . . .
. . . . .. . . .
. . " . . . ..
. . . . . . . . .
. . .. .O. . .
. .. O.. . .
.. . . . . ..
O .. . . . .
.O.
SE
.
: : : . :
:
.:. .:0
Sociedade, nos segum'fes Termos '
M
1) Os socios consignom a adoção do regencío da sociedade pelo supletivo
regramento da sociedade anônima conforme dispõe o paragrafo Único do

VA
artigo 053 do Codigo Civil

1
2) Por força da deliberação supromencionodo o Clausulo I do Instrumenío
Contratual possa o ter o seguinte redação

LO
! DENOMINAÇAO SOCIAL E SEDE
A sociedade empresario giro sob a denominação social AGULHAS NEGRAS

R
DISTRIBUIDORA DE AUTOMÓVEIS LTDA com sede na Avenida Doutor Rudge Ramos

nº 837 Bairro Rudge Ramos São Bernardo do Compo/SP CEP 09 639 000
regendo se pelo presente ConTroTo Social pela Lei nº 10 406/2002 e
DE
subsidiariamente pela Lei nº 6 404/1976
Poragrafo único A sociedade possuí filiais nos seguintes endereços
Filial 01 Situado nc: Avenida 23 de Maio nº 3041 Ibirapuera 5610 Poulo/SP CEP
CE
04 008 090 devidamente registrado sob n de CNPJ 03 338 422/0004 02 e sob o

n de NIRE 35 903 935 839
02 Situado na Avenida 23 de maio n 3151 3159 3177 31839320] Vila

RT
Filial
Mariana no município de São Paulo no Es1odo de São Paulo CEP 04008 090
devidamente registrado sob n de CNPJ 03 338 422/0005 93 e sob n de NIRE
35 905 367 269
ID
3) Os socios decidem aumentar o Capital Social da sociedade em R$
1 380 000 00 (um milhao trezentos e oitenta mil reais) mediante a emissão de
com
ÃO
1 380 000 (um milhão trezentos e oitenta mil) novos quotas valor nominal
&; 2
.
fls. 190
. . . .. ... .. .. ,
Q ! . . . . . . .
. . F .. . . . Í
. ..
3
. . . . l
. . . . . . . .
. . .. O.. . .
Q .. O.. . .
.“ ª . . . ..
Q.
SE
Q Q . . .
Q 5 . .*. . . .
" . . . . . .
de R$ 1 00 (um real) cocª; dê modo q'ue o Jéroftgtol do Capital Social p

000 00 (nove milhões sejscgnfos e cinquenta
ser R$ 9 650 mil reais)
... ...
. .
M
4) Com expresso renúncia do socio CLANEL PARTICIPAÇõES LTDA 00 seu direito
de preferencia no subscrição dos novos quotas na proporção de sua

participação socíeforío os referidos novos quotas foram subscritos e
VA
integrolízodos do seguinte forma
41) 1 379 000 (um milhão Trezentos e se'remo e nove mil) quotas com valor
nominal de R$ 1 00 (um real) cado foram subscritos pelo socio KlULDER AUGUSTO
LO
e integralizados por meio da conversão de mútuo no valor de R$ 8 006 265 77

(oito milhões seis mil duzentos e sessenTo e cinco reais e setenta
e sete
centavos) sendo cerío que as quotas foram avaliados de acordo com os

perspectivas de renfobilidode da sociedade com base em relatório de
R
ovolioçoo observado o criterio de fluxo de caixa descontado Desta feita a
diferença de R$ 8 006 265 77 (oito milhões seis mil duzentos e sessenta e cinco
reais e se'fento e se're centavos) e R$ 1 379 000 (um milhão trezentos e seTento
DE
e nove mil) o que totaliza o valor de R$ 6 627 265 77 (seis milhoes seiscentos e
vimªe e sete mil duzentos e sessenta e cinco reais e setenta e seTe centavos)
sera contabilizado como reserva de ágio no conto do patrimonio líquido da

sociedade
CE
42) 1 000 (um mil) quoºfos foram subscritos pela socio CLANEL PARTICIPAÇOES
LTDA e integrolízodas em moeda corrente nacional no valor de R$ 5805 85

(cinco mil oítocen'ros e cinco reais e oitenta e cinco cen'rovos) sendo certo que
os quo'ros foram avaliados de acordo com as perspectivas de rentabilidade da gª/

RT
sociedade com base em reloTorío de avaliação baseado no criterio de fluxo
de caixa descontado Desta feita a diferença de R$ 580585 (cinco mil
oitocentos e cinco reais e oí'ren'ra e cinco cen'rovos) e R$ 1 000 00 (um mil) o
o valor de R$ 4 805 85 (quatro e cinco e oitenta

I
que totaliza mil oiTocen'fos reais
do
DÃ
e cinco centavos) sera contabilizado como reserva de ágio no conªrcn
V
patrimônio líquido da sociedade
O
.
fls. 191
Visi“
:
CD
SE
. nª
.O. . . ooo no 74
q _,
Em decorrendo dc dellberoçoo ocumo mencuonodo o Clausuo
'
5)
Instrumento Confrotuol possa o ter o seguinte redaçao
M
Il CAPITAL SOCIAL
O Capital Social e de RS 9 650 000 00 (nove milhoes seiscentos e cinquenta mil

VA
reais) dividido em 9 650 000 00 (nove milhões seiscentos e cinquenta mil) quotas
no valor nominal de R$ 1 00 (um real) cada uma totalmente subscritos e
infegrolízodos pelos socios em moeda corrente nacional assim distribuídos
nº quotas % Valor (R$)

LO
Sócios
CLANEL PARTICIPAÇÓES LTDA 5 790 000 60 5 790 000 00
KIULDER AUGUSTO 3 860 000 40 3 860 000 00
Total 9 650 000 100 9 650 000 00

R
6) Os socios decidem aindo estabelecer as condições do direito de preferencia

sobre o 'rronsferencío de quofos
DE
7) Em decorrendo da deliberação acima mencionado o Clausulo V do

Instrumento Coniroíuol passo o Ter o seguinte redação
TRANSFERENCIA DE QUOTAS
CE
V DA INDIVIDUALIDADE E
As quotas sõo indivisíveis e não poderão ser cedidos ou 1ronsferídos o Terceiros
sem o consemimento do ouho socio a quem fico assegurado em igualdade

de preço o ser apurado atraves de 3 (Tres) avaliações de mercado o direito de
RT
preferencia paro o sua aquisição mediante o media de 3 (tres) avaliações e o

pogomenfo em ofe 42 (quorenfo e duas) parcelas formolizondo se realizada
a cessão delas a alteração contratual pertinente

ID
Parágrafo único O socio que manifestar sua vontade de excluir se
da sociedade devera notificar os ou1ros sua intenção por escrito

ÃO
com antecedencia de 30 (1rínTo) dias e seus haveres lhe serão
& 4
.
fls. 192
o . . .. ooo .. ..
o o o o o O o º
. . . . .. . . .
. . . . . . ..
. . o . o . o o
.
. o .. ooo . O
. .. .O. . .
.. . . . . ..
SE
. .. . . . .
. . . O.. . . .
. . . . . . .
.O. . . .O. "C. X
reembolsodos de acordo com a Deolma Segundo d

,
Iousulo sªr
Instrumento _ .
M
8) Os socios decidem a forma de administração da sociedade para que

olªreror
seja exercido por um Conselho de Admínís'rroçõo e Uma Diretorio consoante

disposto no Clausulo VII do Instrumento Confrotuol que passo o íer o seguíme
VA
redação
VII ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE

LO
7 'I) A Sociedade sera administrado por um Conselho de Administração e uma

Diretorio
721) O Conselho de Administração sera composto por 5 (cinco) membros

R
”rodos eleí'ros e desfi'ruíveís pelo Reunião de Quofísfos com mandato unificado
de 2 (dois) anos sendo permi'rído a reeleição

DE
7 2 2) A do Conselho de AdminísTroçõo ocorrera ordinariamente

reunião
mensalmeníe e extroordinoríomen'fe sempre que os interesses da Companhia
assim o de'fermínores ou sempre que um Diretor ou Conselheiro a solicitar
do Conselho de Administração somente

7 2 3) As reuniões se ins'rolcrõo com a
CE
presença da maioria dos seus membros
724) As reuniões do Conselho de Administração serão convocados pelo

Presidente do Conselho de Administração indicando a ordem do dia que sera
RT
tratado em reunião Esta convocação devera ser efetivado por meio de

notificação escrito contendo data hora locais e ordem do dia enfregue a
todos os socios do seguinte forma (a) pessoalmente mediante protocolo ou gªy

com de recebimento ou por meio
I
(b) por posiogem de corºro aviso (c)

DÃ
eletronico com concomí'ronte envio de corto com aviso de recebimento
A convocação da reunião do Conselho de Administração deve ser feito

7 2 5)
com ao menos 7 (sefe) dias de antecedencia a contar conforme seja o co?

O
&& 5
.
fls. 193
SE
do doia de assinatura donp.rot.ocolo dà dota. Ho.r.e.cebimen'ro da carta
comprovonTe de Transmissao do fax
M
726) O Conselho de Administração deliberará por maioria de votos dos

membros presenªfes em caso de empate no voªroçõo o (o) Presidente tera
alem do voto comum o voto de qualidade

VA
72 A presença e a votação em reuniões do Conselho de AdminisTroçõo

7)
podem ocorrer por meio de equipamentos de telefone videoconferencia ou

programas telemóTícos específicos que obedeçam aos criterios da Instrução
LO
Normativa DRE! nº 81 desde que devidamente registrados e transcritos em 010

As gravações das reuniões serao mantidos ate a assinatura do respectivo ato
da reunião por Todos os presentes

R
7 2 8) Os Trabalhos e as resoluções das Reuniões do Conselho serão reloºrodos

em 0105 que serão assinados pelos conselheiros no prazo maximo de 15 (quinze
dias) e Tronscritas node Atos do Conselho de Administração Codo
Livro
DE
conselheiro recebera uma copia dos atos de cada reunião do Conselho no

prazo de 5 (cinco) dias úteis
72 9) No eventualidade de um conselheiro faltar em duas reuniões do

Conselho de Admínís'rroçõo no período de um exercício social este conselheiro
CE
podera vir o ser des'rítUído de seu cargo no Conselho sendo nomeado OUTro em
ate 15 (quinze) dias Esso destituiçoo sero efefivo por dois exercícios incluíndo
se o exercício em que ocorreu a destituição decorrido o prazo de
incompoTibíIídode referido conselheiro desfituído podera vir a integrar o

RT
Conselho de Admínísfroçõo desde que reeleito na forma do lei
7 2 10) Compe'firo do Conselho de Administração substituir o

oo Vice Presídemªe
ausencia ou impedimento temporario
I
(o) Presidente no hipotese de eventual

DÃ
bem como em caso de vacância de que a Reunião de Quo'rís'fos decida

quanto ao seu ímpedimen'fo
O
% 6
.
fls. 194
SE
venda de bens venda de ativos da Sociedade ou ínsc »
imobiliários,
hipo'fecóríos ou qualquer tipo de g'ôrõn'Tio oferecido a terceiros, exceto se

M
expressamente aprovado pelo Conselho de Administração
7 2 12) São atribuições do Conselho de Administração inclusive mas não se

VA
limitando os seguímes deliberações
a)Vendo fusão íncorporoçco císõo liquidação dissolução transformação de

um tipo socíe'rorío em outro ou qualquer Transação similar ou ainda qualquer
LO
fronsoçõo que produza na pratica os mesmos efeitos de um dos institutos aquí
relacionados
b) Aquisição alienação hipoteca gravame ou oneroçõo de bens imoveis na

R
sede filiais agencies e escritorios de vendas
c) Pedido de recuperação judicial ou ou'rofolencio da Sociedade

DE
d) Abertura de filiais ou escritórios de representação
e) Propor a Assembleia Geral alterações no Con1rc1'ro Social

CE
f) Eleger e destituir os Diretores da Sociedade e fixar lhes os ofríbuíções
g) Convocar as Reunioes de Quotís'ros

RT
W
h) Pronuncíor se previamente em relação aos seguínfes atos a serem praticados
pelo Diretorio quando os valores e/ou prazos ultrapassarem os fixados pelo
Conselho de Administração Contratos de mú'ruo emprestimos e/ou
financiamentos e serem firmados pela Sociedade

I DÃ
7 2 13) Os conselheiros não estarão obrigados a fornecer garantias de qualquer

tipo para o exercício de seus cargos
O
“& 7
.
fls. 195
o o o o
o o o o o
o . o . oo . o o
O o o o o . oo
o o o o o . O .
.
. . .. .O. O .
. .. .O. . O
O. . . . ..
. .. . . . .
OQO
SE
. . . . . .
o . o g .
7 2 14) A remuneração indivídbcl dos m.embros do Conselho de Adminis

sera de R$ 4 000 00 (quatro mil reais) porgeuníõo ordinaria realizado
. .
M
7 2 15) No primeiro mandato o Conselho de Administração sera composto pelo

Presidente do Conselho de Adminis'fraçõo CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO
brasileiro casado empresario portadora do Cedulo de Identidade RG nº
VA
3445 7628 SSP/SP inscrito no CPF/ME sob n 075 598 61806 residente no
Aiomedo Garibaldi nº 390 Bairro Residencial Dezoito do Forte (Alphaville)
Santana de Parnaíba SP CEP 06543 230 pelo Vice Presidente o socio KIULDER
AUGUSTO brasileiro casado empresario portador do Cedulc de Identidade RG
LO
nº 12243 151 O SSP/SP inscrito no CPF/ME sob n 117 112418 06 residente na
Alameda Xian nº 284 Tombore Santana do Parnaíba SP CEP 06543 055 por
CESAR MARCOS KLOURI brasileiro casado advogado inscrito na OAB/SP sob nº
50 057 inscrito no CPF/ME sob nº 674 576 738 49 com escritorio na Rua
R
Groenlândia nº212 Jardim Americo São Paulo SP CEP 01434 000 porMARCOS
ANTÓNIO BELL! brasileiro casado gestor comercio! portador do Cedulo de
Identidade RG n 17873 2576 inscrito no CPF/ME sob n 087767388 84
DE
residente na Av Penha de França nº519 opto ] I ] Penha de França 5610 Paulo
SP CEP 03606 010 e por FERNANDO GATTO ROSIQUE brasileiro em uma união
estavel administrador de empresas portador do Cedulo de Identidade RG nº
20 061 4174 ínscrífo no CPF/ME sob n 14830122803 residente na Rua

Claudino Barbosa n 665 opto 4053 Macedo Guarulhos SP CEP 07113 040
CE
os quais terão poderes para representar a sociedade nos termos do Cláusula

7 2 12 supra
7 3 1) A Diretoria sero composto por 3 membros sendo íncumbencío do

RT
(Tres)
Conselho de Administração definir suas atribuições Ambos os membros da
Diretoria serao eleitos e destituíveís a qualquer Tempo pelo Conselho de

Administração e poderão acumular funções
ID
7 3 2) O mandato da Diretoria sera de 2 (dois) anos admitido reeleiçoo
de amplos e gerais poderes de gestão com vistas

ÃO
7 3 3) A Díre'rorio fico investido
a pratica de Todos os atos necessarios oo regular funcionamento da

Sociedííje/
& 8
.
fls. 196
. .. .O.
. .O. ..
. a o o . o o
. . * O .. . . .
. . . . . ..
o ' . O . . . . o
o . oo ooo . .
'! .. .O. O .
.. ' . . . ".
.. O . .
SE
. .
ª . * O.. . . .
. .
. . .O. 'I.
e o consecuçoo dos seus objetivos socucus dentro dos
&
Ilmlºres fIXOdOS em lei
ínsTrumenªro con'rro'ruol
es're
M
734) No primeiro mandato a Diretoria sera composto por NELSON AUGUSTO

brasileiro casado empresario portador do Cedulo de Identidade RG nº
1225083155P/SP inscrito no CPF/MF sob n 010 707 628 49 resideníe na

VA
Alameda Garibaldi nº 390 Residencial Dezoí'fo do Forte Santana de Parnaíba

SP CEP 06543 235 CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO e KIULDER AUGUSTO supra
qualificados
LO
7 3 5) A represenfoçõo da sociedade sera exercido isoladamente pelos
membros da Diretoria com exceção dos materias referentes a Clousulc 7 2 12

que obrigatoriamente dependerão da assinatura de 2 (dois) ou mais diretores
R
7 3 6) A remuneração global anual da Diretoria será de 12 parcelas mensais de

R$ 2 096 00
DE
9) Os socios resolvem alterar o Clousulo XII que passo a vigorar com o seguinte
nova redação
DO FALECIMENTO OU INTERDIÇÃO DOS SOCIOS

CE
XII
121) A Sociedade nào sera dissolvido no caso de folencío folecímenªro ou
ínsolvencio de qualquer dos socios e prosseguíro com o socio remonescemªe

exercendo seu objeto social
RT
12 2) No hipotese de falecimento ou interdição de socio a sociedade

confínuoro suas oHvídodes com os herdeiros e sucessores Não sendo possível
ou do socio remanescente serão apurados os

ID
ou inexistindo inTeresse destes
haveres com base em relatorio de fluxo de caixa descontado preparado por
auditoria de lº linho Caso do valor mencionado no

os demais socios discordem
reloTorío de fluxo de caixa desconfodo a Sociedade devera nomear outra

ÃO
%
empresa de consultoria especializado para elaborar de nova avaliação e
& 9
.
fls. 197
. . . .. .O. .. ..
. . . . . . o O
. . . . .. . . .
. . . . . . ..
"
. o o o o o o o o
. o ooo . o
. .. O.. . .
.. . . . . ..
. .. . . . .
SE
. . . .O. . . .
. . . . . . .
nes'fe caso o prlmelro e o segundo empresas deverão de comum cc

nomear nova empresa de cçnsulforío especializado para o preparo de n
.. O..
ovohoçoo A media de todos eâos ovohoçoes configuroro o valor o ser pago
, :
M
em caso de exercício de direito de retirada do socio
10) Os socios decidem cdoªror Clausulo Compromissorio de Arbitragem de

com a
VA
modo que o Clausulo XIV possa a vigorar seguímªe nova redação
XIV SOLUÇÃO DE CONTROVERSIAS

