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A Integração Sul – Americana: Situação Atual e Perspectivas

A Integração Sul – Americana:


Situação Atual e Perspectivas

Heleno Moreira
Coronel da Reserva do Exército Brasileiro, Estagiário do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia
desta Escola em 2008 e Membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra.

Resumo

O presente trabalho faz uma análise sucinta sobre a situação da integração sul-
americana - uma das prioridades da política externa brasileira - o que existe atualmente
no continente, bem como suas perspectivas. Está dividido em sete partes, incluindo
uma conclusão, e traz as considerações iniciais na introdução. Inicialmente, discorre-
se sobre os antecedentes históricos em relação a essas tentativas, demonstrando-se,
em seguida, a influência da Geopolítica no assunto, bem como as teorias relativas à
matéria. A terceira sessão apresenta os blocos existentes na América do Sul e a iniciativa
para a integração física do continente, destacando-se, mais à frente, no quarto item
do artigo, os pontos fracos e as ameaças a esse processo. Na última parte, projeta-se
um cenário futuro, sugerindo-se políticas e estratégias a serem implementadas na
região. E, finalizando, a conclusão, que traduz a possibilidade de se valorizar mais
este tema tão necessário ao continente, qual seja, a Integração Regional.

Palavras-Chave: América do Sul. Integração.

Abstract

This paper makes a brief analysis on the situation of South American integration - one
of the priorities of Brazilian foreign policy - which currently exists on the continent
and its prospects. It is divided into seven parts, including a conclusion, and brings the
initial considerations in the introduction. Initially, talks about the historical background
for these attempts, showing up, then the influence of geopolitics on the subject, as
well as theories on the matter. The third session presents the existing blocks in South
America and the initiative for the physical integration of the continent, especially, later,
in the fourth item of the article, weaknesses and threats to that process. In the last
part, it is projected a scenario, and suggests policies and strategies to be implemented
in the region. And finally, the conclusion, reflects the ability to better exploit this issue
as necessary for the continent, the Regional Integration.

Keywords: South America. Integration.

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Heleno Moreira

Introdução

A maior parte da população sul-americana é católica e de origem ibérica,


com características antropológicas comuns e um passado histórico compartilhado,
constituindo uma homogeneidade que facilita o processo de integração.
O parágrafo único do artigo 4o da Constituição Federal, de 5 de outubro
de 1988, diz o seguinte: “A República Federativa do Brasil buscará a integração
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações”.
Dentre os principais entraves, na integração latino-americana, destacam-
se o alinhamento do México com os EUA, no Tratado Norte-Americano de Livre
Comércio (NAFTA); e a dependência dos países da América Central nas exportações
para os Estados Unidos. Não se pode esquecer que a América Latina é tradicional
área de influência dos EUA. E há que se conviver com essa realidade. Um exemplo
disso é a reativação da 4ª Esquadra norte-americana no Atlântico Sul.
Hoje, a América do Sul conforma-se em três espaços geopolíticos, com seus
respectivos blocos geoeconômicos: Cone Sul – Mercado Comum do Sul (MERCOSUL);
Região dos Andes – Comunidade Andina de Nações (CAN); e o Arco Amazônico –
Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Assim, há necessidade
da integração sul-americana para se abrir três frentes: a Norte, que levará aos
centros mundiais do poder, a Africana e a Sul-Sul. Esta conduzirá aos BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China), ao IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e aos Países Árabes.
O continente sul-americano está relegado, juntamente com a África, à
posição de continentes que não foram capazes de montar e operar zonas de livre
comércio abertas, modernas e eficientes. Os Estados Unidos estão ocupados com
outra agenda: Iraque, Afeganistão, Coréia do Norte, Irã, a nova Rússia e a crescente
presença da China aparecem como temas de grande urgência, além dos seus
problemas econômicos.
O objetivo deste trabalho é apresentar um breve histórico da integração
sul-americana, enfatizando a situação atual, os pontos fracos, as ameaças e as
perspectivas futuras, ressaltando-se as principais iniciativas em desenvolvimento,
que poderão ser consolidadas num único espaço geopolítico.

