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SBTLM - SBK Eclesiologia
SBTLM - SBK Eclesiologia
Missão é aquilo que a igreja é e o que ela faz. Somos levados a ver a missão como
algo estreitamente relacionado com o fato de ser da igreja. Não há como
desvincularmos uma coisa de outra. A missão pertence de fato à natureza da igreja.
A igreja somente manifestará sua genuína identidade quando expressar a seu
envolvimento com o mundo de forma aberta e clara como Cristo fez. É na
identificação e envolvimento com Jesus de Nazaré, que a comunidade dos
discípulos de Cristo, manifestarão o testemunho dos de fora de que “estes
verdadeiramente estavam com Ele”. É na justiça social, na vida de oração, na
perseverança da doutrina, no partir do pão, no estender às mãos ao necessitado,
aos desprezados. É na proclamação do Kerygma, na manifestação da sua diaconia
ao mundo, e na sua koinonia que iremos nos identificar com Cristo que é o cabeça
do corpo.
“Onde estamos nós” é outra questão que a Igreja deve saber responder. Se há uma
identificação com o caráter de Cristo, a igreja então vai ao mundo, existindo por
causa dele, fazendo-o ver a necessidade de uma conversão profunda mas de
maneira integral. De modo que a evangelização e sua ação social não sejam
simplesmente um departamento localizado na igreja local, mas o fato de existir por si
mesma e interagir em um mundo decadente.
Charles Van Engen no seu livro Povo Missionário, povo de Deus, propõe o estudo
e uso de quatro palavras essenciais, para que a igreja não venha a sucumbir. Isto é,
1. Koinonia
2. Kerygma
Kerygma, traz em seu bojo, a mensagem: “Jesus é Senhor” (Rm 10.9; 1 Co 12.3).
Esta verdade é a própria proclamação da igreja. Quando se pensa em comunidade,
a própria comunhão da Koinonia, envolve uma proclamação (kerigma) do Senhorio
de Jesus. O senhorio de Cristo impulsiona a Igreja para fora na proclamação do
evangelho ao mundo. Cristo como Senhor, não é apenas Senhor da Igreja e do
crente, mas este senhorio traz proporções universais.
3) Diaconia
Uma das áreas da igreja mais esquecida é a Diaconia. A igreja somente manifesta
sua natureza missionária quando de fato execre uma função diaconal para com o
mundo.
Jesus, quando fala sobre o julgamento final, põe em cheque a função diaconal de
seus discípulos. O fato principal não é o quanto fizeram, mas o quanto não fizeram.
“…porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,
sendo forasteiro e não me hospedastes, estando nu e não me vestistes, achando-
me enfermo e preso não fostes ver me” (Mt 25.43,44). A experiência de conhecer a
Jesus, significa envolver-se com os outros nas suas calamidades, nas suas
tragédias, em seus problemas, com uma palavra de esperança e atitudes que
Quando analisamos a visão diaconal da Igreja Primitiva, vemos que não havia uma
departamentalização missão, mas tudo era missão. Desde o distribuir pão aos
necessitados como viver em comunhão, como também pregar o kerygma. (At 2.42-
47; At 4.32-5,1; At 6.1-7; At 9.36-42). Nas palavra de Van Engen, o ministério da
diaconia são as mãos e os braços da igreja. Esta é a verdadeira comunidade de
amor. Do amor que prega que faz sem esperar nada em troca. É a verdadeira
religião pregada por Tiago (Tg 1,27). O fato de a igreja se manifestar diaconalmente
expõe claramente que em sua natureza ela irá revelar o quanto ama a Deus. É na
dedicação às pessoas que a igreja de fato revela seu profundo amor para com Deus.
bênçãos que recebemos da Trindade. O apóstolo Paulo, com muita clareza afirma
que os crentes são igualmente santificados pela presença e ação da trindade.
Isto significa dizer que o Corpo de Cristo deve manifestar e exercer a santidade nas
situações cotidianas da vida igreja. Isto, na verdade, expressará não somente uma
realidade escatológica, uma vez buscado pela igreja, mas refletirá a presença de
Cristo entre os seus discípulos. É nesta santidade que o marido não domina a
esposa, mas a ama. É nesta santidade, que os filhos não se rebelam contra seus
pais, mas retribuem o amor deles através da obediência. A santidade da igreja
também é expressada não apenas na vida prática dos relacionamentos, mas
também nos valores que a mesma expressa para com o mundo.
Por ser para todas as pessoas, talvez a igreja nunca deixe de convocar, de atrair
todos a Cristo. O lugar da igreja é nas ruas e nas estradas como portadora de um
convite especial. É chamada de embaixadora, aquela que leva a mensagem de
reconciliação ao mundo. Devido a abrangência do sacrifício de Cristo, assim será a
abrangência da missão da igreja, isto é ao mundo todo (II Co 5.19-21).
A visão da igreja deve ser mundial e não apenas local, regional e nacional. Deve ser
uma igreja para todos os povos e não produto localizado, a um único povo,
sociedade ou região.
Cabe a igreja descobrir sua essência, sua natureza e com a ajuda misericordiosa do
Espírito Santo, exprimir em sua vida o que existe para a glorificar a Deus e goza-lo
para sempre. Isto é a sua missão.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
1. Atualmente existe uma vasta literatura que apresenta propostas sobre como
conduzir uma Igreja para melhor servir a Deus. Citamos três:
1. Uma Igreja Com Propósitos - Rick Warren;
2. O Desenvolvimento Natural da Igreja - Christian A. Schwarz
3. Rede Ministerial - Bill Hybels e colaboradores.
- Escolha uma proposta e após pesquise produza um texto com no mínimo 20 linhas
e no máximo 30.
REFERÊNCIAS
VAN ENGEN, Charles. Povo missionário, povo de Deus. 1a ed. São Paulo: Vida
Nova. 1991
WALKER, W.W. História da Igreja Cristã. ____ edição. São Paulo. ASTE.
ANEXO