LO
14 1) As partes se comprometem e submeter a arbitragem os litígios que possam

vir a surgir relativamente a este Estatuto Social e 0 esta Sociedade nos termos
da Lei nº 9 307 de 23 de setembro de 1996 com expressa aplicabilidade do
R
artigo 851 e seguintes do Codigo Civil Brasileiro de acordo com o compromisso

de arbitragem o ser firmado den'rro dos preceitos da legislação em vigor
observando se tambem os Clausulos abaixo

DE
14 1 1) As condições compromissorios dc orbiTrogem são os seguintes
o) dos poderes do Juízo Arbitral Ao Juízo ArbíTroI serõo obrigatoriamente
ofríbuídos poderes previstos na Lei de Arbíírogem para julgar os Ihªígíos

CE
emergenies no cumprimenfo das obrigações objeto de51e Acordo

intermediondo julgando decidindo inclusive sobre dívergencíos
eventualmente surgidas entre elas no que se refere tanto as obrigações como

aos seus direitos inclusive medidos liminares
RT
W
b) do prazo A sentença arbitral sera proferida no prazo de 18 (dezoi'fo)
arbitral
meses por escrito a contar da data da convocação do Juízo Arbitro! podendo

ser prorrogado de comum acordo com a participação do proprio arbitro
ID
c) da conclusão de sentença arbitral No hipotese de o arbitro ou orbi'fros

ÃO
desistirem OU não puderem concluir os seus Trabalhos não lovrondo (: semªenço
%
& w?
.
fls. 198
. . . .
o o o o o
o o o . .. o o º
o . o o o . ..
o o o o o o o o o
o . oo ooo . o
. oo ooo . o
oo . o o . oo
. oo . o o o
SE
. o . ooo . o o
o o o . o o o
.oO . . ,O. O..
orbl'rrol no prazo estipulado um novo orbufro sera escolhldo sempre de co
acordo para continuar os trabalhos ou dar o voto de desempaTe
. .
M
d) do acordo e medíoçoo arbitral Se no decurso do crbífrogem os portes

chegarem a um acordo quanto ao Ii'n'gío decorrente o arbitro ou orbífros
poderão o pedido dos portes declarar'rol foto mediante sentença arbitral que
VA
tera Todos os efeitos legais
e) a arbitragem observoro a lei brasileira e fere lugar na cidade de São Paulo

Estado de São Paulo em portugues As partes elegem o Centro de Arbitragem
LO
e Mediação da Câmara de Comercio Brasil Canada (CCBC) para regular a

arbitragem e se comprometem o oceí'for suas regras vigenfes no daºra de
submissoo do pedido de arbitragem admitidas eventuais alterações que
venham a ser pocfuodos pelas partes
R
f) a arbitragem sera conduzida por um painel de A indicação dos

tres orbitros
orbitros seguirc as regras e prazos estabelecidos na Câmara de Arbitragem

DE
acima referida
g) a orbiirogem seró confidencial e a decisão arbitral que sera proferido por
escrito sera final e vinculoníe para todos os portes e sera exequível nos termos
da lei
CE
h) cada parte orcoro com os honororíos de seus advogados e ossís'fenfes
tecnicos indicados índependentemente do conteúdo da decisão final Os

honororíos e despesas dos períºfos nomeados pelo Tribunal Arbitral (painel) e as
RT
despesas odmínísªrro'fivas da Câmara de Medioçoo e Arbitragem de São Paulo

acima que possam ser incorridos durante a arbitragem serão pagos nos
referido
Termos das regras da Câmara de Mediação e Arbitragem de São Paulo e a
W
obrigação final dísporo sobre a obrigação da parte perdedora de reembolsar
I DÃ
o valor pago onTecípodcmenTe pelo outra parte
i) o Tribunal podera tão logo esteja de posse dos autos e o pedido de uma dos
portes ordenar a execução de qualquer medida cautelar ou provísorío que
O
& 11
.
fls. 199
. . .
O . . . .
. . . . .. . . .
. . . . . . ..
. . . . . . . . .
' . .. O.. . .
. .. .O. . .
.. . . . . ..
. .O . . . .
SE
. Q . .O. O . .
l . . . . . .
julgar opropríodà.'Ar:Tes do .remesso dos autos ao Tribunal Arbitral
posteriormente em circuns'rôpcíqopropríodo quando o parte não puder ob
uma analise urgente do TÉBJrfrôI Arbitral os portes poderao requerer a
M
autoridade judicial competente que tome os medidas cautelares ou provísoríos

pertinentes O requerimento feiTo por uma parte a uma outoridodejudíciol para
obter tais medidas ou a execução de quaisquer medidos ordenados pelo
VA
Tribunal Arbitro! nõo sera considerado como infração ou renúncia a convenção

de arbitragem e nao comprometem o compe'fencío do Tribunal Arbitral o este
título e
LO
j) a orbífrogem sera regido pelo Direito Brasileiro sem referencias a outros direitos
11 ) Face os modificações ora ovençodos os socios decidem CONSOLIDAR o

Contrato Social da sociedade que segue na íntegra
R
CONTRATO SOCIAL DA EMPRESA AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMÓVEIS

DE
gºi
CNPJ/ME Nº 03 338 422/0001 eo
NIRE 35 215 856 464
| DENOMINAÇÃO SOCIAL E SEDE

CE
A sociedade empresario giro sob a denominação social AGULHAS NEGRAS

DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA com sede na Avenida Doutor Rudge Ramos
nº 837 Bairro Rudge Ramos São Bernardo do Compo/SP CEP 09 639 000
regendo se pelo presente Confroío Social pela Lei nº 10 406/2002 e
RT
subsídioríomenfe pela Lei nº 6 404/1976
Parágrafo único A sociedade possui filiais nos seguintes endereços

I DÃ
Filial 01 Situado na Avenida 23 de Maio nº 3041 Ibirapuera Sõo Poulo/SP CEP

04 008 090 devidamente registrado sob n de CNPJ 03 338 422/0004 02 sob n
de NIRE 35 903 935 839
f/
O
% 12
.
fls. 200
o o .. o
u
)
o . o o o o o o
o o o o . o o
o . o o a . oo
. . o o o o o o
&
. . .. ooo . o
. .. ooo . o
.» o o o . .o
«o
a
A» o o o o
SE
A .ªo o o o
o o
.
Filial 02 Situado ríõ'Av'enido 23 de m'o'iô 'ríº'
3151 3159 3177 3183 e 3201
Mariana no município de 5619 Pgulo no Es'rodo de São Paulo CEP 0400
.O. ...
devidomeníe registrado sob n de CNPJ 03 338 422/0005 93 e sob n de
M
35 905 367 269

VA
II CAPITAL SOCIAL
O Capital Social e de RS 9 650 000 00 (nove milhões seiscentos e cinquenta mil
reais) dividido em 9 650 000 00 (nove milhões seiscentos e cinquemo mil) quotas
LO
no valor nominal de R$ 1 00 (um real) cada uma totalmente subscritos e

in'regrolízodos pelos socios em moeda corren're nacional assim distribuídos
Sócios nº quotas % Valor (R$)

R
CLANEL PARTICIPAÇÓES LTDA 5 790 000 60 5 790 000 00
KIULDER AUGUSTO 3 860 000 40 3 860 000 00

DE
Total 9 650 000 100 9 650 000 00
Ill OBJETO SOCIAL

CE
O objeto da sociedade (Matriz e Filial) e a exploração do ramo de comercio

de veículos automotores novos e usados nacionais e importados o comercio
de autopeças e acessorios a prestação de serviços de manutenção e reparos

de veículos automotores e intermediação de vendas
RT
|v PRAZO DE DURAÇÃO
ID
A sociedade teve suas atividades iniciados em 13 de agosto de 1999 e seu prazo
%
de duração e indeterminado
Ã O
à 13
.
fls. 201
SE
V DA INDIVIDUALIDADE TRANSFERENCIA DE QUOTAS
E
... ...
M
As quotas sõo indivisíveis e nao poderão ser cedidos ou transferidos a ferceíros

sem o consentimento do outro socio a quem fica assegurado em igualdade
de preço o ser apurado atraves de 3 (tres) avaliações de mercado o direito de
VA
preferencia para o sua aquisição mediante a media de 3 (tres) avaliações e o

pagamento em ode 42 (quarenta e duas) parcelas formolizondo se realizado
o cessoo delas a alteração contratual per'rinenfe

LO
Parágrafo único O socio que manifestar sua vontade de excluir se da

sociedade devera notificar os outros suo ínTençõo por escrito com
on'recedencio de 30 (Trinta) dias e seus haveres lhe serão reembolsodos
de acordo com o Clausulo Decimo Segundo des'fe instrumento
R
Vl DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
DE
A responsabilidade de cada socio e restrifo ao valor de suas quotas mas todos

respondem solidariamente pelo integralização do Capital Social
ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE
CE
VII
7 'I) A Sociedade sera administrado por um Conselho de Administração e uma

Diretorio
RT
721) O Conselho de Administração sera composto por 5 (cinco) membros

Todos eleitos e destituíveís pela Reuniao de Quotístos com mondo'ro unificado
de 2 (dois) anos sendo permiíido a reeleição

I DÃ
722) A reunião do Conselho de Administraçao ocorrera ordinariamente

mensalmente e extroordinoriomente sempre que os imªeresses do Companhia
assim o deferminores ou sempre que um Dírefor ou Conselheiro a solicitar
O
à 14
.
fls. 202
SE
do de Ad'ministFâêo'õ'somenTe se íns'rolorõo c
i
7 2 3) As reuniões CÍfn'sell'qo
presença da maioria dos seus membro;
... ...
. .
M
7 2 4) As reuniõesdo Conselho de Administração serão convocados pelo (o)

Presidente do Conselho de Administração indicando a ordem do dia que sera
tratado em reuniao Esto convocoçoo devera ser efetivado por meio de
VA
notificoçoo escrito contendo data hora locos e ordem do dia e entregue a

todos os socios do seguinte forma (a) pessoalmen're mediante protocolo ou
(b) por posTcgem de carta com aviso de recebimento ou (c) por meio
eletrônico com concomitante envio de carta com aviso de recebimen'fo

LO
7 2 5)A convocação da reunião do Conselho de Administração deve ser feito

com ao menos 7 (sete) dias de antecedencia a comer conforme seja o caso
da data de assinatura do pro'rocolo do doía do recebimento da carta ou do
R
comprovante de transmissão do fax
726) O Conselho de Administração delibercro por maioria de voíos dos

DE
membros presentes Em caso de empate na votação o Presidente tera alem

do voto comum o voto de qualidade
72 7) A presença e a votação em reuniões do Conselho de Administração

podem ocorrer por meio de equipamentos de telefone vídeoconferencio ou
CE
programas telemo'ficos específicos que obedeçam oos crhªeríos da Instrução
Normativa DREI nº 81 desde que devidamente regís'rrodos e transcritos em 010
As gravações das reuniões serão mon'fídos dre a assinatura do respectivo ato
da reunião por Todos os presentes

RT
7 2 8) Os Trabalhos e as resoluções das Reuniões do Conselho serõo relatados

em 0105 que serão assinados pelos conselheiros no prazo maximo de 15 (quinze
de ATas do Conselho de Admínísfrcçõo Codo

I
dias) e transcritos no Livro

DÃ
conselheiro recebera uma copia dos atos de cada reunião do Conselho no

prazo de 5 (cinco) dias Úteis contando do doía da reunião realizado
O
ª 15
.
fls. 203
vam
í
enfiar?
.. ... . .
. . R$74.15:
..
SE
..
.
. .
729) No eventuolídoag dºe um cãnselhgíçonfblfor em duas reuniões

Conselho de Administraçao no períºdo de um exercício social o mes
podera vir o ser desfí'ruído de seu cê'rgõho Conselho sendo nomeado ouíro e
M
ate 15 (quinze) dias Esso destituição sera efetivo por dois exercícios incluíndo
se o exercício em que ocorreu a destí'fuíçõo decorrido o prazo de
íncompotibilídode referido conselheiro desthªuído podera vir a ínfegror o
VA
Conselho de Administração desde que reeleito na forma da Lei
7 2 10) CompeTíro oo Vice Presidente do Conselho de Administração substituir o

Presíden're no hipotese de eventual ausencia ou impedimento temporario bem
LO
como em caso de vacância cºre que 0 Reunião de Quofístos decida quanto

ao seu impedimento
7 2 11) E expressameme vedado a pratica de atos de aquisição permuta ou

R
venda de bens ímobilíorios venda de o'rívos da Sociedade ou inscrições
hípoTecórías ou qualquer Tipo de goramio oferecido o 'rerceíros exceto se
expressamente aprovado pelo Conselho de Administração

DE
7212) São atribuições do Conselho de Administração inclusive mas não se
limitando os seguintes deliberações
a)Vendc fusõo incorporação císõo liquidação dissolução Transformação de

CE
um tipo socíe'rorio emoutro ou qualquer transação similar ou ainda qualquer

Transação que produza na pratica os mesmos efeiTos de um dos ins'rí'rutos aquí
relacionados
RT
b) Aquisição alienação hipoteca gravame ou oneroçõo de bens imoveis na

sede filiais agencias e escritorios de vendas
c) Pedido de recuperoçoo judicial ou outofolencío da Sociedade

ID
d) Abertura de filiais OU escritorios de representação
e) Propor a Assembleia Geral alteraçoes estatutoríos

ÃO
& 16
.
fls. 204
o 4 o .. o.. .. ..
-5 :z' ':= =: -a
SE
.
f) Eleger e desfí'fuír os Díãorês do Soc'ledo e"e fi3<br lhes as atribuições
g) Convocar os Reuniões de Quohgtoso.
M
h) Pronuncior se previamente em relação aos seguintes 0105 a serem praticados

pela Diretoria quando os valores e/ou prazos ultrapassarem os fixados pelo
Conselho Adminishcçõo Confro'ros de mútuo
de emprestimos e/ou
VA
financiamentos a serem firmados pela Sociedade
7 2 13) Os Conselheiros não estarão obrigados a fornecer goron'rics de qualquer

tipo para o exercício de seus cargos
LO
7 2 14) A remuneração individual dos membros do Conselho de Administraçao

sera de R$ 4 000 00 por reunião ordinaria realizado
R
7 2 15) No mandato o Conselho de Administração sera composto pelo

primeiro
Presidente do Conselho de Administração CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO pelo
Vice Presidente o socio KIULDER AUGUSTO supra qualificado por CESAR MARCOS
DE
KLOURI brasileiro casado advogado inscrito no OAB/SP sob nº 50057 no

CPF/ME sob nº 674 576 738 49 por MARCOS ANTÓNIO BELLI brasileiro gestor
comercial casado com Cedulo de identidade RG nº 17 873 257 6 inscrito no
CPF/ME sob nº 087 767 388 84 por FERNANDO GATTO ROSIQUE brasileiro em uma
uniao estavel administrador de empresas com Cedulo de ldenTídode RG nº
CE
20 061 417 4 inscrito no CPF/ME sob n 148 301 228 03 os quais Terão poderes
para representar a sociedade nos termos do Clausulc: 7 2 12 supra
73 A Diretoria sera composto por 3 membros sendo íncumbencío do

RT
1) (Tres)
Conselho de Admínísfroçõo definir suas atribuições ambos os membros da
Diretoria serão eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo Conselho de
Administração e poderão acumular funções

ID
7 3 2) O mandato da Diretoria sera de 2 (dois) anos admitido reeleição
de amplos e gerais poderes de gesªrõo com vistos

ÃO
7 3 3) A Direíorío fico investida
e pratica de todos os atos necessarios oo regular funcionamento da Sociedade
Aku
.
fls. 205
on..
'
. . .
O .
.
.. ..
.
..
o
.. ..
.
ou.
G
.."
. d O .
O
.
'
.. .O.
OO.O.
. ..
. .
4 .. .O. . .
.. F . . ..
.. .
SE
P . . .
ª f . .ª. O . '
O . . . . . .
O.. . . Qd. .. .
e a consecução dos seus obje'rívos sociais denTro dos límí'res fixados em lei
este instrumento contratual
M
7 3 4) No primeiro mandato (: Diretorio sera compos'ro por NELSON AUGUSTO
brasileiro casado empresario ponªodor do Cedula de Identidade RG nº
1 225 083 1SSP/SP inscrito no CPF/MF sob n 010 707 628 49 residente na cidade
VA
de Son'rono de Parnaíba no Estado de Sao Paulo na Alameda Garibaldi

nº 390
Residencial Dezoito do Forte CEP 06543 235 CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO e
KIULDER AUGUSTO supra qualificados
LO
7 3 5) A representação da sociedade sera exercida isoladamente pelos
membros da Diretoria com exceção dos materias referentes à Cláusula 7 2 12

que obrigatoriamente dependerão da assinatura de 2 (dois) ou mais direºrores
R
vm DA ABERTURA DE FILIAL
DE
A sociedade podera a qualquer tempo abrir ou fechar filiais sucursais
agencias e escritorios em qualquer parºre do Territorio Nacional medicmfe
olªreroçõo contro'ruol assinado pela maioria represenfotíva do Capital Social

CE
|X DA RETIRADA PRO LABORE
Os socios poderão efetuar uma retirada mensalmente o Título de pro Iabore

e/ou dividendos de acordo com a legislação vígen're o convivencia da
RT
empresa e dos socios quoTísTos
Parágrafo único Os valores da retirada pro Iobore ou dividendos serão

determinados mensalmen're de acordo com a capacidade financeira
I DÃ
da sociedade e os resultados apurados pelo mesmo

