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Ovo Ides
Ovo Ides
“Ante o intervalo espontâneo, reparei não longe de nós, como que ligadas às
personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras. Semelhavam-se a
pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano.
Variavam profundamente nas particularidades. Algumas denunciavam movimentos
próprios, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras,
contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das
personalidades em movimento”. (“Libertação”, FEB, p.84)
Era uma sala um tanto espaçosa, escura e cheia de pequenas caixas retangulares,
semelhantes a caixões de natimortos (nascidos mortos). Todavia, o que me deixou mais
perplexo não foram as aparentes caixinhas mortuárias, mas o que estava dentro delas.
Tratava-se de formas ovóides, que variavam em seu tamanho: algumas tinham a
dimensão de um crânio humano, outras chegavam quase à estatura de um ovo de
galinha”.
Feita a prece e iniciados os passes, Geraldo pediu detalhes e o pai respondeu que a moça
estava com anemia profunda. Submetida a mil e um exames, tratamento médico
rigoroso, um caminhão de remédios e transfusões de sangue, ela se mostrava cada vez
mais fraca, mais fraca cada vez.
Concentrado, o médium passou as mãos abertas a alguns centímetros de todo seu corpo,
terminando na perna direita, num gesto como se expulsasse alguma coisa. Com
excelente bom humor, uma de suas características, determinou à donzela:
_ Agora você se levanta e vai viver normalmente. Cada dia que passar, você vai se
sentir mais forte e melhor. A anemia acabou de sair pela ponta do seu pé…
Ela obedeceu e, embora tivesse chegado quase carregada pelos familiares, sozinha
calçou os sapatos e saiu caminhando, espantada, porta afora, seguida pelo pai, mãe e
irmão, mais atônitos ainda.
_ Eu não podia dizer a verdade. Eles não compreenderiam. A moça tinha dois ovóides,
um de cada lado do tronco, que lhe sugavam toda a energia. Os médicos que trabalham
com seu Eurípedes os retiraram e vão cuidar deles, para que um dia também se
recuperem…”
Uma obra escrita há poucos anos, “Ícaro Redimido” (Editora INEDE), traz um grande
contributo ao estudo dos ovóides. O autor espiritual é Adamastor, pseudônimo de um
médico que viveu na França no final do século dezenove e se transferiu para o Brasil. O
médium que o psicografou é o médico homeopata e professor de homeopatia Gilson
Teixeira Freire. Os termos científicos usados na obra são entendidos pelos leigos graças
a notas explicativas no rodapé das páginas e a um glossário no final. O Capítulo 8 é
todo dedicado a informações sobre ovóides. Vamos ver algumas delas, resumidamente:
1ª) Os ovóides podem ter origens diferentes. O autor cita os suicidas e os que são filhos
do ódio, centralizados em monoideísmo de revolta e vingança.
3ª) A atividade vital dos ovóides é fraca, os órgãos internos se apresentam reduzidos em
suas formas embrionárias, o coração bate fraco, o sistema nervoso também se acha
retrocedido aos primórdios de seu desenvolvimento embrionário, os nervos cranianos
acham-se presentes e sua temperatura é instável.
4ª) Quando o ovóide não está acomodado em um hospedeiro, ele verte uma secreção
pegajosa, que o ajuda a fixar-se em qualquer superfície em que esteja. Através de uma
ventosa ele se alimenta de vibrações.
6ª) Para que a parasitose se instale há necessidade de sintonia entre a vítima e o algoz.
7ª) Existem ovóides tão intensamente atados aos seus hospedeiros desencarnados, que
reencarnam jungidos a eles, produzindo estranhas enfermidades.
8ª) No mundo subumano das trevas os ovóides “são temidos e usados como verdadeiras
armas de persuasão por espíritos com intenção de domínio, que podem aplicá-los tanto
em encarnados quanto em desencarnados e por isso os ovóides são muito procurados
por estes infelizes”.