O Que É Fibra Optica

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O que é Fibra Ótica e como funciona?

Transmitir dados em alta velocidade com consistência e sem


interrupçõ es é o que todos os ?agentes da informaçã o? desejam. E isto,
só é possível graças ao físico Narinder Singh Kapany que consolidou
essa tecnologia fantá stica. Confira agora mesmo o que é e como
funciona a Fibra Ó tica.

O que é Fibra Ótica

Uma fibra ó tica é composta basicamente de material dielétrico (sílica


ou plá stico), com uma longa estrutura cilíndrica transparente e flexível,
podendo ser microscó picas (compará veis a um fio de cabelo). A
estrutura cilíndrica bá sica da fibra ó ptica é formada por uma regiã o
central chamada de nú cleo, envolta por uma camada também de
material dielétrico chamado casca.? O nú cleo pode ser composto por
um fio de vidro especial ou polímero que pode ter apenas 125
micrô metros de diâ metro nas fibras mais comuns e dimensõ es ainda
menores em fibras mais sofisticadas. (penta.ufrgs)

?Ao redor do nú cleo está a casca, que é um material com índice de


refraçã o menor. É a diferença entre os índices de refraçã o da casca e do
nú cleo que possibilita a reflexã o total e a conseqü ente manutençã o do
feixe luminoso no interior da fibra. Ao redor da casca, ainda há uma
capa feita de material plá stico, como forma de proteger o interior
contra danos mecâ nicos e contra intempéries.? (gta.ufrj)

Como funciona

Pense em um imenso canudo de refrigerante ou em um cano plá stico


flexível. Imagine, por exemplo, um cano excessivamente comprido.
Agora, considere que a superfície interna desse cano foi revestida com
um espelho perfeito. Entã o, imagine que você está olhando em uma das
pontas do cano. Há vá rios quilô metros de distâ ncia, na outra ponta, um
amigo seu liga uma lanterna e reflete sua luz dentro do cano. Uma vez
que o interior do cano é revestido de um espelho perfeito, a luz da
lanterna refletirá na superfície do cano (mesmo que ele seja curvo ou
distorcido) e você a verá na outra ponta. Se o seu amigo começar a ligar
e desligar a lanterna à maneira do có digo Morse, ele conseguirá se
comunicar com você por meio do cano. Essa é a essência do cabo de
fibra ó tica? (informatica. hsw)

Para realizar a transmissã o de dados em uma fibra ó tica, é preciso


utilizar equipamentos especiais que contenham um fotoemissor, ou
seja, um aparelho que possa transformar sinais elétricos em pulsos de
luz. Assim os pulsos de luz passam a representarem valores digitais
biná rios correspondentes aos dados.

Características

Hoje existem vá rios tipos de comunicaçõ es espalhadas pelo mundo, e


para atendê-las a fibra ó tica possui dois tipos principais de cabo:
Monomodo e Multimodo. O tipo Monomodo é usado para sinais de
grandes distâ ncias, possui um manuseio difícil e exige muita técnica,
além do seu custo elevado.
Utilizado para comunicaçõ es com redes locais, o sistema Multimodo
tem diâ metro maior e assim, é possível transitar mais de um sinal
através de lasers e LEDs.

Assim como em todo produto existem pontos positivos e negativos, e


situaçõ es benéficas para o uso desse ou daquele determinado produto
ou serviço, a fibra ó tica nã o foge dessa realidade. Veja algumas das
vantagens e desvantagens dessa tecnologia:

Vantagens

Dimensõ es Reduzidas.
Capacidade para transportar grandes quantidades de informaçã o.
Imunidade à s interferências electromagnéticas.
Matéria-prima muito abundante.
Segurança no sinal.

Desvantagens

Custo elevado.
Fragilidade.
Dificuldade de conexõ es das fibras ó ticas.
Falta de padronizaçã o dos componentes ó pticos.