O
Sã 18
.
fls. 206
. o o .. ooo .. oo _
o o o o e o O
o o o o oo . o o
o . o o o . oo
. o o o o o o o o
. o .. o.. o o
..
o
o
" ooo
o o
.
o oo
.
. .. o o o o
SE
o c . ooo . o o
o o o o o o .
ooo . . ooo ooo
X DO BALANÇO PATRIMONIAL
M
O exercício social terminara em 31 de dezembro de cada cmo quando sera
elaborado o balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico com

a observância das disposições legais oplícoveis
VA
Parágrafo Primeiro Balanços Intermediários

A sociedade podera no curso do exercício distribuir lucros por conta
do mesmo período medionTe levonTomento de balanços
LO
intermedíoríos para esse fim
Parágrafo Segundo Participação nos Resultados

Os lucros ou prejuízos apurados serõo disfribuídos ou suportados pelos
R
socios na proporção de sua participação no Capital Social ou atraves

de acordo firmado entre os mesmos dísfín'fcumen're da participação do
quadro socíeforío
DE
XI DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO ADMINISTRADOR
Ao termino de cada exercício social em 31 de dezembro o administrador

prestoro comos de sua administração procedendo a elaboração
jusTifícodos
CE
do inventario do balanço poirímoníol e do balanço de resultado econômico

cabendo aos socios na proporção de suas quofos (ou dís'fín'romen're conforme
acordo entre os partes) as perdas ou lucros porventura apurados
R
Parágrafo Único Apreciação dos Conias do Administrador

Os quatro seguintes meses seguintes ao Termino do exercício social os
TI
socios se reunirão para discutir e vomr os contos do odminís'rrodor

DÃ
XII DO FALECIMENTO OU INTERDIÇÃO DOS SOCIOS
121) A Sociedade nõo sera dissolvido no caso de folencía falecimento ou

ínsolvencío de qualquer dos socios e prosseguíro com o sócio remanescente
O
& 9
.
fls. 207
o o , o
o . o o o o c o
o
o
o
o
o
o
.
o
o
o
o
ou
o
o o
o
o
o
n
o
o
o
a o
o . co 00. o o
. .. .o. o o
eo . o o . oo
. .. o o o o
SE
. o . ooo . o o
o o o o o o o
ooo . . ooo ooo
12 2) No hipotese de falecimento og interdição de socio o sociedo»
continuara suos oiívidades com os Éfer'de'iros e sucessores Não sendo possív
M
ou inexistindo interesse destes ou do socio remanescente serão apurados os

haveres com base em relcnªorio de fluxo de caixa descontado preparado por
oudíforío de lº linha
VA
Caso os demais socios discordem do valor mencionado no relatorio de fluxo de

caixa descon'fodo a Sociedade devera nomear outra empresa de consultoria
especíoiízodo paro o preparo de nova avaliação e neste caso o primeiro e a

segunda empresas deverão de comum acordo nomear nova empresa de
LO
consul'roría especializado para o preparo de nova avaliação A medio de todas

estas avaliações configuram o valor o ser pago em caso de exercício de direífo
de retirada
R
XIII DA EXCLUSÃO DE SOCIOS
A maioria representativo de mais de meTode do Capital Social podera excluir

DE
por justa cousa mediante alteração do Contrato Socio! o socio que estiver
pondo em risco a continuidade da empresa em virtude de 0105 de ínegovel
gravidade
Parágrafo Primeiro A exclusão de que Trato esta clousvla será

CE
determinado em reunião dos socios quofisfos convocado para esta
finalidade devendo o acusado ser notificado por escrito com

on'fecedencío mínimo de 30 (Trinta) dias para que o mesmo posso
comparecer a reunião e exercer o seu direito de defesa
RT
Parografo Segundo O valor das quotas do socio porventura excluído

considerado pelo montante efeTivomente realizado sera pago 00
mesmo dentro de 90 (noventa) dias com base na situação
ID
patrimonial
do sociedade o data do reuniao verificado em balanço

especialmente levantado no prazo de 30(1rín10) dias contados da data
ÃO
do referido reunião
(
azo
.
fls. 208
. O .
O 3 . . . . .
. . . ª 0. . O .
. . . . . ..
. . O . . . . .
Ó . .. .O. . .
. .. 0.3 O O
.. . . . I ..
. .. . . . .
SE
. . .O. . . 3
. . . . . . .
Ó.. . . .O. .O.
XIV DO FORO
M
possam vir a surgir relativamente o este Estatuto Socio! e a esta Sociedade nos
termos da Lei nº 9 307 de 23 de se'rembro de 1996 com expressa aplicabilidade
do or'figo 851 e seguintes do Codigo Civil Brasileiro de acordo com o

VA
compromisso de arbitragem o ser firmado dentro dos preceitos da legislação

em vigor observando se tambem os Clousulos abaixo
14 1 1) As condições compromissoríos do orbíTrogem são os seguintes

LO
0) Dos poderes do Juízo Arbífrol Ao Juízo Arbitral serão obrigo'roriomente

poderes previstos
oíríbuídos na lei de arbitragem para julgar os litígios
emergentes no cumprimento das obrigações objeto deste Acordo
ínfermedíondo julgando decidindo inclusive sobre dívergencíos
R
eventualmente surgidos entre elas no que se refere 'ronfo os

obrigoçoes como aos seus direitos inclusive medidos liminares
DE
b) Do prazo arbitral A sentença arbitral sera proferida no prazo de 18
(dezoito) meses por escrito a contar da daºra da convocação do

podendo
Juízo Arbitral ser prorrogado de comum acordo com a
participação do proprio arbitro
c) Da conclusão da sentença arbitral No hipotese de o orbíºrro ou

CE
orbitros desistirem ou não puderem concluir os seus trabalhos não

lovrondo a sentença no prazo estipulado um novo arbitro sera
arbitral
escolhido sempre de comum acordo para contínUoros Trabalhos ou

dor o voTo de desempate
RT
d) Do acordo e mediação arbitral Se no decurso da arbitragem os

portes chegarem a um acordo quanto ao Iih'gio decorrente o árbitro
ou orbitros poderão o pedido dos portes declarar Tal fato mediante
semenço arbitral que ”fere todos os efeitos legais
ID
e) A arbitragem observarc a lei brasileira e Tera lugar na cidade de São

Paulo Estado de São Paulo em portugues As partes elegem o Centro
ÃO
de Arbitragem e Mediação da Camara de Comercio Brasil Comodo
&21
.
fls. 209
I:"?
SE
(CCBÇ) poro ?ê'gulbr o orbi'rFogean'e'sê'ôomprometem o ocei'for
war
regras vigenTes na data de submissão do pedido de arbitro.
“
admitidos eventuais olfaçzçõªas que venham a ser pactuadas pe os
partes
M
f) A arbitragem será conduzido por um painel de *fres orbitros A

indicação dos orbitros seguiro as regras e prazos es'robelecidos na
Câmara de Arbitragem acima referido
VA
g) A arbitragem sera confidencial e a decisão arbitral que sera proferido

por escrito seró final e vinculante para Todos as partes e sera
exequível nos termos da lei
LO
h) Codo porte orcoro com os honororíos advogados e

de seus
assistentes tecnicos indicados independenfemenfe do conteúdo da
decisão final Os honorários e despesas dos perífos nomeados pelo
Tribunal Arbitral (painel) e as despesas administrativas da Camara de
R
Mediação e Arbitragem de Sao Paulo acima referido que possam ser

incorridos durante a arbitragem serão pagas nos termos das regras da
Câmara de Mediação e Arbitragem de São Paulo e o obrigoçoo final
DE
disporo sobre a obrigação do porte perdedora de reembolsar o valor

pago antecipadameme pelo ouTro poríe
i) O Tribunal podera Tão logo esteja de posse dos autos e o pedido de

uma dos portes ordenar a execução de qualquer medida cautelar
CE
ou provísorío que julgar apropriado An'fes da remessa dos autos ao

Tribunal Arbífrol e posteriormente em circunstancia apropriado
quando a não puder obter
parte uma analise urgente do Tribunal
Arbífrol os partes poderão requerer o ouforídadejvdícicl competente
que Tome as medidas cou'relores ou provisorios pertinentes O
RT
requerimento feito por uma parte a uma autoridade judicial para

obter medidos ou o execuçao de quaisquer medidos ordenados
ioís
pelo Tribunal Arbhªrol nõo sera considerado como ínfroçoo ou

renuncia a convenção de orbifragem e não comprometem a
ID
compefencio do Tribunal Arbitral o es're título e
J') A arbitragem sera regido pelo Direi'fo Brasileiro sem referencias a outra
Iegmoçõo
ÃO
àzz
.
fls. 210
SE
XV- DECLARAÇÃO DE DESEMPEDIMENTO
Declaração de desimpedímenfo: Osodmlnisfrodores
declaram, sob pena de v
r a administração da sociedade por
M
Lei que não estão impedidos de exerce

criminal ou por se encontrarem
Lei especial ou em virtude de condenação
rariomente o acesso a
sob os efeitos dela a pena que vede ainda que fempo
peito ou suborno
s públicos ou por crime falimentar de prevorícoçõo
VA
cargo
contra o sistema
concussõo peculato ov contra e economia popular
financeiro nacional contra normas de defesa
do concorrencia contra as
relações de consumo fe publico ou a propr

iedade
LO
socios quo'rís'ros o presente

E por estarem assim justos e confrotodos assinem os
Instrumento de Alferoçoo do Confrato Social em
04 (quatro) vias de igual teor
que serao assinados por todos os sócios para ser registrado na Junta Comercial
R
do Estado de São Paulo (JUCESP)
&
Sao Paulo 15junho de 2021
DE
WM Wanda OÉWª guõ—wfr

CLANEL PARTICIPAâ ES LTDA
“3
CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO
&
CE
AUGUST
Sócio Adm ísfrador
RT
É/
Testemunhos
2
ID
nome Fa o Roberto do Silva
RG 298974617 RG 241405610
CPF/ME 282 596 838 22 CPF/ME 221 364 078 5
ÃO
O
HH!!!ll!"HillHIHIIIUIJIIHIHIJIMUIIJNHHIIHHI .=,
.
fls. 211
SE
AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA
CNPJ/MF nº.033.38 422/0001 60
NIRE 35 215 856 464
M
TERMO DE POSSE
VA
Aos 15 de junho de 2021 compareceu no sede social da Sociedade localizado

na Avenida Doutor Rudge Ramos nº 837 Bairro Rudge Ramos São Bernardo do
Compo/SP CEP 09 639 000 CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO brasileiro casado
LO
empresario portadora do RG nº 3 445 762 8 SSP/SP inscrito no CPF/ME sob nº
075 598 618 06 residente na Alameda Garibaldi nº 390 Bairro Residencial
Dezoito do Forte (Alphaville) Santo de Parnaíba SP CEP 06543 230 tendo sido
eleífo paro o cargo de Presidente do Conselho de Administração com

R
monda'fo de 2 (dois) anos tomou posse de seu respectivo cargo

DE
A Presidenfe do Conselho de Administração empossado declara que não esta
impedido por Lei Especial nem está condenado ou se encontro sob efeitos de
condenoçoo a pena que vede ainda que temporariamente o acesso a
cargos públicos ou por crime falimentar de prevorícoçõo peito ou suborno
CE
concussõo peculato ou contra a economia popular contra o sísTema
financeiro nacional contra as normas de defesa do concorrencia contra as
relações de consumo o fe público ou a propriedade

RT
«ww «mew ªrm“ ah ª)

CLARA LUCILA GOM S AUGUSTO
ID
ÃO
.
fls. 212
o . o .. ooo .. ..
o o o o o O º º
. . . . .. . . .
o . o o o o 00
. . . . . . . . .
. . .. ooo . o
. .. O.. . .
.. . . . . ..
. .. . . . .
SE
. . . .O) . . .
l . . . . . .
O.. . . O.. .O.
AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMÓVEIS LTDA
CNPJ/MF n. D&338 422/0001 60
O .
NIRE 35 215 856 464
M
TERMO DE POSSE
VA
Aos 15 de junho de 2021 compareceu na sede social da Sociedade localizada
Compo/SP CEP 09 639 000 KIULDER AUGUSTO brasileiro casado empresario
LO
portador do cedulo de identidade RG n 12 243 151 O SSP/SP inscrhªo no CPF/ME

sob nº 117 1 12 418 06 residente na cidade de Sanfona de Parnaíba no Estado
de São Paulo na Alameda Xian nº 284 Tombore CEP 06543 055 tendo sido
eleiTo paro o cargo de Vice Presidente do Conselho de Administração com

R
mandato de 2 (dois) anos Tomou posse de seu respectivo cargo

DE
O Vice Presidente do Conselho de Administração empossado declara que não

esta impedido por lei especial nem es'ro condenado ou se encontro sob efeitos
de condenação a pena que vede ainda que temporariamente o acesso a
cargos públicos ou por crime folimenfor de prevoricoçõo peito ou suborno
CE
concussõo peculato ou contra a economia popular contra o sistema
financeiro nacional contra as normas de defesa do concorrencia contra as
relações de consumo o fe público ou a propriedade

RT
KÍULD ususr
ID
ÃO
.
fls. 213
. . . .
. . . . . . . .
. . . . .. . . .
. . . . . . ..
. . . . o . O . .
. . .. O.. . .
. .. O.. . .
O. . . . . ..
. .. . . . .
SE
. . . .O. . . .
. . . . . . .
O.. . . .O. O..
CNPJ/MF azº 033338 422/0001 60
NIRE 35 215 856 464
M
TERMO DE POSSE
VA
Aos 15 de junho de 2021 compareceu na sede social da Sociedade localizado
na Avenida Dou'for Rudge Ramos nº 837 Bairro Rudge Ramos São Bernardo do
Compo/SP CEP 09 639 000 CÉSAR MARCOS KLOURI brasileiro casado
LO
advogado inscrito no OAB/SP sob n 50 057 CPF/ME sob n 674 576 738 49 com
escritorio no Rua Groenlândia 212 Jd Americo na cidade de São Paulo Estado
de São Paulo tendo sido eleito para o cargo de membro do Conselho de
Administração com mandato de 2 (dois) anos tomou posse de seu respectivo
R
cargo
DE
O Conselheiro empossado declara que nao está impedido por Lei Especial
nem esto condenado ou se encontro sob efeitos de condenação a pena que

vede ainda que ?empororíomenfe o acesso a cargos públicos ou por crime
falimentar de prevorícoçõo peito ou suborno concussõo peculato ou contra
CE
a economia popular confro o sistema financeiro nociono nTro as normas de
defesa do concorrencia confra as relações de cons o o fe público ou 0
propriedade
/
RT
($sz tá
ID
ÃO
.
fls. 214
. . . .
. . . o . .
o . o o .. O '
o . o o o O 00
.
"o
. . . . o O . I
. o &. o .
"0
.
.
..
.. .
.O.
.
. .
.
.
.
.
..
.
SE
. . . .O. . . .
. . . . . .
.O. . . .O. .O.
CNPJ/MF nº'03ê38 422/0001 60
NIRE 35 215 856 464
M
TERMO DE POSSE
VA

Compo/SP CEP 09 639 000 MARCOS ANTÓNIO BELLI brasileiro casado gesfor
LO
comercial portador do RG nº 17 873 257 6 inscrito no CPF/ME sob nº
087 767 388 84 residente de São Paulo no Estado de Sao Paulo na Av Penha
de França 519 apto 111 Penha de França 5610 Paulo SP CEP 03606 010
tendo sido eleito para o cargo de membro do Conselho de Adminísfroçõo com

R
mondofo de 2 (dois) anos tomou posse de seu respectivo cargo

DE
O Conselheiro empossado declaro qve não esta impedido por Lei Especial
nem esta condenado ou se encontra sob efeitos de condenação a pena que

vede ainda que Temporariomen'fe o acesso a cargos públicos ou por crime
falimentar de prevorícoçõo peito ou suborno concussõo peculato ou contra
a economia popular contra o sísfemc financeiro nacional contra as normas de
CE
defesa do concorrencia contra as relações de consumo o fe público ou a

propriedade
RT
MÉCOÍÁ7f9/WÚÃ6/C
MARCOS ANTÓNIO BELLI
ID
ÃO
.
fls. 215
. . . .
. a ., . O . . O
o . 3 o .. . o .
. . . . O ..
o o
".
...
o o o o o c o
o . oo l .
.ª .
.. "o. .
o
R ..
o
o no o o o o
a o « ooo . o o
SE
o o o o o o .
ooo . . 0.0 000
CNPJ/MF nª 03.338 422/0001 60
NIRE 35 215 856 464
M
TERMO DE POSSE
VA
Compo/SP CEP 09 639 000 0 FERNANDO GATTO ROSIQUE brasileiro em uma
LO
união estavel administrador de empresas portador do RG nº 20 061 417 4
inscrito no CPF/ME sob o nº 148 301 228 03 residente na Rua Claudino Barbosa
665 opto4053 Macedo Guarulhos SP CEP 07113 040 tendo sido elehªo paro
o cargo de membro do Conselho de Admíníshoçõo com mandato de 2 (dois)

R
anos tomou posse de seu respectivo cargo

DE
O Conselheiro empossado declara que não esta impedido por Lei Especial
nem esTo condenado ou se encontro sob efeitos de condenação a pena que

vede ainda que Temporariamente o acesso a cargos públicos ou por crime
folimenTor de prevoricoçõo peiío ou suborno concussõo peculato ou contra
a economia popular coníro o sistema financeiro nacional contra as normas de

