Ciclo de Oficinas - Química Geral

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Ciclo de Oficinas:

Revisão de Química Geral

Modelos Atômicos

Modelo Atômico de Dalton: Em seu modelo, Dalton uniu a lei de Conservação


das Massas com a teoria de filósofos que diziam que o átomo era uma partícula
densa não divisível, e assim, em seu modelo, o átomo era definido como maciço
e indivisível, ficando conhecido como Modelo Bola de Bilhar.

Figura 1 – Modelo Bola de Bilhar

Fonte: Toda Matéria

Modelo Atômico de Thomson: Quase 100 anos depois, Thomson descobriu o


elétron através do experimento de raios catódicos, e agora o átomo é uma esfera
carregada positivamente com os elétrons “enfiados” em sua superfície. Tem-se
então o Modelo Pudim de Passas, lembrando que o átomo continua maciço,
porém, divisível.

Figura 2 – Modelo Atômico Pudim De Passas

Fonte: Gestão Educacional


Modelo Atômico de Rutherford: em 1911 Rutherford realizou um experimento
que refutou a teoria aceita até o momento que era a do modelo atômico de pudim
de passas, de Thomson. O experimento realizado consistiu no bombardeamento
de finíssimas lâminas de ouro por partículas alfa, resultantes do decaimento do
polônio. Conforme a figura abaixo, onde dentro do bloco de chumbo temos a
amostra do elemento radioativo. A radiação alfa (que possui carga positiva)
passava por um pequeno orifício do bloco de chumbo em direção a lâmina de
ouro. Foi observado então que nem todas as partículas atravessavam a lâmina,
sendo ricocheteadas ou desviadas. Concluiu-se então que quando uma partícula
alfa passava perto dos elétrons ela era levemente desviada, porém quando outra
partícula batia no núcleo ela era totalmente refletida. Veja o esquema realizado
por Rutherford na figura abaixo:

Figura 3 – Experimento de bombardeamento de uma lâmina de ouro

Fonte: ColaWeb

Portanto, o modelo atômico de Rutherford diz que o átomo possui uma região
central chamada de núcleo atômico, onde fica toda a massa do átomo e que
possui carga positiva, e uma região denominada eletrosfera, onde os elétrons
ficam ao redor do núcleo.
Figura 4 – Modelo Sistema Solar

Fonte: Ciência em Ação

Modelo Atômico de Bohr: Pouco tempo depois, Bohr complementou a teoria de


Rutherford com a teoria das órbitas com energia quantizada, nelas o elétron
ficaria na órbita sem ganhar nem perder energia. Onde, se o elétron ganha
energia ele vai para uma camada mais externa, e se ele liberar energia ele volta,
iniciando aqui a ideia dos Saltos Quânticos que ficou aberta por anos, pois os
átomos não poderiam simplesmente saltar, ou se teletransportar. Bohr não sabia
explicar o fato dos átomos não emitirem energia quando estavam nos orbitais.

Figura 5 – Modelo Atômico de Bohr

Fonte: Toda Matéria

A descoberta do elétron chocou os cientistas da época, pois, de acordo com a


física clássica, o elétron ficaria orbitando ao redor do núcleo, emitindo energia
em forma de radiação, dessa forma ele perderia sua energia e espiralaria para o
núcleo em instantes e se isso fosse verdade, os átomos não existiriam nem se quer
por 1 segundo. Era necessário um modelo matemático para tratar os átomos de
uma forma puramente quântica. Na mecânica quântica não é possível descrever
as partículas diretamente, o que é possível é calcular a probabilidade de uma
partícula, nesse caso o elétron, ser encontrada em um certo ponto.

