HABITAÇÃO DE

INTERESSE SOCIAL
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

AGATHA YUMI TAKEUCHI NABIÇA

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
 Quero agradecer aos meus pais, Edvan Nabiça e Mara Nabiça, que
sempre me apoiaram durante toda minha trajetória, me incentivando e
acreditando em todos meus passos.
A professora Fanny Schroeder de Freitas Araújo, por ser minha
orientadora, sempre atenciosa com suas orientações assertivas, sempre
paciente, que me guiaram para melhor desenvolvimento desse trabalho.
Aos meus amigos e colegas de turmas, em especial minha parceira de
projetos e amiga, Julia de Oliveira, que sempre me ajudou e enfrentou
junto a mim todos os momentos que a faculdade nos proporciona.
Gostaria também de agradecer de antemão a banca, que lerá e
analisará cuidadosamente este trabalho que certamente contribuirá
para a segunda fase deste trabalho.
E por último, mas não menos importante, por todas as pessoas que me
ajudaram diretamente ou indiretamente no desenvolvimento deste,

Muito obrigada!

02
 RESUMO

O conceito de desenvolvimento sustentável, foi consolidado em 1992, durante a Conferência da ONU que aconteceu no Rio de
Janeiro, a respeito do Meio Ambiente e o Desenvolvimento, conhecido como Rio-92 ou Eco-92
A arquitetura sustentável, ou arquitetura verde, é uma das maneiras de conceber um projeto de forma mais saudável tanto a vida
humana quanto ao planta, sempre procurando otimizar os recursos naturais e utilizar os sistemas de construções mais limpos e menos
impactantes, considerando as condições climáticas, hidrográficas e o ecossistema ao entorno, principalmente a insolação, para
oferecer ao projeto luz natural em grande parte do dia, evitando o uso da iluminação artificial. Utilizar materiais que exigem baixo
consumo de energia e água, uso moderado de materiais, evitando desperdícios, e possibilitando um canteiro de obras limpo e com
baixo custo de manutenção.

Segundo o estudo orquestrado pela ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) em , o
Brasil produz cerca de 122 toneladas de resíduos de lixos civis, diariamente. A construção civil é uma das maiores fontes de
desmatamento global e poluição ambiental. É de dever dos profissionais se atentarem e procurar amenizar esses impactos causados
pelas construções, desde a fase projetual até o consumidor final.
Infelizmente ainda é um assunto que causam receios e medo a alguns profissionais. No entanto, é perceptível que as construções
sustentáveis estão se tornando foco de muitos países, como por exemplo o prédio mais alto do mundo feito com estrutura de madeira
local, situado na Noruega.
O mercado sustentável cresce vigorosamente, junto com ele, muitas técnicas e materiais vem sendo testados e desenvolvidos para
melhoria de projetos e principalmente minimizar os impactos ambientais causados por materiais não sustentáveis.

04
 ABSTRACT

The concept of sustainable development was consolidated in 1992, during the UN Conference held in Rio de Janeiro, regarding the
Environment and Development, known as Rio-92 or Eco-92
Sustainable architecture, or green architecture, is one of the ways to conceive a project in a healthier way for both human and plant life,
always seeking to optimize natural resources and use the cleanest and least impactful building systems, considering climatic conditions.
, watersheds and the surrounding ecosystem, especially sunlight, to provide the project with natural light for most of the day, avoiding
the use of artificial lighting. Use materials that require low energy and water consumption, moderate use of materials, avoiding waste,
and enabling a clean construction site with low maintenance costs.

According to the study orchestrated by ABRELPE (Brazilian Association of Public Cleaning and Special Waste Companies) in , Brazil
produces about 122 tons of civil waste daily. Civil construction is one of the biggest sources of global deforestation and environmental
pollution. It is the duty of professionals to pay attention and try to mitigate these impacts caused by constructions, from the design
phase to the final consumer.
Unfortunately, it is still a subject that causes fear and fear in some professionals. However, it is noticeable that sustainable buildings
are becoming the focus of many countries, such as the tallest building in the world made with local wood structure, located in Norway.
The sustainable market is growing vigorously, along with it, many techniques and materials have been tested and developed to
improve projects and mainly to minimize the environmental impacts caused by unsustainable materials.

05
Sumário
01
Introdução.........................................09 - 13

02
O que é e quando surgiu? .................................. 14 e 15

Métodos construtivos..................16 - 22
03
Materiais Construtivos...........................23 - 26
04
Selos de sustentabilidade......................... 27 - 30
05
06
Sumário

06
Estudos de casos ..................... 31- 37

07
TFG1 x TFG 2 ................. 38- 31

08
Mapas .... 42 - 50

09
Bibliografia ........ 51 - 56

10
Projetos

07
" A sustentabilidade consiste em construir pensando no futuro"
Renzo Piano

08
Í

09
INTRODUÇÃO

Atualmente o termo sustentabilidade se destaca com grande força na sociedade.

Profissionais e empresas buscam agregar em seu cotidiano princípios menos nocivel ao meio
ambiente.
Na área de construção civil, notamos grande desenvolvimento no tema, principalmente por lidar
diretamente com recursos que geram grande impacto ao planeta.

Percebemos nitidamente o quão impactante se torna uma obra não sustentável, como por
exemplos, a destruição de áreas verdes, de maneira direta ou indireta, sendo elas na
impermeabilização do solo ou cortes de árvores, até a extração do ferro e recursos naturais. O
cimento e o concreto é altamente poluente, libera grande quantidade de dióxido de carbono, que
é um dos principais gases do efeito estufa., que também é agravada pelo transporte desses materiais. Imagem : 01

A geração de resíduos de uma obra é alta, em média de 120 quilos de entulho por metro quadrado.
São divididos e classes:

Classe A: São resíduos proveniente de pavimentações e outras obras de infraestruturas como a

terraplanagem; resíduos de componentes cerâmicos como tijolos, telhas, blocos, argamassa e
concreto, entre outros produzidos em obras

Classe B: Diz respeito a resíduos recicláveis, como por exemplo plásticos, papel, papelão, vidros
e gesso

Classe C : Os quais não foram desenvolvidos processos de reciclagem ou recuperação

Classe D: Oriundos de construção, sendo eles perigosos.