Antecedentes Históricos

A integração sul-americana já vinha sendo buscada, sem êxito, embutida


no processo latino-americano. Simon Bolívar defendia um processo de inclusão
denominado hispano-americanismo, que consistia na construção de um sistema de
cooperação entre as nações latino-americanas que as protegessem não somente das
tentativas europeias de constituir movimentos de restauração da ordem colonial no
continente, mas, também, dos Estados Unidos e sua Doutrina Monroe.

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Em 1815, Bolívar lançou a ideia da constituição de uma Confederação


Americana. Porém, somente em 1826, após intensas negociações, conseguiu
realizar o Congresso do Panamá.
Pode-se apontar que tal esforço apenas começou a surtir efeito prático,
efetivamente, a partir da segunda metade do século XX. Os países latino-
americanos, cientes das suas dificuldades econômicas e carentes da ajuda das
nações desenvolvidas, criaram a Associação Latino-Americana de Livre Comércio
(ALALC), em fevereiro de 1960, através do Tratado de Montevidéu, que previa o
estabelecimento de uma área de livre comércio em 12 anos, nos moldes do Mercado
Comum Europeu, e que deveria ser a base para a criação de um mercado comum
latino-americano. No entanto, por vários motivos – até em razão da instabilidade
política e econômica que afetou a região nas décadas seguintes – essa organização
internacional não prosperou. Foi, posteriormente, substituída por um novo Tratado,
assinado em 12 de agosto de 1980, para uma outra organização mais flexível: a
Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).
O projeto de criação da Área de Livre-Comércio Sul-Americana (ALCSA) foi
apresentado pelo Brasil aos países do MERCOSUL no início de 1994. Embora não
tenha ido adiante, também nessa iniciativa ficou evidente o objetivo de fortalecer
a região – e a posição relativa brasileira – para negociar com os EUA no âmbito
da proposta de integração hemisférica e, posteriormente, com outras regiões do
mundo.

Um Pouco de Geopolítica
O que é Geopolítica? Segundo Beckheuser1, “Geopolítica é a Política feita em
decorrência das condições geográficas”. O primeiro fenômeno geopolítico ocorrido
na América do Sul foi o papel pioneiro e revolucionário de Portugal, seguido
posteriormente pela Espanha, ao dar início às grandes navegações, alterando o
centro de gravidade comercial do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico.
Essa pujança ibérica nos mares deu origem ao conceito geopolítico mais
inesperado da época – o Tratado de Tordesilhas, pois legou o domínio do Atlântico
Sul a Portugal, uma vez que este país alterou a Bula Papal inter coetera.
Para maior clareza e simplicidade, somente serão apresentadas aqui as
teorias úteis ao embasamento geopolítico deste trabalho.
Em 1930, Karl Ernst Nikolas Haushofer, general geógrafo alemão, estabeleceu
a Teoria das Pan-Regiões, que tem como ideia-chave a divisão do mundo em quatro
grandes regiões naturais: Pan-América, Euráfrica, Pan-Rússia e Pan-Ásia.
Quanto às concepções mais atuais, surgiu, em 1968, a Teoria da Tríade,
engendrada pelo Clube de Roma (bloco econômico precursor do Grupo dos Sete -
G 7). Nela, o mundo seria dividido em três blocos: americano, europeu e asiático.
1
Everardo Adolfo Beckheuser foi considerado o precursor da Geopolítica no Brasil (MATTOS, 2007, p. 61).

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Obviamente, sob a direta influência político-econômica dos EUA.


