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Prof. Ev. José Roberto A.

Barbosa
 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém (Mt. 28.19,20).
 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o
inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a
sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o
mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a
Deus salvar os crentes pela loucura da pregação Co. 1.20.21).
 P. T. Forsyth antecipou um tempo marcado pela
dúvida, no qual as pessoas desacreditariam
que se pudesse ter alguma certeza,
fundamentada na razão e na ciência.
 O Iluminismo influenciou a constituição da
modernidade, fundamentada no pressuposto
de que a razão seria suficiente para determinar
as decisões individuais do ser humano;
 A Segunda Guerra Mundial, no entanto,
desconstruiu os pressupostos racionais, e a
supervalorização da ciência, e essa também
incluiu a religião, que passou a ser visa como
dispensável, e às vezes, intolerante.
 A modernidade tardia ainda acreditava
na religião, em seus pressupostos para a
moral, ainda que a razão era tida como
suficiente para a construção de um
mundo melhor;
 O filosofo Charles Taylor define essa
realidade como “narrativa da subtração”
de secularizada, ou seja, a ciência e a
razão subtraiu Deus da imaginação
moderna, desconsiderando a fé e a
crença.
 Os filósofos gregos viam o mundo material –
incluindo o corpo – como algo sem importância,
os cristãos ressignificaram o corpo, datando-lhe
de significado, como criação divina;
 O ceticismo reformulou a percepção cristã,
assumindo que o corpo é a única realidade, e
argumenta que todas as coisas têm causas
físicas, e tudo pode ser explicado em bases
materiais;
 Ramos da psicologia e da medicina partem do
pressuposto de que tudo se resolve na base da
medicação, a sociologia busca, por meio da
tecnologia, a solução para todos os problemas;
 Os antigos viam a história como
algo cíclico e interminável, o ser
humano dependia do destino,
estava determinado pelas forças
das divindades
 O ceticismo argumenta que a saída
para o ser humano é política, pois
em seu processo dialético e
democrático é possível alcançar o
bem-estar comum na polis.
 Os antigos não davam ênfase ao
indivíduo, consideram-no de menor
importância, em relação ao clã ou à
tribo, a pessoa não tinha dignidade,
estava a serviço da coletividade;
 O ceticismo passou a defender que
o propósito da sociedade é viver
sem imposição dos outros, sem se
importar com as relações
comunitárias, desde que o outro
não seja ofendido;
Os antigos acreditavam no
julgamento dos deuses, e no
julgamento futuro, que faria a
distinção entre justos e injustos;
O ceticismo defende que as
pessoas fazem por merecer, e
elas mesmas devem decidir o
que acham melhor para suas
vidas
 Os antigos acreditavam que os
sentimentos e interesses individuais
deveriam ser suprimidos em favor
dos outros, especialmente da
coletividade, da sua família, clã ou
tribo;
 O ceticismo defende que nossa
identidade não é externa, antes
interna – com base em nossos
desejos e papeis sociais – a
identidade deve ser demonstrada,
apesar da oposição social.
 O ensino bíblico deve considerar a realidade das
intenções, inclusive dos desejos, mas esses devem ser,
em alguns casos, suprimidos, POIS O PECADO É REAL,
por isso os desejos devem GLORIFICAR A DEUS ;
 Em termos bíblicos, fomos criados a imagem de Deus,
temos valor inerentes – somos humanos; e contingente –
somos dependentes de Deus, nossa IDENTIDADE
somente se completa em Deus (Fp. 3.9), despindo-me do
EU (Ef. 4.22-24), não mais viverá o EU, mas CRISTO em
nós (Gl. 2.20).
 A resposta bíblica ao ceticismo contemporâneo, em
relação à questão identitária, não é QUEM SOU EU, mas
DE QUEM SOU EU Somente encontraremos plenitude
nAquele que é PERFEITO, nosso verdadeiro nome está
com Ele (Ap. 2.17)
 Somos responsáveis pelo nosso
semelhante, essa foi a primeira indagação
de Deus a Caim: onde está seu irmão?
(Gn. 4.9,10);
 Jesus nos ensinou a Deus e ao próximo
como a nós mesmos (Mt. 22.34-40), esse é
o GRANDE MANDAMENTO;
 O amor-agape é uma expressão
sacrificial, as pessoas devem viver não
apenas para elas mesmas, mas para as
outras pessoas (I Co. 13).
 As nações são responsáveis pela justiça sócial (Rm;
13; Am. 1.1-2.3), por isso os cristãos devem
participar da política, mas sem utopia ou ufanismo;
 O bem-estar social deve estar acima dos interesses
individuais, o foco central deve ser a vontade de
Deus (Rm. 12.1,2);
 A meritocracia é um ideal, mas não pode ser
levada às últimas consequências, pois todos somos
limitados, e dependentes da graça de Deus (Ef.
2.8,9);
 O ensino bíblico deve destacar que porque fomos
alcançados pela graça, também devemos
demonstra graça, (Ef. 2.10), por meio de boas
obras (Tg. 2.-14-17);
 O ensinamento bíblico questiona o positivismo
científico, a utopia de que o ser humano será
capaz de construir um futuro melhor, a partir
da sua competência tecnológica;
 Nem tudo pode ser explicado cientificamente,
ao invés de investir apenas em conhecimento,
devemos buscar também sabedoria, e essa
somente pode ser encontrada em Deus (Pv.
1.7).
 Deus é o Senhor da história, e ainda que tenha
entregue seu curso aos seres humanos,
chegará o tempo em que o reino de Deus será
pleno (Ap. 19).
CETICISMO CRISTIANISMO

O corpo é eminentemente MATÉRIA, e como tal deve O corpo é parte importante do indivíduo, mas esse é
ser tratado, mais que isso, é alma e espírito

A história é cíclica, e segue sem rumo, em um A história segue em progresso, o governo foi
processo dialético, dependente da política entregue aos homens, mas o reino de Deus está em
curso, e será pleno no eschatos.
Os indivíduos são importantes, mais importante ainda A coletividade é importante, inclusive na koinonia,
é a coletividade. mas o indivíduo não deve ser desconsiderado.

As escolhas humanas devem ser determinadas As escolhas humanas são importantes, mas somos
coletivamente, e no âmbito privada, cada um deve responsáveis por nossas ações, sobretudo pelas
decidir o que convier práticas pecaminosas
Os desejos humanos são importantes, e devem ser Os desejos foram criados por Deus, mas devem ser
explorados, desde que não prejudiquem os outros direcionados, a fim de GLÓRIFICAR A DEUS.
 O ensinamento bíblico, diante do ceticismo contemporâneo,
deve servir para libertar as pessoas das prisões nas quais se
encontram;
 Essas pessoas não são inimigas, antes prisioneiras de um
sistema desumano, por isso devemos abordá-las com mansidão
e temor.
O Rei verdadeiro
chegou disfarçado num
maltrapilho e convida a
todos para uma
campanha
de sabotagem ao
império das trevas.
C.S.Lewis

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