Diferença entre fibra ó tica e par trançado


A principal diferença na comparaçã o de um cabo de fibra ó tica e um de
par trançado é a velocidade da transferência das informaçõ es e a
ausência de interferências eletromagnéticas. Existem pesquisadores e
especialistas em transferência de dados que conseguiram enviar 100
Tb por segundo através de fibra ó ptica. O fator mais preocupante dos
cabos de par trançado é a interferência eletromagnética, que em
ambientes industriais sã o de grandes quantidades.
Funcionamento da Fibra Óptica
Com a evoluçã o da tecnologia, os tradicionais cabos metá licos foram
substituídos por cabos de fibra ó ptica. A fibra ó ptica é um filamento de
vidro, que também pode ser de material produzido com polímero, que
tem alta capacidade de transmitir os raios de luz. Ela foi inventada pelo
físico indiano Narinder Singh Kapany.

O funcionamento desses cabos ocorre de forma bem simples. Cada


filamento que constitui o cabo de fibra ó ptica é basicamente formado
por um nú cleo central de vidro, por onde ocorre a transmissã o da luz,
que possui alto índice de refraçã o e de uma casca envolvente, também
feita de vidro, porém com índice de refraçã o menor em relaçã o ao
nú cleo. A transmissã o da luz pela fibra ó ptica segue o princípio da
reflexã o. Em uma das extremidades do cabo ó ptico é lançado um feixe
de luz que, pelas características ó pticas da fibra, percorre todo o cabo
por meio de sucessivas reflexõ es até chegar ao seu destino final.

Reflexã o é quando a luz, propagando-se em um determinado meio,


atinge uma superfície e retorna para o meio que estava se propagando.

Os feixes de luz que penetram no cabo ó ptico sofrem vá rias reflexõ es


na superfície de separaçã o entre os dois vidros que o formam e dessa
maneira a luz caminha, podendo percorrer vá rios quilô metros de
distâ ncia, uma vez que a energia nas reflexõ es nã o é calculá vel.
Utilizadas como meio para transmissã o de ondas eletromagnéticas,
como a luz, por exemplo, elas sã o feitas em vidro porque esse material
absorve menos essas ondas.

A transmissã o de informaçõ es pela fibra ó ptica ocorre através de um


aparelho especial denominado de infoduto, que possui um fotoemissor
que faz a conversã o da luz em sinais elétricos. A luz que é refletida no
interior do cabo ó ptico pode ser transformada em sinal elétrico, sonoro
ou até mesmo luminoso, dependendo da informaçã o que é transmitida.
As fibras ó pticas sã o utilizadas principalmente nas telecomunicaçõ es,
pois apresentam vá rias vantagens em relaçã o ao uso dos antigos cabos
metá licos, conheça as vantagens da utilizaçã o das fibras ó pticas:

Tem maior capacidade para transportar informaçõ es;


A matéria prima para sua fabricaçã o, a sílica, é muito mais abundante
que os metais e possui baixo custo de produçã o;
Nã o sofrem com as interferências elétricas nem magnéticas, além de
dificultar um possível grampeamento;
A comunicaçã o é mais confiá vel, pois sã o imunes a falhas;
Ao contrá rio dos fios metá licos, os fios de vidro nã o enferrujam, nã o
oxidam e nã o sofrem com a açã o de agentes químicos.

Tipos de emendas Fibra Óptica

Emenda ó ptica consiste em uma junçã o permanente ou temporá ria de


duas ou mais segmentos de fibras. Serve para aumentar a extensã o de
um cabo ó ptico, fazer a mudança de tipo de cabo, conectar um
equipamento ativo ou fazer manobras em um sistema de cabeamento
estruturado.

Existem três tipos de emendas:

Emenda ótica por Fusão

Este processo nã o é exatamente simples ou rá pido, e como o pró prio


nome diz, consiste em "fundir" uma fibra ó ptica à outra.

Neste tipo de emenda a fibra é introduzida limpa e clivada na má quina


de fusã o, para apó s o alinhamento apropriado, ser submetida à um
arco voltá ico que eleva a temperatura nas faces das fibras, o que
provoca o derretimento das fibras e a sua soldagem. O arco voltá ico é
obtido a partir de uma diferença de potencial aplicada sobre dois
eletrodos de metal. Apó s a fusã o a fibra é revestida por resinas que tem
a funçã o de oferecer resistência mecâ nica à emenda, protegendo-a
contra quebras e fraturas.

Apó s a proteçã o a fibra emendada é acomodada em recipientes


chamados caixa de emendas. As caixas de emendas podem ser de
vá rios tipos de acordo com a aplicaçã o e o nú mero de fibras. Umas sã o
pressurizá veis ou impermeá veis, outras resistentes ao sol, para
instalaçã o aérea.