Em 1991, o conselheiro francês Jacques Perruchon de Brochard lançou a
Teoria dos Blocos, que consiste na divisão do mundo em quatro “Blocos”: Federação
das Américas (“Casa do Dólar”), Confederação Euroafricana (“Casa do Euro”), União
das Repúblicas Soberanas (“Casa do Rublo”) e Liga Asiática (“Casa do Iene”).
Também em 1991, foi apresentada a Teoria do Limes, cujo autor é o francês
Jean-Christophe Rufin, e reside no “conflito” entre os Estados ricos do Norte e
os Estados pobres do Sul. Porém, o Norte ou Sul não deve ser entendido como
demarcação essencialmente geográfica, e, sim, econômico-social. Para que tal
concepção pudesse ser aplicada, seria traçada uma nova fronteira, que chamou
de “Limes”, por intermédio da qual se procuraria impedir que os “novos bárbaros”
invadissem o “Império” (imigração da miséria).
Em 1992, o estrategista Pierre Lellouche, também de origem francesa,
estabeleceu a Teoria da Incerteza (ou da Turbulência), que é a seguinte: após o
esfacelamento da URSS, e o consequente término do conflito Leste x Oeste, o
século XXI se caracterizaria por uma “desordem mundial”, que poderia durar
três décadas (até 2025). Tal desordem seria causada por revoluções nas antigas
Repúblicas Soviéticas, explosão demográfica na África, ameaça nuclear de países
islâmicos do norte da África contra a Europa, rearmamento do Japão, dentre outras.
É importante ressaltar que a América Latina está livre dessa turbulência.
Sobre o Brasil, Lellouche disse que o País deveria aproveitar-se desse cenário
de turbulência para sair da estagnação, sozinho (se necessário for); com um grupo
de países vizinhos (melhor); ou com toda a América do Sul (ideal) (MAFRA, 2006,
p. 173).
Em 1996, o coronel do Exército Brasileiro Roberto Machado de Oliveira Mafra
desenvolveu a Teoria do Quaterno, cuja ideia é que, a partir do primeiro quarto do
século XXI, o mundo seria dividido em quatro blocos: Bloco Norte-Americano: países
integrantes do NAFTA; Bloco Sul-Americano: inicialmente, países sul-americanos
e, posteriormente, acréscimo dos países latino-americanos da América Central,
do Caribe e o México; Bloco Europeu: idêntico ao da Teoria da Tríade; e o Bloco
Asiático: da mesma forma.
O sustentáculo dessa teoria é a negação, pelos Estados latino-americanos, de
tratamento inferiorizado por parte das lideranças mundiais e outros blocos (MAFRA,
2006, p. 197).

Situação Atual

A América do Sul possui os seguintes blocos, todos com o objetivo de


integração: Comunidade Andina de Nações (CAN), Organização do Tratado de
Cooperação Amazônica (OTCA), Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e União
das Nações Sul-Americanas (UNASUL), além da Iniciativa para a Integração das

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Infraestruturas Regionais Sul- Americanas (IIRSA), que é a ligação física. Ressalta-


se que o MERCOSUL tem se mostrado mais estruturado e com mais potencial. A
UNASUL originou-se da iniciativa de unir a CAN ao MERCOSUL.

A Comunidade Andina de Nações (CAN)

O Acordo de Cartagena criou, em 26 de maio de 1969, o Pacto Andino para


facilitar a integração econômica dos países andinos – Bolívia, Chile, Colômbia,
Equador e Peru. Entretanto, esse bloco sofreu modificações com a saída do Chile
em 1976 e com a incorporação da Venezuela em 1974, a qual, também, retirou- se
em 2006. O Peru suspendeu sua participação em 1993, mas voltou a integrar a
associação em 1994. Em setembro de 2006, o Conselho Andino de Chanceleres,
reunido em Nova York, aprovou a reincorporação do Chile à CAN como membro
associado.
Esse Acordo teve como principal motivação a insatisfação de alguns dos
participantes da ALALC, principalmente países médios e pequenos, devido à
distribuição desigual dos benefícios e à falta de políticas compensatórias de perdas
para países com infraestrutura menos desenvolvida (BRAGA, 2006). Também
conhecido como Pacto Andino2 (até 1996), o Acordo de Cartagena tinha como
objetivo a integração regional nos moldes dos padrões internacionais.
A experiência da CAN exibe muitos ensinamentos e seu resgate constitui-
se numa condição necessária para o entendimento das reais dificuldades na
cooperação econômica e política entre os países do continente.

Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA)

Encontra-se na América do Sul a Amazônia, que tem sido foco da atenção


nacional e internacional, um tema central no debate político sobre o efeito estufa
e suas consequências para o clima. A sua importância estratégica pode ser vista
como decorrência da sua dimensão continental, por ser a maior bacia hidrográfica
do planeta e a mais extensa floresta tropical da superfície terrestre, com enorme
quantidade de recursos naturais renováveis e não renováveis.
Enquanto isso, as demandas do mercado global por água, energia, alimentos,
biocombustíveis e fármacos, bem como a crescente preocupação mundial com
os riscos para a humanidade, decorrentes de práticas ambientais destrutivas,
aumentaram a importância geopolítica da Amazônia e de seus recursos naturais.
Durante as últimas décadas, a região tem sido foco de tensões devido,
principalmente, a pressões e interesses internacionais sobre os países da região,
fundamentado nas questões de direitos humanos e problemas indígenas, na
2
O Pacto Andino foi convertido em Comunidade Andina de Nações (CAN) em 1996, por intermédio do Proto-
colo de Trujillo.