Estima-se que a cadeia de ações da área civil seja responsável pelo consumo de cerca de 50% de
Imagem : 02
todos os recursos naturais disponíveis

10
INTRODUÇÃO

Estima-se que a cadeia de ações da área civil seja responsável pelo consumo de cerca de 50%
de todos os recursos naturais disponíveis

Uma construção sustentável visa estabelecer o equilíbrio entre ambientes construídos e naturais,
provendo qualidade de vida humana e econômica.
Os critérios para um projeto sustentável, vai além de materiais ecologicamente sustentáveis. Seu
trajeto se inicia desde o projeto, transporte de materiais, canteiro de obra e consumidor final.
É de suma importância para a economia dos países, já que essa área é uma das que mais
consomem energia elétrica, água e recursos naturais, logo os impactos causados ao meio ambiente
são infinitos.

Segundo o FIEB (Sistema de Federação das Indústrias do Estado da Bahia), a construção cívil é
responsável por pelo menos 20% a 50% de todos os recursos naturais consumidos, além produzir
grandes volumes de entulhos, chegando a ser o dobro da quantidade produzida por lixos urbanos.
Imagem : 03
Os principais benefícios que uma construção sustentável pode alcançar, são :
Melhor gestão de desperdícios

Menor emissão de CO2

Redução de custo pós obra

Otimização do uso de recursos naturais

Economia ao longo dos anos, uma vez que possuem maior durabilidade

Aprimoramento e aplicação de e reuso de águas pluviais

Utilização de energia limpa, provinda da luz solar.

Maior proteção aos trabalhadores em obra Imagem : 04

Melhoria na saúde do cliente final 11

INTRODUÇÃO

Com base em pesquisas, é notório o quanto a construção civil influencia diretamente a sustentabilidade e a vida no planeta.

O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é destacar a importância de uma construção sustentável, desde o inicio do
desenvolvimento do projeto até o dia a dia de quem a usufrui.

Pensado nisso, foi escolhido para intervenção um terreno localizado na Zona Leste de São Paulo, o qual é classificado como Zona
Mista de Interesse Social (ZMIS), onde possibilita assentamentos habitacionais populares, associados com usos não residenciais, uma
das principais decisões na escolha do terreno, foi a topografia, nos possibilitando intervir com a proposta do projeto sem alterar a
característica atual do local. Foi proposto uma habitação de interesse social, possuindo fachadas ativas com usos comerciais e
institucional.
A utilização de alvenaria estrutural na construção, possibilita menor desperdício e tempo de obra, gerando menos impacto ambiental e
canteiro de obra limpo. Houve a prioridade da conservação da área permeável original, além permanência da topografia local,
resultando em pouco impacto ambiental. As unidades habitacionais possuem grandes janelas, possibilitando insolação em maior parte
do dia, utilizando assim menor quantidade de iluminação artificial, além da ventilação natural também oferecida.
O paisagismo fornece maior conforto térmico, as cores predominantes na fachada também favorece a menor absorção do calor.

12
"Eu acredito que o jeito que as pessoas vivem pode ser
direcionado um pouco pela Arquitetura"
Tadao Ando

13
Í

14
O QUE É E QUANDO SURGIU ?
“O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”

(Nosso Futuro Comum, 1991)

O conceito de sustentabilidade na construção civil vem sofrendo muitas alterações ao longo das últimas décadas. (SustentArq, 2014).
O tema sustentabilidade e desenvolvimento sustentável se tornou mais discutido a partir da primeira Revolução Industrial (1760-1840),
conhecida pelo desenvolvimento das máquinas a vapor, a relação entre o homem com a natureza foi alterada, a valorização da aceleração
trazida pelas máquinas, aumentou o consumo de insumos. Existem ainda agravantes, entre eles a emissão de CO2, contribuindo assim
com o crescimento do aquecimento global, ocasionadas pelas indústrias, exploração de matérias primas, aumento na geração de resíduos,
desmatamento, além da contaminação de cursos fluviais.
No século XX, no Rio de Janeiro, um documento resultante da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, conhecido como Rio 92, se originou a Agenda 21. Nela foram abordados instrumentos para construção de uma
sociedade sustentável, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

São divididas em quatro seções:

Seção 1 - Dimensões sociais e econômicas:

São discutidas políticas internacionais que podem ajudar a viabilizar o desenvolvimento
sustentável no mundo.

Seção 2 - Conservação e Gerenciamento dos recursos para o desenvolvimento:

Diz respeito ao manejo dos recursos naturais, água, solo, mares e energia, além do descarte de
resíduos e substâncias tóxicas.

Seção 3 - Fortalecimento do papel dos grupos principais:

É abordado ações necessárias para participação ao grupo, onde são indispensáveis alguns
segmentos sociais impostos pela Agenda 21.

Seção 4 - Meios de implementação:

Mecanismos financeiros e instrumentos jurídicos sendo eles nacionais ou internacionais,
existentes ou a serem implantados , visando sempre a sustentabilidade. 15
Í

16
MÉTODOS CONSTRUTIVOS
Conhecer os métodos construtivos e formas de aplicações sustentáveis é um princípio muito importante
para uma construção sustentável. Esses tipos de materiais, além de ajudar na redução de resíduos,
redução de gastos, mesmo que na compra do material o preço se sobressaia sobre materiais não
ecológicos, a economia é notória após a vida útil da construção, uma vez que a mesma não precisa de
grandes reparos e possuem alta durabilidade, evitando assim gastos e desperdícios futuros. Requer menor
consumo de energia e água, e são muito mais seguros para a saúde por não serem tóxicos.
Etapas projetuais também possuem grandes importâncias, prever métodos que diminuem o gastos em
energia e água, com soluções como brises, coletores de água, predominância de ventilação natural, áreas
separadas para depósitos de lixo, incentivando a separação de lixos recicláveis e não recicláveis; e não
menos importante, atenção voltada ao canteiro de obra, onde inúmeras vezes é perceptível o desperdício
não somente de materiais, mas de água e energia.

Imagem : 05

Por tanto, a seguir vemos algumas alternativas sustentáveis para serem aplicadas em projetos e
construções civis.