CE
defesa do concorrencia contra as relações sumo a fe público ou o

propriedade
RT
FER ANDO GA T&ROSIQUE

ID
ÃO
.
JUCESP J unta Comercnal do Estado de Sao Paulo
fls. 216
Ministeno da Indústria Comézcio Exteriom Sewiçías
Departamento de Registro Empteãarialhlntêgraçãc; DREI 277]
Secretaria de Desenvolvimento Ecbnorãico . .: E
.. ... JUCESP
Junta Converta! do
Estadode Sao Paulo
.. ..
. . ..
n . : . .
DECLARAÇAO DE DESIMPEDIMENTO
SE
A Junta Comercial do
' .
Estado de'êâo 'Paulo
. . .
'
.
' " '
.
NOME NACIONALIDADE
. .
'
CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO .
:
' '
: Brasílelra
COR OU RAÇA ESTADO CIVIL CPF RGIRNE DIGITO DATA DE EXPEDIÇÃO ORGÃO EXPEDIDOR UF
M
Branca Casado(a) 075 598 618-06 3445762 1211 21201 & SSP SP
DOMIC!LADO(A) NUMERO
Alameda Garibaldi 390
COMPLEMENTO DlSTRlTO/BAIRRO CEP
Alphaville 06543 230
MUNICIPIO UF
VA
Santana de Parnaíba SP
Declara, sob as penas da que não esta impedido, por lei especial, de exercer a administraçao da sociedade e
lei,
nem condenado ou sob efeitos de condenaçao, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos
públicos, ou por crime falimentar, de prevaricaçao, peita ou suborno, concussão, peculato, ºu contra a economia
popular, contra o Sistema Financeiro Nacional, contra as normas de defesa da concorrencia, contra as relações de
consumo, a fé pública ou a propriedade
LO
NOME E ASSINATURA DO EMPRESÁRIOISÓCIOS/DIRETORESIADMINISTRADORES OU REPRESENTANTE LEGAL
LOCALIDADE Sâo Paulo SP DATA 15/06/2021
NOME CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO (Adminlskrador) ASSINATURA "gmªlueaáiâ (#“qu

R
0“ 0
DE
CE
RT
ID
ÃO
dez
VMVRERepom 1000 13/07/2021 15 33 58 Página 1
.
JUCESP Junta Comercial do Estado de Sao Paulo
fls. 217
Ministérioda Indústria Comércig Exteriose êewi 5.
Departamento de Registro Erhpresêarialhlntegççgp DREI /77/
Secretaria de Desenvolvimênto Ecbnôníico . . . .0
. v .. ooo JUCESP
Junta Comemal do
MdeSaoPaub
NOME . . . . . NACIONALIDADE
SE
« . .º . . .
NELSON AUGUSTO
& 0 DATA DE EXPEDIÇÃO
. . . . Brasileira
.
'
COR ou RAÇA ESTADO CIVIL CPP RVG/RNE ORGÃO EXPEDIDOR UF
Branca Casado(a) 010 107 62849 1225083 16/01/2019 ssp sp
ÚOMICILADOMT NUMERO
º 390
Alameda Garibaldl
COMPLEMENTO DISTRITO/BAIRRO (: o CEP
06543 235
M
Alphaville
MUNICIPIO UF
Santana de Parnaíba SP
Declara, sob as penas da lei, que nao está impedido, por lei especial, de exercer a administração da sociedade e
nem condenado ou sob efeitos de condenação, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos
públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ºu contra a economia
VA
popular, contra o Sistema F inanceiro Nacional, contra as normas de defesa da concorrencia, contra as relações de
consumo, a fé pública ou a propriedade
NOME E ASSINATURA DO EMPRESÁRIOISÓCIOSIDIRETORESIADMINISTRADORES OU REPRESENTANTE LEGAL

DATA
LO
LOCALIDADE São Paulo SP 1 5/06/2021
NOME NELSON AUGUSTO (Administrador) AssmATURA zmgwm hmwo efdumdn

R
DE
CE
RT
I DÃ
O
13/07/2021 15 33 58 Página 2 de 2
VersªoVRERepom 1000
.
JUCESP Junta Comercial do Estado de São Paulo
fls. 218
Ministérioda Indústria Comerciº Estenose Sewi ,,,/]
Departamento de Registro Erúpnesíadalàlntêggaçiap— DREI
Secretaria de DesenvolvupênâaEcãgçrêlgg . . :
JUCESP
ªmora
ALTERAÇÃO DE OUTRAS C;.ÁQÃSULQSZCOÚÉATUAIS

SE
... . ' . . . ' v-
Nº DO PROTOCOLO NIRE NOME EMPRESARIAL

AGULH9?.NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA
029618880-8 3521585646-4
.
M
DESCRIÇÃO
Os sócios consignam a adoção da regência supletiva da sociedade pelo regramento da sociedade anônima, conforme dispõe o
parágrafo único do artigo 1 053 do Código Civil, Da Individualidade e Transferencia de Quotas, Os socios decidem alterar a
forma de administração da sociedade, para que seja exercida por um Conselho de Administração e uma Diretoria, consoante
disposto na clausula VII do instrumento contratual, Do Falecimento ou Interdição dos Sócios, Solução de Controvérsias,
VA
LO
R
DE
CE
RT
ID
ÃO
13/07/2021 15 33 31 Páginª] de1

VafsàoVRERoports 1000
.
JUCESP- Junta Comercial do Estado de São Paulo
fls. 219
Ministérioda Indústria, Comércio Exterior e.$ewiços . . . .
Departamento de Registro Empresarial:; hteglação'r DRE: j?]
JHÇÉP
Secretaria de Desenvolvimento Edmbíôicb :
Ficha Cadastral Quadro Soeletarlos'llntegrantes

SE
N CONTROLE NA INTERNET NIRE SEDE NOME EMPRESARIAL
029618880-8 3521585646-4 AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA
. .
NOME DO INTEGRANTE .O. .O. IDENTIFICAÇÃO
. .
1 17 112 418-06
M
CNPJ RG/RNE DIGITO DATA DE EXPEDIÇÃO ORGÃO EMISSOR UF NACIONALIDADE

Sem C N P J
COR OU RAÇA
LOGRADOURO (rua av etc) NUMERO

VA
COMPLEM ENTO BAIRRO/DISTRITO CEP

|
MUNICIPIO luv: PAIS
TIPO DE OPERAÇÃO TIPO DE INTEGRANTE USO DA FIRMA

Redistribuição de Capltal Pessoa Flslca
PARTICIPAÇÃO
Participação no Capital R$ 3 860 000 00 TRES MILHÓES OITOCENTOS E SESSENTA MIL REAIS
L
CARGOS
NENHUM
OR
REPRESENTADOS
NENHUM
[DADOS COMPLEMENTARES
DE
CE
RT
ID
ÃO
13/07/2021 15 33 44 Página de 4
VersaoVRERepons 1000 1
.
JUCESP Junta Comercial do Estado de Sao
j)
Paulo
fls. 220
Ministéno da Indústria, Comércio Exterior G.SBNÍÇOS. . ..
Departamento de Registro Empresarzal:e :ntegtaçãdr DRE:
Secretaria de Desenvolvimento EdarDHrDiCb o o
E.. : JUCESPAlmaComercddo
BradodeSaoPaub
SE
0296188803 3521585646-4 AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA
NOME DO INTEGRANTE ,: , ,:. IDENTIFICAÇÃO
' ' 3522660130-6
M

Som C N P J
COR ou RAÇA

VA
COMPLEMENTO BAIRRO/DISTRITO CEP

]
MUNICIPIO UF PAIS
|

Redistribuição da Caplbal PJ Reglstro na Junta Comerclal Não
PARTICIPAÇÃO
Participação no R$ 5 790 ooo oo cmco MILHÓES SETECENTOS E NOVENTA MIL REAIS
LO
Capital
CARGOS
NENHUM
REPRESENTADOS
NENHUM
R
DADOS COMPLEMENTARES
'
DE
CE
RT
I DÃ
O
13/07/2021153344 Págin82d94
ValsàoVREReporh 1000
.
JUCESP Junta Comercial do Estado de São Paulo
fls. 221
Ministérioda Indústria, Comércio Exterlpr & Sewlços. . . .
Departamento de Registro EmpreSaaate integraçãõr DRE: j)?)
Secretaria de DesenvolvimentoJEcortõrtlidJ : . : :'
.. ... O JUCESP
Junta Cameras! do
Estado deSao Paulo
Ficha Cadastral Quadro SoeletarloSLlntegrahtes

SE
.
.l. ...
0296188804 3521585646-4 AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA
NOME DO INTEGRANTE .:o o:. IDENTIFICAÇÃO
. '
CLARA LUCILA GOMES AUGUSTO 075 598 618416
M
CNPJ RGIRNE DIGITO DATA DE EXPEDIÇÃO ORGÃO EMISSOR UF NACIONALIDADE

Som C N P .! 3445762 12/12/2018 SSP SP Brasilelra
COR OU RAÇA
Branca

VA
Alameda Garibaldi 390
COMPLEMENTO BAIRROIDISTRITO CEP

MUNICIPIO UF PAIS
Santana de Parnaiba SP Brasll

LO
Admissão Pessoa Flslca Slm lsoladamente (; em Conjunto com Todos

PARTICIPAÇÃO
CARGOS
Administrador (entrada) Inicio do Mandato 15/06/2021 Termino do Mandato
REPRESENTADOS
R
NENHUM
|
DE
CE
RT
I DÃ
O
13/07/2021 15 33 44 Página 3 do 4
VersàoVRERepom 1000
.
JUCESP Junta
]?
Comercial do Estado de São Paulo
fls. 222
da Indústria Comércio Extenor aServnço?o ..
Ministério
Departamento de Registro Empreãaualeanteggeçãon DRÉI
Secretana de DesenvolvimentmEôorSôrhioo . . . .
. 0. o o. ooo JUCESP
Junta Camada! do
EstadadeSaoPacb
.; o : v .E
:
Quadro
. .
F lcha Cadastral Socletaªhqéél nteyrghtes

. ..
SE
. I . . ... ...
029618880-8 352158564“ AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA
NOME DO INTEGRANTE . :. . O . IDENTIFICAÇÃO
' '
NELSON AUGUSTO 010 701 62849
M

Sem C N P J 1225083 16/01/2019 SSP SP Bmsllelm
COR OU RAÇA
Branca

VA
Alameda Garibaldl 390
COMPLEMENTO BAIRRO/DISTRITO CEP

MUNICIPIO UF PAÍS
Santana de Parnaiba SP Brasil

L
Admissão Pessoa Flslca Slm Isoladamente e em Conjunto com Todos

PARTICIPAÇÃO
OR
CARGOS
Administrador (entrada) Inicio do Mandato 15I06l2021 Termino do Mandato
REPRESENTADOS
NENHUM
|
DE
CE
RT
ID
ÃO
1000 1307/202115 3344 Página 4 694

VelsàoVREReports
.
fls. 223
REPjJBLI'CA «PEQEFSATIVA DO BRASIL '
CADASTRO NÃCmÉAL BAÍPESSOA JURÍDICA P (» /

Visto 1
Co o
ºº' “ &
'Lª
SE
_
PROTOCOLE DE TRANSMFSSAO DO CNPJ
A análise e o deferimento deste documentó serão efetuados pelo seguinte órgão
M
- Junta Comercial do Estado de Sao Paulo
PROTOCOLO REDESIM
SPN2123815911
VA
01 IDENTIFICAÇÃO
[NOME EMPRESARIAL (firma ou denominação) Nº DE INSCRIÇÃO NO CNPJ
AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS LTDA 03 338 422/0001 60
02 MOTIVO DO PREENCHIMENTO
LO
RELAÇÃO DOS EVENTOS soucmoos / DATA DO EVENTO
202 Alteracao da pessoa fisica responsavel perante o CNPJ

247 Alteracao de capital social
Quadro de Sócios 9 Administradores QSA
R
DE
Número de Controle SP21128050 03338422000160
03 IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE DA PESSOA JURÍDICA

INOME CPF
KIULDER AUGUSTO 117112 418 06
CE
ILOCAL DATA
12/07/2021
04 CÓDIGO DE CONTROLE DO CERTIFICADO DIGITAL

RT
Este documento foi assinado com o Certificado digital do NI 09 355 940/0001 78
Aprovado pela Instrução Normativa nº 1 863 de 27 de dezembro de 2018

ID
ÃO
fls. 224
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por BRUNO SOARES DE ALVARENGA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 12/09/2022 às 13:03 , sob o número WSNE22702747922 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF7C1DD.
.
fls. 225
Fone: 1141228222 Fax: 1141228222
Tipo: C1 - Cliente (Mec/Elet) Prisma: BR-01 Entrada: 21/03/2022 as 10:18
Relacionadas: Orça.: C1-63661 Previsão Entrega:21/03/2022 as 17:00
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF7C1E4.
Responsável: Paulo Cesar Ribas May Notas Fiscais: 56603, 113530 Encerramento: 21/03/2022 as 16:54
Nº Contr./Pacote TMAC: Data Ini. Contr.:
Garantia Fábrica Garantia Estendida Lavar Veículo Liberada: 21/03/2022 as 16:42
N. Pré O.S.: 86990
Tipo Fáb.: C1
Cliente JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS E ADMINIST Cadastro RG:
AVENIDA DA SAUDADE, 290 AP 102 CGC: 40.606.106/0001-58
Bairro: VILA ASSUNCAO Fone: 11-940049994
SANTO ANDRE - Sao Paulo - SP CEP: 09030030 Celular: 11-940049994
Email: junior@invictusimoveis.com.br Comercial: 11-940049994
Veículo Produto/Modelo: BMW SERIE 3 BR / BMW 320I M SPORT Blindado KM: 7707 Ano/Modelo: 21/22
Nr.Fab 98M5Z9004N4002950 Motor: F0483982 Hr: 0 Placa: GAC4D88
Cor Externa: 475 - PRETO SAFIRA (M) Linha: 5Z90 Combustivel:
Motorista: Documento:
Nr. Série Veíc.: Dt. Fab. Bateria: Nº Bateria:
Concessionária Vendedora AGULHAS NEGRAS SAO B.CAMPO Data Venda: 09/08/2021 CEP: 09639000
RUA DR. RUDGE RAMOS,837 Bairro: RUDGE RAMOS SAO BERNARDO DO CAMPO - Sao Paulo - SP
01 1° MANUTENÇÃO
02 LAVAGEM
03 REQUISICAO DE PECAS
04 Inspeção do veículo
05 Manutenção Standard
06 Substituição do óleo do motor
07 KIT ESSENCIAL LINE
It Serviço Descrição do Serviço Valor MDO Peças Valor Peças Valor Final
01 REQM DIAGNOSTICO MECANICO 0,00 0 0,00 0,00
04 0000624 Inspecção da viatura, Serviço SAV 239,52 0 0,00 239,52
05 0000105 Serviço 'Manutenção standard' 79,84 0 0,00 79,84
06 0000610 Óleo de motor, Serviço SAV 119,76 2 765,52 885,28
It Código do Item Descrição do Item Desc.% UN LD Cs. Requisição Qtde Estoque/Res. Preço Unit. Valor Final
06 11428575211 ELEMENTO FILTRO DE OLEO 10,00 % UN I 135102 1 51 6 240,520000 216,47
06 83212405945 OLEO DE MOTOR FE 0W30 BMW M 10,00 % ML M 135102 52503580118 86000 0,100000 472,50
Fechamento Serviços: 439,12 Itens: 765,52 Serviços+Itens: 1.204,64
Descontos: 0,00 Descontos: 76,55 (+)Impostos: 0,00
Total: 439,12 Total: 688,97 Descontos: 76,55
Total: 1.128,09
.
fls. 226
Fone: 1141228222 Fax: 1141228222
OBS.:
Não nos responsabilizamos por objetos deixados no interior do veiculo. .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF7C1E4.
Apos a aprovacão do orcamento, todos serão consultados. .
A liberacão dependera do resultado da consulta. .
Seguem abaixo as condicões de pagamento vigentes. .
Não aceitamos cheque. .
Aceitamos todos os cart?es de debito e credito ou deposito bancario. .
Na forma de deposito bancario, o veiculo sera liberado apos compensacão do valor em conta corrente.
No caso de pessoa Fisica não serão emitidos boletos. .
AUTORIZAC?O
- O CLIENTE autoriza o CONCESSIONARIO a coletar e armazenar, por prazo indeterminado, os seus dados
pessoais para fins de ac?es de marketing e venda de produtos e servicos das marcas BMW, MINI e
MOTORRAD, bem como para realizar pesquisas de mercado ou de satisfac?o. As informac?es fornecidas
poder?o ser compartilhadas, para os mesmos propositos, com as empresas pertencentes ao mesmo grupo
economico do BMW Group e empresas contratadas para ac?es de relacionamento junto ao CLIENTE. O
CLIENTE podera, a qualquer momento, solicitar a correc?o dos seus dados ou a exclus?o destes do banco
de dados, nos canais de contato do CONCESSIONARIO ou do BMW Group.
- Para os veiculos das marcas BMW, MINI e MOTORRAD, dada a natureza dos produtos e peculiaridades do
reparo, o CONCESSIONARIO e o CLIENTE convencionam que o prazo para a conclus?o dos reparos cobertos
pela garantia sera de ate 90 dias apos a aprovac?o pelo CLIENTE, conforme autoriza o artigo 18, ?2?,
do Codigo de Defesa do Consumidor (CDC). Para os veiculos da marca BMWi o referido prazo de reparo
sera de ate 120 dias apos a aprovac?o do CLIENTE.
Cliente deseja levar as peças usadas? SIM ( ) / Não ( )
Autorizo a execução dos serviços acima mencionados

"o cliente NÃO quer levar as peças usadas"
Assinatura do Cliente ou pessoa por ele autorizada
____/_______/_______
____/_______/_______
R.G: CPF:
Assinatura - Consultor de Serviços Assinatura - Chefe de Oficina

fls. 227
CERTIDÃO
Autos: 1017871-47.2022.8.26.0554
Classe: Procedimento Comum Cível
Certifico e dou fé que foi realizada renumeração nas páginas do presente

processo nos seguintes termos:
Número anterior Número atual
172 173
173 174
174 175
175 176
176 177
177 178
178 179
179 180
180 181
181 182
182 183
183 184
184 185
185 186
186 187
187 188
188 189
189 190
190 191
191 192
192 193
193 194
194 195
195 196
196 197
197 198
198 199
199 200
200 201
201 202
202 203
203 204
226
225
224
223
222
221
220
219
218
217
216
215
214
213
212
211
210
209
208
207
206
205
204

172
226
225
224
223
222
221
220
219
218
217
216
215
214
213
212
211
210
209
208
207
206
205
Beatriz Fernandes Nery

fls. 228
fls. 229

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF96B11.
Advogado Forma
Carlos Augusto Tortoro Junior (OAB 247319/SP) D.J.E
Fabíola Meira de Almeida Breseghello (OAB 184674/SP) D.J.E
Milena Calori Sena (OAB 328617/SP) D.J.E
Teor do ato: "Vistos. Aguarde-se o decurso de prazo para defesa, prosseguindo-se. P. Int."

fls. 230

6ª VARA CÍVEL
Praça IV Centenário, 03, ., Centro - CEP 09015-080, Fone: (11) 4435-6821,
Santo André-SP - E-mail: stoandre6cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF9A2D4.
ATO ORDINATÓRIO

CERTIDÃO – defesa (s) tempestiva (s)
Certifico e dou fé que a (s) contestação (ões) apresentadas
é (são) TEMPESTIVA (s). Nada Mais. Santo André, 13
de setembro de 2022. Eu, ___, Beatriz Fernandes Nery,
Escrevente Técnico Judiciário.
CERTIDÃO - Ato Ordinatório
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do

CPC, preparei para remessa ao Diário da Justiça
Eletrônico o(s) seguinte(s) ato(s) ordinatório(s):
Fica a parte autora intimada para que se

manifeste sobre a contestação apresentada, em
RÉPLICA, em 15 dias.
Nada Mais. Santo André, 13 de setembro de 2022. Eu,

___, Beatriz Fernandes Nery, Escrevente Técnico
Judiciário.
fls. 231

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DF9EB1B.
Advogado Forma
Bruno Soares de Alvarenga (OAB 222420/SP) D.J.E
Teor do ato: "Fica a parte autora intimada para que se manifeste sobre a contestação apresentada, em
RÉPLICA, em 15 dias."

fls. 232

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DFB7B1F.
Advogado
Carlos Augusto Tortoro Junior (OAB 247319/SP)
Fabíola Meira de Almeida Breseghello (OAB 184674/SP)
Milena Calori Sena (OAB 328617/SP)
Teor do ato: "Vistos. Aguarde-se o decurso de prazo para defesa, prosseguindo-se. P. Int."

fls. 233

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código DFB7D2C.
Advogado
Bruno Soares de Alvarenga (OAB 222420/SP)
Teor do ato: "Fica a parte autora intimada para que se manifeste sobre a contestação apresentada, em
RÉPLICA, em 15 dias."