Estrutura Atômica

Modelo Atômico de Schrödinger: Schrödinger desenvolveu um modelo


matemático capaz de fazer isso e com isso desenvolveu o modelo Nuvem
Eletrônica, onde o núcleo era uma bola massiva de carga positiva cercada de uma
nuvem de probabilidade de onde os elétrons podem estar. Descrever o elétron
como uma nuvem de probabilidade e não como partículas resolve muitos
problemas da teoria de Bohr, como, o porquê desses elétrons não emitirem
radiação é porque nessas órbitas a velocidade média deles é zero. Cada uma
dessas nuvens representa uma possível forma de um elétron se espalhar ao redor
do átomo, tendo formatos e cores diferentes.
Figura 6 – Modelo Nuvem Eletrônica do Átomo de Hidrogênio

Fonte: Infopedia

Os elétrons são “rebeldes” não sendo possível ter 2 elétrons com a mesma energia
rotação e inclinação no mesmo orbital, é aí que surge a ideia do Spin eletrônico,
com essa propriedade 2 elétrons podem ocupar o mesmo orbital desde que
tenham sentidos diferentes. Eles ocupam diferentes níveis de energia baseados
na distância que eles estão orbitando até o núcleo. Cada nível de energia possui
uma quantidade de elétrons definida baseados na distribuição eletrônica ou no
diagrama de Linus Pauling.

Figura 7 – Diagrama de Linus Pauling

Fonte: Química Bento Antigo

Estrutura Molecular e Ligações Químicas

Os átomos buscam a estabilidade eletrônica, que pode ser alcançada por meio
das ligações químicas. Whalter Kossel analisou a relação entre a estabilidade dos
gases nobres e a sua configuração eletrônica. Gilbert Newton Lewis e Irving
Langmui aperfeiçoaram a ideia e criaram a Regra do Octeto que diz que a maioria
dos átomos alcança a estabilidade eletrônica quando possui 8 elétrons na sua
camada de valência ou 2 elétrons quando possui apenas uma camada.

Eletronegatividade: é a capacidade de um elemento de atrair elétrons em uma


ligação química. Ela aumenta da esquerda para direita e de baixo para cima na
direção do Flúor.
Figura 8 – Eletronegatividade

Fonte: Infoescola

Eletropositividade: que é a capacidade de um elemento de perder elétrons em


uma ligação química. Ela aumenta da direita para a esquerda e de cima para
baixo.

Figura 9 - Eletropositividade

Fonte: Infoescola

Ligações Covalentes: ocorrem entre o hidrogênio, ametais e semimetais e sua


principal característica é o compartilhamento de elétrons.

Figura 10 – Ligação covalente

Fonte: Infoescola

Ligações iônicas: ocorre em ametais e metais quando estão no estado de cátions


e ânions. E sua característica principal é a perda ou ganho de elétrons.

Figura 11 – Ligação Química


Fonte: Blog do Enem

Ligações Metálicas: são bem diferentes das outras duas. Ela ocorre com os metais
de transição, e esses metais tem algumas características bem definidas. Os metais
são muito eletropositivos e se agrupam para formar arranjos cristalinos
definidos. A ligação metálica não tem uma representação eletrônica, é formada
por um número gigantesco e indeterminado de átomos, e é simbolizada somente
pelo símbolo do elemento químico, que, não existe na natureza na sua forma
isolada.

Figura 12 – Ligações Metálicas

Fonte: Manual da Química

Agora que já entendemos as ligações químicas, é possível entender a estrutura


molecular que é dada pelo agrupamento de diversas moléculas, formadas por
um número limitado de átomos ligados entre si por ligações covalentes, e
algumas vezes por ligações iônicas.
Nos materiais de estruturas moleculares, a natureza das ligações interfere
diretamente em suas características e propriedades.
Uma molécula será polar quando existir diferença de eletronegatividade entre
os átomos, apresentando um polo positivo e outro negativo, porém é a
geometria da molécula que determinará se a mesma é polar ou não.
Observe o exemplo abaixo:
Figura 13 – Moléculas Polares

Fonte: Toda Matéria

Nos dois exemplos, os átomos centrais possuem pares de elétrons


desemparelhados formando nuvens eletrônicas, e como há mais nuvens
eletrônicas ao redor do átomo que átomos ligados a ele, a molécula é polar.
Já as moléculas apolares são formadas por átomos unidos a partir de ligações
covalentes, não apresentando polos positivos e negativos como nas moléculas
polares. Observe o exemplo abaixo:

Figura 14 – Moléculas Apolares

Fonte: Toda Matéria

Ambas possuem geometria linear, os átomos das extremidades, oxigênio e


hidrogênio, atraem os elétrons da ligação para si, pois são mais eletronegativos.