O custo de todo o material necessá rio para este tipo de emenda é alto,
pois o processo de "Emenda Ó ptica por Fusã o" exige um custo alto de
investimento nos equipamentos para a sua operaçã o. Entretanto, este
processo agiliza as instalaçõ es e garante uma grande confiabilidade no
sistema.

A clivagem, acima citada, é o processo de corte da ponta da fibra ó ptica.


É efetuada a partir de um pequeno ferimento na casca da fibra ó ptica
(risco), a fibra é tracionada e curvada sob o risco, assim o ferimento se
propaga pela estrutura cristalina da fibra. A qualidade de uma clivagem
deve ser observada com microscó pio.

Emenda óptica Mecânica

Este tipo de emenda é baseado no alinhamento das fibras através de


estruturas mecâ nicas (desenvolvidas para tal finalidade), que mantém
estas fibras posicionadas frente a frente, sem uni-las definitivamente.
Neste tipo de emenda as fibras também devem ser limpas e clivadas.
Este tipo de emenda é recomendado para um nú mero reduzido de
emendas a realizar, pois o custo desses dispositivos é relativamente
barato, além de serem reaproveitá veis, porém nã o é aconselhá vel
utilizá -los em sistemas que exijam uma grande confiabilidade.
Emenda óptica por Conectorização

Este processo é bem semelhante ao processo de Emenda Mecâ nica,


onde duas fibras devem ser alinhadas e nã o unidas. Entretanto, em
cada fibra é colocado um conector ó ptico e estes dois conectores sã o
encaixados em um acoplador ó ptico de modo a tornar possível o
alinhamento entre as fibras, sem uni-las definitivamente.

Isto é conseguido através do uso de outro tipo de conector chamado de


Adaptador Ó ptico, esta emenda é executada de forma rá pida, desde
que os conectores já estejam instalados nos cordõ es ó pticos.

Ele é também muito usado em acessó rios ó pticos chamados de


Distribuidores Ó pticos, onde fazem a interface entre um cabo vindo de
uma sala de equipamentos e os equipamentos ativos instalados no
andar, no Armá rio de Telecomunicaçõ es.

Veja os tipos de conectores para esta emenda clicando aqui.

Redes Ópticas Passivas

Como estratégia de evoluçã o tecnoló gica, as redes ó pticas passivas


podem ser utilizadas para aproveitar a base instalada de cabos de
cobre e cabos coaxiais nas redes de acesso. Por esse motivo, estã o se
firmando como uma soluçã o de grande potencial para as redes de
acesso local. O acréscimo de serviços numa rede PON é simples. A
principal vantagem da sua arquitetura está na reduçã o dos custos de
implantaçã o e de manutençã o, pela ampliaçã o da largura de banda
disponível sem a necessidade de aumento no nú mero de componentes
ativos na rede.

Fisicamente, distinguem-se entre si no ponto de encontro entre a rede


de fibra ó ptica (operadora de serviços) e a rede do assinante. Pequenas
e grandes empresas de telecomunicaçõ es como operadoras,
provedores de serviços de Internet (ISP?s) e integradores de soluçõ es
para condomínios horizontais vêm investindo nesses sistemas ó pticos.

O sistema de transmissão de uma PON apresenta três


componentes fundamentais:

Terminal de linha ó ptica (OLT);


Unidade de rede ó ptica (ONT);
Rede de distribuiçã o ó ptica (ODN).
A OLT e a ONT contém componentes ó pticos e eletrô nicos ativos,
enquanto a ODN constitui a rede de distribuiçã o passiva contendo a
fibra, os divisores, os conectores, etc. A OLT é responsá vel pela
gerência do sistema e pelo provimento de uma interface ao restante da
rede, podendo ser localizada na central ou remotamente, servindo de
interface com a central ou um concentrador remoto. O sinal ó ptico é
transmitido pelo OLT através da rede de distribuiçã o ó ptica (ODN). Na
fibra ó ptica sã o feitas derivaçõ es através do uso de divisores ó pticos
passivos, os Passive Optical Splitter (POS)