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RUBENS ROBERVALDO MARTINS DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/10/2022 às 16:45 , sob o número WSNE22703061757
fls. 234

Advogado Advogada
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 6ª
VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTO ANDRÉ
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E291802.
Processo n° 1017871-47.2022.8.26.0554
IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA. por seu advogado, nos
autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
promovida em face de AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE
AUTOMÓVEIS LTDA. e OUTRAS processo em curso perante esse MM. Juízo
e respectivo Cartório, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
manifestar-se em:
RÉPLICA
À Contestação de fls. 54/83, o que faz nos seguintes termos:
Compulsando-se a contestação apresentada pela

Requerida PIRELLI PNEUS LTDA. nota-se que, a argumentação esboçada na
nobre e esforçada defesa peca pela ausência de provas suficientes quanto ao
alegado, “data vênia”, vez que sem qualquer fundamento legal procura isentá-la
de sua responsabilidade contratual, razão pela qual não merece ser acolhida;
1
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 235

Advogado Advogada
I – RESUMO DA CONTESTAÇÃO
Alega que “no laudo técnico elaborado em 21/03/2022
pela Requerida, houve a constatação de que o pneu apresenta ondulação no
flanco decorrente de quebra ocasionada por impacto contra buraco, obstáculo
ou saliência na pista, ou seja, nada elencado com possíveis problemas de
fabricação, que obrigariam a fabricante a efetuar a troca dos produtos, em razão
da garantia”;
Alega ainda que “o referido laudo demonstra que um

profissional da Requerida, com conhecimentos técnicos e especializados em
análises de produtos pneumáticos, não encontrou nada elencado com possíveis
problemas de fabricação, mas sim, decorrentes de mau uso, o que desobriga a
Pirelli a efetuar a troca dos produtos”;
Alega também que “certamente o produto foi utilizado

de forma equivocada pelo Requerente, que não respeitou as recomendações e
demais informações de uso prestadas pelos profissionais no ato da aquisição
dos pneus. No mais, não há qualquer prova nos autos que ateste que o pneu
tenha sido fabricado de forma equivocada pela Requerida”;
Continua alegando que “a validade do pneu é

indeterminada, motivo pelo qual não consta uma data de validade no produto, já
a garantia é um prazo dado pelo fabricante, contra falhas de projeto, matéria
prima e mão de obra, contra qualquer defeito de fabricação que venha ser
constatado durante o uso, excluindo-se desta garantia avarias de natureza
acidental e aquelas decorrentes de uso inadequado do produto”;
Segue alegando que “o Requerente teve real ciência

dos vícios constatados no produto em 21/03/2022, sendo que a presente ação
apenas foi ajuizada em 05/08/2022, ou seja, o Requerente esperou cerca de 05
meses após ter ciência do laudo e constatação do vício para ajuizar a presente
ação. Deste modo, o prazo decadencial de 90 dias já havia transcorrido na data
em que o Requerente ajuizou a presente ação, nos termos do art. 26, inciso II do
CDC”;
Alega que “resta claro que o Requerente adquiriu o

veículo para implementar o seu negócio, pois o utiliza para trabalhar e visitar
clientes. Logo, se o Requerente se utilizava dos produtos fornecidos pela
2
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 236

Advogado Advogada
Requerida para fazer funcionar o seu negócio comercial, certamente ele não se
encaixa na definição de consumidor final, não se aplicando o Código de Defesa
do Consumidor, restando impossibilitada a inversão do ônus da prova no
presente caso, bem como as disposições contidas no CDC”;
Alega também que “a inversão do ônus da prova não

poderá ocorrer, pois não estão presentes nos autos reais indícios da
hipossuficiência do Requerente que justificaria a medida, tampouco a
verossimilhança”;
Alega ainda que “apesar do Requerente afirmar que

realizou todas as manutenções e revisões nos produtos, não juntou aos autos
quaisquer comprovações deste fato, deixando de anexar as ordens de serviços
necessárias. Ademais, como demonstrado, não existe ato ilícito cometido pela
fabricante, não há o que se falar na existência de nexo de causalidade entre a
suposta ação da Pirelli de fabricar o produto e os alegados danos mencionados
pelo Requerente”;
Continua alegando que “além da ausência de ato

ilícito, verifica-se também a inexistência de qualquer liame causal entre a ação
dos produtos comercializados pela Pirelli e os supostos danos que o Requerente
alega ter sofrido. Primeiro porque não há provas de que os pneus foram
fabricados com vícios, segundo que os pneus foram estudados e nenhum
problema foi encontrado pela Pirelli, terceiro que o Requerente enviou somente
02 (dois) pneus para análise técnica e pede a restituição de quatro produtos,
sendo que o pleito de indenização por danos materiais se mostra improcedente”;
Permanece alegando que “quanto ao dano moral, só

haverá dever de reparação quando houver ofensa ao bom nome, na reputação
e na imagem da empresa perante à sociedade. Não há nos autos a menor prova
de que o Requerente tenha suportado qualquer ofensa à sua reputação,
credibilidade e bom nome comercial, fazendo-se insubsistente o pleito de
recebimento de indenização por danos morais”;
Segue alegando que “resta claro que o Requerente

não faz jus a indenização de pagamento por dano material e que os
acontecimentos narrados na inicial não configuram dano moral, tampouco
servem de alicerce para qualquer espécie de presunção de sua existência”;
3
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 237

Advogado Advogada
Alega ainda que “na hipótese de haver condenação
decorrido de prática lesiva por parte da Pirelli, o valor da indenização deve ser
fixado com critérios e moderação, evitando-se o enriquecimento injustificado da
vítima ou a ruína do culpado, atentando-se ao princípio da razoabilidade”;
Por fim, requer seja reconhecida a decadência

suscitada e no mérito seja julgado totalmente improcedente os pedidos iniciais,
bem como protesta pela produção de provas especialmente prova pericial;
Como a seguir demonstrado, as alegações

apresentadas pela Requerida em sua contestação
são totalmente infundadas e desprovidas de
qualquer conteúdo jurídico. Vejamos:
Sem qualquer respaldo pretende a Requerida tornar

sem efeito os termos da presente ação, sob a alegação de que os pneus foram
entregues para estudo e nenhum problema foi encontrado pela fabricante;
Importante esclarecer que o veículo adquirido pelo

Requerente foi montado com pneus de categoria “run flat”, que são conhecidos
por sua tecnologia inovadora, sendo que mesmo com um furo ele consegue
rodar por mais algum tempo com toda segurança. Também são conhecidos pela
sua durabilidade, sua vida útil pode ser de 20.000 a 40.000 KM até a primeira
troca;
Esses pneus custam 50% (cinquenta) mais caro que

os convencionais, porém, o requerente optou em adquiri-los visando segurança
e conforto, tendo em vista informações da vendedora do veículo;
No entanto, com 8.000 KM e com seis meses de uso

à época dos fatos (19/02/2022) o pneu dianteiro apresentou anomalias,
observando que o referido veículo é utilizado pelo representante legal do
demandante para ir ao trabalho, visitar clientes e viajar nos feriados com a família
para o interior do estado, pelas Rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera, não
expondo o veículo ao uso de alto impacto que justificaria o surgimento de bolhas
ou desgaste dos pneus, mesmo porque o veículo e os pneus são novos, não
sendo plausível um pneu durar 06 meses;
4
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 238

Advogado Advogada
Com efeito, o prazo decadencial arguido pela
Requerida não se aplica ao ajuizamento da ação, tendo efeito somente quanto
a reclamação apresentada perante o fornecedor. Após o prazo de 90 dias sem
a resolução do problema do consumidor, este passa a ter direito de ajuizar ação
pleiteando seu direito;
Vale ressaltar também que, o veículo adquirido está

coberto pela garantia total de 05 anos do fabricante para todas as peças,
incluindo os pneus. Ademais, o Requerente ao adquirir o veículo objeto da
presente ação, teve a expectativa de receber um bem adequado ao uso de
acordo com as expectativas geradas na compra, ou seja, sem a necessidade de
qualquer adaptação, principalmente, que este não possua nenhum defeito ou
algum vício que lhe diminua o valor ou que o impossibilite de utilizá-lo
normalmente;
Com efeito, o laudo realizado por profissionais

indicados pela Requerida e fabricante dos pneus (Pirelli Pneus Ltda.) revela-se
tratar de um laudo padrão, no qual afirma não haver defeito na fabricação e que
os danos constatados no pneu é em razão de mau uso em decorrência de
impacto, contudo, inaceitável o resultado do laudo elaborado pela Requerida de
forma unilateral, isso porque os pneus são novos e com apenas 06 (seis) meses
de uso à época dos fatos (19/02/2022);
Aliás, a Requerida não provou nos autos negligência

por parte do Requerente na utilização dos produtos;
O Requerente, por não poder contar com a reposição

imediata e aquisição do mesmo modelo de pneu (RUN FLAT) por falta do produto
da mesma qualidade, teve que arcar como pagamento referente a aquisição de
quatro pneus, tendo em vista que não poderia trocar apenas dois pneus, pois
eram diferentes dos adquiridos inicialmente com a compra do veículo;
A Requerida descumpriu o disposto no artigo 32 do

CDC, tendo em vista que não disponibilizou os pneus “run flat” para aquisição,
conforme comprovam as mensagens de whatsapp. Aliás, a própria Requerida
admitiu em sua defesa que os respectivos pneus não estavam sendo produzidos;
5
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 239

Advogado Advogada
No caso em tela, resta demonstrado o dever de
indenizar, especialmente em razão da negligência da Requerida de não
disponibilizar o produto (pneu run flat) no mercado devendo ocorrer a devolução
dos valores pagos, desde a aquisição do produto, gastos com o alinhamento,
balanceamento e demais despesas, com a nova aquisição de pneus novos, já
que não foi disponibilizado no mercado pela Pirelli, pneus da marca RUN FLAT,
obrigando o Requerente adquirir quatro pneus de qualidade inferior;
No tocante ao alegado da impossibilidade de

aplicação do CDC no caso em tela, mostra-se incongruente, tendo em vista que
considera-se destinatário final aquele que usa o bem em benefício próprio,
independentemente de servir diretamente a uma atividade profissional;
O Requerente além de utilizar o carro para visitar

clientes, também utiliza para passeios com a família e atividades diversas,
restando afastada a pretensão de inaplicabilidade do CDC no caso em tela;
Quanto a falta de hipossuficiência e verossimilhança

alegada pela Requerida, atente-se para hipossuficiência técnica do
consumidor ora Requerente, que não possui conhecimento de normas técnicas
e informação sobre o produto fabricado, cabendo a fabricante do produto que
possui a expertise necessária produzir as provas cabíveis;
Em relação a verossimilhança da alegação, o

Requerente provou nos autos a veracidade das alegações, juntando troca de e-
mails, conversas de whatsapp e notas fiscais, razão pela qual não merece ser
acolhida a pretensão da Requerida para indeferimento da inversão do ônus da
prova;
Finalmente, não há nos autos qualquer prova

apresentada pela Requerida para pôr em dúvida a pretensão do Requerente,
portanto, sem razão as alegações constantes em sua defesa;
6
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 240

Advogado Advogada
II - DO PEDIDO
Posto isto, requer a Vossa Excelência seja julgada
PROCEDENTE a presente ação, nos termos da inicial, condenando ainda a
Requerida no pagamento das custas, despesas processuais e honorários
advocatícios nos termos da lei.
Termos em que
Pede deferimento.
Santo André, 03 de outubro de 2022.

OAB/SP 94.290
7
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 241

Advogado Advogada
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E29196C.
Processo n° 1017871-47.2022.8.26.0554
manifestar-se em:
RÉPLICA
À Contestação de fls.105/134, o que faz nos seguintes termos:

Requerida BMW DO BRASIL LTDA. nota-se que, a argumentação esboçada na
nobre e esforçada defesa peca pela ausência de provas suficientes quanto ao
alegado, “data vênia”, vez que sem qualquer fundamento legal procura isentá-la
de sua responsabilidade contratual, razão pela qual não merece ser acolhida;
1
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 242

Advogado Advogada
Alega que “o Requerente confessa que o pneu
apresentou a falha após rodar mais de 7.000km, quando o item já não era mais
coberto pela garantia legal, afastando a responsabilidade da BMW no presente
caso. Ademais, cai por terra o argumento de que os pneus padecem de vício,
tendo em vista os documentos acostados pelo próprio Requerente”;
Alega também que “o veículo foi adquirido em

09/08/2021, enquanto a reclamação se deu em 19/02/2022, após mais de seis
meses de utilização, de modo que não é crível que a suposta falha, possa ser
considerada como um vício de fabricação, tendo em vista que os pneus foram
amplamente utilizados antes de qualquer reclamação”;
Alega ainda que “a afirmação de que o veículo ficou

paralisado desde meados de fevereiro até o final de abril sem ser utilizado, cai
por terra, tendo em vista que o veículo foi até a concessionária para realização
de revisão e troca de óleo do motor em 21/03/2022, sem que fosse realizado
qualquer tipo de reclamação acerca dos pneus”;
Continua alegando que “a BMW não responde por

pneus fabricados pela corré Pirelli, não estando dentro de suas obrigações, arcar
com os valores dispendidos pelo Requerente em hipóteses como a que se
discute nos autos, considerando que o próprio Requerente admite que utilizou
amplamente o veículo antes da reclamação, bem como estava expirada a
garantia legal de 90 (noventa) dias, conforme especificado no manual do veículo,
sem nenhuma relação com a BMW”;
Segue alegando que “a análise da Pirelli, que é corré

nesta demanda, foi de que não há qualquer indício acerca de vício na fabricação
do pneu, bem como que os danos foram causados por forte impacto contra
obstáculo ou buraco na via”;
Alega preliminarmente que “a BMW é parte

manifestamente ilegítima para figurar no polo passivo da presente ação, porque
os fatos descritos na inicial demonstram que eventuais danos suportados pelo
Requerente não têm relação com a fabricação do veículo, tampouco decorreram
2
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 243

Advogado Advogada
de qualquer ato praticado pela BMW, na medida em que não fabricou os pneus
do veículo”;
Permanece alegando que “os supostos problemas se
deram em razão da atuação de agente externo e culpa exclusiva do Requerente
(uso inadequado), pois não há qualquer vício e/ou defeito de fabricação
comprovado pela perícia. Além disso, não há nexo de causalidade entre os fatos
narrados e qualquer ação ou omissão imputáveis à BMW”;
Alega também que “a petição inicial é inepta por

ausência de pedido certo e determinado, no tocante ao pedido a título de dano
moral, o que deverá culminar em seu indeferimento e consequente extinção do
processo sem resolução do mérito”;
Segue alegando que “o veículo foi adquirido pela

pessoa jurídica (JR ANDRADE) para o trabalho a que se destina a empresa,
incluindo visitas às clientes, não se tratando de destinatário econômico do
produto, cuja utilização na realidade tem fins estritamente profissionais, devendo
ser afastado a aplicação do CDC, devendo ser aplicado ao caso o código civil, o
qual atribui à empresa o ônus de provar e demonstrar a culpa da BMW no evento
danoso (responsabilidade subjetiva)”;
Continua alegando que “no caso de condenação da

Requerida ao pagamento de indenização pelos supostos danos, importante
destacar que os juros e correção monetária, devem ser computados a partir do
eventual arbitramento definitivo da condenação, considerando que antes de tal
data não havia valor a ser pago, nem mesmo certeza da existência do dano ou
da possibilidade de sua exigibilidade”;
Afirma ainda “a impossibilidade de inversão do ônus

da prova, tendo em vista que não há verossimilhança das alegações por parte
do Requerente, a parte autora não pode se abster de comprovar o nexo de
causalidade entre os supostos danos e eventual conduta da Requerida. De outro
modo, não há que se falar em hipossuficiência da parte Requerente, que possui
plenas condições técnicas, jurídicas e financeiras de produzir as provas
necessárias para demonstrar seu alegado direito, não sendo admissível, impor
à BMW a produção de uma prova negativa”;
3
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 244

Advogado Advogada
Por fim, requer seja acolhida as preliminares
arguidas, sendo a demanda extinta sem resolução de mérito, no mérito seja
julgado totalmente improcedente os pedidos do Requerente, indeferimento da
inversão do ônus da prova, bem como protesta pela produção de provas e
realização de perícia de engenharia;



troca;


4
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 245

Advogado Advogada
Com efeito, o veículo compareceu na concessionária
no dia 21/03/2022 para realização de revisão e troca de óleo porque estava
com um step de emergência, para trajetos rápidos e necessários, tendo em
vista que um dos requisitos para cobertura da garantia é realizar as revisões
necessárias rigorosamente;
Ademais, a própria concessionária, que já estava

ciente do ocorrido, entrou em contato com o Requerente para agendamento da
revisão;
normalmente;

indicados pela fabricante dos pneus (Pirelli Pneus Ltda.) revela-se tratar de um
laudo padrão, no qual afirma não haver defeito na fabricação e que os danos
constatados no pneu é em razão de mau uso em decorrência de impacto,
contudo, inaceitável o resultado do laudo elaborado pela Requerida Pirelli de



5
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 246

Advogado Advogada
que não foi disponibilizado no mercado, pneus da marca RUN FLAT, obrigando
o Requerente adquirir quatro pneus de qualidade inferior;




prova;
Vale ressaltar ainda que, por força de lei o pedido de

dano moral poderá ser genérico, conforme preceitua o art. 324, parágrafo 1º,
inciso II do Código de Processo Civil;
6
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 247

Advogado Advogada
II - DO PEDIDO

Termos em que
Pede deferimento.