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proteção do meio ambiente, no acesso às riquezas do local e no incremento da


ocorrência de ilícitos transnacionais.
Estes problemas, aliados à dimensão continental e à sua riqueza, fazem da
Amazônia objeto de preocupação e atenção dos respectivos governos, quanto a
sua segurança e defesa, pois podem contribuir para uma instabilidade política e
militar.
Assim, as nações localizadas nessa área, sensíveis a esses problemas,
formularam o Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), que foi assinado no dia
03 de julho de 1978, em Brasília, pelos oito países amazônicos3. É um instrumento
jurídico de natureza técnica que tem por objetivo promover o desenvolvimento
harmônico da região, que permita uma distribuição equitativa dos benefícios desse
desenvolvimento entre as partes contratantes, para elevar o nível de vida de seus
povos e lograr a plena incorporação de seus territórios amazônicos às respectivas
economias nacionais.
Em 1995, os Ministros do Exterior dos países-membros, reunidos em Lima,
Peru, acordaram a instituição da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica
(OTCA)4, de modo a fortalecer institucionalmente o TCA e dar-lhe personalidade
internacional. A emenda foi aprovada em Caracas, Venezuela, em 1998, permitindo
o estabelecimento da Secretaria Permanente da OTCA em Brasília.
A importância crescente da região na geopolítica mundial, os avanços no
debate e na promoção do paradigma do “desenvolvimento sustentável”; o caráter
global dos desafios da proteção ambiental, assim como a responsabilidade soberana
dos países amazônicos pelo futuro da região, reiteram uma firme disposição política
e o apoio irrestrito das Partes de realizar ações adicionais para que a cooperação
regional amazônica seja mais eficaz e alcance resultados de maior projeção.
Somente a atribuição de valor econômico à floresta permitirá a ela competir
com outros usos que pressupõem sua derrubada ou degradação, e apenas a Ciência,
a Tecnologia e a Inovação (C, T & I) poderão mostrar o caminho de como utilizar o
patrimônio natural sem destruí-lo, incentivando a pesquisa e o desenvolvimento
para as indústrias de fármacos e cosméticos, por exemplo.
Os recursos hídricos são, muitas vezes, transnacionais, o que pode levar ao
conflito ou à cooperação entre os Estados pela sua utilização. No caso da Amazônia,
que é compartilhada por oito países, já existe uma organização internacional, a
OTCA, que busca, através da cooperação entre os países, formular soluções para
seus problemas comuns.
Neste contexto, a região surge como um importante polo de atração política,
de oportunidades econômicas e de integração com seus vizinhos.

O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL)

O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um processo de integração


3
Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
4
Entrou em vigor em 2002.

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econômica entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, constituído em 26 de março