Instalar a fibra ó ptica até o local onde se encontra o assinante traz


inú meras vantagens, como largura de banda praticamente ilimitada e
provimento de serviços de que necessitam de altas bandas de
transmissã o. De modo geral, a partir de um ponto de centralizaçã o
conhecido como Central Office (CO), o sinal é transmitido por uma rede
ó ptica onde, numa regiã o mais pró xima do assinante, este é dividido
por meio dos divisores ó pticos, os splitters e, posteriormente,
encaminhado à respectiva tomada de telecomunicaçõ es ou Optical
Network Terminal (ONT), localizada no ambiente dos assinantes.
Central de Equipamentos (Headend): local onde ficam instalados os
equipamentos ó pticos de transmissã o e o Distribuidor Geral Ó ptico
(DGO) responsá vel pela interface entre os equipamentos de
transmissã o e os cabos ó pticos de transmissã o.
Backbone Ó ptico (Feeder): composto basicamente por cabos ó pticos
que levam o sinal da central aos pontos de distribuiçã o. Estes cabos
ó pticos podem ser subterrâ neos ou aéreos. Para aplicaçã o PON as
fibras sã o do tipo monomodo.
Pontos de Distribuiçã o: para otimizar o uso das fibras ó pticas, as redes
PON apresentam-se, geralmente, em topologia estrela. Nesta
configuraçã o, os pontos de distribuiçã o fazem a divisã o do sinal ó ptico
em á reas mais distantes da central de equipamentos, reduzindo o
nú mero de fibras ó pticas para atendimento a estes acessos. Neste
ponto de distribuiçã o é realizada a divisã o, distribuiçã o e gestã o do
sinal ó ptico associado a esta á rea.

Rede Ó ptica de Distribuiçã o: formada por cabos ó pticos, leva o sinal


dos pontos de distribuiçã o à s á reas específicas de atendimento. Estes
cabos geralmente sã o do tipo auto-sustentado com nú cleo seco para
facilidade de instalaçã o. Associados a estes cabos, sã o utilizados caixas
de emenda para derivaçã o das fibras para uma melhor distribuiçã o do
sinal. Caixas de emenda terminal, também denominadas Network
Access Point (NAP), sã o estrategicamente instaladas para a
distribuiçã o do sinal realizando a transiçã o da rede ó ptica de backbone
à rede terminal, denominada de Rede Ó ptica Drop.
Rede Ó ptica Drop: composta por cabos ó pticos auto-sustentados de
baixa formaçã o (pequeno nú mero de fibras ó pticas). A partir da caixa
de emenda terminal (NAP), os cabos drop levam o sinal ó ptico até ao
assinante propriamente dito. O elemento de sustentaçã o geralmente é
utilizado para realizar a ancoragem do cabo a casa ou prédio. Podem
terminar em pequenos Distribuidores Internos Ó pticos (DIO?s), na
transiçã o do cabo para cordã o ó ptico, ou em pequenos bloqueios
ó pticos, para transiçã o do cabo para extensã o ó ptica no interior da
casa ou prédio. Devido à s restriçõ es de espaço na infraestrutura das
edificaçõ es, sã o utilizadas geralmente fibras ó pticas de características
especiais para se evitar perda de sinal por curvaturas acentuadas.
Rede Interna: a partir do bloqueio ó ptico ou distribuidor interno
ó ptico, sã o utilizadas extensõ es ó pticas ou cordõ es ó pticos para
realizar a transiçã o do sinal ó ptico da fibra ao receptor interno do
assinante.
Existem alguns tipos diferentes de modelos de redes que utilizam a
arquitetura bá sica de PON. Temos dois tipos principais de arquitetura
utilizando fibra ó ptica: point-to-point e point-to-multipoint. A
configuraçã o point-to-multipoint utiliza-se de uma fibra compartilhada
entre os assinantes e o CO (Central Office), enquanto a configuraçã o
point-to-point utiliza fibras dedicadas para cada assinante.

A rede PON com arquitetura point-to-multipoint permite que uma


ú nica fibra seja compartilhada por mú ltiplos pontos finais (residências
e empresas), nã o existindo elementos ativos entre o equipamento OLT
e os elementos ONU's e outras OLT's (os divisores ó pticos sã o
elementos passivos) e com isto economizando energia, espaço em sites
e manutençã o de equipamentos eletrô nicos. Já a arquitetura point-to-
point apresenta baixa penetraçã o no mercado devido ao seu alto custo
de infraestrutura quando comparada ao modelo de fibra
compartilhada.