A atração do átomo da esquerda é contrabalanceada pela atração do átomo da


direita. Como as ligações são iguais, ou seja, possuem mesma intensidade, mas
direções diferentes, as moléculas não formam polos. Sendo portanto, apolares.

Dica de ouro: Vale lembrar que quando uma molécula é formada por átomos de um
único elemento químico, não haverá diferença de eletronegatividade e a molécula será
apolar!

Bom, agora fica fácil entender as diferentes geometrias moleculares que existem
e como elas se arranjam. A geometria molecular será determinada pela posição
dos núcleos dos átomos ligados ao átomo central, levando em consideração a
interação entre as nuvens eletrônicas e as repulsões exercidas sobre elas.
No quadro abaixo, podemos observar as diversas geometrias moleculares de acordo com
o número de átomos presentes e o número de nuvens eletrônicas. Ela mostra passo a
passo de como podemos determinar a geometria molecular:
Figura 15 – Passo a passo para identificar geometrias moleculares

Fonte: Descomplica

Na figura abaixo, é possível analisar com maiores detalhes os diferentes tipos


de geometrias moleculares e suas características.
Figura 16 – Tipos de geometrias moleculares

Fonte: Descomplica
Misturas e Soluções

As soluções químicas são misturas homogêneas formadas por duas ou mais


substâncias.

Soluto: representa a substância dissolvida.

Solvente: é a substância que dissolve.

Figura 13 – Soluto e Solvente

Fonte: Toda Matéria

A concentração e a molaridade de uma solução é a medida da quantidade de


soluto que está presente em um soluto, e o cálculo de concentração é dado por:
𝒎
𝑪=
𝒗

Onde;
m = massa do soluto
v = volume da solução em litros

e o cálculo de molaridade consiste na seguinte fórmula:


𝒏 𝒎𝟏
𝑴= 𝒐𝒖 𝑴=
𝒗 𝑴𝟏 × 𝒗
Onde;
M = molaridade
n = quantidade de matéria do soluto
v = volume da solução
𝑚1 = massa do soluto
𝑀1 = massa molar do soluto
Dica de ouro 2: Segue o link da tabela periódica interativa utilizada na apresentação da
oficina: https://ptable.com/?lang=pt#Propriedades

Referências Bibliográficas

BATISTA, C. Moléculas polares e apolares. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/molecula/>. Acesso em: 27 set. 2021.

BATISTA, C. Modelos Atômicos. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/modelos-atomicos/>. Acesso em: 27 set. 2021

EDUCA MAIS BRASIL. Educa Mais Brasil - Bolsas de Estudo de até 70% para
Faculdades – Graduação e Pós-graduação. Disponível em:
<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/estrutura-atomica>. Acesso em: 27
set. 2021.

EDUCA MAIS BRASIL. Educa Mais Brasil - Bolsas de Estudo de até 70% para
Faculdades – Graduação e Pós-graduação. Disponível em:
<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/soluto-e-solvente>. Acesso em: 27
set. 2021.

MICHEL. Modelos Atômicos uma breve revisão.YouTube, 25 mar. 2018. Disponível


em: <https://www.youtube.com/watch?v=A3sNlHNvql0>. Acesso em: 27 set. 2021

O que é a geometria molecular? | Descomplica. Disponível em:


<https://descomplica.com.br/artigo/o-que-e-a-geometria-molecular/49j/>. Acesso em:
27 set. 2021.

ROCHA, J. Evolução dos modelos atômicos. Disponível em:


<https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/evolucao-dos-modelos-
atomicos.htm>. Acesso em: 27 set. 2021.

ROCHA, J. Geometria molecular. Geometria molecular e as nuvens eletrônicas. Disponível


em: <https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/geometria-molecular.htm>. Acesso em:
27 set. 2021.

STÉFANO ARAÚJO NOVAIS. Ligações químicas: tipos, funções, exercícios.


Disponível em: <https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/ligacoes-
quimicas.htm>. Acesso em: 27 set. 2021.

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