de 1991, com a assinatura do Tratado de Assunção. Sua evolução começou a partir
do programa de aproximação econômica entre Brasil e Argentina, em meados dos
anos 80.
A criação do MERCOSUL procurou explorar a tendência mundial de implantação
de blocos econômicos que permitissem às economias de seus integrantes a sua
dinamização e a supressão das vulnerabilidades externas.
Assim, em 6 de julho de 1990, Brasil e a Argentina firmaram a “Ata de Buenos
Aires”, quando fixaram a data de 31/12/94 para a conformação definitiva de um
Mercado Comum entre os dois países. Em agosto de 1990, Paraguai e Uruguai
foram convidados a incorporar-se ao processo de integração, tendo em vista a
densidade dos laços econômicos e políticos que os unem ao Brasil e Argentina.
Como consequência, é assinado, em 26 de março de 1991, o “Tratado de Assunção
para Constituição do Mercado Comum do Sul”.
O MERCOSUL é, desde 1o de janeiro de 1995, uma União Aduaneira5. No
entanto, pode-se dizer que é um projeto de construção de um Mercado Comum
que, para atingi-lo, deverá concretizar os seguintes objetivos: a) eliminação
de barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio entre os países membros; b)
adoção de uma Tabela de Tarifa Externa Comum (TEC); c) coordenação de políticas
macroeconômicas; d) livre comércio de serviços; e) livre circulação de mão de obra;
e f) livre circulação de capitais.
Ele representa um salto qualitativo nas relações econômicas entre os quatro
Estados-membros que o integram. Este bloco empreende esforços no sentido
de ampliar o seu quadro de participantes num princípio de regionalismo aberto,
aceitando a adesão de outros membros ou blocos, mediante negociação conjunta,
visando alcançar toda a América do Sul. A sua expansão inclui, hoje, membros como
a Venezuela, que aguarda o referendo do Congresso paraguaio, e outros associados
e participantes complementares da dinâmica comercial como o Chile, a Bolívia, o
Peru, o Equador e a Colômbia.
A adesão da Venezuela é um importante marco para o aprofundamento do
processo de integração da América do Sul. Além da natural ampliação dos fluxos
comerciais regionais, a incorporação desse país - andino, caribenho e amazônico -
abre amplas possibilidades de cooperação nos setores energético e de infraestrutura,
dois dos principais desafios que se colocam para os países do continente. E também
é preciso destacar a proximidade geográfica com os EUA e com a Europa.
Mas grandes obstáculos surgiram. Diante do novo cenário internacional,
particularmente após a queda do muro de Berlim, o MERCOSUL sofreu severas
pressões por parte dos Estados Unidos da América, que passaram a ser a potência
5
União aduaneira é um passo da zona de livre comércio cujo elemento característico de livre circulação de
mercadorias incorpora, completando-o com a adoção de uma tarifa aduaneira comum, eliminando os com-
plexos problemas da definição das regras de origem (ALMEIDA, 2003).

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líder de um mundo que, à deriva, parecia caminhar para o unipolarismo, e não


tardaria a executar ações consideradas vitais para os seus respectivos interesses
nacionais. Dessa maneira, as relações argentino-brasileiras pareciam perdidas.
Para reduzir o desequilíbrio da sua balança comercial, os EUA promoveram a
liberalização do comércio exterior. Um dos objetivos era implantar a Área de Livre
Comércio das Américas (ALCA). O MERCOSUL foi uma resistência a essa Área, que,
se implantada como queriam os americanos, hoje, o parque industrial dos países
sul-americanos estaria falido e teria sido confirmada a Teoria do Limes – o sul como
eterno fornecedor de commodities para o norte.
O núcleo geoeconômico do MERCOSUL é a região platina, abrangendo o
Centro-Sul do Brasil, o pampa argentino, o Uruguai e o oeste do Paraguai, onde
se encontram os seus principais centros populacionais e industriais. Desse modo,
sustenta o caráter estratégico do chamado eixo sul-sul e, neste âmbito, da afirmação
da identidade sul-americana do Brasil.
Hoje, o MERCOSUL vive uma fase de forte recuperação econômica, mas sua
integração comercial encontra dificuldades adicionais, devido à emergência de
governos mais nacionalistas na região.

União das Nações Sul-Americanas (UNASUL)

A União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) foi instituída formalmente, em


23 de maio de 2008, em Brasília, com a assinatura do Tratado Constitutivo, que confere
personalidade jurídica internacional ao subcontinente. Congrega, atualmente, os
doze países sul-americanos, com objetivos de coordenação política, econômica e
social e espera avançar na integração física, energética, de telecomunicações, de
ciência e educação.
Teve sua origem no terceiro encontro de cúpula sul-americano, em 8 de
dezembro de 2004, quando os presidentes ou representantes dos doze países sul-
americanos assinaram a Declaração de Cuzco, uma carta de intenções, anunciando
a fundação da então Comunidade Sul-Americana de Nações. Os líderes anunciaram
a intenção de modelar a nova comunidade segundo a União Europeia, incluindo
uma moeda, um passaporte e um parlamento comuns.
Uma das iniciativas do UNASUL é a criação de um mercado comum,
começando com a eliminação de tarifas para produtos considerados não sensíveis
até 2014 e para produtos sensíveis até 2019.
Dessa maneira, a América do Sul ganha status de organização internacional,
reconhecida na Organização das Nações Unidas (ONU) e capaz de negociar com
outros países, blocos de países e instâncias multilaterais.
A rigor, a reunião de Brasília cumpriu seu objetivo central - a assinatura do
tratado constitutivo da UNASUL, com as bases jurídicas para a ação desse novo
organismo regional. Como se reiterou na cúpula de Brasília, espaços como esse

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são essenciais para botar a América do Sul “no mapa” e dar-lhe peso maior nas
negociações internacionais.
A UNASUL cria uma nova geopolítica em uma parte do mundo onde existem
grandes reservas de recursos naturais, como minérios, águas, terras cultiváveis e
energia. Esta dotação de recursos naturais, apoiada por infraestrutura e recursos
humanos bem treinados, pode tornar a região numa das mais importantes áreas
econômicas de um mundo globalizado que consome grandes quantidades de
alimentos, matérias-primas e energia.
O projeto de constituição da UNASUL pode ser interpretado, em ampla
medida, como a concretização do intuito de se priorizar não apenas a economia e o
intercâmbio comercial, mas também a política, possibilitando a construção de uma
maior capacidade coletiva de influência nas negociações internacionais, além de
tentar certa neutralização de eventuais ações unilaterais dos EUA.

Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-


Americana (IIRSA)

A América do Sul é um território com quatro grandes obstáculos internos:


a cordilheira dos Andes, a selva amazônica, o Rio Amazonas e o Pantanal. É
fundamental, para o êxito da integração regional, construir as “pontes” para unir
estas ilhas. Sem a ligação física entre os países é muito difícil integrarem-se as
populações, que se vêem como povos distantes e dissociados.
A partir da criação do MERCOSUL, a meta de integração física passou a
ter conotações comerciais e desenvolvimentistas, buscando-se a formação de
corredores de integração, dos quais possa beneficiar-se a população.
A IIRSA, um instrumento da atual política exterior brasileira para a América do
Sul, tem por objetivo promover o desenvolvimento da infraestrutura de transporte,
energia e telecomunicações regional, procurando a integração física dos doze
países, visando alcançar um padrão de desenvolvimento territorial equitativo e
sustentável. Ou seja, desenvolver a região sob a égide da coesão social e econômica
para uma integração competitiva no mercado global.
Essa iniciativa, que contou com a participação de todos os países da América do
Sul, surgiu na Reunião de Presidentes da região realizada no mês de agosto de 2000,
na cidade de Brasília, quando os mandatários acordaram em acertar ações conjuntas
para impulsionar o projeto de integração política, social e econômica sul-americana,
incluindo a modernização da infraestrutura regional e ações específicas para estimular
a integração e o desenvolvimento de sub-regiões isoladas. Estabeleceu-se um prazo
de dez anos como horizonte de ação para a implementação desse processo.
No entanto, uma integração física é complexa: as proporções do continente,
barreiras naturais e particularidades socioeconômicas de ocupação da América do
Sul são fatores que dificultam a ligação. Por meio do trabalho conjunto dos países

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e instituições multilaterais participantes, a IIRSA concentrou seus esforços em dez


Eixos de Integração e Desenvolvimento (EID), que são os seguintes:
1. Eixo Mercosul-Chile (São Paulo – Montevidéu - Buenos Aires - Santiago);
2. Eixo Andino (Caracas-Bogotá-Quito-Lima-La Paz); 3. Eixo Andino do Sul (do
Norte ao Sul da Argentina); 4. Eixo da Hidrovia Paraná-Paraguai; 5. Eixo de
Capricórnio (Antofogasta/Chile - Jujuy/Argentina - Assunção/Paraguai – Porto
Alegre/Brasil); 6. Eixo do Escudo das Guianas (Venezuela-Brasil-Guiana-Suriname);
7. Eixo Multimodal do Amazonas (Brasil-Colômbia-Equador-Peru); 8. Eixo do Sul
(Talcahuano-Concepción/Chile-Neuquen-Bahia Blanca/Argentina); 9. Eixo Peru-
Brasil (Acre-Rondônia-Bolívia); e 10. Eixo Interoceânico Central (Brasil-Bolívia-
Paraguai-Peru-Chile).

Deve-se assegurar que os projetos não se convertam somente em grandes


corredores de exportação, mas também possam gerar desenvolvimento nas suas
áreas de influência. Antes mesmo de se concretizar uma ligação interoceânica
por meio da integração das infraestruturas na América do Sul, focaliza-se na
importância desses projetos no estímulo ao desenvolvimento do interior do
continente que, longe da costa, está pouco conectado aos fluxos regionais e
globais. O fato dos doze países sul-americanos terem firmado uma lista de 31
projetos simboliza a coesão da região em torno de prioridades comuns para o seu
desenvolvimento e integração.

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A IIRSA é uma revolução silenciosa na América do Sul e sua vinculação à


UNASUL na estratégia de integração regional tende a conferir maior importância
à iniciativa, tornando-se relevante um monitoramento constante da sua
evolução.

Pontos Fracos e Ameaças

A questão ambiental, o papel da Amazônia e a expansão do ilícito


transacional constituem temas de interesse compartilhado pelo Brasil e vários
de seus vizinhos. Outra preocupação é a quantidade de Organizações Não
Governamentais (ONG) que atuam na Amazônia brasileira. Estas organizações,
utilizando argumentos de violação aos direitos humanos (questão indígena,
trabalho infantil e escravo) e de proteção ambiental, têm criado dificuldades às
tentativas de desenvolvimento da região. Recentemente, o governo brasileiro
começou a cadastrá-las.

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A questão da segurança energética é central nos dias de hoje e no futuro


previsível. A integração e a autonomia regional energética para garantir a segurança
de abastecimento são prioridades absolutas da política externa brasileira na região.
A burocracia nacional também é um problema a ser solucionado, pois, apesar
dos acordos de livre-comércio negociados pelo Brasil com quase todos os países
da região (exceto Guiana e Suriname), permanecem barreiras resultantes de ações
dessa burocracia, que mantém exigências, muitas vezes desnecessárias, impedindo
o crescimento do comércio.
A nacionalização dos recursos naturais, como no caso dos hidrocarbonetos
na Bolívia, a prioridade de objetivos domésticos sobre a cooperação regional,
exemplificada pelo conflito das papeleras6 entre Uruguai e Argentina, são fatores
que trazem novos desafios para a América do Sul, na medida em que apontam na
direção oposta aos objetivos de estabilidade econômica e política regional.
Em 2008, a Colômbia realizou um ataque às Forças Armadas Revolucionárias
da Colômbia (FARC) que se encontravam em território equatoriano. O Equador
reclamou e a Venezuela se solidarizou com este país, trazendo instabilidade à
região, e gerando uma crise. Porém, o problema foi solucionado com a morte dos
dois principais líderes e a libertação de 15 reféns, com destaque para a senadora
Ingrid Bettancourt, mostrando que as FARC estão se dissolvendo.
O posicionamento geopolítico do Chile, voltado para o Oceano Pacífico,
aproxima-o dos EUA, pois a Cordilheira dos Andes torna-se um obstáculo para o leste. E
esse fato o faz voltar-se naturalmente para a hiperpotência. A relação contemporânea
entre Colômbia e Estados Unidos, que apóiam o combate ao narcotráfico no país
andino, aumenta a influência norte-americana no sul do continente.

Perspectivas

A integração sul-americana é viável e deve ser um objetivo da política externa


dos países da região, particularmente do Brasil. Com a conclusão da maioria dos
projetos da IIRSA, prevista para 2010, a probabilidade de uma maior integração
regional aumenta, uma vez que o comércio deverá crescer, incentivando o
empresariado sul-americano.
A união da Venezuela é também um importante marco para o aprofundamento
desse processo, pois poderá implicar num certo reequilíbrio intrabloco e mudará o
eixo estratégico do MERCOSUL - da Bacia do Prata para o Norte, com a transformação
da Amazônia em “área-pivô” da integração sul-americana.
Assim, a despeito de dificuldades, há uma especial oportunidade estratégica,
pois o MERCOSUL (impulso platense) é o ponto de partida da geopolítica para atuar
na frente sul-sul (centro mundial de poder), que possibilitará a aliança deste bloco
com dois grandes segmentos: Índia – Brasil – África do Sul (IBAS) e com a Cúpula
dos Países Árabes. Essa é uma iniciativa que pode, de forma útil, complementar os
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Fábricas de celulose.

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A Integração Sul – Americana: Situação Atual e Perspectivas

movimentos políticos em direção à América Andina, o que será uma articulação


política muito mais árdua do que parece à primeira vista, pois terá de enfrentar a
forte resistência dos EUA.

Projeção das Transações Comerciais até 2000

Projeção das Transações Comerciais até 2010

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Heleno Moreira

Assim, a despeito de dificuldades, há uma especial oportunidade estratégica,


pois o MERCOSUL (impulso platense) é o ponto de partida da geopolítica para atuar
na frente sul-sul (centro mundial de poder), que possibilitará a aliança deste bloco
com dois grandes segmentos: Índia – Brasil – África do Sul (IBAS) e com a Cúpula
dos Países Árabes. Essa é uma iniciativa que pode, de forma útil, complementar os
movimentos políticos em direção à América Andina, o que será uma articulação
política muito mais árdua do que parece à primeira vista, pois terá de enfrentar a
forte resistência dos EUA.
Somente com investimentos em C,T&I será possível a concepção de um novo
paradigma de desenvolvimento para a Amazônia. Tal base constituirá condição
fundamental para a implantação de um novo modelo de desenvolvimento que
valorize a floresta e seus produtos, dando a esta valor econômico que justifique
a sua exploração sustentável, e não permitindo, portanto, a sua destruição.

Algumas Políticas e Estratégias que poderão contribuir para a


integração

Conscientização da opinião pública, divulgando e valorizando as ações da


CAN, da OTCA, do MERCOSUL e da UNASUL, de forma a demonstrar a importância
da integração sul-americana e da IIRSA;
Intensificação da fiscalização da região Amazônica, ampliando mecanismos
para o combate ao garimpo predatório e à biopirataria, preservando a biodiversidade;
controlando, em melhores condições, a presença de estrangeiros e a ação de ONG’S;
e combatendo os ilícitos transfronteiriços;
Investimento e incentivo de C, T& I na Amazônia, criando novas universidades
públicas na região, motivando cada país membro da OTCA a criar pelo menos uma
universidade, de preferência, nas capitais; estabelecimento de, no mínimo, três
Institutos científico-tecnológicos voltados para pesquisas aplicadas, com prioridade
nas seguintes áreas: a) recursos florestais e da biodiversidade; b) recursos aquáticos
e c) recursos minerais; aumentando a comunicação entre os países, intensificando
o intercâmbio intra-regional e desenvolvendo linhas de pesquisa comuns que
aproveitem as capacidades instaladas na Amazônia, pois serão meios para
potencializar os trabalhos realizados em âmbitos regionais e apoiarão políticas que
respondam às necessidades da população;
Intensificação da presença do Brasil junto aos países sul-americanos;
Fortalecimento do MERCOSUL, tornando os países associados em membros
plenos; acabando com as assimetrias no bloco;
Instituição de uma moeda sul-americana; e
Criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, com um Centro de Estudos
de Segurança e Defesa da América do Sul voltado para a formulação de Políticas e
Estratégias de Segurança e Defesa conjuntas; um Centro de Estudos Estratégicos
Sul-Americano; e incentivando a indústria de defesa nos países.

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A Integração Sul – Americana: Situação Atual e Perspectivas

Conclusão

O continente sul-americano dispõe de riquezas naturais e de espaço que


podem garantir-lhe condições de pleno e contínuo desenvolvimento. Apesar
desse grande potencial, a região tem sido considerada como parte da periferia
mundial, não despertando o interesse das principais correntes geopolíticas
mundiais.
A Frente Sul-Sul consolidada possibilitará o fortalecimento do IBAS, uma
parceria estratégica com os Países Árabes, com a China e com o Sudeste Asiático,
além do incremento da reunião de cúpula dos BRIC.
A América do Sul está frente ao desafio que definirá seu papel no século XXI:
retomar o crescimento econômico com ampla participação social, para construir
as bases de um desenvolvimento sustentável que gere bem-estar social, reduza
os níveis de pobreza e desigualdade em todos os países da região e aumente sua
relevância na economia mundial.
Dessa maneira, o continente deve aproveitar o cenário da Teoria da
Turbulência para sair da estagnação e consolidar a Teoria do Quaterno.

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