Materiais para trabalhar com Fibra Óptica

Striper

É utilizado para decapar o tubo loose (capa externa)

Clivador

O clivador de precisã o serve para efetuar a clivagem da fibra. É um


instrumento de alta precisã o que realiza o corte da fibra segundo um
â ngulo determinado.

Alicate de crimpar

Ele "esmaga" os contatos do conector, fazendo com que as facas-


contato perfurem a cobertura plá stica e façam contato com os fios do
cabo de rede.

Estilete e Tesoura

Tanto a tesoura quanto o estilete sã o instrumentos que podem ser


utilizados para retirar a capa externa na fibra e cortar sobras com
precisã o. No caso da tesoura, o seu mecanismo de fechamento faz com
que a fibra escorregue para parte posterior da tesoura atingindo a á rea
lisa que é onde ocorre o corte da fibra de vidro. Sã o dois processos em
uma ú nica açã o.

Disco, base e lixa de polimento

É necessá rio polir o cabo de fibra ó ptica porque sem esses cuidados, a
ponta fica irregular e obstrui a passagem do sinal luminoso,
inutilizando o cabo.

Seringa

Utilizada para auxiliar no processo de rescisã o por epoxi.


Cola Epoxi

Bicomponente, de baixa viscosidade e recomendado para a colagem de


fibras ó pticas, materiais ó pticos, metais, cerâ micas, vidros e plá sticos,
apresenta baixo estresse, alta resistência a impactos e choques
térmicos e tem a propriedade de mudar de cor para indicar o estado de
cura.

Estrutura da Unidade Óptica

A leitura de informaçõ es microscó picas a uma grande velocidade só foi


possível devido a aplicaçã o de tecnologias extremamente avançadas da
ó ptica, da eletrô nica e da mecâ nica de precisã o, criando um
componente altamente preciso e eficiente, porém, muito sensível a
qualquer anormalidade ocasionada por agentes externos. A figura a
seguir mostra o diagrama de uma UNIDADE Ó PTICA e suas principais
partes:
PD

Composto por 06 (Seis) fotodiodos detectores que sã o usados


basicamente para leitura de dados gravados nos disco e correçã o de
foco e outros fotodiodos sã o utilizados para a correçã o de track.

Lente Côncava

É a lente convergente com a funçã o de concentrar os feixes refletidos


do disco sobre o PD.

Diodo Laser

É o dispositivo semicondutor com a propriedade de emitir um feixe de


luz monocromá tico de forma concentrada laser.

Prisma

O prisma é um espelho dicró ico, que atua como espelho para a luz
proveniente do canhã o laser, e como um vidro transparente para a luz
refletida pelo disco, permitindo, assim, que a luz emitida pelo laser
possa chegar aos diodos detectores, onde será transformada em sinal
elétrico.

Grade

É através dela que um ú nico feixe emitido pelo diodo é dividido em


três: um feixe principal mais dois sub-feixes.

Lente Colimadora

Esta lente serve para manter os dois sub-feixes paralelos ao feixe


principal.

Bobinas de Track

Ao girar, o disco se movimenta também horizontalmente. Como a luz


laser deve estar caminhando exatamente sobre trilhas, é necessá rio
que a lente se movimente horizontalmente, para permitir que o feixe se
mantenha trilhado (em cima da trilha). Para que isto seja possível, a
lente fica presa em um par de bobinas, denominado “BOBINAS DE
TRACHING”, que sã o capazes de movimentá -las para os lados,
permitindo, assim, a correçã o dos erros de tracking. Quando o laser
está “fora da trilha”, a leitura se torna impossível, gerando o que se
chama de erro de leitura “Error”.