OAB/SP 94.290
7
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 248

Advogado Advogada
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E291B09.
Processo n° 1017871-47.2022.8.26.0554
manifestar-se em:
RÉPLICA
À Contestação de fls.173/186, o que faz nos seguintes termos:

Requerida AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA DE AUTOMÓVEIS LTDA.
nota-se que, a argumentação esboçada na nobre e esforçada defesa peca pela
ausência de provas suficientes quanto ao alegado, “data vênia”, vez que sem
qualquer fundamento legal procura isentá-la de sua responsabilidade contratual,
razão pela qual não merece ser acolhida;
1
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 249

Advogado Advogada
A Requerida alega preliminarmente “falta de interesse
de agir, visto que a própria fabricante dos pneus utilizados no veículo do
Requerente, após análise, constatou não ter havido qualquer problema
decorrente de sua fabricação, ao contrário, identificou que tais pneus tiveram
rompimento em sua estrutura devido à forte impacto contra buraco ou obstáculo”;
Alega ainda que “no e-mail enviado em 09/03/2022

pelo procurador do Requerente à Requerida e à Pirelli, há informação de que os
pneus foram danificados devido a material existente na rodovia em que o
Requerente trafegava, vindo a furar os pneus. Restando demonstrado que o
Requerente não possui qualquer interesse processual na ação, não lhe sendo
útil o resultado aqui buscado, tendo em vista que somente poderia pleitear
qualquer indenização se constatado algum ato ilícito por parte da Requerida, o
que não é o caso”;
Alega também que “se coubesse eventual

indenização, esta deveria ser pleiteada da concessionária que administra a
rodovia, cuja existência de material danificou os pneus do veículo do
Requerente”;
Segue alegando “ilegitimidade passiva da Requerida,

tendo em vista que o problema decorreu em virtude de culpa exclusiva de
terceiro e por essa razão não há que se falar em responsabilidade da Requerida
pelos pleitos do Requerente”;
Continua alegando que “resta comprovado não ter a

Requerida cometido qualquer ato ilícito que enseje eventual indenização ao
Requerente, tendo em vista que a própria fabricante dos pneus efetuou laudo de
avaliação dos referidos pneus e não constatou qualquer falha decorrente do
processo de fabricação, o problema decorreu em virtude de culpa exclusiva de
terceiro sendo causado por material existente na rodovia”;
Alega que “o Requerente afirma ter ficado com seu

veículo parado de 19/02/2022 à 30/04/2022, contudo, conforme ordem de
serviço nº 90976, em 21/03/2022 o veículo ingressou na oficina da Requerida
2
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 250

Advogado Advogada
para realização de manutenção e que antes ele transitava normalmente. Acresce
ainda que, a Requerida é uma concessionária revendedora de veículos
fabricados pela BMW e dessa forma sua atividade é a comercialização de
veículos, não podendo ser responsabilizada por eventuais danos ocorridos nos
veículos”;
Permanece alegando que “o Requerente postula

indenização a título da danos materiais, consistente no valor pago pela aquisição
de pneus novos ao veículo adquirido junto a Requerida, porém, tratando-se de
aquisição de veículo novo, conforme consta no manual do veículo, a garantia
dos pneus era de 90 (noventa) dias e, portanto, quando do problema ocorrido a
garantia já havia expirado. Ademais o laudo técnico constatou ruptura decorrente
de forte impacto contra buraco ou obstáculo, dessa forma não há que se falar
em indenização por supostos danos materiais, na medida em que não tem
qualquer relação com a Requerida”;
Alega também que “em relação ao pleito da

indenização por danos morais, pelo exame dos documentos acostados à
exordial, constata-se que não há qualquer prova do alegado dano moral que
atribui à Requerida, destacando-se que não houve violação de qualquer norma
legal por parte desta empresa, não vislumbrando nenhum dos requisitos
ensejadores da responsabilidade civil no caso em apreço, estando descartado o
dano moral”;
Alega ainda que “tratando-se o Requerente de

pessoa jurídica, para indenização em dano moral, se faz necessário a
comprovação fática, ou seja, tal dano não é presumível e deve estar
demonstrado nos autos prejuízo ou abalo à imagem, o que não ocorreu no
presente caso. Ademais o Requerente efetuou pedido genérico, sem qualquer
delimitação do valor a ser pago a título de dano moral, tratando-se de mera
alegação sem comprovação e sem dimensionamento”;
Segue alegando que “descabida a inversão do ônus

da prova pela ausência de hipossuficiência econômica do Requerente e ante a
ausência de verossimilhança das alegações apresentadas, por ser pessoa
jurídica de direito privado que tem por objeto incorporação de empreendimentos
imobiliários, gestão de administração de propriedade imobiliária, dentre outros,
3
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 251

Advogado Advogada
que visa lucro e alto poder aquisitivo, posto que discute nos autos a indenização
em serviços prestados em veículo de alto luxo. Quanto a verossimilhança de
suas alegações, restou evidenciado a inexistência de responsabilidade da
Requerida no tocante a qualquer problema ocorrido nos pneus de seu veículo”;
Por fim, requer seja acolhida as preliminares

arguidas, sendo a demanda extinta sem resolução de mérito e no mérito seja
julgado totalmente improcedente, condenando o Requerente ao pagamento de
custas e de honorários advocatícios, bem como protesta pela produção de
provas;



troca;


4
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 252

Advogado Advogada
Com efeito, o veículo compareceu na concessionária
no dia 21/03/2022 para realização de revisão e troca de óleo porque estava
com um step de emergência, para trajetos rápidos e necessários, tendo em
vista que um dos requisitos para cobertura da garantia é realizar as revisões
necessárias rigorosamente;
Ademais, a própria concessionária, que já estava

ciente do ocorrido, entrou em contato com o Requerente para agendamento da
revisão;
normalmente;

indicados pela fabricante dos pneus (Pirelli Pneus Ltda.) revela-se tratar de um
laudo padrão, no qual afirma não haver defeito na fabricação e que os danos
constatados no pneu é em razão de mau uso em decorrência de impacto,
contudo, inaceitável o resultado do laudo elaborado pela Requerida Pirelli de


5
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 253

Advogado Advogada


que não foi disponibilizado no mercado, pneus da marca RUN FLAT, obrigando
o Requerente adquirir quatro pneus de qualidade inferior;




prova;
6
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 254

Advogado Advogada
Vale ressaltar ainda que, por força de lei o pedido de
dano moral poderá ser genérico, conforme preceitua o art. 324, parágrafo 1º,
inciso II do Código de Processo Civil;
II - DO PEDIDO

Termos em que
Pede deferimento.

OAB/SP 94.290
7
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
fls. 255

6ª VARA CÍVEL
Praça IV Centenário, 03, . - Centro
CEP: 09015-080 - Santo André - SP
Telefone: (11) 4435-6821 - E-mail: stoandre6cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E2A5466.
DESPACHO
Processo nº: 1017871-47.2022.8.26.0554

Vistos.
1. Informem as partes se concordam com o julgamento antecipado. Caso

negativo, especifiquem, de modo concreto e fundamentado, cada prova cuja colheita se almeja.
Observo que a parte deve informar, individual e especificamente, qual tipo de prova pretende
produzir e custear (e qual o fato controverso nestes autos – onde inicial e contestação porventura
divirjam – será objeto dela). Requerimentos genéricos, sem fundamentação ou em desacordo com
o acima estipulado serão tidos por inexistentes e autorizarão o julgamento antecipado.
2. Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito

processual às necessidades do conflito e, ainda, visando a avaliar a conveniência de se designar
audiência de conciliação (artigo 139, inciso V, do CPC), em nome da celeridade e da economia
processual consulto se há possibilidade de composição (em caso positivo, indicando cada parte,
com clareza, até que ponto estaria disposta a transigir).
P. Int.

Processo nº 1017871-47.2022.8.26.0554 - p. 1
fls. 256

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E2C9598.
Advogado Forma
Teor do ato: "Vistos. 1. Informem as partes se concordam com o julgamento antecipado. Caso negativo,
especifiquem, de modo concreto e fundamentado, cada prova cuja colheita se almeja. Observo que a parte
deve informar, individual e especificamente, qual tipo de prova pretende produzir e custear (e qual o fato
controverso nestes autos onde inicial e contestação porventura divirjam será objeto dela). Requerimentos
genéricos, sem fundamentação ou em desacordo com o acima estipulado serão tidos por inexistentes e
autorizarão o julgamento antecipado. 2. Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito
processual às necessidades do conflito e, ainda, visando a avaliar a conveniência de se designar audiência de
conciliação (artigo 139, inciso V, do CPC), em nome da celeridade e da economia processual consulto se há
possibilidade de composição (em caso positivo, indicando cada parte, com clareza, até que ponto estaria
disposta a transigir). P. Int."

fls. 257

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E2EFB9C.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. 1. Informem as partes se concordam com o julgamento antecipado. Caso negativo,
especifiquem, de modo concreto e fundamentado, cada prova cuja colheita se almeja. Observo que a parte
deve informar, individual e especificamente, qual tipo de prova pretende produzir e custear (e qual o fato
controverso nestes autos onde inicial e contestação porventura divirjam será objeto dela). Requerimentos
genéricos, sem fundamentação ou em desacordo com o acima estipulado serão tidos por inexistentes e
autorizarão o julgamento antecipado. 2. Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito
processual às necessidades do conflito e, ainda, visando a avaliar a conveniência de se designar audiência de
conciliação (artigo 139, inciso V, do CPC), em nome da celeridade e da economia processual consulto se há
possibilidade de composição (em caso positivo, indicando cada parte, com clareza, até que ponto estaria
disposta a transigir). P. Int."

.
fls. 258

Advogado Advogada
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 6ª
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E3BE049.
Processo nº 1017871-47.2022.8.26.0554
e respectivo Cartório, em atendimento ao r. despacho de fls. 255, vem
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência manifestar a necessidade e
conveniência da produção de prova testemunhal, cujo rol apresentará em
momento oportuno, bem como prova documental, as quais são imprescindíveis
para melhor instrução do processo e comprovação da veracidade dos fatos
narrados na inicial e réplica;
Esclarece, outrossim, que não se opõe a realização

de audiência de conciliação ou mediação.
Termos em que
Pede deferimento.

OAB/SP 94.290
1
Telefones: 11 4994-0217 / 11 4994-5921
.
fls. 259
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 01 VARA CÍVEL DE SANTO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E3F16F3.
ANDRÉ - SP
PROCESSO Nº 1017871-47.2022.8.26.0554
PIRELLI PNEUS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, já qualificada 1

nos autos do processo em epígrafe, promovida por JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA vem, à presença de Vossa
Excelência, tempestivamente, requerer a produção de prova pericial, a fim de
comprovar (i) se o pneu questionado fora de fato fabricado com algum vício; (ii) se
de fato fora o pneu causador dos danos relatados na inicial ou se foi o Autor que
agiu de forma temerária com a utilização do produto ou de seu veículo, em razão
de manutenção periódica não adequada do veículo e/ou pneu.
Por fim, requer-se, nos termos do artigo 77, inciso V do CPC, que
todas as publicações vinculadas no Diário Oficial, intimações e qualquer ato de
comunicação no presente processo sejam feitas EXCLUSIVAMENTE em nome do
patrono CARLOS AUGUSTO TORTORO JUNIOR, OAB/SP 247.319, com endereço
profissional na Rua Bernardino de Campos, n. 1001, 10º andar, salas de 1005 a 1008,
Higienópolis, Ribeirão Preto – SP, CEP 14.015-130 e, ainda, no seguinte endereço
eletrônico: intimacoes@tortoromr.com.br, sob pena de nulidade dos atos que
272 do novo Código de Processo Civil.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Santo André/SP, 19 de outubro de 2022.

vierem a ser praticados, em consonância com o disposto no parágrafo 5º do artigo
fls. 260
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E3F16F3.
.
fls. 261
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DO

FORO DA COMARCA DE SANTO ANDRÉ/SP
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E3F8F6B.
Processo nº 1017871-47.2022.8.26.0554
BMW DO BRASIL LTDA., pessoas jurídicas de direito privado, já

qualificadas, por seus advogados que essa subscreve, nos autos da Ação de
Indenização por Danos Materiais e Morais, promovida por JR ANDRADE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA., na qual,
também, figuram como Rés AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA AUTOMÓVEIS
LTDA e PIRELLI PNEUS LTDA., vem, respeitosamente e tempestivamente, à presença
de Vossa Excelência, em atenção ao r. despacho de fls. 255, expor e requerer o que
segue:
I. DA TEMPESTIVIDADE
Primeiramente, oportuno destacar a tempestividade da presente

Manifestação.
Considerando que o r. despacho foi publicado no DJE no dia

13/10/2022 (quinta-feira), o prazo de 05 (cinco) dias para manifestação, se iniciou em
14/10/2022 (sexta-feira), e se findará em 20/10/2021 (quinta-feira).
Dessa forma, apresentada nesta oportunidade, encontra-se

perfeitamente tempestiva a presente manifestação.
_________________________________________________________________________________
Rua Samuel Morse, 134 – cj. 71 | (11) 5506-3674 | contato@meirabreseghello.com.br

Brooklin – São Paulo/SP
.
fls. 262
II. PREAMBULARMENTE: DA NECESSÁRIA ORGANIZAÇÃO E SANEAMENTO

REGULAR DO FEITO (ART. 357 CPC)
Inicialmente, faz-se de suma importância atentar para a necessidade
do saneamento e organização do processo, nos termos do artigo 357 do Código de
Processo Civil.
Nesse contexto, a Ré exalta a necessidade de ser analisada a

questões suscitadas em sede preliminar de contestação, vez que prejudicial ao
deslinde da demanda, quais sejam: (i) ilegitimidade passiva da BMW, tendo em
vista que o pneu do veículo não é fabricado por esta Ré, sendo certo que
necessidade de reparo decorreu do uso inadequado do veículo por parte da
Autora, devendo a demanda ser extinta, sem resolução do mérito, nos termos
dos artigos 337, XI e 485, VI do CPC; e (ii) ausência de pedido certo e determinado
em relação ao pedido de danos morais, devendo a inicial ser indeferida com
relação aos danos morais, nos termos dos artigos 319, 330, I e 485, I do CPC.
Vale dizer que, somente o saneamento do feito, apreciação da

preliminar arguida e a fixação dos pontos controvertidos, impedirão o
desenvolvimento da atividade probatória inútil e/ou ineficaz, razão pela qual requer
digne-se esse D. Juízo de levá-los a efeito.
III. DA MANIFESTAÇÃO ACERCA DA PRODUÇÃO DE PROVAS
Como se nota, este D. Juízo determinou que as partes especificassem

as provas que pretendem produzir:
“1. Informem as partes se concordam com o julgamento

antecipado. Caso negativo, especifiquem, de modo concreto e
fundamentado, cada prova cuja colheita se almeja. Observo
que a parte deve informar, individual e especificamente,
qual tipo de prova pretende produzir e custear (e qual o fato
controverso nestes autos – onde inicial e contestação por
ventura divirjam – será objeto dela). Requerimentos genéricos,
sem fundamentação ou em desacordo como acima estipulado
serão tidos por inexistentes e autorizarão o julgamento
antecipado.
2. Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o
rito processual às necessidades do conflito e, ainda, visando a
.
fls. 263
avaliar a conveniência de se designar audiência de conciliação