17
MÉTODOS CONSTRUTIVOS
Conhecer os métodos construtivos e formas de aplicações sustentáveis é um princípio muito importante
para uma construção sustentável. Esses tipos de materiais, além de ajudar na redução de resíduos,
redução de gastos, mesmo que na compra do material o preço se sobressaia sobre materiais não
ecológicos, a economia é notória após a vida útil da construção, uma vez que a mesma não precisa de
grandes reparos e possuem alta durabilidade, evitando assim gastos e desperdícios futuros. Requer menor
consumo de energia e água, e são muito mais seguros para a saúde por não serem tóxicos.
Etapas projetuais também possuem grandes importâncias, prever métodos que diminuem o gastos em
energia e água, com soluções como brises, coletores de água, predominância de ventilação natural, áreas
separadas para depósitos de lixo, incentivando a separação de lixos recicláveis e não recicláveis; e não
menos importante, atenção voltada ao canteiro de obra, onde inúmeras vezes é notório o desperdício não
somente de materiais, mas de água e energia.

As técnicas construtivas sustentáveis, se atentam de como as obras e as construções vão impactar o

meio ambiente, sendo elas antes, durante e depois, que causam menor ou nenhum impacto. Há diversas
formas para diminuir o efeito causado por construções não sustentáveis, alguns exemplos desses métodos
construtivos sustentáveis, são:

Arquitetura: atenção às possíveis mudanças futuras, dar flexibilidades aos ambientes previne demolições,
portanto, menos materiais descartados além de menos materiais para uma futura construção.

Imagem : 06 Imagem : 07
18
MÉTODOS CONSTRUTIVOS
Eficiência energética: o consumo de energia
controlado, é de grande importância não apenas
para questões financeiras, mas também ambientais.
No canteiro de obra: o controle de energia
desperdiçado é um bom começo, além também da
utilização de materiais que dependem de grande
quantidade de energia para serem fabricados.
Garantir a utilização de fontes limpas de energia e
com baixo impacto sobre o meio ambiente é uma
solução eficaz para o pós obra.
Imagem : 08
Gestão da água: o controle do uso da água
durante a construção e depois é um fator de
grande importância para que uma construção seja
realmente sustentável. Atualmente contamos com
algumas técnicas construtivas consideradas
secas, como por exemplo o Drywall, além do
racionamento e reutilização de água da chuva.
Uso de material: é o principal fator para a redução do
impacto ambiental. O mercado da construção civil já
oferece grandes variedades de materiais sustentáveis
com nenhum ou baixo impacto ambiental, como por
exemplo o Steel Frame, um substituto mais ecológico
para a construção em alvenaria.
Controle de resíduos: restos de materiais usados em
obra causam grande impacto ao meio ambiente, por
essa razão foi criado a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), que atribui diretrizes quanto ao
manuseio desse tipo de material, reduzindo os
prejuízos causados.
Imagem : 09
19
MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Telhados verdes: indícios apontam que os primeiros
telhados verdes surgiram no ano 600 a.c na antiga
Mesopotâmia, atualmente Iraque, as construções que
possuíam os jardins suspensos se chamavam Zigurates.
Posteriormente, na Babilônia, surgiram outros
exemplares, chamados de “Jardins Suspensos da
Babilônia”.
Para a construção desses telhados, uma das partes
mais importantes é a escolha da vegetação, que deve
possuir características como, fácil manutenção, ter
resistência ao clima local onde será instalado.
Além de deixar mais deslumbrante é uma espécie de
jardim suspenso, possui uma alta eficiência e custo
benefício, auxilia no escoamento de água, tornando-o
mais lento, também é um isolante térmico e acústico, uma
vez que a cobertura verde ajuda a amenizar os impactos
de ruídos sonoros e da temperatura, onde as plantas
refletem mais os raios solares evitando a troca de calor.
Entre outros benefícios estão, ajuda a diminuir o
aquecimento global, além de reduzir o CO2 do ar,
convertendo-o em oxigênio, economiza energia e
combustíveis fósseis, pois diminui a necessidade de
aparelhos de aquecimento e refrigeração, entre todos
esses benefícios, contam também com a valorização e
aumento da área útil do imóvel.
Os telhados verdes são compostos por:
Telhado; a própria lajota que é usada
para cobrir a construção serve de base
para o telhado verde.
Membrana à prova d'água; conhecida
como sistema de impermeabilização,
garante que nenhuma umidade passe
para o interior da construção.
Barreira contra raízes; serve para
conter o crescimento e estabilizar o
Casa Grelha - Studio Arthur Casas
telhado ao todo. Imagem : 10
Sistema de drenagem; servem para
drenar ou escoar a água captada da
chuva, para impedir vazamentos ou
alagamentos.
Tecido permeável; serve como base
para receber a terra.
Terra; mantém o sistema vivo e
saudável
Vegetação; a última etapa do
processo, e não menos importante, pois
é necessário um estudo para a escolha
Casa JY - FGMF Arquitetos
correta da vegetação sendo ela grama Imagem : 11
ou uma planta específica.
20
MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Energia solar: é uma forma alternativa, renovável e Sistema de fixação das placas - Esses tipo de energia, não geram
sustentável, onde a fonte de geração de energia é a luz Cabeamentos resíduos sendo assim não poluente,
solar, pode ser aproveitadas por variados tipos de Conectores - Outros materiais além de reduzir a conta de luz.
tecnologias, são elas: elétricos padrões
Aquecimento solar ou fototérmica; utiliza o calor do sol Energia heliotérmica ou termossolar;
para aquecer outro meio, aproveitando placas solares ou proveniente de raios solares, o calor do
tubos à vácuo com intuito de captar e transferir o calor sol é captado e armazenado, para
para um meio líquido, como por exemplo a água ou óleo, depois ser transformado em energia
considerada energia sustentável, renovável, caracterizado mecânica e finalmente em eletricidade.
como método se obtenção de energia indireto com Caracterizado como método de
sistema ativo, ela é capaz de aquecer água para uso obtenção de energia indireto e com
como chuveiros, piscinas, além de ser possível aquecer sistema ativo. O calor absorvido aquece
ambientes ou até mesmo ser utilizado para processos um líquido chamado fluído térmico que
industriais. aquece a água dentro da usina e assim
Imagem : 12
Energia solar fotovoltaica; atualmente é a fonte de gera o vapor, esse vapor gerado
energia limpa que mais cresce no mundo, pode ser movimenta a turbina e aciona o gerador,
convertida diretamente em energia elétrica, sendo assim produzindo assim a eletricidade. Esse
caracterizado como método de obtenção de energia direto tipo de produção de energia é
com sistema ativo. É utilizado materiais como o silício capacitado para armazenar o calor,
cristalino para realizar a conversão da energia luminosa quando o sol gera mais energia do que a
em energia fotovoltaica. Para gerar essa energia, as usina ou a indústria é capaz de suportar.
células fotovoltaicas precisam ser montadas dentro de Regiões de baixa presença de
painéis solares visando proteção e durabilidade. Esses nuvens, alto índice de radiação e
painéis são conectados entre eles, e a um sistema solar terrenos planos se caracterizam como
fotovoltaico. um cenário ideal para implantação de
um projeto heliotérmico.
Imagem : 13
O sistema íntegro é composto por :
Painéis solares - Inversor solar
21
MÉTODOS CONSTRUTIVOS
Alvenaria Estrutural : Consiste em um sistema construtivo onde as cargas que atuam na construção se distribuem ao longo das paredes,
de forma que elas sirvam como estrutura, direcionando as cargas para a fundação e transmitida ao solo.
Os blocos podem ser em tijolos maciços, blocos de cimentos, cerâmicos, entre outros materiais, que são fabricados em "famílias", onde
conseguem completar todas as funções construtivas necessárias.