Bobinas de Foco

Ao girar, o disco se movimenta verticalmente. Como o feixe de luz laser


deve estar sempre tocando o disco com uma ponta muito fina, ou seja,
em “FOCO”, é necessá rio que a lente se movimente para cima e para
baixo, para que possa acompanhar os movimentos do disco, e assim
manter o foco. Para que isso seja possível, a lente fica presa em par de
bobinas, denominadas “BOBINAS DE FOCO”, que sã o capazes de
movimentá -las para cima e para baixo, permitindo, assim, a correçã o
dos erros de foco. Quando o laser está “em foco”, um feixe finíssimo
toca o disco, ocupando apenas uma trilha do mesmo. Quando a lente
está muito pró xima, ou entã o muito distante do disco, o ponto de foco
se dá fora de superfície do disco. Quando o laser está “fora do foco”, o
feixe “engrossa”, fazendo a leitura de vá rias trilhas ao mesmo tempo,
impossibilitando a identificaçã o do sinal lido.

Lente Difratora

Esta lente tem a funçã o de corrigir o desvio do feixe, que é provocado


quando este atravessa o prisma.

Objetiva

É uma lente mó vel tanto horizontalmente como verticalmente


propiciando assim, a correçã o de FOCO e TRACK a partir das
respectivas bobinas do CIRCUITO DE CORREÇÃ O.
Aplicaçõ es de Fibra Ó ptica

Cabos Submarinos
Os cabos submarinos sã o parte integrante da rede internacional de
telecomunicaçõ es, e sã o mais um exemplo no qual as fibras ó pticas
obtiveram sucesso. Os cabos convencionais utilizam cabos coaxiais de
alta qualidade, com grande diâ metro para diminuir a atenuaçã o, mas
requerem repetidores separados por distâ ncias de 5 a 10 km. Com as
fibras ó pticas, essa distâ ncia entre repetidores pode ser aumentada
para mais de 100km, além de oferecer outras vantagens já conhecidas
como a alta banda passante e facilidades operacionais devido a suas
pequenas dimensõ es.

O primeiro dos cabos ó pticos submarino transatlâ ntico, o TAT-8,


entrou em operaçã o em 1988, e elevou para 20000 circuitos de voz a
capacidade de trá fego entre EUA e Europa. Desde entã o, foram
instalados muitos outros cabos, criando uma forte rede de
comunicaçõ es que interligam todos os 5 continentes, tendo cada cabo
capacidade de transmissã o da ordem de 1Tbps. Os cabos sã o utilizados
para diferentes tarefas, como transmissã o de dados, telefonia,
televisã o, etc.

Fiber Channel

Fiber Channel surgiu como tecnologia substituinte dos discos SCSI


(Small Computer System Interface) graças ao seu menor custo e à sua
capacidade de cobrir maiores distâ ncias. É a tecnologia da camada de
enlace predominante de armazenamento em rede (Storage Area
Networks, SANs) com interfaces que atingem velocidades acima de
100Mbps. O Fiber Channel pode ser carregado diretamente sobre a
camada ó ptica utilizando-se o DWDM.
Gigabit Ethernet

Gigabit Ethernet é o Ethernet padrã o projetado para atingir escalas de


outra ordem de magnitude, chegando a taxas de transferência de
1Gbps. Por conta da capacidade da fibra de cobrir longas distâ ncias
sem repetidores, utilizando-se o DWDM, o Gigabit Ethernet pode ser
expandido para longas distâ ncias com grandes taxas.

Rede digital de Serviços Integrados

As fibras ó pticas sã o capazes de suportar os novos serviços de


transmissã o oferecidos pela rede digital de serviços integrados, graças
à sua grande capacidade de transmissã o. As fibras ainda nã o
dominaram totalmente tal aplicaçã o por conta de seu custo ainda alto,
e por conta da dificuldade de realizaçã o de interfaces ó pticas
adequadas aos aparelhos telefô nicos.

Rede telefônica

Uma das aplicaçõ es bá sicas onde as fibras ó pticas foram utilizadas foi
na rede telefô nica. A fibra ó ptica, desenvolvendo sistemas de alta
capacidade, era utilizada no chamado sistema tronco de telefonia,
interligando centrais de trá fego interurbano, que podiam ter desde
algumas dezenas e centenas de quilô metros.

Uma outra aplicaçã o da fibra, ainda na telefonia, é na interligaçã o de


centrais telefô nicas urbanas. Estas centrais nã o envolvem longas
distâ ncias, mas as fibras ó pticas entram como forte opçã o, pois as
redes subterrâ neas estã o geralmente congestionadas e porque sua
grande banda passante é capaz de atender uma demanda crescente,
representada pelo crescimento do nú mero de usuá rios da rede.

Sensores
As fibras ó pticas sã o utilizadas em sistemas sensores ou de
instrumentaçã o seja em aplicaçõ es industriais, médicas, automó veis e
até militares.
A idéia de utilizar a fibra ó ptica em tais ambientes vale-se de suas
pequenas dimensõ es e da sua resistência à ambientes hostis.

As fibras ó pticas sã o utilizadas principalmente em sistemas de


telemetria, graças à resistência da fibra a diferentes condiçõ es de
temperatura, pressã o, e outros, e supervisã o de controle de processos.

NA Á REA MÉ DICA
Há um vasto nú mero de aplicaçõ es, destacando-se o primitivo
Fiberscope, a primeira aplicaçã o prá tica na qual uma fibra ó ptica foi
utilizada. Em tais aplicaçõ es, o objetivo é observar e iluminar o interior
do corpo humano. Hoje em dia, há , além dos aparelhos de imagens,
sensores de temperatura, pressã o, pH, e de vazã o sanguínea. A á rea
médica ainda conta com as redes de comunicaçõ es locais ou redes de
distribuiçã o de recursos, que realizam teleconferências, e outras
transferências de dados em alta velocidade.
NA AUTOMOBILÍSTICA
As aplicaçõ es das fibras vã o desde o controle do motor e da
transmissã o até os acessó rios secundá rios (controle de janelas e
portas, aquecimento e refrigeraçã o de ar, entre outros. As vantagens da
fibra de ser imune à interferências, ter dimensõ es pequenas e
isolamento elétrico, auxiliaram para que ela conquistasse mais este
tipo de aplicaçõ es.

Televisã o por Cabo (CATV)


Os atrativos da fibra ó ptica para os sistemas de CATV sã o as já
conhecidas grande capacidade de transmissã o e seu alcance sem
repetidores. Nos sistemas de CATV com cabos coaxiais, o espaçamento
entre repetidores é da ordem de 1 km e o nú mero de repetidores está
limitado a 10 por conta do ruído e da distorçã o aos quais tais cabos
estã o submetidos. Portanto, as fibras ó pticas superam
economicamente e com sua confiabilidade os cabos coaxiais banda-
larga.

Conectores de Fibra Óptica

Há vá rios tipos de conectores ó pticos no mercado, cada um voltado a


uma aplicaçã o. Basicamente, os conectores sã o constituídos de um
ferrolho com uma face polida, onde é feito o alinhamento da fibra, e de
uma carcaça provida de uma capa plá stica. Os diversos tipos de
conectores variam nos formatos e na forma de fixaçã o (encaixe, rosca).
Os conectores sã o todos machos, ou seja, os ferrolhos sã o estruturas
cilíndricas ou cô nicas, dependendo do tipo de conector, que sã o
inseridos em adaptadores ó pticos.

Os conectores utilizam acoplamentos frontais ou lenticulares, sendo


que existem três tipos de acoplamentos frontais: quando a superfície
de saída é maior que a de entrada, quando a superfície de saída é igual
à de entrada e quando a superfície de saída é menor que a de entrada.
E existem acoplamentos lenticulares do tipo simétrico e assimétrico.

Os requisitos dos conectores sã o a montagem simples, uma forma


construtiva está vel, pequenas atenuaçõ es e proteçã o das faces das
fibras e os fatores que influenciam em sua qualidade sã o o
alinhamento, a montagem e a características de transmissã o das fibras.
Lembrando que existem conectores para fibra ú nica e para vá rias
fibras (mú ltiplo).

Com relaçã o à forma que se realiza o alinhamento podemos ter vá rios


tipos de estruturas sendo que os mais comuns sã o os circulares e os
tipo V-GROOVE. Os tipos circulares sã o recomendados para conexõ es
duradouras enquanto que os V-GROOVE para situaçõ es provisó rias de
conexõ es de fibras nuas (sem revestimento).

As figuras abaixo ilustram os tipos de conectores mais comuns


encontrados no mercado:
D4 / SC Duplex / SMA

ST / LC / MTP

MTRJ / VOLITION / E2000

ESCON / FC / FDDI
BICONIC / SC

Na década de 1960, a transmissã o de dados por sinais luminosos em


fibras ó pticas se tornou uma forte candidata a substituir,
gradativamente, os sistemas baseados em fios de cobre nos sistemas
de telefonia. Duas limitaçõ es, no entanto, impediam o desenvolvimento
da tecnologia: as grandes perdas de luz durante a transmissã o e o
excessivo calor que os lasers geravam.

Enquanto o professor Zeferino Vaz fundava, em 1966, a Universidade


Estadual de Campinas (Unicamp), pesquisadores de diversos países
reunidos em empresas e universidades norte-americanas estavam em
busca de soluçõ es para o uso da tecnologia, que só foram vencidas em
1970.

Foi quando a empresa norte-americana Corning fabricou a primeira


fibra ó ptica com baixa perda de luz e, nos Laborató rios Bell, da AT&T,
foi desenvolvido um tipo de laser capaz de operar à temperatura
ambiente.

Três pesquisadores brasileiros que estavam nos Estados Unidos e


acompanharam de perto as descobertas ? Rogério Cerqueira Leite,
Sérgio Porto e José Ripper Filho ? aceitaram o convite de Vaz e
retornaram ao Brasil para liderar, na Unicamp, pesquisas na á rea.

Em 1972, o governo brasileiro criou a Telebrá s e investiu nos grupos


acadêmicos existentes para o desenvolvimento da tecnologia de
fabricaçã o das fibras. O principal resultado desses investimentos foi
obtido em abril de 1977, quando a primeira fibra ó ptica brasileira foi
puxada em uma torre de dois metros de altura do Instituto de Física
Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp.

“A fibra ó ptica nã o foi inventada no Brasil, mas revolucionou os


serviços de comunicaçã o no país por ter sido capaz de modificar o
mercado ao substituir as tecnologias até entã o existentes", disse José
Ripper Filho, que em 1971 era chefe do Departamento de Física
Aplicada do IFGW, à Agência FAPESP.

"Percebemos na hora certa a possibilidade de uma mudança radical


nos conceitos das comunicaçõ es ó pticas no país. Ficamos na fronteira
do conhecimento em fibras ó pticas até o fim da década de 1980", disse
Ripper Filho.

A transferência da tecnologia para a indú stria nacional ocorreu por


meio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicaçõ es
(CPqD), o entã o centro de pesquisa e desenvolvimento da Telebrá s, no
qual foi montada a planta piloto de fabricaçã o das fibras.

Estabelecida em Campinas, a empresa nacional ABC X-Tal contratou


pessoal do Grupo de Fibras Ó pticas da Unicamp e assinou contrato de
US$ 6 milhõ es com a Telebrá s para produzir 2 mil quilô metros de fibra
ó ptica. O primeiro lote de 500 quilô metros foi entregue em agosto de
1984.

"Na década de 1990, no entanto, eventos como o processo de abertura


comercial, mudanças na política industrial e a globalizaçã o limitaram o
projeto nacional de comunicaçõ es ó pticas e a maior parte das
empresas nacionais perdeu força de mercado", lembrou Ripper Filho,
atual presidente da AsGA, empresa nacional de equipamentos de
comunicaçõ es ó pticas.

Atualmente, o CPqD continua transferindo tecnologia à indú stria, nã o


mais para a produçã o da fibra, mas para para a fabricaçã o de
equipamentos de comunicaçõ es ó pticas por empresas nacionais como
AsGA, Padtec e Digitel.

"O problema é que as principais concorrentes dessas empresas sã o


oriundas da China, dos Estados Unidos e da Europa, que faturam, em
média, 20 vezes mais", disse o presidente do CPqD, Helio Machado
Graciosa.

Para ele, como o Brasil ainda domina a tecnologia de fabricaçã o e


transmissã o de dados por fibras ó pticas, o maior desafio na á rea para
os pró ximos anos é fomentar a criaçã o de uma grande indú stria
brasileira "que tenha poder comercial e logístico no mercado
internacional".

"A definiçã o de sucesso em comunicaçõ es ó pticas é ter as tecnologias


nacionais aplicadas no mercado. E isso hoje deve ser perseguido pela
indú stria, pois a capacitaçã o tecnoló gica está instalada em vá rias
universidades, indú strias e operadores de comunicaçã o. A Unicamp
nã o tem mais o monopó lio tecnoló gico. A semente plantada há 30 anos
frutificou", conclui Graciosa.

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