(artigo 139, inciso V, do CPC), em nome da celeridade e da
economia processual consulto se há possibilidade de
composição (em caso positivo, indicando cada parte, com
clareza, até que ponto estaria disposta a transigir).”
Assim, em atenção ao r. despacho proferido, e para que não haja

preclusão, a BMW informa que, além todos os documentos apresentados em sede de
defesa (fls. 105/135), que comprovam a existência de fatos impeditivos, modificativos
ou extintivos do direito da parte autora e, sobretudo, a inexistência de vício/defeito
de fabricação no veículo, tampouco falha na prestação de serviços e a
inexistência de danos indenizáveis, considerando que o presente caso se trata de
evidente mau uso do veículo, confessado inclusive pelo patrono da Autora em e-
mail enviado ao SAC das Corrés, sendo certo que a negativa de reparo em
garantia se deu exatamente por este fato, uma vez que ocorreu em decorrência
da Autora ter passado por cima de um objeto, consoante e-mail acostado à
contestação, pretende produzir as seguintes provas:
a) PROVA PERICIAL: de engenharia, para análise dos

documentos constantes dos autos, bem como no veículo da
Autora, além do pneu que foi trocado, para (i) avaliação da
natureza dos supostos problemas alegados; (ii) corroborar a
inexistência de vício e/ou defeito de fabricação no veículo e
seus componentes; e (iii) corroborar que a necessidade de ajuste
decorreu de uso inadequado do bem pela Autora. Sendo
deferida a prova por este D. Juízo, a BMW indicará o seu
Assistente Técnico e apresentará quesitos e;
b) PROVA DOCUMENTAL: Juntada de documentos

suplementares, que se fizerem necessários para a elucidação do
presente feito.
Além disso, quando da produção da prova pericial, o Ilmo. Perito

deverá analisar o manual de garantia, também anexado à defesa, entregue à
Autora quando da aquisição do veículo, que dispõe que a troca do pneu em
garantia está sujeito à avaliação técnica pelo fabricante deste item, ou seja, após
a avaliação é analisada a efetiva existência de vício, o que, conforme amplamente
demonstrado na defesa, não é o caso dos autos.
.
fls. 264
IV. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, a BMW pugna pelo regular saneamento do feito,

com a análise das preliminares arguidas em sede de Contestação, que ensejará na
extinção da ação.
Contudo, caso seja superada a preliminar, roga-se pelo deferimento

e produção das provas pericial e documental.
Por fim, quando do deferimento da perícia, a BMW nomeará Assistente

Técnico, bem como apresentará Quesitos, nos termos do artigo 465 do Código de
Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
FABÍOLA MEIRA DE A. BRESEGHELLO

OAB/SP Nº 184.874
MILENA CALORI SENA MATHEUS HENRIQUE R. PEREIRA

OAB/SP Nº 328.617 OAB/SP Nº 409.296
.
fls. 265
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA

CIVEL DO FORO DA COMARCA DE SANTO ANDRÉ/SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E41A9F5.
Processo nº 1017871-47.2022.8.26.0554
AGULHAS NEGRAS DISTIBUIDORA DE

AUTOMÓVEIS LTDA., já qualificada nos autos da Ação de Indenização por Danos
Materiais e Morais em epígrafe, que lhe move JR ANDRADE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS
LTDA., na qual BMW DO BRASIL LTDA. e PIRELLI PNEUS LTDA., também
figuram como Requeridas, por seus advogados, vem, tempestiva e respeitosamente
perante V. Exa., expor e requerer o que segue:
Pela r. decisão de fls. 255, as partes foram intimadas a se

manifestarem acerca do pronto julgamento da lide ou se tem interesse na produção de
provas, justificando a sua pertinência.
Como exposto anteriormente, a Requerente ingressou com a

presente ação objetivando a condenação das Requeridas ao pagamento de indenização
a título de danos materiais e morais sofridos em razão da necessidade de aquisição de
novos pneus para seu veículo BMW, devido a problema ocorrido nos pneus originais.
Devidamente citada, a Requerida apresentou defesa

postulando preliminarmente pela extinção da ação, por falta de interesse de agir/culpa
exclusiva da Requerente, ilegitimidade passiva da Requerida e, no mérito, pela
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1511

4º andar – São Paulo – SP – 04571-011
www.albuquerquealvarenga.com.br
47.2022.8.26.0554 - pet provas e audiencia.docx
Página 1 de 4
.
fls. 266
improcedência da ação face a inexistência de vício e/ou defeito de fabricação do pneu

tampouco de danos materiais e morais.
Após as réplicas apresentadas pela Requerente, foi proferido
o r. despacho de fls. 255.
Ínclito Julgador, embora a Requerida entenda que as

preliminares suscitadas em sua peça contestatória, culminaram na extinção do feito, a
fim de dirimir a controvérsia existentes nos autos, a Requerida requer a produção das
provas abaixo colacionadas:
a) PERÍCIA TÉCNICA DE ENGENHARIA: constituída na

realização de perícia de engenharia, tendo como finalidade a
constatação de mau uso do pneu “danificado” pela
Requerente e a inexistência de vício e/ou defeito de
fabricação, com exame e análise dos documentos acostados
aos autos, bem como do manual de garantia do veículo/pneu;
b) PROVA DOCUMENTAL: constituída pela juntada de

novos documentos que, eventualmente se mostre necessário
diante da realização da perícia judicial e resposta aos quesitos
formulados pelas partes;
c) DEMAIS PROVAS que eventualmente se fizerem

necessárias e essenciais a comprovação das alegações da
Requerida.
Por fim, no tocante a realização de audiência de conciliação,

a Requerida informa que se encontra a disposição, através do contato telefônico
constante no timbre desta petição, para dar início a eventuais tratativas de composição.
No entanto, salienta não possuir interesse na designação de

audiência de conciliação.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 20 de outubro de 2022.
Bruno Soares Alvarenga

OAB/SP. 222.420
Adriana de F B Munari Reis

OAB/SP 125.731
Página 2 de 4
Página 3 de 4
fls. 267
Página 4 de 4
fls. 268
fls. 269

6ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E4A01D5.
DECISÃO

Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Material
Requerente: JR Andrade Empreendimentos Imobiliários e Administração de Bens
Ltda.
Vistos.
JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E

ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA ajuizou ação em face de AGULHAS NEGRAS
DISTRIBUIDORA AUTOMÓVEIS LTDA, BMW DO BRASIL LTDA e PIRELLI
PNEUS LTDA. Alega ter adquirido, junto à requerida Agulhas Negras, o veículo da marca
BMW equipado com pneus Pirelli, conforme descrito na inicial. Diz que, em 19/02/2022
trafegava pela rodovia dos Bandeirantes, sentido Capital, quando constatou anormalidades
nos pneus consistentes em bolhas que indicam defeito de fabricação. Diz que contatou as
requeridas, procedeu conforme orientações, contudo, foi constatado que as bolhas não eram
decorrentes de defeito de fabricação dos produtos. Assevera que, em razão da negativa das
rés, adquiriu novos pneus arcando com um prejuízo total de R$ 9.893,00. Por estes
motivos, pede a condenação das requeridas ao pagamento de indenização por danos morais
e materiais. Juntou os documentos de fls. 10/ 43.
Citada, a ré Pirelli ofertou contestação (fls. 54/ 83). Alega decadência nos
termos do artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor. No mérito, sustenta inexistência
de defeito fabricação, considerando que o laudo elaborado por técnico da própria requerida
constatou que os flancos do pneu decorrem de impacto contra buraco, pelo que alega
negligência da parte autora na utilização dos produtos. Rechaça os danos materiais e morais
pretendidos e espera a improcedência da pretensão. Juntou os documentos de fls. 84/ 102.
fls. 270

6ª VARA CÍVEL
A corré BMW ofertou contestação (fls. 105/ 134). Arguiu preliminar de
ilegitimidade passiva, pois eventuais danos suportados pela autora não têm relação com a
fabricação do veículo. Sustenta ausência de pedido certo e determinado a título de dano
moral. No mérito, pugna pela inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Alega
que a parte autora utilizou os produtos por mais de seis meses, não havendo que se falar em
defeito de fabricação, além de sustentar que eventuais defeitos são alheios á atuação da
BMW. Aduz excludente de responsabilidade destacando culpa exclusiva da autora.
Rechaça os danos morais e materiais pretendidos. Junta os documentos de fls. 135/ 170.
A corré Agulhas Negras ofertou contestação (fls. 173/ 186). Arguiu

preliminar de falta de interesse de agir, alegando culpa exclusiva da requerente, bem como
de ilegitimidade passiva. No mérito, alega ausência de ato ilícito de sua parte, e rechaça os
danos morais pretendidos. Juntou os documentos de fls. 187/ 226.
Houve réplica (fls. 234/ 240, fls. 241/247 e fls. 248/ 254).
A parte autora concordou com o julgamento antecipado da lide (fls. 258), e a

rés pediram a realização de prova pericial e juntada de documentos complementares (fls.
259/160 e fls. 261/264 e fls. 265/ 268).
DECIDO.
Afasto a tese de inépcia da inicial.
Isto porque a petição inicial é apta, bem como possui causa de pedir e
pedido, além do que, diversamente do alegado, veio acompanhada dos documentos
essenciais à propositura da ação, estando cumpridos os requisitos previstos nos artigos 319
e 320, do CPC.
fls. 271

6ª VARA CÍVEL
No mais, o interesse processual está presente, na medida em que a
requerente pretende indenização por danos materiais e morais em razão de defeito em
produtos fornecidos pelas rés, havendo necessidade da prestação jurisdicional para dirimir
a questão, ainda mais considerando o teor das contestações ofertadas.
De outro vértice, também rejeito a preliminar de ilegitimidade arguida pelas
requeridas BMW e Agulhas Negras vez que a legitimidade ad causam é definida em
abstrato, à luz da causa de pedir descrita e do pedido deduzido.
Vale destacar que ambas as requeridas compõem cadeia de fornecedores,

devendo responder por eventuais danos causados ao consumidor, uma vez que, embora os
alegados defeitos refiram-se a pneus que equipavam o veículo zero quilômetro adquirido
pela parte autora, tem-se que tal automóvel foi fabricado pela ré BMW e adquirido junto à
loja da corré Agulhas Negras.
Em suma, nos termos dos artigos 7º e 25 § 1º, ambos do Código de Defesa

do Consumidor, todos aqueles que participam da cadeia de fornecimento de produtos e
serviços respondem pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
A respeito da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso

em tela, vale dizer que se aplica a teoria finalista mitigada, uma vez que, muito embora a
autora seja pessoa jurídica, e utilize o veículo para o exercício de sua atividade empresarial,
é cediço que se encontra em situação de vulnerabilidade perante as requeridas, pois é
consumidora final do produto adquirido, qual seja o veículo equipado com os pneus.
Outrossim, também afasto a tese de decadência arguida pela ré.
Em que pese o pedido do autor esteja embasado em suposto vício oculto, ou

defeito do produto, é certo que a requerente pretende a reparação por danos materiais e
morais decorrentes do referido vício, e não a troca do produto ou abatimento no preço,
fls. 272

6ª VARA CÍVEL
como permite o artigo 18, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor
Nesta toada, de acordo com a norma consumerista, o prazo é prescricional, e

não decadencial, como alega a ré.
Ao caso em tela, portanto, aplica-se o prazo prescricional de cinco anos,
previsto no artigo 27, do Código de Defesa do Consumidor, para deduzir pretensão de
reparação por danos.
No mais, as partes são legítimas e bem representadas, estão presentes as

condições da ação e os pressupostos processuais, não há nulidades a declarar ou
irregularidade a sanar.
Ponto controvertido: ocorrência de defeito de fabricação ou de má utilização

do produto pelo consumidor, apurando-se a extensão dos danos materiais e morais acaso
configurados.
Visando dirimir o ponto controvertido fixado, defiro a produção de prova

pericial, postulada pelas rés.
Intime a serventia perito habilitado, na área de engenharia mecânica, no

portal respectivo para realizar a perícia nos pneus, objeto da lide, e, se necessário, no
veículo da requerente, no prazo de trinta dias, o qual deverá ser intimado para dizer se
aceita o encargo e arbitrar os honorários, manifestando-se as partes a respeito, em cinco
dias.
As partes poderão, em 15 dias da intimação desta decisão, indicar assistente

técnico, apresentar quesitos, e juntar documentos que entenderem pertinentes para
elucidação do ponto controvertido pelo perito, conforme pretendido pelas rés.
fls. 273

6ª VARA CÍVEL
O pneu, objeto da lide, bem como o veículo do requerente, se necessário,
deverão ser colocados à disposição do perito, no momento em que este solicitar, a fim de
que seja realizada a perícia.
No que tange aos honorários periciais, as rés deverão arcar com o referido
ônus, pois postularam a elaboração da prova técnica (fls. 259/266), a teor do que preceitua
o artigo 95 do Código de Processo Civil.
Intimem-se.

fls. 274

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E4B22C7.
Advogado Forma
Teor do ato: "Vistos. JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE

BENS LTDA ajuizou ação em face de AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA AUTOMÓVEIS LTDA, BMW DO
BRASIL LTDA e PIRELLI PNEUS LTDA. Alega ter adquirido, junto à requerida Agulhas Negras, o veículo da
marca BMW equipado com pneus Pirelli, conforme descrito na inicial. Diz que, em 19/02/2022 trafegava pela
rodovia dos Bandeirantes, sentido Capital, quando constatou anormalidades nos pneus consistentes em
bolhas que indicam defeito de fabricação. Diz que contatou as requeridas, procedeu conforme orientações,
contudo, foi constatado que as bolhas não eram decorrentes de defeito de fabricação dos produtos. Assevera
que, em razão da negativa das rés, adquiriu novos pneus arcando com um prejuízo total de R$ 9.893,00. Por
estes motivos, pede a condenação das requeridas ao pagamento de indenização por danos morais e
materiais. Juntou os documentos de fls. 10/ 43. Citada, a ré Pirelli ofertou contestação (fls. 54/ 83). Alega
decadência nos termos do artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor. No mérito, sustenta inexistência de
defeito fabricação, considerando que o laudo elaborado por técnico da própria requerida constatou que os
flancos do pneu decorrem de impacto contra buraco, pelo que alega negligência da parte autora na utilização
dos produtos. Rechaça os danos materiais e morais pretendidos e espera a improcedência da pretensão.
Juntou os documentos de fls. 84/ 102. A corré BMW ofertou contestação (fls. 105/ 134). Arguiu preliminar de
ilegitimidade passiva, pois eventuais danos suportados pela autora não têm relação com a fabricação do
veículo. Sustenta ausência de pedido certo e determinado a título de dano moral. No mérito, pugna pela
inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Alega que a parte autora utilizou os produtos por mais
de seis meses, não havendo que se falar em defeito de fabricação, além de sustentar que eventuais defeitos
são alheios á atuação da BMW. Aduz excludente de responsabilidade destacando culpa exclusiva da autora.
Rechaça os danos morais e materiais pretendidos. Junta os documentos de fls. 135/ 170. A corré Agulhas
Negras ofertou contestação (fls. 173/ 186). Arguiu preliminar de falta de interesse de agir, alegando culpa
exclusiva da requerente, bem como de ilegitimidade passiva. No mérito, alega ausência de ato ilícito de sua
parte, e rechaça os danos morais pretendidos. Juntou os documentos de fls. 187/ 226. Houve réplica (fls. 234/
240, fls. 241/247 e fls. 248/ 254). A parte autora concordou com o julgamento antecipado da lide (fls. 258), e a
rés pediram a realização de prova pericial e juntada de documentos complementares (fls. 259/160 e fls.
261/264 e fls. 265/ 268). DECIDO. Afasto a tese de inépcia da inicial. Isto porque a petição inicial é apta, bem
como possui causa de pedir e pedido, além do que, diversamente do alegado, veio acompanhada dos
documentos essenciais à propositura da ação, estando cumpridos os requisitos previstos nos artigos 319 e
320, do CPC. No mais, o interesseprocessualestá presente, na medida em que a requerente pretende
indenização por danos materiais e morais em razão de defeito em produtos fornecidos pelas rés, havendo
necessidade da prestação jurisdicional para dirimir a questão, ainda mais considerando o teor das
contestações ofertadas. De outro vértice, também rejeito a preliminar de ilegitimidade arguida pelas requeridas
BMW e Agulhas Negras vez que a legitimidade ad causam é definida em abstrato, à luz da causa de pedir
descrita e do pedido deduzido. Vale destacar que ambas as requeridas compõem cadeia de fornecedores,
devendo responder por eventuais danos causados ao consumidor, uma vez que, embora os alegados defeitos
refiram-se a pneus que equipavam o veículo zero quilômetro adquirido pela parte autora, tem-se que tal
automóvel foi fabricado pela ré BMW e adquirido junto à loja da corré Agulhas Negras. Em suma, nos termos
dos artigos 7º e 25 § 1º, ambos do Código de Defesa do Consumidor, todos aqueles que participam da cadeia
de fornecimento de produtos e serviços respondem pela reparação dos danos previstos nas normas de
consumo. A respeito da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, vale dizer que se
aplica a teoria finalista mitigada, uma vez que, muito embora a autora seja pessoa jurídica, e utilize o veículo
para o exercício de sua atividade empresarial, é cediço que se encontra em situação de vulnerabilidade
fls. 275

perante as requeridas, pois é consumidora final do produto adquirido, qual seja o veículo equipado com os
pneus. Outrossim, também afastoa tese dedecadênciaarguida pela ré. Em que pese o pedido do autor esteja
embasado em suposto vício oculto, ou defeito do produto, é certo que a requerente pretende a reparação por
danos materiais e morais decorrentes do referido vício, e não a troca do produto ou abatimento no preço,
como permite o artigo 18, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor Nesta toada, de acordo com a norma
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E4B22C7.
consumerista, o prazo é prescricional, e não decadencial, como alega a ré. Ao caso em tela, portanto,
aplica-se o prazo prescricional de cinco anos, previsto no artigo 27, do Código de Defesa do Consumidor, para
deduzir pretensão de reparação por danos. No mais, as partes são legítimas e bem representadas, estão
presentes as condições da ação e os pressupostos processuais, não há nulidades a declarar ou irregularidade
a sanar. Ponto controvertido: ocorrência de defeito de fabricação ou de má utilização do produto pelo
consumidor, apurando-se a extensão dos danos materiais e morais acaso configurados. Visando dirimir o
ponto controvertido fixado, defiro a produção de prova pericial, postulada pelas rés. Intime a serventia perito
habilitado, na área de engenharia mecânica, no portal respectivo para realizar a perícia nos pneus, objeto da
lide, e, se necessário, no veículo da requerente, no prazo de trinta dias, o qual deverá ser intimado para dizer
se aceita o encargo e arbitrar os honorários, manifestando-seas partes a respeito, em cinco dias. As partes
poderão, em 15 dias da intimação desta decisão, indicar assistente técnico, apresentar quesitos, e juntar
documentos que entenderem pertinentes para elucidação do ponto controvertido pelo perito, conforme
pretendido pelas rés. O pneu, objeto da lide, bem como o veículo do requerente, se necessário, deverão ser
colocados à disposição do perito, no momento em que este solicitar, a fim de que seja realizada a perícia. No
que tange aos honorários periciais, as rés deverão arcar com o referido ônus, pois postularam a elaboração da
prova técnica (fls. 259/266), a teor do que preceitua o artigo 95 do Código de Processo Civil. Intimem-se."