Nos sistemas construtivos tradicionais, possuindo pilares e vigas, são executadas a partir de formas, que são posicionadas conforme
projeto. Recebem depois a armadura em aço, e são concretadas, após a cura desses pilares e vigas, é realizado a vedação, normalmente
feitos em blocos ou tijolos, para a passagem de tubulações de água, esgoto e conduítes, é necessário após de construídas as paredes,
rasgá-las ou quebra-las para ser realizado a instalação.

Já no caso da alvenaria estrutural, ocorre um processo diferente. Também é utilizado um gabarito, onde marca os posicionamento dos
blocos, que são fixados com cimento, areia e água. Esses blocos possuem diversos modelos, possuindo alguns furos verticais e
horizontais. Esses blocos com furos verticais permitem passar as tubulações de água, esgoto e conduítes, evitando assim a quebra de
blocos, já instalado, como acontece nos sistemas construtivos tradicionais, diminuindo o entulho e impacto ambiental produzido no canteiro
de obra, se tornando assim uma das principais vantagens do uso deste tipo de método construtivos.

Bloco de Vedação Meio Bloco Bloco de Canaleta

Imagem : 14
Tipologia de blocos construtivos

Algumas vantagens da Alvenaria Estrutural.

Menor tempo na construção;
Utilização de menor quantidade de concreto, aço e madeira;
Menor custo de obra, em relação ao sistema convencional (vigas, lajes e pilares) Imagem : 15

Maior organização em canteiro de obra;

22
Í

23
MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Os materiais utilizados durante uma construção, tem
grande impacto direto ao meio ambiente, e na vida dos
utilizadores. É possível encontrar alguns métodos
considerados limpos e que proporcionam menor
impacto ambiental e economia.
A seguir encontramos algumas dessas soluções.
Isolamento ecológico lã de PET: é uma manta feita
100% de fibras de poliéster, provenientes da reciclagem
de garrafas PETs, não utiliza resinas e água na sua
produção, além de não oferecer nenhum risco à saúde e
ser resistente à água. É considerado um produto versátil e
de fácil manuseio. Dispõe de um isolamento acústico,
onde não apenas isola os ruídos mas também é capaz de
absorvê-los, quando se trata de isolamento térmico, ele
funciona como uma barreira à transmissão de frio e calor,
evitando que o ambiente sofra variações de temperatura
perceptíveis, a fim de diminuir a necessidade de uso de ar
condicionados.
Imagem : 16 Imagem : 17
Coletores de água da chuva: as mercado, construídos em materiais
cisternas permite reutilizar a água da atóxicos, recicláveis e uma melhor
chuva, além de direcionar o uso para vedação
fins específicos, como por exemplo a
irrigação, utilização para fins sanitários,
porém necessita de atenção, pois possui
fácil índice de contaminação, uma vez
contaminada, ficará inutilizada para até
mesmo usos que não necessitam de
água potável, os tipos de cisternas
existente, são:
Cisternas de alvenaria, demanda um
lugar espaçoso para a instalação da
mesma, construídos a partir de cimento,
Imagem : 18
tijolos e cal, não possui nenhum tipo de
proteção para a proliferação de fungos e
algas, e não possui um fechamento total
da estrutura, podendo assim
comprometer a qualidade e também ser
um foco do mosquito da dengue.
Cisterna de fibra de vidro, possui o
custo inferior, sua vedação é precária,
além de apresentar inconvenientes à
exigências sanitárias.
Cisterna de plástico ou polietileno,
atualmente é o modelo mais seguro, Imagem : 19
possui grande resistência, além de ser
encontrado em diversos tamanhos no
24
MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Tijolos de adobe: um dos materiais mais antigos utilizado
na contrução, sua composição traz terra crua, água, palha e
fibras naturais como por exemplo esterco de gado,
considerado um material ecológico e sustentável, consome
pouca energia na sua fabricação além de ser um válido
isolante térmico, baixo custo e manutenção, a prova de
fogo, uma vez que a terra não é um material combustível,
contudo, esse tipo de material não é indicado para
construções de edifícios com mais de um pavimento,
precisam ser protegidos da chuva, não possuem uma
padronização de coloração e o tempo da construção é
maior, visto que, o tijolo necessita de um tempo de
secagem natural.
Imagem : 20
Bioconcreto, desenvolvido pela Universidade Técnica de Delft na Holanda,
liderada pelo microbiólogo Hendrik Marius Jonkers, em sua composição é
utilizadas junto à composição do concreto tradicional as bactérias bacillus
pseudofirmus e lactato de cálcio, alimento dessas bactérias, uma das
vantagens desse material é a extensão da vida útil, quando apresentado
alguma fissura, é permitido a passagem de ar e água que ao entrar em
contato com os pseudofirmus, eles são então ativados e se alimentam do
lactato de cálcio e oxigênio, resultante do seu processo digestivo, é
produzido o calcário, esse então repara e selas as fissuras do bioconcreto.
(Carolina Andrade Souza, coordenadora da área de levantamento CELERE
Consultoria de Eficiência na Construção). Tornando a vida útil do
bioconcreto prolongada, juntamente com a construção, no entanto o custo
do material pode chegar ao dobro do concreto tradicional, em contrapartida,
não haverá custos com manutenção da estrutura. Ainda essa alternativa
não é implantada no Brasil, pelo seu alto custo no mercado.
Imagem : 21 Imagem : 22
25
MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Brises Soleils: presentes nas fachadas, a principal função é controlar a radiação solar da edificação, funcionam como lâminas, podendo
ser fixos ou móveis, lâminas horizontais ou verticais, protegendo ambientes internos. Cada fachada exige uma solução específica, uma vez
que as mesmas possuem diferentes orientações solares, além do clima e condições locais também influenciam nessa escolha.
Algumas vantagens apresentadas pelos brises são:

Comodidade térmica em todas as estações do ano

Reduz a necessidade do uso de aparelhos de refrigeração
Utilização de iluminação natural, consequentemente há redução de gastos de energia
Beneficiamento estético e personalidade à edificação.

Imagem : 23 Imagem : 24 Imagem : 25

Brises de concreto Brises de madeira Brises de aluminio

26
Í

27
SELOS DE SUSTENTABILIDADE
No universo da construção civil, existem premiações para projetos sustentáveis, proporcionando selos que valorizam o mesmo.
Servem para otimizar recursos como água e energia elétrica sem perder conforto e tecnologia. (LANTAR,2021)
Atualmente no Brasil, duas certificações mais utilizadas são o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e a
AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental).
Os selos de sustentabilidade procuram comprovar que a construção utiliza técnicas tencionando a preservação de recursos
ambientais, além de incentivar a preservação do meio ambiente e benefícios sociais. Cada tipo de selos tem critérios avaliativos,
e público alvo específicos.
Consequentemente, construções que seguem esses critérios garantem
Redução de gastos com água, energia e manutenção
Melhor condições para a saúde e conforto
Uso de materiais e tecnologia de baixo impacto ambiental
Melhoria da saúde de ocupantes e trabalhadores
Valorização da venda
Alguns principais selos que se destacam são :
Leadership in Energy and Environmental Design (LEED)
Concedida pela Green Building Council Brasil (GBC), através de um sistema utilizado em 143 países, em síntese seu foco é na
sustentabilidade de projetos, obras e operações. Sua avaliação leva em conta sete critérios, sendo eles:
Espaço sustentável;
Eficiência no uso da água
Energia e Atmosfera
Materiais e Recursos

Imagem : 26
Qualidade ambiental interna
Inovação de processos
Critérios de prioridade regional

No Brasil, são concedidos oito tipos de LEED, que se corresponde há: (Brenda Bressan Thomé, 2016)
LEED NC – Novas construções e grandes projetos de renovação
LEED ND – Desenvolvimento de bairro (localidades)
LEED CS – Projetos da envoltória e parte central do edifício
28
LEED Retail NC e CI – Lojas de varejo
SELOS DE SUSTENTABILIDADE
LEED Healthcare – Unidades de saúde
LEED EB_OM – Operação de manutenção de edifícios existentes
LEED Schools – Escolas
LEED CI – Projetos de interiores e edifícios comerciais
A obtenção deste selo, possuem vantagens como :
Redução de custos operacionais e riscos regulatórios CERTIFICATION GOLD
40 - 49 PONTOS 60 - 79 PONTOS
Valorização do imóvel
Modernização e menor obsolescência da edificação
Melhoria na segurança dos trabalhadores e ocupantes
Aumento de satisfação e bem estar dos usuários
Estímulo a políticas públicas e construção sustentável

Imagem : 27
Redução, tratamento e reúso de resíduos das construções
SILVER PLATINIUM
50 - 59 PONTOS 80 - 110 PONTOS
Selo Procel de Edificações
Entidades públicas, privadas de pesquisa, tecnologia e construção, com o Governo Federal. Estimula a conservação, uso
consciente e eficiente de recursos naturais com finalidade de reduzir os desperdícios e impactos ao meio ambiente. A avaliação são
divididas de acordo com os usos:
Construções comerciais, de serviço e públicas: são analisados; envoltória, iluminação e condicionamento de ar.
Construções residenciais: são analisados; envoltória e aquecimento de água

Após essa análise, o empreendimento adquire a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE),em duas etapas, projeto
e/ou construído, onde há níveis de E (pouco eficiente) até A (muito eficiente).

Certificação AQUA-HQE (Alta qualidade ambiental)

Umas das certificações ambientais internacionais, com o propósito de obter construções de alta qualidade ambiental.
Para obtê-la é necessário que haja uma grande atenção desde o projeto até o uso pelo cliente final.
Os critérios que considerados, são:
Canteiro de obra de baixo impacto ambiental
Preservação de recursos naturais 29
SELOS DE SUSTENTABILIDADE
Redução de poluição e resíduos
Gestão de água e energia
Gestão patrimonial, durabilidade, adaptabilidade, manutenção, custo de uso e
operação
Conforto e saúde dos usuários, vizinhança e funcionários de obra.

Imagem : 28 Imagem : 29

Selo Casa Azul

Pertencente a Caixa Econômica Federal, uma certificação gratuita para projetos que o banco financia. Proporciona o uso racional
de recursos naturais e melhoria na qualidade habitacional.
Os critérios de avaliação totalizam em 6 categorias, sendo:
Qualidade urbana Práticas sociais
Projeto e Conforto Gestão de água
Eficiência Energética Construção de recursos materiais

CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO

SUSTENTÁVEL SUSTENTÁVEL SUSTENTÁVEL
OURO PRATA BRONZE
Imagem : 30
Imagem : 31 30
Í

31
 02

ESTUDO DE CASO

THE SIX | BROOKS + SCARPA ARQUITETOS

ARQUITETOS : Brooks + Scarpa Arquitetos

ÁREA : 3739,34 m²

ANO : 2016
O projeto SIX, possui o certificado LEED Platinum.
É um projeto voltado para o acolhimento para pessoas em situação de rua,
incluindo abordagem sustentáveis para a saúde, bem-estar e orçamento.

Grandes aberturas no teto e ao longo da fachada, trazem iluminação natural

para o edifício.
Ao longo da construção, é possível encontrar pequenos jardins, essa
aproximação com a natureza proporciona a sensação de bem-estar para os
Imagem : 32
ocupantes locais. CORTE

“A plantação é estrategicamente colocada no pátio e no telhado do edifício para

que todos possam vê-la e/ou estar adjacente a ela o tempo todo”, disse Brooks +
Scarpa.

São aplicadas várias estratégias de construção sustentável, entre elas:

O isolamento é feito de celulose soprada;
⅓ do telhado é composto por painéis solares, que aquecem a água além dos
telhados verdes.
Gestão de águas pluviais
“Este tipo de edifício residencial usa mais água quente do que outros tipos de
edifício, portanto, uma caldeira comum eficiente foi utilizada, comissionada e
conectada a painéis solares de água quente no telhado, o que reduz ainda mais o
uso de combustível fóssil”, disseram os arquitetos Brooks + Scarpa Arquitetos

o edifício foi 35% mais eficiente do que o Código de Energia da Califórnia, que é
substancialmente melhor do que a média nacional.
Imagem : 33 32
ELEVAÇÃO
ESTUDO DE CASO

THE SIX | BROOKS + SCARPA ARQUITETOS

ESPÉCIES EFICIENTES EM TERMOS DE IRRIGAÇÃO DE
ÁGUA, ESSA TÉCNICA MINIMIZA A QUANTIDADE DE ÁGUA
CONSUMIDA PELA ÁREA VERDE

TELHADO VERDE , PROPORCIONANDO

REDUÇÃO DE CALOR

SISTEMA DE PLACAS SOLARES PARA AQUECIMENTO

D'ÁGUA, ALÉM DA PRODUÇÃO DE ENERGIA
MEIO DIA, 21 DE JUNHO

TELHADO FRESCO
ISOLAMENTO FEITO DE CELULOSE
RECICLADA
TELHAS DE MADEIRA DE IPE
MEIO DIA, 21 DE DEZ

Imagem : 37
NORTE
PÔR DO SOL, 21 DE DEZ

COLETA DE ÁGUAS PLUVIAIS

NASCER DO SOL, 21 DE JUNHO

Imagem : 34
DETALHAMENTO EXPLICATIVO
PÔR DO SOL

Imagem : 38
Imagem : 36
Imagem : 35
PLANTA BAIXA 33
ESTUDO DE CASO

CASA CONTAINER GRANJA VIANA | CONTAINER BOX

ARQUITETOS : Container Box

ÁREA : 196 m²

ANO : 2011

A casa contêiner tem 196 m2 de área construída, distribuída em dois

pavimentos. Foram implantados diversos meios para a economia da energia e
garantir a sustentabilidade do projeto, dentre eles, soluções como::

Utilização de container marítimos em desuso, além do reaproveitamento, gera

a economia na utilização de materiais como areia, tijolo, cimento e água. Isso
significa uma obra mais limpa, com redução de entulho e de outros materiais.
Imagem : 39
PLANTA BAIXA
A preservação das árvores presentes no terreno para auxiliar o sombreamento
da construção e amenizar o calor excessivo.
Reuso de água da chuva, é captada pelo telhado, armazenada e filtrada em
reservatório próprio, para uso como : irrigação do jardim, limpeza externa,
lavagem de carro entre outros serviços que não exigem água potável.
Ventilação cruzada nos ambientes. Serão utilizadas janelas e aberturas para
evitar o uso de ar condicionado, gerando assim uma alta economia de energia.
Telhado verde. Parte da cobertura terá vegetação que auxilia no isolamento
térmico do contêiner.
Telhas térmicas do tipo sanduíche de poliuretano, para melhor desempenho
térmico da casa; utilizado na cor branca para refletir os raios solares e contribuir
para a diminuição de temperatura local.
Eficiência energética: uso de iluminação em Leds.

Imagem : 40 34
CROQUI
ESTUDO DE CASO

CASA CONTAINER GRANJA VIANA | CONTAINER BOX

Imagem : 41 Imagem : 43

Imagem : 44
MAQUETE 3D
35
Imagem : 42
ESTUDO DE CASO

The Mjøstårnet | Voll Arkitekter

Conhecido como o edifício de madeira mais alto do mundo.

A construção feita por recursos renováveis, possui 18 andares, totalizando em torno de 81 metros de altura.
A estrutura é puramente feita de madeira estrutura e possuem travas metálicas que são parafusadas. Em edifícios de uso misto,
geralmente as caixas de escadas são de concreto ou perfis metálicos, porém nesse caso, é feita de madeira treliçada, que oferecem maior
estabilidade de forma independente da estrutura principal.

Além da estruturação em madeira, podemos ver esse material em diversos pontos ao longo do prédio, tanto em móveis quando em
acabamentos.

Principais pontos de destaque sustentável abordado nessa construção são:

Uso de madeira de abeto

Sistema de energia solar
Reutilização de água

O Mjøstårnet, emite 60% de CO2 a menos que

uma construção de aço e concreto.

Imagem : 45
Planta Baixa 36
ESTUDO DE CASO

CASA CONTAINER GRANJA VIANA | CONTAINER BOX

Imagem : 47

Imagem : 46

Imagem : 48
37
Í

38
CORREÇÕES TFG 1

Questões apontadas na banca TFG1 para correção e nova elaboração.

Esclarecimento do conceito proposto

Terreno é desafiador, propor melhor a resolução do desnível
Melhorar a circulação vertical (escada de emergência)
Modelação estrutural (vigas no meio do ambiente)
Sistema estrutural (Possibilidade de utilização de alvenaria estrutural ou pré-fabricadas)
Pensar na sustentabilidade, na questão da manutenção (iluminação natural, aproveitamento de água e pensar em um pé direito
maior)
Ventilação
Estudar melhor a insolação

39
 TFG I x TFG II

O tema escolhido para o projeto foi a junção da arquitetura sustentável com a habitação de interesse social (HIS).
Inicialmente, o terreno escolhido possuía 26 metros de declividade, e 8.317,97m², e com um córrego canalizado passando em seu meio.
Nos deparamos com a uma questão não analisada inicialmente, que é a questão do nivelamento do terreno ou a adaptação do projeto
ao terreno, uma vez que a intenção utilizar o terreno original, com menor movimentação de terra possível, além de influenciar no custo
da obra, também intervém diretamente no impacto ambiental local.
Houve então a mudança do terreno, onde não possuí declividade em seus 5.213,20 m².
Ambos estão na mesma região, com distância de 9 quadras entre eles. O terreno atual, tem 3 de seus 4 lados com acesso à rua, logo
possui uma grande conectividade e facilidade para acessa-lo.
Essa mudança, nos possibilitou grande aproveitamento do terreno, pois com o antigo havíamos grande perda de área restrita causada
pelo recuo do córrego. Foi possível aproveitar a base do projeto inicial, nos mostrando que o mesmo é possível de ser implantado em
diversos tipos de terrenos.

TERRENO INICIAL - ANTIGO TERRENO ATUAL

8.317,97 M²

5.213,20 M²

Imagem : 49 Imagem : 50
Sem escala Sem escala
FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022 FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022
40
 TFG I x TFG II

PROJETO TFG I PROJETO TGF III

Com a escolha do terreno atual, foi possível manter a planta tipo, com grandes semelhanças.
Ambos propunham oito unidades residenciais por pavimento, porém o antigo terreno, possui um córrego o qual passava no seu interior,
não possibilitando um melhor aproveitamento do local.

Além de algumas mudanças nas orientações das plantas habitacionais, conseguimos aproveitar melhor a insolação e ventilação natural
nesta nova intervenção.
41
Í

42
 LOCALIZAÇÃO

DISTRITO : Itaquera

ZONA : Leste

SUBPREFEITURA : Itaquera

RENDA MÉDIA : 1.058,87

IDH : 737 - alta

DENSIDADE DEMOGRÁFICA (hab/km²) : 14.032

POPULAÇÃO (hab) : 220.292

ÁREA DO TERRENO (m²) : 5.213,20 M²

Segundo o censo de 2010

Sem escala
FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022
43
 MAPA : ÁREA PERMEÁVEL

Conforme imagem ao lado (01), o mapa

nos permite visualizar áreas permeáveis
na região onde se localiza o lote de
intervenção, o terreno em questão possui
grande parte permeável, juntamente com
seu entorno. É notória a presença de
quantidades significantes de árvores.

LEGENDA
Intervenção
Área Permeável
Árvores

0 100 200 m

MAPA 01 - ÁREAS VERDES

FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022 44
 MAPA : USO PREDOMINANTE DE SOLO

Ao analisar o mapa 2, o uso residencial

horizontal de baixo padrão e médio/alto, é
a uso que mais se destaca na região.
Sendo assim uma região residencial.
Na extremidade direita podemos ver
que ser concentra a área central da
região, contendo comércios e
equipamentos públicos
LEGENDA
Intervenção
Residencial Horizontal Baixo Padrão
Residencial Horizontal Médio/Alto Padrão
Residencial Vertical Baixo Padrão
Residencial Vertical Médio/Alto Padrão
Comércio e Serviço
Indústria e Armazéns
Residencial e Comércio/Serviço
Residencial e Indústria/Armazéns
Comércio/Serviços e Indústria/Armazéns
Garagens
Equipamentos Públicos
Escolas
Terrenos vagos
Sem dominância
Sem informação

0 100 200 m

MAPA 02 - USO PREDOMINANTE DE SOLO

FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022
45
 MAPA : ZONEAMENTO

Conforme apresentado na imagem ao

lado, a zona predominante da região é a
Mista, que se caracterizam por serem
quadras que possuem usos residenciais e
não residenciais.
Como mostra o mapa ao lado (03), o
terreno de intervenção está situado em
uma Zona Mista de Interesse Social
(ZMIS).
O que seria a ZMIS, é caracterizado a
possuírem usos residenciais e não
residenciais, porém com uso e para a
população local, e as residências nele
incluso devem ser predominantemente de
interesso social.

LEGENDA
Intervenção
Zona Mista (ZM)
Zona Mista Interesse Social (ZMIS)

0 100 200 m

MAPA 03 - ZONAS
FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022
46
 MAPA : LINHAS VIÁRIAS E PONTO DE ÔNIBUS

No mapa (4) mostram três diferentes vias,

sendo elas locais e coletoras.
O terreno para a intervenção é englobado
por vias locais, mas se encontra próximo
a vias coletoras.
Possui quantidade razoável de ponto de
ônibus nas suas extremidades. Porém é
notória a falta de acesso ao metrô e trem.
Por ser uma área de maior porcentagem
residencial. Grande parte da população
local trabalha em sentido ao centro da
cidade de São Paulo, tendo o principal
meio de locomoção o metrô.

LEGENDA
Intervenção
Via Local
Via Coletora
Ponto de ônibus

0 100 200 m

MAPA 04 - LINHAS VIÁRIAS E PONTOS DE ÔNIBUS

FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022

MAPA 04 - LINHAS VIÁRIAS E PONTO DE ÔNIBUS

FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022
47
 MAPA : EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

Na imagem (05), nos proporciona observar os

equipamentos públicos presente no recorte
feito da região. Analisando, percebemos a falta
de Unidade voltada a educação pública,
hospitais e segurança, como postos de polícias
e delegacias.

LEGENDA
Intervenção
Entidade Crianças e Adolescentes
Unidade Básica de Saúde
Assistência Social
Ambulatório Especializado
Educação Pública Educação Infantil
Educação Privada

MAPA 05 - EQUIPAMENTOS
FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022 48
0 100 200 m
 MAPA : CHEIOS E VAZIOS
O mapa de cheio e vazios, na imagem (06), nos proporciona analisar que a região possui "pedaços" de quadras vazias,
principalmente pelo fato de haver números notórios de habitações verticais. A quantidade de área vazia nos lotes maiores,
onde construções de grande porte se localiza, chama atenção, porém são espaços onde a predominância do solo é
impermeável. Na imagem (07), notamos a dominância de construções de 3-6 pavimentos e 12-15 pavimentos, na região a
construção de moradias verticais estão sendo mais perceptíveis.

LEGENDA
LEGENDA Intervenção
MAPA 06 - CHEIOS E VAZIOS MAPA 07 - GABARITOS
Intervenção 0-3 PAVIMENTOS
FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022 FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022
Cheios 3-6 PAVIMENTOS

Vazios 6-9 PAVIMENTOS

9-12 PAVIMENTOS
0 100 200 m 12-15 PAVIMENTOS
49
 MAPA : VEGETAÇÃO E EQIPAMENTOS

Os mapas a seguir nos leva a um mesmo

resultado, análise topográfico.
Ambos nos mostram que a região possui
declividade considerável.
Seguindo a imagem (08), o terreno de
intervenção é plaino, com curvas já modificadas,
onde as mesmas rodeiam o lote.

LEGENDA
Intervenção
Curvas Mestras
Curvas Intermediárias

0 100 200 m

MAPA 08 - CURVAS TOPOGRÁFICAS

FONTE: Própria autoria com base no Geosampa, 2022 50
Í

51
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da%20minera%C3%A7%C3%A3o%2C%20como%20o%20ferro%3B&text=Polui%C3%A7%C3%A3o%20atm
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54
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 LISTA DE FIGURAS
31. SELO CASA AZUL + CAIXA. [S. l.: s. n.], 2014. Disponível em:
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41. CASA Container Granja Viana / Container Box. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em:
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46. MJØSTÅRNET na Noruega será a estrutura de madeira mais alta do mundo. [S. l.: s. n.], 2018.
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/888896/mjostarnet-na-noruega-sera-a-estrutura-de-madeira-
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mais-alta-do-mundo?ad_medium=gallery. Acesso em: 24 abr. 2022.
48. MJØSTÅRNET na Noruega será a estrutura de madeira mais alta do mundo. [S. l.: s. n.], 2018.
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/888896/mjostarnet-na-noruega-sera-a-estrutura-de-madeira-
mais-alta-do-mundo?ad_medium=gallery. Acesso em: 24 abr. 2022.
49. MJØSTÅRNET na Noruega será a estrutura de madeira mais alta do mundo. [S. l.: s. n.], 2018.
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/888896/mjostarnet-na-noruega-sera-a-estrutura-de-madeira-
mais-alta-do-mundo?ad_medium=gallery. Acesso em: 24 abr. 2022.
MAPAS
1. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA DE SITUAÇÃO DO
TERRENO DE INTERVENÇÃO. Escala SEM ESCALA.
2. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA DE ÁREAS
PERMEÁVEIS. Escala SEM ESCALA.
3. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA DE SITUAÇÃO DO
TERRENO DE INTERVENÇÃO. Escala SEM ESCALA.
4. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA USO
PREDOMINANTE DE SOLOS. Escala SEM ESCALA.
5. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA DE ZONEAMENTO.
Escala SEM ESCALA.
6. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA DE LINHAS VIÁRIAS
E PONTO DE ÔNIBUS. Escala SEM ESCALA.
7. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA DE EQUIPAMENTOS
PÚBLICOS. Escala SEM ESCALA.
8. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA CHEIOS E VAZIOS.
Escala SEM ESCALA.
9. NABIÇA, AGATHA. MAPA DE SITUAÇÃO. TFG: AGATHA NABIÇA, 2022. MAPA TOPOGRAFICO
Escala SEM ESCALA.
56
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
SUSTENTÁVEL Mapa de vegetação

Circulação vertical

Habitações

Rua Manuel Inácio de Loiola

Rua Paulino Serqueira

Rua Narciso Araújo

Térreo com fachadas ativas

Sem escala

Coeficiente de Aproveitamento:

1,95
Taxa de Ocupação:

20%
Área Permeável:

30%
TTERRENO
Localizado no bairro de Itaquera, na Zona Leste da cidade de São Paulo, seu zoneamento
consiste em Zona Mista de Interesse Social (ZMIS), na qual determina que no terreno é
necessário o uso misto, sendo, residências de interesse social e não residenciais. Além de
possuir topografia plaina, possibilitando menor impacto ambiental.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Consiste em uma habitação de interesse social sustentável, de uso misto.
Para englobarmos e favorecer toda a população local, foi implantado além da moradia de
Interesse Social, a unidades de Habitação Mercado Popular.
A Habitação de Interesse Social, possuindo um banheiro, até uma vaga de garagem e possuir
entre 24m² à 70m², já a Habitação Mercado Popular (HMP), possuem as caracteres, 1 sanitário,
até 1 vaga de garagem e área de 24m² à 70m². A diferença entre elas, não está apenas no
projeto, mas também pela faixa de renda familiar.
Foi proposto unidades familiares (HIS) e (HMP), com suas 144 unidades residenciais distribuídas
ao longo dos seus nove pavimentos, além do projeto apresentado para o térreo, com fachadas
ativas, incluindo, mercado e fablab. E inserido na cobertura uma área para colheita e atividades
agrícolas.
As unidades familiares, possuem três tipos de plantas, sendo uma para HIS e outras duas para
HMP. Todas elas possuem varanda, proposto justamente para que possa haver maior iluminação
e ventilação natural.

USJT - Universidade São Judas Tadeu Curso de Arquitetura e Urbanismo Agatha Yumi Takeuchi Nabiça Dezembro 2022 Prof. orientador: Fanny Schroeder de Freitas Araujo 01
PRANCHA TÉRREO

SEM ESCALA

Planta Baixa Térreo

Escala 1:250
0 2,5 5 7,5 10 25m

Elevação A Elevação B
Escala 1:250 Escala 1:250
0 2,5 5 7,5 10 25m 0 2,5 5 7,5 10 25m

USJT - Universidade São Judas Tadeu Curso de Arquitetura e Urbanismo Agatha Yumi Takeuchi Nabiça Dezembro 2022 Prof. orientador: Fanny Schroeder de Freitas Araujo 02
PRANCHA TIPO HABITACIONAL
Cozinha Cozinha

Sala de estar / jantar Cozinha Cozinha Sala de estar / jantar

Suíte Sala de estar / jantar Sala de estar / jantar Suíte

Final 1 Banho Suíte Final 2 Quarto Final 3 Quarto Final 4 Banho Suíte
55 m² 30 m² 29 m² 55 m²
HMP Quarto HIS Banho HIS Banho HMP Quarto

Banho Área de serviço Área de serviço Banho

Área de serviço Varanda Varanda Área de serviço

Varanda Varanda

Planta Baixa
Escala 1:250

832,5 832,5

830 830

827
827

824
824

821
821

818
818

815
815

812
812

809
809

806
806

803
803

797
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

797 796
Corte A-A Corte B-B
Escala 1:250 Escala 1:250
0 2,5 5 7,5 10 25m 0 2,5 5 7,5 10 25m

USJT - Universidade São Judas Tadeu Curso de Arquitetura e Urbanismo Agatha Yumi Takeuchi Nabiça Dezembro 2022 Prof. orientador: Fanny Schroeder de Freitas Araujo 03
 PRANCHACOBERTURA

Planta Baixa Cobertura Planta Baixa Caixa d’água

Escala 1:250 Escala 1:250

Área de permanencia externa Playground Quadra esportiva

ÁREA DE CONVIVIO

Sem escala

USJT - Universidade São Judas Tadeu Curso de Arquitetura e Urbanismo Agatha Yumi Takeuchi Nabiça Dezembro 2022 Prof. orientador: Fanny Schroeder de Freitas Araujo 04