fls. 276

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E4EFA83.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0978/2022, foi disponibilizado no Diário de
Justiça Eletrônico em 27/10/2022. Considera-se a data de publicação em 31/10/2022, primeiro dia útil
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JULIANA BARROS VALERIANO TIRONI DE ABREU, liberado nos autos em 27/10/2022 às 14:46 .
subsequente à data de disponibilização.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. JR ANDRADE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO DE

BENS LTDA ajuizou ação em face de AGULHAS NEGRAS DISTRIBUIDORA AUTOMÓVEIS LTDA, BMW DO
BRASIL LTDA e PIRELLI PNEUS LTDA. Alega ter adquirido, junto à requerida Agulhas Negras, o veículo da
marca BMW equipado com pneus Pirelli, conforme descrito na inicial. Diz que, em 19/02/2022 trafegava pela
rodovia dos Bandeirantes, sentido Capital, quando constatou anormalidades nos pneus consistentes em
bolhas que indicam defeito de fabricação. Diz que contatou as requeridas, procedeu conforme orientações,
contudo, foi constatado que as bolhas não eram decorrentes de defeito de fabricação dos produtos. Assevera
que, em razão da negativa das rés, adquiriu novos pneus arcando com um prejuízo total de R$ 9.893,00. Por
estes motivos, pede a condenação das requeridas ao pagamento de indenização por danos morais e
materiais. Juntou os documentos de fls. 10/ 43. Citada, a ré Pirelli ofertou contestação (fls. 54/ 83). Alega
decadência nos termos do artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor. No mérito, sustenta inexistência de
defeito fabricação, considerando que o laudo elaborado por técnico da própria requerida constatou que os
flancos do pneu decorrem de impacto contra buraco, pelo que alega negligência da parte autora na utilização
dos produtos. Rechaça os danos materiais e morais pretendidos e espera a improcedência da pretensão.
Juntou os documentos de fls. 84/ 102. A corré BMW ofertou contestação (fls. 105/ 134). Arguiu preliminar de
ilegitimidade passiva, pois eventuais danos suportados pela autora não têm relação com a fabricação do
veículo. Sustenta ausência de pedido certo e determinado a título de dano moral. No mérito, pugna pela
inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Alega que a parte autora utilizou os produtos por mais
de seis meses, não havendo que se falar em defeito de fabricação, além de sustentar que eventuais defeitos
são alheios á atuação da BMW. Aduz excludente de responsabilidade destacando culpa exclusiva da autora.
Rechaça os danos morais e materiais pretendidos. Junta os documentos de fls. 135/ 170. A corré Agulhas
Negras ofertou contestação (fls. 173/ 186). Arguiu preliminar de falta de interesse de agir, alegando culpa
exclusiva da requerente, bem como de ilegitimidade passiva. No mérito, alega ausência de ato ilícito de sua
parte, e rechaça os danos morais pretendidos. Juntou os documentos de fls. 187/ 226. Houve réplica (fls. 234/
240, fls. 241/247 e fls. 248/ 254). A parte autora concordou com o julgamento antecipado da lide (fls. 258), e a
rés pediram a realização de prova pericial e juntada de documentos complementares (fls. 259/160 e fls.
261/264 e fls. 265/ 268). DECIDO. Afasto a tese de inépcia da inicial. Isto porque a petição inicial é apta, bem
como possui causa de pedir e pedido, além do que, diversamente do alegado, veio acompanhada dos
documentos essenciais à propositura da ação, estando cumpridos os requisitos previstos nos artigos 319 e
320, do CPC. No mais, o interesseprocessualestá presente, na medida em que a requerente pretende
indenização por danos materiais e morais em razão de defeito em produtos fornecidos pelas rés, havendo
necessidade da prestação jurisdicional para dirimir a questão, ainda mais considerando o teor das
contestações ofertadas. De outro vértice, também rejeito a preliminar de ilegitimidade arguida pelas requeridas
BMW e Agulhas Negras vez que a legitimidade ad causam é definida em abstrato, à luz da causa de pedir
descrita e do pedido deduzido. Vale destacar que ambas as requeridas compõem cadeia de fornecedores,
devendo responder por eventuais danos causados ao consumidor, uma vez que, embora os alegados defeitos
refiram-se a pneus que equipavam o veículo zero quilômetro adquirido pela parte autora, tem-se que tal
automóvel foi fabricado pela ré BMW e adquirido junto à loja da corré Agulhas Negras. Em suma, nos termos
dos artigos 7º e 25 § 1º, ambos do Código de Defesa do Consumidor, todos aqueles que participam da cadeia
de fornecimento de produtos e serviços respondem pela reparação dos danos previstos nas normas de
consumo. A respeito da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em tela, vale dizer que se
fls. 277

aplica a teoria finalista mitigada, uma vez que, muito embora a autora seja pessoa jurídica, e utilize o veículo
para o exercício de sua atividade empresarial, é cediço que se encontra em situação de vulnerabilidade
perante as requeridas, pois é consumidora final do produto adquirido, qual seja o veículo equipado com os
pneus. Outrossim, também afastoa tese dedecadênciaarguida pela ré. Em que pese o pedido do autor esteja
embasado em suposto vício oculto, ou defeito do produto, é certo que a requerente pretende a reparação por
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E4EFA83.
danos materiais e morais decorrentes do referido vício, e não a troca do produto ou abatimento no preço,
como permite o artigo 18, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor Nesta toada, de acordo com a norma
consumerista, o prazo é prescricional, e não decadencial, como alega a ré. Ao caso em tela, portanto,
aplica-se o prazo prescricional de cinco anos, previsto no artigo 27, do Código de Defesa do Consumidor, para
deduzir pretensão de reparação por danos. No mais, as partes são legítimas e bem representadas, estão
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JULIANA BARROS VALERIANO TIRONI DE ABREU, liberado nos autos em 27/10/2022 às 14:46 .
presentes as condições da ação e os pressupostos processuais, não há nulidades a declarar ou irregularidade
a sanar. Ponto controvertido: ocorrência de defeito de fabricação ou de má utilização do produto pelo
consumidor, apurando-se a extensão dos danos materiais e morais acaso configurados. Visando dirimir o
ponto controvertido fixado, defiro a produção de prova pericial, postulada pelas rés. Intime a serventia perito
habilitado, na área de engenharia mecânica, no portal respectivo para realizar a perícia nos pneus, objeto da
lide, e, se necessário, no veículo da requerente, no prazo de trinta dias, o qual deverá ser intimado para dizer
se aceita o encargo e arbitrar os honorários, manifestando-seas partes a respeito, em cinco dias. As partes
poderão, em 15 dias da intimação desta decisão, indicar assistente técnico, apresentar quesitos, e juntar
documentos que entenderem pertinentes para elucidação do ponto controvertido pelo perito, conforme
pretendido pelas rés. O pneu, objeto da lide, bem como o veículo do requerente, se necessário, deverão ser
colocados à disposição do perito, no momento em que este solicitar, a fim de que seja realizada a perícia. No
que tange aos honorários periciais, as rés deverão arcar com o referido ônus, pois postularam a elaboração da
prova técnica (fls. 259/266), a teor do que preceitua o artigo 95 do Código de Processo Civil. Intimem-se."
Juliana Barros Valeriano Tironi De Abreu

Escrevente Técnico Judiciário
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MISAEL DOS SANTOS NASCIMENTO, liberado nos autos em 03/11/2022 às 14:44
Tribunal de Justiça de São Paulo
Poder Judiciário fls. 278
Nome do perito: Todos Área de atuação: Todas Número do processo: 10178714720228260554

Status da nomeação: Todos Instância: Todas Região: Todas
Município: Todos Imóvel: Todos Setor: Todos
Câmara: Todas Tipo de auxiliar: Perito
Data Término
Local Nome Área Atuação Nome Auxiliar Número Processo Data Nomeação Nome Magistrado Status Instância
de Nomeação
6ª Vara Cível | Fórum Santo André I Mecânica Automobilística Eduardo Goncalves dos 10178714720228260554 25/10/2022 BIANCA RUFFOLO Nomeado 1ª
Santos CHOJNIAK
Gerado em: 03/11/2022 14:36:21 1

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO GONCALVES DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 04/11/2022 às 07:15 , sob o número WSNE22703379919
fls. 279
Eduardo Gonçalves dos Santos
CREA 5060808944/SP
Engenheiro mecânico
Grafotécnico
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E5AE35E.
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE
DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DO FORO DE SANTO
ANDRÉ – SP.
AUTOS n.º 1017871-47.2022.8.26.0554
CLASSE - ASSUNTO: Procedimento Comum Cível - Indenização

por Dano Material.
REQUERENTE: JR Andrade Empreendimentos Imobiliários e
Administração de Bens Ltda.
REQUERIDA: Agulhas Negras Distribuidora de Automóveis Ltda,
BMW do Brasil Ltda e Pirelli Pneus LTDA.
EDUARDO GONCALVES DOS SANTOS,

Engenheiro Mecânico com Pós-graduação em Engenharia Mecânica
(veículos híbridos e elétricos) pelo Instituto de tecnologia Mauá,
Engenheiro Avaliador de Máquinas, Equipamentos e Complexos
Industriais, Grafotécnico, Perito Judicial, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, aceitar o encargo atribuído fls. 278 e
apresentar a proposta de honorários de forma definitiva.
Rua Miguel Gobbi, 30 3º andar – São Bernardo do Campo/ SP – CEP. 09725-560
Cel: (11) 99132-6510 – e-mail: eduardo@amplapericia.com.br
www.amplapericias.com.br
.
fls. 280
CREA 5060808944/SP
Grafotécnico
Inicialmente, nos termos do Artigo 465, §2º do
NCPC, o Perito aceita o encargo que lhe foi confiado,
disponibilizando o endereço eletrônico
eduardo@amplaperícias.com.br, para as notificações relativas ao
feito e comunicação com Partes e Assistentes indicados.
Em relação às comunicações destinadas às

Partes (Art. 474, NCPC) e Assistentes Técnicos (Art.466, §2º, NCPC)
acerca das diligências, requer-se sejam intimados a indicar seus
endereços eletrônicos, com o fito de viabilizar o cumprimento pelo
Perito.
OBJETIVOS DA PERÍCIA
Constatar se a “ocorrência de defeito de

fabricação ou de má utilização do produto pelo consumidor,
apurando-se a extensão dos danos materiais e morais acaso
configurados.”.

.
fls. 281
CREA 5060808944/SP
Grafotécnico
HONORÁRIOS PERICIAIS
Quanto aos honorários periciais, apresentar a estimativa de

honorários fundamentada no plano de trabalho com respectiva
planilha de custos (com base no tempo efetivamente gasto) em
moldes a justificar a pretensão de honorários.
Inicialmente cumpre esclarecer que a estimativa de honorários tem

como base os seguintes parâmetros:
(a) análise dos autos;
(b) objeto da avaliação;
(c) complexidade envolvida;
(d) tempo efetivamente gasto para análise, coleta de informações.
(e) diligência (s) ao local de realização da vistoria/avaliação.
Este esclarecimento se faz necessário para que as partes tenham

conhecimento da extensão do trabalho a ser desenvolvido pelo
perito, até a apresentação do laudo técnico.
Cumpre esclarecer também, que os honorários periciais não

guardam relação alguma com o valor da causa.

.
fls. 282
CREA 5060808944/SP
Grafotécnico
PLANO DE TRABALHO COM RESPECTIVA PLANILHA DE CUSTOS
FASE R$/HORA HORAS SUBTOTAL

i. Estudo dos autos R$ 490,00 1,00 R$ 490,00
ii. Analise in-loco R$ 490,00 3,00 R$ 1.470,00
(agendamento)
iii. Elaboração de laudo R$ 490,00 5,00 R$ 2.450,00

técnico;
TOTAL (9,00h) R$ 4.410,00
BASE DE CÁLCULO – ESTIMATIVA DO CUSTO TOTAL
Regulamento de honorários para avaliação e perícias de engenharia

IBAPE – SP Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de
Engenharia de São Paulo (cópia anexa – 05 folhas);
Capítulo II – Fixação de honorários em função do tempo gasto – Art.

08 e 09;
(A) 9 horas x R$ 490,00/hora = R$ 4.410,00 (quatro mil

quatrocentos e dez reais).
(B) Despesas de deslocamento, incluindo combustível, pedágios,

estacionamentos, almoço, despesas fotográficas e materiais
diversos para a elaboração do laudo técnico já incluídas.
.
fls. 283
CREA 5060808944/SP
Grafotécnico
Somatória Geral = ( A ) + ( B ) = R$ 4.410,00 (quatro mil
quatrocentos e dez reais).
OBSERVAÇÕES:
1 – Estima-se um período de até 30 (trinta) dias para a entrega do

laudo técnico, em função do volume de informações a serem
processadas, da documentação a ser analisada, da disponibilidade
das partes em fornecer a documentação que deverá ser entregue na
data da vistoria/perícia (esta documentação será solicitada por
ocasião do envio do e-mail agendando a vistoria/perícia). Havendo
agilidade das partes na entrega da documentação, este prazo será
reduzido.

.
fls. 284
CREA 5060808944/SP
Grafotécnico
2 – Os trabalhos serão iniciados logo após a notificação do Cartório
do efetivo depósito referente aos honorários definitivos, conforme
determinação de V.Exa.
Termos em que Pede Deferimento.
S. B. do Campo, 04 de novembro de 2022
Perito Judicial
Engenheiro Mecânico habilitado conforme Resolução 21873 CONFEA
CREA nº 5060808944/SP

Grafotécnico
CREA 5060808944/SP
fls. 285
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO GONCALVES DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 04/11/2022 às 07:15 , sob o número WSNE22703379919 .
Grafotécnico
CREA 5060808944/SP
fls. 286
Grafotécnico
CREA 5060808944/SP
fls. 287
Grafotécnico
CREA 5060808944/SP
fls. 288
Grafotécnico
CREA 5060808944/SP
fls. 289
Grafotécnico
CREA 5060808944/SP
fls. 290
Grafotécnico
CREA 5060808944/SP
fls. 291
fls. 292

6ª VARA CÍVEL
Praça IV Centenário, 03, ., Centro - CEP 09015-080, Fone: (11) 4435-6821,
Santo André-SP - E-mail: stoandre6cv@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E5F527E.
ATO ORDINATÓRIO

CERTIDÃO - Ato Ordinatório
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,

preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s):
Sobre o laudo pericial apresentados às fls retro, manifestem-se
as partes nos termos da decisão de fls. 269/273.
Nada Mais. Santo André, 07 de novembro de 2022. Eu, ___,
Beatriz Fernandes Nery, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 293

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E5F96CA.
Advogado Forma
Teor do ato: "Sobre o laudo pericial apresentados às fls retro, manifestem-se as partes nos termos da
decisão de fls. 269/273."
Santo André, 7 de novembro de 2022.

fls. 294

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1017871-47.2022.8.26.0554 e código E60E3E7.
Advogado
Teor do ato: "Sobre o laudo pericial apresentados às fls retro, manifestem-se as partes nos termos da
decisão de fls. 269/273."
Santo André, 8 de novembro de 2022.

Rubens R. Martins Dos Santos: Cristine Gonçalves

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Rubens R. Martins Dos Santos: Cristine Gonçalves

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RUBENS ROBERVALDO MARTINS DOS SANTOS e Tribunal de Justica do Estado

de Sao Paulo, protocolado em 05/08/2022 às 17:10 , sob o número 10178714720228260554.

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

Em face de AGULHAS NEGRAS

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

II- DOS FATOS

2.A Requerente, adquiriu da 1ª Requerida, em

3.O veículo adquirido pela Requerente foi

4.Ocorre, entretanto, que o representante

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

5.Após os fatos, o representante legal do

6.A Requerente, por meio de seu

O laudo realizado por profissionais indicados

7.Vale destacar que o veículo, como já

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

8.Como já mencionado, tanto a primeira

9.Vale ressaltar que, o veículo permaneceu

10.A Requerente, ao adquirir o veículo objeto

11.A Requerente, por não poder contar com a

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

DA SOLIDARIEDADE DAS REQUERIDAS

13.A responsabilidade da AGULHAS

A segunda Requerida, BMW DO BRASIL

DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

14.A norma que rege a proteção dos direitos

“Serviço é qualquer atividade fornecida no

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

15.Destaca-se que, ao adquirir um produto ou

16.Nese sentido, é indiscutível a

DAS PERDAS E DANOS

17.Conforme demonstrados pelos fatos

No caso em tela, toda perda deve ser

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

DA RESTITUIÇÃO DA IMPORTÂNCIA PAGA PELA

18.Diante das provas juntadas, mensagens

§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de

I - a substituição do produto por outro da mesma

II- a restituição imediata da quantia paga,

III- o abatimento proporcional do preço

19.O artigo 6º, inciso VI, da legislação

20.Desta forma, demonstrado que o prazo

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

22.Diante Dos fatos e dos documentos que

23.Isto posto, requer a Vossa Excelência:

A citação das Requeridas, na pessoa de seus

Que, seja julgada procedente a presente

Rubens R. Martins dos Santos Cristine Gonçalves

Sejam as Requeridas CONDENADAS no

24.Requer a INVERSÃO DO ÔNUS DA

25.Dá-se à causa o valor de R$ R$ 9.893,00

Rubens R. Martins dos Santos

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo Digital n°: 1017871-47.2022.8.26.0554

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo nº: 1017871-47.2022.8.26.0554

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Bianca Ruffolo Chojniak

Cite-se, por carta, observadas as formalidades legais e disposições

Santo André, 08 de agosto de 2022.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

CARTA DE CITAÇÃO - RITO COMUM – PROCESSO DIGITAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO